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Relato África do Sul, Namíbia, Tanzânia, Zanzibar, Zâmbia e Botswana em 24 dias - com fotos


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Fala rapaziada,

 

Estou fazendo o meu segundo relato aqui no mochileiros. Descobri que fazer um relato de viagem aqui no site além de contribuir com vocês é uma excelente maneira de guardar minhas memórias das minhas viagens. Especificamente essa viagem para o sul da África foi um pouco difícil de achar informações em português sobre alguns destinos. Embora eu tenha visitado locais incríveis e passado por experiências inesquecíveis, não é comum encontrar brasileiros por lá (com exceção da África do Sul), mas os lugares são infestados de Europeus e realmente vale a pena nós brasileiros irmos para lá e conhecer um pouco mais dessa cultura tão ligada com a nossa.

 

Algumas informações:

 

Clima: Embora muitos pensem que a África é só calor, nem em todo lugar é assim, especialmente no sul (para se ter ideia Cidade do Cabo fica abaixo do RS ::Cold:: ). Em abril e maio, quando nós fomos, as noites são frias e os dias agradáveis. Passamos por lugares que uma toca e um casaco pesado foi indispensáveis e outros que um chinelo e uma bermuda deram conta do recado. Ou seja, mala cheia para todas situações ::otemo:: .

 

Dinheiro: Basicamente você precisará de dólares para trocar pela moeda local. Em alguns países (principalmente Tanzânia) dólares com data anterior a 2006 não são aceitas!!! E cartão de crédito apesar de ser aceito, normalmente é cobrado uma taxa extra de 5% a 10%!!!! ::vapapu::::vapapu:: A dica é, portanto, levar dólar em cash, e notas novas!!

 

Segurança: A segurança de fato não é o ponto forte de muitos países da África. Apesar de nos sentirmos seguros na África do Sul, nos demais países estávamos sempre de olhos abertos e evitamos dar muita bobeira. Tirando umas extorsões de policiais em Zanzibar ::toma:: não passamos por situações claras de perigo, apenas momentos de tensão (o que talvez seja coisa da nossa cabeça, vai saber...) ::dãã2::ãã2::'>

 

Dia 1 - 21/abr/2016

 

Com relação à viagem, conseguimos uma bom preço para a África do Sul, algo em torno de R$ 2500 com as taxas em vôos direto de Guarulhos com ida chegando em Cidade do Cabo e voltando via Johanesburgo. Também é possível pegar cada trecho por 25 mil na TAM, e aqui vai a primeira dica: se for trocar por milhas na TAM, por telefone vc consegue melhores opções que no site, se no site aparecer vôos com escalas, por telefone é possível conseguir vôo direto Guarulhos -> África do Sul pela South African). Fizemos a viagem em 4 capangas, Eu, Guerrinha, Calado e Aroldinho.

 

Dia 2 - 22/abr/2016

 

Para a África do Sul não é necessário visto, apenas a carteira internacional de vacinação contra febre amarela. Fizemos a conexão em Johanesburgo para a Cidade do Cabo na correria, pois o tempo era apertado, e como bons brasileiros furamos a fila do raio x para não perder o vôo ::tchann::::tchann:: . Lá no início da fila o segurança perguntou porque estávamos furando a fila, e explicamos que estávamos atrasados e que éramos brasileiros, ele apenas deu uma risadinha, falou um "obrigado" totalmente fora de contexto e nos deixou passar ::lol4::::lol4:: . Ahhh, como é bom ser brasileiro, parece que todo o mundo gosta da gente apesar das merdas que a gente faz.. :mrgreen: hahaha

 

Chegando em Cidade do Cabo trocamos alguns dólares no aeroporto, mas só o necessário, pq nos cobraram umas taxas que não foram cobradas no centro da cidade.

Tínhamos 2 opções de transporte até o centro de Cape Town, um shuttle por uns 120 rands/pessoa, ou um ônibus que nos saiu 85 rands/pessoa. Claro que pegamos o busão, que por sinal é muito bom e funciona muito bem, além de interligar vários pontos da cidade. Dica importante, o ônibus não aceita dinheiro, apenas o cartão que pode ser recarregado nas estações interligadas. Em aproximadamente 1h o ônibus parou a 50m do nosso hostel Amber. Um bom hostel próximo a Long Street, uma rua movimentada no centro da cidade.

Saímos caminhando para trocar mais dinheiro e conhecer a Long Street. Logo no começo da caminhada começou uma tempestade absurda que nos obrigou a entrar num pub chamado "beer house" que tinha mais de 100 rótulos de cerveja ::love:: . Começamos a encher a cara para finalmente sentir as férias em nosso corpo :D:D .

Assim que a chuva parou pegamos novamente o ônibus para o WaterFront. Paramos ao lado do belo estádio de futebol para algumas fotos e caminhamos pelo local que é muito bonito, organizado e turístico. Mais um pub, mais uns chopps e voltamos para dormir um pouco e esperar a chegada dos outros 2 capangas que chegariam em um vôo mais tarde.

 

Lá pelas 23h chegaram o Calado e o Aroldinho, e como é um rito/obrigação do primeiro dia de férias, tinhamos que sair para beber. Eu tenho uma teoria, que a melhor maneira de se adaptar ao fuso horário é tomando um porre. Depois que você está muito bêbado basta dormir e quando acordar de ressaca vc não saberá onde vc está, quem vc é e o principal, que horas são!!! Aí basta olhar um relógio com o horário local e pronto!!! Seu relógio biológico se adapta automaticamente ao horário do relógio!!! ::lol4::::lol4::::lol4::::lol4:: Tiro e queda!!

Convidamos um turco que estava dividindo o quarto compartilhado com a gente e fomos para o Club31.

 

Um detalhe importante que só me caiu a ficha de verdade naquele dia, lá é mão inglesa!!! Percebi isso ao sair atrasado para pegar o táxi e os caras berraram para mim: "entra na frente", rapidamente corri para o lado direito do carro, abri a porta da frente com tudo e já ia sentando, quando notei que o taxista estava segurando o volante e me olhando assustado pensando que eu sentaria no seu colo! :roll::roll:::dãã2::ãã2::'>

 

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Dia 3 - 23/abr/2016

 

Tínhamos alugado um carro no aeroporto e o plano para esse dia era ir para o Cabo da Boa Esperança, passando pela bela praia de Camps Bay, tendo Gansbaai, uma cidade bem ao Sul, como destino final. Seria em Gansbaai, cerca de 2h de carro de Cape Town, que tínhamos uma reserva para mergulhar com tubarões branco.

 

Após várias barberagens, com direito a frequentes subidas em meio fio e entradas em contramão (eu fui eleito o que mais tirava fino ::otemo:: ), chegamos na Camps Bay, praia bonita, mas não só pela praia em si, mas principalmente pelas belas casas e aquela grande montanha ao fundo que completa a paisagem. Caminhamos um pouco por ali sem pressa e almoçamos em um restaurante a beira mar.

Terminado o almoço já eram quase 14h, e o dia estava lindo, sem nenhuma nuvem. Chegamos a conclusão que devido ao horário, e principalmente ao dia sem nuvens na table mountain (o que é raro) deveríamos adaptar os planos e ir para a imponente Table Mountain.

Dica importante, compre os tickets para a montanha antes de ir para a África do Sul, além de ser o mesmo preço vc economiza muuuito tempo na longa fila de compra de tickets lá.

A vista lá de cima é muito bonita, é possível ver a Robben Island, a parte turística com o estádio de futebol e as praias. Caminhamos lá por cima com bastante calma por cerca de 2h, quando começou a ficar muito frio. Descemos no último horário que era cerca de 17h30. Agora era ir para o Sul para o tão esperado mergulhos com tubarões branco, os mais perigosos animais do mar!!!!

 

Estávamos prontos para ir rumo à Gansbaai quando vimos um email cancelando a saída para o dia seguinte devido as condições do mar. Puuuuuuuuuutz!!! ::grr::::grr::::vapapu::::vapapu::::putz:: Aí fod#%$& a porra toda... Esse mergulho era para nós o ponto alto deste destino, estávamos animados para isso, e se não fizessemos nesse dia estávamos com sério risco de perder esse passeio.

Ligamos para outra operadora. A resposta? Também não faria a saída. E agora??? :(:cry::cry:

Achamos uma outra operadora que não tinha muitas recomendações, e pensamos: humm, quem sabe eles por eles serem menores são tambem irresponsáveis a ponto de sair mesmo com condições do mar desfavoráveis, era tudo que queríamos!! ::tchann::

Ligamos e... batata!!! teria saída, e o principal era mais barata que as outras (1200 rands) e ainda estava incluso a hospedagem numa pousada por lá!!! ihaaaaaaaaaa. Lá fomos nós felizes da vida (e um pouco desconfiados da nossa sorte.. :P )

Depois de 2h de viagem em uma estrada muito boa (este é parte do famoso caminho do litoral da África que leva até Port Elizabeth), passamos por algumas das famosas vinícolas e por praias também até chegar no destino final próximo das 21h.

 

Ao chegar na frente da pousada ng nos atendia... enviamos um whats para o dono que respondeu que já estava chegando... esperamos uns 20 minutos e nada.. ligamos e a resposta era a mesma "i`m going.." :? fuck, que demora do caraio... e dps de mais um bom tempo q esperamos cansados e com fome chega o dono cagado de bêbado :| . Parecia aquele morto muito louco com o rosto virado! A pousada era +-, um pouco de cheiro de mofo, mas foi mais do que o suficiente para nós. Após darmos algumas risadas com o esforço do dono para nos explicar como seria o dia seguinte sem parecer completamente bêbado (o que era impossível), tentamos sair para comer alguma coisa na cidade. Mas estava tudo fechado... Voltamos para a pousada e dormimos com fome.

 

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Dia 4 24/abr/2016

 

Acordamos tarde pois o mergulho seria somente às 10h da manhã. Passamos num supermercado e tomamos um bom café da manhã. Fomos de carro numa distancia de uns 15 minutos da pousada até a Supreme Shark, local onde mergulharíamos. Chegando lá uma ótima surpresa, ao contrário da pousada (e seu dono travado), o local era muito profissional, com bom equipamento, bom barco e ótima recepção. Tomamos um segundo belo café da manhã que não sabíamos estar incluso, ouvimos as instruções de como seria a ida, pegamos as roupas pro frio e lá fomos nós.

 

É cerca de meia hora de barco, num frio do kct ::Cold::::Cold:: , e um cheiro de peixe ensurdecedor. Galera enjoa bastante. Tomamos um vonau para evitar o enjôo. Mas a condição do mar estava tranquila!!! Ponto para a escola irresponsável!!

Chegamos no local com todo mundo na expectativa pelos tubarões. O staff começou a jogar água com sangue de peixo no mar. E a gente só olhando atentamente em busca do monstro. Silêncio. :shock: Mais peixe no mar. E nada. O Staff comentou que acontecia de não aparecer nenhum tubarão às vezes, será que teríamos esse azar? Até que alguém aponta para o mar e lá estava uma grande vulto dentro do mar. O staff berrou para o primeiro grupo entrar na gaiola para descer na água e ver o bixo de perto. O pessoal entrou com a roupa de borracha naquela água geladíssima. E lá veio o tubarão!! Aliás um não, logo apareceram 3!!!! e um devia ter cerca de 3,5m, era gigante!! ::ahhhh::::ahhhh::::ahhhh::

Nossa vez e entramos na gaiola, e tivemos a maior sorte do grupo, ao puxar a isca para atrair o tubarão, a isca grudou na gaiola bem na nossa frente, e o tubarão veio com a boca enorme e cheia de dente aberta em nossa direção!!! E ali ficou tentando dilacerar a isca a 10cm da gente, qq dedo fora que colocássemos fora da gaiola, seria um dedo a menos!!!

Foi um momento de êxtase. Voltamos com frio e felizes pelo dia. ::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::

 

A ótima companhia Supreme Shark ofereceu um almoço. Comemos e la pelas 14h saímos correndo pois estava no nosso plano voltar para o Cabo da Boa Esperança ainda naquela tarde. Infelizmente seria corrido, pois com o atraso da saída para o mergulho perdemos 3h importantes.

Foram mais 2h de regresso com bastante transito (e muita barberagem) tentando chegar em Boulders Beach onde é possível ver os pinguins. Chegamos as 17h e o parque para ver os pinguins já estava fechando neste horário. Neste horário também não conseguiríamos aproveitar o cabo da boa esperança... Ferrou... Mas mesmo assim todo o trajeto era muito muito bonito, usamos a tarde apenas para dirigir e curtir a estrada e os belos visuais (Misty Cliff foi um local muito bonito, passe por lá!), além de uma zebra, alguns babuínos, avestruz...

Passamos por um vilarejo de praia chamado Fish Hoek, muito agradável para passar uma pernoite, com bons restaurante e uma caminhada à beira-mar. Chegamos a cogitar ficar por ali mas desistimos pq já tínhamos uma reserva paga em Cape Town.

Na volta para a capital pegamos pela parte mais bonita da estrada, onde estava a Champman Peak, uma estrada basicamente turística, porque era mais longe para voltar para Cape Town por ali e era cobrado pedágio, mas é passagem obrigatória, especialmente se puder ver o por do sol por ali. Incrível!!

 

Chegando tarde em Cape Town, no hostel Big Blue (grande e bem clima de hostel com bastante gringo, bar, galera bebendo e trocando experiência). Saímos a pé para o WaterFront para comer algo e dar um passeio. Na volta tinha tipo uma baladinha na rua do nosso hostel. Tentamos entrar pra ver qual é. Mas era uma balada meio esquisita, tocando um hip hop com os negão dançando num estilo bem doido. Tomamos umas 2 cervejas, saímos para comer um cachorro quente podrão na rua e fomos dormir.

 

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Dia 5 - 25/abr/2016

 

Acordamos cedo para voltar àquela bela estrada que vai até o Cabo da Boa Esperança, pois era nosso último dia por ali, às 15h tínhamos um voo para a Namíbia. Como não foi possível ver tudo que gostaríamos por lá tivemos que optar neste dia entre a Robben Island ou voltar no Cabo da Boa Esperança. Pelas belas paisagens que vimos no dia anterior nossa opção foi aproveitar mais uma vez por lá (outro detalhe que a Robben Island tem q reservar com antecedência, o que não fizemos. Na hora só indo no local e contar um pouco com a sorte).

Após um trajeto agradável chegamos ao Cabo da boa Esperança. Sinceramente, nada especial, apenas uma pequena placa com uma fila de turistas para tirar fotos. Alguns pinguins, uma zebra e nada mais. Mas a manhã valeu bastante a pena pelo trajeto.

chegamos ao aeroporto às 13h30, almoçamos por ali e embarcamos para a Namíbia pela Namíbia Airlines. Uma companhia ok, até peguei umas dicas e troquei umas ideias com uma namibiana que sentou ao meu lado. O papo só teve q encerrar quando ela repetiu o vinho oferecido no avião pela quarta vez e começou a falar nada com nada... :oops:::lol4:: Aí resolvi ler a revistinha e não dar mais atenção à conversa que eu não entendia nada.. ::otemo::

O aeroporto da Namíbia é pequeno, e nos cobraram a carteirinha de vacinação contra febre amarela. Por ali mesmo já trocamos dinheiro com uma taxa melhor que em Cidade do Cabo (a conversão é fixa: 1 Namibia = 1 rand). Compramos um chip de celular para usar o google maps e pegamos o nosso "tanque de guerra". O baita carro que alugamos tinha 2 tanques de combustivel com autonomia para 1200km. Alugamos esse carro pela Bidvest e só tivemos pequenos problemas na vistoria para a retirada do veículo pois algumas coisas não estavam funcionando. Mas nada de mais.

Era minha vez de dirigir e o nível ia ficando mais elevado :shock::shock: , estávamos praticamente com um caminhão, com câmbio manual, em mão inglesa, e atento aos avisos de animais na pista (e eles aparecem de mesmo, mas consegui não atropelar nenhum!!!) ::lol4::::lol4:: .

Ficamos no hostel Chameleon, um hostel famoso e bem localizado por lá. Gostamos.

A janta dessa noite ficou no famoso Joes Beerhouse, com certeza o melhor restaurante que passamos em toda a viagem!!! Comemos umas Carne de springbok, crocodilo, zebra, kudu e oryx. Todos deliciosos bichinhos que iríamos encontrar pela estrada.

 

 

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Dia 6 – 26/abr/2016

 

O plano para esse dia era usar a manhã para dar uma volta e conhecer Windhoek para ao meio dia partir rumo ao deserto de Sossusvlei. Na Namíbia não se sugere dirigir de noite. Pouquíssimas estradas são asfaltadas, e geralmente não se encontra uma alma viva por horas. Não há cidades nem postos de gasolina no caminho e ao final de tarde e de noite grandes animais podem invadir a pista.

Tomamos o café razoável do hostel e descobrimos que sairia do hostel um free walking tour (Alvin the Guide) às 9h30, perfeito para nós!!! :D:D Aproveitamos a nossa sorte e conhecemos um pouco das pouquíssimas atrações da cidade. O mais interessante foi conversar com um morador da Namíbia (o guia) sobre economia, política, cultura e muito mais. Percebemos como ser uma colônia está vivo na vida dos africanos. Povos muito distintos foram forçosamente agrupados em um país assim como um único povo foi separado por uma linha no mapa. Conversando com esse Namibiano, que faz parte de um povo dividido parte na Namíbia e parte em Botsuana, fica fácil entender porque é tão difícil a unidade nos países da África, e, ao mesmo tempo, tão fácil guerras entre facções com o discurso da unificação dos povos separados.

Terminado o walking tour passamos em um supermercado para comprar suprimentos para passar os próximos dias que seriam dirigindo em meio ao deserto. Lá um fato curioso, fui acusado de racismo no supermercado, simplesmente porque não entendi o que as mulheres do caixa me falaram. Depois de ouvir que nós estrangeiros brancos éramos arrogantes e racistas fui almoçar arrasado ::prestessao:::cry::cry: . Poxa, logo eu que estava com tanta simpatia pela cultura e história dos povos africanos... Mas enfim, bola pra frente.

13h30 estávamos na estrada, um pouco depois do que tínhamos planejado. Seguimos o caminho Windhoek – Rehobot – Bullsport – Solitaire – Sesriem. Os 350km e aproximadamente 5 horas de direção foi em com estrada de chão, sem cidades com comércio nem postos de gasolina, mas em boas condições que permitem andar, em média, 80km/h. Tínhamos locado um GPS para o carro e também tínhamos o google maps com 3g, nem um nem outro nos ajudou fora das grandes cidades. O que nos salvou foi o velho e bom mapa de papel que pegamos no hostel.

A chegada em Sesriem (entrada para o belo deserto de Sossusvlei) é a parte mais bonita do trajeto, e o final de tarde com aquele enorme sol vermelho se ponto, formando um espetáculo de cores decorado por diversos animais que atravessavam as ruas foi um espetáculo a parte. Ali começou nossa paixão por esse incrivel deserto. Vimos praticamente todos os animais que tínhamos jantado na noite passada.. ::lol3::::xiu::

Chegamos no finzinho de tarde no camping “Desert Camp” que tínhamos reservado. Mas que camping porra nenhuma, era quase um resort!! ::lol4::::lol4::::otemo:: uma bela de uma piscina de água bem azul em meio ao deserto, com um bar ao lado com um chopp beeem gelado e barato (25 Namibias). As “barracas” eram verdadeiros quartos de hotel, espaçosos, com um banheiro muito bom e uma cozinha externa com uma churrasqueira que ficou ainda mais maravilhosa quando descobrimos que era possível encomendar carnes exóticas na recepção para fazer no dia seguinte!!

 

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Dia 7 – 27/abr/2016

 

Hoje iríamos entrar no parque para conhecer o deserto. A entrada do parque abre ao nascer do sol (6h15 nesta época do ano). Existe um hotel e um camping dentro do parque, que permite a você chegar mais cedo para ver o nascer do sol nas dunas. Esse nascer do sol é fantástico de assistir nas dunas vermelhas de Sossusvlei, pois a medida que o sol vai se erguendo as cores das dunas vão se alterando do vermelho pro laranja tornando tudo um grande espetáculo. ::love::::love::

Acordamos as 5h da manhã pois queríamos ser os primeiros a entrar no parque. São 4km do Desert Camp até a entrada do parque (alguns alojamentos ficam a 60km dali, fique atento se for reservar algo por lá). Acordar cedo não valeu a pena, pois não tinha tanta fila. :x:x

Entrando no parque são 45km até a Duna 45, o ponto de parada tradicional para subir a duna e assistir o nascer do sol, em nosso caso o “nascer do sol”, que já estava bem alto...

Mais 20 km se chega na entrada do Dead Vlei, ali vc tem que deixar seu carro para pegar um transfer que custa 130 namibias por pessoa. É permitido ir com o seu 4x4, mas vimos vários atolados, não vale a pena.

Após o transfer tem uma caminhada de uns 700m até o Dead Vlei, um paraíso para os amantes de fotos. Dead Vlei possui um chão bem branquinho onde brotam árvores milenares pretas, rodeado das enormes dunas vermelhas sob um céu azul sem uma nuvem. Incrível. Cada um de nós caminhou para um canto observando com nossos olhos o que muitos ficam perplexos ao ver somente as fotos. Eu com meu fone de ouvido com um pink Floyd, fui a um momento de êxito. ::love::::love::

Às 11h o sol já estava insuportável, nem passou em nossas cabeças fazer as loucuras de alguns e subir os mais de 300m de altitude da Big Daddy, a duna mais alta do deserto com 325m de altitude que fica ao lado do Dead Vlei. Decidimos voltar, mas antes almoçamos no restaurante da entrada do parque.

Dali fomos para os canyons de sesriem, que fica próximo e dentro da entrada do parque, bacana conhecer.

Às 15h estávamos tomando um maravilhoso chopp na piscina do Desert Camp que só foi interrompido por uma tempestade de areia!!! Já meio bêbados começamos o churrasco de kudu, oryx e impala. A sensação de fazer um churrasco praticamente dentro do deserto é indescritível. O silêncio, os animais que passavam por ali (3 oryx cruzaram o nosso acampamento, e até uma raposa que veio comer as sobras ao nosso lado), o céu que permitia ver a mancha branca da via láctea de tão estrelado. Tudo em meio à Namíbia, certamente um momento que não esquecerei nunca. ::love::::love::

 

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Dia 8 – 28/abr/16

 

Tomamos um café da manhã no “acampamento” admirando aquela vibe fascinante pela última vez :cry::cry: , às 8h estávamos na estrada. Logo já chegamos em Solitaire para uma breve parada, um café na boa padaria que tinha ali, e uma abastecida no nosso tanque, apesar de que na teoria não seria necessária mais combustível. Como falei antes, ali tinha o único posto que encontramos no trajeto desde Windhoek até Swankopmund!!!

No caminho, sempre muito bonito e sempre de estrada de chão, passamos pela famosa placa do trópico de Capricórnio e às 13h30 chegamos no Hostal em Swankopmund, que era a casa de uma simpática namibiana que nos ensinou um pouco daquela língua africana que se fala estalando a língua, um sarro!!! :P:P

Swamkopmund era muito bonita e organizada, parecia um pedacinho da Alemanha na África. Almoçamos num excelente supermercado chamado “Food Lovers” que tinha várias opções muito gostosas e rápidas (na Zâmbia descobrimos que essa era uma rede africana de supermercados). Dali fomos ao Desert Adventures onde tínhamos reservado para dar uma banda de quadrículo dentro do deserto!!! :twisted:

Cara!!! Isso ali foi demaaaaais!!! Foram 2h tocando o pau no meio do deserto, subindo e descendo dunas, cavalos de pau (quando o guia não estava olhando), com direito a um acidente do Aroldinho que sumiu no meio das dunas enquanto seu quadriciclo andava sozinho pelo deserto até se chocar com uma duna!! ::lol3::::lol3:: Recomendo fortemente para quem gosta de um pouco de emoção misturado com uma sensação especial de estar no meio de um deserto muito top!!! Foram 600 Namibias por 2h. Na minha opinião não vale a pena pegar mto menos de 2h, acreditem, é massa mesmo!!! ::otemo::::otemo::::cool:::'>

Ali na Desert já reservamos o passeio para o dia seguinte em Sandwich Harbor, 70 dólares por pessoa num tour privado para nós 4.

De noite fomos em um restaurante famoso, chamado Tug, ele fica tipo em uma palafita no meio do mar. Era gostosinho, preço nem tão barato para o padrão Namíbia, mas valeu a pena. Ali vc entende um pouco da onde vem o racismo tão forte da Namíbia. 100% de quem estava jantando era branco, e 100% dos que estavam trabalhando eram negros. E os clientes não parecem muito preocupados em ser simpáticos com os atendentes... Enfim... ::bad::::bad::

 

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Dia 9 – 29/abr/16

 

Às 8h o guia estava nos esperando na porta do Hostel para ir à Sandwich Harbor, o lugar onde a imensidão das dunas do deserto encontram o mar! Deserto e Mar!!! ::ahhhh:: Pode isso??? Muito louco... O passeio passa antes em alguns pontos bacanas da cidade, inclusive em uma orla com casas muito bonitas que segundo o guia eram casas de gringos cheio da grana.

Depois entramos no meio das dunas do deserto com aquele caminhonetão parecido com o que dirigíamos. O cara ia na velocidade atento às trilhas e escolhendo os lugares onde não iria atolar na areia fofa. Se fosse eu no volante já tinha caído em um areia movediça nos primeiros 200m... ::lol4::::lol4:: Foram muitas dunas descidas com emoção, enquanto o guia contava do baixo risco das manobras e divertia-se com nosso apavoro. “Teve uma vez que o carro capotou na duna e uma gringa quebrou o pescoço e morreu, mas é raro” comentava ele ao meio de risadas... :o:o::vapapu:: ::vapapu::

Chegando perto de Sandwich Harbor não conseguimos avançar até o destino final, pois a maré estava alta e subindo, e como o caminho era entre os paredões de dunas e o mar, não seria possível seguir por ali. Subimos as dunas por ali mesmo e o visual era fantástico. Apesar de não termos ido ao ponto final, ficamos com a certeza de que dificilmente a paisagem conseguiria ser mais bonita que aquela! ::love::::love::

Na volta paramos para um almoço muito gostoso em meio ao deserto e um papo super divertido com o nosso guia nota 10 (infelizmente esqueci o nome dele e da companhia que ele trabalhava). ::prestessao::

Chegamos às 14h30 no hostel, um pouco depois que esperávamos, e seguimos voando para Windhoek para evitar a estrada de noite. Este trajeto era mais tranquilo, finalmente todo asfaltado. Foram 4h até lá com um pouco de transito na chegada.

Chegando novamente no Hostel Chameleon, qual seria a opção de janta?? Joes, é claro. :D Não conseguimos nos convencer que arriscar uma outra opção de restaurante valeria a pena.. Sério, aquele Joes é demais!! ::lol4::

Era nossa última noite na Namíbia, e o dia seguinte seria apenas aeroportos, a estratégia era beber umas e se cansar para ter mais forçar para dormir nos aviões... ::hahaha::::hahaha:: . Fomos num cassino meio sem graça no hotel Hilton que era perto dali (única construção que estava com a pintura em dia na cidade). Mas não duramos muito e fomos dormir após o Guerrinha quase enriquecer no Black Jack e perder tudo na sequência.

 

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Dia 10 – 30/abr/16

 

Acordamos às 4h pra pegar vôo das 6h30, entregamos o carro e embarcamos para Johanesburg onde esperamos até as 14h30 para embarcar rumo à Dar Es Salaam, capital da Tanzânia. Esse vôo foi pela Fast Jet, uma companhia com proposta de low cost.

Depois de 3h de vôo chegamos na rodoviária, ops, digo aeroporto ::lol4::::lol4:: . Sério, aquele aeroporto é bizarro, mesmo sendo da capital é muito pequeno e velho, pior que a rodoviária de Florianópolis (que não é nenhuma Brastemp) ::dãã2::ãã2::'> ::essa:: .

Você sai do local de retirada da bagagem direto na rua. E ali já tem uma enxurrada de gente que te rodeia para oferecer dinheiro pra trocar, táxi, hotel. Precisamos trocar dinheiro ali aos olhos de muita gente mal encarada, já começamos a não sentir muita segurança, principalmente pela insistencia em que todos te abordavam. Tentamos negociar o táxi, mas apesar de ser um país extremamente pobre o preço do táxi era 30 dólares tabelado para rodar menos de 7km!!! E não teve jeito, tentamos negociar e reduzimos no mínimo para 20 dólares, o que já era uma fortuna ali!!! ::putz::::putz::::putz::

E o pior, iríamos somente passar a noite por ali, pois no dia seguinte iríamos para Arusha fazer o safari no Serengueti.

O caminho nos mostrou uma cidade muito pobre, nada convidativa e novamente não nos passou segurança. Nosso vidro era fechado numa película totalmente preta, e o motorista recomendou não abrir ela no meio do transito caótico da cidade. Poucas ruas eram pavimentadas e iluminação pública não existe em praticamente lugar algum.

O hostel que tínhamos reservado por 7 dólares era num local que não nos agradou nada, acho que muitas favelas do Brasil são mais simpáticas do que lá. Para piorar o motorista não achava o endereço, pela simples falta de sinalização nas ruas. E quanto mais ele entrava naquela região, mais parecia que estávamos totalmente deslocados. Essa situação começou a gerar uma inquietude na gente. Tínhamos imaginado outra coisa. Daí então o motorista começou a demonstrar que não estava com muita esperança de achar nosso hostel e também não demonstrava muita preocupação com a gente. Foi aí que o táxi parou, e conversamos entre nós e resolvemos pedir para ele nos levar para uma área mais turística. Ele levaria, claro, mas aí custaria aqueles 30 dólares de antes. ::toma:: Ok, não tínhamos saída e a tensão da situação nos fez nem pensar nessa grana perdida do hostel perdido e do táxi.

Quando chegamos nessa área turística, que também era péssima, sem iluminação pública e muitas ruas sem pavimentação, o medo nos fez aceitar o primeiro hotel que o motorista nos apresentou, não tinha a mínima condição de caminhar com as malas e procurar outra coisa. A cidade realmente não passava segurança e o medo momentâneo que nos dominou e amplificou essa sensação. O nome do Hotel era Rainbow e nos custou 50 dólares para 2 pessoas (o preço inicial era 90, mas pelo menos isso conseguimos negociar!!! ::tchann:: ). O hotel tinha cheiro de mofo e uns avisos para não andar com pertences de valor nas ruas e outros avisos para não deixar pertences de valores no Hotel ::hahaha::::hahaha:: . Onde diabos deixaríamos então kct??? Deixei na mala cadeada e o Guerrinha deixou dentro do freezer... ::mmm:::mmm:::lol3::::lol3::

Saímos para caminhar pela quadra já mais aliviados de encontrar um local pra ficar e sem os pertences. Interagimos com algumas crianças que faziam festa na rua e caminhamos aos olhares atentos de alguns moradores de rua. Não fomos longe, só o suficiente para encontrar um restaurante que acreditávamos que não nos traria problemas intestinais. Conversamos com uns negão super gente boa do restaurante e fomos dormir.

 

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Dia 11 – 01/mai/2016

 

No dia seguinte o mesmo motorista que nos levou para o hotel estava às 5h15 para nos levar de volta ao aeroporto (sim, tivemos que chamar o mesmo cara da facada pois àquela hora da manhã não tínhamos a mínima esperança de algum serviço confiável e não queríamos por nada perder o vôo e o safari).

Tudo ok até o aeroporto. Lá o raio x é na porta de entrada. Só entra no aeroporto quem tiver passagem.

Enquanto esperávamos na fila para despachar as malas a cereja do bolo: um blackout e o aeroporto fica totalmente no escuro sem funcionar nada.. ::hahaha::::hahaha::::hahaha::

Mas ok, passamos pela imigração e embarcamos. Chegamos no aeroporto de Kilimanjaro às 9h onde o cara que seria o nosso guia no Safari pelos próximos 5 dias já estava nos esperando com uma baita banca de “negão da picona” e uma placa escrita Alexandre!!! ::lol4::::lol4::::lol3::::lol3:: piada certa!!!

 

Reservamos com o Safari com a Bright Safari, que foram muito solícitos na troca de e-mails antes da reserva e também estavam muito bem avaliados na internet. Não nos decepcionou!!!! O nosso guia Dunga (vulgo negão da piroca :lol::lol: ) foi fora de série, sabia de tudo e tinha prazer em nos ensinar com detalhes a vida na savana. Além disso, respeitava nosso tempo para observar os animais e adaptava o roteiro com o que queríamos buscar. O valor foi um pouco mais salgado que os demais (não muito), 1300 dólares para 5 dias e 4 noites, mas valeu a pena.

Sobre a época do ano, é um período chuvoso, mas demos sorte, só pegamos chuva na chegada. Fora isso a época é excelente, com animais mais ativos devido ao calor não ser tão forte. Também tem bem menos carros perambulando pois não é alta temporada. E o principal: os animais em migração nessa época estão na Tanzania!!!!

 

Do aeroporto seguimos para o escritório da Bright em Arusha para um briefing e partimos para um camping na entrada do parque do Lake Manyara, que seria nossa primeira parada. O camping tinha uma estrutura bacana (entenda bacana por banheiros com água encanada e quente, luz, tomadas, bar, mesas para o almoço, etc...). Ali almoçamos e partimos para entrar no parque no meio da tarde para uma volta de umas 3h. Já de cara encontramos centenas de baboons parados no meio da estrada de chão, nem aí para dar passagem para nosso carro. Só saíram da frente quando rolou uma treta forte entre eles e o pau comeu bonito, foi macaco pra tudo que é lado, pancadaria geral!! comédia.. ::quilpish::

A mata do parque é bem fechada, o que torna encontrar um animal uma experiência mais imersiva. Ali encontramos zebras, búfalos, wild beasts, pumbas e no final o mais fantástico, elefantes bem ao nosso lado, comendo tranquilos e interagindo entre eles!!!! Ficamos meia hora olhando fascinados com a naturalidade daqueles animais enormes caminhando por entre a mata!!! O fascínio durou até o Dunga sugerir que voltássemos para não enjoar, já que os próximos dias teria muito mais!!

Às 18h voltamos para o camping para uma janta e dormir. Mas antes tomamos umas cervejas tanzanianas, é claro, e trocamos umas ideias com nosso guia. Quando os mosquitos começaram a nos comer vivos entramos nas barracas para dormir e acordar cedo no dia seguinte.

 

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Dia 12 – 02/mai/2016

 

Acordamos às 8h para tomar um café da manhã e partimos para o Serengeti. Seriam aproximadamente 6h de viagem, com direito a duas paradas.

A primeira parada era para comprar artesanatos. Eu particularmente não me empolgo muito com essas coisas, e menos ainda com esses caras chatos pra caramba que não se incomodam em ficar 1h te incomodando para vc levar algo. Guerrinha e Calado conseguiram negociar duas máscaras de girafas de 400 por 60 xelins cada. Parecia um bom negócio até a gente achar a mesma máscara por um preço inicial de 30 xelins em Zanzibar. :lol::lol:

 

A segunda parada era para admirar uma vista panorâmica da cratera de Ngorogoro. Ali já tivemos um gostinho do lugar que visitaríamos no último dia. :D

 

No caminho também passamos por umas tribos Massai, um povo africano que pinta os corpos e estão sempre vestidos com uns cobertores vermelhos. Segundo nosso guia Dunga as fotos desse povo era proibido, pois caso fizéssemos isso roubaríamos a alma deles. Ok, sem fotos deles então!! :?:?

Chegando perto do Serengeti já deparamos com girafas atravessando a pista, e a emoção de ver esses animais símbolo da África ali andando numa boa é de arrepiar só de lembrar.

Eis então que no auge da nossa expectativa recebemos as boas vindas ao Serengeti ao atravessar um morro damos de cara com aquela infinita planície recheada com milhares de animais, talvez dezenas de milhares!!! E entramos no Serengeti no meio desses animais, dentre elas milhares de zebras, wild beasts, diferentes gazelas, impalas, além de avestruzes, pumbas e búfalos. Tratava-se da migração!!! Os animais ali estavam indo rumo ao Quênia em busca de alimentos!!!!

Parecia que estávamos em um filme do Steven Spielberg, e antes de chegar ao nosso ponto de almoço duas surpresas, primeiro uma gigantesca manada de wild beasts correndo em fila indiana e atravessando a nossa frente. Tivemos que parar e para esperar por alguns minutos enquanto todos aqueles animais corriam como se estivessem fugindo de algo.

Seguimos em frente e de repente alguém no carro berra: um leão!!!!! E lá estava ele, e não era um, eram dois!!! Deitados na grama pegando um sol. Mal chegamos no destino e já estávamos indo à loucura. ::otemo::::otemo::

 

Uma parada para o almoço e seguimos mais um longo trajeto para chegar ao nosso camping. A partir daqui não estávamos mais dirigindo, e sim fazendo um "game driving", que é como eles chamam as saídas em busca de animais.

Nosso campsite chamava-se Pimbi. Lá tinha apenas duas “jaulas” e um banheiro. Essas jaulas eram para os mais perigosos dos animais, nós!! :lol::lol: Uma que servia para cozinhar, e outra para comer as refeições. O banheiro era tão nojento (sem água quente e nem eletricidade, claro) que sequer o usei para escovar os dentes e também fiquei sem tomar banho nos 4 dias que fiquei por lá. :twisted::twisted: O resto era savana, e montamos nossas barracas ali, no meio do nada, onde, segundo o Dunga, os animais passeavam livremente durante a noite seguindo o cheiro da comida que levávamos com a gente. Dica de ouro: certifique-se que não levou nada saboroso para a sua barraca, pois ng quer ser acordado por uma hiena intrusa em busca de comida.

 

Chegou a noite e ficamos batendo um papo observando as estrelas naquele lugar com zero iluminação e com uma atmosfera de arrepiar. Dunga nos contou como os animais podiam passar por dentro do campsite durante a noite e nos disse que embora não tivesse risco recomendou a não sair da barraca durante a noite ::ahhhh::::ahhhh:: . Poooorra Dunga, proibição de sair da barraca é não ter risco???? ::vapapu::::vapapu:: Nossa imaginação já indicava dezenas de predadores rondando as nossas barracas, então resolvemos dormir antes mesmo das 20h. :P::hãã2::

 

Aquela sensação era muito louca, era a sensação de que um elefante podia pisar em todo o acampamento, ou um leão poderia entrar na minha barraca por sentir o meu cheiro sem banho. :shock::shock: Dividi a barraca com o Guerrinha, e combinamos que se algum de nós ouvíssemos movimentos estranhos do lado de fora acordaríamos o outro sem fazer barulho, e o acordado, por sua vez, saberia que não era pra soltar um ruído e deveria prender a respiração. Passada a tensão inicial consegui dormir. E assim foi, até que senti um cutucão do Guerrinha, acordei arregalado sem soltar um pio, e olhei pro Guerrinha que estava pálido com o indicador apontando para o seu ouvido. Foi aí que ouvi, muito perto, os uivos de hienas!!!!! Elas estavam por ali, em algum lugar!!! E nós naquelas porras daquelas barracas que até um gato persa de madame furaria com as unhas!!! :o:o::grr:: Kct, onde estava o Dunga agora pra dizer que era tranquilo ficar ali, guia fdp... Ficamos ali, quietos, assustados, se comunicando por telepatia sem abrir a boca quando ouvimos um leão!!! E não to zuando, era o barulho igual aos que o Dunga tinha nos ensinado!!! Ficamos acordados até os barulhos pararem, aí o Guerrinha me disse que tinha a impressão de que um animal estava respirando ali do lado da barraca, pra que né, cheguei a sonhar que um leão atacou a barraca e acordei no susto, mas o único ruído que escutei era o ronco do Aroldinho na barraca do lado... ::lol4:: Ufa... Passou...

Depois disso só acordei para fazer xixi, meu plano antes dois uivos era fazer xixi por fora do ladinho da barraca, depois disso o plano mudou radicalmente, esvaziei a garrafa de água e fiz ali dentro da barraca mesmo, no escuro!! Hahaha Deu 95% certo... :oops::oops::shock:

 

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Dia 13 – 03/mai/2016

 

Acordamos pouco antes das 7h e o café já estava pronto. A conversa, claro, era a barulheira da noite anterior, o Dunga tinha escutado e riu do nosso susto dizendo que isso era normal e que não tinha risco nenhum... :o Só consegui ter mais raiva dele!!! ::grr::

Saímos para um game drive e logo de cara vimos 4 cheetas caminhando do lado da estrada de chão aparentemente procurando por comida (os animais estão mais ativos no início da manhã e final de tarde, quando o calor é menor) Ficamos ali seguindo elas enquanto elas caminhavam despreocupadas se exibindo para as cameras. Não demorou muito para juntar muuuitos carros, pois os guias se comunicam por rádio. Estavamos acompanhando o seu andar magestoso quando algumas impalas desavisadas começaram a passar por ali. Metade das pessoas dos carros estavam com caras de angustiadas torcendo baixinho para as impalas fugirem, a outra metade, inclusive eu, tentava avisar as cheetas que o rango chegou!!! ::bruuu:: Em questão de segundos as 4 cheetas se espalharam pela grama alta rodeando as pobres impalas e num pulo apanharam uma impalinha!!!! Foi tudo muito rápido, só se ouvia barulhos de câmera fotográfica. E ali sumiram as cheetas por detrás das gramas para se alimentarem tranquilamente. Tínhamos dado muita sorte em ver um ataque, uma coisa realmente inesquecível. ::love::::love::

 

Outro momento bem bacana foi quando estávamos fotografando um búfalo bem perto e avistamos um grande crocodilo, mal chegamos perto do crocodilo e passou uma hiena do lado do carro (que bicho feio e louco!!) após tentarmos perseguir a hiena damos de cara com um leão atravessando a rua!!!! ::ahhhh::::ahhhh:: Caramba, que selva agitada!!!

Durante o dia vários elefantes, girafas, búfalos, zebras, etc... Também passamos na hippo pool que nos permitiu ver um grande e belo hipopótamo fora da água se exibindo para a gente, além dos vários hipos na água brigando... ou seria brincando.. (difícil entender...) ::essa:: . No final do dia ainda avistamos um leopardo numa árvore distante.

Chegou a noite tomei um “banho” com lenços umedecidos ::cool:::'> .

E essa foi mais uma noite com hienas esporrentas e também com urros de leões... Mas tudo bem, já éramos praticamente Tarzans... ::quilpish::

 

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Dia 14 – 04/mai/2016

 

Combinamos de sair às 6h da manhã sem comer para tomar um brunch mais tarde. Nessa manhã vimos um leopardo mais de perto, um bando de 7 leões passando do nosso lado, uma hiena carregando um filhote na boca, alguns siricatos e diversos animais que vimos novamente. Apesar de ter visto quase todos animais que queríamos, aquilo ali não nos enjoou... Estava demais ::cool:::'> ::cool:::'> . Paramos para comer numa base do Serengeti que era bastante limpa e organizada (hora de aproveitar para ir no banheiro para o número 2 :roll: ). Depois de um dia bacana de game drive fomos levantar o acampamento para seguir para o Ngorogoro lá pelas 13h30. Tínhamos visto praticamente tudo que gostaríamos, com exceção do rinoceronte, que não é fácil de se encontrar por ali :cry: .

 

Chegamos às 16h30 em Ngorogoro e o plano do nosso guia Dunga era ir diretamente ao campsite em cima da cratera montar acampamento, dissemos para ele que queríamos descer!! Nem que fosse para ficar 1h lá dentro, inclusive isso estava incluso em nosso roteiro. E assim fizemos, na belíssima cratera que além de diversos animais tinha uma paisagem muito bonita! Algumas hienas, búfalos, elefantes, zebras, etc... até que,... lá estava o animal que faltava para ver os Big 5!!! o rinoceronte!!!!! :D Um pouco longe mas era um dos animais que mais queríamos ver...

Os Big 5 são o que os africanos chamam de os maiores e mais perigosos da África (leão, leopardo, rinoceronte, búfalo e elefante).

Voltamos para o Campsite Simba, que fica sobre a cratera. Esse dificilmente passam animais por perto, e conta com banho quente e eletricidade dentro da “jaula” da janta. Além disso um frio do kct pra dormir, isso por causa da altitude do lugar.

 

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Dia 15 – 05/mai/2016

 

Acordamos super cedo novamente para descer em Ngorogoro. Apesar de lá não se encontrar tanta variedade de animais (não tem girafas nem leopardos, por exemplo) a concentração deles bem como a beleza das paisagens valeram muito a pena ir lá.

Às 11h estávamos voltando, pois tínhamos um vôo em Arusha às 15h50. No caminho o dono da Bright Safari, que realmente se preocupava se tudo estava correndo bem com a gente, veio propor para mandarmos mais clientes do Brasil e ele nos daria uma comissão por isso. Então, se alguém for pra lá me libera essa graninha!! ::lol4::::lol4:: Brincadeira, mas quem sabe se disser que tiveram indicação nossa você possa ganhar um descontinho ::Ksimno:: .

O aeroporto de Arusha é minúsculo, minúsculo mesmo!! Dali pegamos um vôo para Zanzibar. Finalmente uma praia para relaxar um pouco!!

 

Chegando no aeroporto de Zanzibar já vimos a cor daquela água clarinha, e um aeroporto com uma estrutura bem melhor (que logo vimos que isso era exceção na cidade). Pegamos um táxi ali e fomos para a pousada Princess Salme Inn, que pagamos 100 dólares para um quarto de 4 pessoas. Apesar de ter o endereço, o taxista não achava o lugar, mas chegamos! ::toma:: O hotel não ficava exatamente na área mais turística, e sim a 5 minutos caminhando de lá. Ali nos alertaram sobre os cuidados com a segurança, que tomamos todos 8) .

Vale destacar que em abril e maio é época de chuva por lá, parte dos restaurantes e hotéis estão fechados nesta época para reformas. Por sorte pegamos ótimos dias de sol.

Saímos para jantar na beira do mar e fomos dormir. Os dias vinham sendo cheios!

 

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Dia 16 – 06/mai/2016

 

Zanzibar pode ser dividida em duas atrações principais, o centro com toda a sua história como rota de comercialização de escravos e especiarias e as praias de um mar azulzinho típico do Oceâno Índico.

 

Esta manhã tínhamos separado para conhecer a parte histórica, que era muito louca por sinal. Você consegue imaginar uma ilha com colonização britânica, de forte religião mulçumana e habitada por africanos? Saímos sem rumo e já na primeira parada no forte da praça principal fechamos com um guia para nos levar para conhecer tudo no pouco tempo que tínhamos ali. Negociamos de 80 mil Xelins por 50 mil Xelins (sem muito esforço) para nós 4 e partimos com o guia locão 8) .

O centro é um labirinto e nosso guia conhecia cada canto e cada morador dali. Muito interessante passear por aquelas ruelas apertadas e imaginar como funcionava aquela cidade durante os séculos XV, XVI... Ter um guia valeu muito a pena, pois ele nos levou na loja mais barata de artesanato, nos ajudou a comprar um chip de celular que usaríamos para dirigir em Zanzibar, nos apresentou muitos lugares, contou muitas histórias e até nos ofereceu drogas e prostitutas ::ahhhh::::ahhhh::. Negamos educadamente mas dissemos que aceitaríamos uma sugestão para o almoço. A dica era uma feirinha muito boa que ficava na praça, mas devido ao surto de cólera a feira estava fechada e era melhor comer em algum hotel à beira-mar!! :shock::shock:::lol3::::lol3:: .

 

Depois do almoço fomos buscar nosso carro no hostel. A ideia de alugar o carro veio depois de ler alguns relatos sobre a distância até as praias e também com o objetivo de conhecer várias praias. O valor de 35 dólares por dia também justificava a escolha. Bom, mas alugar um carro foi furada, vocês entenderão o por quê.

 

O carro alugado foi da Kibabu, já nas instruções iniciais nos foi explicado que arranhar ou pequenas batidas no carro não eram problemas, só não podia arrancar pedaços. Ok, entendido! ::otemo::::lol4:: Também era necessária uma licença para dirigir que só vale em Zanzibar :? (um pedaço de papel assinado pelo próprio Kibabu e que custava 10 dólares por motorista ::quilpish:: ). Além disso era necessária uma carteira de motorista internacional, porém recomendo levar também a sua CNH do Brasil. E, por fim, a última instrução era como lidar com os policiais corruptos quando eles nos parassem na estrada!! Sim, eles sempre param!!!! :evil::evil:

 

Abastecemos e seguimos os cerca de 60km rumo à praia dos mochileiros: Nungwi. No caminho novamente aquela mesma sensação que sentimos em Dar Es Salaam, de que todos te olham por você ser diferente aliado a um sentimento de falta de segurança. Tudo é muito pobre, muitas pessoas andando no meio da rua e para tudo que é lado.

Na primeira barreira policial um policial nos parou e pediu nossas licenças. Eu estava dirigindo e mostrei tudo. O policial olhou pra gente, pros documentos, fez um suspense e nos liberou. Mas não tivemos a mesma sorte na segunda barreira policial, onde 2 policiais no meio da estrada estavam parando somente carros com turistas (leia-se brancos). O primeiro policial chegu e pediu os documentos, entreguei a licença de Zanzibar e a carteira internacional. Mas ele disse que também era preciso a carteira do Brasil, mostrei :| . Ele pegou todos os documentos e saiu. Depois de um tempo ele voltou dizendo: você não ligou o pisca após parar (detalhe, o pisca estava ligado) :x:x . Argumentei que estava ligado, e ele disse q eu demorei para ligá-lo, e que não ligar o pisca ao parar é uma grande ofensa em Zanzibar :shock: . Fiquei 15 minutos discutindo com ele que eu não tinha feito nada errado, então ele chamou o outro policial que supostamente era o seu superior. Aí começaram as ameaças! Iriam nos prender e nos levar para a corte pelo nosso erro. ::putz::

A situação começou a ficar bem tensa quando eu cansado de tanto blá-blá-blá perguntei se não tinha outra alternativa para resolver. E é claro, tinha!!! Bastaria pagar a multa diretamente pra ele, eram 50 dólares!!!!!! ::grr::::grr:: Aí começamos a segunda etapa do teatro, a negociação! Mais 15 minutos de negociação e paguei pra ele o equivalente a 14 reais... ::tchann::

Saímos dali, e apesar de saber que aconteceria exatamente desta maneira, fiquei bastante tenso. Nessas horas além de indignação vem uma baita sensação de impotência, se o cara por algum motivo quisesse me ferrar eu não teria ninguém para ajudar, estava vendido...

 

Para completar, chegando em Nungwi a estrutura não é nada como estávamos esperando. Era uma grande favela!!! E pior, não tínhamos feito reserva por sugestão minha, pois imaginei que como era baixa temporada e estávamos de carro poderíamos negociar um ótimo hotel por um bom preço. Bom, isso até era verdade, mas o que não estava nos planos era o fato de ali não ser um lugar interessante para turistas ficarem perambulando. Entramos numas ruas sinistras até achar uma rua que tinha alguns hotéis perto. No fim achamos um ótimo, o Smiles Beach Hotel por 105 dólares num quarto para 3 (os preços no site eram bem maiores que isso). Esse hotel fica na beira do mar e do lado do Hilton! Aí sim, estacionamos o carro e fomos tomar um merecidíssimo banho de mar no belo pôr do sol no mar de Zanzibar.

 

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Dia 17 – 07/mai/2016

 

Acordamos bem cedo e nos despedimos do Aroldinho, a viagem dele seria mais curta e ele pegou um “táxi” agendado pelo cara do hotel rumo ao aeroporto.

 

Aproveitamos a maré baixa para caminhar em direção à praia de kendwa, que também era muito bonita. A maré alta sobe tanto que muitos trechos da praia ficam inacessíveis pela areia, e não existe um calçadão. Ou seja, locomoção a pé só na maré baixa.

Passamos por muitos resorts tops, e aí percebemos que o pessoal vai para lá para ficar num resort aproveitando, estilo Punta Cana, e fora desses hotéis era uma pobreza extrema e pouquíssima infraestrutura :(:cry: . Não era bem nossa intenção ficar no hotel, queríamos conhecer algumas praias, mas a Zanzibar que conheci não permite muito disso ::putz::::putz:: .

Almoçamos sempre em torno de 18mil xelins nos restaurantes à beira-mar de Nungwi (uns 35 reais). Os peixes recém pescados ficavam ali expostos para vc escolher. Era tudo feito ali na hora e na brasa (sem cólera, ufa!! ::otemo::::otemo:: )

 

Para mim um dos pontos altos de Zanzibar seria um mergulho com cilindro na ilha de Mnemba. Tínhamos reservado o mergulho pela Spanish Dancer Divers, que fica ali em Nungwi. Porém chegando ali para conversar eles disseram que não iriam para Mnenba, e além disso descobrimos que o barco deles era uma canoa que demoraria 2h30 pra chegar até a ilha :o:o . Acabamos encontrando a East Africa que tinha um speed boat bom e iria para Mnenba no dia seguinte, o trajeto levaria 30 minutos. O preço era salgado, 150 dólares 2 mergulhos para mergulhadores certificados e 50 dólares para quem fosse fazer somente snorkeling. Apesar de caro, o preço era quase igual aos outros que tinham um barco bem pior. Fechei o mergulho pra mim e o Calado e o Guerrinha foram de snorkeling. De tarde a maré subiu e já não dava mais para caminhar pela praia. Pegamos umas cervejas e ficamos curtindo o sol em nosso hotel ali de frente para aquela beleza de mar.

De noite saímos para jantar e conversamos com uns turistas do kenya, bem tranquilo.

 

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Dia 18 – 08/mai/2016

 

Às 9h saímos para o mergulho, o dia estava demais! 8) Estávamos com muita sorte em plena estação chuvosa 8)8) . O speed boat era rápido mesmo, se a gente bobeasse saía voando barco afora. 8)8)8) No caminho a cor da água não deixava de nos impressionar, inclusive alguns golfinhos nos acompanharam em parte do trajeto. Fui para Fernando de Noronha e Zanzibar não perde nada, isso se não for ainda mais límpida! 8)8)8)8)

 

Na hora que coloquei a cabeça embaixo da água um novo mundo surgiu, visibilidade de mais de 20m fácil fácil!!! E um azul do mar que nunca vi igual. Alguns peixes do Índico são diferentes daqueles do Atlântico, e os corais eram um show a parte. Apesar de não ter visto nada muito incomum no mergulho, com certeza valeu muito a pena!! :P

 

Sobre a East Coast, equipamento bom, seguro. Apenas os staffs não eram muito de conversar, mais na deles, mas valeu a pena simplesmente pelo speed boat.

 

Às 13h estávamos regressando para comer um polvo fresquinho sentados na areia da praia e depois curtir o resto da tarde com uma bela cerveja gelada em nosso hotel.

 

Se Zanzibar tem uma coisa chata, são os vendedores locais tentando vender de tudo o tempo todo de maneira irritantemente insistente!! ::toma:: Eles aparecem o tempo todo e não te deixam relaxar. ::quilpish:: Não adianta dizer não, porque eles vão insistir até se convencerem que você não quer NADA mesmo. ::essa:: No começo eu me sentia um pouco chateado de ter que ignorá-los, depois peguei as manha e ignorava na caruda para evitar aquela meia hora de insistência. ::prestessao::

 

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Dia 19 – 09/mai/2016

 

Era nosso último dia em Zanzibar, aproveitamos para caminhar para a outra direção durante a maré baixa. Tínhamos desistido de rodar por outras praias de carro pelos motivos já expostos. Nossa caminhada foi de uns 3km em direção ao extremo norte da ilha. Ali aconteceu uma situação curiosa, um vendedor de qq coisa começou a nos seguir e oferecer de tudo, como prática de sobrevivência, o ignoramos por 30 minutos!!!! E o cara não saiu do nosso lado, apenas tinha desistido de falar continuamente e só ia caminhando ouvindo nossa conversa em português sem entender nada. Ô cara mala ::toma:: . Então quando notei que ele não iria sair do nosso lado resolvi puxar conversa e no fim tivemos um papo bacana. Ele adorou que a gente era do Brasil e falou que o sonho dele era vir pra o Brasil para trazer cocaína dentro do estômago e assim ser bem sucedido na Tanzânia... Que visão! :shock::shock:::sos::::sos:: Que imagem do Brasil!! Ensinamos pra ele que isso não era uma boa ideia, que ele tinha coisas melhores pra fazer da vida ::Ksimno:: . No fim ele pediu algumas roupas que eu dei pra ele, inclusive uma camisa do Santos, que fez o maior sucesso entre os colegas dele!!!

 

Era hora de voltar. Separamos as propinas estrategicamente distribuídos nos bolsos e liberei a direção para o Calado passar pela emoção da extorsão policial.. 8)::hahaha:: Em menos de 10km de estrada e dois policiais que estavam de moto na estrada nos viram deram a meia volta para nos parar!! ::vapapu::::grr:: O calado que já estava treinado, deu a seta para parar, parou fora da pista e rapidamente ligou o pisca alerta! Agora sim!!!

Neste momento chega o policial chega e diz: “por que vcs estão com o pisca ligado? Isso é uma grave ofensa aqui em Zanzibar!” Puuuuuta que paril!!! ::vapapu::::vapapu::::vapapu::::grr::::grr::::grr::

Aí foi todo aquele mesmo papo de novo, ameaça de nos levar presos, multa de 250 dólares, blá-blá-blá, e acertamos a propina de 6 reais!!! ::lol4::::putz:: Os policiais nos liberaram como se estivesse fazendo um favor e fomos embora novamente com aquela raiva!!!

 

Era meio dia e no caminho não encontramos nenhum restaurante, aliás, nada convidativo a um turista. Paramos num mercado perto do aeroporto e compramos algumas besteiras para comer. No mercado as coisas eram caras, aliás, qualquer produto industrializado era muito caro! Fiquei me perguntando como que um povo tão pobre sobreviveria com os preços desse lugar :roll: . Esse tempo na Tanzânia serviu para uma reflexão sobre a distribuição de riquezas no mundo, e principalmente como governos corruptos, desumanos e incompetentes fazem uma nação rica em recursos naturais viver manipulados e presos em tanta pobreza...

 

Devolvemos o carro no estacionamento do aeroporto e pegamos o avião para Lusaka, na Zâmbia, 30 minutos antes do previsto.

Dps de um vôo tranquilo chegamos à Zâmbia e pagamos os 80 dólares para o visto de múltiplas entradas (o de entrada única é 50 dólares).Isso porque faríamos um safari em Botswana a partir da Zâmbia e regressaríamos ao país. Brian nos esperava no aeroporto, era um negão gente boa que o hostel agendou para nos buscar, já estava nos esperando com um corolla 1960. Ligou uma reggaera e não passou dos 50km/h nos 25km de estrada até o nosso hostel. ::lol3::::lol3::

Estávamos apreensivos com Lusaka dps da experiência em Dar Es Salaam, mas a tensão logo passou, Lusaka era uma cidade bem melhor do que esperávamos (quando comparado com Windhoek e Dar Es Salaam), com Cassinos, algumas ruas e prédios bonitos.

Chegamos ao bacana hostel Lusaka Backpackers, quando a luz acabou!! Pra variar :x !! Porém, mais uma surpresa agradável, o hostel contava com geradores de energia solar e baterias que suportaram as luzes nas áreas comuns enquanto durou a falta de luz.

 

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Dia 20 – 10/mai/2016

 

Pretendíamos passear por Lusaka só pela manhã, pois iríamos para Livingstone e tínhamos lido que os ônibus só dirigiam durante o dia, teríamos que sair logo dps do meio dia. Não planejamos nenhuma visita em Lusaka antecipadamente, inclusive fomos à Lusaka somente devido a diferença de preços de passagem para chegar ali ou em Livingstone.

Logo na saída do hostel já tinha um belo shopping com uma loja Food Lovers (a mesma que comemos na Namíbia ::cool:::'> ). Comemos um sanduíche muito gostoso e uns donuts dos Deuses (e pensar que na Tanzânia não conseguíamos nem achar uma venda para comprar bolacha... ::mmm: ).

Fomos caminhando para a rodoviária e compramos o ticket para Livingstone no último horário, era 14 se me lembro bem (detalhe: não há vendas pela internet). Portanto ainda deu tempo de dar uma caminhada pelo centro de Lusaka para observar o dia-a-dia da Zâmbia.

Voltamos para a rodoviária, que era uma loucura, velha e caindo aos pedaços, os ônibus se espremiam em meio a tanta gente! Mas eu gostei daquela desordem, me sentindo na África mais uma vez. ::lol3:: . Compramos a passagem para as 14h pela empresa Mazhandu Family pois lemos na internet que era a melhor, porém não demorou muito para percebermos que tinham ônibus melhores por lá. Nosso ônibus era bem velho e não tinha ar condicionado nem banheiro (foram cerca de 8h de viagem) ::ahhhh:: .

Saímos (atrasado) e os primeiros 30 minutos foram apenas para sair do portão da rodoviária sob as rezas fortes de um pastor africano que tinha como objetivo reforçar a nossa fé :?:? . Os próximos 30 min foram para andar cerca de 1km e sair do centro da cidade. A partir daí o motorista ligou o rádio no máximo e fomos curtindo o desconforto do ônibus em uma estrada que pode-se chamar de boa para os padrões vistos até então na África (tirando Àfrica do Sul, é claro).

A chegada em Livingstone foi já um pouco tarde e fomos recebidos por um corredor polonês de taxistas nos alertando dos perigos da cidade e as vantagens de irmos de taxi com eles. Mas como sabíamos que o hostel era a cerca de 1km da rodoviária, resolvemos ir caminhando, numa boa. O hostel é super bacana, bem grande com uma piscina no meio e uma área de convivência de respeito. Tomamos umas por ali e depois arriscamos sair para algum bar. Paramos no 7-eleven, que estava tocando um som alto, estava vazio com alguns locais dançando estranhamente.

 

Dia 21 – 11/mai/2016

 

Acordamos cedo pois o hostel oferece uma van de graça para as cataratas, ficamos de fora pq lotou antes ::dãã2::ãã2::'> . Aproveitamos pra fechar com o Hostel um safari por Botswana para o dia seguinte, seriam de 2 dias e 1 noite.

 

Chegando nas cataratas tomamos um banho de molhar as cuecas, era época de cheias e o simples caminhar pelas trilhas já nos encharcou. Além disso a atração que mais nos interessava, a Devil`s Pool estava fechada devido ao nível da água. Não poderíamos tirar aquela foto clássica na borda da 2ª maior catarata do mundo :cry: .

Bom, para quem conhece as cataratas do Iguaçu, essa cataratas não tem muita graça. Valeu pela vista na bela ponte que divide a Zâmbia do Zimbabwe com seu famoso bungee jump e de passar do lado daqueles baboons que pareciam gorilas andando tranquilo soltos no parque.

 

Por fim fomos almoçar num resort top que existia ali na borda das cataratas, o Hotel Royal. O Resort era realmente coisa de primeiro mundo, somente para turistas com grana, claro. Comemos um hambúrguer muito bom e passamos a tarde ali admirando a beleza e tomando umas (várias) cervejas. O preço era justo, a conta deu uns 70 reais por pessoa e deu para ficar bêbado e de estomago cheio...

A noite fomos caminhando para a pizzaria Olgas comer uma pizza de crocodilo. Nada de especial. E quem se alimentou bem mesmo foram os mosquitos que não me deram sossego ::hahaha::::hahaha:: !

 

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Dia 22 – 12/mai/2016

 

Às 7h saímos rumo a Botswana. Lá não pagamos pelo visto, apenas temos que pisar em um talco mágico que elimina toda e qualquer doença existente na sola dos nossos sapatos!!! ::dãã2::ãã2::'> ::lol4::

 

Já em Botswana tomamos um gostoso café da manhã às 9h e partimos com um grande barco fazer a primeira parte do safari pelo rio que divide a Botswana da Namíbia. A paisagem é muito bonita, e ali já vimos alguns crocodilos e o mais legal, um elefante atravessando o rio nadando!!! Sim!! Eles nadam!!!! :mrgreen:

 

Almoçamos por ali e seguimos ao Chobe. A reserva do Chobe é realmente de uma paisagem fantástica, a combinação do rio com uma mata mais alta ressalta uma beleza que não vimos na Tanzânia. Apesar de que na nossa experiência vimos menos animais aqui que no Serengueti.

Mas não vimos pouca coisa não, nesse primeiro dia foram muitos leões (um deles atacou um kudu mas não conseguiu alcançá-lo), elefantes, girafas, búfalos...

O carro por lá é totalmente aberto, diferentemente da Tanzânia que só tinha o teto que abria, e ver um leão perto assustava!!! Mas o guia assegurou que era seguro, fingi que acreditei e relaxei 8) . Mais uma vez, valeu a experiência.

 

Durante o pôr do sol estávamos andando de carro beirando o rio. O rio refletindo um céu totalmente rosa e centenas de animais à beira do rio tornaram o visual de uma beleza que certamente nunca vou apagar da minha memória. Não é só o que você vê, é como se tudo aquilo entrasse em você gerando um sentimento indescritível, de arrepiar só de lembrar. ::love::::love::

 

Chegamos quase de noite no acampamento que já estava montado para nós. Desta vez sem banheiros, mas com uma bela fogueira que usamos para jantar e nos deliciar com um péssimo vinho oferecido pela companhia ::lol4:: . Após a janta, estávamos ao redor da fogueira trocando altas ideias com um inglês e um americano quando ouvimos uma treta entre animais longe dali. O som que vinha da selva parecia q um elefante ao ser atacado por chipanzés acabou pisando num filhote de leão que estava comendo um búfalo vivo... Imagina a barulheira!!! ::hahaha::::hahaha::::hahaha::

Pouco depois outro barulho, agora bem perto, na mata ao nosso lado. :shock::shock: Olhamos para os lados e estávamos sozinhos ali, sem ter muito pra onde correr. Apontamos a lanterna para a mata e demos de cara com 2 olhos brilhantes olhando fixamente para nós!!!! :o:o Não preciso dizer q neste momento todos nós perdemos nossas cuecas :roll: ... chegamos mais perto do fogo e continuamos observando aqueles olhos parados nos fitando. Alguém pediu para ver ao redor e, ao mover a lanterna, mais olhos!!! Uuufa, para mim, expert em animais selvagens, foi o suficiente para ficar mais aliviado, animais que andam em bando não ofereciam perigo, a não ser que fossem hienas. Mais um tempo se passou enquanto planejávamos como ir para nossas barracas sem correr risco de vida até que ouvindo os animais comendo grama.... ::lol3::::lol3::::lol3:: Alivio geral e fomos dormir antes que os animais resolvessem comer carne dps da salada.. ::hahaha::::hahaha::

 

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Dia 23 – 13/mai/2016

 

Foi mais um dia de safari bacana até umas 13h. Mas nenhum animal fora daqueles que se ve em tudo, como elefantes, girafas, algumas poucas zebras, búfalos, impalas, baboons, etc etc etc.

Na volta, já na Zâmbia, um cara daqueles insistentes tentou me empurrar uns artesanatos. Eu disse que não tinha dinheiro (que era quase verdade), mas ele não parava de insistir :x . Até que institivamente falei pra ele que sem dinheiro a única coisa que eu poderia dar era o tênis que estava vestindo. Ele olhou pro meu adidas velho e disse “ok” ::ahhhh:: . Fiquei sem argumentos, arranquei o tênis e entreguei pra ele. Ele agradeceu e me deixou 2 rinocerontes de madeira.. ::lol4::::lol4::::lol4:: Voltei para o hostel só de meia e admirando o belo artesanato fruto do meu escambo.

 

Era nosso último dia antes do regresso. Ficamos ali na área de convívio para usar a internet e tomar uma cerveja de despedida. Até que conhecemos um casal de suíços que morava ali numa missão especial de trabalho. Nos convidaram para conhecer um bar que ia rolar umas músicas e costumava ir bastante gente, local e gringos. Aceitamos e fomos lá. Foi engraçado. Na volta eles convidaram para entrar na casa deles tomar a saidera, já que era no caminho. Aceitamos. Eles moravam numa casa enorme rodeada de cerca elétrica e tinham segurança particular!!! Nos contaram que não conseguiram se misturar muito pois a cultura era muito diferente e as amizades sempre ruíam. Ficamos ali um tempo e voltamos ao Hostel para dormir.

 

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Dia 24 – 14/mai/2016

 

Era dia de iniciar a volta. Pegamos um táxi ao novíssimo e bonito aeroporto de Livingstone. Dali Fomos para Johanesburgo. Lá ficaríamos num apartamento excelentíssimo chamado Capital Villa, que é estilo um airbnb. Recomendo bastante. Na saída do aeroporto iríamos pegar um trem, porém para 3 pessoas sairia mais barato um táxi! Foram 300 rands até o apartamento.

Comemos uma carne no Butcher, um ótimo restaurante no Nelson Mandela Square. Depois um chopp no Hard Rock que ficava do lado e na volta vimos um barzinho agitado. Tentamos entrar e o segurança implicou com nossos tênis, falando que estávamos muito mal vestidos para entrar. Nos olhamos e “ok, vamos embora então”, mas o segurança não deixou irmos, nos disse algo do tipo “qualé, nem vão tentar entrar? Vcs não estão adequados para entrar, mas se me derem 100 rands cada eu dou um jeito de liberar para vcs”. Educadamente o mandamos à merda e fomos embora ::toma:: ... Uber e casa

 

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Dia 25 – 15/mai/2016

 

Fomos ao aeroporto e ali acabava essa viagem que era um sonho antigo meu e certamente deixará muitas experiências marcadas na memória. Um local diferente de tudo que se está acostumado, que despertam sentimentos e reflexões diversas. Que me permitiram até crescer como pessoa.

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Adorei o relato, bolei de rir! Certo que irei seguir a dica de adaptação ao fuso horário kkkk

Valeu pelos detalhes, tenho passagem para Joanesburgo em dezembro e tava com dificuldades para fechar o roteiro com os países do entorno, com o relato pude decidir algumas coisas e cortar outras (com muita dor no coração).

Mais uma vez obrigada e que venham mais excelentes trips pra vc e os capangas!

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Tiago, seria possível informar custos ? Quero muito ir.

 

Como vai Ariete??

 

A minha viagem não foi barata. Porém é fácil apontar o que a tornou cara: safaris e translados de avião!

O resto é bem em conta: alimentação, hospedagem, aluguel de carro, etc.

Alguns gastos já foram ditos ao longo do relato, mas vou tentar resumir os principais aqui (lembrando que a cotação do dolar estava em cerca de R$3,70:

 

Passagens de avião:

GRU -> Cape Town + Johanesburgo -> GRU = R$ 2541,66

Cape Town -> Windhoek = R$580,00

Windhoek -> Dar Es Salaam = R$1150,00

Dar Es Salaam -> Kilimanjaro = R$630,00

Arusha -> Zanzibar = R$ 580,00

Zanzibar -> Lusaka = R$750,00

Livingstone -> Johanesburg = R$320,00

 

Safaris e Passios:

Mergulho com Tubarões: 1200rands ou R$300 por pessoa (com 1 noite de hospedagem inclusa)

Half Day trip Sandwich Harbor: US$70 por pessoa

Safari Serengueti (5 dias 4 noites): US$1300 ou R$4800 por pessoa

Mergulho Zanzibar: US$150 ou R$550

Safari Botswana (2 dias 1 noite): US$300 ou R$1110 por pessoa

 

Aluguel de carro

Carro Cape Town (corolla automático) 3 dias: R$ 415,00 total (R$103 cada)

Tanque de guerra Namíbia 6 dias: R$ 2060,00 total (R$515 cada)

 

Hospedagens:

Gastamos um total de uns R$1400,00 (sendo que Sossusvlei e Zanzibar ficamos num padrão um pouco melhor)

 

Acredito que esses gastos foram cerca de 90% dos gastos totais que tivemos.

 

Espero ter ajudado :wink:

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Adorei o relato, bolei de rir! Certo que irei seguir a dica de adaptação ao fuso horário kkkk

Valeu pelos detalhes, tenho passagem para Joanesburgo em dezembro e tava com dificuldades para fechar o roteiro com os países do entorno, com o relato pude decidir algumas coisas e cortar outras (com muita dor no coração).

Mais uma vez obrigada e que venham mais excelentes trips pra vc e os capangas!

 

Que bom que gostou do relato!!! Essa é a ideia, compartilhar informações, e se for de maneira divertida, melhor ainda! ::otemo::::otemo::

Fique a vontade para tirar as dúvidas que surgirem na sua viagem!

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