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Em 11/01/2018 em 01:51, willian porto disse:

De Kombi de Belo Horizonte para Machu Picchu # SQN! - 8ºparte - NOVO PLANO !!! 

Boa noite, Galera!!

Continuando...

Após já devidamente acomodados no Hostel/Hotel de umas senhoras muito simpáticas, estávamos todos muito cansados.

Porém,  era outra sensação que tomava nossos corpos, a raiva e revolta.(MUITA, MAS MUITA RAIVA::grr::::grr:::evil:), ficamos por muito tempo pensando no que tinha acontecido até ali, cada momento desde que saímos de Belo Horizonte/MG até aquele momento em Corumbá. E quando se esta com os nervos a flor da pele, os momentos bons infelizmente são suprimidos pelos momentos ruins, e estes foram muitos. 

De modo geral a raiva era incumbida aos policiais bolivianos, que se aproveitaram da situação para tirar vantagem, mas também  ficamos putos com o advogado boliviano do consulado e a advogada que não tinha nos atendido, isso no momento em que mais precisamos (aeroporto de Viro-Viro), sobrou até para o governo brasileiro por deixar a sua parte da fronteira livre de qualquer tipo de ajuda, ou funcionários para avisar sobre os riscos. 

Mas também não somos tão idiotas, a ponto de não ter raiva de nós mesmo por não ter olhado sobre os risco de viajar para Bolívia de carro (Até esse momento da viagem ninguém tinha se lembrado, que a primeira coisa que fizemos em nossa primeira reunião, foi averiguar todos os documentos necessários para fazer a viagem, não só documentos mas também equipamentos exigidos de forma especifica de cada país "Bolívia e Peru". Só depois que chegamos em BH/MG é que lembramos de um e-mail onde continha todas as orientações, inclusive um aviso do próprio itamaraty, em que alertava sobre o risco de passar pela fronteira sem realizar o visto de entrada. Também descobrimos que este documento só pode ser exigido 300 km depois da fronteira, ou seja, alguns momentos de tensão durante a fuga foram totalmente desnecessários. De toda forma, havia culpa da policia boliviana, pois no limite destes 300 kms tem uma barreira, que tem como dever informar sobre a necessidade do documento "registro de entrada" e mandar os viajantes voltarem a fronteira, para que o façam, mas isso não ocorreu no nosso caso). 

Depois de um tempo debatendo sobre oque fazer(sem ter resolvido nada) nós fomos dormir, até porque,  foram dias intensos e era mais do que necessário e merecido dormir sem o medo de ter a interpol batendo na porta de madrugada. (risco que de fato existiu)

De manhã, fomos agraciados por um belo café da manhã feito pelas donas do hostel. Como já disse antes, elas foram muito simpáticas e gentis com todos nós. (creio que isso ficou muito marcado, pois não foi em todos os estabelecimentos da Bolívia que houve um tratamento acolhedor, que é muito tipico de brasileiro) Só para que possam ter uma ideia, uma das senhoras, após ver uma toalha molhada ( que salvo engano era do Pavão) pegou a toalha e disse que iria botar para secar, mas na verdade lavou a toalha e o entregou depois, mas já estava seca e com amaciante (tratamento de mãe::love::). 

Por coincidência, a filha de uma das senhoras, estava lá no hostel também. E ela tinha uma fazenda/pousada em algum lugar do Pantanal, devido a nossa situação de incerteza sobre onde ir e oque fazer, recebemos a proposta de ir para a tal da fazenda, mas claro que havia um preço, não me lembro bem, porém era caro devido a dificuldade de chegar ao lugar, que já foi até visitado por uma equipe de reportagem da TV GLOBO (parece que la tinha um tamanduá bandeira, que tinha alguns hábitos de humanos, entre eles tomar banhoo.O). Ela tinha até um vídeo de apresentação do lugar, que era muito bonito, no entanto a grana que nunca foi muito, ia acabar se fizéssemos esse rolé. 

Novamente reunidos no quarto, pensamos em nossas possibilidades que foram; 

a) Tentar chegar no Peru pelo Acre.(Que seria muito doido, mas havia diversos riscos como; indígenas extremistas, estrada horrível e acabar a grana )

b) Voltar para a fronteira com a Bolívia e fingir que nada tinha acontecido e atravessar até o Peru.(Parte dos caras estava com trauma de voltar, tinham medo até da palavra "Bolívia")

C) Acabar com a viagem ali mesmo, e voltar para casa.(só foi levantada mesmo para ser votada, mas ninguém comprou)

D) Achar outro lugar dentro do Brasil para ir. ( não foi fácil devido a diversidade de opções)

No final, após uma longa discussão e a opção A e D serem as duas mais votadas, fomos pela ultima opção. Como forma de tentar reaver parte do prejuízo, tentamos cancelar nossas entradas a MACHU PICCHU,  graças a Deus conseguimos a devolução de uma parte da grana. Agora nossa meta era descobrir para onde ir, alguns queriam ir Chapada dos Veadeiros, Chapada diamantina, entre outras. Mas no final das contas,  decidimos ir para a Chapada dos Veadeiros e depois ir para Chapada Diamantina. 

Como teríamos um longo caminho a percorrer, entramos em contato com um brother de Brasilia/DF perguntando se poderíamos ficar la por uns dias, era caminho para a Chapada dos Veadeiros, então seria uma ótima parada a ser feita. É até irônico em pensar que saímos de BH/MG para conhecer mais do mundo fora do Brasil e acabamos por ir na capital do nosso país. 

Como era uma viagem longa, tipo muito longa  (uns 1.200 kms) de Corumbá/MS até Brasilia/DF resolvemos por pegar a estrada o mais cedo possível, mas acabamos mesmo é saindo de Corumbá umas 17:00 com o bigode no volante. Bem como os outros caras estavam muito felizes por estarem no Brasil, em segurança e LIVRES, eles foram  bebendo quase os 1.200 kms todos, após pegar a BR, a KOMBROZA se tornou umas  boate, nossa caixa de som tinhas umas luzes, e era bem potente, oque deixou a kombi como uma boate ambulante. Acho que os caminhoneiros não deviam entender nada do que estava passando por eles na estrada. 

Abaixo algumas fotos e videos de nosso trajeto de doido;

20170721_203425.thumb.jpg.4fea96b0443a8aab07a003dda0d2f454.jpg20170721_203402.thumb.jpg.db0cc571c5c57077966677716bcc4c96.jpg20170721_203355.thumb.jpg.954e9ecddc47e836c012377a034664b4.jpg20170721_203345.thumb.jpg.3e2cade20c8f85efbd172fff03ca16de.jpg

 

VIDEOS -------->>> 20170721_215946.mp4 // 20170721_212154.mp4    //   20170721_202034.mp4  <<<---------

Quando o álcool bateu mesmo na galera, alguns saíram da kombi(após parar no acostamento) e correram no meio da BR pelados e fazendo bunda le le (sem não nenhuma), outros ficaram como bois, dando cabeçadas na kombi sem o menor sentido( se fosse drogas, provavelmente não teríamos voltado vivos) e assim foi nossa viagem a Brasilia, Música, bebida e muita curtição.

Após um bom tempo no volante, bigode me passou aquela incumbência e foi tocando até de manhã quando vi um posto de gasolina já em Goias,  como tava morrendo de fome parei para comer alguma coisa, e logico que os outros caras fizeram o mesmo. Sentei em uma cadeira dentro de uma lanchonete no posto, e aos poucos os caras foram aparecendo, cada um com uma cara pior de ressaca, depois só ficou faltando o Pavão que estava demorando. Quando esse sujeito apareceu na porta do lugar, extremamente revoltado, mancando e com uma mão tampando a boca, com muita indignação em sua fala, ele nós perguntou oque tinha sido feito com ele. Ninguém entendeu nada, pois  não sacaneamos ele, ou qualquer outro do grupo, . Até que ele tirou a mão da boca e disse" MANO!! ALGUÉM QUEBROU O MEU DENTE!!!!" (Vei o cara tava com um dos atacantes pela metade ::lol4::::lol4::)  não tem base nesses caras, e é claro que ficamos rindo igual a uns idiotas por um bom tempo, da para acreditar que o cara bebeu tanto que não sabia como tinha quebrado o próprio dente, como se não fosse o bastante ele ainda arrebentou um dedão do pé. 

Bem após rir muito daquela situação inexplicável que o Pavão se encontrava, pegamos a estrada novamente, eu ainda dirigindo. De modo geral, o trajeto Corumbá até Brasilia foi feito por Eu e o Bigode, os outros estavam muito cansados ou de ressaca, mas foi muito tranquilo, além de cada um pegar uma pedaço do caminho, paramos algumas fezes para descansar e tomar um café, que sempre era oferecido por um caminhoneiro que estava nos postos, comecei a respeitar muito mais essa classe de trabalhadores, pois foram muito amigáveis em todas as vezes que paramos, oferecendo café, informando sobre a estrada e tudo mais. 

 Bem após um longo trajeto e umas boas horas de viajem chegamos na terra de Renato Russo e outros. 

E achávamos que nossa aventura de perrengues tinha acabado!! 

Não sabíamos mesmo do que estava por vir...

Mas isso era para outro dia!!!

Até mais meus caros. 

A mais de um ano atrás...

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