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Travessia Sete Quedas - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros


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  • Membros de Honra
Ola pessoal, blz

 

Sou novo no trekking e queria fazer essa trilha como meu primeiro desafio, vocês pode me passar o telefone de um guia bom que saiba fazer essa trilha?

 

 

Desde já agradeço

 

 

Bruneras, infelizmente essa trilha ainda não está aberta. Fizemos a travessia como experiência de implantação da mesma.

Provavelmente será aberta em maio ou junho.

Conheço os guias Dedé e Diogo, que é do albergue Casa da Sucupira. O telefone de lá é (62) 3455-1139

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Nossa, pessoal, eu tendo a discordar bastante de vocês em relação a obrigatoriedade dos guias nas trilhas do Parque Nacional! Até 1991, as pessoas da região mantinham como fonte de renda do local, os garimpos de cristal dentro do parque. O governo de então fez um acordo com essas pessoas para deixarem de extrair os cristais e portanto, degradar o ambiente, e se tornarem guias, ajudando na preservação do parque.

 

Essa pessoas que trabalham com guias não são pobres coitados sem preparo, são um setor da população de São Jorge, Alto Paraíso e Cavalcante que é fundamental pra economia desses locais. Conversando com um guia que constumava ter uma renda mensal de R$2.800,00, após essa determinação absurda do ICMBIO, ele constuma atualmente tirar R$600,00 como guia. Além disso, ouve uma redução no número de guias. Isso é um desastre pra economia do local! Querem o quê, que essas pessoas voltem a garimpar o parque??

 

Os guias recebem preparo e fazem cursos. Conhecem o local melhor do que ninguém. São fundamentais pra segurança da maioria das pessoas. Houve um caso em que duas garotas cairam num canyon no Raizama, e o resgate dos bombeiros de Brasília demoraria mais de um dia pra chegar (e muito possivelmente não chegaria...). Se não fossem os guias da comunidades que fizeram o resgate das garotas, elas simplesmente teriam morrido...

 

Eu vejo também muita gente reclamar de não poder acampar no parque. Todas as vezes que ele esteve aberto para acampamentos, foram retiradas toneladas de lixo de dentro do parque... Portanto, antes de pensar individualmente sobre essa questão da obrigatoriedade dos guias, é importante analisar as várias questões que estão em jogo. Não tem nada a ver com uma "máfia dos guias", a obrigatoriedade é importante porque garante o emprego e o foment à economia da região, porque garante a segurança das pessoas que fazem as trilhas e porque é um meio de evitar a degradação do ambiente.

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  • Membros de Honra

Luiza, não somos contrários a contratação de guias, somos contrários a obrigatoriedade de contratá-los. Posso falar "nós" porque eu e outros aqui do fórum sempre compramos essa briga.

Existem pessoas que preferem ir com um guia; se sentem mais seguras, gostam das informações prestadas, da interação com o povo local, etc... mas tem gente que gosta de ir sozinho; pelo desafio de guiar uma trilha, para ficar livre e fazer o roteiro que queira, ficar sozinho, etc...

No começo da criação do parque acredito que a obrigação dos guias foi válida, para dar emprego aos garimpeiros e caçadores, mas hoje a estrutura e o número de turistas deve suprir as necessidades da população local, com restaurantes, campings, pousadas...

O que não dá é ficar 1/2 dúzia "escorado" na portaria do parque esperando juntar dez caboclos pra guiar.

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  • Membros

Prezados,

 

Esse assunto é uma polêmica na região da Chapada! Conheço freqüento a Chapada desde o inicio da década de 90. Não podemos generalizar, cada caso é particularidade. Creio que no caso do PNCV a retirada da obrigatoriedade dos guias não foi positiva para economia da região. Existe uma parcela significativa de trabalhadores que dependem exclusivamente das chamadas “guiadas” que fazem no parque. Já estive duas vezes esse ano e conversei com diversas pessoas da Vila de São Jorge e o relato é que a economia da vila já sofreu impacto negativo com a situação.

Na Chapada dos Veadeiros, infelizmente a cultura do trekking ainda não é tão forte como na Chapada Diamatina/BA, lá a situação é diferente não existe a obrigatoriedade dos guias e alguns até em determinadas épocas do ano dispensam serviço devido ao excesso de demanda.

A grande preocupação da maioria dos nativos da vila é uma futura “privatização” do parque e na minha visão, creio que isso pode sim acontecer. Caso isso aconteça seria o passo inicial , a médio e longo prazo, para que os demais Parques Nacionais, sigam o mesmo caminho.

O caso é mais complexo do que imaginamos, mexe com a vida das pessoas da região e da forma que aconteceu foi muito ruim para maioria que ali vivem. Não podemos considerar os guias que ali vivem e sobrevivem das suas atividades como “escorados” nem como “coitados”, estão ali prestando serviços a quem desejar e são trabalhadores como qualquer outro.

Até entendo que alguns mais experientes no mundo das trilhas considerem desnecessário a contratação desse tipo de serviço, mas para maioria que ali vai esse serviço é fundamental, em vários sentidos, como na conscientização ambiental, na economia local, na preservação, etc. Somente para exemplificar, já presenciei dentro do PNCV pessoas querendo fazer uso de shampoo e sabonete, caso não fossem alertados pelos guias os produtos seriam utilizados.

Creio que o grande erro foi o IBAMA ter tomado a decisão e não ter preparado os guias para essa nova realidade. Imagine você perder seu emprego..nos dias de hoje! Enfim, dificilmente o IBAMA vai retroceder nesse procedimento e a comunidade local terá que aprender a viver essa nova realidade.

 

Abs,

 

William

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  • Membros

Concordo completamente com vc, William! Eu não acho que em todos os parques o acompanhamento dos guias deva ser obrigatório. Mas no caso da Chapada dos Veadeiros, acho que o fim da obrigatoriedade tem sido um desastre pra região, além de colocar em risco a preservação do parque e a segurança de muitas pessoas. Só uma coisa: quem determinou o fim da obrigatoriedade dos guias foi o Instituto Chico Mendes (ICMBio), e não o IBAMA.

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  • Membros de Honra

Luiza e Wilian,

 

Também frequento o PNCV há algum tempo e fiz diversas trilhas por lá, tanto com guia como sem. Inclusive, quando frequento locais nos quais não me sinto seguro para caminhar só, sempre opto por esses serviços.

Visitei diversos outros Parnas no Brasil e pude perceber sim, que cada parque tem suas peculiaridades e suas populações apresentam hábitos e culturas distintas. Mas acredito que isso não seja argumento para uma medida restritiva de direitos.

"Os Parques Nacionais são áreas públicas com objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico." Por se tratar de área pública, e vivermos em um estado democrático de direito, queremos apenas exercer nosso direito de escolha de entrar em "área pública" com ou sem guia. Tenho certeza que ninguém é contra a atuação dos guias. Acho louvável o trabalho desenvolvidos por eles, mas também usar isso como argumento para obrigar-nos a contratá-los é inconcebível. Ambos moram em BSB, certo? Imaginem se vocês fossem obrigados a contratar alguém para acompanhá-los numa visita à cidade para que vocês atravessassem a rua somente pela faixa de pedestres, não "furassem" o sinal vermelho, não jogassem lixo na rua ou não degradassem o patrimônio público. Isso seria correto? Portanto, a questão da degradação do meio ambiente faz parte de um contexto muito maior que se chama educação. Além de haver fiscalização e punições por parte dos órgãos competentes a preservação depende majoritariamente da educação e conscientização dos usuário dos Parnas.

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  • Membros de Honra

Quando falei "escorados" não quis desmerecer o trabalho dos guias, nem dizer que os mesmo vivem "encostados" no parque, apenas que os mesmos não tinham muito trabalho para arrumar clientes, era só ficar na portaria esperando o pessoal chegar.

Eu concordo com o Renato, os parques são locais livres para visitação, e o uso de guias deve ser uma escolha de cada um.

O que o correu no PNCV foi uma medida paleativa para que as pessoas que viviam do garimpo, caça e extrativismo pudessem gerar renda. Talvez o maior erro foi não tê-los preparados para esse momento...

E não sou contra guias, inclusive quando estive em Sengés e Itararé contratamos um, pois era mais prático do que ficar procurando as atrações do local.

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