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@Juliana Champi Eu estou de olho no Bazbus,aqui na net diz que são 119 dólares e pode parar e descer 14 vezes aonde quiser, sendo um ou vários dias.Ao que entendi é um tipo de hop on hop off,só que para em cidade da África do S7l,não na mesma. Você viu isso por lá?

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21 horas atrás, D FABIANO disse:

@Juliana Champi Eu estou de olho no Bazbus,aqui na net diz que são 119 dólares e pode parar e descer 14 vezes aonde quiser, sendo um ou vários dias.Ao que entendi é um tipo de hop on hop off,só que para em cidade da África do S7l,não na mesma. Você viu isso por lá?

Meu foco não foi a África do Sul (meu rolê por lá foi em 2018), eu só passei por Joburg na entrada e na saída! Portanto não posso opinar sobre. Nos países que visitei não tem qualquer tipo de estrutura do tipo... 

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BOTSWANA: o grande país da trip!

DIA 3 - SEGUNDA (08/09): Finalmente Botswana

Finalmente era o dia de começar nossa jornada wild! Nos dirigimos ao aeroporto de Joburg pela manhã, onde próximo ao meio dia pegamos nosso voo pra VFA, no Zimbabwe, pela South Africa Airways. Eu emiti esse voo pela smiles, em codeshare, na executiva, e viajei de econômica pq o avião nem tinha configuração com executiva... ainda resolvendo isso com a SMILES.

De qualquer forma, foi um voo confortável, de pouco menos de 2h, com refeição e bebidas!

E chegamos no Zimbabwe! Viajamos pra cá, VFA, onde não íamos ficar num primeiro momento, e não para Maun ou kasane, cidades base em Bots, simplesmente pq os voos pra Bots são surreais de caros. Então acabamos optando por VFA, que fica a 100km e uma fronteira de distância de Kasane, nosso primeiro destino.

Zimbabwe e Zambia exigem visto de brasileiros. Como já comentei anteriormente, é um visa on arrival. O Visto para cada país é 30 USD (entrada única), mas vc pode adquirir um visto duplo (para os dois países), KASA, de múltiplas entradas, por 50 USD. Pegamos este. MAS ATENÇÃO NISSO pq ao voltar pra cá depois... deu errado. Vou contar quando chegar o momento.

Visto zero burocrático, colam um adesivo no seu passaporte e voilá! Só achei caro. E ah, obrigatório tb apresentar a vacina de febre amarela. Enfim, eu tinha contratado transfer por meio da nossa hospedagem, e o moço tava lá esperando a gente com plaquinha! Esse transfer custou cerca de 300 reais por pessoa e eu não achei jeito de contratar mais barato... africa feelings, rs!

O aeroporto de VFA é bem longinho da cidade de VFA em si, mas a gente nem passa por ela tb, vai direto até a fronteira. No caminho já fomos vendo nossos primeiros bichinhos... elefantes principalmente... ACORDA!! vc tá na ÁFRICA!

A fronteira é semi confusa como quase toda fronteira terrestre! Vc sai do Zimbabwe... caminha num limbo entre países... entra em Bots, e pronto. Filas razoavelmente rápidas e organizadas, agentes de fronteira padrão, mas não perguntaram nada pra entrar em Bots, apenas pediram comprovante de vacina de febre amarela.

Enquanto isso... babuínos, javalis e mangostins fazendo festa... sim eu tava na África mesmo! Andamos mais um pouquinho e encontramos nossa primeira “barreira sanitária”!! Eu não entendi bem qual doença eles tentam prevenir com isso, mas vc tem que passar a sola dos seus sapatos num quadradinho de água sanitária... assim como o carro tb passa numa depressão que contém essa água. Suja... num sol de 500 graus... eficiência não deve ter, mas seu país suas regras, hahaha!

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Chegando na savana, aeroporto de VFA, elefantinhos, oi Bots!

Acho que era umas 15h quando chegamos nossa hospedagem, cujo nome está no começo do relato! Muito fofa! Uma funcionária nos recebeu, pagamos (só aceitava pagamento no cartão) e fomos conhecer a propriedade!

Era uma propriedade grande, como se fosse uma chácara, às margens do Rio Chobe. Tinha a nossa casinha (cozinha, banheiro, quarto, varanda), mais duas dessa, e a casa da dona, uma senhorinha inglesa simpática e seu marido... era tudo muito verde, tinha piscina, era bem legal mesmo.

Resolvemos ir até o deck sobre o Rio... naquela época do ano não estava sobre exatamente, mas na cheia sim. Ao passar pelo “quintal” da proprietária vimos que ela tricotava alegremente na sua varanda com amigas de (aparentemente) várias etnias... meta de vida, rs

No deck haviam grades, cadeados... achei estranho já que o lugar era tão pequeno e Bots é tipo como um dos países mais seguros da África continental... depois me lembrei que as grades eram pros animais não entrarem, haha!

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Kasane Self Catering - sem defeito!

No fim da tarde fomos conhecer as redondezas! Kasane é uma cidade pequena, como tudo em Bots, que mal tem gente, e pelo que percebi, existem dois “núcleos”... um onde ficam os moradores, outro onde ficam os turistas... estávamos na parte dos turistas.

Andar por ali era andar meia hora... tinha alguns restaurantes, vários tipos de hospedagens, lodges e hotéis, alguns pequenos centros comerciais com bancos, lojas comuns e mercados, e barraquinhas de ruas... muitas. Vendendo principalmente artesanatos (pouca variedade e caro) ou comida... mas a comida, não pra turista, para os próprios trabalhadores! Eu gravei mais vídeos do que fiz fotos disso, se quiser ver vai lá no insta que tá salvo nos destaques. Sacamos dinheiro e compramos algumas coisas no mercado!

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Baboons e Javalis, banco que não cobra taxa pra sacar, barraquinhas de artesanato!

Só tem asfalto na rodovia, quando vc sai dela é areia, mas tb não tem muitas ruas além dali... de um lado está o Rio Chobe, do outro, a savana... é muito doido! A nossa casinha, e tenho certeza que no interior dos vários lodges que víamos por ali, era muito bonitinho... fora deles... era a África do jeito dela... nua, crua, selvagem, pobre, desigual.

Mais tarde fomos jantar num restaurante italiano bem perto da nossa hospedagem, pq não rola andar de noite na rua, tem elefantes, rs. O restaurante era gostosinho, não lembro o nome, mas se vc estiver lá vc vai ver, rs! E já começamos a nos ambientar com a pimenta... eles tb são #teampimenta hahaha, até na pizza!

Voltamos pra casa tomar um vinho comprado no mercado e curtir nossa única noite no local, dia seguinte começaríamos nosso wild camping de 3 dias no Chobe National Park!

(CONTINUA)

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CHOBE NATIONAL PARK (Botswana)

DIA 4 - TERÇA (09/09): A aventura começa – WILD CAMPING

Acordamos ansiosos, comemos alguma coisa comprada no mercado no dia anterior e 8h30 um guia foi nos buscar. Nos levou à sede da empresa que ia operar nosso tour, a Kalahari Tour, pra nos unirmos a outros viajantes.

A sede era bem perto da nossa hospedagem e bem grandinha e organizada. Tinha várias pessoas ali que iam partir pra diferentes tours eu acho, a maioria (se não todos) europeus e estadunidenses... tb tinha café da manhã servido e um local pra deixar malas, onde fomos orientados colocar nossas mochilas maiores neste primeiro momento.

Logo um rapaz da empresa se aproximou, Joe, e se apresentou como nosso guia para a parte do camping. Informou que de manhã faríamos o cruzeiro pelo Rio Chobe, depois voltaríamos ali pra almoçar, pegar as coisas e partir de vez.

Enquanto vários outros guias se apresentavam pros seus guiados e acertavam pagamentos (o nosso rolê já estava integralmente pago) miramos dois homens ali perto, numa outra mesa, e eu disse pro Gui “eles tem cara de brasileiros” hahaha e eram mesmo. Logo ouvimos eles falando em português e como o Gui tava com uma camiseta do Palmeiras a identificação foi instantânea. Fábio e Rodrigo, dois irmãos ultra gente fina, de São Paulo, que acabariam sendo nossos parceiros nessa aventura toda!

Mas seguimos pro cruzeiro! Fomos quase os primeiros a subir num catamarã de dois andares com cadeiras destas de bar dispostas em cima e embaixo, ficamos embaixo... por causa do sol e tb pela proximidade com a água. Além do capitão do barco e uns 2 ajudantes, tinha um guia a bordo, que ia explicando umas coisas no caminho. O catamarã contava com banheiro e bebidas (refri e água).

Nossa navegação durou cerca de 3h aproximadamente, um pouco mais. A gente desce o Rio sentido Namíbia, circunda uma ilha e retorna. Digo no sentido Namíbia, mas na verdade o Rio Chobe divide Bots da Namíbia, então ali do outro lado já era outro país!

Foi MUITO LEGAL! Nosso primeiro contato com animais em abundância! Mas muito mesmo... eu nunca tinha visto – até então – uma concentração tão grande de animais. Elefantes, crocodilos do Nilo (que não vimos tanto depois), impalas, búfalos, hipopótamos, girafas, outros tipos de antílopes, muitas espécies de aves, enfim, pra um primeiro contato foi realmente espetacular!

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Impalas, elefantes, crocodilos do Nilo, hipos!

Mas faça esse rolê antes de qualquer safari por terra... pq por terra vc vai ver muito mais, e muito mais perto, a maioria deles, com exceção de hipopótamos e crocodilos!

Voltamos pra sede da empresa, almoçamos e nos preparamos pra partir. Como estávamos com mochilas levamos todas as nossas coisas. Fabio e Rodrigo tb levaram suas malas, que eram pequenas. Se vc está com um volume muito grande eles orientam (e eventualmente obrigam, quando não há espaço) a deixar ali na sede da empresa. Fica trancado, parece bem seguro. E eles orientam sobre isso antes do rolê em si.

Descobrimos neste momento que seríamos somente nós 5 no carro... o Joe, eu e Gui, Fabio e Rodrigo. Maravilha, lugares sobrando e parceiros do Brasil! Nos despedimos da civilização, da energia elétrica, do sinal de celular... e partimos!

Essa primeira tarde de rolê foi bem divertida... os primeiros contatos de pertinho, o guia falava muito sobre as espécies, comportamento, curiosidades, o Joe foi 10 de 10! Novamente ficamos chocados com a abundância... eu vou poupar vcs de milhões de fotos, mas foi mesmo incrível.

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Nosso time e nosso carro!

No Chobe, na temporada de seca, é permitido dirigir das 6h as 18h30. Além desse horário vc deve estar fora do parque ou nos pontos de acampamento. O parque é super grande e sei que há 6 pontos de “hospedagem” com alguma estrutura, tipo uma casa... mas não me aprofundei nesta opção... tem informações no site oficial do parque, vc aluga direto “do governo”.

Para os campistas, feito a gente, com agência, ou pra quem está de camper, tem 18 pontos permitidos... mas tb não sei bem como funciona a distribuição destes pontos já que fomos com agência. Acredito que quem esteja de camper tb tenha que reservar com muita antecedência o seu “lugar” em determinado ponto.

Estes pontos de camping são apenas locais pré-determinados. Não tem absolutamente nenhuma estrutura. Nada!

A noite ia vindo, o por do sol foi espetacular... e nos aproximamos do nosso ponto de camping perto das 18h30. Chegando lá é que eu me toquei que não havia nada, nenhuma cerca, nenhuma proteção... nada! Havia 3 barracas num local, e uns há 5 passos atrás delas uma tenda de banho e uma de privada que já explico como funciona. Essas barracas eram de lona reforçada, altas o suficiente pra eu quase ficar em pé dentro, e tinha colchonetes, lençóis e um edredonzinho.

Um pouco a frente tinha uma mesa e algumas cadeiras ao lado de uma fogueira já acesa... e depois dessa pequena estrutura estava o carro do nosso staff, que eram o cozinheiro e seu assistente, e as barracas deles e tb do nosso guia.

Esse staff que mencionei faz a comida, fornece água para eventuais (muito eventuais) banhos e pra lavar o rosto e mãos, e arma e desarma o acampamento quando é necessário trocar. Nesta primeira noite estávamos apenas nós mesmo... os 4 brasileiros e os 3 da agência.

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Kudu, Impala, Girafa, Baobá, Zebra, nosso acamps, nossa janta.

Nessa noite não teve banho, para minha imensa infelicidade. Eu sou viciada em tomar banho, estava suada e pura terra... apesar de ter tomado banho de manhã antes de vir, eu queria muito, haha, mas banhos só durante o dia e chegamos já estava anoitecendo.

O guia apresenta o cozinheiro e o assistente, depois senta-se conosco ali em volta da fogueira e explica várias coisas... medidas de segurança principalmente, sobre como sair da barraca a noite numa emergência sanitária, o que fazer e não fazer diante de várias situações e etc... logo o rango fica pronto (MUITO BOM), comemos e conversamos, tomamos vinho... e 21h é nosso toque de recolher, até pq estávamos exaustos... vamos encarar a primeira noite!

Que foi absolutamente maluca!!!

Cansados como estávamos, não demoramos a dormir. Mas 1h da manhã eu acordei com vontade fazer xixi! Fabio e Rodrigo tinham levado garrafas pra barraca deles, mas eu não tinha muito essa opção, rs... a primeira regra pra sair da barraca é ouvir. Ouça o ambiente por alguns minutos, reconheça os barulhos...

ERAM MUITOS BARULHOS, haha, não só dos mamíferos que estavam próximos roncando HAHAHA, mas de hienas, claramente. Tb de aves (eu imaginava belas corujas), vários outros não identificados e... passinhos. Muitos passinhos perto da barraca. Pelo menos pareciam de um bicho leve... mas era suficiente pra eu ficar em alerta... e pra não me permitir sair da barraca.

Mas tava doendo de vontade fazer xixi, eu não conseguia dormir por isso e tb pq cada hora que estava quase dormindo algum barulho assustador me acordava, bem como aos demais. As barracas tinham tela nas laterais e a lona de cima estava aberta pq estava calor, mas eu tinha me coberto de medo, HAUAHAUAHA.

Eu apontava a luz (lanternas de cabeça são essenciais) pra fora e não via nada, via as vezes os meninos ao lado fazendo o mesmo e nada... mas os barulhos eram constantes.

Eu já tinha decidido que minha bexiga ia explodir mas que eu não saía dali por nada... eram quase 3h da manhã, fazia duas horas que eu estava semi acordada e então rolou um inconfundível GRRRAAAAAUUR de leão e na sequencia um som altíssimo igual de elefante... a esquerda da nossa barraca, não do lado, mas próximo.

PUTAQUELPARIU

O silêncio vindo da barraca dos meninos significava que eles tb estavam acordados... o Gui se limitou a sussurrar “caraaalho” e eu respirava curto de medo, hahaha! A gente tava no meio do nada na savana africana e tinha um leão caçando nas redondezas... um leão macho.

Demorou bem pra essa adrenalina baixar e eu apenas dormitei até a hora de acordar, cerca de 5h30. Que alívio... estava amanhecendo e eu ia fazer xixi!

(CONTINUA)

Editado por Juliana Champi
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excelente

apesar de já ter ido nessas bandas, aguardo o resto do relato!
 

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CHOBE NATIONAL PARK (Botswana) - Wild Camping (cont.)

DIA 5 - QUARTA (10/09): O dia do leopardo!

Foi muito doido o tanto de pensamento maluco que passou na minha cabeça nessa noite não dormida. Num momento, por exemplo, eu lembrei de aulas de comportamento animal... de enriquecimento ambiental para animais em cativeiro... dificultar acesso a comida pra entretê-los... de repente eu era comida dentro de uma caixa de lona, apenas. Enfim, lembrei de contos de Luis Fernando Verissimo, do Rei Leão, da faculdade, de viagens anteriores, do Pantanal... foi muita coisa mesmo. Um legítimo brainstorming solitário.

Mas vamos ao que interessa: fiz um dos xixis mais satisfatórios da vida! hahauaha

Levantamos ainda na penumbra, mas já tinha um amanhecer a caminho. Lavei o rosto e as mãos na aguinha quente que eles tinham colocado numa espécie de “pia” portátil que tinha ao lado da barraca (um saco de lona grossa escorado), e já trocados fomos tomar café da manhã na mesma mesinha onde tinha sido a janta, com as brasas da fogueira ainda acesas.

Pouco antes (ou depois, não lembro) das seis da manhã saímos... e sabíamos que voltaríamos ao camping na hora do almoço para comer.

O sol nascia tão espetacular quanto quando se punha! É mágico! Fomos vendo todo o fluxo de bichos que ainda estavam na mata, os que estavam saindo, os que estavam voltando... muitos babuínos e outros bichinhos comuns, muitas aves... aquele despertar (e descansar) maravilhoso da savana.

Todos nós, que tínhamos sentido muito calor no dia anterior, tínhamos subestimado o frio da manhã. O vento gelado era cortante e tava todo mundo de camiseta, haha. Até umas 9h da manhã foi bem triste... e foi bem por aí mesmo, 9h da manhã, que encontramos um bando de leoas e seus filhotes. EXTASE.

Eram várias, com filhotes de diferentes idades, e elas estavam em movimento, uma delas inclusive cavando profundamente um buraco atrás de um suposto pangolim que eu queria muito ver. Ficamos acompanhando elas um tempo, cerca de uns 30 minutos, até que elas se adentraram na savana para descansar...

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Minhas lindas lionesses!

Seguimos a vida já muito satisfeitos com a nossa manhã repleta de gatinhos, paramos num ponto de “piquenique” pra tomar um café era umas 10h e pouco, e seguimos nos maravilhando com aves exuberantes e todo o elenco de o Rei Leão.

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A vida da savana!

Até que começamos a voltar em direção ao nosso acampamento... mas bem onde a gente sabe que teríamos que "entrar” (nosso acamps era longe da água) nosso guia passou reto. Ele se comunicava por rádio com colegas, mas era em tswana, então a gente não entendia nada, haha!

E ele foi indo, seguindo pegadas no chão, olhando insistentemente pra um lado só, e já fora da “estrada” ele apontou pra uma área de vegetação arbustiva espinhosa e GRITOU EM VOZ MUITO BAIXA, sim isso é possível...

LEOPARD!!!!!

EXTASE parte 2, esse era um dos bichos que eu mais queria ver na vida, eu nunca tinha visto antes! Ele, ou melhor, ela, tb estava em movimento. As leopardas, mesmo as fêmeas, são solitárias, ao contrário das leoas que se unem em pequenos bandos. E essa era magnifica. Era muito emocionante!

Ficamos acompanhando ela andando pra cá e pra lá, depois ela parou num arbusto, descansou uns minutos, e novamente se movimentou, retirando-se para a mata pro descansinho da tarde, se embrenhando em meio a arbustos densos que impossibilitavam seu avistamento.

Eu era a pessoa mais feliz da galáxia!

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Sua maravilhosa deusa!

Seguimos rápido até o camping pois estávamos “atrasados” pro almoço, mas a gente estava radiante demais, não parávamos de falar na nossa sorte em ver duas espécies tão magníficas de felinos na mesma manhã. Brincávamos com Joe de que ele era O CARA, e ele ria largado!

No camping almoçamos um escondidinho de omelete, rs... era tipo uma carne moída com uma massa de ovo e queijo por cima, estava muito bom, macarrão com legumes, e salada de feijões e outros vegetais. Estava tudo muito bom mesmo. Logo depois uma outra notícia excelente, podíamos tomar banho. Que maravilha!!

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Nossa casa e a privada em cima, e o magnífico banho embaixo!

Cada refil de água deveria dar pra duas pessoas. Eu, a mais desesperada por banho do mundo, fui primeiro... a água tava até quentinha, um luxo. Foi um banho curto, sem lavar o cabelo, mas completamente maravilhoso. Economizei tanta água que o Gui pode lavar o cabelo dele, rs!

Sairíamos novamente próximo as 15h. Nosso guia foi descansar no carro mesmo e nós, sem condições de entrar na barraca para descansar (estava 800 milhões de graus), ficamos papeando e eu até tomei um vinho. Tb nos despedimos do nosso queridíssimo cozinheiro e seu assistente... depois de 15 dias dentro do Parque, eles iam descansar e outro staff chegaria pra mais tarde.

(conversamos sobre direitos trabalhistas depois disso)

O rolê da tarde foi novamente repleto de uma quantidade absurda de animais... as vezes a gente olhava no horizonte e via 5, 6 espécies juntas... zebras, búfalos, elefantes, impalas, kudus, javalis, baboons, enfim... era muita abundância!

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Love u Bots!

E finalizamos o dia sem novos gatinhos, haha, mas com uma felicidade imensa pelo dia vivido! E mais um por do sol de milhões!

Chegamos no nosso camping (acabamos dormindo as duas noites no mesmo local, mas nem sempre é assim) e dessa vez tínhamos colegas. Tinha mais um carro da mesma empresa, com seu guia, e um novo staff tb tinha chegado.

Nesse carro tinha um casal de australianos, um casal de alemães e um casal de ingleses. O casal de alemães aparentava ser 60+, o de australianos acho que da nossa idade (40-50) e o de ingleses mais jovens (30-40).

Sentamos todos em volta da fogueira. O guia deles fez as mesmas orientações que o nosso já tinha feito no dia anterior, perguntou quem estava fazendo safari pela primeira vez e umas outras coisas, e depois nos colocou todos na conversa.

Depois de cada dupla dizer de que país era, a conversa seguiu aleatória. Logo jantamos uma lasanha maravilhosa (eu não sei se era a fome, mas nossa, era tudo muito bom) e ficamos papeando. Hora todos juntos, hora várias conversas atravessadas... curiosidades sobre a Austrália hahaha e etc.

Depois de um tempinho, nós, os 4 brasileiros, começamos a conversar entre nós sobre assuntos engraçados... cagar na calça, situações vexatórias... e a gente ria MUITO. A inglesa puxava papo, a alemã... eles queriam falar com a gente, era hilário... a gente conversava e tal, mas quando o assunto dissipava, a gente começava a rir loucamente falando besteira de novo... um por um os casais foram vindo falar com a gente.

Era a primeira noite deles, falamos da anterior, dos leões, e eu tb esclareci várias dúvidas que tinha com os guias, sobre segurança, e fiquei bem mais a vontade nesta noite. Nós 4 e os australianos fomos os últimos a nos recolher, pontualmente as 21h. Os ingleses só iam dormir uma noite, os alemães iam ficar 4.

 

DIA 6 - QUINTA (11/09): O dia ÉPICO!

Tivemos uma noite infinitamente mais tranquila. Quase nada de barulho de bichinhos, hienas bem mais longe... acho que o cansaço tb ajudou bem. Tinham montado duas barracas extras ao lado das 3 já montadas, então os 5 pares de turistas ficaram no mesmo local.

Acordei com vontade fazer xixi perto das 3h. Cumpri o protocolo de escutar (pouco barulho próximo), iluminar (nada de olhinhos vermelhos) e fiz meu lindo xixi agachadinha ao lado da barraca... só precisava ir no espaço cercado para “big business”, se fosse “small business” super ok ser do lado da barraca. Logo depois que fiz xixi ouvi as duas barracas ao lado abrindo seus zíperes e todas as manas mijaram em paz nesta noite, HAUAHAUAHA. Só precisava a primeira aventurar!

O mesmo ritual da manhã se seguiu... lavar o rosto, sol nascendo incrível, tomar café... sair! Nos despedimos dos gringos e do staff tb, pois era nosso último dia, no fim da tarde nos devolveriam em Kasane. Nosso acamps tb ia ser desmontado, os alemães e australianos iriam dormir num outro ponto na próxima noite. E finalmente partimos para a aventura que nos aguardava! E que aventura! Pachamama guardou o melhor dia pro fim.

(CONTINUA)

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