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Mostrando conteúdo com a maior reputação desde 12/21/25 em %

  1. Sim amigo... mochilar não é sobre dormir na rua, passar perrengue... é sobre viajar livre! Cada um viaja de acordo com sua condição, mas o importante é ir... e ir livre!
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  2. Olá, galera! Retornei recentemente de uma viagem incrível pela Patagônia Argentina e Chilena, onde visitei El Calafate, El Chaltén, Puerto Natales, Punta Arenas e Ushuaia. No total, foram 17 dias de viagem, entre 21/11 e 07/12, aproveitando cada minuto intensamente. Voltei ao Brasil no dia 07/12 e agora vou contar para vocês como foi essa experiência surreal: dias perfeitos, paisagens absurdas e momentos inesquecíveis. Vou tentar relatar um pouco do que vivi, acompanhado de fotos. A Patagônia já estava na minha lista de desejos há bastante tempo, principalmente o sonho de conhecer o Fitz Roy. Comecei a me programar para essa viagem cerca de 6 meses antes e fui acompanhado, o que deixou tudo ainda mais especial. Se você tem um sonho de viagem, realize. Não importa como, quando ou com quantas pessoas, realize dentro das suas condições. Planejamento e roteiro No geral, percebi que a maioria fazia tudo por agência, com roteiros bem fechados. Eu queria algo diferente: um roteiro mais livre, que me permitisse conhecer o máximo possível da Patagônia, no meu ritmo. Então comecei a pesquisar preços, passagens e deslocamentos. Foi aí que decidi comprar tudo por conta própria. O roteiro ficou assim: 21/11 – Curitiba ✈ El Calafate (check-in) 22/11 – El Calafate (Minitrekking Perito Moreno, navegação e passarelas) 23/11 – El Calafate (cidade, Lago Argentino, Punta Walichu – reserva arqueológica e natural) 24/11 – El Calafate ➜ El Chaltén (Chorrillo del Salto e Mirador de los Cóndores) 25/11 – El Chaltén (Trekking Laguna Torre) 26/11 – El Chaltén (Trekking Fitz Roy, Laguna de los Tres e Laguna Capri) 27/11 – El Chaltén (cidade e lembrancinhas) 28/11 – El Chaltén ➜ Puerto Natales 29/11 – Puerto Natales (Trekking Base Torres) 30/11 – Puerto Natales (Full day Torres del Paine) 01/12 – Punta Arenas (cidade e Estreito de Magalhães) 02/12 – Puerto Natales ➜ Ushuaia 03/12 – Ushuaia (Trekking Laguna Esmeralda + Ojo de Albino) 04/12 – Ushuaia (Trekking Glaciar Vinciguerra + Laguna de los Témpanos) 05/12 – Ushuaia (Parque Nacional Tierra del Fuego: Laguna Negra, Bahía Lapataia, Laguna Roca, Trilha Costeira e Trem do Fim do Mundo) 06/12 – Ushuaia (cidade e compras) 07/12 – Ushuaia ✈ Curitiba (retorno) Valores e custos Muita gente comenta que a Argentina está cara — e realmente está. Em alguns aspectos, os preços lembram bastante a Europa. Alguns exemplos: Água de 2 litros em El Calafate: cerca de 4.000 pesos argentinos Dois pães tipo baguete: 2.500 pesos argentinos Pratos em El Chaltén (cordero ou parrilla): entre 35.000 e 40.000 pesos (aprox. R$ 133) A gasolina na Argentina era mais barata: em média 1.400 pesos por litro (cerca de R$ 5,33). Já no Chile, em Puerto Natales e Punta Arenas, o valor era mais alto, em torno de R$ 8,48 por litro. Por outro lado, achei a comida no Chile mais barata, com pratos em média de 15.000 pesos chilenos (aprox. R$ 90). Usei somente o cartão Astropay, que tem IOF zerado. Não usei dinheiro em espécie e funcionou em mercados, restaurantes, postos de gasolina e hospedagens. Peguei uma cotação muito boa: Argentina: 1 real = 280 pesos argentinos Chile: 1 real = 178 pesos chilenos Cheguei a fazer algumas conversões antes da viagem, mas a melhor taxa foi durante o período. No aeroporto de Buenos Aires (Aeroparque), o câmbio estava em torno de 260 pesos, até compensava, mas não precisei usar. Seguro viagem Contratei o Allianz Travel por R$ 175,00, não precisei utilizar. Chip de celular Comprei um chip em El Calafate por 11.410 pesos argentinos (cerca de R$ 40,75), com 15 GB, ligações ilimitadas e validade de 15 dias. Valeu muito a pena. Usei principalmente para GPS; nas trilhas o sinal é limitado e à noite utilizava o Wi-Fi do hotel. Hospedagem El Calafate – Hotel y Cabañas Las Marías Ótima experiência. Quarto grande, bem ventilado e extremamente limpo. Café da manhã simples, mas aceitável. Lugar tranquilo e silencioso. Dono muito receptivo. Recomendo. El Chaltén – Posada San Antonio O quarto era pequeno e tivemos um problema inicial com o ralo do banheiro, que entupia. Tirando isso, o hostel tem um bom espaço para cozinhar, café da manhã muito bom e recepcionistas super atenciosas, sempre explicando sobre as trilhas e a cidade. No geral, foi uma boa experiência. Puerto Natales – Casa Luna Natales A hospedagem é excelente, mas tivemos um contratempo: o dono aceitava apenas pagamento em dinheiro, o que não constava no Booking. Chegamos por volta das 17h e tivemos dificuldade para encontrar Western Union aberta. No fim, ele conseguiu uma máquina de cartão. Tirando isso, foi a melhor hospedagem da viagem: quarto grande, suíte com banheira, higiene impecável e uma vista linda para as montanhas. Recomendo muito. Ushuaia – Hotel Mustapic Excelente hotel, com vista panorâmica da cidade e das montanhas. Quarto grande, bem aquecido, café da manhã maravilhoso, espaço para trabalhar e possibilidade de guardar malas após o check-out sem custo adicional. Recomendo demais. Passagens aéreas Paguei R$ 3.168,00, voando com a Aerolíneas Argentinas: Curitiba ➜ El Calafate (escala em Buenos Aires – Aeroparque) El Calafate ➜ Ushuaia Ushuaia ➜ Curitiba (escala em Buenos Aires – Aeroparque) Os voos tiveram atrasos de cerca de 2 horas na ida e na volta, mas nada que impactasse o roteiro. Aluguel de carro Aluguei com a Always: 11 diárias, Carro automático – Categoria D, Fiat Cronos 1.3 CVT Valor total: R$ 2.840,00 Caução: 1.000.000 de pesos argentinos (necessário limite no cartão de crédito internacional) Condutor adicional incluso Documento para cruzar a fronteira Argentina ➜ Chile (El Chaltén ➜ Puerto Natales) A locadora fornece o documento impresso, que precisa ser carimbado na fronteira. Não tive nenhum problema com o carro, experiência excelente. Site: https://www.always.ar/ O que levei Viajei com uma mala despachada de 23 kg, uma mala de mão de 10 kg e uma mochila de 3 kg. No voo doméstico entre El Calafate e Ushuaia, o limite era 8 kg para a mala de mão, mala de despachar o limite era 15 Kg, mas não pesaram a mala de mão, então foi tranquilo. Levei roupas e equipamentos adequados para o clima e trilhas: jaqueta impermeável/corta-vento, fleece, pluma, calça impermeável, calça térmica, gorro, luvas, bandanas, botas de trekking, bastões, mochila de 30 L, reservatório de água, protetor solar e labial, power bank, entre outros. O que senti falta foi um óculos específico para neve, pois o reflexo é muito forte. Dicas extras Ingressos: Minitrekking Perito Moreno: 45.000 pesos argentinos, o estudante é somente nacional. Laguna Torre: chegamos cedo (7h) e o ingresso só aceitava cartão físico ou dinheiro. Havia desconto para duas pessoas se você trouxesse o ingresso do parque nacional dos glaciares. Em vez de pagar 90 mil pesos, pagamos 45 mil pesos. Fitz Roy: fizemos o amanhecer, então não havia cobrança na portaria. Estacionamento: Gratuito e tranquilo tanto para a Laguna Torre quanto para o Fitz Roy, inclusive de madrugada. Ushuaia: Para a Laguna Esmeralda, fomos de Uber e combinamos o retorno com o motorista. Ele acabou se tornando nosso guia e nos levou também para trilhas no Parque Nacional Tierra del Fuego. Uma experiência excelente, praticamente como contratar uma agência. Vou deixar o contato dele que permitiu e, recomendo muito o motorista Max telefone +54 9 2901 47 3665, pode chamar ele no WhatsApp e falar que foi o Marcio que recomendou do trekking Laguna Esmeralda e do parque Tierra del Fuelgo. Resumo final Antes da viagem, publiquei no Mochileiros e conheci a @cmori7, que fez um roteiro parecido. Conversamos, combinamos e acabamos nos encontrando durante a viagem. Fizemos juntos o trekking da Laguna Esmeralda e o Parque Nacional Tierra del Fuego. Experiência incrível. Obrigado @cmori7 por compartilhar essa experiência de viagem, ela é testemunha de como estava o clima por lá rsrs... Pegamos dias perfeitos, com sol e céu azul e no final de viagem peguei neve em Ushuaia. No Brasil, a previsão só indicava chuva. Um dia antes da viagem, parei de olhar o clima. Ao chegar em El Calafate, fui presenteado com um pôr do sol absurdo. O único dia de chuva foi em Punta Arenas, e ainda assim, rápida. Os próprios moradores dizem que é raro pegar 15 dias seguidos de bom tempo na Patagônia. Tivemos muita sorte, o que deixou a viagem ainda mais especial. Agora deixo as fotos falarem por mim e tentarem explicar um pouco do que vivi nessa primavera de 2025, entre novembro e dezembro, na Patagônia Argentina e Chilena.
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  3. E aí, pessoal! Espero que estejam bem! Venho compartilhar um pouco da minha viagem pela Patagônia chilena e argentina feita sozinha entre os dias 20/11 e 07/12/25. Optei por fazer o relato dividido em tópicos para tentar deixar as informações mais organizadas, focando no que eu acho que poderá ajudar mais outras pessoas (baseadas nas dúvidas e informações que eu mesma procurei para organizar o meu roteiro!). Ao longo do relato criei alguns links que podem ajudar. E se quiserem saber mais alguma coisa, ou que eu detalhe melhor, só me pedir! E para não ficar um único post muito extenso, vou fazer por partes, mas segue o que vocês encontrarão por aqui: 1. Contexto e Planejamento 2. Bagagens 2.1. Vestuário 2.2. Demais itens 3. Roteiro 4. Clima 5. Dinheiro / câmbio 6. Hospedagens 7. Transporte 8. Alimentação 9. Passeios ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1) CONTEXTO E PLANEJAMENTO Patagônia estava na minha lista há pelo menos 10 anos (quando conheci esse fórum). Tinha como critérios para a viagem fugir da alta temporada e pegar um clima bom (ainda que seja instável, queria minimizar os riscos de ter o roteiro com muitas alterações no meio do caminho). Nas pesquisas vi que um bom período seria no início do verão ou no final dele. Sempre tento otimizar os dias de férias do trabalho (como todo bom CLT hhahahha) então peguei 15 dias que viraram 19 pela emenda do feriado de 20/11. Então casou bem com o período que queria viajar. Meu estilo de viagem é mais correria mesmo pra tentar otimizar os dias e conhecer o máximo possível e não tanto em profundidade/qualidade (penso que posso voltar numa outra oportunidade para conhecer melhor, e caso não volte, fico satisfeita em ter conhecido os pontos fortes de cada lugar). Foi minha segunda viagem solo, sendo a primeira internacional com foco em turismo. O roteiro foi quase que milimetricamente desenhado justamente para conseguir fazer tudo o que eu queria e otimizar os dias de viagem (mesmo que sacrificando um pouco o orçamento - vinha me planejando para isso há bastante tempo). Comprei as passagens de avião da ida e da volta no final de junho. Fiz a maioria das reservas de hospedagem inicialmente pelo booking.com em julho/agosto. Em todas as reservas, optei pela tarifa com cancelamento gratuito, que no final foi bom porque acabei achando melhores opções/preços e consegui fazer os cancelamentos sem taxas. A passagem de avião El Calafate -> Ushuaia eu só comprei no começo de novembro porque fiquei monitorando os preços e não baixava nunca! hahaha. E quando baixou, eu não comprei e me ferrei. Aí comprei quando baixou um pouquinho e porque já estava muito próximo da viagem. Todos os trajetos de ônibus comprei com cerca de 2-3 semanas de antecedência aqui do Brasil, pagando com o cartão Wise. Nunca tinha feito trilha, apesar de curtir a ideia/vibe, mas já vinha me preparando mental e fisicamente para elas ao longo de 2025. Deixei para decidir a ordem dos passeios, principalmente das trilhas, bem perto das datas programadas para levar em consideração a previsão do tempo. O único passeio que fechei com antecedência foi o mini trekking no Perito Moreno. Internet: eSIM com 10GB disponíveis - usei apenas 2,1GB a viagem inteira. Era basicamente Google Maps/Drive e WhatsApp e sempre que estava na hospedagem ou em algum estabelecimento, usava o WiFi. E claro, peguei muita informação nos relatos daqui e tive muita ajuda de vcs! Já fica o agradecimento! 2) BAGAGENS 1 mochilão de 40L (modelo 'Travel 100' da Forclaz / Decathlon) como bagagem de mão / mala de cabine (peso ~8-9kg) As roupas foram organizadas entre bolsinhas de compressão (packing cubes) e sacos à vácuo para itens mais volumosos (calças de trilha e casacos) 1 mochila 30L como item pessoal (peso ~3-4kg) 1 pochete com os documentos 2.1) Vestuário 1 calça tipo cargo de sarja leve (sempre ia vestida com elas durante os trajetos. Confortável, com elástico na cintura e na barra para não ficar arrastando no chão, principalmente pra usar banheiros hehehe) 2 calças de trilha, sendo 1 tipo 'modular' (vira shorts) e outra mais quentinha para neve (forrada por dentro) - ambas Decathlon 1 legging de trilha Decathlon 1 legging / segunda pele Decathlon 1 calça pantalona soltinha (para andar pela cidade ou ficar nas hospedagens) 4 camisetas Insider (vestindo uma delas) 1 blusinha viscose 1 camiseta algodão 1 manga longa 70% merino Decathlon 1 manga longa segunda pele genérica Shopee 1 shorts de academia + 1 regata (ficar nas hospedagens / pijama) 3 tops de academia + 1 sutiã (vestindo) 10 calcinhas 2 pares de meias para trilha Selene (vestindo uma delas) 2 pares de meias cano baixo (para o outro tênis que levei) 2 pares de meias cano médio tipo 'dry fit' Lupo 1 Casaco impermeável e corta vento Decathlon 1 Casaco 'híbrido' (corta vento e fleece por dentro) Kailash 1 Fleece Decathlon 2 echarpes / lenços 1 par de luvas 1 gorro 1 boné 2 bandanas circulares 1 faixa / joelheira 1 chinelo 1 par de tênis casual (Vans Ultrarange) 1 par de botas de trilha Vegano Shoes (sempre vestindo nos trajetos) 2.2) Demais itens Eletrônicos: fone de ouvido, câmera, tripé, powerbank, cabos e carregadores, adaptador universal de tomada, etc. Kit básico de medicamentos conforme já estou habituada a usar Kit de higiene e cuidados com a pele (todos em frascos pequenos em quantidades suficientes para a viagem) Um 'pipizito' de silicone mais molinho, dobrável, tipo um urinol para mulheres conseguirem fazer xixi em pé (AliExpress). Óculos de grau extra Óculos de sol 2 cadeados para malas / lockers 1 lanterna pequena 1 lanterna de cabeça 1 toalha de microfibra grande (banho) 2 toalhas de microfibra pequenas (rosto) 2 fronhas (sempre levo, prefiro usar as minhas hehehe) 1 ecobag dobrável 1 malinha dobrável 1 térmica pequena para café (250ml) 1 garrafa térmica para água (1L) 1 copo de silicone retrátil (não precisei usar) 1 kit de talheres dobráveis 2 potinhos para levar comidinhas/lanches, sendo 1 de silicone retrátil 3 sachês drip coffee (viciadinha de leve xD) 3 sachês de whey protein 30g cada 3) ROTEIRO 20/11/25 (5a feira): ✈ São Paulo (BR) --> Punta Arenas (CL) Voo de madrugada com conexão em Santiago Tarde: livre para passear pela cidade, fazer mercado 21/11/25 (6a feira): 🛌🏻 Punta Arenas (CL) Manhã: Passeio Navegação Ilhas Marta e Magdalena Tarde: Passeio Forte Bulnes 22/11/25 (sábado): 🚍 Punta Arenas --> Puerto Natales (CL) Manhã: trajeto de ônibus (saída às 10:00h) Tarde: livre para passear pela cidade, fazer mercado e fechar passeios. 23/11/25 (domingo): 🛌🏻 Puerto Natales (CL) Trilha até Base de Torres del Paine (optei por fazer com agência e detalho melhor no tópico dos passeios) 24/11/25 (2a feira): 🛌🏻 Puerto Natales (CL) Manhã: Passeio Navegação Balmaceda e Serrano Tarde: livre / descanso 25/11/25 (3a feira): 🚍 Puerto Natales (CL) --> El Calafate (AR) Manhã: trajeto de ônibus (saída às 7:30h). Processo da fronteira foi super tranquilo, sem filas ou esperas muito longas. O trajeto completo de uma cidade a outra levou 6h no total. Tarde: livre para passear pela cidade, fazer mercado e fechar passeios. 26/11/25 (4a feira): 🛌🏻 El Calafate (AR) Passeio Todo Glaciares 27/11/25 (5a feira): 🛌🏻 El Calafate (AR) Passeio Glaciar Perito Moreno + Mini trekking 28/11/25 (6a feira): 🚍 El Calafate --> El Chaltén (AR) Manhã: trajeto de ônibus (saída às 8:00h). Precisa pagar uma 'taxa de uso do terminal' em um guichê específico antes de se apresentar no ônibus. 3.000 ARS. Tarde: Trilha Chorrillo del Salto 29/11/25 (sábado): 🛌🏻 El Chaltén (AR) Trilha Laguna de Los Tres / Senda Fitz Roy 30/11/25 (domingo): 🛌🏻 El Chaltén (AR) Mirador de los Cóndores / Mirador de las Águilas 01/12/25 (2a feira): 🛌🏻 El Chaltén (AR) Glaciar Huemul e Lago del Desierto 02/12/25 (3a feira): 🚍 El Chaltén --> El Calafate + ✈ El Calafate --> Ushuaia (AR) Manhã: trajeto de ônibus (saída às 8:00h). Também precisa pagar a 'taxa de uso do terminal'. 2.000 ARS. Desci na parada do aeroporto; precisa avisar o motorista pois a bagagem fica separada de quem desce na rodoviária. Tarde: voo pra Ushuaia (era às 15:30h mas atrasou pouco mais de 1h). 03/12/25 (4a feira): 🛌🏻 Ushuaia (AR) Manhã: Trilha Laguna Esmeralda (com @omarciopereira e Clarice) Tarde: livre para passear pela cidade e fechar passeios. 04/12/25 (5a feira): 🛌🏻 Ushuaia (AR) Manhã: Passeio Navegação Isla Redonda Tarde: Passeio Navegação Canal Beagle 05/12/25 (6a feira): 🛌🏻 Ushuaia (AR) Manhã: Passeio Parque Tierra del Fuego (com @omarciopereira e Clarice) Tarde: livre para passear pela cidade e arrumar as mochilas 06/12/25 (sábado): ✈ Ushuaia --> Buenos Aires (AR) --> São Paulo (BR) Manhã: terminar de arrumar as mochilas Tarde: voo para Buenos Aires (18:40h) 07/12/25 (domingo): ✈ Buenos Aires (AR) --> São Paulo (BR) Voo de madrugada e chegada em SP às 6h. 4) CLIMA Reforçando o @omarciopereira (que fez a viagem com a Clarice no mesmo período, mas com itinerário um pouco diferente - o relato dele está aqui com mais informações e dicas boas!), demos MUITA sorte com o clima. Apesar de já ser um período favorável por si só, sabemos da instabilidade patagônica - quase sempre vai acabar com muito vento, montanhas encobertas e alguma chuva no meio do dia. Pegamos praticamente todos os dias de céu azul e limpo. Em Ushuaia, peguei um pouco de chuva no passeio do Canal Beagle; e no meu retorno da Laguna Esmeralda, peguei uns 2 minutos de uma leve neve - apesar de ter achado que eram mini granizos na hora (capturei minha reação em vídeo, foi engraçado!). Apesar não ser o auge do verão, já escurece bem tarde, por volta das 21h30 - dá pra aproveitar muito mais o dia! Na real, me deu até uma bugada, porque eu queria ir dormir cedo, mas nunca conseguia hhahahha. 5) DINHEIRO / CÂMBIO Levei os cartões de débito Wise e Nomad e outros 3 cartões de crédito de bancos diferentes como plano B (não precisei usar). Fui comprando dólares aos poucos ao longo de 2025, concentrando principalmente na Wise porque a cotação sempre era melhor do que na Nomad. Nesse período, peguei a cotação de 1 USD variando entre ~5,40 a ~5,80 BRL considerando VET (taxa efetiva final com IOF e taxas de conversão). Fiz apenas 1 saque em caixa eletrônico durante a viagem inteira, lá no aeroporto de Santiago (durante a minha conexão), usando o cartão da Wise. A ideia era pagar o hostel porque tinha lido que só aceitavam pagamento em dinheiro, mas aceitaram cartão e não houve nenhum acréscimo no valor por isso, então paguei com Wise mesmo. Saquei 100.000 CLP e o caixa (do banco Santander) cobrou 8.500 de taxa. Isso me custou 117,16 USD no total (com a taxa do banco e da conversão da Wise). Fui usando esse dinheiro para compras no mercado e alguns restaurantes, tanto em Punta Arenas como em Puerto Natales. O restante que sobrou (pouco) eu troquei por ARS numa casa de câmbio em El Calafate (nem vi a cotação, só troquei) e usei pra pagar as taxas das rodoviárias e algumas lembrancinhas. Todo o restante dos gastos paguei usando os cartões da Wise ou da Nomad (só usei Nomad quando acabava o saldo da Wise e só percebia quando a compra era recusada por falta de saldo ahhahaha). Foram aceitos em todos os lugares que passei. E dei sorte do dólar não estar tão alto durante a viagem, então ia comprando na Wise conforme necessário. Também paguei algumas coisas usando transferência bancária pela Wise (explico melhor em outro tópicos do relato) e link de pagamento de alguns passeios, também usando o cartão da Wise. Cotações aproximadas na época (valores que eu usava pra converter de cabeça): 1000 CLP = 6 BRL 1000 ARS = 4 BRL (continua...)
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  4. Ele definiu o roteiro e viajou por conta. O fórum não está restrito a relatos gastando o mínimo possível, acampando, usando worldpackers, deslocamentos por carona, etc. Cada um compartilha sua experiência, roteiro, dá dicas e vai de cada pessoa adaptar pra sua realidade, da forma que prefere viajar.
    3 pontos
  5. 6) HOSPEDAGENS Priorizei localização, conforto mínimo pras minhas necessidades e custo-benefício (nesta ordem). Na média, as acomodações ficaram entre R$200-300/diária, sendo que somente em El Chaltén peguei cama em quarto compartilhado e ficou menos de R$150 a diária. Por ser baixa temporada, peguei os hostels quase vazios. Conseguia ouvir que havia outros hóspedes, mas raramente cruzava com alguém ou pegava o banheiro/cozinha ocupados quando queria usar (exceto El Chaltén que estava mais movimentado, mas ainda sim, não lotado). Punta Arenas (CL): Hostal Balmaceda Quarto individual com banheiro privativo; sem café da manhã Reservei pelo booking.com e fiz o pagamento integral no momento do check-in (usei cartão da Wise). Localização excelente, perto de tudo. A rua tem várias "casas noturnas" (leds escrito 'drinks' e fotos de mulheres semi nuas hahahah). Mas não interferiu na minha sensação de segurança, mesmo caminhando à noite, e nem em barulho. Na real, eu mal via movimentação perto desses bares. Imóvel meio antigo, piso de madeira que faz barulho quando anda. Imagino que em alta temporada, a circulação das pessoas pode incomodar. Apesar disso, o quarto que peguei estava bem novinho, o banheiro parecia reformado. Possui geladeira para hóspedes e uma área de refeições com pratos, copos/xícaras, talheres, chaleira e forno elétrico. Puerto Natales (CL): YaganHouse Quarto individual com banheiro compartilhado; com café da manhã Reservei direto com a hospedagem por email e WhatsApp (o preço foi bem menor do que consta no site deles) e tive que fazer o pagamento integral antecipado via link de pagamento (usei Wise). Só consegui aproveitar o café da manhã completo no último dia, pois nos dias anteriores tive que sair cedo para os passeios, então só consegui pegar fruta e café pra levar. Mas fica uma pessoa preparando ovos na hora e servem uma porção de manteiga e de geleia, frios, pão e ficam disponíveis frutas, iogurte, café. Gostei muito também, excelente localização e estrutura da cozinha; a decoração e a vibe do lugar são um charme e o quarto que fiquei era uma gracinha! Aqui também vale mencionar o detalhe do piso de madeira que faz barulho quando andam pelo corredor dos quartos. Não chegou a me incomodar, mas fica como ponto de atenção se isso for um critério importante na hora de escolher a acomodação. El Calafate (AR): Lago Argentino Hostel Quarto individual com banheiro privativo; com café da manhã Tinha reservado pelo booking.com um quarto também individual, só que menor, e depois vi no site do próprio hostel um quarto um pouco maior e um pouco mais barato. Então cancelei e reservei direto com a hospedagem. Fiz o pagamento integral no momento do check-in e, para ter um descontinho, o proprietário aceitou transferência bancária (ele viu o cartão verde da Wise e disse que outro hóspede tinha feito o mesmo processo e tinha dado certo). Usei o app da Wise, mas precisei incluir a pessoa como contato e inserir dados bancários e de identificação. A transferência não cai na conta da pessoa na hora, demora algumas horas mas dá pra acompanhar tudo pelo app e fornecer um link pra pessoa também acompanhar o andamento. É bom avisar antes, porque a destinatário pode não concordar ou ficar desconfiado. No caso, ele topou e deu tudo certo! Proprietário (Eugenio) muitíssimo gente boa, super acolhedor, comunicativo e deu várias dicas da cidade e dos passeios. O hostel fica dividido entre 2 imóveis, atravessando a rua. Em um deles ficam a recepção, os quartos e cozinha compartilhados; no outro (que eu fiquei), os quartos individuais e o café da manhã. É muito lindo, colorido e cheio de flores! Apesar de ficar um pouco fora do eixo da avenida principal, achei a localização muito boa. Só se atentarem às travessas porque nem todas caem em linha reta na avenida principal. Lago_Argentino_Hostel.mp4 El Chaltén (AR): Patagonia Travellers Hostel Cama em quarto misto com 4; sem café da manhã Reservei pelo site deles e um tempo depois mudei o roteiro, aumentando um dia na cidade. Fiz a solicitação por email e deu tudo certo. Pagamento no check-in usando o cartão da Wise, sem acréscimos ou taxas. Muito bom hostel, gostei da localização pois fica quase que no meio da avenida principal, então eu estava numa distância praticamente igual para a entrada das trilhas do final e do começo da avenida. Ótima estrutura no geral, cozinha e staff. Estava com receio do quarto ser misto por ser uma mulher viajando sozinha, mas dei bastante sorte! Dividi o quarto com um casal (Eddie e Elise) e um rapaz (Drew), todos americanos e bem jovenzinhos hhahaah. Foram muito tranquilos e respeitosos, bem gente boa! A vista do refeitório do hostel 😍: Ushuaia (AR): Apartamento Viejo Lobo - Aunaisin Apartamento inteiro Equilíbrio é tudo, né? hahhaha Como seria uma cidade com mais dias e menos passeios de ficar o dia inteiro fora (e porque achei por um preço 'ok'), optei pelo apartamento inteiro. Eles tem um site, mas reservei pelo booking.com porque o preço estava melhor. Paguei no check-in usando cartão Wise. Só uma observação que o processo do check-in não é muito facilitado. Precisei ir até um outro endereço para fazer o pagamento e pegar as chaves (fui avisada com antecedência, então do aeroporto peguei o Uber direto pra lá e depois era perto o suficiente para ir caminhando até o apto). Eu achei que seria um escritório, mas foi dentro de um mercadinho e quem me atendeu foi a moça do caixa. Fomos para os fundos do mercado, numa espécie de depósito junto com um mini escritório de fato (mesa, computador), mas achei estranho! Ela estava com um papel com todos os dados da reserva e deu tudo certo. O preço da reserva nesse papel estava separado em 2 partes - da acomodação propriamente e outro valor como 'taxas' e tive que pagar também separado (em maquininhas de cartão diferentes). Mas o preço final era o mesmo conforme a reserva do booking. Então não paguei nada a mais. O predinho era bem bonitinho, simples, antigo e bem residencial. E o apto também tinha um ar de antigo, não nas condições - que eram ótimas - mas na decoração, com piso e tons de madeira mais escuros, meio carregado, mas me atendeu super bem! Também gostei muito da localização. O atendimento também foi muito bom, tanto pelo chat do booking.com como pelo WhatsApp. Tive problema com uma frigideira que estava com algo grudado e derretido nela e não dava pra usar, assim como só tinha um rolo de papel higiênico em uso. Responderam rápido, mas só conseguiram me entregar os itens um dia e meio depois, mas não me prejudicou em nada; deixaram ambos numa sacolinha pendurada na porta pelo lado de fora. Outro ponto positivo é que bem perto do horário do check-out (às 10h) eu perguntei se poderia ficar até o meio dia e liberaram de boa. E não precisei levar as chaves no mesmo lugar que peguei, me orientaram apenas a deixar o apto destrancado mesmo, com as chaves em cima da mesa. (continua...)
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  6. @Juliana Champi exatamente, obrigado pelos comentários. Viajar na economia não quer dizer dormir na rua rsrs. Eu quis alugar carro porque queria aproveitar o máximo da Patagônia, o clima favoreceu muito pra mim na primavera, peguei dias perfeitos. Para contratar ônibus ou Van, ou até mesmo agência, sai muito mais caro. E na Argentina esta super caro, se não tivesse feito essas economias com transporte, guia, alimentação eu estaria pagando o dobro do valor. A minha viagem no total gastei 13 mil com equipamentos que comprei ainda. Eu comprei barrinhas de cereal, frutas secas, carbogel para trilhas, comprei algumas coisinhas no mercado para fazer lanche para trilha, fiz alguns almoços e jantas. Você tem a oportunidade de conhecer a Patagônia e vai economizar pra que? Para pra pensar, se vai no shopping hoje em dia ou ate mesmo no barzinho voce gasta ao menos uns 200 reais com alimentação. Eu confesso pra vcs que vivi a patagonia de todas formas, onde pude ver Puma, Raposa, e outros animais...não posso reclamar fo que gastei, foi uma viagem inesquecível @luizh91 obrigado pelas dicas do post também. E por fim, só pra fazer o minitrekking ja é caro...então pra quem vem pra Patagônia, saiba que não vai economizar muito....
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  7. Ola galera, gostaria de iniciar um mochilao da Argentina ate Bolivia chegando no Brasil. Alguem que ja ira fazer isso, iniciando final janeiro 2026 ate final fevereiro? tenho 42 anos e estarei indo sozinha.
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  8. @Lyaw Só Colômbia vale sim,se você não ligar para pobreza.Eu fiquei 88 dias e so voltei porque senão ia vencer o tempo de visto.Bolívia já não recomendo e falo mal,pois fui para lá normal e arranjei uma deficiência física por falta de atendimento hospitalar,mesmo tendo seguro viagem que já atendeu e diagnosticou as consequências desta ida a La Paz em Zurich, em um dos melhores hospitais do mundo.
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  9. Tb vou sugerir a Bolívia, país barato e surreal de lindo.
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  10. Depende de quanto tempo, mas a Bolivia é o mais mais barato pra viajar e vale muito a pena, apesar da pobreza
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  11. Quanto tempo?É o principal, sendo a passagem o mais caro.
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  12. Dia 26 de dezembro de 2026 sairemos em 2 carros e 6 pessoas para essa expedição até o final da Carretera Austral do Chile. De quebra vamos passar na ida da Argentina ao Chile em Fiambalá e o Paso San Francisco e na volta passaremos do Chile a Argentina pelo Paso Roballos e conheceremos a ruta 41 até Los Antiguos que dizem ser muito cênica. Na minha Duster, vamos eu Marcelo e a Josiane do PR, a Nara do RS e o Fred de Minas. No outro carro, um Jeep Compass vão o meu amigo mineiro André e sua esposa Neusa. Como no trecho de Puerto Rio Tranquilo a Villa Cerro Castillo nós já passamos em outra viagem vamos desviar deste trecho e ir para Puerto Rio Ibañes para passar para Chille Chico navegando pelo lago General Carrera via ferry boat (balsa). Na volta ao Brasil cruzaremos o norte do Uruguai para adicionarmos mais um país e deixarmos nossa companheira Nara em Canoas RS e voltar pela BR 101 que é bem mais tranquila até Floripa.
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  13. Olá @Dana0204, seja bem-vinda do fórum. A China não está "meio fora de rota". Dos outros 3 países você tem acesso direto à um bom número de cidades na China. O único "impecílio" é o tempo de permanência em território chinês que é de 1 mês atualmente (e que pode mudar com o tempo). Como você é "nômade digital", poderia, se atender os critérios, solicitar o visto Destination Thailand Visa (DTV) para a Tailândia. Ele permite que você tenha múltiplas entradas e possa usá-lo por até 5 anos. Poderia ser uma boa opção pois dentre todos os países, a Tailândia é o mais barato e teria possibilidade de usá-lo como "base" para viagens para outros países, sem a necessidade de voltar ao Brasil. Caso não se enquadre nas regras do DTV, pode ir como turista e "pingar" entre os países, não esquecendo de seguir as regras de visto e permanência em cada um deles. Além disso, se na imigração, seja terrestre ou aérea (decerto todas serão aéreas), nunca dizer que está no país e trabalha remotamente. Isso pode lhe dar dor de cabeça pois seria necessário um visto de trabalho para tal, o qual é bem diferente de turismo. Simplesmente "vou passear, conhecer XPTO, etc". Tento mais dúvidas, volte ao fórum.
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  14. Savona Naquela que foi minha última noite,já com europeus e sem maiores amizades, vi o último show a bordo, enchi a pança no buffet como fosse acabar a comida,prevendo a péssima comida italiana,e preparei minhas coisas para deixar na porta. Os carregadores,desta vez,levariam para o raio X ao contrário do Rio aonde não houve. E vou contar algo que já ia esquecendo, lá em Marseille deparei com policiais franceses dentro do navio ao sair para o desayuno. O que aconteceu?Não sei nem interessou saber,pois o guia mesmo contou que a PF prendeu traficantes na área da piscina quando estava embarcando. Mas,a noite foi tranquila como toda a viagem e muito recomendado o cruzeiro por mim.A última manhã tive que levantar cedo, pois o navio chegou às 8h.E tem hora de desembarque(a minha foi 10.30h).Tomei o último desayuno completo,peguei minha malinha de mão e fui para a fila. Mesmo os que vieram do Brasil já terem desembarcado em sua maioria, havia outros embarcados na Espanha, para um mini cruzeiro de 3 dias pelo Mediterrâneo. E deu fila devido a só haverem 2 fiscais de fronteira para receber tanta gente. Passei ali,o cara não me perguntou nada,só carimbou 90 dias no passaporte e estava livre para percorrer o país, conhecer muito lugar interessante, emagrecer 15 kg,etc... Arrivedeci,Itália, está em outro relato.
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  15. @RodrigopbeEle andou livremente por aí,como eu andei também em 2014.Aqui só não tem pobreza, se você é desse tipo,saiba que na Europa o preço é esse que diz e aonde ando nos dias atuais.50 euros por dia x 15=750 euros e não são os dias de passeios.,fora o hotel, que hoje achar por 80 euros é difícil.
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  16. Ano passado fiz rafting no Rio Claro e recomendo - bate volta partindo de Medellin. Trilhas pode optar por caminhar até cabo San Juan, partindo da portaria do parque Tayrona. Em Minca tb há muitas trilhas com destino às cachoeiras. Bogotá é cidade grande como outra qualquer. Além dos museus tem o monserrat e bate e volta até Zipaquirá para conhecer a catedral de sal. Medellín à noite vá para Provenza. Dá pra fazer bate e volta tb para para Guatapé e escalar a pedra peñol. Cartagena tem muitos bares e pubs na cidade amuralhada. Vale uma visita ao Forte San Felipe de Barajas e ao convento de la Pope. Praias esquece, deixe para San Andres. Em San Andres o melhor a fazer é o mergulho de cilindro - baratinho, e alugar uma bike para contornar a ilha, alugar um mule é para os fracos. Gosto de Santa Marta, só não gosto do calor insuportável. Cabo de San Juan dá pra fazer bate e volta de busão ou barco, mas se for passar a noite prefira rede às barracas, mas não esqueça de levar um mosquiteiro. Em Santa Marta tem a praia de taganga e a noite o entorno do parque de los novios com muitos bares.
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  17. Marseille/Aix en Provence Tivemos mais uma noite de navegação para chegarmos em Marseille. Como disse acima, muitos daqueles que se juntaram comigo desde o Rio ficaram para conhecer Espanha. Eu e alguns outros seguimos. Nesta noite foi a despedida dos meus companheiros de PT e de mesa,pois desembarcariam em Marseille. Por isso jantei com eles e não no buffet e vi,como premio,a despedida do pessoal de bordo. Não sabia que teria, mas é uma festinha onde eles demonstram alegria em ter trabalhado no cruzeiro e muitos ficaram em Barcelona e outros em MarseilMa.Ou seja,de 3000 que saimos do Brasil, nem 500 foram a Itália o que parecia concordar comigo que o lugar não é recomendado, o que mudei minha opinião e quero conhecer o resto no próximo ano,mas dizer que é excelente, só bairrista mesmo, que SP tem aos montes. Chegamos na manhã.Embora muita festa de despedida até a madrugada, desembarcaríamos as 9h.E fazia muito frio,cerca de 6 graus e chuva. Mas eu já conhecia a cidade,estive hâ menos de 1 ano.Entao escolhi um tour que não fiz,Aix en Provence.Foram 2 ônibus,a grande maioria 3 idade reclamando do frio.É uma cidade medieval, que se destaca em outra época por seus campos plantados de flores Não era época, então fomos caminhar um pouco pela cidade medieval. Há um trenzinho, mas não pensei nisso e caminhei até a velha igreja e a 2 museus simples que há nos arredores da Praça central(6 euros cada entrada)e há também um museu de arte que não interessa. Acabou ali,12h era hora de voltar ao ônibus que nos levaria ao navio.Nem interessei em saber o horário do outro City tour por Marseille mesmo. Já conheço e não vi nada surpreendente que merecesse voltar, além de fazer frio. Almoçei e fui dormir para esperar a noite em alto mar.
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  18. 2026 não vou poder viajar, mais em 2027 estarei livre. Gostaria de ir pra Inglaterra e Itália. Alguém a fim de ir?
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  19. Opa!! Seguindo o post... para 2027 pode ser!!
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  20. Em Janeiro de 2019 realizei um sonho de mais de uma década.Percorrer toda a Carreteira Austral,mas gostaria no maior estilo aventureiro. Parando de povoado em povoado, sentindo muito frio,conhecendo muitos europeus que vivem na região, pois foi desbravada por eles. Como demorei muito e adoeci fui agora antes que terminem o asfaltamento e construam hidrelétricas, o que vai tornar uma região comum do mundo.Mas,ainda existia aventuras como mostrarei no relato abaixo,de uma viagem feita em cerca de 40 dias,com muitas paradas.
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  21. Barcelona 2 dias de mar até chegar a Europa finalmente em uma tarde agradável. Era 14h quando descemos.Muitos terminaram o cruzeiro aqui,principalmente os argentinos, mas também muitos brasileiros e embarcou grande contingente de catalão para meu desgosto. Ou seja,terminou a união e a amizade e vieram mal educados para o lugar. Tudo mudou enquanto estava no passeio. Foi apenas um city tour na cidade,que embora conhecesse e não gostasse,estava com finlandesa da outra vez e não fomos a essa parte,ficamos por Barceloneta e pela Catedral, que retornei desta vez,mas ainda não entrei pois é muito caro e necessita de reserva antecipada. Tivemos 1h ali,outros entraram, eu nem pensei,não gosto de igrejas mesmo,ainda mais que cobra.E recebi mais uma previsão de término de sua construção,2030,disse a guia. A parte que não conhecia foi a inicial do tour. Subimos a Colina de Montjuic,tiramos fotos do Estádio das Olimpíadas de 92,paramos na porta do grandioso museu de arte(se estivesse com tempo teria visitado por dentro)e de instalações olímpicas também. Chovia levemente quando estivemos ali,depois no centro passou.E retornamos ao navio passando por velhos conhecidos monumentos que me fizeram recordar muito a loira maravilhosa,minha ex,com quem conheci a cidade. O meu tourfoi esse,centro histórico com Montjuic,mas havia outros sobretudo sobre Gaudi(artista local)que não me interessa. Engraçado que ninguém falou ou lembrou do clube de futebol nem do estádio aonde jogou o maior dos maiores, d Diego Maradona.
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  22. Oi Cris. Alguns passeios você consegue fazer por conta própria sim. Em Ushuaia, você consegue fazer o Glaciar Martial, a Laguna Esmeralda e o Parque Nacional da Terra do Fogo por conta própria. Não há necessidade de agência para esses. O único que precisa ser com agência é o passeio de barco pelo Canal Beagle/Pinguinera, que aí não tem como fugir mesmo. Em El Calafate, você consegue ir até o Parque Nacional de Los Glaciares de carro para visualizar o Perito Moreno pelas passarelas, pagando somente a entrada do parque. Agora, se for fazer algum passeio específico como minitrekking, precisa ser com agência mesmo. Tendo carro, você consegue autonomia para esticar a viagem até El Chaltén a partir de El Calafate, o que eu SUPER recomendo.
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  23. Obrigado Luiz, foi uma viagem incrível, o tempo colaborou muito! Eu fiz a Laguna Torre pela entrada do Fitz Roy onde tem o estacionamento grande, cheguei por volta das 7h e já tinha gente na portaria cobrando ingressos. Como já tinha pagado o ingresso para fazer o Minitrekking Perito Moreno, apresentei o ingresso e ganha desconto de 50% de desconto, estavamos em 2 pessoas, paguei somente 45 mil pesos, em vez de 90 mil pesos. Os demais não precisei pagar porque eu fiz amanhecer no Fitz Roy.
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  24. Parabéns pela viagem, Márcio! Sempre bom ler relatos da Patagônia para matar as saudades desse lugar incrível. Agora tem guarita de cobrança na entrada da trilha da Laguna Torre? Em janeiro, era a única que ainda estava sem esquema de cobrança...
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  25. Las Palmas Foi uma manhã, após mais de 24h no mar,que chegamos a Las Palmas.Um pouco mais tarde que dois dias antes,pois o desembarque seria de 9 as 17h.Entao,após o desayuno saímos.Dessa vez muita gente desceu sozinha para fazer compras,inclusive da tripulação, pois a ilha é paraíso fiscal e os argentinos estão apavorados com os preços causados pelo"excelente" desgoverno fascista e neoliberal que elegeram por lá.Problema deles,estou em férias, queria passear e conhecer um pouquinho da Gran Canária.Descemos com um guia que fez um city tour a pé na cidade antiga de Las Palmas.(80 euros).Explicou como passou ao domínio espanhol no tempo em que o mar era português e,uma senhora reclamou do ruído que ele fazia na rua.Eram mais de 9h,a senhora estava descansando na casa dela e guia usando um microfone na porta dela,que mora em uma casa de 2 andares.Levou um sabão daqueles, pensando que todo lugar é Rio de Janeiro, se deu mal.Ali é España, lugar de silêncio e educação. Após sabermos um pouquinho da história, tempo livre para irmos a igreja,aonde estava sendo realizada uma missa ou ao teatro que se encontrava fechado. Para mim tempo inútil, pois odeio igrejas.Voltamos ao ônibus na hora marcada,terminamos o city tour e fomos ao navio almoçar e depois tempo livre.Que fiz?Não almoçei e parei na entrada do porto no Gran Acuario de las Palmas. 25 euros a entrada, é caro,mas compensa com tempo,pois como o de Valência, é gigante. Meu tempo estava um pouco corrido.Tinha cerca de 2h para conhecer e precisava de mais, porém não me arrependi e ao fim de tudo havia uma bela fila de retorno ao navio,pois todos voltaram ao mesmo tempo, carregando compras e compras,sendo eu o único que fui passear.Turismo para mim é conhecer,mesmo por pouco tempo,comprar em euro,jamais, só se for barato de verdade,o que não deve ser com as cotações pós Paulo Guedes, mas essa é outra história.
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  26. Sorte de vocês. Iam pegar período de monções com chuvas torrenciaise melar a viagem. Para quê sair de Chiang Mai, ir para Chiang Rai com 5 horas de ônibus (pelo menos), voltar para Chiang Mai e ir para Krabi? Por quê não pegar o voo direto de Chiang Rai para Krabi? Não entendi a lógica. Valeria até mais que duas noites. Por ter a opção de Koh Lipe no roteiro, eu nem pararia em Krabi. Menos muvucada e muito mais bonita (está em meu roteiro para 2027). Dá, mas se não gosta de muvuca, fazer o quê lá se tem opção de Koh Lipe? Exceto se usar como conexão para o Vietnã. Aqui você partiu meu coração de diferentes formas. Você não faz os túneis e o delta num dia só. Se qualquer agência vender isso, está lhe vendendo "passeio CVC". Eu fiz ambos em dias separados e lembro-me que só os túneis tomaram o dia inteiro. Um único dia em Hue é de cair o queixo. A cidade tem muita história e muito para se ver, ao contrário de Da Nang (que está colocando dois dias. 2 dias em Ha Long Bay... acho muito. Fiz em um dia, vi o que precisava e pronto. Tem uns tours que você dorme em barco na baía e coisa do tipo. Para mim não valia a pena. Foi mais interessante ir à Sa Pa (via Lao Cai) que ficar vendo pedra Sobre a parte do Vietnã, eu tiraria (com muita tristeza) o meio dele. Hue e Da Nang merecem mais (tanto que não fiz em minha primeira vez no país). Poderia focar em Ho Chi Minh e Hanoi, levando em consideração as "opções laterais" já ditas (Ha Long Bay, Sa Pa, Cu Chi, delta, etc).
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  27. De Cabo Verde a Casablanca Depois de ver o que poderia em poucas horas na ilha de Mindelo,embarcamos de volta a boa vida aonde ficaríamos por mais 40h,passadas sem ver, pois nós já éramos amigos como nós conhecêssemos há tempos, e claro,formamos pequenos grupos que ficavam se divertindo juntos,exceto na hora do jantar, que ia ver os meus amigos vermelhos e falar mal do Bozo e semelhantes. E foi assim que chegamos, na outra manhã ao Marrocos. Acordamos com o dia clareando,um pouco frio ainda,pois já começava a entrar no"inverno" europeu.Amanhecia tarde e nós já saímos do navio para os respectivos tours quando o dia clareou de vez,uma vez que chegamos às 7h da manhã. O porto de Casablanca tem uma boa caminhada a se fazer.Os passaportes foram devolvidos na véspera da chegada ao Marrocos e disseram para leva-lo, mas ninguém precisou mostrar,nem aqui, nem nas outras paradas europeias,não sei como é feito o controle. Escolhi fazer 2 passeios neste dia.Primeira vez no país e fiquei encantado com ele.Na manhã, fui num grupo de 3 idade argentinos para a capital Rabat(100 euros)gue.Minha surpresa foi ao chegar e ver outros ônibus,também de brasileiros.Ou seja,foi um passeio muito procurado realizado com carga total de vagas todas vendidas.Os ônibus vão pela auto estrada por cerca de 1h até a capital. Ali chegando, vê-se ruas largas,carros do ano,mas pouco transporte público. Fomos a região governamental aonde está o Palácio do rei em praça muito bonita.O tour é só até aqui, pois dentro é proibido entrar,lembrando que o regime é Monarquia absoluta, aonde existe Parlamento,mas a decisão final é do rei e sua equipe.Parabéns para eles,pois são amados pelo povo(segundo os guias)ou censuram críticas.Isso precisaria ficar mais tempo para opinar. Acabou a volta pelo Palácio é hora de ver o mausoléu da família real.Coisas de ditadura mesmo.Muito bem cuidado e vigiado por soldados em traje de gala.Dali,fomos terminar o tour no castelo de Rabat.A beira mar,construido há 800 anos.Hoje não guarda nada dentro, tendo vendedores credenciados em lojinhas e uma vista sensacional da imensidão do Atlântico e de muitas praias(não sei se usadas ou não por estarmos no inverno).Foi uma manhã que valeu pelo conhecimento, embora tour de 5h não conheça nada. A tarde,não almoçei neste dia,peguei o outro tour.Esse também bem concorrido,mas tinha vaga e foi nessas que entrei. O tour pela cidade de Casablanca. Paguei 80 euros e,para mim,não teve muito a conhecer. A cidade é mais comercial e menos organizada que Rabat,que lembra o plano piloto de Brasília, enquanto aqui lembra BH,por exemplo.O grande ponto turístico é uma mesquita,a maior do mundo,mas sem entrar,só por fora e um passeio a pé pelo comércio. Detalhe;não se aceita cartão nem euros, só dinheiro marroquino, tendo que fazer saque nos caixas eletrônicos para ter.Nao pensei em comprar nada,como nada comprei.E ao entardecer estávamos de volta ao nosso barco para ele partir enquanto jantávamos,para passando um dia e meio, estarmos em Las Palmas de Gran Canárias.
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  28. Não é amigo, acredite. Eu moro numa cidade quente da peste embora seja "sul"... já peguei calores infernais no Brasil... interior do Maranhão, sertão da Bahia, Manaus... enfim, não conheço o interior do Pernambuco, mas o da Bahia é queeente, rs! E te falo, o calor do Egito é punk. Eu fiz Cairo, Giza, Luxor e Hurgada (tb por conta, sem agência) no auge do inverno... em Cairo fez até um fresquinho mas no segundo dia em Luxor em quase desmaiei no templo da Hatschepsut. Era insuportável o calor. Esse tipo de país é praticamente inviável no verão... oriente médio, Índia... não rola. Vc pode até estar habituado com mais calor, mas pra passear com sol de 50 graus, não rola. Mas enfim. Seu tópico é sobre companhia de viagem.
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  29. Mindelo Antes de Cabo Verde passamos por outras ilhas que também integram o país,almoçamos e desembarcamos para conhecer a cidade por umas horas.Grande parte não foi no tour guiado pago a parte,mas eu fui e adorei. A guia fala português de Portugal e o calor da África estava calmo neste dia. Saímos a pé do micro ônibus no centro histórico da cidade que não é longe do porto.Fomos visitar a casa da cultura,passa,os na porta do museu que conta a descoberta das ilhas por Portugal, mas não entramos,fomos a feria Livre e regressamos ao micro para a parte mais interessante do passeio. Subimos ao ponto culminante da ilha e vimos dois vulcões extintos.Com a altura,fazia frio acima mesmo para argentinos que eram todos no passeio,pois brasileiros não foram. E acabou o dia com o conhecimento de um lugar bonito, mas de muito difícil chegada a não ser por mar. 20250409_160906.mp4
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  30. Normal para você,eu quando estou no Brasil,vivo no frio de Curitiba, como agora,tem feito bastante calor aqui, 20 graus de dia.
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  31. @Alisson&IoneEstá no relato de quando estive lá:Carretera Austral, a realização de um sonho.Após esta viagem conheço todo Chile e suas regiões detalhadamente, de Arica a Punta Arenas com Isla de Pascua, que fui há pouco tempo, e sei que você viu o relato.
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  32. Pessoal, vou compartilhar o relato da minha viagem incrível pela Patagônia Argentina e espero que ajude alguém, já que sempre consigo dicas incríveis por aqui. Viajei com uma amiga no início de agosto de 2025 e nossa viagem foi: RJ x Buenos Aires x Ushuaia x El Calafate x Buenos Aires x RJ. Dia 04 de Agosto, segunda-feira: Chegamos em Buenos Aires, no AEP, já era noite, por volta das 21h. Muito frio e muito vento. Pegamos um uber e foi bem tranquilo. Nos hospedamos em um Airbnb na Recoleta, que ficava nos arredores do cemitério. Excelente apartamento, muito bem localizado (Peña, 2033). Deixamos as malas e saímos para comer alguma coisa. Comemos em um restaurante de massas, chamado Cuotidiano, em frente ao cemitério da Recoleta e tomamos nossa primeira Quilmes da viagem!!! A comida estava boa, mas não excelente. A massa estava muito, muito ao dente, mas de resto, tudo ok. Andamos de volta pro nosso ap, compramos cerveja no caminho e é incrível como essa cidade funciona bem até tarde, e nos sentimos muito seguras durante todo o trajeto. Dia 05 de Agosto, terça-feira: Acordamos e já fomos pra rua tomar café da manhã. Conhecemos uma cafeteria na Recoleta, chamada Tónico Café, super charmosa. Estava tocando MPB e o café da manhã superou as expectativas. Em seguida fomos ao mercado para abastecer minimamente o ap. Deixamos tudo em casa e fomos bater perna. Andamos até o centro, passeamos pelo Obelisco, andamos pela Avenida 9 de Julho e paramos para almoçar no restaurante Las Cañas, muito bom por sinal. Depois, andamos pela Rua Florida e de lá pegamos um uber até o mercado de San Telmo. Conhecemos o mercado e de lá andamos até Puerto Madero, onde sentamos para tomar um chopp geladinho, apesar do frio que estava fazendo. Tomamos um chopp no restaurante Juan Bautista Parrila, mas não gostamos do atendimento, então fomos para o bar chamado Boleo, que gostamos bastante. Voltamos de uber pro nosso ap, exaustas de tanto andar, rs. Nesse dia pegamos umas empanadas e comemos com o resto da massa que tinha sobrado do jantar de ontem. O dia foi cansativo, porém incrível, exatamente como queríamos! Dia 06 de Agosto, quarta-feira: Iniciamos o dia na busca por sacar dinheiro, pois não queríamos chegar em Ushuaia sem dinheiro em espécie. Que saga. Andamos muito, tentamos de tudo, mas não conseguimos. Almoçamos uma pizza deliciosa num bar próximo ao cemitério, chamado Nane e seguimos passeando. Resolvemos andar até Palermo para passear e tentar sacar dinheiro de lá. Conhecemos o Jardim Botânico de Palermo e andamos muito pelo bairro. Não conseguimos pegar dinheiro, rs. Voltamos a pé para a Recoleta, sim, a gente anda pra caramba kkkkk Tomamos um sorvete no Freddo e depois sentamos pra tomar um chopp num bar na praça do cemitério, chamado Blest. Retornamos pro nosso apartamento e ficamos batendo papo e planejando o que faríamos no dia seguinte. Consegui entrar em contato com uma agência de brasileiros e fechamos o transfer pro Aeroporto no dia seguinte e eles fizeram o câmbio pra gente. Não foi o cenário financeiro mais favorável, porém resolveu nosso problema, rs. Isso resolvido, fomos descansar pro dia seguinte. Dia 07 de Agosto, quinta-feira: Logo cedo já deixamos tudo organizado e saímos para passear pela Recoleta. Fomos andando até a incrível faculdade de direito e em seguida à Floralis Genérica, voltamos pro nosso ap e partimos com o transfer pro Aeroporto AEP para pegar nosso voo para o tão sonhado Fin Del Mundo. No AEP fizemos o check-in, despachamos as malas e fomos comer no Mc Donalds. Que perrengue!!!! A máquina de auto atendimento bloqueou dois cartões nossos, e isso fez uma diferença muito grande (negativa, claro), no nosso planejamento. Mas, perrengues à parte, pegamos nosso voo rumo ao sonho de conhecer Ushuaia. O voo foi um pesadelo, quase 4h de duração, pessoas mal educadas e barulhentas, mas enfim chegamos. O Aeroporto de Ushuaia é lindo demais, todo em madeira, um encanto! Chegamos lá a noite, então não tivemos aquele impacto da vista, mas nada tirou o brilho de chegar nessa cidade incrivelmente linda! Pegamos um uber e fomos para nossa hospedagem, um airbnb. O Apartamento ficava mais afastado do que tínhamos imaginado (Av. Hipólito Bouchard, 691). Em Ushuaia é ideal se hospedar nas proximidades da rua principal, que é a Avenida San Martin, pois a partir dela, tudo é subida. Tipo muita, muita subida. Nosso apartamento ficava cerca de 5 ruas acima dessa avenida, então, para variar, andamos muito. Deixamos as malas no apartamento e fomos andando até o mercado para abastecer. Tivemos que andar com cuidado, pois tinha gelo na rua. Na volta, optamos por pegar uber, pois era muita subida. Dia 08 de Agosto, sexta-feira: Acordamos cedo para aproveitar o dia ao máximo. Como era inverno, o dia amanhecia por volta das 09h. Tomamos café da manhã e fomos a pé até o centro. Nada nos preparou para as vistas que tivemos no caminho, juro. As montanhas nevadas ao nosso redor são simplesmente surreais de lindas! Nesse primeiro dia, passeamos pela orla, a famosa Avenida Maipu, tiramos muitas fotos e lá mesmo, nas casinhas coloridas reservamos o passeio de barco do Canal Beagle para a parte da tarde. Isso feito, fomos passear na Avenida San Martin. Resolvemos entrar na agência de turismo Brasileiros em Ushuaia para fazer cotação dos passeios. Fomos muito bem atendidas e resolvemos fechar os passeios todos com eles, pois já tínhamos ideia dos preços e achamos os valores bem razoáveis. Com essa parte resolvida, fomos almoçar num restaurante que gostamos muito e valeu super a pena: La Casa de los Mariscos. Passeamos mais um pouco e fomos para o passeio. Ouvimos diversas opiniões sobre esse passeio, algumas pessoas dizendo que não era legal, que não valia a pena, então estávamos sem saber o que esperar. Mas nós amamos o passeio, faria novamente sem dúvidas, é simplesmente lindo demais, vale muito a pena! No trajeto passamos pela Ilha onde tem vários leões marinhos, além de uma ave que de longe parece pinguim, cujo nome é cormorão-imperial. Passamos também pelo Farol do Fim do Mundo, que é lindo e rende boas fotos! Muitas pessoas reclamam do cheiro forte da ilha dos leões marinhos e da ilha do Farol, que também tem os mesmos animais, mas sinceramente, não achei nada demais. Claro que onde tem animais selvagens, tem cheiro né, mas nada que prejudique o passeio, na minha opinião. No final da tarde retornamos do passeio e fomos bater perna na Avenida San Martin, entramos em lojinhas, lanchamos em uma cafeteria dentro de uma galeria, compramos lanche para o passeio do dia seguinte, passamos no mercado La Anonima, que fica nessa mesma avenida e voltamos pro nosso apartamento. Resolvemos voltar andando e foi terrível kkkk andamos igual dois camelos, não recomendo rs Dia 09 de Agosto, sábado: Acordamos bem cedinho e fomos para o ponto de encontro da agência, local de onde saem a maior parte dos passeios. Nesse dia fizemos o passeio ao Parque Nacional Tierra Del Fuego. Pegamos o ônibus e só tinha Brasileiro rs O passeio é lindo demais, o parque é sensacional, enorme, a guia muito boa, explicando tudo no caminho, simplesmente demais! Fizemos pequenas trilhas pelo parque, tiramos muitas fotos lindas e fomos para a parte do parque onde pegaríamos o trem. Sim, o famoso passeio do Trem do Fim do Mundo. O trem é lindo, muito confortável, e durante o passeio a gente recebeu um fone de ouvido, e pudemos ouvir a história do trem em português. Achei o passeio lindo e considero imperdível, sinceramente. É uma experiencia única. O parque não fica longe do centro de Ushuaia, então esse passeio todo levou metade do dia. Na hora do almoço estávamos de volta, e por dica da guia, fomos almoçar no restaurante El Turco. Comida bem gostosa, bem preço, atendimento bem ruim. Nesse dia teria um evento no Glaciar Martial que queríamos muito assistir, então após o almoço, andamos até a placa de Ushuaia, tiramos fotinhas e pegamos de lá mesmo um uber até o Glaciar, que fica a uns 15/20 minutos do centro. O Evento em questão era a Bajada de Antorchas, que vimos pela internet e achamos muito interessante. Chegamos no Glaciar e o lugar é lindo, lindo!, a casinha de chá e as lojinhas são verdadeiros cenários de filme. Lá dentro tem uma cervejaria e claro q ficamos por lá até começar o evento. Tomamos umas cervejas bem gostosas e quando o evento ia começar, por volta das 20h, subimos para ver. Que decepção! Não dava para ver absolutamente nada! Tentamos de tudo, tentamos de todos os lugares, mas nada. O local estava muito cheio e começamos a ficar com receio de não conseguir condução para voltar, então resolvemos ir embora antes do final do evento. Aí começa o perrengue. Fecharam a estrada por conta do evento e não subia nem taxi nem uber. Voltamos para a cervejaria e nos falaram que a via somente seria liberada após o final do evento, ou seja, às 06h da manhã. Então, decidimos voltar andando até o ponto que poderíamos chamar um uber. Começamos a descer pela estrada, pois na calçada tinha muito gelo. Tinha mais uma brasileira conosco, ela estava viajando sozinha e passou pelo mesmo perrengue que nós. Conforme íamos descendo, percebemos que várias pessoas estavam fazendo o mesmo. Brasileiros, todos brasileiros, rs. No caminho entramos em um hotel grande, onde tentamos chamar um taxi, porém a via ainda estava fechada e nem carro ia subir. Continuamos a descer a pé. Resumindo: 15 minutos de uber viraram 2h de caminhada até o centro de Ushuaia. Muito cansativo, mas levamos de boa, fomos rindo e acabamos nos divertindo com o contratempo, afinal, era a viagem dos sonhos e não seria isso que estragaria o passeio! Chegando no centro, pegamos um uber e fomos para casa, finalmente, as duas mortas com farofa kkkk Dia 10 de Agosto, domingo: Acordamos muito cedo, pois o carro da agência nos buscaria no apartamento para o passeio com o 4x4. Esse passeio incluía almoço e duraria metade do dia. Pensem num arrependimento... O passeio é muito, muito ruim. O motorista força a barra pra ficar sacudindo o carro, tentando dar mais emoção ao passeio, mas isso apenas tornou tudo mais constrangedor, só tinha brasileiro no nosso carro e ninguém curtiu. No meio do passeio, à beira do lago, serviram queijos, petiscos e vinho. Voltamos para o carro, para mais momentos constrangedores e finalmente fizemos a parada para o almoço. Almoço de razoável para dispensável, sinceramente. No retorno, ficamos no Park Austral para curtir o resto do dia. Aí foi só sucesso, finalmente! O Park é muito lindo, vale muito conhecer e fazer aas atividades que eles oferecem. Os funcionários são muito legais e dispostos a ajudar no que precisamos. De primeira fizemos o passeio de quadriciclo. Sensacional, muito legal mesmo, veículo fácil de conduzir, paisagens de tirar o fôlego. Em seguida fomos fazer o passeio de motonove. Nesse passeio, precisamos andar cerca de 10 minutos para chegar até o local. Nesse caminho é necessário ter muita atenção, pois tinha muito gelo e toda hora alguém escorregava. Mas foi muito divertido, a moto é pesada para conduzir, mas logo a gente pega jeito. Nesse local, fica o espaço para fazer o skibunda. Nós compramos, porém não tivemos coragem de descer, pois tinha mais gelo do que neve e ficamos com medo de fazer alguma lesão que prejudicasse o resto da viagem. Na volta brincamos na neve, tiramos foto e voltamos para o início do parque. Em seguida, fizemos uma caminhada com raquetes, que são um equipamento que acopla na bota para poder caminhar na neve sem afundar os pés. Vimos uma outra parte do parque, onde tinha bastante neve e foi realmente muito legal. Tivemos a oportunidade de ver cavalos selvagens, que são lindos! Voltamos para o centro de Ushuaia com o transfer do Park já no início da noite e ficamos andando pelas lojinhas, compramos um lanche e voltamos pra casa. Dia 11 de Agosto, segunda-feira: Acordamos um pouco mais tarde, pois tiramos esse dia para curtir o Park Austral novamente, e não tinha necessidade de madrugar. Fomos caminhando até o ponto de encontro da agência e pegamos o ônibus deles até o parque. Como tínhamos uma refeição incluída, almoçamos por lá e a comida era bem mais ou menos, mas deu pro gasto, rs. Ficamos ali pelo parque curtindo o local, e depois fomos para o outro lado do parque descer com as boias. É muito divertido, tanto para adultos como para crianças, bem legal mesmo, adoramos. Voltamos para o centro do parque e ficamos tomando uma cervejinha até dar a hora de fazer o passeio de motoneve à noite. Como eu já tinha falado antes, o caminho é perigoso, pois tem muito gelo e as pessoas escorregam. Minha amiga infelizmente levou um tombo e machucou o braço. Mas ela não se abalou e apesar da dor, seguimos para o passeio. Foi meio tenso, confesso, pois ficamos com medo de cair o tempo todo, já que fica muito escuro. O parque deveria oferecer grampones para colocarmos nas botas, ou mesmo as raquetes, para evitar que as pessoas caiam. Inclusive falei isso com o funcionário responsável que estava lá, mas não sei se adiantou muita coisa. Na volta, comemos um fondue com vinho no parque mesmo, que estava incluído na experiência. Estava bem gostoso, mas infelizmente minha amiga estava com muita dor. Quando voltamos para o centro de Ushuaia, a van nos deixou no hospital. Lá, ela foi rapidamente atendida e preciso dizer que o atendimento foi muito bom. Ela tirou uma radiografia, que a princípio não apontou nenhuma fratura, então fomos pra casa e vida que segue. Deixamos tudo arrumado, pois no dia seguinte, à tarde, pegaríamos o voo para El Calafate. Dia 12 de Agosto, terça-feira: Terminamos de organizar tudo e fomos para o centro fazer comprinhas. Não medimos muito bem o tempo, e acabamos fazendo tudo meio que correndo, mas conseguimos dar conta. Rs Como não daria tempo de sentar e almoçar, pegamos uma pizza no Big Pizza e levamos para comer no apartamento. Pizza muito gostosa e no precinho camarada, super recomendo. Fomos para o aeroporto com transfer da agência, que a Paula conseguiu para nós, em compensação por algumas atividades que pagamos e não fizemos no parque, bem como pelo tombo que minha amiga levou. O Aeroporto de Ushuaia fica próximo á cidade e logo chegamos. Momento de despedida dessa cidade linda que ganhou nossos corações. Obrigada Ushuaia, valeu cada minuto, superou muito as expectativas e deixou um gostinho de “quero mais”!!!! Pegamos nosso voo para Calafate e ficamos estrategicamente do lado esquerdo do avião. Nosso voo foi no meio do dia e posso falar que é um passeio extra. É lindo demais esse voo, recomendo programar para durante o dia, pois a viagem é linda. A vista da cordilheira toda nevada é algo que não dá pra explicar! Chegamos em El Calafate cerca de 1h depois, é bem rapidinho mesmo. Chegamos com o dia claro ainda, e pegamos um taxi no aeroporto. Lá não tem uber e como não tínhamos programado transfer, não teve alternativa. O Taxi cobra valor fechado e todos cobram o mesmo valor, pelo que entendi. Não foi barato, custou cerca de R$140,00 por pessoa. Nossa hospedagem, um apartamento de airbnb, ficava muito bem localizado, numa rua paralela à avenida principal da cidade, a Avenida Libertador. O apartamento era uma graça, todo equipado. Deixamos as malas e fomos pra rua. Fomos ao mercado La Anonima, na avenida principal e nos abastecemos. Depois fomos até a agência Brasileiros em El Calafate, onde fechamos o transfer para o aeroporto, que ficou bem mais em conta do que o taxi. Fomos bater perna, comprar lanche para levar para o passeio do dia seguinte e passeamos muito pelo centrinho. Lá é bem pequeno, mas o lugar é lindo. Andamos pelas inúmeras lojinhas e fomos comer no restaurante indicado pelo atendente da agência, o Bokado Tratoria. Maravilhoso. Eu comi uma lasanha de legumes, minha amiga comeu uma carne. Pratos fartos, preço justo, ainda levamos metade da comida para casa, pois vem muita coisa. Eles servem um bolinho de cortesia, não sei de que é, mas é muito bom. O restaurante ficava em frente ao nosso apartamento, o que foi muito bom, pois estava muito frio. Dia 13 de Agosto, quarta-feira: Acordamos bem cedinho, ainda estava escuro e fomos até a agência Hielo & Aventura, de onde pegaríamos o ônibus para ir até o Parque Nacional Los Glaciares. O trajeto até o parque levou creca de 1h e foi bem tranquilo. Já no parque, fizemos o check in na bilheteria e fomos até um mirante, de onde pudemos avistar o incrível Perito Moreno pela primeira vez. Partimos então para o barco que nos levaria até o ponto de saída do trecking. Chegando no local, deixamos nossos pertences e tinha água e café. Todos organizados, seguimos para o trecking. O trecking é bem tranquilo, inicialmente andamos entre umas pedras e um terreno meio rochoso, mas bem leve o percurso. No inverno só temos que tomar cuidado com o gelo para não escorregar. Paramos em uma espécie de praia, com uma areia preta e diversos pedaços que se desprendem do glaciar, e que rendem ótimas fotos. Seguimos a caminhada até uma espécie de mirante, de onde também tiramos lindas fotos com o glaciar de fundo. Após isso, chegamos no local onde colocamos os grampones nas botas para iniciar a caminhada sobre o gelo. Andar com os grampones é super fácil, não é pesado e dá muita segurança. Aí começa a melhor parte, o trecking no Glaciar Perito Moreno. Não tem como descrever, foi a coisa mais incrível que já fiz na vida, nunca vi nada tão lindo. O trajeto é muito tranquilo, muito seguro, os guias são ótimos. No caminho paramos para tomar água do glaciar, que por sinal é bem gostosa. Paradas para fotos e mais histórias dos guias sobre o Glaciar e seguimos até o ponto onde servem whiskey e/ou água com gelo da geleira, q eles tiram na nossa frente. É bem legal, uma coisa bem diferente. Depois disso começamos a descer o glaciar, ou seja, o passeio estava acabando. A sensação que tive foi que andamos mais até chegar ao glaciar, do que propriamente nele e isso foi um pouco frustrante, mas faria esse passeio mais mil vezes. Esse passeio foi o mini trecking. Talvez o Big Ice (que estava fechado quando fui), seja mais completo e não dê essa sensação. Mas deve ser mais puxado também. Uma observação: durante a caminhada no gelo, não podemos tirar as luvas em momento nenhum, então isso pode dificultar par quem vai tirar fotos exclusivamente com o celular (meu caso). Burlei a regra da luva algumas vezes para não ficar sem fotos, claro. Dica: não faça esse trecking com roupa muito quente, pois andamos o tempo inteiro e acaba ficando calor, mesmo no inverno! Tiramos os grampones e fizemos a caminhada de volta ao refúgio, onde teríamos 1h para comer o lanche que levamos. Atenção para o fato de que se você não levar seu lanche, não vai comer, pois nesse refúgio não tem nada para vender, apenas mesas e banheiro. Comer olhando para o glaciar foi sensacional, cada detalhe faz parte dessa experiência única. Após, retornamos ao barco e pegamos novamente a van da agência, que nos deixou nas passarelas. Tivemos um tempo para andar pelas passarelas, que tem diversos caminhos, todos muito bem demarcados. Das passarelas temos uma visão mais ampla do glaciar e é muito impactante. Como fomos no inverno, não estava lotado, mas tinha bastante gente. No verão, deve ser bem difícil circular por ali. Nesse dia de passeio, conhecemos o lado sul do Perito Moreno, que fica de frente para as passarelas. Das passarelas é possível ver e/ou ouvir quando um pedaço de gelo se desprende. Não aconteceu com a gente, rs. No inverno é mais incomum. No ponto de encontro da van tem uma cafeteria e uma lojinha, olhamos, mas tudo realmente bem caro, rs. Voltamos a El Calafate, percurso rápido e tranquilo. Passeamos pelo centro, andamos pelas lojinhas e pela feirinha de artesanato, que é pequena mas tem muita coisa legal. Resolvemos comer novamente no Bokado Tratoria, pois a comida é muito boa e o preço também. Não demoramos, pois estava muito frio e logo fomos embora, pois no dia seguinte também tinha passeio cedo. Dia 14 de agosto, quinta-feira: Acordamos bem cedo, pois a van da agência nos buscaria em uma pousada em frente ao nosso airbnb. Fechamos esse passeio com a civitatis e só tenho elogios, super profissionais, deu tudo certo. Fomos com a van até o puerto La Soledad e pegamos o barco do passeio. Esse foi o passeio: Barco e Trilha pelo Parque Nacional de Los Glaciares com almoço. Navegamos pelo belíssimo Lago Argentino e fomos passando inicialmente por diversos pequenos glaciares e por pedaços de gelo que se desprendem dos glaciares maiores. Lindo demais. Passamos literalmente por todos os glaciares da região: Glaciar Seco, Glaciar Heim, e Glaciar Spegazzini, que é super alto e imponente. Venta demais no lado de fora do barco e é quase impossível aguentar ficar lá. Apesar disso, todos ficam, pois o visual é de tirar o fôlego. Depois, navegamos até Puerto de Las Vacas, descemos do barco e fizemos uma trilha. Na verdade foi uma caminhada bem, bem leve, com paradas para fotos e ouvir a história do local. Durou mais ou menos 40/50 minutos e voltamos ao barco. Voltamos para o barco e seguimos em direção ao Glaciar Upsala (terceiro glaciar mais extenso do hemisfério sul). Depois de algum tempo admirando esse presente da natureza, seguimos viagem. Nesse momento, serviram o almoço. Optamos pela opção vegetariana, que consistia em um sanduíche enorme e muito bem recheado, uma delícia mesmo. Vieram também dois tomatinhos cereja e dois pedaços de pão, que também estavam bem gostosos. Para acompanhar, serviram uma taça de vinho e de sobremesa, um delicioso mousse de doce de leite com calafate. Divino. Após o almoço, seguimos em direção à parede norte do Glaciar Perito Moreno. É lindo, impactante, emocionante. Sem palavras para descrever essa experiência. Nos despedimos do Perito Moreno e voltamos ao porto para pegar a nossa van. Já em El Calafate, resolvemos andar pelas lojinhas do centro e fazer nossas comprinhas, já que iríamos embora no dia seguinte. Paramos em um restaurante de massa próximo à agência, na Avenida Libertador, Buenos Cruces Pasta Bar. Não comemos lá, apenas tomamos uma cerveja. Acabamos conhecendo um grupo de brasileiros muito gente boa do RJ, Friburgo. Eles comeram lá e gostaram muito, mas acharam caro. Voltamos ao apartamento e deixamos tudo organizado para aproveitar o ultimo dia na Patagônia Argentina. Dia 15 de agosto, sexta-feira: Fizemos o check out no apartamento e deixamos nossas malas na agência Brasileiros em El Calafate, pois sairíamos de lá para o aeroporto. Andamos pela Avenida Del Libertador, entramos na Intendência Parque Nacional Los Glaciares. É pequeno, mas bem conservado e bem bonito. Provamos o sorvete de Calafate. Sensacional, que frutinha gostosa! Almoçamos no Big Pizza e voltamos para a agência. O trajeto até o aeroporto levou uns 20/30 minutos. A sorte foi que chegamos cedo, pois a fila estava gigantesca. Check in feito, tudo certo, hora do até logo Patagônia. Sim, até logo, pois será difícil não voltar aqui! O voo para Buenos Aires foi tranquilo. Pegamos uber até o airbnb na Recoleta e foi tudo tranquilo. Fomos ao mercado para abastecer um pouco e na volta sentamos no restaurante Mala Cara para jantar. Comemos um nhoque recheado que estava delicioso, aprovado! Dia 16 de agosto, sábado: Tiramos o dia para comprar os vinhos que queríamos, então nos preparamos para bater perna mesmo! Andamos pela Recoleta inteira e acabamos encontrando um chino que estava com preços muito bons. Seguimos até a feirinha da Recoleta e adoramos, andamos muito por lá e fizemos até umas comprinhas. Resolvemos almoçar em um restaurante com aparência duvidosa e não deu outra... terrível kkkkkk, mas valeu a experiência rs Na volta, pegamos os vinhos e seguimos para casa. Tínhamos escolhido um bar secreto para conhecer, e fizemos cadastro ainda no RJ. Sim, eles pedem para fazer cadastro no site e somente depois do cadastro, te mandam o endereço. O nome do local é El Purgatorio. Sim, você literalmente precisa ser aceito no purgatório. Como a reserva já estava feita, fomos lá conhecer. Para entrar você tem que falar uma espécie de código ou palavra-chave, sei lá, mas entramos. A decoração do lugar é demais, um purgatório mesmo. Fomos direcionadas à mesa principal. Sim, no meio do bar tem uma mesa gigante, onde pessoas que nunca se viram na vida sentam juntas e incrivelmente, funciona. Uma garçonete veio nos atender e tirou as cartas, como se fosse um jogo de tarô, para q tirássemos na sorte o drink que íamos experimentar. Topamos e foi bem divertido. Mas infelizmente os drinks não estavam bons e eram caríssimos. Passamos rapidamente pra boa em velha cervejinha. A noite, de forma geral, foi bem agradável, o bar não é barato, longe disso, mas acho que vale conhecer. Dia 17 de agosto, domingo: Último dia dessa viagem incrível, tão sonhada e tão planejada! Como não podia deixar de ser, passamos o domingo na feirinha de San Telmo. Estava chuviscando, mas deu para andar tranquilamente e ver a feira toda. Fizemos ótimas comprinhas de ultima hora. Vale dizer que os preços não são absurdos, de forma geral. E muitas barracas aceitam pix, o que ajuda muito. Almoçamos no restaurante Impasto (Defensa 588). Restaurante lindo, elegante, excelente atendimento, comida deliciosa, com direito a entradinhas (caldo e pães). Não preciso falar que os pratos vêm super bem servidos, né. Eu comi metade, minha amiga também, levamos o resto para comer antes de ir para o aeroporto. Achamos o preço bom, principalmente considerando a experiência completa. Voltarei com certeza, meu favorito em CABA até agora. Andamos mais um pouco pela feira e voltamos ao apartamento para arrumas as malas. A ida para o aeroporto (AEP) foi tranquila e rápida, de uber. A Argentina mais uma vez nos recebeu de braços abertos e nos surpreendeu com paisagens fenomenais e experiências inesquecíveis!
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  33. Sim, dois extremos mas você tem voo direto entre elas pela AirAsia ou Vietjet.
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  34. De Recife a Cabo Verde Depois de um dia para as pessoas conhecer Recife, eu rever,pois conheço há muitos anos, inclusive estive em reunião no Palácio Campo das Princesas com o ex governador Eduardo Campos e,no tempo dele e do prefeito do PT,João Paulo, e seu sucessor João da Costa fui ali várias vezes.Dei uma andada do cais de cruzeiros a saída ali fora,passei pelo Museu Cais do Sertão,onde não entrei pois já conhecia,mas recomendo, pois é muito bom e tem um resumo da história do melhor presidente da história,ele mesmo,o Lula dos primeiros mandatos no qual conta o futuro brilhante que teria o Brasil,se não houvesse o golpe de 2016(visitei antes). Mais lembranças foi a Rosa dos Ventos,logo ali,e o Marco Zero do Estado em frente ao Beberibe e,do outro lado,o Parque das Esculturas de Brenand.Que saudade,a última vez que ali estive era perfeito e já dava meus terceiros passos na política. Pobre de mim!Mas,vamos continuar,passei na porta do Santander Cultural e segui a avenida pouco movimentada agora,no passado muito.E dei nas margens do Rio Capibaribe.Atravessei a ponte e estava no centro. A saudade tomava conta de mim.Ver aquelas pontes,os palácios,o TJ,no qual parei na porta e o fiquei admirando como um simples cidadão,não o que conhecia aquilo demais e voltei. Reparei,que após tantos anos, o esgotamento sanitário da cidade continua sem existir.O impulso foi de voltar no tempo e ir perguntar os motivos aos poderosos de hoje,mas não devo conhecer mais ninguém, tenho que aturar aquilo.Já ia dar 16h,eu não tinha almoçado. Voltei ao navio que partiria as 18h.Cheguei,e fui comer algo.Depois das 15 e até as 19h fica hambúrguer e batata frita a disposição. Como a maioria era argentino, era o que eles gostam, e vários fizeram o mesmo que eu e estavam retornando da cidade para comer também. Adeus Brasil, sairia naquela noite para voltar 5 meses após.
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  35. Oi Marina!! Então, Pmichelazzo sabe muito mais, sem dúvidas, mas o que pesquisei que comprar antes vc garante preços melhores, eu pretendo ja começar a comprar tudo, até para diluir os calores nas faturas dos cartões kkkkkk mesmo correndo risco de perder algum voo e embolar outro...
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  36. Dias 2 e 3-Navegando a Recife Os dois dias que se seguiram foram de conhecer aquela imensidão lotada de argentinos. O navio já chegou ao Rio bem cheio, pois fez embarque em BsAs. Muito argentinos é sinônimo de pessoas odiadas por brasileiros, devido a perseguição do paulistinha Gavião Bueno e amados por mim desde que vivi na terra deles há 20 anos.Mas antes teve a reunião de bordo só com brasileiros, quase todos em excursão e sem falar outra língua,afinal as manias são sempre manias. Hora de jantar, o navio tocou o apito às 21h e fui ver a minha terra querida e invejada pelos paulistas,esses sim da terra do crime,que fiz questão de não selecionar navio que embarcasse em outro lugar diferente da minha cidade.O Corcovado foi sumindo aos poucos com o entrar da noite e a chegada do alto mar.Era o oceano que iria nos acompanhar por muitos dias até a Europa,em um caminho a antiga,passando em duas ilhas descobertas pelos portugueses(Cabo Verde e Canárias). Mas,antes,teríamos uma parada em Recife.Havia argentinos e cariocas que desembarcariam aqui e outros que embarcariam.Eu ia rever um lugar que conhecia e era muito pobre e eu,esperançoso,que tinha progredido um pouco.48h no mar sem nada para fazer?Que nada,ao contrário, muito o que fazer.Novos amigos,um novo local de convívio e muita diversão.Fiquei sabendo das excursões do navio e realizamos muitos jogos e brincadeiras, modos de conhecer uns aos outros,o que foi muito bom.O tempo passou que nem vi. A comida não para,seja que hora seja, sempre tem alimentos a disposição. A mais importante é a hora do jantar, aonde podemos escolher entre o buffet da hora do almoço ou,para quem gosta,jantar a prato a la carte,com garçom, comida pouca e cheia de frescura, tudo o que não gosto. Todos tem lugar,mesa e restaurante marcados pelo navio e fixos. Fui ali em uma dessas noites,e tive uma grande surpresa. Fui designado a uma mesa composta por pessoas do sindicato que sempre frequentei no ES,amigos de muitos outros amigos da minha juventude, e o melhor, petistas assíduos. Que surpresa boa!
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  37. @Marina Soares Você pode comprar lá ou no Brasil e normalmente não é necessário passagem de saída, mesmo alguns países solicitando legalmente (como é o caso da Tailândia). A grande "desculpa" é: "vou sair para o Laos por via terrestre e por isso não tenho passagem de volta". Isso é comum para eles, entendem e aceitam pois "e tudo coladinho". Para provar sua intenção, a reserva de um hotel no Laos ou no Camboja é "prova" aceita como "ela vai mesmo sair". Minha sugestão: Se está com o roteiro que fará pronto, deixe-o montado inclusive com as reservas de hotel. Se te pedirem, o que é bem raro, mostre e explique essas saídas com o roteiro. Entenderão. Quanto a comprar os voos, penso ser melhor do Brasil, exceto se for pegar trem ou outro tipo de transporte. Os preços oscilam muito nas low-costs e ainda tem a vantagem de ter uma única conversão de moeda (paga em dólar). Se comprar lá, vai pagar, por exemplo, em Bath (Tailândia), que será convertido em dólares e depois em reais. Acaba não valendo a pena. Cuidado com os "documentos e formulários" solicitados pelos países que passará. Esses sim podem dar dores de cabeça.
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  38. Saudações, mochileiros! O conto da vez é uma pequena andança de um mês que fiz entre a terra do queijo e da pamonha! Apesar de ter ido em lugares conhecidíssimos, notei que o fórum carece de relatos recentes de tais lugares, então, informação a mais não vai doer, não? O período escolhido foi o mês de agosto de 2025, como em vários anos, pois considero agosto um mês frio e seco em muitos lugares do país, além de não ser alta temporada. O roteiro original era ficar apenas em Goiás, e fazer o caminho de Cora Coralina, porém não levei em conta que agosto é o mês mais seco em Goiás, inclusive com o sumiço de algumas cachoeiras e várias queimadas de época, o que poderia comprometer esta caminhada. Como estava devendo uma viagem a Minas, resolvi que andaria entre os dois estados. A sequência foi: BH, Alto Caparaó, Ouro Preto, São João del Rei/Tiradentes/Bichinho, Pirenópolis, Goiânia e Caldas Novas. Sem maiores delongas, vamos lá. Belo Horizonte. Após aproximadamente 14 horas de viagem de ônibus de Goiânia, chego de madrugada na capital mineira, com a manhã inteira para conhecer um pouco do centro da cidade antes de procurar o hostel onde iria dormir nos próximos dias. Chegando em BH, já tive a impressão de que se tratava de uma selva de pedra ENORME e cercada por pequenas serras. Decidi que me hospedaria na região do Santa Efigênia, que junto com o Savassi, é conhecida por ser uma região de bares e restaurantes para aquele happy hour básico (embora eu não beba). Andando pelo centro, passei pela praça da liberdade, uma das referências locais. Infelizmente, como estava muito cedo, e por ser sábado, não tinham museus abertos. Na verdade, a praça estava bem vazia. Por medo de cruzar com nóia (sim, a cidade também tem muito morador de rua na região central, problemas de capital), fiquei por pouco tempo ali. Passei pelo museu da moda (que à primeira vista parece mais uma capela), pelo Santuário São José (muito bonito, por sinal), e pelo mercado municipal, um dos MELHORES lugares para conhecer! Muitos produtos regionais para quem ama o famoso queijo/leite mineiro e boas opções de comida, com alguns estabelecimentos tradicionais por lá. Comi várias vezes no ponto da empada, por lá. A empada recheada deles é uma coisa divina, além do bolo com queijo e coco e claro, o pão de queijo. Quase chorei com a empada com frango/catupiry. Descobri também que por lá eles comem bastante jiló. Está aí um trem que não gostei, amargo demais para meu paladar nortista. Achei bem legal a personalização de alguns semáforos de pedestre. Depois do almoço, resolvi bater no principal parque da região, o Américo Renné Giannetti, considerado o patrimônio mais antigo da capital. Um grande espaço cercado com flora nativa e exótica, alguns lagos com barquinho e pedalinho, espaços para a prática de esportes e ainda por cima um parque de diversões cheio em pleno meio-dia! Fiquei surpreso de forma positiva com a beleza e grandeza daquele espaço! Sentei-me embaixo de uma árvore e fiquei contemplando aquele movimento todo. Aprende, Manaus, aprende Depois de fazer o check-in no hostel, tirei um cochilo, e para fechar o dia fui no museu mineiro, que conta com um acervo de peças de arte sacra e espaços que contam parte da história do estado. A propósito, este faz parte do circuito liberdade, que envolve vários museus da região, onde o visitante pode fazer uma sequência de visitas. No domingo, era dia da famosa feira hippie de BH. Posso dizer que a feira é IMENSA, ocupando vários quarteirões. Entretanto, achei ela meio fraca de variedade, sendo a maior parte dela, roupas. Reparei em como o belo-horizontino aparentemente gosta de um acarajé, pois vi vários quiosques dessa iguaria. Tirei a manhã toda aqui e no parque Américo. Após isso, peguei um bus para o rumo do bairro mangabeiras, para conhecer os dois parques vizinhos que lá se encontram. Primeiramente, visitei o parque da serra do curral. O ambiente é bem agradável para uma trilha matutina, mas fiquei um pouco desapontado ao saber que a trilha era limitada até uma parte não muito distante do portão. Há trilhas mais longas que só podem ser feitas “com agendamento” (ou na clandestinidade, imagino). Mas o mirante de BH não deixa de ser um belo atrativo. Uma visita rápida. Após isso, conheci o Parque Municipal da Mangabeiras propriamente dito, esse um dos grandes queridões da cidade! O espaço é ENORME! Tanto que há um micro ônibus que faz uma volta em alguns pontos para pegar ou deixar visitantes. O parque é muito legal, com vários espaços lindos e bem organizados para a família, grupos de amigos, ou mesmo forasteiros solitários como eu. Uma manhã ou uma tarde inteira são facilmente dedicados a este parque. Infelizmente a praça do papa, outro ponto turístico badalado de bêagá, estava em reforma, logo não pude conhecer ou tirar fotos. Fica para a próxima. Entretanto, não muito longe dali, há o Mirante do Mangabeiras, um point do final de tarde que LOTA de gente querendo assistir o pôr do sol. É um lugar interessante pro final de tarde. Diz que dá quati, mas não vi nenhum na ocasião. Na segunda, praticamente tudo estava fechado para a manutenção de rotina, e como estava sem nada para fazer, arrisquei um pulinho na lagoa da Pampulha, outro cartão-postal da cidade. Apesar de tudo fechado, ao menos deu para dar uma corridinha na beira do lago, pensar na vida e tirar algumas fotos. BH -> Alto Caparaó Após alguns dias conhecendo a capital mineira, era hora de animar de verdade minha viagem. Precisava de trilhas e serras. Dito isso, parti para o município de Alto Caparaó, na divisa leste entre Minas e Espírito Santo e lar do grandioso Pico da Bandeira, um dos pontos mais altos do país (atualmente o terceiro). Enfim, era o que queria. De BH não há bus direto: é necessário pegar um ônibus ou para Manhuaçu, ou para Manhumirim, e de lá pegar uma linha urbana que vai até Alto Caparaó. Blablacar direto para Alto Caparaó é quase inexistente. Cheguei ao anoitecer, e apesar de haverem muitas pousadas, hotéis e afins, não tinha feito reservas. Por boas recomendações no google, resolvi ficar no Camping da Inês, e cara, a escolha se provou muito acertada! A Própria Inês e seu filho foram muito gente boa e prestativos durante meus dias na cidade, inclusive ao me emprestarem um colchonete para o chão frio e ao compartilharem um pouco de café em pó. O lugar é bonito, agradável, tem um pequeno riacho do lado, uma cozinha compartilhada, água quente e redes/balanços. Não queria mais nada. Se quer uma estadia barata e não faz questão de quarto, esta é uma ótima opção. Antes de enfim subir o parque do Caparaó, tirei um dia para descansar, organizar a mochila e conhecer a cidade (até pq na quarta o parque fecha). O município é bem pequeno e passa uma vibe tranquila, com belas vistas dos grandes cumes que me cercavam, imponentes, e vários campos de cultivo cafeeiro (pelo que vi a cidade tem se destacado pelos seus premiados cafés). Também haviam várias agências turísticas com roteiros para atrações vizinhas (que acabei não indo desta vez). A cidade literalmente se recolhe depois das 19:00, uma coisa bastante curiosa e comum de pequenos municípios de “interiorzão”. No dia seguinte, enfim era hora de começar a pequena jornada até o Pico da bandeira. Primeiramente precisei ir para a portaria do parque, onde fiz o cadastro de visitante e peguei uma “senha” (que deve ser entregue na volta). Por MUITA sorte, o porteiro convenceu um casal a me dar uma carona de carro até a base da Tronqueira, e aqui vai uma informação importante: se você estiver sem meio de transporte, ARRUME um, pague carona, peça na portaria, qualquer coisa, pois o ramal de acesso tem mais ou menos 6 fucking KM num desnível contínuo de quase 700m! Parece pouco, mas não é, as pernas serão bem judiadas se você for andando. Ah, eles não deixam moto subir, o motivo, esqueci de perguntar. Ah, minas e suas paisagens... A tronqueira é a primeira opção de acampamento para quem sobe o parque pelo lado mineiro. Depois tem o terreirão, alguns km mais acima (e pessoalmente acho a melhor alternativa). No caminho há o vale encantado, e como era bem cedinho, não dispensei um bom banho de água Gelada (o gê maiúsculo foi proposital). Cacetada, bote Gelada nisso! Mergulho de 10, 15 segundos e o corpo todo já ficava dormente, isso com sol! Apesar disso, a linda e transparente água de montanha. Apesar do pico da bandeira ser alto para os padrões brazucas (2892m), o seu acesso é por uma trilha bem tranquila, mais de boas do que as trilhas de montanhas paranaenses, por exemplo. Só o cume importa Cheguei mais ou menos meio-dia no Terreirão, e este vazio, graças a Deus! Poderia armar minha barraca onde quisesse e ter um pouco de tranquilidade (ao menos até os primeiros grupinhos chegarem). Uma pena, pensei que iria subir sozinho. Ali há uma curiosa casa de pedra onde alguns podem dormir dentro para fugir do vento e frio. Aquele trem de noite me lembrava a casa da bruxa de Blair, isso sim. O sol misturado com o friozinho, os tico-ticos esmolando comida, a paz, e o silêncio daquele recanto permitiram que eu desse um cochilo ali, no gramado da frente da casa de pedra. Inacreditável. Como sabia que dormiria pouco pela parte da noite, esta siesta foi mais que bem-vinda. Ao passar da tarde, foram chegando os primeiros grupos que iriam pernoitar para subir de madrugada. Como estava fora da alta temporada e era um dia de semana, não foi tanta gente. O tempo fechou pela tarde, o que gerou certo receio, mas estava consultando a previsão do tempo, e para aqueles dias pegaria o céu majoritariamente limpo. Estava torcendo para um pouco de geada no gramado e barracas, pois estava fazendo negativo de madrugada. Noite em curso, não havia mais nada a fazer a não ser recolher-me na barraca e tentar dormir. O frio, somado à barulheira dos grupos preparando a janta e enchendo o rabo de álcool, não ajudou muito. Cochilava e acordava, tentando aquecer onde estava incomodando. Para passar o tempo, lia um pouco nos livros que tinha no smartphone... 3 da matina. Hora de levantar e começar a subida. A noite estava linda, céu aberto e lua cheia, o que permitiu que eu andasse boa parte da trilha de lanterna desligada. Aparentemente eu era o segundo a subir (uma iniciante subiu mais cedo com um guia, e cheguei até a ultrapassá-la), e ver as luzinhas da fileira de lanternas mais embaixo era bem legal. A trilha em si é bem demarcada, com fita refletora em todo o caminho. Seja com luz vermelha ou branca, o caminho magicamente aparece para você como um corredor de pontos luminosos. Demais! Cheguei mais ou menos às 5 horas nas dependências da famosa cruz. Cheguei cedo demais! O Frio e vento eram bem intensos ali em cima, e logo me arrependi de não ter levado o saco de dormir. Mas era suportável. Observar o “lado” de Espírito Santo e as luzinhas dos pequenos municípios do vale embaixo foi uma agradável experiência. Aninhei-me entre algumas pedras para tentar fugir do vento, fiquei quietinho e mil coisas passaram pela cabeça naquele tempo sozinho... O ato 1 do astro-rei foi divino! Por alguns minutos deixamos de lado nossas dores, preocupações, tremedeiras e problemas para admirarmos aquele pequeno pedaço da existência em si e toda a sua beleza. Muito bonito! Como estava ventando muito, era quase impossível armar o tripé na pedra para tirar fotos, fazendo-me esmolar umas mãozinhas dos que ali estavam presentes. O próximo papel de parede do meu PC já estava garantido! Natureza contemplada, registros feitos, e um praise the sun realizado, era hora de descer. Mesmo com sol e céu aberto, fazia mais ou menos 1, 2 graus. Para completar, uma bela cólica se manifestando lá em cima. Motivação a mais para descer até o terreirão um pouquinho mais rápido (mas admirando os cumes vizinhos). Infelizmente não teve tapetão de nuvens naquele dia. Ploft feito no banheiro do terreirão, banho tomado, era hora de enfim desarmar a barraca, arrumar a mochila e descer. Foi tudo às mil maravilhas até o DESCIDÃO da tronqueira, pois como estava sem carro, precisei descer na “primeira marcha” por 2 horas até a entrada. Um porre! Mas com bom humor, sabendo que tinha conhecido mais um lugar que namorava por anos pela tela do PC Alto Caparaó -> Ouro Preto Após algumas pesquisas de rotas de ônibus, saio cedinho de Alto Caparaó no primeiro ônibus do dia para Manhuaçu. O objetivo: pegar um buzu que passe por Ouro Preto sem precisar ir para BH primeiro. As linhas e horários são limitadíssimos, mas enfim tinha conseguido uma linha. Mesmo assim a viagem levaria umas horinhas, e chegaria na histórica cidade no final da tarde, somente. Desço na rodovia, bem na entrada do parque estadual do Itacolomi, que infelizmente encontrava-se fechado por N motivos. Apesar de saber que existem trilhas alternativas que nos levam ao pico do Itacolomi, um dos patrimônios naturais de Ouro Preto, não sabia se iria arriscar o feito. Em todo o caso, fica a dica, pegue as rotas num wikiloc da vida e seja feliz, até porque tem cachoeira no caminho “clandestino” =D Como era sábado, a parte boêmia do centro histórico estava bem animada, e logo de cara fiquei encantado com o nível de conservação das estruturas antigas da cidade (pontes de pedra, casas, ruas de paralelepípedo, etc)...a influência portuguesa das edificações era bem evidente em cada esquina, dando aquele aspecto “europeu” à região central. Me diz se essa esquina não lembra o cs_italy? Outro aspecto bem marcante da cidade são os ladeirões, sim, causa número um das reclamações de quem já tem o joelho um pouco véi pôdi comprometido, tem questões com sedentarismo ou alguma dorzinha da idade. Como o corpo do índio véio aqui já é acostumado com esse tipo de terreno, não me senti incomodado ao subir e descer pelas ruas ao longo dos dias. pernas pra que te quero, ein! Outra curiosidade é a presença de várias repúblicas, basicamente alojamentos estudantis. Uma tradição de décadas que sobrevive até os dias atuais, com vários nomes curiosos. Impossível você não se deparar com uma nas ruas. Fiquei hospedado em um ótimo hostel quase ao lado da praça Tiradentes, que como o nome sugere, é o local histórico onde os restos mortais do revolucionário ficaram expostos como um recado do Estado a quem tentasse se rebelar novamente (e de onde a cabeça foi roubada para nunca mais ser vista novamente). Do hostel tinha uma vista maravilhosa do centro histórico, o pico Itacolomi e algumas das várias igrejas famosas da região. Não fiz nada de especial nesse dia, até por ter chegado tarde demais. Tratei de lavar a roupa suja, passear um pouco pela região de bares e fazer as compras para os próximos dias. No domingo, comecei o dia visitando a feira de artesanato de Ouro Preto, que funciona praticamente todos os dias, e o forte desta são as esculturas e utilidades feitas de pedra sabão, do shot de cachaça a calendários. Um charme. Com sorte você acaba vendo o trabalho dos artesãos locais ao vivo, enquanto eles desenham diretamente nas pedras. Lembrancinhas compradas, hora do tour por alguns dos templos locais. Até o momento (2025) existe um “circuito dos museus” dedicado à vida e obra de Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho) e Manuel da Costa Ataíde (Pintor) em três igrejas: São Francisco de Assis, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora das Mercês e perdões. Você compra os ingressos que te dão acesso às dependências das igrejas e aos pequenos museus. A arte Sacra do Mestre Ataíde na Igreja de São Francisco é de impressionar, nos remetendo às pinturas da capela sistina. Com certeza esta é uma visita obrigatória para quem está de passagem. Após essa programação e um maravilhoso almoço, dei um passeio pelo centro da cidade, que estava bem movimentado pelos turistas e que contava com um festival de Jazz em vários pontos. Achei o centro bem seguro, sem moradores de rua, pessoas suspeitas ou incidentes de qualquer natureza. E nem tinha tanta polícia assim. Outra dica: da praça Tiradentes, desça pela rua direita. Há muitos comércios e restaurantes ali, terminando lá embaixo no museu casa dos contos, que conta com um pequeno e belo horto, ideal para um passeio na natureza. Outro ponto obrigatório para o visitante. No dia seguinte, segunda, precisava fazer alguma coisa, embora muito lugar feche para manutenção. Tinha a opção da visita às minas, que hoje em dia são sombras do período do auge da corrida do ouro no sec. XVIII, muitas abertas para visitação. Entretanto, fiquei sabendo de uma atração que funciona diariamente e pouco se fala nos roteiros, o parque natural municipal das andorinhas, localizada nas dependências do município. O dia estava ensolarado e pedindo uma cachu (apesar de estarmos no final do inverno). Estava decidido. Após a entrada no ramal e o portão, você avança por mais ou menos 2km de estrada de terra até chegar no prédio da administração do parque, onde faz o cadastro, tira dúvidas e tudo mais. Há vários atrativos no parque, praticamente todos acessíveis, sendo as cachoeiras andorinhas e pelados os mais próximos, e o poço da folhinha um pouco mais distante. Mas nada que não dê para encarar, se você tem pernas boas e a boa disposição do trilheiro. Comecei pelo poço da folhinha. Acredito que foi mais ou menos 1 hora andando, e o cenário final valeu cada passo! Água gelada, transparente nas corredeiras e finalizando em um pequeno curso d’água esverdeado. Era beleza demais para meus olhos. de bubuia... Mesmo com sol forte, a água estava bem gelada, fazendo-me tremer de vez em quando na sombra . Um banho maravilhoso. Fiquei um bom tempo aqui contemplando aquele presente divino. Depois, retornei e fui conhecer a cachoeira dos pelados. Aqui é uma queda mais “elaborada” e incrivelmente esculpida na pedra desgastada, gerando um chuveiro natural da hora e um cenário muito bonito. Como essa é de fácil acesso e tem menos espaço livre, pode ser um pouco disputada para banho e fotos. Por fim, fui na cachoeira das andorinhas propriamente dita, mas não parei para o banho. Só queria vê-la e seguir para um mirante próximo onde você vê uma boa extensão do parque. Dali você vê outra cachoeira, a véu de noiva, normalmente inacessível. Voltei para a cidade na hora do almoço. Fiquei pensando se ia em algumas das minas. Pessoalmente achei os valores um pouco abusivos, de 70 reais para cima, para passeios de 45 minutos que por vezes são feitos com narrativas repetidas dos guias, isso porque não citei a famosa mina da passagem, que cobra míseros 250 réis (AGO/25). O tempo da exploração passou, até onde sei Mas, estas também são algumas das atrações mais icônicas de Ouro Preto, que ganhou sua fama justamente pela exploração aurífera. Talvez em uma outra oportunidade eu as visite. No final das contas eu acabei não indo pra lugar algum e passei o resto do dia descansando no hostel. No último dia na cidade, dei mais um passeio a pé pelo centro, indo até um curioso cruzeiro que fica no topo de um morro depois da igreja de santa Efigênia, passando boa parte da manhã por lá. Nesse dia estava tudo fechado pela neblina. Apesar disso, o local estava tranquilo. Só depois me informaram que ali era meio que uma “área vermelha” a ser evitada em certos horários. Por sorte não aconteceu nada nem cruzei com ninguém além de um casal de estudantes, provavelmente "gazetando" aula. Após um tempo naquele mirante, fui visitar a casa dos contos. Esta já foi morada de políticos locais e casa da moeda, com boa parte da sua estrutura original intacta (inclusive alojamentos de escravos no subsolo!). Ela é comumente visitada por excursões escolares, além dos turistas. A melhor parte, a meu ver, é o horto, que já citei, que possui mais dois acessos, além daquele no museu. E uma das saídas dava quase que do lado da rodoviária, então aproveitei para ir atrás da passagem para a próxima cidade. Depois do passeio e de mais um delicioso almoço da boa e velha culinária mineira, voltei para o hostel para descansar e ler um livro que fala de várias histórias da cidade. Inclusive recomendo a leitura. Check-out realizado, vou para a rodoviária onde um curioso senhor fazendo embaixadinhas me chama a atenção. Era um viajante que tinha transformado seu pequeno caminhão numa casa sobre rodas, indo de norte ao sul do Brasil. Adoro esses encontros com amigos viajantes! Ouro Preto -> São João del Rei/Tiradentes/Bichinho Existe linha de ônibus de Ouro Preto para São João Del rei (que na verdade sai de Mariana e vai para São Paulo, mas vcs entenderam), mas somente uma, e feita pela parte da noite. Iria chegar no próximo destino quase meia-noite. Tentei conversar com a responsável do hostel onde iria ficar, e a mesma disse que iria cobrar adicional para me receber no horário. Pensei em cancelar o check-in no dia seguinte no ato, mas como estava curtindo demais a viagem, não ia deixar isso me estressar. Com isso, saio de Ouro Preto às 19:00 e chego umas 23:15 na Rodoviária São-joanense. Obviamente estava tudo fechado, silencioso e deserto. Depois de bater na porta de alguns hotéis próximos (nenhum daqueles baratinhos de rodoviária, saco! Nem rua de bordéis encontrei para arriscar um cochilo naqueles motéis improvisados ), encontro uma hospedagem com café da manhã que pareceu agradável. Na manhã do dia seguinte, após o café, comecei a andar rumo ao centro turístico da cidade. O centro é menor e tem menos igrejas do que Ouro Preto, mas possui uma estação de trem que inclusive é uma das mais antigas do país ainda em operação, com um belo museu ferroviário. Precisava fazer o passeio de trem. Após uma volta no museu e o ingresso do passeio de maria-fumaça comprado, chego ao centro turístico de fato. A Igreja Nossa Senhora do Carmo, a catedral basílica Nossa Senhora do Pilar e a igreja Nossa Senhora do Rosário são pontos de turismo religioso bastante frequentados, próximos um dos outros. Na Nossa Senhora do Carmo ainda existe um museu dos sinos, um dos símbolos da cidade, mas nunca conseguia pegar este aberto . E além disso, claro, há sempre aquele charme do estilo antigo da cidade preservado nas ruas e casas. A rua não se chama "rua das casas tortas" à toa Após fazer check-in no hostel, volto para a região das igrejas para ir atrás das minhas lembrancinhas, fazer compras, arrumar um mapa turístico da cidade e tirar algumas fotos. Dou de cara com um totem/marco da Estrada Real, o que realimentou minha vontade de fazer esse trem algum dia. Inspirado, passo em um posto de emissão do passaporte, realizo meu cadastro e garanto minha credencial para ser usada algum dia. Ele estaria se revirando no túmulo se soubesse o quanto aceitamos de impostos hj em dia... Apesar disso, não fiz mais nada de especial no dia. Retornei cedo ao hostel para organizar comidas, roupas de sair, etc. No segundo dia, retornei à estação ferroviária para o passeio de maria-fumaça até Tiradentes. Como tecnicamente era minha segunda vez dentro de um trem em vida (a primeira foi o passeio de Curitiba-Morretes), sentia-me como um guri de 10 anos saboreando cada momento, da vinda da locomotiva aos acenos dos locais enquanto o trenzinho ia se deslocando. Curiosamente um ciclista nos acompanhou o percurso inteiro. Com certeza faria isso se fosse morador. Ele reparou na minha figura e pediu as fotos depois. Como sou gente boa, procurei ele no final e descobri que ele é guia local. follow the damn train, CJ! Já em Tiradentes O passeio dura 45 minutos bem aproveitados. Antes da hora do almoço já estava na cidade vizinha, comprando mais lembrancinhas e procurando uma loja de bikes. Dali já namorava o paredão que é a Serra de São José. Precisava subir aquele trem maneiro Também queria aproveitar a deixa e ir para Bichinho, mas como não aluguei carro, precisava ao menos de uma magrelinha. Bike alugada, hora de encarar uma muy desconfortável estrada de paralelepípedos de 7km até o pequeno distrito. Bichinho é famoso, embora seja um bairro do município de Prados, menos conhecido. Basicamente é uma parada turística cheia de lojas de artesanatos diversos, um pequeno centro gastronômico/comercial e a casa torta, provavelmente a maior motivação de 9 entre cada 10 visitantes da região . Comigo não seria diferente. Entretanto, no dia a casa estava cheia, era necessário agendamento, compra online e tal, logo não entrei. Mas o registro na frente já valeu. Após uma parada no pequeno centro comercial e um registro no passaporte, retorno a Tiradentes para devolver a bike. No caminho, dou uma parada para namorar a natureza ao redor. O sinal de internet estava péssimo, então não pude me localizar no maps, e acabei me perdendo nas ruas de Tiradentes, até achar a loja Obs: diz que existem outras trilhas feitas de bike na região, se vc é do adventure, recomendo a pesquisa. NECESSITO SUBIR ALI 🤤 Volto de ônibus para São João del rei e dou o dia por encerrado, já que todos os museus estavam fechados pelo horário. No dia seguinte, bato cedinho na rodoviária de São João para pegar um ônibus para Tiradentes. Dessa vez iria descer antes, no marco zero da Estrada Real. Apesar do simbolismo do lugar, este basicamente era um totem gigante, abandonado e vandalizado marcando a etapa. Mas o objetivo naquele dia era andar pela Serra de São José até o centro de Tiradentes. O mais legal, na verdade, é fazer a travessia completa, saindo de Prados até Santa Cruz de Minas, entretanto, para chegar em Prados era mais complicado, precisava dormir na outra cidade, enfim, a logística não permitia. Junto ao totem existe um estacionamento e a cachoeira do bom despacho, que dá bastante gente pelo fácil acesso. Em virtude da época, estava bem seca. Enfim comecei a acompanhar a trilha, subindo a serra. Esta não tem portaria, nem é cercada. Ao que deu a entender é tipo “entre por sua conta e risco”, e dado o isolamento de alguns pontos, creio que não deve ser tão difícil ficar desorientado ou se perder. Mas, há algumas placas no caminho, indicando as direções dos pontos de referência da trilha. fácil de se perder? Andando pela trilha, o primeiro ponto de interesse é a cachoeira do mangue. Esta possui um poço embaixo, cujas águas estavam bem estagnadas. Impróprio para banho. Mas em cima haviam umas piscinas naturais “no ponto”. Como não imaginava que apareceria nenhum maluco às 8 da manhã naquele fim de mundo, arrisquei um belo e gelado banho. Poço 1 poço 2 Revigorado, volto à trilha e começo a subir até o platô que dá acesso ao paredão que vemos das cidades. Magnífico! Na região existem várias áreas para camping, a julgar pelos vestígios de fogueiras (o que é uma irresponsabilidade, mas fazer o q...). A trilha é bem demarcada, com vários mirantes, enquanto vamos nos deslocando rumo a Tiradentes. Ainda consegui ouvir e ver a Maria-fumaça bem longe em mais uma manhã de passeios turísticos. mirante do limoeiro, um dos melhores pontos de camping. ⛺ Mais ou menos umas 11 da manhã chego num ponto de “encruzilhada”, o que marca o “meio do caminho”. Dali poderia continuar até Prados, Poderia descer até Tiradentes, ou poderia descer pelo outro lado até a cachoeira do carteiro, que na verdade é mais um poço, pelo que vi nas fotos. Não cheguei a ir até a cachoeira em si, mas fui até a cruz do carteiro. Segundo a “lore” local, ali foi emboscado e morto um carteiro que carregava mensagens para os inconfidentes. Ali uma cruz foi levantada, e é costume deixar uma pedra em sinal de respeito. Após essa gostosa trilha, desço enfim para Tiradentes para comer algo, comprar mais lembrancinhas e retornar para São João. Mais uma vez, em virtude do horário, não consegui visitar nenhum museu. Com isso, minha estadia na região estava completa. Iria para Belo Horizonte no dia seguinte, para então seguir rumo a Goiás. Minas -> Pirenópolis Após 18 horas de voltinha de buzu, desembarco enfim na capital goiana. O próximo destino, Pirenópolis. Fui pesquisar as passagens de ônibus, e os horários eram limitados. Por sorte, como Piri é turística e não tão distante de Goiânia, há uma boa oferta de caronas pelo blablacar. Fechei com um motorista após o horário de almoço. Após quase 3 horas, campos secos, algumas queimadas de época e muita poeira, enfim chegava naquele pequeno pedaço de civilização no meio da imensidão do cerrado. A região estava bem seca. Para ter logo as direções, pedi que me deixassem na rodoviária da cidade, para decorar a distância da minha hospedagem e pegar os horários de volta para Goiânia. Seriam 2 dias e meio dedicados à cidade. Nessa primeira tarde iria localizar meu repouso, fazer compras e andar um pouco pelo centro. Piri mantém aquela aparência de cidade interiorana, como o seu centro histórico bem preservado. Novamente vemos aqui a estética vintage espelhada nas ruas de paralelepípedo, casas com fachadas centenárias, as cores vivas nas molduras de portas e janelas e o charme dos postes coloniais com sua luz fraca e confortante. As ruas Pirineus e Aurora lhe fazem sentir-se em 1950 à noite. Curiosamente de vez em quando via um cavalo solto desfilando pelas ruas. Além disso, as igrejinhas mantêm aquela aparência simplista e acolhedora, tão diferente dos palácios de vidro que vemos na cidade grande. As principais da cidade são a matriz (Nossa Senhora do Rosário), a de Nossa Senhora do Carmo, e a de Nosso Senhor do Bonfim. A matriz Por fim, o centro de Piri é pequeno, e você pode ver praticamente tudo numa manhã ou tarde, a pé. Uma das atrações mais cobiçadas pelos visitantes é a Rua do Lazer, que basicamente é um aglomerado de bares e restaurantes. Ela é boa para amigos ou casais, e como estava só, confesso que não me senti muito disposto a parar ali. Não muito distante da rua do lazer fica o Rio das Almas que corta a cidade. Para um curso d’água urbano, está surpreendentemente limpo, apesar de haverem despejos de esgoto nas proximidades. Por várias vezes vi locais tomando banho em suas águas convidativas, porém não quis arriscar. Outro ponto curioso da simpática cidade são as estátuas dos mascarados, um patrimônio cultural da cidade que faz referência às cavalhadas, um espetáculo de origem portuguesa que foi mantido na cidade, ocorrendo normalmente no primeiro semestre do ano. Impossível não parar para tirar fotos em algum dos mascarados. Chegou a ser um passatempo meu procurar e registrar o máximo possível (e com certeza deixei passar vários ). Piri, cidade turística como é, possui incontáveis hospedagens, algumas improvisadas pelos moradores (pelo que constatei em várias placas nas casas comuns). Como estava fora da alta temporada, a cidade estava bem tranquila. Por boas recomendações no google, escolhi o camping beija-flor. Ótima localização, bom preço, anfitriã muito gente boa, estrutura ótima (varal, cozinha compartilhada com geladeira, banheiros sempre limpos e umas redes dispostas no ambiente). No dia seguinte, era hora de conhecer algumas das várias cachoeiras escondidas na região. Todas as cachoeiras estão fora da cidade, algumas bem distantes, tornando o carro obrigatório. A cachoeira abade é uma das mais famosas e fica a mais ou menos 14km do centro de Piri, por exemplo. Mas, para quem tem pique e vontade de se molhar, é possível ir a pé para duas atrações próximas da cidade: a cachoeira da usina e a fazenda bonsucesso. Fui a pé cedinho para a fazenda bonsucesso. Aproximadamente 5km do camping. Mamão com açúcar! Ainda por cima um funcionário do local passou de moto e me ofereceu uma carona. o contraste de cores do cerrado encanta O bom de ir para este banho é que há estrutura para almoço e café na entrada, a trilha é de boa, e você tem direito a conhecer 5 cachoeiras de uma vez, uma mais linda que a outra! Água transparente e de tons que variam do azul (palmito) até o esverdeado, como a lagoa azul (?!). E mesmo com aquele sol de transformar homem em camarão, as águas estavam bem geladas de fazer você tremer na sombra! Enfim, melhor combinação era difícil. Não tinha a mínima necessidade de ir para outro lugar nesse dia, passei uma manhã e metade da tarde aqui. No último dia, fui andando para a cachoeira da usina velha, também a ~5km do camping. Para chegar nela, precisamos entrar num ramal que dá acesso a uma pedreira. Por ali também há uma parte do caminho de Cora Coralina, que gostaria de ter feito. Nas dependências da cachu há área de camping. Seguindo no ramal, há outra cachoeira (meia lua). Por ser dia de semana, e bem cedo, fiquei com a cachu só para mim nesse dia. Linda, menos gelada e bastante caudalosa! Um aspecto bonito desta são os pequenos grãos brilhantes que compõem as rochas e areia do ambiente. Deve ser algum minério metálico (o que justifica a pedreira próxima, talvez). Para o dia, não queria mais nada. Voltando para Piri, aproveito e vou atrás do comentado empadão goiano. O trem vale por uma refeição, aprovado! Pirenópolis -> Goiânia De Pirenópolis é possível pegar um ônibus intermunicipal cedinho, para chegar ainda de manhã na capital goiana. Passaria o fim de semana na cidade para na semana seguinte deslocar-me até o próximo destino. A rodoviária por si só já vale por uma atração. Mesclada com um shopping, o espaço tem de tudo um pouco para quem vai viajar ou está de passagem. Praça de alimentação, lojas e uma lavanderia rápida bem ao lado. Tudo bem estruturado. Comparando com tantas outras rodoviárias por onde já passei, essa foi a melhor (até agora) por onde já pisei. Bem do lado fica uma antiga estação ferroviária que foi desativada e hoje funciona como o museu Frei Confaloni. No momento estava recebendo uma exposição cultural de um artista local. O lugar de longe lembra aqueles colégios japoneses de anime. Dali fui andando rumo ao centro, que é praticamente ao lado. Bem na frente da rodoviária há a feira hippie de Goiânia, um grande amontoado de “bate palmas” de roupas a bons preços. Acabei comprando uma camisa no processo. Aliás, a região fica bem do lado da famosa rua 44, um grande centro comercial de roupas que gera à Goiânia a fama de gigante do varejo/atacado de roupas, talvez perdendo unicamente para São Paulo! Em todas as vezes que passava por ali via ônibus de compras parados e pessoas enchendo os bagageiros com sacolas e mais sacolas. Do museu-estação você pode acessar o centro “geral” e a praça cívica da cidade pela avenida goiás, uma grande reta. Para conhecer melhor a cidade, fui a pé. É importante ressaltar que a região possui um número grande de moradores de rua/cracudos, e como sempre falo, problemas de capital. Me falaram em mais de uma ocasião que apesar disso, a probabilidade de assaltos é pequena, pois a segurança pública é forte (e que polícia lá não tem muita paciência com infrator). O quanto isso é verdade, não sei, mas de fato, em nenhum momento da minha estadia fui abordado ou seguido. E olha que andei bastante por lá. Após meia hora andando, chegava na Praça Pedro Ludovico Teixeira, onde fica o palácio das esmeraldas, sede administrativa do governo. Na frente fica o monumento às três raças, provavelmente o ponto turístico mais clicado da cidade. É comum aqui você dar de cara com excursões turísticas. E com sorte, você poderá ter uma aula de história com algum guia turístico. Ainda no lado da praça fica o museu Histórico e geográfico de Goiás, onde fiz uma rápida visita. Estava rolando um evento local que não quis participar pela quantidade de engravatados. Mas o painel iconográfico que fica de frente para a rua chama muito a atenção. E não tão longe fica o bosque dos buritis. Goiânia tem um ponto positivo pela quantidade de parques espalhados pela cidade, vários espaços verdes para o local ou forasteiro dar uma pausa da correria, tomar um caldo de cana e sentar na grama. O ruim é que alguns dos parques foram “montados” num mesmo padrão, gerando uma aparência repetitiva, ao se visitar vários de uma vez. Mas ainda assim são bons lugares para passeio. Por fim, voltei ao centro para conferir as lojas locais e conhecer o mercado municipal. Ele é um pouco escondido e pequeno, mas ele possui um bom inventário de produtos regionais, lembrancinhas, etc, para encher as malas antes da viagem. Depois desse passeio, fui de fato procurar o hotel onde me hospedaria para dar uma descansada. A princípio não iria fazer nada de noite, mas coincidentemente nesse dia iria ter exibição no planetário da UFG. Como fazia tempo que não entrava em um planetário, achei uma boa. O ingresso custava R$ 12,00 (AGO/25), dando direito a uma apresentação de astronomia básica bem linda. Para quem gosta de ciências e curte uma programação diferente, vale o investimento. A propósito, as exibições ocorrem às quintas. No dia seguinte, fui conhecer mais alguns parques e praças. Estava hospedado quase do lado da praça do avião, logo este foi o primeiro ponto de visita. Achei a praça um tanto abandonada. Lá existe uma réplica do 14 bis. Fora isso, uma quadra aqui, ali, alguns bancos e só. Ainda pela manhã, passei pela praça Tamandaré, onde ocorre a feira da lua. Ela é bem simples, apesar de grande, logo não fiz registros. Em seguida fui até a praça do sol, onde há um letreiro de Goiânia. A meu ver, há locais melhores para tal. Após o almoço e fazer umas compras na decathlon local, fui conhecer o parque vaca brava. Hora de sentar, tomar um caldo de cana e observar a vida acontecendo. Dava vontade de visitar outros parques, mas a distância e o calor me desmotivaram um pouco. Então retornei ao hotel para descansar. No dia seguinte, saí cedinho para o parque lago das rosas, onde fica o zoológico de Goiânia. O lago já foi balneário em tempos mais antigos da cidade, hoje em dia ele se encontra um pouco sujo e largado em alguns pontos. Mas há um pedalinho. Cheguei a ir no zoológico. Bom acervo de animais de fauna regional, nativa e exótica. Outro ponto de passeio “bem família”. De tarde, dei um pulinho no parque flamboyant, localizado em um bairro de classe média alta na cidade. O pôr do sol ali foi bem legal, e penso que um fotógrafo de paisagens não deve ter muita dificuldade em pegar bons ângulos. Voltei à praça Tamandaré para a famosa feira da lua de Goiânia. Esta ocorre aos sábados, começando no final da tarde e indo até tarde da noite (ou de madrugada, dependendo do comércio). É bem legal a variedade de guloseimas que você pode encontrar por lá. No domingo, estava meio que sem ideias de lugares para ir, então basicamente passei o dia entocado no hotel, revisitando alguns parques de tarde. 🚧🚧🚧 EM CONSTRUÇÃO 🚧🚧🚧
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  39. Sempre fico adiando um roteiro para china por conta de sempre querer colocar muitos lugares (mesma coisa com a indonésia) que outros locais que você queria e teve que deixar para fora?
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  40. Vi que mencionou Guias. Fui à Serra da Capivara, no mesmo parque nacional sem guia. Como era uma 2ª feira, carnaval, a funcionária nos atendeu acompanhando pelo Parque. Foi uma exceção. Da cidade até o Parque Nacional, tem um trecho todo asfaltado. Fui de moto. Lembrando que foi uma exceção a funcionária nos acompanha porque estava sem guia. Espero ter ajudado.
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  41. Obrigada pelo relato tão completo! Estou planejando conhecer a Serra da Capivara e fiquei com ainda mais vontade!
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  42. Obrigado pelo completíssimo relato!!! Parabéns, agradeço muito, extremamente útil, estou planejando ir para lá!
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  43. Dendera Hugharda é banhada pelo Mar Vermelho aonde as praias ficam longe,normalmente em bairros fechados, que são uma praia do capitalismo maldito, mas existem em todo o país.Esse é um falso Egito, pois nele há tudo,enquanto no restante do país a carência é muito maior que no Brasil. É um chute para qualquer pessoa não direitista.Mas não fui direto, antes tinha que ir as ruinas mais conservadas do antigo Egito. Cheguei cansado,após visitar por 2h as ruinas de Dendera,na saída de Luxor, templo sensacional e são mais de 300km de estrada até o mar. Fazer tudo custou 150 dólares, enquanto só o templo custava 80 a 90 dólares. Não pensei duas vezes,aceitei na hora a proposta do dono do hotel que disse ser das 10 às 17h.E,surpresa, as 17h ele ligou para o Muhammad perguntando se havia chegado, pediu para falar comigo e,feliz,agradeci pela preocupação e pel9 dia lindíssimo que havia proporcionado. Esse post será sobre as ruinas,ficando o mar e suas belezas para o próximo. O guia fala espanhol perfeito, disse ser um dos únicos 5 que falam em Luxor. Eu adorei os 3 que conheci.Mustafa,Ali e Muhammad. E as ruinas?Pague 300 libras,como sempre no cartão e,ao entrar há uma esplanada, antes do portão principal. aqui dentro está muito bem conservado também, inclusive há pintura com tinta que parece recente(não sei se foi restaurado,garantem que não).E assim passei mais uma manhã de muito aprendizado. Após, seguimos a uma cidade próxima. Cortada também pelo Nilo,é aqui que o guia mora.Deixamos ele próximo de sua casa e seguimos para o almoço no meio do Saara.Foi um erro meu.Devia ter almoçado na cidade,mas deixei para mais tarde e não sabia que o restaurante seria turístico, e como tal,10 dólares, enquanto na cidade, certamente pagaria menos.A travessia do deserto é linda, lembrei muito do Atacama e dos últimos momentos de minha vida perfeito, embora diferente contextos.
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  44. África: o safari na Tanzânia de meus amigos Kenneth e Alexandre Os leões são as grandes estrelas da savana africana. Um safari na Tanzânia deixa você cara a cara com eles Como vocês já sabem pelo post anterior, meus amigos Kenneth Flemming e Alexandre Pinheiro tiveram a generosidade de compartilhar conosco sua maravilhosa viagem à África. Além de Ruanda e Uganda, países por onde passaram para realizar uma expedição a uma reserva de gorilas, eles fizeram um roteiro muito bacana pela Tanzânia, com safaris nos parques nacionais de Manyara, Serengeti e Tarangire a Cratera Ngorongoro — abundantes de vida selvagem e moradas dos chamados big five (leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos). Kenneth e Alexandre também visitaram uma aldeia Masai, povo nômade que vive em território que abarca parte da Tanzânia e do Quênia. Eles produzem uma arte refinada, como os adornos de pescoço (acima) e essas belas máscaras usadas em rituais religiosos Em 5 dias (quatro noites), Kenneth e Alexandre se esbaldaram nessas famosíssimas áreas de preservação da fauna das savanas africanas e contam pra nós tudinho que viram por lá, com muitos detalhes úteis para quem estiver programando um safari na Tanzânia. O relato dos meus amigos é tão bem feito e detalhado que o dividimos em duas postagens. Aqui, você vai ter uma ótima ideia de como é um safari na Tanzânia, o que você vai ver e curtir por lá. No próximo post, eles nos dão as dicas práticas desta viagem, com todas as minúcias pra a gente se planejar sem medo de errar. Hipopótamos no Parque Nacional do Serengeti Bora para a Tanzânia com Kenneth e Alexandre? As dicas práticas do safari na Tanzânia, com preços detalhados e muitas informações, estão aqui > Tanzânia: como organizar uma viagem ao Serengeti SAFARI NA TANZÂNIA: MANYARA, SERENGETI E A CRATERA NGORONGORO Texto: Kenneth Flemming Fotos: Alexandre Pinheiro Zebras, impalas e búfalos pastam tranquilos na Cratera Ngorongoro. A vasta depressão (8,292 km2) é considerada uma "arca de Noé" pela quantidade de vida selvagem que abriga Elefantes no Serengeti O que você vai ver em um safari na Tanzânia As grandes estrelas dos parques de vida selvagem na Tanzânia são, sem dúvida, os Big Five. Anote aí: eles são os leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos. E a dona girafa? E o Sr. Hipopótamo? Apesar de grandes, as girafas não estão no "clube" dos big five Os búfalos africanos são muito agressivos — bem diferentes de seus primos da Ilha do Marajó O termo em inglês big pode levar a confusões. Os bichos não entram na lista dos Big Five da África devido ao tamanho, mas pelo valor de caça que lhes era atribuído pelos exploradores, desde os meados do Século 19. Essas cinco espécies eram as que acarretavam mais riscos e dificuldades aos caçadores daquela época. Eis porque animais do porte da girafa e do hipopótamo não entram na lista dos cinco grandes. Mas tem muito mais para ver nos famosos parques da Tanzânia. O parque Nacional do Tarangire é o melhor lugar para ver a majestade dos baobás Os búfalos africanos, diferente dos nossos conhecidos búfalos marajoaras, são muito agressivos. Os elefantes comem em torno de 300 kg de vegetais por dia, cada um. A estimativa é da existência de aproximadamente 7 mil deles nas reservas do Serengeti e de Masai Mara. A população de gnus é estimada em torno de 1,2 milhão e a das zebras em 700 mil indivíduos. Os leões são entre 3 e 4 mil, as cheetas (guepardos), entre 500 e 600, leopardos são 1 mil e os rinocerontes negros são cerca de 6 mil. As gazelas/impalas são cerca de 2 milhões. Cada elefante chega a comer 300 kg de vegetais por dia Asseguro que, com toda essa quantidade de animais, você certamente os verá com certa facilidade indo ao Serengeti e mais alguns parques próximos E, claro, guarde memória na câmera fotográfica para algumas surpresas, como o pequeno e atrevido jaboti que flagramos a andar, faceiro, no meio da savana. Como definimos nosso roteiro na África: Masai Mara ou Serengeti? Esta foi a primeira dúvida a ser esclarecida, antes de iniciarmos o planejamento da nossa viagem. Esse foi um roteiro decidido de última hora. Tivemos apenas 14 dias para organizar tudo — o que se inflacionou algumas despesas. Em geral, somos muito adeptos da antecedência no planejamento de viagens (60 dias, no mínimo). Desta vez, porém, a vontade foi maior do que a disciplina. Começamos a pesquisa fazendo contato (por e-mail), com agências de viagens especializadas em África e safaris. Pedimos recomendações sobre Serengeti e Masai Mara (e sugestão de qual escolher), indagando sobre preços, parques a serem visitados e estrutura de cada área, por exemplo. Alexandre (esq) e Kenneth dedicaram dois dias do roteiro ao Parque Nacional do Serengeti As respostas quase unânimes apontavam que não há muita diferença entre Masai Mara (no Quênia) e Serengeti (na Tanzânia). Apesar de de estarem em países diferentes, são áreas contíguas — os bichos, que não ligam a mínima para geopolítica, linhas de fronteira e políticas migratórias, transitam entre os dois parques. Felizmente, os animais criaram, para eles, um Espaço Schengen entre os dois países, o que nos facilita muito a vida, apesar de não haver livre passagem entre os dois países para os humanos. Passaporte em mãos, se for o caso. A Reserva Masai Mara tem 1.510 km quadrados e está a cerca de 300 km da capital do Quênia, Nairobi. A cidade de Arusha, na Tanzânia, tem o aeroporto mais próximo às reservas do Serengeti Já o Parque Nacional do Serengeti, com 14.750 km², fica a cerca de 900 km do principal aeroporto da Tanzânia, em Dar es Salaam — mas calma, que o Aeroporto de Arusha está a 235 km do parque e tem até voo para as imediações da reserva. Serengeti vem de uma palavra masai (siringet), e significa “o lugar onde a terra corre infinita”. A decisão entre visitar Masai Mara ou Serengeti acabou sendo tomada com base no que (no papel), parecia ser mais prático, do ponto de vista logístico, considerando que também iríamos para Ruanda, a caminho das reservas de gorilas de Uganda. Na chegada a Arusha, ver o Monte Kilimanjaro no horizonte é um grande bônus dessa viagem Optamos pelo Serengeti (o que acabou sendo um pouco mais complicado do que parecia, em tese). Nossa porta de entrada foi Arusha, aos pés do Monte Kilimanjaro, onde um ótimo aeroporto internacional recebe voos para vários pontos da Europa. Nosso roteiro pelos parques da Tanzânia Chegamos à Tanzânia por Ruanda, após a observação de gorilas em Uganda. O aeroporto de Kigali, em Ruanda, foi o ponto de partida para o safari na Tanzânia No pacote contratado por nós para o safari na Tanzânia já estavam incluídos os transfers na chegada e na saída de Arusha. O funcionário da agência de viagens estava nos esperando no Aeroporto de Arusha para nos conduzir ao Hotel, também incluído no pacote. Após instalados no hotel, o proprietário da agência veio ter conosco para dar detalhes de como seria o safári. Como havíamos contratado um tour privado, seríamos só nós no Jeep, o que se revelou uma boa escolha, pois tivemos total liberdade em parar ou demorar o quanto quiséssemos durante os passeios. O Lake Manyara Wildlife Lodge fica dentro do parque e tem excelentes acomodações Visitamos primeiramente o Lake Manyara National Park, a 250 km de Arusha. Nossa hospedagem (uma noite) foi dentro do parque, no excelente Lake Manyara Wildlife Lodge. No dia seguinte, cedo, seguimos em direção ao Parque Nacional do Serengeti, onde ficamos outras noites noites em um acampamento, o Serengeti Heritage Luxury Tented Lodge, cujo luxo do nome deve ter sido comido por algum elefante ou girafa em algum dia de fome aguda. Mas, ainda que sem luxo, era um acampamento confortável e nos mergulhou naquele clima de safári, de aventura, inclusive com algumas hienas nos visitando na madrugada. Não conseguimos rir com elas e nem delas. Ficamos quietinhos na tenda. Após dois dias inteiros no Serengeti, partimos pela manhã bem cedo em direção à Ngorongoro Crater, que, como o nome diz, é uma cratera de vulcão , enorme, com muita água, e onde há grande concentração de animais, já que a formação geográfica do terreno , com as altas paredes da cratera, dificulta que os animais saiam dali, facilitando o seu agrupamento e avistamento. Acomodações do hotel Farm of Dream Lodge, próximo à Cratera de Ngorongoro Passamos o dia na cratera e pernoitamos em um ótimo hotel, o Farm of Dream Lodge, na cidade de Karatu. Na manhã seguinte, último dia da viagem, nos deslocamos para o Parque Nacional de Tarangire, abrigo de muitos elefantes, girafas e baobás enormes, alguns com mais de mil anos. Não há leões e guepardos por ali. Depois da visita, na parte da tarde, retornamos à Arusha, cidade-base dos safaris e aos pés do Kilimanjaro, onde chegamos ao anoitecer. Como é a tenda de acampamento dos safaris No acampamento que ficamos, dentro do Serengeti, havia em torno de 20 tendas, dispostas em fileiras, com o restaurante e um hall de convivência na parte do meio. No Serengeti, a hospedagem foi em um acampamento, com direito a hienas na vizinhança Na tenda havia um quarto com duas camas, com mosquiteiros (não havia mosquitos na ocasião), tudo em lona, com zíperes nas portas e janelas. Já o banheiro era de madeira, com cobertura de teto em lona dupla, para ajudar na ventilação. A água quente para o banho era um pouco escassa, já que o aquecedor era solar, e não há abundância de água por ali. Mas deu para tomar banho tranquilo. Chinelos e roupões eram os agrados. Na parte de fora das barracas há uma gostosa varanda com cadeiras, que permitem avistar o belo pôr do sol do Serengeti. À noite, para ir da barraca ao restaurante, é necessário chamar um “vigia” pelo rádio disponível na tenda, por questões de segurança. O alojamento fica no meio da savana e por ali circulam todos os animais que vemos durante o dia. Radinho de cabeceira: antes de sair das tendas para circular pelo acampamento, é obrigatório chamar a segurança Durante a noite ouvimos barulhos de hienas, que rondavam o acampamento. O café da manhã e o jantar ofereciam boa variedades, tanto de comidas locais como daquelas “continentais ou internacionais”, como dizem. Cervejas? Tem, mas confira sempre a temperatura antes, pois não costumam servi-las muito geladas. A Internet é muito precária e só funciona no restaurante. Mas não fez falta alguma, já que as emoções e conversas suplantavam – e muito – o que a internet poderia oferecer naquele momento. À frente do restaurante, no período do jantar, havia uma apresentação musical de nativos, basicamente com cantos e percussão. E uma agradável fogueira. Para uma ideia do acampamento, você pode acessar o site deles. A Grande Migração Nossa viagem foi no mês de julho. Uma das joias de um safari na Tanzânia nesse período é a Grande Migração dos animais. Mas para ver a migração em massa dos gnus e zebras, seria preciso um deslocamento para o Norte, uma viagem de cerca de 9 horas. Quer dizer, teria exigido uma logística bem diferente da que organizamos. Além das 9 horas de viagem, ver a migração dos bichos exige paciência para “ficar no aguardo por horas”, como nos explicaram — ou tentar achar onde os rebanhos estão a atravessar os rios. Encontrei um site que tem boas informações sobre o assunto, que divulgo aqui para ajudar aqueles que têm as Grandes Migrações no Serengeti como objetivo principal. A bordo dos veículos 4x4, os visitantes chegam pertinho dos animais Os veículos usados nos safaris na Tanzânia A quase totalidade dos veículos utilizados nos safáris na Tanzânia são Jeep da marca Toyota, modelo Land Cruiser. Eles são adquiridos pelas agências na forma original da fábrica e depois alterados, ganhando o teto que levanta, mais lugares, com a extensão da cabine, e outras adaptações. O preço final, depois das alterações, gira em torno de U$ 85 mil para as agências. Achei os Jeep muito confortáveis. Têm ar condicionado, uma geladeira de bom tamanho, rádio comunicador, dois pneus socorro e lugar para sete passageiros e o motorista. Como éramos só dois passageiros, ficou uma tranquilidade só. Uma boa parte dos demais carros ia com seis a sete passageiros, mais bagagens. Acredito que o desconforto ali era grande. Portanto, considere isso, se for possível. Dar-te-á muito mais conforto. E creio que o que pagamos foi quase que o mesmo que se tivéssemos ido em um tour de grupo. Oh, humano, por que perturbais o meu soninho? Como são os passeios aos parques na Tanzânia De maneira geral, todos os passeios são diurnos. Vi algumas agencias ofertando passeios noturnos, mas não experimentamos. Os hotéis e acampamentos estão incluídos nos pacotes, inclusive as refeições. Toma-se o café da manhã bem cedo e parte-se para os game drives, como são chamadas as tentativas de avistamento de animais. Não se pode descer dos carros, salvo para aquele xixizinho rápido e a 2 metros do carro no máximo e com a porta aberta (do carro). Cocôzinho? Complica um pouco mais, e nada de ficar contemplando a paisagem ou pensando na vida. Lembre-se que a rapidez pode salvar a tua vida. Pausa para o almoço durante o safari Os carros são proibidos de sair da estrada (as vezes saem sim), entrando na área de savana. À hora do almoço, os jipes se encaminham para algumas das poucas ou únicas áreas definidas para almoço ou lanche. São tendas armadas na savana, com mesas e bancos e banheiros limpos disponíveis. Em alguns desses pontos há um pequeno trailer de venda de bebidas e alguns petiscos. (Fazendo um parêntese, fiquei surpreso com o grau de limpeza dos banheiros públicos em Ruanda, Uganda e Tanzânia). Cada guia leva a comida de seus clientes. A maioria leva lanches, acondicionados em caixinhas de papelão. Já a nossa refeição era comida preparada, como salada, arroz, frango ou alguma outra coisa. Havia sucos, cervejas e água. O guia trazia a comida numa caixa térmica, com pratos, talheres, copos, café e sobremesa. Após a refeição, novamente se sai à procura dos animais, e a volta ao alojamento é em torno das 17 horas. Um bom banho e jantar incluído, com uma boa cama a seguir. Internet foi muito precária nos 3 hotéis/alojamentos que ficamos, e em geral disponível somente no hall do hotel ou no restaurante. A mim não fez falta, confesso. Ir a um safári e ficar lendo o que se passa mundo afora? Não. Melhor é desligar e curtir os animais e paisagens da África. No Serengeti há algumas empresas que fazem passeios de balão, a um valor que gira em torno de U$ 600 por pessoa, em passeios de 1 a 2 horas. Vi alguns passando sobre nós, e imagino que deve ser muito interessante. O guepardo e sua presa: lei da natureza A caçada: eu vi Acho que o desejo da maioria das pessoas que faz um safári é ver uma caçada, seja de um leão pegando uma zebra, de um guepardo (cheeta) pegando uma gazela ou outros animais quaisquer. No meu ponto de vista, não há que se ter “pena” dos animais. Não, não sou insensível, mas são as leis da natureza, a cadeia alimentar. Se os leões não caçassem, morreriam de fome, e não estariam ali. Não caçassem as cheetas, morreriam de fome e não estariam ali. A natureza se encarrega de equilibrar o convívio entre as espécies. Somente o homem, sempre predador, consegue interferir negativamente no natural desenrolar da vida selvagem. Ver um canalha de um caçador matando um elefante ou um leão, isso sim me revolta. Entre os animais, faz parte da sobrevivência, da cadeia alimentar. E foi num dos game drive que, primeiramente, avistamos uma cheeta. Sozinha, sobre uma pedra, dando um look na paisagem. Pelo jeito, não se interessou por nós, pois nem bola nos deu. Aguardamos próximos a ela por uns cinco minutos, sem nenhuma movimentação. Então partimos e paramos uns 500 metros adiante, onde havia uma gazela novinha e sozinha. Dava para avistar a cheeta com o binóculo. E então a cheeta captou em seu radar a presença da gazela. Ainda comentamos: “sai rápido daí, gazelinha, senão você vira comida”. E não deu outra. O guepardo veio se aproximando, devagar, rastejando, até que, a uns 300 metros da gazela, começou a correr para pegá-la. Os guepardos/cheetas são os animais mais rápidos do mundo. Conseguem chegar aos 120 km/h e vão de 0 a 100km em apenas 3 ou 4 segundos. Dão piques de 300 a 500 metros, mas com isso esgotam sua capacidade física por, no mínimo, 1 hora. Ou seja, dão um pique e depois ficam prostradas. E lá vem a hiena tentar roubar a caça do guepardo A nossa cheeta em questão, célere, conseguiu pegar a pequena gazela, matando-a instantaneamente, ao abocanhá-la no pescoço, quebrando-o. E então deitou-se ao lado da caça e iniciou o seu descanso. E quem apareceu quase que na mesma hora? Claro, uma risonha hiena, doidinha para surrupiar a gazela já caçada. Segundo o guia, isso é bastante frequente. Como o guepardo está muito cansado após o ataque, e como, em geral, as hienas vêm em grupo e são muito agressivas. O felino não confronta, as hienas, abandonando a caça e partindo. Tive a felicidade de poder acompanhar toda a caçada do guepardo pelo possante binóculo que tínhamos (acho que em cada carro de safári tem ao menos um, mas é bom checar, pois acho fundamental ter um disponível). No decorrer dos game drive, vimos diversos guepardos, leões e também leopardos no alto das árvores, descansando, e também lá , penduradas, animais mortos que foram caçados e aguardavam a hora de serem devorados. Lá as hienas não conseguem subir. O povo Masai recebe os visitantes para mostrar um pouco de sua cultura Visita a um acampamento Masai Essa visita não estava dentro do nosso pacote, mas como tínhamos algumas liberdades, já que éramos só nós no carro, conversamos com o guia e ele nos levou a um dos diversos acampamentos da etnia Masai que existem à beira das estradas daquela região, próxima à Cratera Ngorongoro. Paga-se U$ 50 por veículo para acessar os acampamentos Massai, independentemente do número de passageiros/visitantes. Apesar de ser aquela coisa “meio turistão” (mas não é um engana-turista), acho que valeu muito visitar a comunidade masai pelo conhecimento que adquirimos. Eles praticam números de danças diversas, mostram como acendem fogo e nos levam para visitar suas cabanas, que são dispostas em um grande círculo. No centro das cabanas, lógico, as diversas mesinhas com artesanatos, todos muito bonitos. A visita demora em torno de 1 hora. Para nós, valeu. E fica no caminho entre os parques, o que poupa tempo e facilita bastante. E sabe por que vemos muitos dos africanos daquela região a usar roupas de cor vermelha? É porque a cor vermelha espanta os felinos, que têm medo dela. Assim, ao menos durante o dia, eles não se aproximam dos humanos. Já à noite, como eles não distinguem as cores, acho que é melhor ficar bem recolhidinho.
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  45. Olá, boa noite! Na citação do guia e comerciante Wayne, você indica que não é o teu perfil. Se importaria de compartilhar o porquê? Obrigado! 🙂
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