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Fortaleza-Jericoacoara-Canoa Quebrada, casal, OUT/2017


carolina.gama

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Pessoal, essa é a primeira vez que escrevo um relato no Mochileiros. Decidi fazer pois sempre busco informações aqui e acho legal contribuir. Tentei colocar valores para ajudar. As fotos tive alguma dificuldade, depois tento colocar. Como ficou um pouco longo, destaquei de azul alguns termos para facilitar a pesquisa. Então vamos lá!

 

Essa viagem foi feita em outubro de 2017, eu e meu namorado, com duração de 12 dias. Iniciamos por Fortaleza, ficamos 2 dias lá, depois uma semana em Jericoacoara e na volta 1 dia no Beach Park e 2 em Canoa Quebrada.

 

Fortaleza

 

Chegamos em Fortaleza e fomos para o hotel de Uber (R$25). Pedimos no aeroporto, um tanto receosos pois sabemos que cada cidade está em um estágio de aceitação do aplicativo, e não queríamos confusão com taxista logo na chegada. Arriscamos e foi muito tranquilo.

 

Ficamos hospedados na praia de Iracema, e achamos bem localizado. De noite fomos caminhando pela orla e estava movimentado. Pessoas a pé, de bike e de patins, ambulantes vendendo artesanato, comida e oferecendo passeios. Caminhamos até o local onde tinham restaurantes no calçadão, jantamos lá e voltamos de Uber (R$13). Na orla é relativamente tranquilo de caminhar, claro que você vai ter cuidado com a bolsa e celular, mas é ok. Já no trecho entre o hotel e o calçadão nos sentimos um pouco inseguros, as ruas eram pouco iluminadas e vazias. Mas deu tudo certo.

 

No dia seguinte, domingo, fomos de Uber (R$16 e R$22 na volta) para a Praia do Futuro e passamos o dia na barraca Crocobeach. Essa barraca é bem grande e muito estruturada. Tem um ambiente de restaurante com térreo e mezanino, além de mesas na areia com guarda-sóis de palha. Tem também piscina (cobrada a parte), 2 palcos onde acontece uma programação infantil e shows no fim da tarde, e armários que podem ser alugados (R$25 - apesar do preço acho que vale a pena pois é o que possibilita a gente entrar junto no mar e curtir sem preocupação). Além do serviço a la carte eles tem um buffet de almoço por quilo (R$70/kg), que pelo preço deveria ser mais gostoso. Nesse dia o mar estava bem agitado e não conseguimos entrar muito na água. Das outras vezes que fui, estava sempre mais tranquilo, apesar de ter ondas grandinhas. Na areia, além dos ambulantes vendendo comida e artesanato, tem sempre um pessoal oferecendo massagem, que é feita em macas que ficam sob tendas na areia. Cobram R$20 por uma hora, e ainda inclui banho de lua, shampoo no cabelo, máscara de argila e bronzeador no final para quem quiser esses extras. Sobre segurança, lá na praia fomos informados para não nos afastarmos muito da barraca, pois fora daquela área ocorrem muitos assaltos.


 

Jericoacoara - como chegar

 

Na 2a feira começamos a aventura que vínhamos aguardando ansiosamente! Antes de entrar no relato propriamente dos dias em Jeri, vou fazer um parêntesis para falar das formas que se tem para chegar na vila.

 

Pode-se ir de avião pelo aeroporto de Jericoacoara, mas me parece que só tem vôos saindo de Recife e São Paulo. De toda forma, de lá você vai precisar de algum tipo de transporte até a vila. Não estudei muito essa possibilidade.

 

Uma alternativa mais em conta é contratar empresas que fazem o transporte de van, saindo de Fortaleza e indo até Jijoca, que é a cidade mais próxima de Jeri. Lá os passageiros trocam de veículo, pegando uma jardineira. Essas jardineiras são caminhonetes D-20 adaptadas, com bancos nas carrocerias. Algumas são mais arrumadinhas, outras menos. Nas minhas pesquisas achei por cerca de R$80 o trecho por pessoa. É a maneira mais demorada, levando de 7 a 8 horas.

 

Tem quem vá de carro até Jijoca e de lá pegue somente a jardineira. Pelo que vimos, custa uns R$20 por pessoa por trecho. E você fica pagando a diária do carro no estacionamento. Leva cerca de 5h de Fortaleza para Jeri.

 

Quem tem um 4x4 ou um espírito bem aventureiro pode ir o percurso todo até Jeri. Existem guias em Jijoca que oferecem o serviço de ir indicando o caminho (creio que waze e google maps não sejam muito eficazes por aquelas bandas). Vimos alguns carros de passeio fazendo a rota, e vimos vários atolados! De toda forma, chegando em Jericoacoara é preciso deixar o carro em um estacionamento pago na entrada da vila, pois os únicos carros permitidos lá dentro são os de turismo, como transfers, jardineiras e bugues.

 

Nos disseram que até é possível ir com o carro na pousada para deixar as malas, mas depois tem que sair e estacionar fora. Aparentemente, existem pessoas de lá que oferecem o serviço de ir estacionar o carro pra você, para que não precise voltar caminhando para a pousada. Mas ouvimos relatos de gente que deixou a chave e quando foi pegar o carro estava com quase 300km rodados a mais… rs… enfim, melhor desconfiar!

 

Outra forma de ir a Jeri é por meio dos passeios turísticos do tipo bate-e-volta que saem de Fortaleza. Encontramos algumas pessoas que fizeram assim. Foram com o ônibus de passeio levando as malas e ficaram por lá. O esquema é parecido com a história da van. Chegando em Jijoca tem que pegar a jardineira. Custa uns R$180 por pessoa. Saem por volta de 4h da manhã e voltam depois do pôr do sol, chegando em Fortaleza umas 23h. Imagino que seja bem cansativo.

 

A alternativa que usamos me pareceu ser a de melhor custo benefício. Contratamos uma Hillux para fazer o transfer com a empresa Executive 4x4 Brasil (Rosângela 85-3498-3839 / 85-98202-5323 / executiveexpress@hotmail.com). Estou deixando todos os contatos pois valeu demais ter contratado essa empresa, como vou relatar no trecho da volta para Fortaleza. Normalmente as empresas cobram R$500 a R$600 por trecho da Hillux, independente do número de passageiros, ou seja, R$1000 a R$1200 para ir e voltar. Como estávamos apenas em 2, fizemos um esquema compartilhado, no qual a empresa se encarregou de encontrar outro casal para dividir os custos conosco. Foi difícil achar uma empresa que fizesse dessa forma, as outras que eu entrei em contato queriam que eu mesma achasse outro casal pra compartilhar. Como a Executive garantiu que encontraria ou que faria o transporte pelo preço combinado de toda forma, optamos por ela.

 

Dessa maneira, ficou R$560 ida e volta para nós dois. Como o carro é 4x4 ele vai direto até Jeri, sem necessidade de jardineira. O Vinicius, que foi nosso guia/motorista, fez o caminho pela praia do Preá, sem nem passar em Jijoca, tornando o caminho mais curto. Achamos que o Vinicius foi ótimo, dirigindo super bem e muito simpático. Fez uma parada para lanche, depois parou na estrada quando pedimos para tirar foto dos geradores de energia eólica e ainda parou na Árvore da Preguiça para tirarmos fotos. As meninas que dividiram com a gente também eram gente boa e assim o percurso foi bem agradável. Levamos 5h no trajeto.

 

Jericoacoara

1º dia

 

Ao chegar na vila, tivemos que pagar a taxa de turismo de R$5 por pessoa por dia. Essa taxa está sendo cobrada há pouco tempo, apesar de que a lei que a instituiu é de 2014. Ainda estão se adaptando e dependendo da hora você pode pegar uma fila grande para entrar na cidade. No nosso caso, tivemos sorte e não tinha fila nenhuma.

 

Chegamos no hotel por volta de 14h. Ficamos na Pousada Carcará, que fica na Rua do Forró. O hotel é muito arrumadinho, muito bem cuidado. Recentemente foi reformado. Tem uma piscina ótima, com uma parte de hidromassagem. O quarto super espaçoso, com uma varanda grande e rede. Adoramos o hotel! Do ponto de vista da localização, também achamos excelente. Não fica perto demais da muvuca, tendo tranquilidade para descansar, e nem longe demais que seja penoso de caminhar (lembrando que lá é tudo areia).

 

No dia que chegamos, almoçamos no hotel mesmo e resolvemos descansar na piscina e na rede. Ficamos tranquilos até umas 17h, quando caminhamos para a praia para ver o pôr do sol. Nesse dia não subimos a duna do pôr do sol, ficamos somente na areia da praia admirando o sol se pôr no mar. Nesse horário, várias barraquinhas de bebida são montadas no acesso à praia. Depois saímos caminhando para fazer o reconhecimento do centrinho. Rodamos tudo até escolher um restaurante. A vila é uma graça, os restaurantes super arrumadinhos, tudo bonito, enfeitado com flores e luzinhas, vários com música ao vivo. Acabamos optando por jantar uma pizza no Sabor a Lenha, perto do acesso à praia na rua principal. Infelizmente a experiência não foi muito legal. Meu namorado teve que discutir com o garçom sobre os ingredientes da pizza… nada a ver.


 

2º dia

 

No dia seguinte resolvemos ir logo na Lagoa Paraíso, que é ponto mais recomendado de Jeri. É aquela lagoa que tem as redes dentro da água (se bem que chegando lá a gente vê rede na água em quase todo lugar), a água é bem cristalina e a areia branquinha e fofa. Decidimos ir de jardineira ao invés de fazer o passeio completo para ficarmos bem a vontade lá. Porém, demoramos um pouco a sair do hotel, saímos umas 10h, e como a cidade estava um pouco vazia (baixa temporada), tivemos alguma dificuldade. Eles ficam esperando encher a jardineira para sair, normalmente precisa de 12 pessoas. Levamos uma hora para conseguir sair. Então a dica é a seguinte, se for de jardineira, saia por volta de 9h para não ficar nessa enrolação. O ponto das jardineiras é na Rua São Francisco, mas elas passam nas outras ruas também. Cobram R$20 por pessoa por trecho.

 

Fomos para a Lagoa do Paraíso e decidimos ficar na barraca Alchymist. É a mais famosa de lá. O pessoal fica colocando uma certa pressão de que lá é tudo caríssimo, então tirei umas fotos do cardápio para referência:

 

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Eles têm espaço de restaurante com térreo e mezanino, mesas na areia com guarda-sóis de palha (sem consumação mínima) e armário ao lado da mesa (R$10), espreguiçadeiras perto da água (R$50 cada) e uma área VIP (R$100 por pessoa) que consiste em uma cama com dossel e um armário. Nesse ponto você nem vê as barracas seguintes, pois a lagoa é bem grande.

 

Ficamos por ali curtindo o visual, a água quentinha, o balanço das redes na lagoa. Uma delícia de lugar!!!

 

Porém justamente no dia que estávamos lá ocorreu um acidente com um turista. Aparentemente ele teve um mal súbito enquanto fazia SUP e caiu na água. Levaram cerca de meia hora para encontrá-lo e ele não sobreviveu. O clima ficou um tanto tenso no local, e por volta de 14/15h muitas pessoas foram embora, inclusive nós. Por causa desse evento, o Alchymist ficou fechado nos dias seguintes.

 

Voltamos para a vila e fomos experimentar o famoso sorvete da Gelato e Grano. Achei uma delícia! Recomendo! 1 bola por R$10, 2 por R$12 e 3 por R$16. Tem uma loja grande deles na praça e uma pequena perto do acesso à praia.

 

Depois ficamos relaxando na piscina do hotel. Nos arrumamos e saímos pro centrinho. Nesse dia comemos no EAT. É uma hamburgueria que fica em um dos becos entre a rua principal e a São Francisco. Bem servido e muito gostoso! As batatas deixaram a desejar… R$26 a R$32 o hamburguer. Depois deixamos agendado um passeio para o dia seguinte com o pessoal da Trilha Maluca. Aparentemente os passeios são bem padronizados, o que você encontra em uma empresa, encontra na outra também. E todos eles podem ser feitos de bugue, quadriciclo ou jardineira. O pessoal dos passeios costuma ficar na rua até umas 22h.

 

3º dia

 

Fizemos o passeio de bugue compartilhado para o oeste. A empresa se encarregou de encontrar outra dupla e ficou R$150 por casal. Achamos bem divertido o passeio, valeu a pena!

 

O nosso guia nesse dia foi o Augusto, muito simpático e nos deixou bem a vontade. Passou para nos pegar na pousada, já com o outro casal no bugue. O trajeto por dentro do parque nacional é muito bonito. A primeira parada do passeio é para ver os cavalos marinhos (R$15 por pessoa). Tem um barco com várias cadeiras, todo mundo de colete salva-vidas. O guia vai empurrando com um bastão e a gente desce um pouco o rio. Os cavalos marinhos ficam na beirada, bem disfarçados no meio das raízes. O guia coleta um deles em um jarro de vidro para os turistas verem e tirarem fotos e depois devolve para a água. Ficamos com pena dos animais, até pelos relatos do guias, de que estão perto de serem extintos, que morrem com facilidade e tal. E nós alí, interferindo com eles. De uma próxima vez nós não faríamos essa parada.

 

Na sequência, atravessamos um rio por uma balsa. É um trecho curtinho e nem precisa sair do bugue. Do outro lado passamos pelo mangue seco. Uma paisagem bem diferente, com as raízes aéreas presentes. Tem várias redes e balanços para tirar fotos e um pessoal vendendo bebidas.

 

De lá seguimos para as dunas. Um sobe e desce com bastante emoção. Bastante areia voando também! É bom levar óculos, boné, uma camiseta para enrolar no rosto dependendo do trecho. Paramos em um local para fazer esquibunda. A pessoa desce a duna sobre uma tábua e para numa lagoa lá embaixo. Para subir tem uma corda amarrada para servir de apoio. Meu namorado desceu, eu não animei por causa da subida puxada. R$10 por pessoa para descer quantas vezes quiser (ninguém consegue descer muitas vezes por causa da subida de volta).

 

Ainda pelas dunas, fomos até um toboágua na Lagoa da Torta. É parecido com o esquema do esquibunda, mas eles usaram lona para revestir uma parte da areia e ficam jogando água. Você desce de barriga em uma prancha e cai na lagoa lá embaixo. Tem a cordinha para facilitar a subida também, que é menos acentuada que a anterior. Aqui se paga R$10 por pessoa para descer até 3 vezes. Bem divertido!

 

Depois da brincadeira, demos a volta na lagoa com o bugue e chegamos em uma barraca na beira da lagoa. Ficamos lá petiscando e curtindo a lagoa. Não é tão bonita quanto a Azul e do Paraíso, mas é gostoso de ficar lá, descansando dos agitos anteriores. Aqui eles tem o cardápio vivo. Trazem os peixes, camarões e lagostas para você escolher antes de prepararem. Mas não almoçamos aqui.

 

Voltamos pelo mesmo caminho e o bugue nos deixou na pousada. Saimos de noite para jantar e optamos pelo Bistrô Caiçara. Fica próximo ao acesso da praia, no pavimento superior de uma lojinha de lembranças. Escolhemos alí porque gostamos muito do astral desse terraço. Muito aconchegante, com vista para a rua e para a praia. Eu pedi um camarão no abacaxi e meu namorado uma picanha argentina. A picanha estava uma delícia! O camarão também estava bem gostoso no começo, mas depois comecei a perceber um certo amargor no caldinho do abacaxi.

 

Depois fomos resolver o passeio do dia seguinte. Fechamos com o pessoal da Trilha Maluca um passeio de barco pela manhã, que levaria para um mergulho em alto mar e depois nos levaria na Pedra Furada (R$30 por pessoa). E fechamos um passeio de bicicleta elétrica no fim da tarde, que passava pelo Serrote (R$50 por pessoa). Esse passeio só encontramos no Clubventos, fica na praia, depois da Rua do Forró. Tem uma lojinha no centro também, que tem uma onda se projetando na fachada, fácil de achar.

 

Chegando no hotel o pessoal da Trilha Maluca mandou whatsapp cancelando o passeio de barco porque ele precisou ir para manutenção, em outra cidade. Não voltou antes de irmos embora.

 

4º dia

 

No dia seguinte, como não teríamos mais o passeio de barco, ficamos curtindo a piscina do hotel de manhã. Almoçamos no Dona Amélia, que era pertinho do hotel. Lá que rola um forró nos noites de 2a, 4a e 6a. Achei a comida razoável e o preço era bom. O forró nós espiamos em uma das noites, mas ia demorar um pouco a começar e não fomos. Parece que depois do jantar eles removem algumas mesas e liberam espaço para dançar.

 

Depois nos preparamos para o passeio de bike e fomos para o Clubventos encontrar nosso guia. Eu estava meio preocupada porque não tenho costume de andar de bicicleta, e mesmo sendo elétrica, a moça que nos vendeu o passeio informou que não era molezinha, tem que fazer algum esforço. De fato, não é como uma moto, você precisa pedalar constantemente. Mas achei bem leve, pelo menos com relação à expectativa que eu tinha criado. Achei uma delícia passear pelo Serrote. É um morro ao lado da vila, que permite uma vista do alto da cidade muito legal, com as dunas ao fundo.

 

Também passamos próximos à Pedra Furada. Vimos ela do alto. O guia informou que as pessoas vão caminhando até a pedra de algumas maneiras: ou pelo Serrote, e descem um caminho que achei um tanto íngreme; ou pela praia, quando a maré está baixa (todos disseram ser a melhor forma); ou a partir de passeios, que deixam as pessoas mais ou menos próximas da pedra. Parece que no passeio a cavalo e de carroça dá pra chegar mais perto.

 

Não chegamos a descer na pedra nesse momento porque o guia disse que não daria tempo. Voltamos e só depois que nos tocamos que ficou faltando fazermos uma parada no Farol de Jeri, que fica no Serrote também. Na hora nem lembramos, e o guia não disse nada, o que foi meio chato. Dizem que no Farol dá pra ver o nascer do sol, que também ocorre sobre o mar. Tentamos acordar pra ver, mas não rolou nenhum dia.

 

De noite fomos no barzinho Samba Rock, que fica na rua pricipal, perto da praça, e estava sempre com música ao vivo. Gostamos de lá. E depois fomos fechar o passeio do dia seguinte.

 

5º dia

 

O guia foi nos buscar de manhã na pousada com o quadriciclo. Ele foi na frente em uma moto guiando o caminho e nós fomos dirigindo o quadri. É uma experiência divertida, mas pode ser um pouco cansativo, achei difícil trocar as marchas com o pé (não estou nada acostumada com isso e meu pé ficou bem vermelho). Mas independente disso, foi bem legal.

 

Nossa primeira parada foi na Pedra Furada. Em um estacionamento que marca o ponto mais próximo que os veículos podem chegar. A caminhada dura cerca de 30min e o primeiro trecho é na areia bem fofa, meio chatinho. Mas depois melhora. Chegando na pedra, encontramos várias pessoas tirando foto e alguns vendedores de bebida. No estacionamento também tinha gente vendendo água, água de côco, cerveja, etc.

 

Pegamos o quadriciclo e seguimos até Barrinha. O passeio mesmo é ir curtindo o visual e a adrenalina de dirigir o quadriciclo. O caminho passa pela praia do Preá, então vimos novamente a Árvore da Preguiça. A praia do Preá é o paraíso do pessoal do Kitesurf. Vimos muitas pessoas praticando por alí. Chegando em Barrinhas tem algumas dunas. Subimos nelas com o quadriciclo, que seria o ponto alto da emoção. Mas acabou sendo bem rapidinho esse momento nas dunas. Subimos, tiramos foto e descemos logo. Mas também estava um sol terrível nessa hora.

 

Fomos almoçar na barraca Komaki em Barrinha. Bem arrumadinha e com uma área de redes para descansar. Ficamos um pouco e depois retornamos. Na volta fizemos uma parada no Cabaré do Vento, uma pousada/barraca de praia no Preá. Um lugar muito agradável e que serve de apoio para a galera do Kite. Falando no esporte, o turismo voltado para o Kite e o Windsurf é bem grande em Jeri. A praia é setorizada e cada atividade, Kite, Wind, Surf, SUP ocorre em um local. Fomos ver quanto custaria para fazer aulas, mas acabamos desistindo. O curso básico de Kite, com 9h de duração, custa em média R$1.500. O de Wind, com 4,5h, sai por uns R$600.

 

Na volta o quadriciclo começou a acender a luz que indica aquecimento no motor. Paramos e mostramos para o guia, que não pareceu se importar demais. Eu fiquei preocupada em fundir o motor e depois ter problemas. Assim, fizemos umas 3 paradinhas de 5 minutos para esfriar e a luz apagar.

 

Voltamos para o hotel, curtimos a piscina de novo (essa piscina valeu a pena demais!) e saímos para o centro. Dessa vez meu namorado quis comer temaki, que eu não curto. Não lembro o nome do restaurante que ele foi. E eu fui comer nas barraquinhas que ficam na rua São Francisco. Depois fomos fechar o passeio do dia seguinte.

 

6º dia

 

No dia anterior havíamos combinado com o pessoal da Trilha Maluca para fazer o passeio para o leste, que vai nas lagoas. Queríamos fazer de jardineira, pois já tínhamos experimentado os outros meios de transporte e a jardineira parecia mais pacata, menos vento, menos sol. Além disso, ela não parava na Pedra Furada, que já havíamos conhecido, e assim teríamos mais tempo nas lagoas. Pagamos R$60 por pessoa, pois passava na lagoa Azul também. Se fossemos só na do Paraíso seria melhor ir na jardineira que fica na rua, que sairia R$40 por pessoa ida e volta.

 

Enfim, de manhã nos apareceu um guia em um bugue na pousada. Explicamos que havíamos combinado a jardineira e ele disse que não sabia por que tinham dado nosso voucher para ele, que estava marcado jardineira mesmo, e que se quiséssemos a empresa daria um jeito de nos enviar na jardineira. Mas, se aceitássemos, poderíamos ir com ele e outro casal pelo mesmo valor (R$120 o casal… que na verdade é o preço desse passeio de bugue mesmo, não estávamos ganhando nada financeiramente). Na hora eu achei melhor concordar porque fiquei me imaginando perdendo um tempão pra resolver isso, e acabamos indo.

 

O guia pegou o outro casal e perguntou a eles se poderia fazer o passeio de trás pra frente, para finalizar com a Pedra Furada, ao invés de iniciar por ela. Eles concordaram e fomos. Passamos primeiro na Lagoa do Paraíso. No caminho íamos conhecendo nossos coleguinhas de passeio e tendo a impressão que estávamos numa certa furada, porque os dois eram bem chatinhos. Não vou entrar em detalhes, mas ao final já estávamos doidos para nos despedir deles. E aí fica o alerta. Essa coisa de compartilhar os passeios é ótima para economizar e também para fazer amizades. Conhecemos várias pessoas legais nos outros passeios, na cidade e no hotel. Mas também corre-se o risco de passar o dia grudado com pessoas que você não tenha afinidade. Se puder combinar de compartilhar com alguém conhecido é mais garantia de sucesso.

 

Voltando ao passeio, como o Alchymist seguia fechado, fomos para o ponto seguinte, onde haviam duas barracas. Ficamos na Brisa Paradise. Era justamente o que queríamos, conhecer barracas diferentes do Alchymist para poder comparar. Pessoalmente, quando voltar a Jeri, vou preferir voltar ao Alchymist mesmo. Achei o ponto dessas barracas um pouco inferior. A areia, apesar de branquinha, não é fofinha como na outra barraca, e fica desconfortável para sentar na cadeira, toda torta. A parte mais clara da água também é mais estreita aqui. E as redes na água não tem cobertura para o sol, como algumas do Alchymist tinham. Mas enfim, curtimos conhecer e saber as diferenças.

 

Saindo de lá, fomos para a Lagoa Azul. Pelo que eu tinha lido, não estava com grandes expectativas, pois muitos diziam que a do Paraíso é mais bonita, é a melhor e tal. Pois eu achei a Azul muito bonita também! São belezas diferentes, mas pra mim são quase equivalentes. A barraca que tem lá oferece cardápio vivo também, mas não almoçamos aqui.

 

De lá partimos para a barraca da Mônica, bem famosa na região, fica na praia do Preá. Comemos lá e valeu a pena, bem gostoso. Achei os preços parecidos com os da Lagoa Azul e da Brisa Paradise.

 

Voltamos para a vila e o guia deixou nossos amiguinhos no Serrote para eles fazerem a caminhada até a Pedra Furada. Depois nos deixou na pousada. Seguimos nosso ritual de banho de piscina e sair pra comer. Fomos no Cantinho da Tapioca, na Rua do Forró. Gostamos muito de lá! Tapioca fresquinha, recheios saborosos e bom atendimento.

 

7º dia

 

Esse era nosso último dia inteiro em Jeri e resolvemos curtir a praia de lá e ficar mais quietinhos um pouco. Fomos para o Clubventos, o mesmo lugar do aluguel das bicicletas. Eles têm uma estrutura bem legal, com mesas, sofás (tem consumação mínima mas não vi o preço), espreguiçadeiras (R$50 cada) e área VIP (R$200 por cama). Tem armários, chuveiro (pro padrão do lugar a ducha é bem fraquinha), aluguel de equipamentos de Kite, Wind, etc, além de buffet de almoço (R$80/kg). O buffet é bem carinho, mas muito gostoso!

Passamos o dia por ali, curtindo o visual da praia e dando mergulhos. Adorei nadar nessa praia! E pelo que vi o ideal é entrar no mar com a maré baixa. A faixa de areia é larga e a praia é rasa. Você vai entrando no mar, anda um tantão e a água não chega na cintura. Tem umas ondinhas boas, não muito grandes, bem gostosas.

 

Quando estávamos na praia vimos um pessoal fazendo passeio a cavalo e combinamos de fazer também no final da tarde (R$40 por cavalo, 1h de passeio). Já havíamos voltado para o hotel quando o rapaz dos cavalos foi nos levar os animais. Fomos sem guia, em dois cavalinhos desses de passeio, bem mansos e um tanto preguiçosos na ida, um tanto apressadinhos na volta, rs… Fomos até a duna do pôr do sol. Subimos a duna montados (não pelo lado onde as pessoas caminham usualmente, mas por trás) e andamos um pouco na praia que tem depois da duna. Na volta meu boné caiu. Desci para pegar e não conseguia mais subir no cavalo pois a cela estava presa apenas por uma barrigueira (sempre que vejo são duas). Quando eu pisava no estribo, a cela girava. Meu namorado desceu pra tentar trocar de cavalo, mas também não estava conseguindo subir no meu. Nessa hora passou um rapaz da região que estava montado também. Ele parou e nos ajudou. Recriminou a forma como estavam as celas, deu um aperto nas barrigueiras e conseguimos seguir. Por conta desse imprevisto demoramos um pouco mais que o tempo combinado. Quando reclamamos com o rapaz que alugou os cavalos ele disse que era assim mesmo, não deu muita bola, mas também não deu sinais de querer nos cobrar a mais.

 

Quando estávamos na duna, vimos um grupo de pessoas montadas que pareciam estar com mais estrutura. Os cavalos tinham peitorais e as pessoas estavam de cap. Nos disseram que esses cavalos ficam perto da duna para serem alugados. Recomendo olhar lá ou conversar melhor antes de alugar. Mesmo com os imprevistos, foi muito gostoso passear sobre as dunas. Recomendo!

 

De noite fomos jantar no restaurante Romã, na rua do Forró. Eles tem uma foccacia gigante lá que é muito gostosa! As pizzas também estavam com a cara ótima.

 

E é aqui que vou explicar como o pessoal do transfer Executive 4x4 Jeri foi muito gente boa conosco! Eu resolvi enviar um whatsapp para confirmar o horário da nossa saída que seria no dia seguinte, eis que descubro que havia feito a reserva com a data errada! Eu errei ao informar o dia da volta, que estava contratado para o dia 10, e não 9 como queríamos. Mesmo o erro tendo sido meu, a Rosângela não nos deixou na mão e deu um jeitinho de nos transportar no dia que precisávamos!

 

8º dia

 

Assim, depois de uma semana completa em Jeri, de 2a a 2a, estávamos prontos para nos despedirmos. Amamos a cidade e os passeios e antes de sair já estávamos planejando voltar mais vezes! Para a despedida, fomos à praia novamente, dessa vez ficamos na barraca Dumundu. Tem mesas e espreguiçadeiras (não são cobradas), e tem sempre música ao vivo. É bem animado. No dia do passeio de bicicleta assistimos o pôr do sol dali e foi bem lindo.

 

Voltamos ao hotel para fazer check out e fomos almoçar no Pimenta Verde, na rua São Francisco. Comemos um peixe com crosta de ervas muito gostoso!

 

O motorista da volta foi novamente o Vinicius, que nos pegou por volta de 16h e seguimos para Fortaleza.

 

Beach Park

 

Na volta para Fortaleza decidimos mudar um pouco o roteiro. O hotel lá não tinha sido muito legal e queríamos seguir as dicas de algumas pessoas que conhecemos. Assim, conseguimos negociar para cancelar as últimas diárias do hotel sem multa. Alugamos um carro pelo site da Alamo, que ficou muito barato por sinal (R$137 por 3 diárias + R$115 de combustível).

 

Dirigimos até Aquiraz, que fica uns 40 minutos de Fortaleza, e é onde fica o Beach Park. A princípio estávamos indecisos sobre ir ao parque aquático, mas todo mundo que encontramos elogiou demais e resolvemos ir. Nos hospedamos em um apart hotel, que é o que mais tem na cidade. O prédio era até aconchegante, com piscina e um jardim bem cuidado, estacionamento privado. O apê era meio esquisitinho, mas como foi uma noite só, foi ok.

 

Deixamos as malas lá e fomos pro parque. R$215 por adulto para 1 dia. O passaporte para 3 dias custa R$230 e para 7 dias custa R$260. Ou seja, vale a pena ficar mais tempo. Atenção, observar que o parque fecha às 4as feiras.

 

Pois bem, achamos o parque muito organizado e bonito, as atrações bem divertidas e para todas as idades. Ficamos 4 horas seguidas subindo escadas para descer nos toboáguas, com bóia, sem bóia, de dois, de quatro, sozinho. Bem legal!

 

Eles alugam armários por R$25 (tem que deixar mais R$25 de caução pela chave) e te dão um cartão para consumo que você coloca o valor que quiser. Cobram R$5 de caução do cartão. Se você carregar o cartão com dinheiro ou débito, eles devolvem tudo que sobrar e mais as cauções. Se usar cartão de crédito eles descontam 6% na hora de devolver.

 

Almoçamos no restaurante do parque (R$92/kg), mas não achei que valeu à pena. Caro e a comida não é lá essas coisas. Na verdade, tudo dentro do parque é bem caro. Churros de R$11, pipoca nessa faixa também, enfim, o esperado.

 

O parque fecha às 17h. Na saída ficamos circulando pela vila que tem nas proximidades do parque. Tem lojinhas e quiosques de comida. Depois percebemos que estavam passando um filme ao ar livre e acabamos assistindo Smurf! (adoro o Gargamel!) Depois comemos nos foodtrucks da vila e voltamos pro hotel.

 

Canoa Quebrada

 

No dia seguinte rumamos para Canoa Quebrada, umas 2h de viagem. No caminho fomos combinando com o bugueiro Alexandre que haviam nos indicado. Chegamos na cidade, fizemos check in no hotel Tranquilândia (pertinho da Broadway, que é a rua de pedestres que tem os restaurantes e lojinhas). Gostamos bastante do hotel, apesar de um certo incidente com um inseto! São chalés bem fofinhos. Tem uma piscina grande, e dela você enxerga o mar. O café da manhã é muito bom e a comida do restaurante também.

 

Fizemos check in e o Alexandre já estava lá pra fechar o passeio. Como foi em cima da hora ele não conseguiu um casal para dividir o passeio de Ponta Grossa. Acabamos fazendo sozinhos e pagando R$230.

 

A primeira parada é para ver o símbolo de Canoa Quebrada pintado numa falésia da praia. Nesse momento a maré estava baixa (necessário para se chegar a Ponta Grossa) e algumas lagoas se formaram na areia. Deve ser uma delícia tomar banho nelas, mas não tivemos tempo. Seguimos pela praia para ver as falésias de várias cores. Chegamos em Ponta Grossa e lá fizemos o passeio que o barquinho (R$15 por pessoa) leva para nadar com os peixes, observando-os com snorkel e máscara. Não demos tanta sorte com a maré, que estava um pouco mais alta que o ideal e com bastante ondulação. Vimos alguns peixes pequenos que os marinheiros atraem com carcaças de lagosta, mas pelas desculpas que eles deram, geralmente o passeio é mais interessante.

 

Na volta paramos na barraca Pantanal para uns petiscos e depois o Alexandre disse que nos faria um extra, levando na duna do pôr do sol para assistirmos ao fim do dia. Com isso, voltamos correndo bastante no bugue. Chegamos na duna em cima da hora, mas conseguimos ver. Ele nos esperou e depois deixou na pousada.

 

Tomamos banho de piscina e depois de chuveiro, e fomos caminhando para a Broadway jantar. São vários restaurantes e vários vendedores tentando te convencer a entrar. Um pouco de assédio demais. Escolhemos um restaurante, o Pizza Nossa. Pedimos espaguete a bolonhesa (R$20) e espaguete com camarão (R$50). Estava muito gostoso!

 

No dia seguinte, poderíamos ter feito o outro passeio de bugue, que passa nas dunas e tem esquibunda, tirolesa e rapel. Com duração de 1h30 o Alexandre disse que faria pra gente por R$120. Mas estávamos cansados e preocupados com o horário, então decidimos fechar com a praia mesmo. Fomos caminhando até a barraca Bom Motivo. Chegamos cedo e o atendimento ainda não estava a todo vapor. Tomamos banho de mar e voltamos pra fazer check out e pegar a estrada. No hotel nos informaram que tem duas barracas mais distantes e mais estruturadas (Antônio Côco e Chega Mais) que fazem o transfer dos clientes de bugue do hotel até lá e vice versa, mas acabamos não conhecendo essas.

 

Voltamos para Fortaleza na esperança de dar uma circulada no centro antes de ir pro aeroporto, porém, por ser feriado, tudo estava fechado, inclusive o Mercado Central. Acabamos chegando mais cedo no aeroporto, o que foi ótimo pois conseguimos adiantar o vôo para um direto!

 

E assim terminou nosso delicioso passeio no Ceará!

 

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@carolina.gama Jeri e Canoa Quebrada são realmente especiais!
Obrigada por dividir um pouco da viagem de vocês com a gente.
Se achar legal pode enviar mais fotos através do "escolha os arquivos..." que aparece ao final da página (na linha do ícone 'clipe' de papel) Nós adoraríamos vê-las :)

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Pessoal, essa é a primeira vez que escrevo um relato no Mochileiros. Decidi fazer pois sempre busco informações aqui e acho legal contribuir. Tentei colocar valores para ajudar. As fotos tive alguma dificuldade, depois tento colocar. Como ficou um pouco longo, destaquei de azul alguns termos para facilitar a pesquisa. Então vamos lá!

 

Essa viagem foi feita em outubro de 2017, eu e meu namorado, com duração de 12 dias. Iniciamos por Fortaleza, ficamos 2 dias lá, depois uma semana em Jericoacoara e na volta 1 dia no Beach Park e 2 em Canoa Quebrada.

 

Fortaleza

 

Chegamos em Fortaleza e fomos para o hotel de Uber (R$25). Pedimos no aeroporto, um tanto receosos pois sabemos que cada cidade está em um estágio de aceitação do aplicativo, e não queríamos confusão com taxista logo na chegada. Arriscamos e foi muito tranquilo.

 

Ficamos hospedados na praia de Iracema, e achamos bem localizado. De noite fomos caminhando pela orla e estava movimentado. Pessoas a pé, de bike e de patins, ambulantes vendendo artesanato, comida e oferecendo passeios. Caminhamos até o local onde tinham restaurantes no calçadão, jantamos lá e voltamos de Uber (R$13). Na orla é relativamente tranquilo de caminhar, claro que você vai ter cuidado com a bolsa e celular, mas é ok. Já no trecho entre o hotel e o calçadão nos sentimos um pouco inseguros, as ruas eram pouco iluminadas e vazias. Mas deu tudo certo.

 

No dia seguinte, domingo, fomos de Uber (R$16 e R$22 na volta) para a Praia do Futuro e passamos o dia na barraca Crocobeach. Essa barraca é bem grande e muito estruturada. Tem um ambiente de restaurante com térreo e mezanino, além de mesas na areia com guarda-sóis de palha. Tem também piscina (cobrada a parte), 2 palcos onde acontece uma programação infantil e shows no fim da tarde, e armários que podem ser alugados (R$25 - apesar do preço acho que vale a pena pois é o que possibilita a gente entrar junto no mar e curtir sem preocupação). Além do serviço a la carte eles tem um buffet de almoço por quilo (R$70/kg), que pelo preço deveria ser mais gostoso. Nesse dia o mar estava bem agitado e não conseguimos entrar muito na água. Das outras vezes que fui, estava sempre mais tranquilo, apesar de ter ondas grandinhas. Na areia, além dos ambulantes vendendo comida e artesanato, tem sempre um pessoal oferecendo massagem, que é feita em macas que ficam sob tendas na areia. Cobram R$20 por uma hora, e ainda inclui banho de lua, shampoo no cabelo, máscara de argila e bronzeador no final para quem quiser esses extras. Sobre segurança, lá na praia fomos informados para não nos afastarmos muito da barraca, pois fora daquela área ocorrem muitos assaltos.


 

Jericoacoara - como chegar

 

Na 2a feira começamos a aventura que vínhamos aguardando ansiosamente! Antes de entrar no relato propriamente dos dias em Jeri, vou fazer um parêntesis para falar das formas que se tem para chegar na vila.

 

Pode-se ir de avião pelo aeroporto de Jericoacoara, mas me parece que só tem vôos saindo de Recife e São Paulo. De toda forma, de lá você vai precisar de algum tipo de transporte até a vila. Não estudei muito essa possibilidade.

 

Uma alternativa mais em conta é contratar empresas que fazem o transporte de van, saindo de Fortaleza e indo até Jijoca, que é a cidade mais próxima de Jeri. Lá os passageiros trocam de veículo, pegando uma jardineira. Essas jardineiras são caminhonetes D-20 adaptadas, com bancos nas carrocerias. Algumas são mais arrumadinhas, outras menos. Nas minhas pesquisas achei por cerca de R$80 o trecho por pessoa. É a maneira mais demorada, levando de 7 a 8 horas.

 

Tem quem vá de carro até Jijoca e de lá pegue somente a jardineira. Pelo que vimos, custa uns R$20 por pessoa por trecho. E você fica pagando a diária do carro no estacionamento. Leva cerca de 5h de Fortaleza para Jeri.

 

Quem tem um 4x4 ou um espírito bem aventureiro pode ir o percurso todo até Jeri. Existem guias em Jijoca que oferecem o serviço de ir indicando o caminho (creio que waze e google maps não sejam muito eficazes por aquelas bandas). Vimos alguns carros de passeio fazendo a rota, e vimos vários atolados! De toda forma, chegando em Jericoacoara é preciso deixar o carro em um estacionamento pago na entrada da vila, pois os únicos carros permitidos lá dentro são os de turismo, como transfers, jardineiras e bugues.

 

Nos disseram que até é possível ir com o carro na pousada para deixar as malas, mas depois tem que sair e estacionar fora. Aparentemente, existem pessoas de lá que oferecem o serviço de ir estacionar o carro pra você, para que não precise voltar caminhando para a pousada. Mas ouvimos relatos de gente que deixou a chave e quando foi pegar o carro estava com quase 300km rodados a mais… rs… enfim, melhor desconfiar!

 

Outra forma de ir a Jeri é por meio dos passeios turísticos do tipo bate-e-volta que saem de Fortaleza. Encontramos algumas pessoas que fizeram assim. Foram com o ônibus de passeio levando as malas e ficaram por lá. O esquema é parecido com a história da van. Chegando em Jijoca tem que pegar a jardineira. Custa uns R$180 por pessoa. Saem por volta de 4h da manhã e voltam depois do pôr do sol, chegando em Fortaleza umas 23h. Imagino que seja bem cansativo.

 

A alternativa que usamos me pareceu ser a de melhor custo benefício. Contratamos uma Hillux para fazer o transfer com a empresa Executive 4x4 Brasil (Rosângela 85-3498-3839 / 85-98202-5323 / executiveexpress@hotmail.com). Estou deixando todos os contatos pois valeu demais ter contratado essa empresa, como vou relatar no trecho da volta para Fortaleza. Normalmente as empresas cobram R$500 a R$600 por trecho da Hillux, independente do número de passageiros, ou seja, R$1000 a R$1200 para ir e voltar. Como estávamos apenas em 2, fizemos um esquema compartilhado, no qual a empresa se encarregou de encontrar outro casal para dividir os custos conosco. Foi difícil achar uma empresa que fizesse dessa forma, as outras que eu entrei em contato queriam que eu mesma achasse outro casal pra compartilhar. Como a Executive garantiu que encontraria ou que faria o transporte pelo preço combinado de toda forma, optamos por ela.

 

Dessa maneira, ficou R$560 ida e volta para nós dois. Como o carro é 4x4 ele vai direto até Jeri, sem necessidade de jardineira. O Vinicius, que foi nosso guia/motorista, fez o caminho pela praia do Preá, sem nem passar em Jijoca, tornando o caminho mais curto. Achamos que o Vinicius foi ótimo, dirigindo super bem e muito simpático. Fez uma parada para lanche, depois parou na estrada quando pedimos para tirar foto dos geradores de energia eólica e ainda parou na Árvore da Preguiça para tirarmos fotos. As meninas que dividiram com a gente também eram gente boa e assim o percurso foi bem agradável. Levamos 5h no trajeto.

 

Jericoacoara

1º dia

 

Ao chegar na vila, tivemos que pagar a taxa de turismo de R$5 por pessoa por dia. Essa taxa está sendo cobrada há pouco tempo, apesar de que a lei que a instituiu é de 2014. Ainda estão se adaptando e dependendo da hora você pode pegar uma fila grande para entrar na cidade. No nosso caso, tivemos sorte e não tinha fila nenhuma.

 

Chegamos no hotel por volta de 14h. Ficamos na Pousada Carcará, que fica na Rua do Forró. O hotel é muito arrumadinho, muito bem cuidado. Recentemente foi reformado. Tem uma piscina ótima, com uma parte de hidromassagem. O quarto super espaçoso, com uma varanda grande e rede. Adoramos o hotel! Do ponto de vista da localização, também achamos excelente. Não fica perto demais da muvuca, tendo tranquilidade para descansar, e nem longe demais que seja penoso de caminhar (lembrando que lá é tudo areia).

 

No dia que chegamos, almoçamos no hotel mesmo e resolvemos descansar na piscina e na rede. Ficamos tranquilos até umas 17h, quando caminhamos para a praia para ver o pôr do sol. Nesse dia não subimos a duna do pôr do sol, ficamos somente na areia da praia admirando o sol se pôr no mar. Nesse horário, várias barraquinhas de bebida são montadas no acesso à praia. Depois saímos caminhando para fazer o reconhecimento do centrinho. Rodamos tudo até escolher um restaurante. A vila é uma graça, os restaurantes super arrumadinhos, tudo bonito, enfeitado com flores e luzinhas, vários com música ao vivo. Acabamos optando por jantar uma pizza no Sabor a Lenha, perto do acesso à praia na rua principal. Infelizmente a experiência não foi muito legal. Meu namorado teve que discutir com o garçom sobre os ingredientes da pizza… nada a ver.


 

2º dia

 

No dia seguinte resolvemos ir logo na Lagoa Paraíso, que é ponto mais recomendado de Jeri. É aquela lagoa que tem as redes dentro da água (se bem que chegando lá a gente vê rede na água em quase todo lugar), a água é bem cristalina e a areia branquinha e fofa. Decidimos ir de jardineira ao invés de fazer o passeio completo para ficarmos bem a vontade lá. Porém, demoramos um pouco a sair do hotel, saímos umas 10h, e como a cidade estava um pouco vazia (baixa temporada), tivemos alguma dificuldade. Eles ficam esperando encher a jardineira para sair, normalmente precisa de 12 pessoas. Levamos uma hora para conseguir sair. Então a dica é a seguinte, se for de jardineira, saia por volta de 9h para não ficar nessa enrolação. O ponto das jardineiras é na Rua São Francisco, mas elas passam nas outras ruas também. Cobram R$20 por pessoa por trecho.

 

Fomos para a Lagoa do Paraíso e decidimos ficar na barraca Alchymist. É a mais famosa de lá. O pessoal fica colocando uma certa pressão de que lá é tudo caríssimo, então tirei umas fotos do cardápio para referência:

 

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Eles têm espaço de restaurante com térreo e mezanino, mesas na areia com guarda-sóis de palha (sem consumação mínima) e armário ao lado da mesa (R$10), espreguiçadeiras perto da água (R$50 cada) e uma área VIP (R$100 por pessoa) que consiste em uma cama com dossel e um armário. Nesse ponto você nem vê as barracas seguintes, pois a lagoa é bem grande.

 

Ficamos por ali curtindo o visual, a água quentinha, o balanço das redes na lagoa. Uma delícia de lugar!!!

 

Porém justamente no dia que estávamos lá ocorreu um acidente com um turista. Aparentemente ele teve um mal súbito enquanto fazia SUP e caiu na água. Levaram cerca de meia hora para encontrá-lo e ele não sobreviveu. O clima ficou um tanto tenso no local, e por volta de 14/15h muitas pessoas foram embora, inclusive nós. Por causa desse evento, o Alchymist ficou fechado nos dias seguintes.

 

Voltamos para a vila e fomos experimentar o famoso sorvete da Gelato e Grano. Achei uma delícia! Recomendo! 1 bola por R$10, 2 por R$12 e 3 por R$16. Tem uma loja grande deles na praça e uma pequena perto do acesso à praia.

 

Depois ficamos relaxando na piscina do hotel. Nos arrumamos e saímos pro centrinho. Nesse dia comemos no EAT. É uma hamburgueria que fica em um dos becos entre a rua principal e a São Francisco. Bem servido e muito gostoso! As batatas deixaram a desejar… R$26 a R$32 o hamburguer. Depois deixamos agendado um passeio para o dia seguinte com o pessoal da Trilha Maluca. Aparentemente os passeios são bem padronizados, o que você encontra em uma empresa, encontra na outra também. E todos eles podem ser feitos de bugue, quadriciclo ou jardineira. O pessoal dos passeios costuma ficar na rua até umas 22h.

 

3º dia

 

Fizemos o passeio de bugue compartilhado para o oeste. A empresa se encarregou de encontrar outra dupla e ficou R$150 por casal. Achamos bem divertido o passeio, valeu a pena!

 

O nosso guia nesse dia foi o Augusto, muito simpático e nos deixou bem a vontade. Passou para nos pegar na pousada, já com o outro casal no bugue. O trajeto por dentro do parque nacional é muito bonito. A primeira parada do passeio é para ver os cavalos marinhos (R$15 por pessoa). Tem um barco com várias cadeiras, todo mundo de colete salva-vidas. O guia vai empurrando com um bastão e a gente desce um pouco o rio. Os cavalos marinhos ficam na beirada, bem disfarçados no meio das raízes. O guia coleta um deles em um jarro de vidro para os turistas verem e tirarem fotos e depois devolve para a água. Ficamos com pena dos animais, até pelos relatos do guias, de que estão perto de serem extintos, que morrem com facilidade e tal. E nós alí, interferindo com eles. De uma próxima vez nós não faríamos essa parada.

 

Na sequência, atravessamos um rio por uma balsa. É um trecho curtinho e nem precisa sair do bugue. Do outro lado passamos pelo mangue seco. Uma paisagem bem diferente, com as raízes aéreas presentes. Tem várias redes e balanços para tirar fotos e um pessoal vendendo bebidas.

 

De lá seguimos para as dunas. Um sobe e desce com bastante emoção. Bastante areia voando também! É bom levar óculos, boné, uma camiseta para enrolar no rosto dependendo do trecho. Paramos em um local para fazer esquibunda. A pessoa desce a duna sobre uma tábua e para numa lagoa lá embaixo. Para subir tem uma corda amarrada para servir de apoio. Meu namorado desceu, eu não animei por causa da subida puxada. R$10 por pessoa para descer quantas vezes quiser (ninguém consegue descer muitas vezes por causa da subida de volta).

 

Ainda pelas dunas, fomos até um toboágua na Lagoa da Torta. É parecido com o esquema do esquibunda, mas eles usaram lona para revestir uma parte da areia e ficam jogando água. Você desce de barriga em uma prancha e cai na lagoa lá embaixo. Tem a cordinha para facilitar a subida também, que é menos acentuada que a anterior. Aqui se paga R$10 por pessoa para descer até 3 vezes. Bem divertido!

 

Depois da brincadeira, demos a volta na lagoa com o bugue e chegamos em uma barraca na beira da lagoa. Ficamos lá petiscando e curtindo a lagoa. Não é tão bonita quanto a Azul e do Paraíso, mas é gostoso de ficar lá, descansando dos agitos anteriores. Aqui eles tem o cardápio vivo. Trazem os peixes, camarões e lagostas para você escolher antes de prepararem. Mas não almoçamos aqui.

 

Voltamos pelo mesmo caminho e o bugue nos deixou na pousada. Saimos de noite para jantar e optamos pelo Bistrô Caiçara. Fica próximo ao acesso da praia, no pavimento superior de uma lojinha de lembranças. Escolhemos alí porque gostamos muito do astral desse terraço. Muito aconchegante, com vista para a rua e para a praia. Eu pedi um camarão no abacaxi e meu namorado uma picanha argentina. A picanha estava uma delícia! O camarão também estava bem gostoso no começo, mas depois comecei a perceber um certo amargor no caldinho do abacaxi.

 

Depois fomos resolver o passeio do dia seguinte. Fechamos com o pessoal da Trilha Maluca um passeio de barco pela manhã, que levaria para um mergulho em alto mar e depois nos levaria na Pedra Furada (R$30 por pessoa). E fechamos um passeio de bicicleta elétrica no fim da tarde, que passava pelo Serrote (R$50 por pessoa). Esse passeio só encontramos no Clubventos, fica na praia, depois da Rua do Forró. Tem uma lojinha no centro também, que tem uma onda se projetando na fachada, fácil de achar.

 

Chegando no hotel o pessoal da Trilha Maluca mandou whatsapp cancelando o passeio de barco porque ele precisou ir para manutenção, em outra cidade. Não voltou antes de irmos embora.

 

4º dia

 

No dia seguinte, como não teríamos mais o passeio de barco, ficamos curtindo a piscina do hotel de manhã. Almoçamos no Dona Amélia, que era pertinho do hotel. Lá que rola um forró nos noites de 2a, 4a e 6a. Achei a comida razoável e o preço era bom. O forró nós espiamos em uma das noites, mas ia demorar um pouco a começar e não fomos. Parece que depois do jantar eles removem algumas mesas e liberam espaço para dançar.

 

Depois nos preparamos para o passeio de bike e fomos para o Clubventos encontrar nosso guia. Eu estava meio preocupada porque não tenho costume de andar de bicicleta, e mesmo sendo elétrica, a moça que nos vendeu o passeio informou que não era molezinha, tem que fazer algum esforço. De fato, não é como uma moto, você precisa pedalar constantemente. Mas achei bem leve, pelo menos com relação à expectativa que eu tinha criado. Achei uma delícia passear pelo Serrote. É um morro ao lado da vila, que permite uma vista do alto da cidade muito legal, com as dunas ao fundo.

 

Também passamos próximos à Pedra Furada. Vimos ela do alto. O guia informou que as pessoas vão caminhando até a pedra de algumas maneiras: ou pelo Serrote, e descem um caminho que achei um tanto íngreme; ou pela praia, quando a maré está baixa (todos disseram ser a melhor forma); ou a partir de passeios, que deixam as pessoas mais ou menos próximas da pedra. Parece que no passeio a cavalo e de carroça dá pra chegar mais perto.

 

Não chegamos a descer na pedra nesse momento porque o guia disse que não daria tempo. Voltamos e só depois que nos tocamos que ficou faltando fazermos uma parada no Farol de Jeri, que fica no Serrote também. Na hora nem lembramos, e o guia não disse nada, o que foi meio chato. Dizem que no Farol dá pra ver o nascer do sol, que também ocorre sobre o mar. Tentamos acordar pra ver, mas não rolou nenhum dia.

 

De noite fomos no barzinho Samba Rock, que fica na rua pricipal, perto da praça, e estava sempre com música ao vivo. Gostamos de lá. E depois fomos fechar o passeio do dia seguinte.

 

5º dia

 

O guia foi nos buscar de manhã na pousada com o quadriciclo. Ele foi na frente em uma moto guiando o caminho e nós fomos dirigindo o quadri. É uma experiência divertida, mas pode ser um pouco cansativo, achei difícil trocar as marchas com o pé (não estou nada acostumada com isso e meu pé ficou bem vermelho). Mas independente disso, foi bem legal.

 

Nossa primeira parada foi na Pedra Furada. Em um estacionamento que marca o ponto mais próximo que os veículos podem chegar. A caminhada dura cerca de 30min e o primeiro trecho é na areia bem fofa, meio chatinho. Mas depois melhora. Chegando na pedra, encontramos várias pessoas tirando foto e alguns vendedores de bebida. No estacionamento também tinha gente vendendo água, água de côco, cerveja, etc.

 

Pegamos o quadriciclo e seguimos até Barrinha. O passeio mesmo é ir curtindo o visual e a adrenalina de dirigir o quadriciclo. O caminho passa pela praia do Preá, então vimos novamente a Árvore da Preguiça. A praia do Preá é o paraíso do pessoal do Kitesurf. Vimos muitas pessoas praticando por alí. Chegando em Barrinhas tem algumas dunas. Subimos nelas com o quadriciclo, que seria o ponto alto da emoção. Mas acabou sendo bem rapidinho esse momento nas dunas. Subimos, tiramos foto e descemos logo. Mas também estava um sol terrível nessa hora.

 

Fomos almoçar na barraca Komaki em Barrinha. Bem arrumadinha e com uma área de redes para descansar. Ficamos um pouco e depois retornamos. Na volta fizemos uma parada no Cabaré do Vento, uma pousada/barraca de praia no Preá. Um lugar muito agradável e que serve de apoio para a galera do Kite. Falando no esporte, o turismo voltado para o Kite e o Windsurf é bem grande em Jeri. A praia é setorizada e cada atividade, Kite, Wind, Surf, SUP ocorre em um local. Fomos ver quanto custaria para fazer aulas, mas acabamos desistindo. O curso básico de Kite, com 9h de duração, custa em média R$1.500. O de Wind, com 4,5h, sai por uns R$600.

 

Na volta o quadriciclo começou a acender a luz que indica aquecimento no motor. Paramos e mostramos para o guia, que não pareceu se importar demais. Eu fiquei preocupada em fundir o motor e depois ter problemas. Assim, fizemos umas 3 paradinhas de 5 minutos para esfriar e a luz apagar.

 

Voltamos para o hotel, curtimos a piscina de novo (essa piscina valeu a pena demais!) e saímos para o centro. Dessa vez meu namorado quis comer temaki, que eu não curto. Não lembro o nome do restaurante que ele foi. E eu fui comer nas barraquinhas que ficam na rua São Francisco. Depois fomos fechar o passeio do dia seguinte.

 

6º dia

 

No dia anterior havíamos combinado com o pessoal da Trilha Maluca para fazer o passeio para o leste, que vai nas lagoas. Queríamos fazer de jardineira, pois já tínhamos experimentado os outros meios de transporte e a jardineira parecia mais pacata, menos vento, menos sol. Além disso, ela não parava na Pedra Furada, que já havíamos conhecido, e assim teríamos mais tempo nas lagoas. Pagamos R$60 por pessoa, pois passava na lagoa Azul também. Se fossemos só na do Paraíso seria melhor ir na jardineira que fica na rua, que sairia R$40 por pessoa ida e volta.

 

Enfim, de manhã nos apareceu um guia em um bugue na pousada. Explicamos que havíamos combinado a jardineira e ele disse que não sabia por que tinham dado nosso voucher para ele, que estava marcado jardineira mesmo, e que se quiséssemos a empresa daria um jeito de nos enviar na jardineira. Mas, se aceitássemos, poderíamos ir com ele e outro casal pelo mesmo valor (R$120 o casal… que na verdade é o preço desse passeio de bugue mesmo, não estávamos ganhando nada financeiramente). Na hora eu achei melhor concordar porque fiquei me imaginando perdendo um tempão pra resolver isso, e acabamos indo.

 

O guia pegou o outro casal e perguntou a eles se poderia fazer o passeio de trás pra frente, para finalizar com a Pedra Furada, ao invés de iniciar por ela. Eles concordaram e fomos. Passamos primeiro na Lagoa do Paraíso. No caminho íamos conhecendo nossos coleguinhas de passeio e tendo a impressão que estávamos numa certa furada, porque os dois eram bem chatinhos. Não vou entrar em detalhes, mas ao final já estávamos doidos para nos despedir deles. E aí fica o alerta. Essa coisa de compartilhar os passeios é ótima para economizar e também para fazer amizades. Conhecemos várias pessoas legais nos outros passeios, na cidade e no hotel. Mas também corre-se o risco de passar o dia grudado com pessoas que você não tenha afinidade. Se puder combinar de compartilhar com alguém conhecido é mais garantia de sucesso.

 

Voltando ao passeio, como o Alchymist seguia fechado, fomos para o ponto seguinte, onde haviam duas barracas. Ficamos na Brisa Paradise. Era justamente o que queríamos, conhecer barracas diferentes do Alchymist para poder comparar. Pessoalmente, quando voltar a Jeri, vou preferir voltar ao Alchymist mesmo. Achei o ponto dessas barracas um pouco inferior. A areia, apesar de branquinha, não é fofinha como na outra barraca, e fica desconfortável para sentar na cadeira, toda torta. A parte mais clara da água também é mais estreita aqui. E as redes na água não tem cobertura para o sol, como algumas do Alchymist tinham. Mas enfim, curtimos conhecer e saber as diferenças.

 

Saindo de lá, fomos para a Lagoa Azul. Pelo que eu tinha lido, não estava com grandes expectativas, pois muitos diziam que a do Paraíso é mais bonita, é a melhor e tal. Pois eu achei a Azul muito bonita também! São belezas diferentes, mas pra mim são quase equivalentes. A barraca que tem lá oferece cardápio vivo também, mas não almoçamos aqui.

 

De lá partimos para a barraca da Mônica, bem famosa na região, fica na praia do Preá. Comemos lá e valeu a pena, bem gostoso. Achei os preços parecidos com os da Lagoa Azul e da Brisa Paradise.

 

Voltamos para a vila e o guia deixou nossos amiguinhos no Serrote para eles fazerem a caminhada até a Pedra Furada. Depois nos deixou na pousada. Seguimos nosso ritual de banho de piscina e sair pra comer. Fomos no Cantinho da Tapioca, na Rua do Forró. Gostamos muito de lá! Tapioca fresquinha, recheios saborosos e bom atendimento.

 

7º dia

 

Esse era nosso último dia inteiro em Jeri e resolvemos curtir a praia de lá e ficar mais quietinhos um pouco. Fomos para o Clubventos, o mesmo lugar do aluguel das bicicletas. Eles têm uma estrutura bem legal, com mesas, sofás (tem consumação mínima mas não vi o preço), espreguiçadeiras (R$50 cada) e área VIP (R$200 por cama). Tem armários, chuveiro (pro padrão do lugar a ducha é bem fraquinha), aluguel de equipamentos de Kite, Wind, etc, além de buffet de almoço (R$80/kg). O buffet é bem carinho, mas muito gostoso!

Passamos o dia por ali, curtindo o visual da praia e dando mergulhos. Adorei nadar nessa praia! E pelo que vi o ideal é entrar no mar com a maré baixa. A faixa de areia é larga e a praia é rasa. Você vai entrando no mar, anda um tantão e a água não chega na cintura. Tem umas ondinhas boas, não muito grandes, bem gostosas.

 

Quando estávamos na praia vimos um pessoal fazendo passeio a cavalo e combinamos de fazer também no final da tarde (R$40 por cavalo, 1h de passeio). Já havíamos voltado para o hotel quando o rapaz dos cavalos foi nos levar os animais. Fomos sem guia, em dois cavalinhos desses de passeio, bem mansos e um tanto preguiçosos na ida, um tanto apressadinhos na volta, rs… Fomos até a duna do pôr do sol. Subimos a duna montados (não pelo lado onde as pessoas caminham usualmente, mas por trás) e andamos um pouco na praia que tem depois da duna. Na volta meu boné caiu. Desci para pegar e não conseguia mais subir no cavalo pois a cela estava presa apenas por uma barrigueira (sempre que vejo são duas). Quando eu pisava no estribo, a cela girava. Meu namorado desceu pra tentar trocar de cavalo, mas também não estava conseguindo subir no meu. Nessa hora passou um rapaz da região que estava montado também. Ele parou e nos ajudou. Recriminou a forma como estavam as celas, deu um aperto nas barrigueiras e conseguimos seguir. Por conta desse imprevisto demoramos um pouco mais que o tempo combinado. Quando reclamamos com o rapaz que alugou os cavalos ele disse que era assim mesmo, não deu muita bola, mas também não deu sinais de querer nos cobrar a mais.

 

Quando estávamos na duna, vimos um grupo de pessoas montadas que pareciam estar com mais estrutura. Os cavalos tinham peitorais e as pessoas estavam de cap. Nos disseram que esses cavalos ficam perto da duna para serem alugados. Recomendo olhar lá ou conversar melhor antes de alugar. Mesmo com os imprevistos, foi muito gostoso passear sobre as dunas. Recomendo!

 

De noite fomos jantar no restaurante Romã, na rua do Forró. Eles tem uma foccacia gigante lá que é muito gostosa! As pizzas também estavam com a cara ótima.

 

E é aqui que vou explicar como o pessoal do transfer Executive 4x4 Jeri foi muito gente boa conosco! Eu resolvi enviar um whatsapp para confirmar o horário da nossa saída que seria no dia seguinte, eis que descubro que havia feito a reserva com a data errada! Eu errei ao informar o dia da volta, que estava contratado para o dia 10, e não 9 como queríamos. Mesmo o erro tendo sido meu, a Rosângela não nos deixou na mão e deu um jeitinho de nos transportar no dia que precisávamos!

 

8º dia

 

Assim, depois de uma semana completa em Jeri, de 2a a 2a, estávamos prontos para nos despedirmos. Amamos a cidade e os passeios e antes de sair já estávamos planejando voltar mais vezes! Para a despedida, fomos à praia novamente, dessa vez ficamos na barraca Dumundu. Tem mesas e espreguiçadeiras (não são cobradas), e tem sempre música ao vivo. É bem animado. No dia do passeio de bicicleta assistimos o pôr do sol dali e foi bem lindo.

 

Voltamos ao hotel para fazer check out e fomos almoçar no Pimenta Verde, na rua São Francisco. Comemos um peixe com crosta de ervas muito gostoso!

 

O motorista da volta foi novamente o Vinicius, que nos pegou por volta de 16h e seguimos para Fortaleza.

 

Beach Park

 

Na volta para Fortaleza decidimos mudar um pouco o roteiro. O hotel lá não tinha sido muito legal e queríamos seguir as dicas de algumas pessoas que conhecemos. Assim, conseguimos negociar para cancelar as últimas diárias do hotel sem multa. Alugamos um carro pelo site da Alamo, que ficou muito barato por sinal (R$137 por 3 diárias + R$115 de combustível).

 

Dirigimos até Aquiraz, que fica uns 40 minutos de Fortaleza, e é onde fica o Beach Park. A princípio estávamos indecisos sobre ir ao parque aquático, mas todo mundo que encontramos elogiou demais e resolvemos ir. Nos hospedamos em um apart hotel, que é o que mais tem na cidade. O prédio era até aconchegante, com piscina e um jardim bem cuidado, estacionamento privado. O apê era meio esquisitinho, mas como foi uma noite só, foi ok.

 

Deixamos as malas lá e fomos pro parque. R$215 por adulto para 1 dia. O passaporte para 3 dias custa R$230 e para 7 dias custa R$260. Ou seja, vale a pena ficar mais tempo. Atenção, observar que o parque fecha às 4as feiras.

 

Pois bem, achamos o parque muito organizado e bonito, as atrações bem divertidas e para todas as idades. Ficamos 4 horas seguidas subindo escadas para descer nos toboáguas, com bóia, sem bóia, de dois, de quatro, sozinho. Bem legal!

 

Eles alugam armários por R$25 (tem que deixar mais R$25 de caução pela chave) e te dão um cartão para consumo que você coloca o valor que quiser. Cobram R$5 de caução do cartão. Se você carregar o cartão com dinheiro ou débito, eles devolvem tudo que sobrar e mais as cauções. Se usar cartão de crédito eles descontam 6% na hora de devolver.

 

Almoçamos no restaurante do parque (R$92/kg), mas não achei que valeu à pena. Caro e a comida não é lá essas coisas. Na verdade, tudo dentro do parque é bem caro. Churros de R$11, pipoca nessa faixa também, enfim, o esperado.

 

O parque fecha às 17h. Na saída ficamos circulando pela vila que tem nas proximidades do parque. Tem lojinhas e quiosques de comida. Depois percebemos que estavam passando um filme ao ar livre e acabamos assistindo Smurf! (adoro o Gargamel!) Depois comemos nos foodtrucks da vila e voltamos pro hotel.

 

Canoa Quebrada

 

No dia seguinte rumamos para Canoa Quebrada, umas 2h de viagem. No caminho fomos combinando com o bugueiro Alexandre que haviam nos indicado. Chegamos na cidade, fizemos check in no hotel Tranquilândia (pertinho da Broadway, que é a rua de pedestres que tem os restaurantes e lojinhas). Gostamos bastante do hotel, apesar de um certo incidente com um inseto! São chalés bem fofinhos. Tem uma piscina grande, e dela você enxerga o mar. O café da manhã é muito bom e a comida do restaurante também.

 

Fizemos check in e o Alexandre já estava lá pra fechar o passeio. Como foi em cima da hora ele não conseguiu um casal para dividir o passeio de Ponta Grossa. Acabamos fazendo sozinhos e pagando R$230.

 

A primeira parada é para ver o símbolo de Canoa Quebrada pintado numa falésia da praia. Nesse momento a maré estava baixa (necessário para se chegar a Ponta Grossa) e algumas lagoas se formaram na areia. Deve ser uma delícia tomar banho nelas, mas não tivemos tempo. Seguimos pela praia para ver as falésias de várias cores. Chegamos em Ponta Grossa e lá fizemos o passeio que o barquinho (R$15 por pessoa) leva para nadar com os peixes, observando-os com snorkel e máscara. Não demos tanta sorte com a maré, que estava um pouco mais alta que o ideal e com bastante ondulação. Vimos alguns peixes pequenos que os marinheiros atraem com carcaças de lagosta, mas pelas desculpas que eles deram, geralmente o passeio é mais interessante.

 

Na volta paramos na barraca Pantanal para uns petiscos e depois o Alexandre disse que nos faria um extra, levando na duna do pôr do sol para assistirmos ao fim do dia. Com isso, voltamos correndo bastante no bugue. Chegamos na duna em cima da hora, mas conseguimos ver. Ele nos esperou e depois deixou na pousada.

 

Tomamos banho de piscina e depois de chuveiro, e fomos caminhando para a Broadway jantar. São vários restaurantes e vários vendedores tentando te convencer a entrar. Um pouco de assédio demais. Escolhemos um restaurante, o Pizza Nossa. Pedimos espaguete a bolonhesa (R$20) e espaguete com camarão (R$50). Estava muito gostoso!

 

No dia seguinte, poderíamos ter feito o outro passeio de bugue, que passa nas dunas e tem esquibunda, tirolesa e rapel. Com duração de 1h30 o Alexandre disse que faria pra gente por R$120. Mas estávamos cansados e preocupados com o horário, então decidimos fechar com a praia mesmo. Fomos caminhando até a barraca Bom Motivo. Chegamos cedo e o atendimento ainda não estava a todo vapor. Tomamos banho de mar e voltamos pra fazer check out e pegar a estrada. No hotel nos informaram que tem duas barracas mais distantes e mais estruturadas (Antônio Côco e Chega Mais) que fazem o transfer dos clientes de bugue do hotel até lá e vice versa, mas acabamos não conhecendo essas.

 

Voltamos para Fortaleza na esperança de dar uma circulada no centro antes de ir pro aeroporto, porém, por ser feriado, tudo estava fechado, inclusive o Mercado Central. Acabamos chegando mais cedo no aeroporto, o que foi ótimo pois conseguimos adiantar o vôo para um direto!

 

E assim terminou nosso delicioso passeio no Ceará!

 

Muito bacana seu relato, estarei indo no dia 21 do próximo mês.
Qual foi a média de gastos individual de vcs?
Desde já agradeço pela atenção
Abraço.
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Oi, Weverton.

Olha só essa planilha resumo, valor total para o casal:

         
Hoteis  R$   3.378,05    42%
Comida  R$   2.001,40    25%
Passeios  R$   1.478,67    19%
Transporte (avião, transfer, Uber)  R$   1.094,02    14%
   R$  7.952,14  

 

Eu usei um aplicativo que achei bem legal para ir anotando os custos. Chama Travel Money. É legal quando você vai dividir as compras com uma ou várias pessoas porque você vai anotando quem pagou e quem usufruiu do pagamento. 

 

Boa viagem! Aproveite Jeri!

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