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  1. Hey, bão com vcs? Tem muito relato da Itália aqui já, então vou tentar fazer só um resumão sem postar o que fiz em cada dia! Vamos ver se consigo, rs! A alma dessa viagem foi a Toscana, e embora eu esteja cada dia mais ciente de que a Europa tem perdido o brilho pra mim, talvez eu ainda queira voltar um dia para conhecer as Dolomitas, a Sardenha e Veneza. ROTEIRO E DESLOCAMENTOS Londrina > São Paulo > Roma > Florença > Siena (e Toscana) > Milão > São Paulo > Londrina Tirando os aéreos de ida e volta (que foram cerca de 4k por pessoa), o deslocamento dentro da Itália foi de trem e carro alugado. De Roma pra Florença e de Florença pra Milão fomos de trem, e em Siena e toda a Toscana estávamos de carro alugado. Comprei os bilhetes de trem com bastante antecedência (na trenitalia) pq estavam com desconto na Black Friday. Custaram 47 e 77 cada trecho, respectivamente, para 3 pessoas nos trens super rápidos. Os trens foram muito confortáveis e tinha espaço pras malas acima dos nossos assentos. Mas fica a dica de ficar atento a isso se pegarem trens lentos onde as malas ficam nos compartimentos específicos no começo dos vagões, tem muito relato de furto da mala inteira! Há quem leve cadeado de bicicleta pra amarrar a mala no trem. O carro aluguei pela rentcars, pela Alamo, mas na verdade retirei o carro numa garagem da Locauto, que é uma empresa local da Itália. O aluguel para 6 dias foi 225 euros, achei bem em conta. Mas foi um fiat panda, tipo o nosso UNO, que acabou sendo desconfortável pro meu filho que é enorme e não cabia direito atrás, kk! Mas sem maiores problemas! NA PASTINHA DE DOCUMENTOS Passaportes, PID do Guilherme, carteiras de motorista, cartão WISE e o nosso comum do banco, seguro viagem do cartão de crédito, comprovantes de hospedagens, comprovante aluguel do carro, tickets de trem. As atrações que comprei antes (Coliseu, Vaticano, Galeria Uffizi e Galeria da Academia de Belas Artes de Florença) levei somente vouchers no celular. CÂMBIO E ORÇAMENTO Comprei apenas 200 euros em espécie, o resto levei na WISE. Se precisasse sacar eu o faria lá nos ATM, mas não precisou, paga-se tudo no cartão, com exceção das taxas de visitação das cidades. Minha cotação média ficou: 1 euro = 5,42 reais. Nossa média de gastos por dia ficou em 210 euros, os famosos 70 euros pp. Isso sem contar hospedagem, passagens de trem entre as cidades, aluguel do carro e 4 atrações compradas antecipadamente que depois conto quais foram. HOSPEDAGENS As hospedagens na Itália estão bem salgadinhas! Mas eu tb escolhi lugares que achei bem legais, dentro do que podia pagar. Segue: ROMA: Hotel Giolli Nazionale (booking) - 104 euros a diária para 3 pessoas A localização é muito boa, eu gostei e recomendo, tem vários restaurantes bons perto! FLORENÇA: Hotel Bavaria (booking) - 100 euros a diária para 3 pessoas É um casarão antigo, muito legal... até afrescos tinha no nosso quarto. Não tem café da manhã no hotel mas tem uma área onde fica disponível chás, cafés, cappuccino e vc pode comprar algo no mercado e tomar café ali mesmo. O dono do hotel é muito gente fina! Gostei e recomendo! SIENA: Hotel Santa Caterina (booking) - 95 euros a diária para 3 pessoas com café da manhã Este foi incrível! As vistas são de tirar o fôlego, o staff super fofo e o café da manhã bem bom! Este hotel fica bem próximo da porta romana, um dos acessos à cidade murada, mas por esta entrada vc demora uns 15 min a pé até chegar ao centrinho da cidade murada... não vimos problemas nisso. O estacionamento no hotel é pago (15 euros por dia) então deixamos o carro na rua mesmo todos os dias que encontramos vagas. Janela da sala - Siena! MILÃO: Hotel Mythos (booking) – 180 euros a diária para 3 pessoas no centro! Foi o menos legal da viagem, bem caro, mas a localização era bem boa, próximo a estação de trem central! A média de hospedagem por dia ficou em 605 reais pra 3, eu achei bem absurdo embora algumas escolhas tenham sido meio afetadas, kk! COMER NA ITÁLIA Este é um tema que gera alguma controvérsia pq há quem adore e há quem não goste da comida italiana feita na Itália (e não a nossa já pervertida kk). Eu sou do time que gostei muito! kk Se tem algo que eu mudaria nesta viagem é trocar os hotéis por airbnb ou qualquer hospedagem que tivesse cozinha! Quando reservei as hospedagens as opções de airbnb não estavam muito boas... eram longe ou muito caras... e acabei optando só por hotéis, mas eu me esforçaria mais se soubesse que ia desesperadamente querer uma cozinha pra chamar de minha, rs! Pq eu adoro ir no mercado, e fiquei morta de vontade comprar aquelas massas frescas maravilhosas e eu mesma cuidar das nossas jantas, como de costume! Mas enfim... não rolou e certamente ter que comer na rua, almoço e janta, aumenta bastante o custo da viagem! Em todos os restaurantes que fomos o menu trazia opções de entradas, primeiro prato, segundo prato e sobremesas, e não vimos opções de “menu do dia” com frequência. As entradas geralmente eram bruschetas, sopas e coisinhas diversas. Primeiro prato: massa! Segundo prato: mais opções de massas (geralmente mais caras) e opções de proteínas. Sobremesas diversas! Nós vimos italianos almoçando e jantando... alguns pediam só um prato, outros pediam o serviço completo (e levavam comida pra casa pq é coisa que não acaba mais). Mas esta não é a comida do dia a dia deles. Embora eu não tenha ido em nenhum restaurante de dia a dia, e obviamente tb não fui na casa de ninguém, kk, sei que a alimentação deles é mais saudável que se entupir de massa todo dia. Não faz nenhum sentido pra mim o carboidrato ser o primeiro prato mas enfim, kk! Ou seja: na sua cidade, sua casa... ou vc come em casa ou vc come em resurantes comuns, do dia a dia. Aí de vez enquando vc vai comer num lugar mais legal certo? Que não é a comida do seu dia a dia! Foi essa comida do restaurante mais legal que comemos todos os dias por lá! Nós tivemos boas experiências no geral, a comida variou de boa/normal a excepcional, mas confesso que no fim já tava bem enjoada de pizza e macarrão e não via a hora de comer brócolis, jiló e iogurte com chia, hahauaha, pq minha alimentação do dia a dia é bem natureba e saudável! PIZZAS: meu filho praticamente só comeu pizza – marguerita! Foram todas boas, algumas excepcionais! Eu comi algumas, mas não muitas! A base da pizza italiana é a massa e o molho de tomate apenas, não tem queijo. Só vai vir queijo se naquele tipo de pizza vai queijo, tipo a margherita! Eu pedi uma pizza com “burrata” e veio a massa, molho de tomate e burrata, entende? Não tem queijo como ingrediente padrão como as nossas! Mas estava ótima! Comemos pizzas de massas grossas e finas. E o molho de tomate deles é mágico, não sei como fica tão bom daquele jeito! Enfim, pizzas aprovadíssimas! MASSAS: comemos muitas, com muitos molhos diferentes! As preferidas foram caccio e pepe, carbonara e as trufadas ou com fungo porcini! Sensacionais! Mas tb teve nhoque com pesto, lasanhas, tava tudo muito bom! Nas considerações de cada cidade vou colocar os restaurantes que realmente nos marcaram e indicamos! SOPAS: eu tomei uns 3 tipos de sopas diferentes (vegetarianas) e amei todas! PROTEÍNAS: não foi o forte nesta viagem, rs! Eles comem carnes fortes como Javali, principalmente na Toscana, tem lojas e mais lojas com produtos de javali (eu não conseguia nem entrar). Tem a tal da bisteca fiorentina, que é famosa, mas alguns amigos que comeram falaram que não valia a pena, então nem fomos atrás. Carnes no geral eram caras, muitas opções de carpaccio... e muitas opções de embutidos! MUITAS! Eu quase não como carne nem essas coisas então vou ficar devendo indicar essas paradas! DOCES: comemos vários, mas os principais e tradicionais foram os gelatos, tiramissu e canolli (que é um doce do sul da Itália mas encontramos em toda parte). Sobre os gelatos, bom... não teve nenhum ruim, eram todos muito bons! Variaram apenas no preço! De 3 a 7 euros, a depender da fama do fabricante! Os mais caros foram Venchi e Amorino, mas os mais baratos eram bons igual! Tomamos de vários sabores, meus favoritos foram flor de leite, pistache e amarena! Acho que pelo fato de hoje termos acesso a sorvetes italianos aqui no Brasil, de excelentes fabricantes, os gelatos não me impressionaram. De forma alguma achei eles ruins, mas é algo que tem aqui tb, eventualmente mais barato até! Tiramissu provamos dois famosos e os dois foram bons, mas como acho eles enjoativos, foram só estes dois mesmo! Depois coloco o nome das lojas! Canolli comemos em restaurante aleatório, é tipo uma massa de pastel doce frita enrolada num tubinho e dentro tem uma ricota doce, bem gostoso! Coisas de pistache: eu comi de tudo... bolacha, creme, lindt de pistache que nunca vi no brasil, bolinho recheado, enfim... não perca a oportunidade de comer tudo de pistache se vc gosta muito como eu! Amo bruschetas! OS ITALIANOS Simpáticos no geral, alguns puxavam bastante conversa! Uma moça numa cidadezinha que não lembro mais, atendendo num posto de informações turística perguntou de onde eu era. Ao falar Brasil ela ficou em choque, como assim eu abandonei o verão pra viajar pro inverno, kkkk, eu disse a ela que estava amando o friozinho e que detesto calor, foi divertido! Eles fumam muito, cigarro normal, cigarro na piteira, maconha, pendrive, enfim... é bem triste isso. Fumam muito mais do que estamos acostumados a ver por aqui, inclusive muitos jovens! Eles falam inglês! Encontrei poucas pessoas que não falavam. Mas a comunicação foi uma coisa engraçada pq meu inglês é meia boca... e eles entendem um pouco o português assim como o italiano não é tão árido pra nós tb... muitas conversas saiam metade em inglês com partes em italiano, espanhol e português! Hahahauaha Eles falam bastante, e alto! Mas só em Roma vimos o tradicional movimento das mãos, hahahauaha! Pra cima não vimos mais! Imigrantes: especialmente em Roma, muitos! Tem vários tipos de golpes (especialmente os das pulseirinhas) e alguns abordavam com insistência e um q de truculência! A mim, perguntavam antes se eu era italiana, pq acho que se abordam um italiano eles devem levar esporro. No começo falava que não, e aí perguntavam de onde... quando falava que era do Brasil era bem chato pq eles queriam puxar conversa demais. Depois de um tempo comecei a falar Lituânia e não me enchiam mais! O Gui era abordado como turco, confirmava e não mexiam muito com ele, kk! Mas foi só em Roma que vimos mais isso, no resto das cidades foi bem de buenas! Dona de um restaurante em que comemos, estilo demais! DIRIGIR NA ITÁLIA O carro na Itália serve pra se deslocar entre as cidades caso vc queira conhecer a Toscana inteira como eu quis hahahauaha! Dirigir dentro das cidades, especialmente em Roma e Florença é absolutamente desaconselhável! Primeiro pq vc não pode entrar em muitos locais com carro, e segundo pq estacionamento é algo realmente difícil e caro. Dito isto, gostamos muito de ter estado de carro pela Toscana, não teríamos feito um terço do que fizemos sem carro e teríamos gastado muito mais! As estradas são boas. Pegamos poucos trechos com pedágio: vc retira um papel numa máquina quando entra na estrada pedagiada e enfia ele de volta em outra máquina quando vai sair e paga o montante referente ao que vc andou, tipo um estacionamento, bem simples! Pode pagar no cartão e em dinheiro (não tem cobrador, é no totem). A maior parte dos nossos deslocamentos foram por estradinhas simples e muito cênicas, com milhões de curvas! Foi bem legal! As vezes no meio do nada a gente avistava uns dois carros parados!! Aí olhávamos em direção ao interior dos bosques e lá estavam homens e cachorros caçando trufas, rs! Vimos muitos bosques com chão revirado, muito doido! Uma estradinha qualquer! ITÁLIA NO INVERNO Pegamos temperaturas de 0 a 15 graus, tendo sido Roma a cidade mais fria, mas quando ventava em alguma cidadezinha da Toscana a sensação térmica ia lá embaixo tb! O céu ficou azul intenso em Roma e Florença, períodos de sol e nuvens na Toscana e chuva no último dia da Toscana e primeiro dia em Milão. De modo geral, amei o clima! As cidades grandes e as mais turisticamente badaladas estavam ótimas pra passear! Bastante gente em toda parte mas sem filas imensas (com exceção de Milão que estava caótica), e especialmente nos museus, pouca gente em comparação ao normal! Eu postava as fotos no insta e muitos amigos que já estiveram na Itália ficavam em choque em ver como os lugares como o Museu do Vaticano estavam “vazios”. Por isso eu amo o inverno! No entanto, ATENÇÃO! Quem me acompanha aqui no mochileiros sabe que eu amo frio, cidades pequenas e vazias! Mas esta não é a vibe de muita gente, e até pro meu gosto achei que algumas cidades estavam fantasma demais, mas eu fui consciente! Nesta época do ano vários estabelecimentos estão reformando, alguns fechados mesmo (as placas indicavam que iriam voltar no fim de fevereiro e começo de março) e se vc chegar na cidade na hora da siesta (que é mais longa que a espanhola) vai ter apenas alguns restaurantes abertos! Se cidades fantasma são um problema pra vc, indico visitar a Toscana em outra época do ano! Pra mim foi 90% perfeito, eu não mudaria a data da viagem que fiz pq gosto assim! Bom, a seguir vou deixar impressões gerais de cada cidade e recomendações de restaurantes. (CONTINUA)
  2. Sou mochileira de primeira viagem este ano faço 21 anos e pretendo conhecer algumas cidades europeias, estou planejando a viagem dos meus sonhos e gostaria de saber: 🛬 Quanto tempo antes da viagem vocês costumam comprar as passagens... pretendo mochilar em dezembro de 2024 estou achando passagens bem interessantes para esta data, mas acho que esta muito cedo... o que vcs acham??? 🏨 Vocês costumam ir com as reservas de Hostel pagas ou se hospedam la na hora, estou cotando os preços de Hostel pelo hostelworld e nos próprios sites??? Aceito indicações de Hostel!!! 🚌 Os bilhetes de transporte interno de uma cidade a outra vocês costumam levar o dinheiro ou ja ir com ele comprado?? tenho muita duvida pois estou com medo de planejar um mochilao muito rígido... 💸 Pretendo fazer uma viagem bem consciente e me hospedar em Hostel, pegar ônibus e comer nos mercados, evitando muitos gastos com isso e aproveitando pra ir aos museus e conhecer as cidades com o dinheiro que estou guardando... vocês acham que 13.500R$ um dinheiro suficiente para passar 35 dias mochilando??? Inicialmente o meu roteiro é: Madri, Valencia, Saragoça, Barcelona, Amsterdam, Haia, Roterdam, Antuérpia, Bruges, Gante, Bruxelas, Lille, Paris e talvez algumas mais... Eu sei que é um roteiro apertado mas tem muitas cidades pequenas que conhecerei apenas o centro e principais pontos turísticos deixando minha mochila em lockers por algumas horas e algumas cidades que ficarei mais tempo como paris... Deem a opinião de vocês, sugestões e dicas, preciso muito de ajuda!!
  3. Olá pessoal! Deixo aqui o relato da viagem que fiz com minha mãe em fevereiro de 2019. É o primeiro relato de viagem que escrevo, então já peço desculpas se algo ficar repetivivo ou não tiver detalhes. Vou escrever por partes, conforme a sequência da viagem. Let's go. Dia 1: apresentação e embarque Certo dia minha mãe (mamis) me revelou que tinha vontade de conhecer Paris e Roma. Ela não sabia explicar o porquê dessas duas cidades e não outras. Com bom viajante, compreendo perfeitamente essa vontade, imagino que vocês tb já quiseram visitar um lugar sem saber por que, apenas ir e pronto! Como ela não tem condições físicas nem financeiras de ir sozinha, decidi que a levaria para sua primeira viagem internacional e longa. Com essas duas cidades em mente, a primeira coisa que eu fiz foi comprar a passagem aérea (não recomendo fazer isso rsrs, mas eu tenho uma enorme dificuldade em planejar uma viagem, se não tiver as passagens compradas era como se não tivesse certeza de que ia viajar, aí imagino que estaria planejando a toa, aí não planejaria nada e acabaria não viajando). Com várias dúvidas ainda, recorri ao mochileiros, blogs de viagens, youtube etc. Coisas como onde se hospedar, o que ver e fazer, como se locomover, quanto tempo ficar etc. Como eu queria que mamis tivesse uma boa experiência ainda no voo de ida, optei pelas cias mais tradicionais, com boa avaliação dos usuários e que não tivessem históricos de transtornos, como perda de bagagens, atrasos etc. Nesse sentido, a melhor opção seria voar AirFrance, com a vantagem do voo direto até Paris. Comprei a passagem de SP até Roma com stopover de uma semana em Paris. Pra felicidade geral da nação, a KLM faz parte do mesmo grupo da AirFrance, então na volta podemos aproveitar outro stopover, desta vez em Amsterdam. Financeiramente a passagem saiu mais cara do que se fossêmos por outra cia, mas nessa hora o emocional ganhou do racional e comprei mesmo assim. A vantagem foi que os voos internos (de Paris a Roma e de Roma a Amsterdam) estavam inclusos e com bagagem, assim não precisei me preocupar em pesquisar voos com as low cost e gastar ainda mais pra incluir bagagem (uso isso como conforto mental pra justificar pagar a mais rs). Se eu fosse sozinho provavelmente não faria isso, mas como queria que mamis tivesse uma boa experiência valeu a pena. Outra coisa que pesou na escolha da cia foi o fato de ser a primeira viagem internacional de mamis, e também a primeira viagem longa de avião. Confesso que fiquei preocupado quanto a isso, pois o máximo que ela tinha voado antes eram 3h, e pegar um voo de quase 11h assim pode assustar um pouco. Graças a Deus ela não teve nenhum medo nem receio. Dona Sonia (mamis) no Aeroporto de Guarulhos, momentos antes de embarcar no Boeing 777-200 da AirFrance (ao fundo), rumo a Paris. Também foi a primeira vez dela em um avião grande, e a primeira palavra dela ao entrar no avião: "- Que lindo!". Imaginem a minha emoção rs! O voo trancorreu sem problemas. Pegamos turbulência na travessia do Atlântico, mas nada que assustasse. Mamis conseguiu dormir bem. A AirFrance não foge do padrão da econômica (serviço de bordo, sistema de entretenimento, espaço para as pernas e reclinação das poltronas, além dos clássicos travesseiros, cobertores e fone de ouvido), mas tem alguns "mimos" que poucas cias oferecem, como máscara de dormir e lenço umedecido para higienizar a mão antes da refeição. O grande destaque fica para a cordialidade das comissárias e, claro, o champagne que é servido como welcome drink, mesmo na econômica. Champagne servido no voo da AirFrance. Pelas passagens, paguei R$ 3.189,58 por pessoa, comprada em junho/2018 para embarque no dia 01/fevereiro/2019. Em dólares, saiu por U$ 717,00. Em julho fechei o seguro viagem com a Mondial/Allianz, que custou R$ 302,24 por pessoa (era mais caro, lembro que usei um cupon de desconto). Graças a Deus não precisamos de atendimento na Europa, então não tem como avaliar o seguro.
  4. No final de Julho de 2022 fiz essa viagem para a Europa, que se iniciou em Amsterdam. O objetivo principal do rolê era ir ao festival de techno Awakenings, que neste ano foi realizado em uma cidade próxima à Amsterdam e teve duração de três dias. Resolvi pular o relato dos dias iniciais na Holanda, para focar apenas nos destinos que visitei na Itália. Como o país tem vários destinos turísticos, resolvi montar o roteio de uma maneira que conseguisse abranger diferentes experiências de viagem. As cidades iniciais foram focadas mais na parte histórica. Depois, segui em direção à Costa Amalfitana para curtir uns dias no litoral. E por último, para fechar com chave de ouro a trip, conheci um pouco das Dolomitas, a região dos alpes italianos. Viajei sozinho. No total, fiquei na Itália por 15 dias, de 03 a 17 de Agosto. A maior parte dos deslocamentos foi feita de trem. A exceção ficou para o final da viagem, quando aluguei um carro em Milão para otimizar o tempo que teria nas Dolomitas. A sequência de cidades que segui no roteiro, foi levando em conta principalmente que queria passar os finais de semana em lugares que tivessem uma vida noturna mais movimentada (Roma e Milão) – por isso os deslocamentos não ficaram da forma mais eficiente. Comecei no centro do país, depois fui para o sul, depois para o norte. Roma – 03 a 05 de Agosto Pompeia – 06 Agosto Sorrento – 07 de Agosto Positano – 08 de Agosto Capri – 09 de Agosto Amalfi – 10 de Agosto Napoles – 11 de Agosto Milão – 12 de Agosto Bolzano – 13 de Agosto Seceda & St Magdalena – 14 de Agosto Tre Cime & San Vito Cadore – 15 de Agosto Lago de Brais e Riva del Garda – 16 de Agosto Milão – 17 de Agosto Antes de sair do Brasil, abri uma conta na Wise e solicitei um cartão. Fica a dica, foi uma excelente escolha. Ele funciona como um cartão de débito em euros, que você pode transferir dinheiro da conta do brasil, por meio de TED e converter em euros dentro do aplicativo com uma excelente taxa de cambio – bem menor do que as casas de câmbio cobram para dinheiro em espécie ou cartões pré-pagos. Além de tudo, se você precisar de euros em espécie, é só fazer um saque em qualquer ATM. Partindo para o relato em si, cheguei no país por Roma. No aeroporto, segui as indicações para a estação de trem e paguei 14€ no ticket para Roma Termini. Os trens partem com uma frequência alta, então assim que cheguei já entrei em um que estava saindo. Em Roma fiquei no hostel Yellow Square, próximo à estação central. Reservei quatro dias para a cidade, achei que foi exagerado [isso vindo de alguém que não é lá muito fã de ir em museus]. Nos dois primeiros dias conheci as principais atrações de roma, no terceiro fui ao vaticano e no quarto, como já tinha visto tudo o que queria, resolvi ir para Pompeia. No primeiro dia, ao chegar em Roma Termini procurei uma loja da Vodafone para comprar um plano de dados. Paguei 20€ no chip de 50GB, que deu com folga para toda a viagem. Depois de fazer check-in no hostel e tomar banho, fui andar pela cidade. Achei as principais atrações a uma distância tranquila para chegar a pé, nos dois primeiros dias esse foi meu único meio de locomoção. O primeiro monumento famoso, foi a Fontana de Trevi. Acho que de tanto vê-la por fotos, era exatamente o que eu esperava. Grande, rica em detalhes, água de cor bem clara. Bonita pra caramba! Já sabia que teria muitos turistas, mas não vejo isso como um problema. Com certeza vale a visita. Depois segui caminho para a Piazza di Spagna, recarreguei a garrafinha de água e dei uma descansada. Caminhei até a próxima praça, que ficava bem próxima. Piazza del Popolo. Nesse local fiquei curioso, próximo a uma fonte que fica abaixo da entrada para Villa Borghese algumas pessoas estavam com o ouvido encostado na parede e conversando de uma distância bem grande. Não entendi se nos lugares que estavam tinha algum canal de comunicação entre os muros, ou se era pura zoeira. Subindo no caminho lateral à tal fonte, tem um mirante com bancos para sentar na sombra das árvores e fontes de água para hidratar, além de uma vista de cima bem bonita. Depois de tirar algumas fotos, resolvi andar pelos parques da Villa Borghese, que é um complexo de museus e atrações que ficam esparramados dentro de um parque bem grande. Muitas pessoas praticam esportes, ou simplesmente escolhem um canto para sentar com amigos, beber um vinho e conversar. Depois de passar um bom tempo por lá, resolvi pegar o rumo de volta para o hostel. Não sem antes parar em um barzinho, para beber uma cerveja e jantar enquanto a noite começava a cair. Fontana de Trevi Piazza di Spagna Piazza del Popolo Piazza del Popolo vista de cima Villa Borghese Para o segundo dia, havia agendado um Free Walking Tour para a área da Roma antiga com a empresa New Rome Free Tour. O tour começava às 11h da manhã. Resolvi chegar mais cedo para conhecer a região ao redor do Coliseu com mais tranquilidade. Por voltar de 08h já havia chegado, não havia tantos turistas. Deu para apreciar bem esse monumento gigantesco, que todos conhecemos por fotos na escola, desde crianças. Ainda de manhã aproveitei para comprar o ingresso online para conhecer o interior do Coliseu na parte da tarde, depois que já tivesse terminado o free walking tour. O tour começou pontualmente às 11h e o guia foi perfeito. Conhecia com bastante profundidade sobre toda a história, os monumentos e as personalidades da cidade. Andava em um ritmo tranquilo, mas não devagar. E sempre pela sombra! Que no sol de 37ºC dava um refresco. No final, o tour acaba em um local bem vazio e que possui uma bela vista do Coliseu. Contribui com 10€, dinheiro super bem gasto. Depois de almoçar, me encaminhei para a fila pois já estava quase no horário do meu ticket para o Coliseu. Ao entrar, segui a dica do guia do free walking e fui direto para o primeiro andar, onde há uma exposição gratuita sobre toda a história do monumento, contanto desde o inicio de sua construção até os dias atuais, com grande riqueza de detalhes. Muitas pessoas fazem tour guiado com áudio, não vi nenhuma necessidade depois de ter passado pela exposição. Depois de conhecer toda a parte interna, aproveitei para passar no banheiro gratuito antes de sair. O ingresso do Coliseu também dá direito a visitar o Fórum Romano; andei por lá, mas não achei grande coisa. Para quem estiver com o tempo curto na cidade, recomendo ir em algum outro lugar. De lá, fui até o Altare della Patria. Prédio muito bonito, e com entrada gratuita. A subida até o topo das escadas vale super a pena. Tem uma ótima vista da cidade, além de uma lanchonete e banheiros. A descida fiz passando por dentro do prédio, que possui algumas pinturas e esculturas bem interessantes. A tarde estava acabando, e fui andando de volta para o Hostel. Tomei um banho, e peguei o metro para voltar para o Coliseu. Para a noite havia comprado ingresso para um Pub Crawl que tinha como ponto de encontro a estação de metrô do Coliseu. Apesar da distância ser curta, resolvi pagar €1,50 para andar duas estações e evitar o suor da caminhada. O Pub Crawl em si foi bacana, porém por ser a capital do país esperava que a noite seria mais animada. Na relação dos pub crawls que já estive, ele acabou ficando na última posição [já o de Milão, que não estava com muitas expectativas, encabeçou uma das primeiras posições]. Alguns dos bares durante o percurso estavam bem vazios, com exceção do último, que era bem pequeno e estava abarrotado de gente. Era um bar de karaokê, portanto achei as músicas meio desanimadas, para quem está acostumado a festas à la Brasil. Como estava de madrugada e longe do hostel, pedi um uber para a volta. Chegou em um prazo bem curto e achei o preço ok. No dia seguinte acordei um pouco mais tarde. Por não ser religioso, o dia de visitar o Vaticano não era tão imperdível assim. Peguei o metrô e desci na estação mais próxima. No sol do 12:00h, estava eu na fila dos detectores de metal para entrar na Basílica de São Pedro. Apesar de grande, a fila andava rápido. Em menos de 30min já tinha entrado, e pegado outra fila na sequência. Dessa vez para subir à Cupula da Basílica. Paguei €10 para pegar o elevador até metade do caminho e depois subir o restante dos degraus andando. O caminho até o topo é curto, a falta de ventilação na escada estreita que é o problema. Nesse dia estava fazendo 37 graus. Chegando no destino, a vista vale a pena. É possível ver logo abaixo a Praça de São Pedro e ao horizonte grande parte de Roma; além dos jardins do Vaticano. Depois de fazer o caminho de volta, fui para o térreo da basílica. A igreja tem proporções realmente gigantescas, com muita arte por toda a parte. Ao sair do Vaticano, fui caminhando pela cidade durante o restante do dia. Praça de São Pedro vista de cima da cúpula Jardins do Vaticano vistos de cima da cúpula Interior da Basilica de São Pedro Passando pela Ponte Vittorio Emanuel, procurei um restaurante que estivesse atrativo para almoçar. As opções na região são muitas. Depois do quilo, fui até a Piazza Navona e ao Panteão para conhecer e tirar algumas fotos. O próximo local para conhecer era o Giardino degli Aranci, esse ficava mais distante e as pernas começaram a pedir arrego no meio do caminho. Depois de umas duas paradas, finalmente cheguei. É um jardim amplo e muito bem cuidado, com uma vista da cidade de outro ângulo. Encontrei um banco vazio, tirei o tênis e fiquei ali embaixo da sombra das árvores por algumas horas. Li um livro, entrei nas redes sociais para ficar a par do mundo, até que resolvi deitar no banco escutando músicas e dei uma cochilada. Acordei revigorado. Fiz o caminho de volta até o hostel, tomei um banho e fui procurar um barzinho para jantar e beber algumas cervejas. Ponte Vittorio Emanuel Piazza Navona Giardino degli Aranci Como cheguei ao fim do terceiro dia e não havia mais lugares do meu interesse para conhecer, resolvi comprar uma passagem de trem para o dia seguinte para Pompeia. Peguei um trem bem cedo para Nápoles (€29), e de lá outro para Pompéia (€3). Achei a viagem rápida, às 10h da manhã já estava dentro do sitio arqueológico. Como na noite anterior li sobre o destino, já vi as principais atrações e a história por trás de cada uma delas. Então quando cheguei, fui simplesmente andando pelas ruinas da cidade. Não vi necessidade de contratar algum tour guiado, quando observava uma quantidade maior de gente reunida, seguia na mesma direção. Dessa forma, acabei conhecendo todos os principais pontos e não fiquei preso ao trajeto de nenhum guia. O passeio valeu super a pena. Muito interessante ver como eram as casas e um pouco da rotina dos habitantes da cidade 2.000 anos atrás, quando o Vesúvio fez todo aquele estrago. Achei o sitio arqueológico bem grande, mas em algumas horas já tinha andado por ele todo. Como tinha sobrado bastante tempo no dia, resolvi ir até o topo do Vesúvio. Na saída de Pompéia há um ônibus público que faz o trajeto até o topo com uma frequência grande no verão, precisei esperar poucos minutos. Depois de 40 minutos estava na entrada do parque do Vesúvio (para entrar precisa comprar o ticket online - €10). Da entrada do parque até o final da trilha é uma caminhada curta, coisa de 15-20min. Valeu pela experiência inédita de ter conhecido a cratera de um vulcão desativado, mas as vistas em si do vulcão e dos arredores não é tão impressionante. Para quem está com o tempo curto, não é um passeio imperdível. Logo voltei para o ponto de ônibus e retornei para Pompeia, para pegar o trem para Nápoles. Tinha comprado a passagem de volta do trem de Nápoles para Roma para 20h da noite, porém como cheguei antes das 18h na estação consegui alterar sem custo no próprio site da Trenitalia o horário e pegar um trem que saia dentro de alguns minutos. Consegui chegar mais cedo no hostel para descansar e organizar a mochila para o dia seguinte, pois acordaria cedo para tocar viagem para a Costa Amalfitana. Anfiteatro de Pompeia Thermas de Pompeia Jardim da casa de um cara rico da época Suite de uma casa da época, com as pinturas preservadas Cratera do Vesúvio Caminho para o topo do Vesúvio Durante o período que fiquei na costa amalfitana, tive como base Sorrento. As cidades da costa são bem próximas umas das outras; Sorrento é a que estava com melhor custo benefício e compensou demais. Peguei o trem para Napoles, e de lá peguei outro para Sorrento. Detalhe que a viagem nesse segundo trem não é nada confortável. Os vagões são antigos, e não tem ventilação. Além das dezenas de paradas nas estações durante o percurso. Ficou bem explicado o porquê de a passagem custar só €4,20. Cheguei em Sorrento por volta de 12:00h, depois de fazer o check-in no hotel, fui dar uma volta pela cidade e caminhei até a praia Regina Giovanna que fica a aproximadamente 30min do centro e é totalmente gratuita. Passei a tarde toda dentro da água, me refrescando do calor. Primeiro na piscina natural que fica de um lado, e depois na praia do outro lado, onde há algumas pedras que a galera estende as toalhas. O centro de Sorrento achei bem movimentado à noite. Muitas opções de bares e restaurantes e as ruas lotadas de turistas bem vestidos. Primeira vista da praia de sorrento Praia Regina Giovanna, do lado da piscina natural Praia Regina Giovanna, do lado das pedras Inicio do centrinho de Sorrento à noite No dia seguinte acordei cedo para pegar o Ônibus para Positano. A passagem de ida e volta custou €4,20 e às 08 da manhã já estava na praia. Os tickets entre as cidades da costa são só de ida, então sempre comprava todos os que precisaria no dia de uma só vez. Alguns motoristas vendem o ticket no ônibus, mas a maioria não vende e nem deixam embarcar sem. Em Positano foi o único local que paguei para ficar na área da praia privada. A entrada custou €30, e não é necessário consumir no bar. As cadeiras são numeradas, então é tranquilo ir comer ou beber em outros restaurantes e depois voltar. A praia de Positano foi a que achei mais característica pelo visual que se tem da cidade descendo o morro. Entre um mergulho e outro, decidi ir até a praia de Fornillo andando pela Via Positanesi d’America. O visual do caminho é surreal. Na volta parei em uma padaria e comprei um croissant de pistache, acho que as padarias brasileiras precisam providenciar essa receita nos cardápios o mais rápido possível. Como tinha lido que a tarde os ônibus eram mais concorridos, decidi sair da praia às 16:30h. No caminho para a parada de ônibus, passei por um restaurante chama L’ancora. Ele tem uma vista panorâmica da cidade, não cheguei a entrar, mas fica a recomendação para quem for visitar a cidade. O ônibus que estava no ponto com destino a Sorrento ficou lotado, e quem não conseguiu entrar ficou na fila. Mas menos de 10min depois passou outro ônibus e foi tranquilo de entrar. Já em Sorrento, passei de frente a uma igreja, onde estava acontecendo um casamento. Achei interessante que eles usam limões na decoração. Quando estava fazendo o caminho de volta e passei novamente pela igreja, todos os padrinhos estavam com alguns limões nas mãos para levar para casa. Como no dia seguinte planejava ir para Capri, fui até o píer para tentar já comprar o ticket para o barco que saísse mais cedo. Porém o atendente falou que era melhor deixar para comprar na hora que estivesse saindo, pois o valor da passagem era mais barato. Praia menor de Positano Vista da Via Positanesi d’America Praia principal de Positano Positano No dia seguinte fui para Capri, e a ilha merece a fama que tem viu!? O primeiro atrativo que conheci foi o Giardini di Augusto, um jardim com vista panorâmica da praia. De lá fui andando até o Arco Naturale, que é uma formação rochosa bem bonita. Depois de tirar algumas fotos, caminhei até a praia Marina Piccola. Achei o espaço da praia publica bem grande. Consegui estender minha toalha na sombra. Comprei uma pizza de almoço no restaurante que tem na praia. Fui até uma agencia de esporte aquáticos chamada Capri Hydro e comprei um tour de caiaque para a parte da tarde. Paguei €40 e compensou demais. No fim da tarde peguei um ônibus para subir para a praça do teleférico. Resolvi descer para o porto pelas escadas, ao invés de pegar o teleférico. Bem no início do caminho começou a cair uma chuva torrencial. Botei a mochila por dentro da camiseta e comecei a correr, já que não tinha nenhum lugar para me esconder da chuva e estava com medo de não dar tempo de chegar a tempo para pegar o barco. Cheguei no porto todo ensopado. Capri vista do Giardini di Augusto / Ruas de Capri Arco Naturale Marina Piccola Passeio de Kaiaque em Capri A chuva quase chegando, no meio do caminho De volta à Sorrento No dia seguinte tive que bolar uma estratégia para ter eficiência logística. Iria para Amalfi, mas queria fazer uma trilha por lá chamada Path of Gods quando estivesse indo embora da cidade. Dividi minhas roupas em duas mochilas, uma que levei para Amalfi apenas com as roupas para passar um dia, bem pequena e leve. E a outra, com o restante das minhas coisas, deixei em um locker de Sorrento, paguei €2 para deixar a mochila lá por 24h. Depois peguei o ônibus para Amalfi. No meio do caminho parei em um ponto pouco antes da cidade, pois queria conhecer a praia Fiordo di Furore, que fica bem abaixo de uma ponte, e tem um visual bem cênico. Fiquei nessa praia por umas duas horas e depois peguei o ônibus novamente com destino à Amalfi. Fiordo di Furore Chegando em Amalfi, fiz check-in no hotel e fui andar pela cidade. Parei em um restaurante para almoçar e cometi o maior arrependimento da viagem: pedir uma limonada! Pelo fato do limão ser tão presente e exaltado na costa amalfitana, pensei que seria coisa de outro mundo. Como a expectativa estava alta, os €7 que paguei em um copo de limonada foram jogados no lixo. A impressão que tive foi de beber um copo de água, com um limão sem gosto exprimido. Posso ter sido azar e apenas naquele restaurante a limonada era tão ruim, enfim. Depois do almoço, andei até a praia de Atrani. Não achei essa praia tão imperdível assim. Dei mais uma volta pela cidade e fui para o hotel, precisava relaxar um pouco no ar condicionado do quarto. Quando começou a anoitecer fui procurar um rango e tive a felicidade de encontrar um restaurante chamado La Galea, na avenida principal do centro. Pedi uma pizza no balcão para levar, o preço estava super ok. Chegando ao quarto, quando dei a primeira mordida fiz a constatação de que era a melhor pizza que comi na viagem (e foram muitas). Amalfi Amalfi Melhor pizza da viagem No dia seguinte acordei cedo, para pegar o primeiro ônibus para Bomerano, que saia às 7h. Era nessa vila que começava a trilha Path of Gods. Pelo que havia pesquisado, a trilha tinha duração de 3h a 4h. Então parei em uma padaria de bomerano para tomar um café mais reforçado. Comecei a trilha às 8h, mas um pouco antes das 10:30h já havia finalizado e estava esperando o ônibus para Sorrento na primeira parada antes de Positano. A trilha é bem tranquila de ser feita, e as paisagens da costa são do caralho. Super valeu a pena. Minha espera pelo ônibus para sorrento foi a única experiência negativa na viagem pela costa (havia lido que o transporte de ônibus era bem estressante, mas tirando essa vez as outras foram tranquilas. Quando estava a 3 minutos da parada, vi que tinha um ônibus saindo... era o dito cujo. Esperei por mais uma hora até passar o próximo, mas ele estava cheio. E depois tive que esperar mais quase uma hora até que passasse outro ônibus. Cheguei em Sorrento, peguei minha outra mochila no locker e organizei minhas coisas em apenas uma. Almocei pela cidade mesmo, e depois fui até a estação de trem pegar a condução para Nápoles. Adicionei Nápoles na viajem apenas para servir como um ponto de apoio, pois no outro dia precisava estar cedo na estação pois pegaria um trem para Milão. Apesar disso, gostei bastante da cidade nas poucas horas que tive para conhecer. Achei que ela me passou um ar de caos organizado. Depois de me instalar no hostel e beber algumas cervejas no bar, sai para procurar um restaurante para jantar. Acordei cedo no outro dia e peguei o trem para Milão. Inicio da trilha Path of Gods Meio da trilha Path of Gods Quase chegando ao fim da trilha, com Positano lá embaixo CONTINUA...
  5. Olá mochileiros bem, finalizei o texto da minha viagem para Itália, feito a tempo antes da pandemia virar o mundo de cabeça para baixo. Espero que possa auxiliar a quem quiser viajar - espero que já nesse segundo semestre de 2021, se o vírus - e o euro - ajudar. P.S.: também coloquei um pequeno resumo para cada tópico. EDITADO
  6. Olá mochileiros, essa é a terceira viagem que descrevo aqui no mochileiros e da qual muito me orgulho - seja por ter ido à minha paixão (Londres) quanto ao planejamento da viagem; afinal a estruturei desde agosto para realizá-la no fim do ano (Haja pesquisa!). O resultado de tanto trabalho segue condensado em milhares de palavras. Espero que ajude (e incentive) a potenciais viajantes a conhecer estas capitais mundiais. EDITADO
  7. Olá, aqui vai o relato de nossa viagem para Europa com um bebê de 1 ano. O fórum Mochileiros ajuda nossa família desde 2005, então me sinto quase na obrigação de contribuir de volta para a comunidade! Nossa aventura com bebê começou muito antes do embarque, com um minucioso planejamento, desde roteiro, vôos até escolher como faríamos com a alimentação dela, até marcar no mapa todos os hospitais pediátricos nas cidades que visitaríamos. O relato foi feito em parte no word, em parte em mensagens de whatsapp, e tem dois dias faltando, mas foi o que deu pra fazer!! Concluindo: não poderíamos ter feito escolha melhor do que a de viajar com nossa filha. O trabalho é árduo, mas o prazer é muito maior, e as lembranças ficarão em nossos corações pra sempre. Não tenham medo de viajar com seus filhos. Roteiro: Madri - Paris - Dijon - Avignon - Nice - Milão - Veneza - Lisboa. Total 28 dias. 07/09/2019 (sábado)- Madri (Victor) Voo Belém - Lisboa (que saiu 22:35 do dia 06/09) tranquilo. Maria Inês dormiu durante todo o trajeto. Dormi algumas vezes e Nem senti o tempo Passar. Chegamos em Lisboa às 10h locais. Fomos ao fraldário trocar a MI e depois procuramos o espaco familia. Era um playground e MI lanchou e brincou por bastante tempo. Tentamos comer algums coisa, mas nâo encontramos nada de interesssnte. Wendy acabou morrendo num sanduíche de queijo e tomate. O voo para Madri atrasou meia hora. Mas que bom que dura somente 50 minutos. Neste voo Mi não quis saber de dormir. Mas a Galinha Pintadinha salvou a pátria e a menina se aquietou. Em Madri, pegamos o ônibus expresso que vai do aeroporto atè a estaćão de trem Atocha ( meros 5 EUR). Ali tivemos que pegar metrô e haja subir e descer escadas carregando nosso malão de 25kg mais o carrinho da MI. Finalmente chegamos a nossa hospedagem. A anfitriã, Pilar, foi bem simpática e nos instruiu sobre a estadia em seu apto. Após nos acomodarmos, fomos ao Carrefour abastecer a casa para a semana. Compramos um jamón delicioso e uma tábua de queijos gouda trmperados (sabor pesto, molho de tomate e outro que não reconheci) que também estava muito boa. As 22h MI foi dormir junto com Wendy ( que reclamou de dor nas costas). 08/09/2019 (domingo)- Madri Saindo do aeroporto, pegamos o ônibus 203 que leva até a estação atocha. De lá, pegamos o metrô linha 1 até nossa estação : tirso molina, apenas 3 paradas. Fica numa praça, e de lá caminhamos pro apartamento. Chegamos em casa Maria estava com muito sono. Dei pêra e coloquei pra dormir. Nos ajeitamos pra sair pro supermercado. Maria acordou, mas continuava sonolenta. Vestimos, e saímos. Tem um Carrefour muito próximo, na praça. Tava lotado, eu estava muito muito cansada, Maria também.. tive que pensar rápido no que levar pra fazer comida no dia seguinte; café etc. Demoramos um pouco pq não conhecíamos o supermercado, pagamos e voltamos pra casa. Dei ovo frito com pão e queijo pra Maria, pq fiquei com medo de dar a comidinha que levei de casa. Victor ficou fazendo diário de gastos e de bordo. Depois dormiu. Maria estava inquieta, chorando toda hora... quando deu 6:30 ela acordou, tinha vazado pipi. Depois dormiu até 10h, direto sem chorar. Eu acordei 8h, Victor levantou desde cedo, fez comida da Maria e café da manhã. Depois arrumei as mochilas do dia, tomei banho, e aí acordamos a Maria Inês. Demos banho nela, dei o café, ela não quis comer muito. Arrumamos e saímos. Chegamos atrasados na missa em latim, sorte que tinha uma missa nova logo em seguida. Assistimos. Saímos andando da igreja pro Platea Market, onde demos o almoço dela e trocamos fralda de coco. Agora vamos almoçar. São 15:30. O platea market é um mercado moderno, novo; que foi construído num antigo teatro. Lá tem 3 andares, um com restaurantes internacionais, outro com bares de tapas e outro um restaurante com estrela Michelin. O Platea Market ( @plateamad ) é um mercado novo que fica num antigo teatro em Madri. Com esse nome, “mercado”, eu imaginava que era um mercado estilo feira de bairro, com os feirantes vendendo seu peixe etc! Nada a ver! Hahahaha. Na entrada, parecia que estávamos no lugar errado, pois a fachada parece uma galeria de lojas. Fomos entrando meio desconfiados, meio fugindo do sol, e voilà. Encontramos esses oasis. São 3 andares, um com restaurantes internacionais, outro com bares de tapas e outro um restaurante com estrela Michelin. Há varios pequenos shows de hora em hora, e isso também nos surpreendeu positivamente! Pra quem já estava confirmado em não assistir nenhum tango, as intervenções no meio do restaurante foram excelentes. Muito acessível, o local tem elevador, trocador e cadeirão pra bebê, basta pedir! Comemos tapas de bacalhau e uma sangria, no bar de tapas, e costelas de porco no restaurante. Estávamos sem muitas expectativas, e foi uma ótima surpresa. Muito acessível pra bebês, lá tem trocador e cadeirão pra bebê. Infelizmente na afobação, sentamos nos bares e tapas, não pedi cadeirao e dei o almoço dela na agonia, Com ela no meu colo, andando etc. Depois que ela almoçou, ficamos mais tranquilos e resolvemos ir pros restaurantes. Lá eu pedi o cadeirão, ela ficou sentada vendo galinha pintadinha enquanto nos comíamos. Quando terminei de comer dei banana pra ela. Depois do mercado, íamos continuar nosso passeio até a puerta do sol e plaza mayor. Ela começou a chorar, era sono. Fiz ela dormir, coloquei no carrinho, cobri com um pano pq estava muito sol. Fomos pela sombra, mas depois paramos pra tomar um frape, ela acordou, comeu pera, e continuamos. Tiramos foto nas praças, as igrejas que íamos visitar estavam fechadas, seguimos pra casa. Ela jantou, tomou banho, e agora está mamando pra dormir. 09/09/2019 - Madri Hoje acordamos 6:45, Victor levantou logo pra fazer o frango e o café da manhã e eu fiquei ainda fazendo a Maria esticar o sono. Tomei banho, dei o banho dela, dei o café, e tomei o meu. Nos arrumamos, e saímos de casa. Hoje optamos pegar ônibus pois é muito mais cômodo e rápido pra quem tem carrinho de bebê. O ponto fica na praça tirso Molina, bem próximo ao nosso apto. Logo o ônibus chegou, teve engarrafamento mas rápido chegamos ao parque del retiro. Entramos pela puerta Del anjo caído,paramos no parquinho pra Maria brincar e depois ela lanchou. Continuamos o passeio, paramos no palácio de cristal, depois no lago central. Maria ficou vendo os patos nadando no lago. Voltamos pra porta Del anjo caído e fomos pro museu reina sofia. Maria tirou a primeira soneca, no colo do papai. Já eram 12h, o sol começava a esquentar e queríamos um passeio protegido. Chegando lá, ela acordou, trocamos fralda e resolvi dar o almoço. Nós aproveitamos pra comer também. Fomos no café do museu, pedimos um brunch e dividimos. Vinha com: pão com ovo mole e jamon, pasteries, frutas, iogurte, suco de laranja e café com leite. Nesse café, pedi cadeirão pra bebês, e pedi um prato pra aquecer o almoço da nenem. Muito cômodo para famílias! Ela almoçou direitinho e foi uma paz. Visitamos as principais sala do museu, guernica, Dali e Miró. Depois fomos pro museu Del Prado. Lá, começamos pelas exposições temporárias: Fra angélico e vermeer, rembrandt e velasquez. Maria dormiu logo no fra angélico. Acordou no final da exposição seguinte. Demos lanche e trocamos fralda. Nos museus têm fraldário e e muito cômodo pra nós. Depois, fomos pra coleção principal. Vimos El greco, el bosco, velasquez, tintoreto, tiziano, Rafael, Rubens. . Infelizmente não deu tempo de ver goya nem caravaggio. Eram 18h e tínhamos que ir pra casa. Paramos no bar el gatos, comemos tapas de jamon com queso, bacalhau e sardinha, tomamos sangria. Maria comeu pêra. Depois seguimos pra casa. Mamãe wendy deu banho e jantar, enquanto papai victor foi ao supermercado. Tomei banho e em seguida coloquei nenem pra dormir. 10/09 - terça-feira Maria acordou 6:30. Tentamos esticar o sono e não conseguimos. Beleza, fui tomar banho, fiz o café dela. Victor foi trocar a fralda e tal. Na hora de comer ela não quis. Estava com sono! Victor pegou no colo e ela dormiu de novo.. e nós tbm kkkk Havia faltado energia. Estávamos no escuro. Acordamos de novo 9h, nos arrumamos (tínhamos tomado café cedo), aí ela acordou, comeu apenas ovo. Não quis abacate. Vestimos varias camadas nela, e saímos de casa 10h. Antes de sair, falei com a proprietária Pilar, que apenas ligou o disjuntor que tinha disparado. Depois descobrimos que não dá pra ligar varios aparelhos ao mesmo tempo. Estávamos com ar, fogão de indução e exaustor ligados. Primeiro Fomos na basílica de São Miguel depois no mercado de São Miguel. Ficam bem perto do nosso apto. No mercado, Não tinha mesas. O mercado é bem pequeno, com balcões com restaurantes, bares de tapas, cafés. Queríamos um local com mesas e cadeiras. Entramos num restaurante fora do mercado, já eram 11h. Pedimos um café brunch, cadeirão, maria Inês comeu banana. Saímos, comprei um croissant e dei pra ela comer. Ela gostou. Andamos até a igreja de san andres de gines, conseguimos entrar e visitar. depois seguimos pro mosteiro das descalzas, onde não pudemos entrar, só poderia com tour guiado as 13h. Continuamos pra igreja de san Antônio de lós Alemanes, passando pela gran via, a times square de Madri! A igreja é considerada a capela sistina de Madri. Muito bonita, cheia de afrescos. Cá estamos. Maria dormiu no caminho pra cá. Seguimos pela calle de pez e depois Calle de lós reyes, até chegar na Plaza de Espanha. Plaza de Espanha fechada para obras. Não pudemos entrar. Continuamos caminhando pro Palácio real de Madri. Lá, vimos a troca da guarda e tiramos foto. O sol estava forte, Maria acordou, resolvemos procurar um restaurante pois era hora do almoço dela. Vagueamos pela Ópera, até que decidimos entrar no La Traviata (rs). Menu del dia 13,95, dois pratos; sobremesa e bebidas. Pedimos lasanha, espaguete ao jamon e alho, que estavam deliciosos, e depois dois tipos de carne, que estavam ruins. Sangrias (uma com a comida e outra no final, vinho rosé. Mas o atendimento foi muito bom, garçons super simpáticos e prestativos. Nos deram cadeirão pra Maria Inês, levaram a comida dela pra esquentar e ainda lavaram o pote. Colocaram meu celular pra carregar. E me deram um copo de plástico pra levar a sangria que eu não sabia que estava inclusa no menu. Também conversamos bastante com uma inglesa simpática na mesa ao lado, encantada com a Maria Inês. 15h saímos do restaurante, voltamos pro palácio, mas antes paramos pra fotos e brincar no parquinho. Finalmente, lá chegando… fechado para evento oficial. Tiramos foto por fora do palácio, estava ventando muito e o tempo fechando, ia chover. Colocamos a capa de chuva do carrinho e entramos na catedral de la almudena, Maria mamou e dormiu (demorou, mas dormiu). Mais à frente, entramos na basílica de San Francisco el grande. Maria acordou, comeu banana. Saímos de lá, continuava ventando muito e com cara de chuva. Sentimos pingos. Paramos no supermercado pra comprar banana e queijo, e caminhamos de volta pra casa. Ficamos em dúvida se parávamos pra esperar o tempo melhorar, mas vi que estávamos bem perto de casa, então resolvi ir direto pra casa. Chegamos 18:30 em casa. Maria vai tomar banho e jantar. Amanhã vamos pra Toledo, espero que consigamos ajustar o fuso horário dela e acordar cedo pra sair cedo. Maria estava muito danada e agitada, o jantar demorou demais. Só foi dormir às 21h, de novo! Fizemos a comidinha de amanhã. Frango, arroz, lentilha, brócolis, batata e cenoura. 12/09/2019 - quinta-feira Acordamos 7:00, tomamos banho, recolhemos as últimas coisas, Maria acordou, trocamos a fralda e colocamos a roupa dela. Almoço e jantar, lanches na lancheira, saímos 8:15 de casa. Pegamos o metrô 8:24 e em 5 minutos chegamos em atocha. O ônibus do aeroporto tinha acabado de chegar, subimos e às 9:25 chegamos no Barajas. Despacho de malas, segurança, fomos pra área de embarque. Maria tinha comido banana no ônibus e agora comia pão com queijo, num café do aeroporto onde mamãe e papai também fizeram o desjejum. Depois, trocamos a fralda, tinha popô. Renovada, brincou no playground até que o portão de embarque foi anunciado. Seguimos pro embarque. Tudo é uma pernada... no embarque, tratamento vip 😁 sempre embarcamos antes de todo mundo, por causa da Maria Inês 🤣 Antes de decolar Maria dormiu. Porém acordou logo após a subida!!! Dormiu pouquíssimo. Passou o voo inteiro “no 12”. Chegamos no aeroporto charles de gaule às 14:15. Ainda no avião, ela fez um popô FEDERAL. tava podre demais. Não aguentávamos mais o _futum_. Assim que descemos da aeronave corremos pro fraldário. Impestou o local. Trocamos até a roupa pq vazou. Saindo de lá, pegamos a mala e maaaais uma pernada pra chegar no RER, trem de acesso à Paris. Compramos o ticket, entramos no trem. Em 20 minutos estávamos na estação Châtelet. Nos enrolamos pra descobrir que o mesmo ticket dava acesso ao metrô também. Trocamos então pra linha 14, rumo à estação olympiades. Lembrando que tuuuudo é longe. Até que enfim chegamos. Mais uma caminhada de 10 minutos até o nosso novo apartamento, que foi fácil de encontrar. O airbnb é de um quarto privado em um apartamento onde mora uma família. Quem nos recebeu foi a sra Anita, mãe da anfitria do airbnb. É indiana. A casa parece um Maracá de baiana KKKKKK tudo bem ajeitadinho, bem arrumadinho, com vasos de flores artificiais, paninhos, bibelôs, posters, uma infinidade de enfeites. O quarto tem uma cama de casal. Ela nos forneceu um Moisés de carrinho pra Maria dormir. O banheiro é separado da sala de banho. A sra Anita é muito simpática. Nos instalamos, tomamos banho e saímos pra conhecer a Bercy Village. Uma caminhada de 20 minutos;. Demos uma volta por lá olhando os restaurantes e decidimos entrar num que tinha comida francesa. Pedimos hambúrguer e carne com alligot. Uma delicia e nos empanturramos. Maria jantou sua comidinha. Tomamos sorvete na sorveteria Amori. Voltamos a pé, paramos no supermercado pra comprar mantimentos para amanhã. Chegamos em casa, Maria tomou banho, se arrumou e dormiu. Papai lavou o pijama de popô. Amanhã cozinharemos. Amanhã também haverá greve geral de transporte em Paris. Sexta feira 13 👻 13/09/2019 - sexta-feira Paris Fizemos hoje Museu do Louvre, Jardim das Tulhérias e Museu de l’Orangerie. Jantanos no Bistror des Victories, na região do Louvre, onde comemos um magret de canard excelente. A greve dos transportes não nos afetou, pois a linha de metrô próxima ao nosso apto é 100% automatizada. Infelizmente, algumas salas do Louvre estavam fechadas. No louvre, Maria Inês revezou entre carrinho, colo e andar. Fomos nas salas que mais nos interessavam, e fugimos da Gioconda. A fila é surreal de grande, ocupando vários andares do museu. Demos o almoço dela sentados num pufe entre as seções do museu. Durante o passeio, vimos diversos casais com bebês e crianças, bebezinhos quase recém nascidos, até crianças maiores. Quem vai com carrinho tem alguns perrenguinhos. Nem todas as salas são adaptadas e cada sala tem um tipo de adaptação diferente. Mas nada demais, super tranquilo. Aproveitamos o passeio, tiramos fotos. Saindo do museu, fomos almoçar num dos melhores restaurantes da viagem. Indicação de algum blog. Comemos canard e tomamos vinho. Neném jantou. Seguimos para nossa odisseia de volta pra casa. 14/09/2019 - sábado Paris Hoje acordamos 7h, tomamos banhos, nos arrumamos, demos o café da Maria e fizemos a comida dela. Saímos 9:45 de casa, rumo à notre dame. Paramos no caminho pra tomar café e croissant. Notre dame toda fechada para reforma. De lá fomos pra saint chapelle. Perrengue pra trocar fralda de cocô: não tinha trocador nem bancos nem cadeiras. Trocamos no carrinho. O banheiro era muito inacessível pra lavar o bumbum. Em seguida, saímos d ela é paramos na frente do panteão mas não entramos. Entramos no restaurante comptoir du pantheon pra dar o almoço da Maria e lanchar. Depois, seguimos pra igreja de Santo Eustáquio. Fez coco de novo. Trocamos no carrinho de novo, dessa vez lavei o bumbum na pia do banheiro da igreja. Partimos pro jardim de Luxemburgo. Lindo!! Maria fez piquenique com os amiguinhos franceses, penetrou num aniversário de 1 ano, tiramos muitas fotos, passeamos, vimos pôneis, mas ela não podia andar, depois tirou soneca. Já eram 18h, caminhamos uns 20 minutos até um restaura recomendado, chegando lá estava fechado. Mais 20 minutos pra chegar no outro. Valeu a pena, a costela estava deliciosa. Acompanhada de purê e tutano. Quando abri a vasilha do jantar da Maria ela espocou e saiu um gás de dentro. Estava borbulhando. Estragou!! Não sei como!! Provei e tava horrível, cuspi. Dei purê de batata,pão e banana. Chegamos tarde em casa. 15/09/2019 - domingo Passamos o dia em casa pois Maria Inês teve febre desde as 2h da madrugada. Ela dormiu bastante, de11:30 às 15h. E nós também. Acredito que todos estavam muito cansados. Não conseguimos ir à missa. Às 16:30 saímos para tentar almoçar/jantar. Comemos num restaurante na rue Tolbiac, Victor começou moules frites e eu um joelho de carneiro. Paramos na nossa boulangerie e compramos tartelete de chocolate com amêndoas. Deliciosa!!! A melhor tartelete da vida! Paramos no supermercado rapidinho e voltamos pra casa. A febre voltou. 16/09/2019- segunda-feira - Paris Passamos a madrugada inteira acordando pra verificar a febre. Ela tomou banho morno umas três vezes. Às 2h, com a febre espaçando em apenas 4/4h, contactos o seguro pelo WhatsApp. O médico só poderia vir em casa apos o amanhecer. E as clínicas particulares eram muito longe. Fui dormir 3h, acordei às 5h. Demos banho morno novamente, nos aprontamos e saímos de casa pra clínica. Chamei um Uber. Ele demorou uns 15 minutos. Tivemos que andar pra outra rua, pois na nossa não passava carro. Quando ele finalmente chegou disse que não poderia nos levar pois Maria não tinha cadeirinha de carro. Chorei pedindo que nos levasse e ele disse não. Fiquei puta da vida e amaldiçoei até a 5-a geração daquele indiano safado. Saímos andando procurando um táxi 7h da manhã em Paris. Paramos num café, perguntei e por sorte tinha um ponto perto da tartelete de ontem. Chegando lá, só o telefone e nenhum motorista. Telefonei. Não sei se fui atendida mas passou um táxi de luz verde e eu fiz sinal. Depois de toda essa confusão finamente conseguimos um táxi. Ele nos levou pro Hospital público pediátrico de Paris. deu 15 euros. Chegamos no hospital, entramos pro setor de pediatria. Não tinha filas. Uma técnica fez nosso cadastro, perguntou os sintomas, dados,. Tudo isso no francês inglês. Pediu a carteira de vacinação da Maria mas eu esqueci em belem. Após o rápido cadastro, ficamos esperando a triagem. Logo a enfermeira nos chamou, ela examinou a Maria, perguntou os sintomas. Pediu pra colher urina. Lá vem aquele saquinho de colher urina, de novo… eu já estava visualizando o que viria a acontecer. Maria estava há 12 horas sem fazer pipi. Não ia urinar, a enfermeira ia mandar hidratar, iríamos esperar em torno de 2 horas pra ela fazer xixi, fora o risco de vazar pra fora, como sempre acontece… na minha cabeça, iríamos passar o dia inteiro ali com a Maria. Graças a Deus eu estava errada. Em menos de 10 minutos Maria Inês fez um xixizão, que foi completamente aparado pelo saco coletor. Corri pra enfermeira, que pegou o saquinho e levou pra exame. Mais uma vez fui surpreendida. O exame é feito e dá o resultado imediatamente! Gente! Nada de esperar 1h30 pelo resultado!! Eu já tinha ouvido falar disso, uma amiga que mora na Suíça disse que a obstetra fazia o exame de sangue e urina dentro do consultório médico, nas consultas de rotina da gravidez. O resultado sai na hora. Enfim, exame de urina normal, infecção urinária descartada. Voltamos pra sala de espera, pra aguardar o médico. Esperamos um pouco, uns 20 minutos l, pois era troca de plantão. Até que chamaram. A médica Justine Zizi. No consultório, pediu pra tirar toda a roupa da Maria , exceto a fralda. Fez uma série de perguntas, e estranhou quando dissemos que ela tomava domperidona. Na França, só adultos tomam. Dissemos da alergia à dipirona pra enfermejra, e ela nem conhecia. Não é comercializada na França. Ela apalpou toda a Maria, olhou a pele, o ouvido (tirou muita cera do ouvido kkkk) até que chegou na garganta. Estava vermelha e irritada, nas palavras dela, com placas brancas. Disse que a febre era devido a isso. Ufa… encontramos o diagnóstico. Ela disse que era viral, e que não havia necessidade de antibióticos. Que a febre poderia durar até quarta-feira, e que se não passasse, deveríamos procurar o médico de novo. Fez um relatório do atendimento é uma receita de paracetamol e soro fisiológico pro nariz. Deu recomendações sobre alimentação: não dar muito quente e dar o paracetamol antes, coordenar com a febre. Saímos de lá mais tranquilos, satisfeitos com o atendimento público de saúde da França. Paramos num café pra comer e dar de comer pra nenem. O café ficava numa esquina próxima ao hospital, com cadeiras na calçada, e fomos atraídos pelo “menu dejeuner”, que incluía cafe, jus d’orange e un croissant, por preço módico muito inferior aos do centro da cidade. Com dificuldade entramos com o carrinho de bebê, nos acomodamos e fomos atendidos por uma garçonete espevitada. Assim que começamos a falar, ela nos perguntou se éramos portugueses… bem, sim, somos! Mas não! Somos brasileiros, de fato. Ela também era brasileira. Mas não ficamos de conversa, pois ela estava muito atarefada. Ao nosso lado, dois típicos operários franceses tomavam também seu café no balcão. Maria dormiu no meu colo e tomamos um café tranquilo. Saindo de lá, pesquisei no google e decidimos pegar um onibus pra casa. A linha 64 para na frente do hospital e nos deixa bem próximo de casa (lembrando que nossa rua é peatonal, não passam veículos. O ônibus era elétrico, ou seja, não fazia nenhum “pio”, super silencioso. Aquela tremedeira e aquele ronco do ônibus de belém? jamais. Além disso, as pessoas silenciosas. Caladas ou conversando bem baixinho. Um sonho, o paraíso para mim… Durante o percurso, sentei numa cadeira e Victor ficou em pé no local reservado para les poussettes com a Maria Inês que dormia no carrinho. Mais um carrinho subiu e se alojou do lado deles. Em seguida, outro. Um pouco mais na frente, mais um. E finalmente, hegou o 5º carrinho de bebê, este de gêmeos, que atravessou o ônibus sem cerimônia, dificultando um pouco a passagem. Eles que lutem! Mães e bebês têm preferência. Chegamos em casa tranquilamente, Maria acordou no meio do caminho. Temperatura segurou até umas 14h, começou a subir de novo. Demos banho. Baixou a febre. Voltou a subir, quando chegou em 38 demos o paracetamol, Às 15h. Agora 16h já suou e baixou a temp. Tínhamos encontro marcado com a fotógrafa Alexia na Torre Eiffel. Saímos pra ver a torre Eiffel e depois voltamos. Ela já estava melhor, sem febre... e já havíamos contratado uma fotógrafa. O ensaio foi legal, fomos nos soltando, ela vai instruindo que poses fazer. Nas fotos de casais, fica reparando nossos pertences e a bebê. Maria riu bastante no ensaio de fotos. Depois do Trocadero, fomos pro Carroussel, e lá Maria Inês conquistou um casal que fazia piquenique. Ganhou um balão! Voltamos pra casa, o metrô lotado, a viagem longa. Jantou e agora está dormindo. Chegamos na Torre Eiffel, demos “oi” e fomos embora. Muita expectativa, muita animação, felicidade e gratidão por estar em Paris com a minha família. E razões para voltar… de novo! 17/09/2019 - terça-feira - Paris - Dijon Acordamos cedo, catamos nossas coisas previamente arrumadas na noite anterior, fizemos uma revisão e nos despedimos da Anita, anfitriã do airbnb. Uma pessoa sui generis que depois copio a avaliação. Pegamos o trem para Dijon. Chegamos em dijon pontualmente às 11:58. A anfitriã do airbnb que alugamos não me respondia desde março, eu havia perguntado se poderia fazer o check in antes do horário previsto. Ainda no trem telefonei a ela, sem sucesso. Mandei mensagens no app do airbnb e nada. Resolvi pedir ajuda pro suporte da empresa. Eles entraram em contato com ela, e ela respondeu a eles que não poderia nos receber antes das 18h. Ocorre que, pra mim, ela respondeu dizendo que havia um problema de infestação de insetos no colchão da cama, e que por isso ela ia providenciar pra nós ficarmos hospedados no apartamento de amigos dela, próximo ao dela, que também eram anfitriões no airbnb. Isso cheirou a perrengue! Informei essa maracutaia dela pro suporte do app e disse que não estava confortável, pois enfim, eu não tinha segurança nem respaldo algum caso aceitasse ficar na casa de terceiros. O suporte cancelou a hospedagem, me deu um reembolso integral, e começou a me sugerir novas opções de hospedagem. Parênteses. Tudo isso rolando graças ao chip com internet que comprei em Lisboa, e ao mesmo tempo em que procurávamos um local pra guardar a nossa pequena mala de 25kg, depois um local pra comer, tirávamos fotos, dando almoço pra Maria, trocando fralda, depois saindo do restaurante sem eira nem beira nem o ramo da figueira, fomos pro jardim público zanzar à sombra das árvores fugindo do sol e esperando Deus providenciar um teto pra gente dormir. Voltando. Eu disse pro airbnb que não aceitaria local pior, nem pagaria mais por isso. Vai em cima vai embaixo, o suporte me mandava quartos muito afastados, ou um muito ruins, alguns não aceitavam a reserva pra tão em cima da hora. Até que uma aceitou. Olhei as fotos e não gostei, resolvi procurar por conta própria. Meu celular com 10% de bateria. Encontrei um loft inteiro no centro de dijon, mandei mensagem e o anfitrião respondeu na hora. Aceitou, o check poderia ser naquele momento mesmo. A essa altura já estávamos na catedral, e era muito perto do loft dele. Mandei pro suporte e eles confirmaram. Fiz a reserva. Fomos buscar as malas, voltamos pro loft, fizemos o check in com a mãe do anfitrião. Voilà. Graças a Deus encontramos um bom local pra ficar. Na verdade, excelente! Valor bem acima do que estávamos gastando e tudo por conta do Airbnb. Ufa! Agora sim eu estava tranquila. Que perrengue. A tensão estava me consumindo, planos B, C e D já prontos pra serem postos em execução. Ah. No meio disso tudo a primeira anfitriã ainda me ligou? Pediu mil desculpas e fez a oferta do quarto do amigo dela. Eu disse que tinha cancelado a reserva e pedi pra ela me mandar o link do anúncio do amigo. Ela nunca mandou. Não sei qual era a treta dela... mas to feliz em ter me livrado. Nos instalamos e saímos pra passear pelo centrinho de Dijon. 18/09/2019 - quarta-feira - Dijon Acordamos hoje às 7h, Maria Inês parece que já ajustou definitivamente o seu fuso horário. Depois de uma noite calorenta, ficamos de preguiça na cama até que resolvemos levantar pra tomar banho e nos arrumar. Victor foi na frente, depois Maria Inês e eu. Enquanto eu arrumava a pequena, ele fez o ovo do café da manhã. Tentei dar mas ela não quis comer. Resolvemos sair e dar a comidinha dela no mercado onde havíamos programado tomar café da manhã. Saímos de casa já 9h. Ruas desertas, lojas e cafés fechados. Parece que saímos cedo demais! Chegando no mercado, tudo fechado! Caminhões de abastecimento estavam manobrando na área externa, mas dentro do mercado não tinha naaada. Muito vento gelado, eu e Victor escolhemos as roupas erradas. Eu morta de frio. Mas a nenem estava bem protegida com camisa de mangas compridas, jaqueta moletom e casaco corta vento por cima. Tentei colocar a capa de chuva mas ela não deixa ficar. Arranca tudo. Saindo do mercado, o estômago urrando de fome... caça a um café com mesas e cadeiras. Todos fechados, a única coisa que encontrávamos eram boulangeries (padarias), que não tem mesas e assim dificulta muito o processo de dar comida pra Maria Inês. Até que encontramos uma boulangerie com duas mesinhas pequenas. Entramos. Pedi croissant pra Maria, que antes comeu 1/3 de banana e poucas colheres de ovo. Depois comeu um pedaço de croissant. Ela anda meio sem apetite. Resolvemos pegar um trem para Beaune, tínhamos lido que era uma cidadezinha próximo a dijon interessante de se conhecer e provar excelentes vinhos. Não havia mais muito o que fazer em dijon pois já tínhamos matado quase toda a programação (sem entrar nos museus). Pegamos o trem das 10:23, chegamos 11h em Beaune. A cidade é fofa, bem arrumadinha, pequena, muitas flores, casario antigo. Todo dia de quarta tem um mercado que funciona na praça de Halles. Fomos vagando pela cidade, vimos o antigo hospício da cidade, que é um museu e tem o telhado todo pintado e trabalhado em cores primárias, mas não entramos, fomos na catedral, e depois paramos nas informações pra pegar indicação de degustação de vinhos,mas não quisemos ir. Era meio longe. Já estava na hora da Maria Inês almoçar. Entramos num restaurante que parecia bom pq estava lotado. Pedimos a formule do dia. Meio sem graça, ficamos decepcionados pois estamos na capital gastronômica da França... Valeu a pena pra dar o almoço da Maria no cadeirão, trocar a fralda e saber que Beaune não vale a pena. Voltamos no trem às 14:26. Maria estava muito tola e chorona... trocamos a fralda no Change bébé da gare de dijon e resolvemos ir pro jardin de l’arquebuse, pra ela se distrair e brincar. Passeamos, ela viu os patos, brincou no playground, fez amiguinhos, o jardim tem roseiral, laguinho, muitas árvores e flores. Tudo dourado do outono. Depois lanchou, fomos no museu de arqueologia que fica lá mesmo, e ela dormiu no pepei. Aproveitamos que ela dormia e resolvemos ir ao museu de belas artes. No caminho, parei pra comer um kebab, tem muitas lojas aqui e eu fiquei com vontade. Depois de muito andar pelas ruas de dijon, Victor descobriu que estávamos indo pro caminho oposto... andaram andaram andaram andaram... 1 hora depois finalmente chegamos no museu de belas artes. À essa altura, Maria já estava acordada, chorando pedindo pepei e eu muito cansada e sugada. Não quis entrar no museu, fomos na igreja de São Miguel que fica ao lado. Ela mamou um pouco, mas logo em seguida quis ir pro chão andar e saçaricar. Pura tolice... ela tá demais. Saindo da igreja paramos num restaurante na place de la liberacion. Quis ficar dentro e não nas mesas de fora pq venta muito em dijon e eu já estava com frio. Eram 18:30, pedimos duas taças de vinho, cadeirão e demos o jantar. Ela comeu um pouco e começou a cuspir. Cansei. Resolvi apelar pra galinha... comeu o resto do jantar e os remédios assistindo a pintadinha. A tolice e o chororô não nos deixaram aproveitar direito o passeio de hoje. Voltamos pra casa, que é bem perto, dei uma arrumada na mala pra partir amanhã, procedimentos de dormir. Amanhã vamos no trem das 9:40 para Avignon. Esperava mais da capital da Borgonha, pensei que ia tomar uns vinhos alucinantes de incríveis aqui. 19/09/2019 - quinta-feira - Dijon/Avignon Acordamos, nos arrumamos, fizemos o café da Maria e saímos rumo à estação de trem. Nos despedidos do nosso maravilhoso flat com vista pra catedral de dijon e patrocinado pelo airbnb kkkk. Eu tinha esquecido como era bom viajar pra cidade pequena... enquanto em Madri e Paris nosso dia quase não rendia nada, mesmo que em Madri tivéssemos ficado muito próximo do centro, em Paris ficamos relativamente perto também, mas as distâncias fazem o dia mais corrido, mais agitado. São muitas atrações também, vontade de ver tudo; muita foto foto foto. Quando chegamos em dijon matamos quase todas as atrações logo na chegada. Pudemos passear sem pressa, olhando a cidade com mais atenção. A quantidade de turistas também é menor, tudo menos tumultuado. Enfim muito mais agradável. Sensação de férias mesmo. Fomos com calma pra estação de trem, compramos café da manhã na Paul (croissant e quiche e café com leite) nos dirigimos pra Voie de embarque. Logo o trem chegou, nos instalamos com uma pequena confusão. Vou explicar. Na plataforma (Voie) de embarque, por mais que os assentos sejam já marcados, não tem uma fila propriamente dita pra entrar no trem. Onde a porta do trem para, a galera se acumula e vai entrando. Pra conseguir lugar pra guardar a mala temos que ser os primeiros a entrar, igual como acontece no avião e as malas de mão. Logo que o trem chegou nos posicionamos bem na porta, seríamos os primeiros a entrar. Porém depois De uns 5 minutos parado e sem abrir as portas o trem se movimentou pra frente. Ficamos pra trás.. entramos muito depois, o local de guardar malas já estava cheio e não tinha nenhum buraco que coubesse a nossa modesta mala de 25kg. Victor foi empurrado pra dentro do trem com mala e cuia pela horda de franceses e turistas que entravam. Mas ninguém passava pq o corredor é estreito. Embolou tudo. Foram passando por cima. Quando folgou, voltamos pra entrada e ficamos contemplando o bagageiro cheio. Eu havia guardado um espaço com a mochila da Maria, mas não era grande o suficiente. Resolvemos rearrumar as malas dos outros pra caber a nossa. Um bom samaritano se compadeceu de nós e ajudou o Victor a carregar o maletão pra cima do bagageiro. Tudo certo. Todos rimos no final 😂 Sentamos, tomamos nosso café com a Maria hiperativa, depois coloquei no peito e ela dormiu. Passou a viagem toda dormindo. Aleluia!! 🙌🏽🙌🏽🙌🏽🙌🏽🙌🏽 Chegamos em Lyon, desce tudo, estação lotadaaaaaa, não tinha nem espaço pra andar. Paramos no starbucks pra sentar e dar lanche dela. A hora passou rápido e já estava acontecendo o embarque. Corremos pra plataforma e entramos no trem que iria pra Avignon. Maria dessa vez foi acordada mas tudo tranquilo. A viagem foi rápida. Chegamos em Avignon gare TGV. Pegamos o trem pro centro da cidade. Chegando lá, tudo pequeno e fofinho. Fomos andando pro nosso airbnb, a estação central dá direto na rua principal de Avignon que finda na place de l’horloge que por sua vez leva rapidamente ao palácio dos papas e à catedral des doms. Chegamos no airbnb, o anfitrião nos esperava lá. Graças a Deus pq o apartamento fica no 1o andar, e a escada era em caracol super estreita e sem corrimão. 💀 Ele subiu com o nosso maletão, eu com a malinha (MI) e o Victor com o carrinho. O apto é pequeno, um cômodo só com sofá cama, pia, fogão, frigobar, e o banheiro. Muito funcional e até confortável, exceto pelo colchão que me deu dor nas costas. Mas tinha todas as amenidades necessárias. Deixamos as coisas, demos o almoço da Maria, e depois ela dormiu. Saímos com ela dormindo. Fomos direto pro palácio dos papas. Pegamos o pior caminho (obrigada Google maps 🙄). Uma rua toda de pedras muito difícil de andar com o carrinho. Ruelas muito estreitas, com turistas. Parece que de qualquer canto da cidade dá pra avistar o palácio dos papas. É um muro enorme desproporcional ao tamanho das ruelas. E MI seguia dormindo. Chegamos na praça, fotos fotos fotos depois ela acordou, mais fotos. Muitos turistas ali. Entramos no palácio às 17h. Ele fechava às 18h. Victor fará a descrição do local. Saímos e fomos pra catedral des doms que fica ao lado. Ela já estava fechada então continuamos o passeio pela escadaria da catedral que dá acesso ao morro des doms. Uma rampa leva até o topo de uma colina que tem uma vista linda da cidade, do Rio Rhone, e da ponte de Avignon. Maria tava muito enjoada e tola. Não conseguimos tirar Foto dela. Lá em cima também tem um lago com patinhos, cisnes eum café. Maria se distraiu com os patos. O sol estava lindo e o céu limpo. Demos sorte, pois no dia seguinte estava tudo nublado e a paisagem não tava bonita. Descemos e paramos no restaurante l’epicerie para jantar. O restaurante fica numa de muitas pracinhas que têm em Avignon, na frente da basílica de São Pedro. Maria não comeu direito, acho que já estava com sono. Como estava quente e sem vento, sentamos numa mesa exterior. Comemos rápido e fomos embora. Paramos no supermercado, que ficava tbm bem próximo de casa. Chegamos no apto, coloquei ela pra dormir e dormimos tbm. Deixamos pra cozinhar no dia seguinte. Como não conhecíamos a cidade, estávamos meio confusos e perdendo muito tempo olhando o gps. Depois percebemos que não tinha muito mistério a cidade e tudo era realmente muito próximo. 20/09/2019 - sexta - Avignon Acordamos, eu com dor nas costas, banho e papai foi fazer a comida. Arrumei a nenem, dei café da manhã. Saímos tarde, com ela dormindo. Seguimos pro Petit palais, museu ao lado do palácio do papas. Fomos por outro caminho mirabolante do Google maps kkkkkkkk. Aff. Mas serviu pra conhecer toda a cidade. Acabou que “buiamos” à beira do rhones e com uma vista pra ponte de Avignon. Fotos. Continuamos seguindo o mapa até o palácio. A entrada era gratuita uhul visitamos o museu que tinha pinturas italianas e renascentistas, de boticelli e algumas obras que ganharam do louvre, esculturas medievais, arquitetura romana. Era pequeno e um andar estava fechado. Depois voltamos pra praça do horologio, paramos num restaurante pra dar o almoço da nenem e tomar um vinho com queijos, fazer hora pra esperar o museu calvet abrir de novo (os museus fecham 13h e abrem as 14h). A praça do horologio tem muitos restaurantes e árvores, as mesas ficam no centro da praça cobertas por guarda sois e a sombra das árvores. Seguimos pro museu. Lá tinha brughel e bosch, uma salinha com 3 tumbas egípcias (o resto estava fechado), pinturas italianas e francesas, e até arte moderna. Saindo do museu pegamos um caminho pra sorveteria amorino, e descobrimos a 25 de março de Avignon. Kkkk La Braderie é um festival de liquidação de todas as lojas de Avignon, que colocam os produtos na calçada e dão descontos de até 80%. Voltamos pra catedral des doms, pra visitar por dentro. Achei super sem graça lá dentro. Não valeu a pena voltar pra lá. A nave principal é toda em branco e tem um altar redondo com poucos detalhes. Parece uma igreja anglicana. Saímos de lá e fomos atrás de um restaurante que estava marcado no planejamento. Chegando lá não gostamos, fomos procurar outro. Topamos com um restaurante corsa (da Córsega). Pedimos uma lasanha de brócolis e espinafre e um prato que era tipo um escondidinho de carne e salsicha de porco corsa. Acabou que a comida veio maravilhosa! O vinho era muito bom também. Demos comida pra Maria e comemos também. Ficamos pesquisando sobre a Córsega e descobrimos que é uma ilha que faz parte da França, e lá tem um movimento separatista e nacionalista. A decoração era toda referente à Córsega, cerveja Córsega, a charcuterie toda Córsega. E tinha cartazes de protesto contra a prisão de um revolucionário Corsa, que foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato do prefeito da Córsega. Nos demos conta que estávamos num restaurante nacionalista corsa, que provavelmente é lavagem de dinheiro do movimento revolucionário, já que só aceitam pagamento em espécie. Kkkkkkkkkkkk Chegamos em casa cedo, fizemos a comida, fechamos a mala, demos banho e colocamos a nenem pra dormir. Dormimos. Cansados! No dia seguinte partiríamos às 9:40 para Nice. 21/09/2019 - Avignon / Nice Saímos 8:40 de casa pra pegar o trem para Nice. Ainda não tínhamos comprado as passagens. O percurso pra gare de Avignon centre é curto, chegamos, compramos o bilhete na máquina, pois já estamos habituados. Compramos um café e croissants, e fomos pra plataforma de embarque. O trem chegou, entramos logo pra ter onde colocar as malas e pegar um bom lugar. Como íamos de TER, não há lugares marcados. Tudo tranquilo. Maria dormiu. Chegando em marseille ela acordou. Descemos pra fazer a conexão pra Nice. Paramos num café da gare pra dar lanche pra Maria. Logo em seguida fomos em busca de um banheiro pra troca-lá. A gare de marseille estava apinhada de gente, muito difícil transitar. É só tem um único banheiro. Estava lotado, inclusive o trocador de bebês. desistimos, fomos logo pro trem, pois apesar de ainda faltar 15 minutos pra partida, achei melhor ir logo. Chegando lá quase não tinham mais assentos “bons” mas conseguimos pegar um mais espaçoso. Trocamos fralda de cocô 💩 no banco do trem. Maria estava agitada, danada... ficou tirando o sapato, sentando levantando, chorando, querendo pegar no lixo, querendo fazer tudo o que não podia. Foi uma longa viagem (2:40) até Nice. No caminho, o trem passa varias vezes pela beira do oceano e a vista é bonita. Porém estava nublado. Chegando em Nice, saímos da gare em busca do ponto de ônibus. Rodamos um pouco depois parei no office de turisme. Descobri que o ônibus que queríamos pegar não existe mais. A estação d tram era a 10 minutos a pé. O apto ficava a30 minutos a pé Estava choviscando... decidimos pegar táxi. 15 euros até o airbnb. Chegamos e o anfitrião estava fazendo a faxina. Deixamos as malas e fomos procurar o que comer, e aproveitar pra passear na promenade des anglais. A avenida, que fica à beira mar, tem um calçadão espaçoso, duas vias para carros, ciclofaixa compartilhada com pedestres, e prédios neoclássicos. A cor do mar é impressionante... azul turquesa, mesmo com o céu nublado! Ficamos boquiabertos e caiu a ficha: estamos na côte d’azur! Muitos turistas também passeavam pela orla. Maria Inês, porém, estava tola e chorona, mas tinha que ficar dentro do carrinho por causa do chuvisco. Resolvemos entrar logo num restaurante qualquer, já que os “nossos” eram distante. Paramos no le cocodile, numa mesa com vista pro mar. Pedimos ostras e uma massa com frutos do mar. A massa não estava al dente, mas o sabor era bom. As ostras estavam boas, eu acho, não comi, só o Victor. Tomamos um vinho branco honesto. Maria continuava danada. Colocamos na galinha pra ela sossegar um pouco. Após comer, fomos ao supermercado e voltamos cedo pra casa. Ela jantou e 19;15 já foi dormir. Aproveitamos que estava cedo e descansados, fizemos a comida do dia seguinte, arrumei um pouco a mala, coloquei duas levas de roupa na máquina de lavar e estendi, arrumamos o apto. Fizemos seleção de fotos e dormirmos. A previsão do tempo no dia seguinte era chuva... 22/09/2019 - domingo - Nice Acordamos antes das 7:00, tomamos banho. Maria acordou só 8:00. Tomei café em casa, enquanto Victor dava a comida da nenem. Colocamos o macarrão e o brócolis no fogo. Ontem fizemos só picadinho. O airbnb é muito completo, parece que estamos em casa. Tem tudo! Nos arrumamos, pegamos comida e lanche, saímos 9:20 pra missa das 10h. Estava choviscando. Aff!!!!! Colocamos a capa de chuva no carrinho, ela odiou. Foi chorando no caminho todo. Eu com o paninho da mamãe na cabeça e um casaquinho. Andamos pela promenade des anglais até a igreja, que fica na Vielle Nice, uns 30 minutos. Mesmo com chuva, muitos turistas na rua, e muitos corredores fazendo corrida. Uns franceses bem magrelos e já na 3a idade, correndo na chuva kkkk casais de gordinhos. Casais judeus. Jovens. Todos correndo na chuva. O mar continuava azul turquesa. Ficamos besta de ver um pessoal tomando banho de praia, 9 da manhã com chuva 😂 mais à frente, estava tendo era uma competição municipal de natação, e haja francês nadando!! A chuva aumentou, andamos mais rápido ainda até que chegamos na igreja. Pensei que a Maria fosse dormir, mas nada. Passsou a missa toda perambulando e fazendo danação. No final da missa trocamos a fralda no banco da igreja pois estava feita cocô. Depois dei peito pra ver se dormia. Enquanto isso as luzes iam apagando mas algumas pessoas ainda estavam dentro da igreja. Entendi que a igreja ia fechar mas não me apressei pq ainda tinha gente. Eu queria fazer a Maria dormir e sair de lá com ela na adormecida, procurar um restaurante com calma, pra nos abrigarmos da chuva e dar o almoço. Uma velhota francesa me abordou dizendo que tínhamos que sair. Que ali não era berçário pra dar de mamar. 😡 Eu respondi “Pardon, mais ici c’est la maison de Dieu”. Continuei dando mamar, e sem pressa arrumei as coisas pra sairmos. Fiquei mt aborrecida. Saímos de lá com Maria berrando por estar presa no carrinho. Todos os restaurantes que havíamos selecionado no planejamento estavam fechados. Só abrem segunda ou terça. E os que estavam “abertos” , só abriam mesmo 12h. Que cidade estranha!!!!! Tamanho domingo e tudo fechado! Cidade lotada de turistas! Eu hein! Entramos na catedral, que era perto, dei mamar, nenem dormiu, procuramos com calma um resto no Google. Selecionamos um que dizia estar aberto. Chegando lá, fechado. Decidimos procurar pela rua mesmo. A Nice velha é muito fofa, ruelas estreitas quase todas de pedestres, casas , janelas e portas antigas, coloridinhas de cores pastel e algumas janelas mais forte. Muitas lojas e cafés e restaurantes, mas ficamos receosos de cair em armadilha pra turistas. Aqui claramente se vê a transição entre a França e a Itália. Tem muito da Itália, nos restaurantes principalmente. Paramos no Chez Theresa, pensávamos que era restaurante mas era lanchonete. Comemos aquela pizza de cebola e fomos pra outro. Escolhemos um que tinha boa avaliação no Google. Lá, o atendimento foi estranho e a comida sem graça e cara. a sensação de desapontamento aumentou ainda mais. Dia chuvoso, comida sem graça... Continuava chovendo, fomos pro museu massena. No caminho, passamos pelo jardim de albertier 1e, meio feioso e sem graça também. No museu A entrada era grátis HOJE em razão da Journée du patrimoine. Pelo menos isso. Acervo sem graça, nada demais. Os museus de avignon eram melhores. Saímos do museu e paramos num café pra dar lanche pra nenem. O café também meio ruim. Kkkk. Que zica! Decidimos ir em outro museu pois ainda chovia. No caminho, pela promenade des anglais, parou de chover e ficamos admirando a praia. Descemos, tiramos foto. Desistimos do museu. Passeamos, passeamos. Resolvemos parar num restaurante pra dar o jantar da nenem e tomar um vinho. Já estávamos perto de casa e paramos em um outro rest qualquer, pega turista, mas na beira mar. Quando entramos, o garçom anfipático nos deu uma mesa ruim. Pedi outra mesa, com vista pro mar. Ele negou e virou as costas. Agradeci e disse que o serviço ali era ruim, fomos embora. Eu hein. Andando pra casa, todos os bares e restaurantes estavam fechados. Chegamos cedo de novo, demos janta, nenem dormiu.. Espero que amanhã a zica vá embora, o sol saia, as nuvens Vão embora e consigamos comer uma comida gostosa em Nice!!! 23/09/2019 - segunda-feira - Nice Acordamos empolgados com o sol!! Nos arrumamos e saímos, sem tanta pressa pois o dia amanheceu um pouco nublado e o sol iria sair só após as 10h. Paramos no supermercado e num café pois mamãe wendy teve um “imprevisto feminino”. Chegamos na promenade des anglais... que lindo!!!! O mar estava ainda mais lindo com o sol!!! 😍😍😍 Paramos e tiramos muuuitas fotos. Depois descemos pra praia e maaais fotos. Mamãe e papai tiraram os sapatos e foram colocar os pés no mar mediterraneo. Água geladinha. As pedras da praia de Nice doem nos pés, Victor não curtiu essa parte. As pedras de mosqueiro são fichinha perto delas kkkkk pois em mosqueiro são alguns aglomerados de pedras, já em Nice é uma praia toda de pedras. Seguimos o passeio pela promenade rumo ao elevador do castelo, um elevador que leva ao topo de uma colina, mas o sol já estava quente demais. Entramos na old Nice pra caminhar à sombra. Pelo caminho, passamos pelo cours de saleya, uma espécie de feirinha ao ar livre. Restaurantes de um lado e de outro com lagostas, peixes e caranguejos expostos em aquários. Mas tinha cara de pega-turista. Aliás, deles tinham muitos. Maria dormiu sozinha sentada no carrinho. Fato inédito, e único, nunca mais aconteceu 😂 Chegando no elevador, subimos. A vista de lá é linda!!! Maaais fotos. Do mirante, avistamos toda a old Nice,igrejas, a promenade des anglais, até o hotel negresco. Demos uma volta pela colina; que tem árvores e um parque é um café no centro. Como Maria dormia, não brincou no parquinho. De lá de cima, em outro mirante, admiramos também o porto de Nice. Embarcações pequenas atracadas e cruzeiros mais distante, no mar. Descemos e já era hora do almoço. Ficamos em dúvida se entrávamos em um dos restaurantes do cours de Saleya ou se íamos para outro, marcado previamente nas nossas pesquisas. Hesitamos e eu decidi ir pra outro. Escolhemos certo. Fomos bater num restaurante italiano embrenhado pelas ruelas da old Nice. Comemos um spaguetti com camarão delicioso. Maria almoçou também. Saindo do restaurante, ficamos na indecisão sobre o que fazer no resto do dia. Ir a Mônaco? Ou villefranche-sur-mer? Ou um passeio de barco? O passeio era 18 euros por pessoa, Mônaco não estava nos empolgando muito... decidimos ir a villefranche, que tinha praia de areia. Colocamos o caminho no Google. Pegamos um ônibus e 20 minutos descemos numa parada no meio do nada kkkkkkkj Gente, o Google dá os piores caminhos. E olha que sou macaca-velha de Google. Eu tinha percebido que era cilada, mas deixei o Victor liderar. Ele anda estressadinho e não quis contrariá-lo. Fomos seguindo o caminho esquisito do Google. Entramos na propriedade do que parecia ser um hotel, uma estradinha de ladeira pequena que ia fazendo zigue-zague até a praia. Nenhuma viva alma... só nós. Fomos descendo até que chegamos no estacionamento da praia, que tinha umas mesas de piquenique. A praia logo abaixo, seguia a orla até uns prédios e o centro, estação de trem, mais afastados. Sentamos numa mesa sob as árvores, aproveitamos a brisa, a vista, e dei o lanche da Maria. Uvas. Caminhamos até chegarmos à parte principal da praia. Entramos num restaurante que ficava na faixa de areia, pra sentar e tomar um vinho olhando o mar. Tirei o sapato e levei a Maria pra pisar na areia e na água. Ela estava assustada com as ondas, chorou mas depois se acostumou. Tiramos fotos. Já era hora de voltar pra casa. Subimos uma escada e uma ladeira para chegar na estação de villefranche compramos o bilhete de trem, ficamos perdidos sem saber onde era a plataforma, se do lado direito ou esquerdo. Não tem placas, não tem funcionários. Fui perguntando e encontrei. Sentamos pra esperar o trem. Até que foi anunciado que o próximo trem tinha sido cancelado. O seguinte era dali a 15 minutos. Ok, esperamos. Quando o trem passou, estava lotadissimo. Apinhado de gente, muita gente. Turistas e franceses. Gente com aquele CECE azedo. Putz. Maria dormia no meu colo. Me espremi por la, sentei no degrau do trem. Ainda bem que a viagem era rápida. Chegamos em Nice na estação central, compramos logo a passagem pra Gênova. Saída às 8:01. Caminhamos até a promenade des anglais, paramos no hard rock café. Pedimos duas entradas, um camarão e um trio de mini hambúrgueres. Victor pediu errado os sabores do meu hambúrguer e vieram super apimentados. Pense numa mulher com raiva 🙄 Maria jantou na cadeirinha. Apreciamos o por do sol em Nice. Saímos do hardrock após detonar o tradicional brownie com sorvete. Chegamos em casa, arrumamos as coisas e dormimos. 24/09/2019 - Nice-Genova -Milão Acordamos 6h com despertador. Victor estava nervoso pois o trem sairia às 8:01 para Gênova, tínhamos que sair antes das 7h, e não sabíamos direito se íamos de ônibus, Taxi, Uber ou a pé. Mas eu já tinha pesquisado números de telefone de táxis em Nice pra pedir. Sabia que a pé não ia dar certo... íamos demorar muito e cansar muito. Ônibus também não tinha por perto. Ele tomou banho, depois eu, Maria já acordada. Fechamos a mala, tiramos o último lixo, guardamos a louça da noite anterior, tiramos a roupa de cama e banho - tudo orientações do anfitrião do airbnb. Telefonei pro Taxi (em francês, cof cof), que chegou em 5 minutos. Coloquei um casaco e sapatos na Maria, deixamos a chave de casa na mesa e fechamos a porta... não deu tempo de fazer revisão minuciosa. Espero não ter esquecido nada. O táxi já estava aguardando lá embaixo. Um rapaz simpático, conversou conosco perguntamos de onde vínhamos, e depois elogiou meu francês e perguntou onde eu havia aprendido. Cof cof. Descemos na gare de nice ville, fomos checar a televisão que dá as informações dos trens. Tudo ok. Nos acalmamos e fomos nos despedir da França tomando um café crème et croissants na Paul. Normalmente preferimos patisseries locais e artesanais, mas a paul tem o melhor croissant de todos. E olha que eu testei vários, comi croissant todo dia. Logo deu 7:30, a plataforma de embarque já estava disponível. Corremos pra lá, pra garantir lugar pra mala. Embarcamos. Maria Inês ficou espoletando entre as cadeiras, e nós abestados com a paisagem. A viagem inteira foi margeando o mar Mediterrâneo. Foi lindo! De vez em quando entrávamos num túnel ou passávamos por alguma cidade, mas a maior parte do trajeto foi na beira mar. Vimos praias, prainhas, casas bem defronte pro mar, pescadores. Très belle la côte d’azur!!!!! No trem os anúncios eram feitos em francês e em italiano. Acompanhamos pelo Google maps nossa localização, depois de cruzar a fronteira França - Itália, os avisos passaram a ser em italiano e depois francês. Maria cochilou 40 minutos, e logo acordou. Ainda no trem percebi que as mulheres italianas são mais “presença”. Não lembro de, na França, alguma mulher ter chamado minha atenção. No trem, as italianas não passaram despercebidas. Postura, trajes, cabelos, Acessorios. Elas são belas e imponentes! Resolvi me aprumar mais pra não ficar “por baixo”. Coloquei meu óculos escuro e arrumei o cabelo. Victor colocou a camisa pra dentro da calça. Maria tirou o pijama e trocou de roupa. Chegamos em Gênova com atraso de 20 minutos - coisa que nunca aconteceu na França. Guardamos a mala e saímos da estação passeando pela beira mar/zona portuária de Gênova. Os prédios e construções antigas, muitos camelôs na rua, estávamos numa parte meio esquisita da cidade. Meio suja e desleixada, muita gente estranha na rua. Logo chegamos no Porto Antico, passamos defronte ao aquário de Gênova. Entramos no centro histórico, encontramos uma igrejinha que o Victor visitou e eu não pois tinha uma escadaria e não quisemos fechar o carrinho. O restaurante era em próximo e tinha acabado de abrir. O menu dava direito a 2 pratos, vinho e água. Pedimos: massa ao molho pesto, massa com um camarão estranho italiano, um hambúrguer de peixe com salada e salada de lulas. O pesto estava muito bom, super suave e delicado. A massa de “camarão” também estava gostosa, Com bastante alho e azeite. Victor não curtiu muito. Os outros dois pratos eram sem graça, poderia ter ficado sem. Maria almoçou sua comidinha. Saindo do restaurante voltamos pela rua paralela à beira mar, pela sombra. Ainda na região Porto, varios boxes com lojinhas de comércio informal. O aspecto de sujeira e falta de segurança permaneciam. Nada disso vimos na França. Continuamos o caminho de volta pra estação de trem caçando um gelato e uma focacia. Na rua que pegamos tinham vários departamentos da universidade de Gênova. Vários prédios diferentes, antigos, um ao lado do outro, todos pertencentes à universidade. Passamos pelo campus de ciências sociais, departamento de direito público e processual e de jurisprudência, dentre outros. Encontramos o gelato e a foccacia de queijo recco no HB. Ambos deliciosos. Pedi gelato de 3 chocolates e de baunilha com cookies 😁 Chegamos na estação de trem às 14:50. Compramos o bilhete pra Milão no trem das 14:19, que estava 5 minutos atrasado. Fomos buscar a mala que estava no locker... quando chegamos lá, o local estava fechado!! Bateu o frio na barriga. Por sorte tinham polizeis no meio da estação. Fui na mesma hora falar com eles, pois não tinha informação turística na estação. Expliquei o ocorrido. Destacamos toda a brigada policial - 3 polícias e 2 das forças armadas. Chegando no local, já estava aberto. “Fumare!” A polizei me explicou. Ah tá!! O responsável pelo bagageiro tinha saído pra fumar.😬🤷🏽‍♀️ Resgatamos a mala, peruamos pela estação até encontrar o caminho pra plataforma, e o trem já 15 minutos atrasado. Depois mais atrasos e de 14:19 saímos apenas 14:40. Muita gente viajando pra Milão, o trem está lotado. Maria fez popô... depois de nos instalarmos nos assentos, trocamos a fralda no banco do trem. Coitado do chinês que viaja do nosso lado. Já passamos do Piemonte. As paisagens foram de Campos verdes e montanhas ao fundo. 26/09/2019 - quinta-feira - Milão Acordamos 7:15, com a Maria Inês. Ficamos de chamego na cama depois papai tomou coragem e foi pro banho. Mamãe Wendy levantou com a nenem e foi preparar o café da manhã. Tomamos café, nos arrumamos, e saímos. Colocamos o pé pra fora e surpresa. O que é isso? Chuva? Nublado? Era neblina. Olhei no Google pra confirmar. O dia estava todo fechado, mas não chovia. Ufa! Victor adorou. Estava gostoso, nem calor nem frio. 18 graus. Nossa primeira parada era bem próximo de casa. Castelo Sforzesco, primeiro o parque, depois o museu. O parque é meio sem graça, não tem nada demais. Algumas árvores, um lago bereré e sujo com uns patinhos, poucas flores. Mas chamou atenção o forte perfume que vinha delas. Acho que são primas do jasmim. Íamos caminhando entre elas e o aroma era perceptível. Entramos no castelo, compramos o bilhete sem filas, mas já era mais de 10h, então antes de ver o museu sentamos no café pra dar a merenda da nenem e tomar um capucco. Maria comeu uma tangerina inteira mais um pedaço de croissant do papai. Após o lanche, ficamos peruando parece lesos procurando a entrada do museu. Pergunta de lá e de cá, os italianos dando informações estranhas e nós sem saber italiano pior ainda. Até que descobrimos e começamos a visita. Maria mamou e dormiu logo no início. O museu também é sem graça... tem peças decorativas de igrejas antigas tipo colunas, esculturas, tapeçarias. A melhor parte é a sala del asse, uma sala que foi toda pintada de afrescos por Leonardo da Vinci. Ele morou em Milão, no ducado de Ludovico, il Moro. Foi contratado pelo duque pra fazer a decoração do castelo. Dentre outros trabalhos que ele fez, esse foi o mais importante. Ele começou a pintar a sala, mas a invasão do exército francês o interrompeu, ele foi embora e ficou inacabado. Os soldados passaram uma camada de um tipo de tinta branca por cima de tudo. Em 1860, aproximadamente, o afresco foi descoberto. Um artista foi chamado pra fazer o restauro. Já nos anos 1970, decidiram retirar o restauro, a camada de tinta branca, pra tentar alcançar o afresco original. Em 2013 passou por novo tratamento. O museu fez um vídeo interativo muito interessante pra explicar tudo isso. Terminamos a visita e seguimos pro 1o andar, para a pinacoteca. Também sem graça. Tinha uma exposição de móveis bereré também. Saímos do castelo umas 12:30, seguimos pra basílica de Santo Ambrosio, onde se encontra o corpo inicorrupto do santo. No caminho, procurávamos um café pra sentarmos e dar o almoço da Maria. Todos os pequenos restaurantes que encontrávamos estavam com filas e muito lotados. Estávamos numa área comercial, tinham muitos italianos de terno e gravata saindo pra almoçar. Paramos num café restaurante pequeno também com fila, mas com mesas lá dentro. Fechamos o carrinho, sentamos na minúscula mesa e eu fiquei na fila pra pedir. Pedimos dois pedaços de uma pizza quadrada. O italiano que aparentava ser o dono do estabelecimento fez sinal para eu me sentar e sair da fila, mandou eu pedir pro “ragazzo”. Me sentei, tirei as comidas da Maria e fui pro balcão esperar uma oportunidade, no meio da confusão, pra pedir que esquentasse no microondas. Ele me mandou sentar e esperar. Kkk fiquei em pé, sem entender direito o que ele dizia. Mas continuei em pé no balcão. Esperei pacientemente. desafogou um pouco, ele me deu um prato e esquentou o almoço da nenem. E nada do nosso pedido. Esperamos muito, até que o ragazzo (um garçom ) veio na nossa mesa, reiterei o pedido. Demorou mais ainda. Até que a comida chegou. Maria estava quase terminando de almoçar. Pelo que entendi, ele atende primeiro os pedidos pra levar e depois os pedidos nas mesas. 🤷🏽‍♀️ Saímos daquela confusão, chegamos na basílica, visitamos. Vi o esqueleto do santo! 💀 Voltamos pelo mesmo caminho e paramos em outra igreja, uma meio despintada, mas que é considerada a capela sistina de Milão. Muito bonita mesmo. Toda pintada com afrescos. De lá fomos pro cenáculo, não tínhamos ingresso (tentei comprar pelo telefone, ainda do Brasil, e nunca consegui. Não sei qual o macete pra conseguir esses ingressos, eles esgotam muito rápido) nem conseguimos comprar na hora. Não entramos. Visitamos a igreja ao lado, que tem uma obra do caravaggio. Li que naquele local originalmente tinha uma obra de tiziano, roubada e que hoje está no louvre. Fiquei me perguntando se não há nenhuma regra, acordo ou ética internacional sobre esses roubos, porque continuam nos museus em vez de serem devolvidos pros donos originais? Tentamos visitar a casa do Leonardo mas também estava com ingressos esgotados. Ficamos meio triste. Eram 16:40, Maria dormiu. Andamos de volta pra casa na esperança de parar num restaurante e tomar uma taça de vinho. Os outros pontos turísticos de interesse eram muito afastados e queríamos chegar cedo em casa pois amanhã é dia de deslocamento. Nos perdemos e quando nos achamos já tínhamos desistido do vinho. Viemos direto pra casa. Jantar, banho, arrumar mala, dormir. Amanhã vamos pra Veneza no trem das 8h. 27/09/2019 - sexta-feira - Milão / Veneza Acordamos atrasados. Em vez de 6h, só despertamos 7h. Tomamos banho apressados, guardamos pijama e necessaire, colocamos o sapato na pequena e saímos pra stazione Milano Centrale. Chegamos lá 8:36. O trem que queríamos pegar saiu 8:25. Tudo bem, ele custava só 20 euros mas levava 4 horas pra chegar em Veneza. Pagamos mais caro no trem das 9:45, o Frecciarossa que leva 2:26 pra fazer o mesmo trajeto. Enquanto esperávamos, tomamos café na estação. Capuccino e croissants. Maria comeu abacate, croissant e quis tomar capuccino conosco. Agora ela quer comer tudo o que comemos. Gelato, capuccino, massa. Tudo o que ela vê a gente comendo, abre a boca também pedindo pra comer. Daí a explicação daquela foto de boca aberta e o gelato. Assim que a plataforma foi informada, levantamos acampamento e seguimos pro embarque. No trem, estávamos em cadeiras separadas. Creio que por termos comprado a passagem em cima da hora, sobraram só lugares distantes um do outro. Pedi pro passageiro que ia ao lado do Victor pra trocar de lugar comigo. Ele disse não. Fiquei com raiva e comecei a bolar planos de vingança👿 Levantei da minha cadeira com a Maria e levei pra trocar, no colo do Victor. Infelizmente não tinha popô. Na fileira ao lado, uma família com uma filha e um filho, de 6 e 4 anos respectivamente. Maria, que adora fazer amigos, se animou e foi interagir. Fiquei em pé com ela, conversando com os pais e as crianças. A mãe, Eleonora, é tradutora italiano -inglês/russo. O pai Michele acho que é jornalista. As crianças, Niccolo Roberto e Martina. São de Bira, no sul da Itália. Martina adorou a nenem e ficou brincando com ela. No final, já estava protegendo a cabecinha da quina da mesa, dizendo “não” quando ela ia pegar algo do chão, levando pra passear e trazendo de volta kkkkk Eles iam pra um parque de diversões estilo Disney, que tem aqui próximo a Verona. No final, a despedida foi longa. Muitos “ciaos”, praccere em conhecere, beijos e abraços, e mais ciaos. Convites para ir a Bira e a Belem. Nossos amigos foram embora, Maria continuava elétrica. Resolvi colocar o iPad com galinha pintadinha. Troquei de lugar com o Victor, e sentei ao lado do italiano insensível que não quis trocar de lugar. Pelo que percebi, ele estava se preparando pra uma apresentação de power point, pois vi as impressões dos slides e ele lia e relia e falava sozinho. Coloquei a galinha pintadinha num volume baixo, pra quem estava longe. Ele começou a falar em voz alta e repetir as coisas pra si mesmo, como se esforçando pra manter a concentração. Ri sozinha. Minha vingança havia se completado. HUA HUA HUA. 😈 30 minutos depois, nenem se enjoou do iPad. Mamou e dormiu. Chegamos em Veneza, ela se acordou na saída do trem. Logo pegamos o trem seguinte para Spinea, cidade vizinha a mestre, onde estamos hospedados. A casa fica logo atrás da estação de trem. Quando descemos, pegamos o caminho errado e demos uma volta desnecessária. O Google da o endereço errado, o que eu já sabia. Ficamos vagando em busca do N. 33, até que achamos, de fato, atrás da estação. Percebemos que tínhamos andado demais, sem necessidade. Kkk A casa estava toda fechada, com correspondência acumulada na caixa de correio. Eu estou sem créditos no celular, sem internet. Tentei telefonar para a anfitriã mas escutei uma mensagem em Itáliano, não entendi o que dizia. Presumi que era uma mensagem avisando da falta de créditos e que a ligação não havia sido completada. Fiquei tentando decidir o que fazer, bolar os planos B, C e D... Um senhor de bicicleta chegou na casa ao lado, então o abordei perguntando se conhecia a pessoa que morava ali na casa 33. Ele não falava um pingo de inglês. Disse que o portão da garagem ficava sempre aberto, e que era estranho estar fechado. Perguntei se era a “Donna” Sonia que morava Ali; ele disse que sim. Me perguntou se eu havia telefonado, eu tentei explicar que meu telefone não funcionava. Ele pediu o numero, ia ligar do celular dele. Nessa hora, a tal Sonia me liga dizendo que chegaria em 5 a 10 minutos. Ufa!! Já estava tensa. Uns 15 a 20 minutos depois ela chegou, abriu a casa. O check in estava marcado pras 15h, e ainda eram 12:45. O quarto estava ainda desarrumado, outros hóspedes haviam desocupado recentemente. Ela disse que ia preparar o quarto, e que era pra esperarmos na sala. Deixei nossas tralhas no quarto, demos o almoço da Maria, trocamos fralda, e saímos no trem das 14:14. Nessa estação, spinea, o trem passa sempre aos 14 e aos 41 minutos de cada hora. Chegamos em Veneza, linda! Fomos logo tirando fotos, depois seguimos pro restaurante antico Gaffaro, onde jantamos também na nossa chegada em Veneza, em 2016. Fizemos o mesmo trajeto, vimos os mesmos locais e ficamos lembrando da nossa chegada em 2016, a noite, -2ºC. Achamos o restaurante, sentamos e pedimos a comida. Eu estava urrando de fome. Pedi carbonara e Victor, amatriciana. Maria novamente mostrou interesse na comida, bem enfaticamente na verdade, ela praticamente exigia comer também. Eu comia uma garfada e dava uma outra pra ela. Nos deliciamos num dos melhores almoços da viagem. Pedimos meio litro de prosecco da casa. Aproveitei pra dar o lanche da Maria, pois já eram 15:30. Saímos do restaurante de alma leve... Veneza está lotada, apinhada de turistas. Fomos caminhando com dificuldade pelas ruelas, em direção à praça de São Marcos. Tomamos gelato, o qual também foi dividido com a Maria Inês, que abria a boca e só fechava quando colocávamos a colher suja de sorvete na boca dela. “Uma pra mamãe, uma pro papai, uma pra nenem”. Tive que me esconder com o sorvete pra ela não pedir mais. Andamos, andamos, andamos até a praça. Chegando lá, mais turistas. Dificuldade em tirar fotos, de tanta gente. Fotos fotos fotos, Maria andou, perseguiu os pombos, caiu, levantou, chorou, fez popô. Fomos em busca do banheiro público pra trocá-la. Chegando lá, era pago, 1,50 euros. Não quis pagar, trocamos no carrinho mesmo. Dei peito e ela dormiu. Fomos em busca de um bar a vins. Encontramos, mas estava aberto só para jantar. Desistimos. Já eram 18:00, decidimos voltar pra estação Santa Lúcia e ir pra casa. Andamos de volta, desviando de turistas, chinas etc. paramos no supermercado, não tinha frango nem picadinho, nada de carne. Não encontramos outro super. Chegamos em Santa Lúcia as 19:15. Pegamos o trem das 19:40. Dei o jantar da nenem dentro do trem. Chegamos em casa, procedimentos de banho e dormir. Eu estava muito cansada da maratona. Pra passear com a Maria, temos que carregar o carrinho em todas as pontes. Minha mão ficou cheia de Calos e eu cansei demais. Não gostei... no dia seguinte vou levar o canguru. Os turistas são chatos, me incomoda demais. Em dezembro de 2016 a cidade estava vazia, transitável, apesar do frio de rachar. Agora é turista pra todo lado, eles são mal educados, não tem sensibilidade com os bebês nem com as famílias. 28/09/2019 - sábado - Veneza Hoje nosso dia começou todo enrolado, saímos atrasados de casa porque nos enrolamos fazendo a comida da nenem, o trem atrasou, enfrentramos uma fila enorme pra pegar o vaporeto pra Murano, com direito a “barraco” que quase chegou às vias de fato com um turista que, tentando atravessar a fila do vaporeto que cruzava toda a calçada, se aborreceu e empurrou o carrinho da neném (no sentido contrário ao das rodas, ou seja, com real risco de tê-lo derrubado com a criança sentada nele). Saí esbravejando atrás do cara, e tive que ser contida por outros turistas. Victor ficou parado na fila, segurando o carrinho e achando graça. Fiquei ensandecia e tremia de raiva.Enfim. Chegando em Murano, nos perdemos um do outro, depois nos encontramos, e andamos muito tempo pra encontrar a estação do vaporeto pra Burano, e quando encontramos, adivinha? Uma fila ainda maior. Depois de tanta tensão, seja pelo barraco com o velho, seja por ter me perdido do Victor, tudo isso sob um sol de lascar: Desistimos... voltamos tuuudo de novo pra Veneza. Chegamos exaustos e com a sensação de um dia perdido. Fomos almoçar no Chat Qui Rit, um bistrot sofisticado, caro, bom atendimento, comida conceitual, pouca, até gostosa mas não me convenceu. Mais sensação de derrota. Após o almoço, ainda no restaurante, eu decidi trocar a fralda da Maria Inês. Descobri que havia esquecido de colocar fraldas descartáveis na mochila. Desespero bateu de leve… Comecei a procurar uma farmácia por perto. Por providência divina, havia uma farmácia a 1 minuto de distância. Fui, comprei um pacote de fraldas quanse chorando de felicidade. Em Veneza tudo é distante, com muitos turistas, difícil de transitar. Já estava imaginando ter que andar muito pra encontrar essa fralda, e depois retornar ao restaurante, o transtorno que seria.. Veneza apinhada de gente, difícil de transitar entre os turistas, ainda mais com carrinho de bebê. Eu estava cansada, suada, com calor, insatisfeita com o dia e questionando minha escolha de vir a Veneza. Logo eu, que amo tanto a cidade... Decidimos levar a bebê pra brincar no giardino, andamos bastante, graças a Deus as pontes da margem a partir de St. Market têm rampas. Quando chegamos no jardim a bebê já tinha dormido. Ficamos descansando. Decidimos tomar uns drinks em alguma osteria pelo caminho. Estávamos, à essa altura, no bairro de Castello. A quantidade de turistas já havia diminuído significativamente 🙌🏽 pudemos caminhar com tranquilidade e calma, e a sensação boa de estar na “nossa” Veneza voltou. Sentamos num bar à beira do canal, pedimos bruschetas de bacalhau e marguerita e prosecco e aperol. Divino! Repetimos! Ficamos observando os casais que chegavam à beira do canal. Crianças no andar superior de uma casa estavam se fantasiando e vinham à janela acenar pros transeuntes. Fiquei acenando de volta. Ufa! As coisas começavam a dar certo, finalmente. O sol já tinha esfriado, quando saímos do bar demos de cara com ele, ali todo pomposo. O fim de tarde estava lindo e tivemos oportunidade de assistir ao pôr do sol de “camarote”, em Castello. Que presente! O pôr do sol foi um dos mais incríveis que já vi na vida e ficará na memória pra sempre. Fiz time lapse, muitas, muitas muuuuuuuuitas fotos. Voltamos à ferrovia de vaporetto e fomos admirando o show de cores no céu, após o anoitecer. Ele ia mudando de cor, de laranja para lilás. Gratidão 🙏🏽 29/09/2019 - domingo - Veneza e Pádua Último dia em Veneza! Acordamos, nos aprontamos, pegamos o trem de Spinea para Veneza. Iríamos assistir à missa Tridentina numa igreja defronte à estação Santa Lucia, na Chiesa de San Simeon Piccolo. Chegamos um pouco cedo para a missa, então resolvemos tomar café em algum lugar. Saímos procurando onde sentar, havia uns hóteis pequenos que serviam café nas mesas do lado de fora, mas achei os preços salgados demais. Seguimos andando meio sem rumo pelas redondezas, cruzamos uma ponte bem pequena e resolvemos parar num local que tinha preços melhores e ficava à beira do canal. Pedimos o tradicional café, suco de laranja e croissant. O croissant estava horrível, mas o café e suco de laranja, ótimos. Maria ficou zanzando por lá, revezávamos eu e Victor pra acompanhá-la. Pagamos e fomos pra missa. Pensei que ela iria dormir durante a celebração, mas não rolou. Ficou muito sapeca durante toda a missa e acabou cativando o casal que estava sentado no banco de trás. Após a missa, seguimos para a ponte de Rialto, onde iríamos realizar um último desejo em Veneza: almoçar à beira do canal. Escolhemos almoçar no mesmo restaurante que papai e mamãe haviam passado no ano anterior, “Al Buso”. Andamos muito, seguindo as placas amarelas que indicavam o caminho “per Rialto”, acompanhados de muitos turistas. Finalmente chegamos no restaurante. Conseguimos uma pequena e espremida mesa para duas pessoas, mais o espaço para o carrinho. Infelizmente a mesa não estava exatamente à beira do canal, ficamos separado dele por uma outra mesa, que logo vagou e foi ocupada por um casal de chinas. Mas tudo bem. A vista estava ótima, a comida saborosa, realizamos nosso desejo. Não pude deixar de me incomodar com a quantidade absurda de turistas que se amontoava ao redor do cordão de proteção que o restaurante coloca na calçada para delimitar seu espaço. Ocorre que ali ao lado, bem “rente” tem um popular ponto de tirar foto com a ponte. Mas tentei abstrair e me alegrar e aproveitar ao máximo aquela experiência. O garçom esquentou a comida da Maria Inês, ela comeu, depois eu comi. Meu prato estava super apimentado, depois pedi pra trocar com o Victor. Saindo de lá, fomos trocar fralda da Maria Inês. Paramos num dos banheiros públicos da cidade, e lá chegando havia um grande cartaz informando que menores de 6 anos não pagavam a entrada no banheiro. Pedi a entrada para a bebê, e a servente me cobrou 1,50 para a minha entrada. Expliquei que eu não iria usar o banheiro, somente a criança. Ela insistiu que eu deveria pagar. Eu respondi que não estava entendendo, pois o cartaz dizia que era grátis. Ela partiu pra ignorância. Começou a falar em italiano, perguntou se eu falava italiano, ao que respondi que não. Então começou a me dizer que eu se eu viajava para a Itália, deveria falar italiano. Não fiquei calada, respondi em português mesmo um monte de coisas. Desci, abri o carrinho e troquei a fralda lá na frente mesmo. Seguimos pra estação Santa Lucia, pegamos o trem para Padua, onde iriamos visitar a capela do Giotto. Na estação de Padua, bem pertinho, fomos ao banheiro trocar a fralda da nenem, não pagamos nada e depois o funcionário ainda me deixou usar o banheiro de graça. Andamos até a capela. A cidade estava muito diferente do que havíamos visto em dezembro! Passamos pela ponte, pelo parque, que estava todo dourado do outono. Chegando no museu, compramos o ingresso, tomamos um café, dei lanche pra Maria, assistimos a apresentação mutimídia que antecede a visita, depois fomos para a fila pra entrar na capela. A entrada é muito burocrática por conta da preservação dos afrescos. Lá dentro pudemos contemplar a riqueza e a singularidade das obras de Giotto. Ficamos embasbacados com a beleza e a histórioa do local. Tiramos fotos enquanto tentávamos conter a bebê que estava bastante danada. 15 minutos depois, nosso tempo terminou. Saímos do museu e fomos pro jardim. O sol estava se pondo, mais ou menos igual à nossa visita em 2016. Tentei reproduzir a mesma foto que fiz na época, agora no outono e já com um rebento no colo. O jardim estava animado, com barraquinhas de comida, música e várias famílias e jovens por ali. Sentamos, Maria Inês dormia. Victor foi buscar prosecco e pizza para nós. Nossa despedida da Itália não poderia ter sido melhor! Voltamos de trem para Spinea. Maria Inês jantou, dormiu, arrumamos nossas coisas pra viagem do dia seguinte, rumo à Lisboa. 30/09/2019 - segunda-feira - Veneza/Lisboa Acordamos cedo, pegamos nossas coisas e saímos sem tomar café. Maria tomou café no trem e nós no aeroporto, quando chegamos. Pegamos um trem para Mestre e de lá, depois de nos enrolar um pouquinho, pegamos o ônibus para o aeroporto. Estava meio ansiosa para a viagem de avião. Chegamos extremamente cedo e com muita antecedência no aeroporto Marco Polo. Sentamos num cafe, comemos e ficamos por ali. Depois, despachamos a bagagem, fizemos o check in e entramos no embarque. Pegamos o avião para Lisboa, lá chegamos, tentei colocar créditos no meu chip sem sucesso. Compramos um ticket de ida e volta da linha de ônibus do areo, que nos deixou bem perto do nosso airbnb em Lisboa. Nos acomodamos e resolvemos sair para jantar num restaurante que já havíamos pegado recomendação e tínhamos planejado ir em 2016, mas a visita foi frustrada por conta do nosso atraso de vôo na época. Era o restaurante Laurentina, o Rei do Bacalhau. Saimos de casa e fomos andando pela Av. Fontes Pereira de Melo rumo ao Parque Eduardo VII. Eu estava mole e febril. Tomei remédio. Paramos num café do parque para lanchar. Maria tomou suco de laranja e eu fiz amizades com duas mães que estavam ali no parque brincando com seus bebês. Seguimos pelo parque acima, tiramos fotos no monumento no topo da colina. Seguimos pela rota do google maps até o restaurante. Lá, pegamos uma mesa. Eu pedi um bacalhau cremoso e Victor um bacalhau com batata. Maria Inês jantou sua comidinha. Voltamos a pé por outro lado do parque, paramos no supermercado, compramos alguns mantimentos e fomos pra casa. Maria Inês dormiu no carrinho. Chegando em casa, transferi pra cama, tomei banho e dormi. Victor ficou cozinhando as refeições da Maria dos próximos dias. 01/10/2019 - terça-feira - Lisboa Acordamos, tomamos café, nos arrumaomos e saímos a pé pela Av. Pereira de Melo, chegamos ao monumento do Marquês de Pombal e seguimos na Av. da Liberdade. A avenida é larga, tem vias principais no meio e menores nas laterais. É toda encoberta com árvores e o calçadão de pedras, com banquinhos e coretos, além de lojas de grifes e marcas famosas. Lembra muito o estilo da praça da República. Chegamos no final da avenida, paramos pra comer pastel de nata, e seguimos passeio. Desembocamos na praça do Monumento dos Restauradores, depois pela praça DOm Pedro IV e finalmente na rua Augusta. Paramos novamente para mais um pastel de nata. No fim da rua Augusta tem o Arco da Augusta, que dá vista para a praça do Comércio e o Tejo. Não tiramos foto na praça nem no Tejo pois o sol já estava escaldante. Subimos uma íngreme ladeira para o Museu de Santo Antonio de Lisboa, e em seguida para a Catedral. Quando chegamos ao topo, demos lanche pra neném, num banco da praça, e descobrimos que ela havia feito popô. Na hora de trocar, adivinhem. Mais uma vez eu havia esquecido de colocar fraldas descartáveis na mochila. Tivemos que descer TUDO pra rua Augusta, onde tinha uma farmácia. Compramos a fralda, trocamos e subimos DE NOVO para o museu. Depois do almoço, descobrimos que tinha lá perto o elevador de Santa Justa, que teria poupado nosso sacrifício. Visitamos o museu de Sto Antonio, que é a casa onde ele nasceu, que enfatiza bastante como o Santo é na verdade de Lisboa e não de Padua. De lá, fomos pra Catedral. O ponto alto dela é… o alto! O andar superior da Catedral dá pra uma linda vista do Tejo. Saindo da Igreja, zanzamos muito em busca de um restaurante. Eu já estava urrando de fome. Maria estava dormindo. Paramos num boteco, pedi sopa pois já estava cansada das comidas de restaurante. Victor pediu ….. Maria acordou, comeu. De lá seguimos para o Castelo de São Jorge. Pegamos o elevador, caminhamos mais um pouco e lá chegamos. Mais uma vez nos aproveitamos, justamente, da prioridade da Maria, e logo entramos no castelo. Tiramos fotos, tomei sorvete, apreciamos a vista, seguimos visitando o castelo e terminamos tomando um café. Surpresa: no café tem vários pavões que sobrevoam e ficam pendurados nas árvores. Voltamos pelo elevador para a parte baixa e descemos pra praça do Comércio. O sol estava brando e tiramos fotos à beira do Tejo. Finalizamos o dia no Time Out Market, mercado da Ribeira. Um mercado moderno e novo, que reúne o melhor da gastronomia portuguesa e também internacional. Ele estava lotadíssimo, com dificuldade encontramos uma mesa. Demoramos muito na fila para pedir nossa comida, primeiro o Victor, depois eu, para não perder a vaga. Ele pediu.. e eu comi um hamburguer de uma das mais famosas hamburguerias de Lisboa. A comida estava deliciosa. Tomamos refrigerante e vinho branco. Demos também a janta da Maria Ines. De lá, pegamos um ônibus para casa. 02/10/2019 - quarta-feira - Lisboa Acordamos e decidimos tomar café numa padaria próximo de casa. Chegamos, comemos, o capuccino não é a mesma coisa que na Itália. Frustrante. Mas já sabíamos essa lição. Em Portugal, coma pastel de nata. Na Itália, tome capuccino. Na frança, coma croissant. Não tem erro. Houve um pequeno incidente na padaria. Deixei a neném “solta” para andar e brincar. Ela bateu a testa numa das mesas. Ia ficar tudo ok, se não fosse um casal que estava próximo e fez um escândalo. Ela chorou, eles ficavam gritando “cadê a mãe dessa criança?????????” e eu sentada observando a cena, decidindo o que ira fazer. Peguei a neném, acalmei. Tomamos nosso café. Saindo de lá, paramos de volta em casa pra passar uma pomada no dodoi e depois fomos pro ponto esperar o ônibus que nos levaria até Belém. Depois de uma looooooooooooooooooooonga viagem que serviu de city tour, chegamos em Belém. Descemos num ponto antes do destino final, paramos numa padaria para comer mais um pastel de nata, brincamos com a maria ines numa praça e depoois num parque que tinha no meio do caminho, até que chegamos no Mosteiro dos Jerônimos. Lá ficamos super perdidos, entramos numa fila sem saber que era só pra visitar a Catedral, depois tivemos que sair e comprar o ingresso do outro lado da rua, e depois votlar pra entrar no Mosteiro. A hora ja estava avançada e o sol de lascar. Visitamos o Mosteiro, dei lanche escondido e acobertada por uma das funcionárias, sentada no chão com a neném. Tiramos fotos, o sol realmente estava muito mas muito quente. Saímos de lá e fomos procurar algum lugar pra almoçar. Catei um wi-fi grátis e encontrei um restaurante ali próximo. As ruas estavam desertas o que deixou tudo meio estranho. No restaurante, que estava lotado, comemos e demos o almoço da neném. Saindo de lá, seguimos no sol para a torre de Belém. Eu estava com tanto desconforto pelo sol que desisti de ir na Torre. Victor foi sozinho e eu fiquei com a Maria Inês aos pés da ponte, na única sombra que havia no local. Dei de mamar e ela dormiu. Fiquei descansando até ele voltar. De lá, voltamos pro Mosteiro e pegamos o ônibus para o Oceanário. Muita gente faz o mesmo percurso, e o ônibus estava lotado. Fomos em pé. Maria dormindo a maior parte do trajeto. Depois de uma também longa viagem, chegamos ao Oceanário. Fizemos um pit stop no restaurante, demos o lanche da neném e começamos nossa visita. O Oceanário é muito legal! Vale muito a pena para adultos e crianças! Eu me encontei com os peixes e animais marinhos, e também a bebê aproveitou. Primeiro teve medo, mas depois foi se habituando. Fez amizade com um bebe francês. Terminamos o passeio e queríamos jantar por ali, que é uma região mais moderna de Lisboa. Seguimos para um shopping, rodamos por lá em vão, o shopping é péssimo e não achamos lugar nenhum para comer. Fiquei aborrecida com isso. Pegamos o metrô de volta, demos o jantar da neném já tarde. Pedimos KFC pelo iFood. Fiquei bastante aborrecida com Lisboa por causa disso. 03/10/2019 quinta-feira - Fátima Acordamos cedo para ir para Fátima. Eu queria desistir e ir ao zoológico, pois estava ainda empolgada com a vibe do oceanário. Mas Victor não deixou, insistiu em ir para Fátima. Tivemos certa dificuldade para encontrar a rodoviária e depois para comprar o ticket, pois não aceita cartão, só dinheiro. Conseguimos e embarcamos na viagem de 2h30. Chegamos lá, fomos direito pro Santuário. Estava na hora do almoço e resolvemos primeiro forrar o estômago, depois visitar. Pegamos indicação de restaurante em um blog, e resolvemos segui-la. Deu certo. A comida era saborosa e o atendimento foi fantástico, um garçom super simpático que nos deixou felizes. Depois de almoçar e dar o almoço da Maria, fomos pro Santuário. O sol estava muito forte. Visitamos a Igreja e a Capela onde houve a aparição. Em torno da Capela ficam bancos, ela é coberta, e sempre está tendo algum tipo de cerimônia ou celebração, ou adoração, ali. Na Igreja, tem os tumulos dos pastorinhos. Tudo meio modernoso, meio feioso… para quem não curte as coisas modernas. De lá, fomos na igreja nova que é pior ainda. Um auditório. Estava tendo missa e não entramos. Voltamos para a rodoviária e ficamos esperando o ônibus de volta pra Lisboa. Chegamos e íamos pra casa arrumar nossas coisas pra viagem do dia seguinte. Mas estava muito cedo… ainda no ôniubs, que tinha wifi gratis, começamos a procurar um rooftop bar em Lisboa e eis que encontramos o Limão Rooftop, que era num hotel bem próximo de casa, com avaliações boas. Resolvemos arriscar! Demoramos um pouco pra chegar porque tinha uma escada (Lisboa tem essas escadas estranhas), mas chegamos lá! Apesar de estar bem cedo, não tinha mais mesas e ficamos num sofá esperando. Enquanto isso, tomamos vinho verde, petiscamos uns peticos MARAVILHOSOS e Maria Inês ganhou um kit infantil para se divertir e se distrair. Tomamos várias taças de vinho e degustamos vários petiscos. Demos o jantar dela ali mesmo. No final, desistimos da mesa que vagou, pois já estávamos bem acomodados no nosso sofá, com a vista que queríamos. Foi um belo e excelente fechamento da nossa viagem. Tiramos fotos incríveis do por do sol com Lisboa ao fundo, e depois Lisboa à noite. Voltamos pra casa, colocamos a nenem pra dormir e arrumamos as coisas pra viagem do dia seguinte. 04/10/2019 - sexta-feira - Lisboa / Belém Preparativos finais para o retorno. Dei falta do iPad. Procuramos em todo lugar e nada. Resolvemos ir até o Rooftop da noite anterior. Eu estava bastante tensa. Chegando no hotel, o bar estava fechado. Informei o caso e a atendente prontamente voltou de lá com meu iPad. O vinho verde faz isso! Na volta pra casa, tomamos café no mesmo local do primeiro dia, que era uma delícia. Voltamos pra casa, juntamos nossas coisas, que deu um trabalho enorme, pois apesar de não ter comprado absolutamente NADA de souvenirs - exceto uns 5 sabonetes de lavanda - a mala parece que não queria mais fechar. Provavelmente a falta de organização. Pegamos o ônibus pro aeroporto, e na hora do check in, a atendentente de mau humor e rabugenta resolveu frescar com o peso da nossa mala. Tiramos algumas coisas até chegar a um peso aceitável - mas ainda superior ao que tínhamos comprado. Check in feito, resolvi me presentear com maquiagens da Inglot. Eu merecia. Victor ficou dando frutas pra nenem enquanto eu comprava. Seguimos pra imigração, controle, etc etc. Esperamos bastante pra embarcar. Fomos pro playground e trocar fralda da neném. Ali percebemos que estava quente… febre. Houve um estresse e tensão pois não conseguia encontrar o frasco de paracetamol dela. Depois de muito procurar e tentar manter a calma, consegui. Demos o remédio e ela ficou brincando. Almoçamos Mc Donalds, depois embarcamos finalmente. Durante a viagem, novos picos de febre. Foi medicada, porém não baixou e logo subiu de novo. Tivemos que fazer compressa morna com a ajuda da aeromoça, que depois deu a dica - que sabíamos mas tinhamos esquecido - de tirar as roupas dela para ajudar a febre baixar. Deu certo. Chegamos no Brasil com ela dormindo no canguru - foi acordada por gritos estridentes. Em casa, ficou brincando até mais tarde. Dormiu tarde e acordou no horário habitual: 6h. Um dos meus receios e insegurança era ela não se adaptar ao fuso. Quanto a isso não tivemos problema algum. Na ida, ela acordava tarde e isso não era problema. Na volta, acordou e dormiu normalmente no dia seguinte. Ah, a febre passou também no dia seguinte.
  8. Olá pessoal, Fiz um longo texto acerca da minha viagem para Itália. Mas, desta vez, vou dividir em 2 tópicos: o planejamento e a própria viagem, já que, com a pandemia e o euro nos céus, só podemos fazer essa primeira parte mesmo. EDITADO
  9. Após a viagem para a Itália comecei a pensar qual seria o nosso próximo destino internacional para janeiro de 2020, época em que minha esposa pode tirar férias. Queria conhecer algum lugar com passagem mais em conta. Pensei inicialmente em passar uma semana em algum lugar do Caribe, mas os preços das passagens estavam semelhantes aos da Europa. Voltei a focar novamente no velho continente. Existiam várias possibilidades: conhecer o Reino Unido, ou o trio Holanda, Bélgica e Luxemburgo, ou ainda a Alemanha. No fim escolhi a França. As passagens foram compradas ainda em junho de 2019. Consegui novamente pela LATAM um voo direto de Guarulhos para Paris por R$ 2.497,69 por pessoa através do Maxmilhas, com direito a mala despachada e marcação de assento. De todas as vezes que fiz simulações antes e depois da compra, só vi preço menor para a mesma época em um voo da Aeroméxico com escala no México, algo em torno de R$ 100,00 a menos, mas com a viagem durando o dobro do tempo. A saída do Brasil ficou para o dia 16/01, às 23h30, e a saída da França no dia 30/01, às 21h30. Na prática, teríamos 14 dias para aproveitar o país. Roteiro Definida as datas, era hora de montar o roteiro. De certeza eu só tinha duas: Paris e Nice. Achei que 4 dias inteiros em Paris, com um bate-volta em Versalhes, e 2 dias em Nice, com outro bate-volta em Mônaco, seriam suficientes. Para Nice foi. Como era inverno, não via muita lógica em conhecer as diversas cidades da Côte d’Azur. Além de Mônaco, aproveitaria para dar uma passada em Èze e Saint-Jean-Cap-Ferrat. Para Paris, os 4 dias seriam suficientes se fossem no começo da viagem, mas como deixei para conhecer a cidade no fim, o cansaço bateu forte e um quinto dia teria sido muito bem vindo. Saí da cidade com a certeza que deixei coisa para trás e com a certeza maior ainda de que voltarei lá na próxima ida para a Europa. Os outros locais escolhidos para visitar foram Marselha ou Cassis, por conta do Parque Nacional dos Calanques, Carcassone, e o Vale do Loire, montando base em Tours. Deixei o Monte Saint Michel de lado. Era ele ou Carcassone. Preferi a segunda opção. O deslocamento de Paris para Nice poderia ter sido feito de trem ou avião em um dia. Pensei também em fazer uma parada de 1 dia para conhecer Lyon, mas as atrações da cidade não me chamaram tanta atenção. Como tinha alguns dias em aberto, resolvi adotar uma solução diferente. Peguei um trem de Paris à Basileia, pernoitei na cidade suíça, depois peguei outro trem para Milão para atravessar a Suíça e poder conhecer as paisagens dos Alpes. Por fim, mais um trem até Nice. O roteiro ficou assim: 16/01 – Saída do Brasil 17/01 – Paris 18/01 – Basiléia 19/01 – Milão 20/01 – Nice 21/01 – Nice/Mônaco 22/01 – Marselha 23/01 – Carcassone 24/01 – Tours 25/01 – Tours 26/01 – Paris 27/01 – Paris 28/01 – Paris/Versalhes 29/01 – Paris 30/01 – Retorno ao Brasil Algumas decisões foram acertadas, outras nem tanto. O deslocamento até Nice passando pela Suíça e Itália tomou bastante tempo, mas valeu a pena pela paisagem única. Também gostei de Nice. Sobre Mônaco, eu tinha uma expectativa meio exagerada da cidade por ser a sede de uma das maiores corridas de carro do mundo. É apenas um local bacana. Como estava com duas idosas junto comigo, não cogitei fazer o passeio de trilha pelos Calanques de Marselha ou Cassis. A ideia sempre foi o passeio de barco, mas no inverno é muito difícil dele ocorrer, seja pela baixa temporada, seja pelos fortes ventos que costumam soprar no local. Carcassone infelizmente não foi possível visitar devido a problemas climáticos que relatarei mais a frente. Dois dias em Tours para conhecer o básico do Vale do Loire foi mais que suficiente. Como dito antes, os quatro dias em Paris seriam suficientes se fossem no início da viagem, quando ainda estava descansado. O que eu mudaria no roteiro? Primeiramente, focaria em Paris no início da viagem. É a cidade mais interessante e é bom estar bem disposto para as inúmeras atrações. Descartaria a visita aos Calanques se o foco for o passeio de barco no inverno. Apesar de ter me surpreendido com Marselha, também tiraria ela do roteiro se não for para conhecer os Calanques. Esse dia a mais eu usaria para visitar o Monte Saint Michel ou ainda Mulhouse, por conta do Museu do Automóvel espetacular que a cidade tem. Se focasse a viagem totalmente na França, os dois dias que usei para Basileia e Milão provavelmente seriam transferidos para conhecer a Normandia ou Estrasburgo. Os deslocamentos entre as cidades foram todos feitos de trem. Aluguei um carro em duas ocasiões: conhecer o Vale do Loire e fazer o percurso de Nice a Mônaco, além de andar pelas mesmas ruas onde é disputada a corrida de Fórmula 1. Inicialmente também tinha a ideia de ir de Nice a Marselha com parada em Cassis de carro, mas alterei a forma de deslocamento no meio da viagem por motivos que exporei adiante, e acabei fazendo esse trecho também de trem. Algumas curiosidades antes de continuar o relato Vamos começar pela comida. Alimentação é algo muito importante na França, provavelmente o país com a gastronomia mais famosa do mundo. E não é por menos. Come-se muito bem lá. O preço de uma refeição em um restaurante razoável é equivalente ao da Itália, mas a comida é muito mais bem servida e mais variada. Esqueça aquelas coisas de televisão onde é servido um pouquinho de comida por um preço absurdo. Talvez seja assim em restaurante chique. Um prato francês normalmente já vem completo, com uma opção de proteína e carboidrato, quase sempre alguma variação de batata nos pratos mais básicos. Mas para quem estiver disposto a experimentar coisas novas, há diversos carboidratos diferentes. Por exemplo, comi um purê de beterraba em Marselha que era coisa de outro mundo. Os franceses amam tanto sua culinária que os funcionários e, não raras vezes os próprios chefs de cozinha, vinham à mesa perguntando se a comida estava gostosa. Isso mostra a preocupação em servir alimentos de qualidade. Ainda na onda da comida, li antes de viajar que os franceses são bem pontuais. Isso vale também para o horário de fechamento dos restaurantes, em especial o funcionamento da cozinha. Se um local diz que encerra suas atividades as 14h00, não ache que vai chegar nele para almoçar 13h50 e ainda sim terá seu prato preparado. Passei por isso em duas ocasiões. Em uma delas, no primeiro dia, cheguei para jantar às 19h30 numa cafeteria que fechava a cozinha às 20h00. O garçom perguntou se iria comer ou só beber. Como disse que iria comer, ele foi perguntar ao cozinheiro se ainda poderia servir comida. Felizmente o cozinheiro aceitou. Em outra ocasião, não tivemos tanta sorte. Num dia para ficar no esquecimento, chegamos a Tours às 21h45 morrendo de fome. Foi um dia de muito azar. O restaurante do hotel encerrava as atividades às 22h00, mas já não queria mais servir comida. E não havia outras opções de restaurantes próximas. Resultado, fomos na estação de trem pegar salgadinho e suco nas máquinas de self-service para não morrer de fome. Outra questão é o uso do inglês na França. Há uma lenda de que o francês não gosta de falar inglês. Até pode ser verdade, mas acredito que tudo vai depender de como será sua abordagem inicial. Estudei francês por três meses antes de viajar. Antes eu não sabia nada, mas consegui aprender o básico a ser usado num museu, restaurante ou hotel. Na maioria das vezes o pouco que aprendi de francês foi suficiente, mas em algumas situações eu não tinha vocabulário para manter uma conversa de qualidade. Por exemplo, quando tive problemas com o trem para Carcassone, precisei tirar dúvidas que só conseguiria me expressar em inglês. Comecei o diálogo assim: “Pardon. Je parle peu français. Parlez-vous anglais?” Seria algo como, “Desculpe, falo pouco francês. Você fala inglês?”. Todas as vezes que perguntei isso, quando recebia um não como resposta a pessoa pelo menos fazia o esforço de procurar algum colega que falava para poder me ajudar. Para quem fala só português, não se preocupe. O Google tradutor está aí para ajudar. A versão aplicativo dele permite até traduzir textos em tempo real através da câmera do celular. Mas claro que saber o básico de idioma local ou o inglês permite ter conversas mais fluídas. Por fim, dei muito azar de a França entrar em greve antes de viajar e de permacer assim no decorrer do passeio. O serviço mais afetado foi o transporte. Felizmente não tive maiores problemas por conta disso em relação aos trens, pelo menos. Para piorar ainda mais, no meio da viagem começou a aparecer os primeiros casos de coronavírus na França, mas até então não havia tanta preocupação com a doença. Só que uma coisa ficou nítida, principalmente nas atrações turísticas mais famosas: não havia muitos chineses. Era até estranho. Outros asiáticos, como japoneses ou coreanos, eram bem presentes, mas o chineses que sempre estão aos montes nas atrações turísticas, simplesmente sumiram. Era como se o governo chinês estivesse impedindo a saída de seus nacionais da China. Chega de papo. Hora de continuar o relato. 16/01 – Saída do Brasil O voo estava marcado para sair do Brasil às 23h30 e chegar a Paris às 14h50. O embarque ocorreu normalmente e dentro do horário, mas a fila de aviões em Guarulhos fez com que nossa decolagem fosse próxima das 00h30. 17/01 – Chegada em Paris A viagem ocorreu normalmente. Pela primeira vez eu e minha esposa conseguimos dormir razoavelmente bem em um voo tão longo. O serviço de bordo da LATAM também foi bom. Nenhuma queixa em relação às refeições e ao atendimento das aeromoças. Pousamos em Paris no Aeroporto Charles de Gaulle com um pouco de atraso, às 15h30 no horário local. Saímos do avião e seguimos as placas até chegar à migração. Na mão, uma pasta com diversos documentos e reservas. Como renovei o passaporte e ele estava sem carimbos, trouxe o passaporte antigo que mostrava que já havíamos viajado ao exterior outras vezes, para o caso de acharem que estávamos indo na França para ficar. Prefiro me precaver. Quando chegou minha vez, o oficial de migração pediu em espanhol que fosse uma pessoa de cada vez no guichê. Cumprimentei com um “bonjour”, ele olhou para a minha cara e não fez nenhum questionamento. Carimbou a entrada e chamou o próximo. Depois de pegarmos as malas procurei por algum local onde pudesse comprar um chip de celular para usar na França. Havia lido que no Terminal 1 era possível adquirir no atendimento ao turista um chip da “Orange”, mas como não achei fácil o local e não estava muito a fim de procurar, deixei para comprar depois. Fomos para a fila de táxi e pegamos um em direção ao centro de Paris. A viagem saiu por 50 euros, preço tabelado. Como estávamos em quatro pessoas, foi vantajoso. O percurso durou cerca de 1 hora e 20 minutos. Havia muito trânsito, provavelmente ainda mais agravado devido à greve dos transportes. Hospedamo-nos no Hotel Viator, o único que deixamos para pagar na França. Todos os outros estavam com as diárias pagas no Brasil. A grande vantagem dele é ficar a menos de 5 minutos a pé da Gare de Lyon, local onde pegaríamos o trem no dia seguinte, além de ter um preço acessível para o padrão Paris. Conseguimos reservá-lo por 105 euros o quarto de casal sem café da manha e taxa turística. É um bom hotel. Recomendo. Descansamos um pouco e fomos atrás do chip de celular. Vi que era possível comprar na Relay, uma loja bem comum na França. Havia uma na Gare de Lyon, e lá fomos. O plano “Orange Holiday” com 20GB de internet e 120 minutos de ligação com validade de 14 dias saiu por 40 euros. A instalação do chip pode ser feita pelo próprio usuário. Na verdade é só colocar ele no aparelho e a configuração é feita automaticamente. Obs: o chip funcionou bem 95% do tempo. Algumas poucas vezes ele ficava sem sinal, geralmente em deslocamento de trem entre cidades. Sobre o roaming em outros países, é preciso ficar atento, pois a Suíça não faz parte da União Europeia. Algumas operadoras forneciam planos mais em conta, porém com roaming restrito à União Europeia, sem incluir a Suíça. Na rua fazia frio e chuviscava um pouco. Estávamos com bastante fome, então procuramos algum lugar para comer. De início procuramos por alguma “boulangerie” (um tipo de padaria) próxima. Apesar de encontrarmos algumas que a vitrine enchia os olhos, elas não tinham espaço para comer dentro, e minha esposa não queria abrir mão de comer sentada em um ambiente aquecido. Então o jeito foi procurar algum café ou restaurante. Paramos para comer no La Consigne. Comemos um sanduíche e uma omelete no capricho mais as bebidas, tudo bem servido. Para o casal saiu por 25 euros. Depois de comer, fomos no mercado comprar algumas coisas. A água mineral na França é cara, bem mais que na Itália, por exemplo. E o gosto de várias marcas é bem ruim, principalmente aquelas sem gás. Acabávamos comprando Perrier ou San Pellegrino, que eram muito boas, porém ainda mais caras. Obs: teoricamente a água das torneiras na França é potável. Nos restaurantes é comum servirem uma garrafa de água da torneira de graça, e com gosto bem melhor que de muita água mineral sem gás vendida no mercado. Após, retornamos ao hotel para descansar. Gastos do dia: 50 euros de táxi do aeroporto até o centro de Paris 40 euros do chip de celular 25 euros do jantar no La Consigne 0,70 euros em suprimentos no mercado 18/01 – Ida para Basileia Dormimos até um pouco mais tarde para descansar bem. Por praticidade resolvemos tomar café da manhã no próprio hotel. O preço não era dos melhores, custando 11 euros por pessoa, mas pelo menos poderíamos comer à vontade e daria para aguentar até a hora do almoço. Fizemos o check out no hotel e acertamos tudo, ao custo total de 135 euros por conta dos cafés da manhã e taxas turísticas. Seguimos para a Gare de Lyon e pontualmente às 10h22 o trem partiu rumo a Basiléia. A passagem foi comprada no Brasil com bastante antecedência, e saiu por 29 euros (R$ 153,37 na fatura do cartão). Faltando alguns dias para o embarque havia dúvida se esse horário de trem partiria por conta da greve. Havia trens fazendo a rota, mas em número reduzido. Dois dias antes do embarque recebi a confirmação da SNCF que o horário seria cumprido. O trem é bastante confortável mesmo na classe econômica. Em alguns momentos chegou a passar dos 300 Km/h. A paisagem também é bem bonita. Às 13h26 chegamos pontualmente à Basileia. Desembarcamos na estação Bahnhof Basel SBB e fomos direto para o Hotel City Inn Basel, que ficava literalmente na frente da estação. A diária já estava paga desde o Brasil, ao custo de R$ 385,81 sem café da manhã e taxa turística. Reservei pelo Hoteis.com pela possibilidade de pagar direto em reais. O idioma mais falado na Basileia é o alemão, do qual não sei nada. Mas consegui me virar bem com o inglês quando precisei. Como o dinheiro na Suíça é o franco suíço, fiz o câmbio na recepção do hotel. Troquei 100 euros por 102 francos suíços. Uma coisa bacana de Basileia é que os hotéis “dão” para o cliente um voucher que dá direito a usar o transporte público da cidade de graça e você pode escolher um museu para pagar metade do valor. Para quem não sabe, Basileia é a capital cultural da Suíça, e há diversos museus pela cidade. Esse voucher não é totalmente um brinde porque para isso precisamos pagar 4 francos suíços (CFH) por pessoa de taxa. Quando saímos do hotel já passava das 14h00. Não havia muitas opções de restaurantes abertos. Um dos poucos era o Tibits, especializado em comida vegetariana, que tinha um horário de funcionamento bem amplo. Ele tem um tipo de serviço raro na Europa, mas bastante popular no Brasil: comida a quilo. Mesmo eu sendo carnívoro, gostei bastante da comida do local. Minha comida e a da esposa saiu por 20,30 CHF com bebidas, um valor muito bom para a Suíça. Do restaurante, fomos bater pé pelo centro histórico da cidade, que ficava a menos de 10 minutos caminhando do hotel. Primeira parada foi na Marktplatz, uma pracinha com uma feira e onde estava localizado o Rathaus Basel-Stadt, a prefeitura da cidade. É uma construção de 500 anos de idade com uma cor única, um vermelhão bem forte. De lá partimos para a atração que eu mais queria ver na cidade: o Naturhistorisches Museum Basel (Museu de História Natural Basiléia). Por quê? Tinha uma réplica de um mamute em tamanho real, além de outros animais pré-históricos, como o tigre dentre-de-sabre e a preguiça gigante. Na verdade não sei se todos os animais eram réplicas ou realmente estavam empalhados, mas a qualidade dos modelos era incrível. Tinha também esqueletos de dinossauros, como um pterodátilo e um ictiossauro. Simplesmente fantástico. Segundo minha esposa meus olhos brilhavam quando eu vi o mamute. Eu devia estar me divertindo mais que as crianças no local. Aqui usamos o voucher e pagamos metade do valor do ingresso. De 7 CFH por 3,50 CFH por pessoa. Saindo do museu fomos em direção a Basel Minster, a Catedral de Basiléia, também numa coloração vermelha. Não entremos no local. Apenas apreciamos de fora. Depois seguimos até uma ponte sobre o Rio Reno, um dos grandes rios da Europa Ocidental. Apesar de o frio estar bem suportável na cidade, em cima da ponte o vento era muito forte e deixava tudo muito mais gelado. Só consegui ir até o meio da ponte e tirar umas fotos. Corremos do vento e nos dirigimos a uma rua com bastante movimento de pessoas e diversas lojas. Entramos em algumas, mas o preço era mais caro que da mesma loja em outros países. O único lugar que compramos alguma coisa foi no mercado: água e uns chocolates suíços. Tudo custou 4,05 CFH. Voltamos caminhando em direção ao hotel, mas passamos antes numa espécie de praça de alimentação gigante. No local, diversos tipos de restaurantes. Decidimos jantar no Acento Argentino, que era comandado por um argentino (se não me engano) e um brasileiro. Pedimos pratos com carne e empanadas, todos acompanhados de saladas. Tudo muito gostoso e bem servido. O preço saiu em 48 CFH para o casal. Após o jantar voltamos para o hotel e fomos descansar. Basiléia fica na fronteira tríplice da Alemanha, França e Suíça. Do lado alemão, a cidade mais próxima é Lörrach, e a Floresta Negra está localizada bem próxima. É uma cidade que entrou por acaso no roteiro, mas deu para ter uma noção do que esperar da Suíça em termos de custos numa futura viagem. Hospedagem e alimentação não são baratas, mas achei que seria pior. A diária do hotel, por exemplo, saiu mais barata do que a de Paris por um quarto muito maior e mais confortável. Fiquei animado para um dia conhecer melhor este país. Gastos do dia: 135 euros de hospedagem no Hotel Viator em Paris 58 euros para duas passagens de trem Paris -> Basiléia (R$ 306,74) 385,81 reais de hospedagem no Hotel City Inn Basel 8 CFH de taxa turística para duas pessoas em Basiléia 20,30 CFH de almoço no Tibits 7 CFH em dois ingressos no Museu de História Natural de Basiléia 4,05 CFH em mercado 48 CFH de jantar no Acento Argentino 19/01 – Ida para Milão O trem para Milão iria partir tarde, então seria mais um dia para poder dormir bastante. Quando acordamos, resolvemos tomar café da manha no próprio hotel. Saiu 25 euros por pessoa, bem salgado, mas o café era espetacular. A outra opção seria um Starbucks do lado do hotel, mas eu e minha esposa não somos muito fã da rede. De bucho cheio, ficamos mais um tempo relaxando no quarto. Depois fizemos o check out e fomos para a estação de trem. A passagem já estava paga, saindo por 39 euros por pessoa (R$ 196,51 na fatura do cartão). O trem para Milão partiu às 11h03. Existem várias combinações possíveis para chegar à Milão. O que pegamos iria direto, com algumas paradas. Cruzaria os Alpes Suíços antes de entrar em território italiano. E era esse o motivo de ter incluído Basiléia e Milão no roteiro: conhecer uma parte da paisagem desse pedaço da Suíça. E não nos arrependemos. É realmente muito bonita. Pena que havia menos neve do que esperávamos. Chegamos à estação Milano Centrale às 15h50 e nos dirigimos ao Hotel Gram Milano para o check in. A diária já havia sido paga no Brasil, R$ 404,71 com direito a café da manhã e jantar no hotel. Restou pagar 10 euros para duas pessoas de taxa turística. Como são caras as taxas turísticas na Itália. Largamos as malas e corremos para a estação de metrô. Queríamos estar na Piazza del Duomo antes de escurecer. O ticket custa 2 euros por pessoa. Aqui há uma diferença para outros sistemas de metrô que já peguei. É necessário passar o ticket tanto para entrar quanto para sair das plataformas de embarque. Descemos na estação de Duomo. Ao sair para a superfície, damos de cara com o Duomo di Milano. Realmente ele possui uma fachada única, muito bonita. Tiramos algumas fotos no local e fomos fazer um lanche, afinal não havíamos almoçado nesse dia. Primeiro paramos no Caffè Vergnano 1882, onde tomamos café e alguns doces. Para o casal saiu por 12 euros. Depois pegamos uns tipos de pastéis no Il Panzerotto del Senatore. Três unidades saíram por 6,50 euros. Como ainda havia algum tempo até a hora do jantar, que foi agendado para as 20h30 no hotel, ficamos batendo pé. Passamos pela Galeria Vittorio Emanuele II, que estava abarrotada de pessoas. Depois andamos por algumas lojas da cidade. Quase todas estavam com liquidações de inverno. E uma coisa que constatamos depois é que os preços na Itália são bem mais atraentes que os da França. Pegamos o metrô na estação Montenapoleone e voltamos ao hotel. O jantar estava muito bom. Era no estilo self-service, com bastante variedade de pratos. Somente as bebidas não eram inclusas. Elas saíram por 11 euros para duas pessoas. O quarto do hotel era bem confortável e moderno, com o visual totalmente oposto ao dos outros hotéis que ficamos na viagem da Itália de 2019. Para melhorar ainda mais tinha uma banheira pra relaxar. Gastos do dia: 50 euros de café da manhã no Hotel City Inn Basel 78 euros para duas passagens de trem Basiléia -> Milão (R$ 393,02) 404,71 reais de hospedagem no Hotel Gram Milano 10 euros de taxa turística 8 euros em quatro tickets do metrô de Milão 12 euros de lanche no Café Vergnano 1882 6,50 euros de lanche no Il Panzerotto del Salvatore 11 euros de bebidas no jantar do hotel 20/01 – Ida para Nice Hoje acordei cedo. Como novamente o trem partiria um pouco mais tarde, aproveitei para conhecer outras atrações de Milão. Deixei minha esposa descansando e fui para a estação de metrô. Desci na estação Lanza, bem próxima ao Castello Sforzesco, para onde fui logo em seguida. É uma construção do século XIV que foi restaurada diversas vezes ao longo dos séculos. Hoje conta com diversos museus. Não entrei neles, pois não daria tempo. Restou caminhar pelos arredores do castelo e aproveitar o belo nascer do sol no local, aproveitando a luminosidade para tirar algumas fotos. Caminhando por Milão vê-se como ela é bem mais moderna que as outras cidades turísticas italianas. Seguindo pelas ruas cheguei ao Giardini Pubblici Indro Montanelli, um parque no meio da cidade bastante arborizado. Como diversos outros parques da Europa, o chão é de um tipo de areia grossa. Obs: Cabe aqui uma curiosidade que percebi nas três idas ao velho continente. Excetuando bitucas de cigarro que em alguns lugares se vê aos montes, as ruas das cidades são extremamente limpas. Mesmo que ande nesses parques de areia, o solado dos calçados não suja. Parece até que não tem poeira nas ruas. Um dia andando na cidade em que moro, que visualmente falando parece limpa, sujou mais meu calçado do quê quatorze dias na França. Voltei pra hotel e fomos tomar café da manhã, que era tão bom quanto o jantar. Arrumamos as malas e nos dirigimos para a estação Milano Centrale, onde pegaríamos o trem para Nice, que partiu às 11h10. A passagem saiu por 22 euros por pessoa (R$ 110,84 na fatura do cartão). Milão me surpreendeu. Foi pouco tempo na cidade, menos de 24 horas, mas deu para ir ao Duomo, que era a atração mais aguardada e pude conhecer também o exterior do Castello Sforzesco, além das belas ruas e prédios do lugar. Mas só a incluiria no roteiro da Itália de 2019 se tivesse tempo sobrando ou fosse usar o aeroporto de lá. O trem que pegamos era da empresa Thello, pertencente à empresa Trenitalia, a mesma que foi responsável pela viagem de Basiléia a Milão. Uma coisa que ficou nítida nesses 14 dias é que os trens das empresas francesas são muito mais limpos que os da Itália. E olha que a França estava em greve e nem todo o serviço estava funcionando 100%. De Milão o trem seguiu em direção a Gênova e depois foi até Nice beirando o Mar de Ligúria por todo o caminho. A paisagem era linda, mas há algo que com certeza o inverno atrapalha um pouco. A latitude das cidades nessa região do globo terrestre varia entre 43º e 44,5º. Isso é quase metade do caminho entre a Linha do Equador e o Polo Norte. No inverno do hemisfério norte, quanto maior a latitude, menor é a duração do dia. Mas não apenas isso. Nessa época o sol nunca fica a pino. Sempre está numa posição de que acabou de nascer ou estar pra se por. Essa angulação faz com que a luz solar reflita muito no mar (no caso das praias voltadas para o sul). Assim, o mar nunca fica tão bonito como ficaria em outras épocas do ano. Chegamos em Nice às 15h50 na Gare de Nice Ville. O hotel que escolhemos, Villa Bougainville by Happyculture, ficava a cinco minutos caminhando. As duas diárias foram pagas no Brasil, custando 560,98 reais com café da manhã incluído. É um hotel pequeno, com quarto pequeno, mas bem aconchegante. Deixamos as malas no quarto para aproveitar o restante da luz solar que tínhamos. Seguimos direto para o mar, saindo na Promenade des Anglais no rumo do Hotel Negresco. O calçadão na beira mar estava com pouco movimento, provavelmente devido á época do ano. Dali, fomos até a Place Massena procurando por algum lanche, pois novamente não havíamos almoçado. Achamos umas barracas de crepes, mas só tinham de doce. Fizemos então uma pausa na Boulangerie Blanc e pegamos alguns salgados para comer enquanto caminhávamos. Chegamos na Colline du Château para pegar um elevador até o topo, mas já estava fechado. Felizmente ainda dava para ir de escada. Não são muitos degraus, uns dois minutos subindo, mas ninguém quis ir comigo. Fui sozinho. Lá em cima, têm-se uma bela vista panorâmica de Nice. Depois que desci fomos passear pela praia, que na verdade é pura pedra. Provavelmente isso contribui para o mar ficar bem bonito no verão, já que não tem areia para as ondas remexer e deixar a água turva. Ficamos mais um tempo caminhando e tirando fotos aguardando a hora do jantar. Nice não é tão fria, mas venta bastante, e com o cair da noite o vento já estava incomodando. Fomos almoçar no restaurante Casa Leya. A dona é uma simpatia de pessoa. Para melhorar ainda mais e para a alegria das minhas companheiras, falava espanhol. A comida também era deliciosa. Comemos muito e muito bem. Dois pratos de massa, um carpaccio e bebidas saíram por 58 euros. Voltamos em direção ao hotel caminhando pela Promenade des Anglais. A fachada dos prédios iluminadas de noite fica bem bonita. O Hotel Negresco, por exemplo, fica muito charmoso. Chegando no quarto, fomos descansar de um dia com bastante caminhada. Gastos do dia: 2 euros em um ticket do metrô de Milão 44 euros em duas passagem de trem Milão -> Nice (R$ 221,68) 1 euro de água na estação de trem 560,98 reais em duas diárias do Hotel Villa Bougainville by Happyculture em Nice 4,70 euros de lanche no Boulangerie Blanc 58 euros de jantar para o casal no restaurante Casa Leya 21/01 – Uma volta pela Côte d’Azur O roteiro de hoje previa um passeio por parte da Côte d’Azur localizada a leste de Nice. Tomamos café da manhã cedo no hotel e fomos à Gare Nice Ville. Lá se encontra diversas locadoras de carro, inclusive a Sixt, escolhida por nós. Fiz a reserva do veículo por um dia. Paguei a diária ainda no Brasil, ao custo de 69,98 euros (353,06 reais na fatura do cartão). No fim das contas, acabei pegando o seguro completo, o que custou mais 37 euros. Não foi barato, mas o valor da diária é proporcional ao número de dias da locação. Como eu queria fazer esse roteiro de carro, me sujeitei a isso. Havia reservado uma BMW Series 1 ou similar, mas não tinha nenhuma disponível na hora da retirada do veículo. Por isso, a atendente nos ofereceu uma Mercedes Classe E. Para quem entende de carro, sabe que é um veículo de uma categoria bem superior. Infelizmente a razão me fez recusar o modelo. Ele é muito grande, e como imaginava que passaria por ruas estreitas, um modelo menor seria mais apropriada. No fim, ficamos com um Skoda Scala Hatchback. Apesar de não ter problemas com carros, sempre fico tenso quando dirijo em outros países. Algumas placas de trânsito bem comuns na França não existem no Brasil, por isso é bom dar uma estudada no significado das placas antes de pegar estrada e não fazer besteira. Mas dirigir pela região da Côte d’Azur foi bem tranquilo, pelo menos no inverno quando as ruas estão bem mais vazias. Há três estradas saindo de Nice que vão para o leste da Côte d’Azur: basse corniche, a mais próxima do mar, moyenne corniche, a do meio, e a grande corniche, a mais ao alto de todas. Pegamos a moyenne corniche e seguimos em direção ao Èze Village, mas primeiro fizemos uma parada no Villefranche Belvédère para aproveitar um pouco do visual. O sol ainda estava nascendo. Ao chegar em Èze, o estacionamento estava interditado com faixas policiais. Alguma investigação estava ocorrendo lá e os parquímetros estavam lacrados. O policial até falou que poderíamos estacionar. Mas preferi deixar de lado. A ideia aqui era visitar o Le Jardin Exotique no topo do vilarejo e apreciar a vista do mar lá de cima, mas como o dia ainda não estava claro o suficiente para aproveitar mais a vista, achamos melhor seguir viagem. Descemos então para a basse corniche. Queria entrar em Mônaco vindo por essa estrada para evitar os possíveis túneis que poderiam haver na entrada a partir da moyenne corniche. Túneis e GPS de celular não combinam. Já passei alguns perrengues em Madrid por conta disso. Chegando ao Principado, me dirigi direto para a largada. Contornei a Sainte Devote e segui forte, a 40 Km/h, pela Beau Rivage. Passei pelo Cassino de Monte Carlo, que estava com a fachada em reforma, contornei a Mirabeau Haute e desci pela curva do hotel. Quando vi, já estava rasgando por dentro do túnel. Na saída dele, não havia chicane, mas quem se importa? Após algumas obras, já estava na piscina, e depois na La Rascasse. Pronto, havia acabado de completar uma volta no Grande Prêmio de Mônaco. Andar nas ruas do circuito a 40 Km/h não passa adrenalina, mas a emoção de circular por um trajeto que tantas vezes vi na televisão e em jogos de videogame não tem preço. Era incrível, cada curva que eu contornava, cada reta que eu passava, era como se já estivesse estado lá. Tinha o circuito todo traçado na cabeça. Voltando pra realidade, deixei o carro estacionado no Parking de la Colle, próximo de Mônaco Ville, onde está localizado Le Palais des Princes de Monaco e a Cathédrale de Monaco. Até chegar à parte alta, tem que subir um bocadinho. Lá de cima, têm-se uma bela vista do Port Hercule e do Port de Fontvieille. O Palácio tem a fachada bem sem graça, mas vale a visita para ver, próximo de 12h00, a troca de guarda. A Catedral, ao contrário, possui uma bela fachada. O seu interior é simples, mas elegante. A entrada é gratuita. Nas redondezas, também caminhamos pelas ruas estreitas e charmosas do local. Depois de ver a troca de guarda, descemos para a marina do Port Hercule. Lá estaria o restaurante onde iríamos almoçar, o Stars 'n' Bars. Tirando o McDonalds e outras lanchonetes, é tido como um dos lugares mais baratos para uma refeição descente em Mônaco. Meu almoço e o da esposa saiu por 70 euros, em dois pratos bem servidos e gostosos com carne, arroz, salada, batata frita e bebidas. No local há outros pratos mais em contas, como sanduíches, comida tex-mex e pizzas. Caminhamos mais um pouco pelas ruas do Principado e voltamos para o estacionamento onde deixamos o carro. As cerca de 5 horas que ficamos em Mônaco nos custou 14,10 euros de estacionamento. Seguimos pela basse corniche e fomos para Saint-Jean-Cap-Ferrat, onde visitaríamos a Villa Ephrussi de Rothschild. Havia obras na entrada do vilarejo, então sem entender a sinalização acabei fazendo umas barbeiragens para conseguir acessar o local. A entrada da Villa Ephrussi custa 15 euros por pessoa. Há estacionamento gratuito no local. Trata-se de um palácio construído à beira-mar pela Baronesa Béatrice Ephrussi de Rothschild. Além disso, possui nove jardins com diferentes temáticas. Tirando o Roseiral, que estava prejudicado por conta do inverno, todos os outros jardins estavam espetaculares. Do palácio temos ainda belas vistas do Mar Mediterrâneo. Finalizando o palácio, seguimos para Nice. Antes paramos em um posto de combustível para colocar gasolina. Na maioria deles nós que abastecemos. Em alguns é preciso pagar antes, em outros, paga-se depois que abastece. Nos que pagamos antes, caso não gaste todo o valor em combustível, o troco é devolvido. Depois de deixarmos o carro na Gare Nice Ville, fomos descansar no hotel. Já de noite, sem muito ânimo para passear, resolvemos almoçar em uma hamburgueria ao lado do hotel. Um lanche para duas pessoas saiu por 15 euros. Não era um sanduíche fantástico. Estava no nível daquelas versões gourmet do McDonalds. Mas deu para matar a fome. Depois fomos a um mercado para comprar algumas coisas. Por fim, voltamos ao hotel para dormir. Gastos do dia: 69,98 euros de aluguel de carro na Sixt pago no Brasil (R$ 353,06) 37 euros da diferença do aluguel do carro (R$ 197,91) 70 euros em almoço no Stars 'n' Bars em Mônaco 14,10 euros de estacionamento em Mônaco 30 euros para duas entradas na Villa Ephrussi de Rothschild 14 euros de gasolina 15 euros em jantar no Tacos Burger em Nice 7,02 euros de mercado em Nice Em breve continuarei com o restante do relato...
  10. Fala mochileiros, meu nome é Weise (tipo o GPS Waze sim kkk) tenho 23 anos, e vou contar como foi minha primeira viagem a Europa, que aconteceu em Maio de 2019. Em Dezembro de 2018 estava decidido a realizar esta viagem, e a espera de passagens na promoção, porém não tinha nenhum dinheiro guardado, apenas o salário de Dezembro e dos próximos messes até a viagem (que não era muito). O instagram do Passagens Imperdíveis anunciou uma promoção para Roma nos mês Maio, era por volta de R$ 1.600,00, porém eu não tinha esse dinheiro, corri na CVC e fiz o agente colocar a mesma data que eu já sabia que estava promocional, o valor encontrado foi de R$ 1.800,00, não liguei para a diferença de preço, pois lá dividiram em 8x sem juros no famoso carnê. Perfeito! Minha mãe e tia também aproveitaram o achado e compraram também. Era Janeiro e eu tinha a responsabilidade de montar o roteiro, achar hotéis e fazer tudo que era necessário inclusive assessorar a confecção do passaporte das senhoras. Planejar viagens era um hobbie meu, não faze-las também kkkk, estava empolgado com os preparativos da primeira grande viagem e por estar responsável por pessoas que sempre foram responsáveis pro mim. Seriam 14 dias na Europa, inicialmente queria colocar a Europa toda no roteiro, porém percebi que 3 países seria o máximo que conseguiria conhecer neste tempo, foi difícil, tive que deixar a cara Suiça, mas em um comum acordo escolhemos conhecer as cidades de Paris, Londres, Milão, Veneza, Pisa e Roma. Utilizei todo meu conhecimento e sites mágicos para achar a melhor rota entre estes países (melhor no caso era a mais barata), a unica certeza e que chegávamos por Roma e por ali também sairíamos. O itinerário foi: - Escolhi conhecer Roma por ultimo, pois o risco de perder o voo de volta para o Brasil era menor, já que eu estaria na cidade. Sendo assim compramos passagens de Roma para Paris; Paris: Minhas pesquisas por custo x benefício me levaram ao Hotel Ibis Porte de Montreuil, eles tem uma categoria chamada budget que seria mais econômica, pagamos cerca de R$ 320,00 no quarto para 3 com café da manhã incluso. Sim! Ficou quase R$ 100,00 pra cada pessoa por diária em um hotel em Paris. O hotel ficava um pouco distante do centro da cidade mas a estação de trem era a 4 minutos de caminhada, e 40 minutos de viagem até a Torre Eiffel, nem sentíamos o trajeto. Também havia um Carrefour como vizinho no hotel, que tinha preços muito bons! Na cidade utilizamos o metrô (1,70€) para ir a qualquer lugar com exceção de Montmartre que utilizamos o uber (mesmo app do BR). Em Paris visitamos além da famosa Montmartre, a Champs Elysees, Arco do Triunfo, quase todas as pontes famosas, Village Royal (lugar onde tem o corredor cheio de guarda-chuvas), Galerie Lafayette, o Museu do Louvre, La Vallée Village (a outlet mais chique que já vi, comprei ate uma blusa da Levi´s por 13€), a Primark (mãe da C&A, Renner e afins) e claro a Torre Eiffel todos os dias a noite. Londres: Escolhi fazer o trajeto com o trem da EuroStar, ele passa por baixo do mar e se pode ter uma vista muito bonita do trajeto na superfície, não me lembro o preço exato mas foi algo em torno de R$ 200,00. Chegamos em Londres na famosa estação King's Cross (Harry Potter), tentamos pegar um ônibus porém não aceitavam dinheiro e eu ainda não sabia comprar o cartão (destaque para o primeiro contato com inglês britânico, foi muito estranho não entender nada que o senhor no ponto de ônibus falou), pegamos uber e chegamos ao hotel bem rápido. Em Londres eu também escolhi um hotel budget da Ibis (Whitechapel), este porém era mais moderno, a moça que nos recebeu foi muito prestativa e me ajudou muito com informações importantes, custou algo entorno de R$ 120,00 a diária para cada pessoa no quarto triplo. Fui conhecer Londres logo que cheguei e ao sair do hotel percebi que o bairro era meio .... diferente, varias mulheres de burca e alguns homens com cara de indianos, mesquitas e muitas placas em árabe (ou seja lá o que era aquilo) mais tarde descobri que o bairro era multicultural e acabei adorando ver toda aquela cultura! E 20 minutos de caminhada e estávamos na Tower Bridge um dos maiores símbolos de Londres, foi impactante (foi o lugar que mais gostei na cidade), durante 4 dias conhecemos lugares como o Saint James Park, o Palácio de Buckingham, o Borough Market, a loja gigantesca da M&M (não deixe de conhecer, é a maior do mundo), China Town, Leicester, Tottenham, compras na Primark de Londres (que era melhor que a de Paris), Camden Town (é meio longe, mas iria 10x mais longe vale muito), um destaque para o Camden Market, tem vários outros lugares, mas assim como em Paris não vou citar para não ficar exaustivo. Em falar em exaustivo, primeiro perrengue da viagem, eu havia comprado passagens pela Ryan Air, o aeroporto em que eles atendiam era super longe, e de uber gastamos cerca de R$ 500,00 pela viagem para nos 3, essa foi a primeira facada, a segunda veio quando a atendente me disse que o embarque já havia sido encerrado 1h30 antes do voo, brigas depois minha tia passou o cartão e compramos outra passagem (55 libras cada). Milão: Ok, passamos o perrengue e foi hora de engordar, do aero até a cidade pegamos um ônibus (7€). Os hotéis da Itália foram escolhidos na CVC, novamente pela facilidade do parcelamento sem comprometer limites dos cartões, as fotos do site não condiziam muito com a realidade, e isso foi uma coisa boa em Milão o iH Hotels Milano Gioia foi um achado, era muito confortável, digno de um 3 estrelas, perto de supermercados, restaurantes (bons e baratos, onde comi a melhor pasta da viagem), além de ser relativamente parto do centro da cidade, aqui não utilizamos o transporte publico para nada, fizemos tudo caminhando e foi ótimo. A cidade sem duvidas e uma das mais bonitas da Europa, o antigo se misturava com o moderno, e realmente era a cidade da moda, marcas de luxo como LV, Gucci, Versace e outras enfeitavam as ruas. Aqui conhecemos a Pinacoteca de Brera, cujo qual eu nem sabia da existência e literalmente esbarrei na rua, o Duomo Di Milano, a Galeria Vittorio Emanuele II e o Castello Sforzesco. Foi tudo perfeito por aqui, boa comida e lugares impressionantes. Veneza: Embarcados no trem seguimos para Veneza, estávamos com a expectativa alta para o Hotel Ca' Gottardi, pois foi o mais caro da viagem (R$ 1.300,00 por diária, só ficamos uma kkkk), era luxuoso, mas nada extravagante. A cidade realmente é tudo o que dizem, chegamos de manhã e partimos no outro dia de noite. Foi mais que suficiente para conhecer cada canal, as coisas eram um pouco caras, mas valeu cada euro. Pisa: Pisa me surpreendeu muito, já era noite quando chegamos, mas não nos impediu de ir ver a famosa torre inclinada, estava deserta. A primeira surpresa foi com a cidade em si, ela parecia cidade universitária de interior (e era). O hotel foi o Royal Victoria, de frente para o rio que corta a cidade muito charmoso, inicialmente achamos o hotel velho demais, pesquisas depois me fizeram mudar de ideia, é um hotel histórico, a diária no quarto triplo custou R$ 400,00. A outra surpresa foi com o conjunto histórico, eu sempre achei que a torre era sozinha, porém descobri que ela faz parte de um conjunto que inclui um batistério e uma catedral. Não tem muito para conhecer na cidade, os 2 dias por lá foram suficientes. Roma: Já um pouco cansados partimos de trem, é claro, para a nossa primeira e ultima cidade Europeia Roma. E mais um perrengue era previsto, o "hotel" Cesar Palace, era HORRÍVEL, até hoje não entendi o que era aquilo, mas parece que era um prédio residencial antigo, onde funcionava o "hotel" em dois dos diversos andares, não havia recepção, apenas uma sala de bagunça onde tinha um cara. Meio assustado fiz nosso check in e um segundo cara meio estranho apareceu do nada e nos levou ate o quarto, quando questionei sobre o café da manhã que tinha pago (5€) ele saiu e voltou com uma fixa "vale 1,50€ no bar da esquina" literalmente era isso, parecia uma grande piada, minha mãe se revoltou e queria fazer barraco kkkkk mas achamos melhor tentar curtir a cidade e ir para o hotel apenas para dormir, já que todas as nossas coisas ficavam lá sozinhas não fizemos nenhuma reclamação. A cidade era bem diferente das outras, encontramos com alguns brasileiras e elas haviam sido furtadas na Fontana de Trevi, a cidade era um pouco suja demais, mas nada que não estivéssemos acostumados. Aproveitamos muito e apesar das atrações serem longes, fizemos todos os trajetos a pé, andamos MUITO, mas já sabia chegar a qualquer lugar, já estava me sentindo um romano, entre as atrações visitamos o Coliseu, o bairro de Trastevere, o Vaticano, o Monumento a Vittorio Emanuele II, a Fontana de Trevi, o Panteão, Piazza di Spagna entre vários outros lugares. No check out não havia ninguém na sala de bagunça e uma placa dizia que o atendimento iria se iniciar em 2h, então tiramos tudo do quarto e saímos deixando a chave pendurada na maçaneta da porta. Este foi um resumo de cada cidade, creio que no futuro escrevo sobre detalhes sobre cidade. Foi um enorme aprendizado viajar desta forma, e apesar de ter pesquisado muito antes, algumas coisas ainda passaram despercebidas, cada cidade tinha seu próprio estilo e foi impossível escolher uma favorita (Londres), temos vontade de fazer tudo de novo, tenho certeza que teremos uma experiencia diferente. Me deixo a disposição para ajudar tirando duvidas ou de outras formas se tiver no meu alcance! Depois que voltei ao Brasil contabilizei cerca de R$ 8.900,00 com tudo que tinha gasto na viagem, incluindo hospedagem, comida, compras, passagens, tudo mesmo. Segue algumas fotos do ocorrido, no meu instagram @weiseaguiar também tem vários histories legais de cada lugar. Um grande abraço mochileiros!
  11. Primeira Eurotrip: 21 dias na Itália (Roma-Florença-Veneza-Milao) com esposa gestante Olá pessoal, Meu grande sonho de viagem sempre foi a Europa. Ano após ano algo acontecia que me impedia de conhecer um pedacinho do Velho Continente, mas finalmente no final de 2017 pude colocar os pés lá em grande estilo. Começamos pela Itália, onde ficamos 21 dias andando e comendo por lugares maravilhosos. Roteiro: Roma – 8 dias; Florença – 6 dias; Veneza – 3 dias; Milão – 3 dias; Preparação: Passagens: Tap saindo de BH com conexão em Lisboa. Saiu caro, em torno de 4000 reais ida e volta por pessoa. Procurei por muito tempo promoção mas não achei. Na ida conseguimos umas 12 horas de conexão, o que nos permitiu um tempo para explorar alguns pontos de Lisboa. Passagens de trem: todas compradas no site da trenitalia com cerca de 3 meses de antecedência. Os trechos saíram entre 20-30 euros aproximadamente. Hospedagens: todas pelo Airbnb, pelo preço mais em conta e pela comodidade de pagar e parcelar no cartão de crédito. O critério de escolha, além do preço, era localidade próxima às estações de metrô/trem. Roma: https://www.airbnb.com.br/rooms/11174608 Ficamos nesse simpático apartamento pertíssimo de Roma Termini. O Sr Franco. dono do apartamento é fantástico, nos comunicamos entre português e italiano (ele não fala inglês) mas foi bem tranquilo. E nos dava um bom café da manhã todos os dias. A região não é das mais bem encaradas, mas foi bem tranquilo de andar todos os dias. Florença: https://www.airbnb.com.br/rooms/7604862 A melhor hospedagem da viagem. Um verdadeiro Bed and Breakfast com bom café da manhã e não somente torradas e um suco de caixinha. Vale muito a pena. Fica a 5 minutinhos da estação Santa Maria Novella. Veneza: https://www.airbnb.com.br/rooms/891441 Veneza é tudo absurdamente caro. Essa é a única hospedagem que não recomendo. Apesar de ficar relativamente perto da estação Venezia Santa Lucia, o quarto tem um cheiro de mofo grande e o banheiro é compartilhado. A vista da janela da sala, no entanto, é espetacular. Milão: https://www.airbnb.com.br/rooms/2944362 Ótima hospedagem em Mião, muito bem localizada, na porta de uma estação de metrô. Nada a reclamar Dinheiro: dessa vez levamos apenas dinheiro, para não cometer o mesmo erro de quando rodamos a América do Sul (levamos pouco dinheiro e toda hora precisávamos sacar num caixa eletrônico pagando absurdo de taxas). Levamos 2300 euros em espécie, sendo que gastamos 1600 euros (esse dinheiro foi gasto com os gastos do dia a dia, que incluem ingressos a atrações, passagens de ônibus, trens ou metros que pagamos na hora e alimentação). Ingressos comprados antecipadamente: em alguns locais na Itália é extremamente importante comprar os ingressos antecipadamente, para furar fila e evitar perda de tempo desnecessárias. Foi o caso nos seguintes locais: 1-Última Ceia em Milão: o mais difícil de comprar, pois depende da abertura da venda no site oficial e acaba com poucas horas. Normalmente eles abrem, se não em engano, 2 a 3 meses de antecedência. Não existe venda no local na hora. 2-Galleria Uffizi e Galerria Dell´Academia em Florença: nesses até que a fila para comprar na hora não estava tao grande, mas de qualquer modo não perdemos tempo nenhum. 3-Museu Vaticano em Roma: essencial, a fila para comprar na hora estava gigantesca, e o Museu é enorme, fica-se 6 horas tranquilamente lá dentro. Seguros de Viagem: fiz no Seguros-Promo o seguro da Assist em torno de R$250,00 para duas pessoas. Nao utilizamos então não sei avaliar. Questões relacionadas à gravidez: em geral foi bem tranquilo. Quando viajamos minha esposa estava com 25 semanas, então nem precisava de atestado médico, mas levamos por precaução. Levamos também uma farmacinha básica (remédio para cólica, enjoo, dor) e procuramos seguir um ritmo mais lento nas andanças do dia a dia (nem tão lento assim). Duas situações mais importantes aconteceram: ela não se adaptou à agua de lá. Parece que a água da Italia tem uma composição diferente da nossa, é mais “pesada” e isso lhe dava muito enjoo. Custamos achar uma marca de água mineral que não lhe causasse mal estar (a marca é “levíssima”). E ela, por incrível que pareça, não se adaptou muito à comida de lá. Várias vezes tinha refluxo quando comia pizza ou massa. Então procurávamos mais pratos com peixes, carnes e legumes. Fora isso, o restante foi bem tranquilo. Dito tudo isso, vamos ao roteiro do dia a dia. 29/10/17 – Dia 1 – Lisboa. Chegamos em Lisboa em torno de 5 horas da manhã e pegamos a fila prioritária da imigração (viva a gravidez, rs). O fiscal só perguntou o que iriamos fazer na Itália e já carimbou. Não pediu nenhum documento. Compramos um chip de 10 euros da Vodafone que nos foi suficiente para a viagem inteira e ficamos esperando a cidade amanhecer. Pegamos um uber e fomos ao primeiro destino do dia: Castelo de São Jorge. Muito bonito, bem conservado e com uma pela vista de Lisboa. Ótimo lugar para visitar primeiro e dar uma boa situada na cidade. (Obs: em Lisboa rodamos apenas de uber, bem tranquilo de usar, nenhuma corrida passou dos 10 euros). De lá descemos a pé até a praça do Comércio, parando em alguns miradouros da cidade. A praça é linda, estava bem cheia, e deu para colocar os pés no Rio Tejo, de onde há alguns séculos saiam embarcações para todo o mundo. Incrível! Após algum tempo admirando o lugar fomos de uber até o Mosteiro dos Jerônimos, que é estupendo. Sua beleza, arquitetura, inigualáveis. Ficamos um bom tempo na fila esperando para entrar. Aproveitamos para passar na igreja ao lado onde estão os restos mortais de Vasco da Gama e Luis de Camões. Após o Mosteiro paramos para almoçar num restaurante “pega turista”: bacalhau ruim e caro. Mas não tínhamos pesquisado restaurantes em Lisboa. Em frente ao Mosteiro tem uma bela praça com um belo jardim e caminhando por ele você chega até o Marco do Descobrimento, um monumento erguido em homenagem às grandes navegações. Você sobe um elevador e vai até o topo. Dá uma vertigem danada, mas é outra visão estupenda da cidade que você tem. Muito bacana! Iria ainda na Torre de Belém mas pelo horário já não era mais permitido a entrada. Caminhamos então em direção ao Mosteiro dos Jerônimos e fomos comer os famosos pasteis de Belém! Muito gostosos, saborosos. Compramos bastante para comermos em Roma também. Ficamos na praça em frente curtindo o movimento e esperando o horário de voltar ao aeroporto para terminarmos de chegar a Roma. Impressão geral de Lisboa: foram poucas horas para ter alguma impressão, mas gostei muito do que vi: cidade limpa, organizada e bem arborizada. Portugal como um todo tem sido redescoberto pelo turismo mundial e isso se reflete na quantidade enorme de turistas em todo o lugar. Com certeza voltaremos com mais tempo para conhecer com calma. No fim o vôo atrasou e só chegamos em Roma mais de 01:00hs, precisamos rachar um taxi (já que não tinha mais opção de trem ou ônibus até Roma Termini). Se não me engano o taxi saiu 20 euros por pessoa. 30/01/17 – Dia 2 – Roma 1ªDia na Itália, começamos leve, para irmos nos habituando aos poucos. Fomos andando até a Piazza De lla Republica, que é muito bonita e enorme. Local bacana para tirar umas primeiras fotos e já sentir um pouco do que é a Roma de prédios enormes e antigos. Na própria praça tem a Basilica Santa Maria Degli Angeli. Por fora você não dá muita coisa mas por dentro, nossa, é impressionante. Foi a primeira igreja que visitamos mas já ficamos muito impressionados. O tamanho, beleza das pinturas, das decorações, é incrível. Em Roma é muito comum o reaproveitamento de construções da época do império romano. É o caso dessa basílica, que na época do império era um termas e foi transformada em igreja na idade média. Muito interessante. De lá ainda fomos até a Basílica Santa Maria Maggiore, passando em frente ao teatro Della Opera. Tinha uma fila básica para entrar pois deve-se passar bolsas e mochilas nos detectores de metais. Aliás, vale uma observação: em diversos locais na Itália vimos o exército nas ruas, principalmente em pontos muito turísticos. Parece que o alerta contra o terrorismo está no máximo lá. Outra basílica espetacular, pelo tamanho, imponência, riqueza de detalhes. É tudo muito grandioso, como não estamos acostumados a ver aqui no Brasil. Mas a igreja mais bonita do dia, na nossa opinião, foi a Basilica Santa Prassede. É uma igreja bem menor, com uma entrada bem discreta numa rua lateral, bem menos conhecida, mas com ricos mosaicos na parede. No momento que estávamos lá tinha alguém tocando o órgão o que tornou a visita ainda mais especial. É simplesmente fantástico. Voltamos até o Roma Termini para almoçar no Mercado Centrale, que é um mercado novo bem bacana dentro da estação. Aproveitamos também para comprar o Roma Pass de 72 horas (38,50 euros). Voltamos ao apê para descansar um pouco e no final da tarde seguimos para a Fontana di Trevi. Sempre falam que deve-se vê-la de manhã e à noite e realmente é muito diferente, mas igualmente linda. Pena que fica sempre tao cheio, mas devagarinho conseguimos chegar na beirada dela. Ainda andamos um pouco pelos arredores da Fontana e arrumamos um lugar para comer nossa primeira pizza italiana (essa era ok).
  12. Olá galera, Fiz uma viagem para Europa em Feveiro de 2018 e fiquei 60 dias por la. Dividi a viagem em 2 partes, uma com a família e outra sozinho. Estou compartilhando aqui algumas informações uma vez que o grupo me ajudou muito nessa jornada. Vou publicar em duas partes para não ficar muito longo. TRANSPORTE VOO SALVADOR – BARCELONA c/ stopover em Lisboa (TAP) – R$1.124,00 VOO MILÃO – Salvador com Stopover em Porto (TAP) – R$824,00 VOO BARCELONA – NAPOLES (RYANAIR) - R82,00 TREM NAPOLES– ROMA (TRENITALIA) – R$60,00 TREM ROMA – MILÃO (TRENITALIA) – R$148,00 VOO MILÃO – PARIS (RYANAIR) – R$90,00 BUS PARIS – BASEL (FLIXBUS) – R$81,00 TOTAL = R$2.409 + R$400,00 ( Transfer p/ Hotel) = R$2.809,00 HOSPEDAGEM – apartamento c/ cozinha em todas as cidades (exceto Nápoles) – Valor da diária/pessoa. LISBOA – R$61,50 BARCELONA – R$ 77,00 NAPOLES - R$80,00 ROMA - R$81,00 MILÃO – R$88,00 PARIS – R$95,00 SUIÇA – Casa da Familia =p TOTAL = R$1.356,00 TOTAL TRANSPORTE + HOSPEDAGEM = 4.165,00 OUTROS GASTOS: Lisboa Card/72h– R$190,00 bilhete T10 Barça – R$ 44,49 Camp Nou Experience – R$104,42 Sagrada Familia - R$86,26 Parque Güell – R$31,78 (tem opção gratuita) Tour Napoles-Pompeia R$152,00 Roma Pass – R$131,00 Paris Visite 3 dias - 108,96 Boat Station Thun-Interlaken - R$230,00 Top of Europe-Kleine Scheidegg-Grindenwald – R$850,00 (Não Fiz) O QUE MAIS GOSTEI? Barcelona é incrível demais, voltaria no verão para ficar no mínimo uma semana. Lisboa eu adorei pois me lembrou muito minha cidade (Salvador) e os preços bem em conta. Paris o que mais gostei foram os brechós com peças de 1 euro, no mais a cidade é encantadora, mas não voltaria, apesar de saber que tem muita coisa a oferecer. O QUE NÃO GOSTEI? A Itália em geral, principalmente na caótica napoles, tinha até tanque de guerra na rua. Eu achei a galera meio trambiqueira, queriam me subornar no aeroporto e etc. Mas foi onde comi mais, melhor, gostoso e barato. Claro! Suiça é muito cara, é linda demais, acabei gastando pouco porque tenho família lá, mas é muito caro, muito! Achei muito pega turista a maioria dos museus na Europa, é preciso selecionar bem onde quer ir, qualquer coisa que você visita é 15/25 euros e as vezes a sensação que tive era de muito custo para pouca coisa, tirando a muvuca de gente em alguns locais, como o Louvre. OBS 1:Da Suíça continuei sozinho a viagem que vou escrever em breve. OBS 2: Recomendo muito os voos da TAP com stopover, que é um tipo de conexão “voluntária”, uma parada numa determinada cidade de alguns dias. Escolhi Lisboa na ida e Porto na volta. OBS 3: Encontrei preços ótimos de voos com a Ryanair, mas se atente para as bagagens, os valores promocionais não dão direito a despachar bagagem. Eu consegui viajar europa apenas com bagagem de mão (1 mochila de 45L + uma bolsa de 15L). Quem viajar em grupo uma dica que dou é a cada 2 ou 3 pessoas tentar despachar so uma bagagem e levar o restante nas bagagens de mão. Outro detalhe é que as vezes o aeroporto fica muito longe da cidade (no caso de Paris) e acabamos pagando o mesmo preço praticamente de um transfer, que ainda assim compensou. OBS 4: Não fiquei na paranoia de visitar todos os moseus e etc. nem é minha vibe, gosto de circular pela cidade. Os city pass das cidades eu comprei por causa da comodidade que estava com a família e usamos muito o transporte público. Mas faça os cálculos para saber se compensa mesmo. OBS 5: Senti muito não ter feito a região da Florença, mas no consenso familiar Paris e Suiça eram prioridades. Além disso, o voo de Milão para Paris estava super barato, compensava ir pra lá. OBS 6: Bons valores eu achei por ser na baixa temporada, inverno. Tem os pros e contras. Por exemplo, não tomei banho de mar, nem em Portugal, nem em Barcelona. 80% dos dias na viagem estavam nublados. OBS 7: Na Suiça queria ter rodado o país de trem, mas como estava em Família, foi mais um trecho da viagem de curtir outra vibe mesmo. Quem estiver indo por la, pesquise sobre o Swiss Pass. OBS 8: Sobre as hospedagens, acabei gastando pouco pois dividir o apartamento com outras pessoas. Achei bons preços por causa da época, baixa estação. Pesquisei muito e é preciso se ligar na localização das ofertas. Geralmente por sorte eu achei boas hospedagens com boas localizações, com exceção de Roma e Paris. OBS 9: Para hospedagem utilizei o booking.com e o airbnb.com . Já para as passagens utilizei o skyscanner. Alguns blogs que recomendo e que aproveitei muito as informações: https://www.mochileiros.com https://www.viajenaviagem.com https://www.360meridianos.com https://mochilaobarato.com.br https://ilovetrip.com.br Quem quiser visitar, minha pagina no instagram, lá tem outras fotos dessa viagem e outros rolês que fiz. https://www.instagram.com/xdan.trips Próxima parte tem: Amsterdam, Berlim, Praga, Cracovia, Budapeste, Sarajevo, Zagreb e Porto.
  13. Janeiro de 2019 - altíssima temporada: estava com férias para tirar no estágio e com vontade de viajar. Há meses estava pensando em fazer um mochilão pela Itália com uma amiga, que logo pôs meus pés no chão por conta do preço das passagens. No dia 20 recebi senhora promoção noticiada pelo Passagens Imperdíveis com os trechos SP x FCO x LIN x FCO x SP por 1.200 bonoros reais. Eu e meu pai compramos elas pelo Almundo e deu super certo! A reserva emitida pela Alitalia chegou algumas horas depois no e-mail. Como a promoção apareceu na página apenas quatro dias antes do embarque, tivemos pouquíssimo tempo para nos programarmos, escolhermos hotel e etc. 24/01/2019 (dia 00) Viagem: RJ x SP x Roma Saímos do Santos Dumont umas 11h da manhã e chegamos no Guarulhos menos de 1h depois em um voo bem ponte aérea da Gol. O voo atrasou um pouco, mas não tinha problema, já que a viagem para Roma seria só a noite. Embarcamos umas 22h na classe econômica da Alitalia. O avião era velho, algo que dava para perceber pela poltrona e pela tela do sistema de entretenimento. Mas a viagem foi tranquila, a comida era boa e o atendimento sem defeitos. 25/01/2019 (dia 01) Roma Nós chegamos à tarde em Roma e pegamos o trem Leonardo Express por 14 euros do aeroporto internacional Leonardo da Vinci - Fiumicino até a Termini. A imigração foi tão tranquila que o agente, que estava conversando com outro, mal olhou nossos passaportes. Inclusive, o carimbo saiu com a data errada. Compramos o ticket em uma maquininha logo na área de desembarque já depois de pagar as bagagens e, na verdade, a única vantagem dele é a velocidade e o tempo menor de viagem. Fora isso... descobrimos que o ônibus é mais barato. São algumas companhias com guichês que ficam no lado de fora do terminal, vendendo os tickets por 5 ou 6 euros. Um exemplo é a Terravision. Desembarcamos na Termini e fomos direto para o hotel fazer o check in. Ele ficava à alguns quarteirões em uma área cheia de barraquinhas de souvenir por 1 euro e etc., mas não muito bem frequentada durante a noite. O hotel ficava em um prédio residencial e era bem antigo, mas limpo e aconchegante. O dono, um senhor bastante atencioso, nos deu um mapa da cidade e circulou as principais atrações turísticas. Ele inclusive nos indicou um supermercado subterrâneo nas redondezas com um preço mais em conta. Também compramos nossos chips com 4g da Vodafone na loja deles na própria Termini. Nas duas primeiras noites, nós ficamos no Hotel Aristotele. Esse é o link com mais informações sobre o Leonardo https://www.alitalia.com/pt_br/fly-alitalia/news-and-activities/news/Leonardo-Express.html. A compra dos tickets pode ser feita no site da Trenitalia ou nas maquininhas já no saguão do aeroporto. 26/01/2019 (dia 02) Roma Acordamos bem cedo, tomamos café da manhã em um mercado que fica no subsolo da Termini e descemos para o metrô. Compramos o ticket diário de transporte por 7 euros e embarcamos na linha azul sentido Laurentina, mas tínhamos como destino final a estação Coloseo. Essa é uma das grandes vantagens de ficar hospedada perto da Termini: o metrô. A estação dela é a que todas as linhas se encontram. Mapa do metrô romano. Achei ele bem eficiente, mas a meio complicado no quesito de acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção. Algumas estações estavam sem escada rolante e elevador, contando apenas com escadarias. Já tínhamos lido sobre a imensa fila de turistas na bilheteria do Coliseu e a dica de entrarmos na do Palatino. Deu mega certo! Só haviam 3 pessoas na nossa frente e o ticket era o mesmo: Coliseu + Fórum romano + Palatino por 14 euros e com validade de 2 dias. Visitamos primeiro o Coliseu e almoçamos no Carrefour Express próximo antes de irmos para os outros dois. Ah, é possível fazer múltiplas entradas com o ingresso, desde que sejam dentro dessas 48h desde a compra do ingresso. Sendo sincera, apesar de ser fã de história e tal e ser telespectadora #1 do History, senti falta de um guia. Saímos do complexo no meio da tarde e demos de cara com uma avenida com estátuas de imperadores romanos, como Júlio Cesar. Ela dá na Piazza Venezia, chegando ao lado do imenso e branco monumento ao Vittorio Emanuele II, o primeiro rei da Itália unificada. Seguimos nosso caminho à pé até o grandioso Panteão. Depois, fomos andando até a Piazza Navona, local de um dos pontos do Caminho da Iluminação de Dan Brown: a do elemento água. Lá também é onde fica a embaixada palácio brasileira na Itália, o consulado-geral e a Missão do Brasil na FAO. Nós infelizmente esquecemos da existência de um tour guiado pelo palácio às quintas. O agendamento para ele pode ser feito neste link: http://www.ambasciatadelbrasile.it/palacio/visita_guidata_por.asp. Fomos até a feira Campo dei Fiori lanchar um típico sanduíche de foccacia de caprese e depois entramos no primeiro metrô que vimos para a Piazza del Popolo. Localizada logo em sua entrada, a igreja Santa Maria del Popolo é outro ponto do Caminho da Iluminação: terra, localizada na Capela Chigi, feita por ninguém menos que Rafael. A última atração visitada no dia foi a L O T A D A Fontana di Trevi, com a presença bem cara de pau dos pickpockets. Ela é bem longe da estação e rende uma boa caminhada. Já tinha anoitecido. Minha tentativa de mostrar a quantidade de gente em um espaço surpreendentemente tão pequeno. Eu li que, pra tirar fotos boas e dignas de instagram, o melhor jeito é chegar bem de manhãzinha ou tarde da noite. 27/01/2019 (dia 03) Vaticano e Roma Precisávamos trocar de hotel que agora seria do outro lado da Termini, em uma região melhor localizada. Era um Airbnb também em um prédio residencial, mas mais moderno e limpo, com snacks e chás disponíveis para os hóspedes. Como era o último domingo do mês, algumas atrações estavam gratuitas, então resolvemos usar essa oportunidade para visitarmos o Museu do Vaticano. Placa do Vaticano informando o calendário com os dias de gratuidade no ano de 2019. A fila estava gigantesca, mas andou bem rápido e o museu é imperdível. Site: http://www.museivaticani.va/content/museivaticani/en.html. Depois de sairmos, cruzamos a fronteira entre a Itália e o Vaticano e fomos na Praça São Pedro, ver o ponto do elemento ar. Seguimos até o Castel Sant'Angelo, que custou 15 euros e, na verdade, apesar de toda sua história, arquitetura e etc., fiquei um pouco decepcionada com a falta de semelhança com oque foi apresentado no filme Anjos e Demônios. Se você comprar o Roma Pass, ele tá na lista de museus. Saímos de lá já a noite e fomos jantar pizza no Panteão. 28/01/2019 (dia 04) Vaticano e Roma Voltamos ao Vaticano e gastamos a manhã toda na Basílica de São Pedro - após pegar uma longa fila e uma dolorosa e bizarra chuva de granizo. Assim como todas as igrejas de Roma, ela é gratuita. Saímos dela e passamos o dia visitando cada canto do Vaticano, que é bem interessante! Lanchamos em uma padaria subterrânea perto da estação de metrô Ottaviano antes de embarcamos para a Piazza di Spagna. Chamamos lá e PÁ, mas uma chuva gelada que depois se transformou em uma de granizo. Por causa do frio beirando ao insuportável, voltamos ao Vaticano e ficamos por lá o restante o dia. 30/01/2019 (dia 05) Roma Recebemos a indicação de visitar a Trastevere, no outro lado do Rio Tibre, mas ficamos bem decepcionados. Pode ser devido a hora do dia e tal. O que compensou a ida foi o Gueto judaico. Milhares de judeus ficaram confinados nele e posteriormente enviados para campos de concentração ao leste. Para visitar a sinagoga, é preciso de agendamento e um guia. É interessante observar também as plaquinhas douradas no chão indicando o local de moradia de alguns dos deportados, com as informações de onde e quando nascerem e para onde foram. Placa em homenagem aos judeus romanos deportados para o campos de concentração no dia 16 de outubro de 1943. 31/01/2019 (dia 06) Roma (Fiumicino) - Milão (Linate) Desta vez nos acertamos e pegamos o ônibus até o aeroporto. A viagem foi supertranquila! Chegamos bem cedo no Fiumicino e, para nossa supresa, a Alitalia permitiu o despacho das bagagens com mais de 5h de antecedência. Todos os procedimentos de segurança foram tranquilos e rápidos e nós almoçamos em um restaurante de saladas por lá. Chegamos em Milão pelo aeroporto de Linate, mais próximo da cidade e bem menor que o de Malpensa. Demos a sorte de pegar o último ônibus para a estação central (mesmíssimo esquema do que o de Roma). Fizemos o check in no hotel. Foi engraçado e bastante esquisito: o check in foi feito em uma loja de rua, atendida por uns garotos na faixa dos 20 anos de idade, e o hotel ficava um pouco mais a diante, no outro lado da rua, em um prédio comercial. Era equipado com microondas, chaleira, máquina de café, torradinhas, geleias e cápsulas de café. Nós fomos achar um lugar para jantar, mas tudo nas redondezas já estava fechado. 01/01/2019 (dia 07) Milão Acordamos com neve e saímos cedo e descemos para o metrô, no outro lado da rua do hotel. Fomos para o Duomo de Milão (a estação se chama Duomo mesmo), ainda fechado. O frio estava intenso (para dizer pouco... neve, chuva gelada e essas coisas) e estávamos com muita fome. Como tinha um Mc Donalds por perto decidimos que seria ali mesmo. Na verdade, acabou valendo a pena! O croissant custava 1 euro e o chocolate quente também tinha um preço bem acessível. Tinham alguns combos de café da manhã bem bons e em conta. Terminamos de comer e fomos na Galeria Vittorio Emanuele e, uma das saídas dela, dá direto no Teatro Scala e a uma estátua do Leonardo da Vinci. Tínhamos lido sobre a Panzerotti di Luini, famosíssima e decidimos experimentar. Só que ela abre um pouco tarde, então precisávamos fazer hora. Voltamos para a área do Duomo e entramos na La Rinascente, uma loja de departamentos bem chique, mas com uma loja de várias coisas bem legais no subsolo - de canetas à decoração de cômodos. Enfim fomos comer na Panzerotti di Luini - eu pedi de Margherita e meu pai de Pistachio - e voltamos para o Duomo, já lotado e, devido ao frio, decidimos não encarar a fila. Fomos almoçar pizza na estação central e embarcamos no metrô até o Castelo de Szforzesco. Eu diria que ele é imperdível. Suas coleções são incríveis e o castelo em si é um espetáculo. O problema era o frio e o gelo no solo no lado de fora dele. O site dele é https://www.milanocastello.it/en. Parte de fora do castelo. Pietà assinada por Michelangelo. Jantamos em uma cafeteria perto da estação central risoto a milanesa e frango a milanesa. Acho que um dia em Milão foi mais que o suficiente. O nome do b&b em que ficamos é I Am Here - Gioia 66, fizemos a reserva pelo Booking e duas diárias para duas pessoas custou 81,70 merkels. 02/02/2019 (dia 08) Viagem interna: Milão x Veneza Mestre Embarcamos para Veneza pela Italo umas 11h. A viagem foi mega tranquila e descobrimos que poderíamos descer na Mestre ao invés do nosso destino original, que era a Santa Lucia. Chegamos em Mestre e fomos fazer o check in no hotel. Tínhamos reservado após a cancela do anterior já quase no portão de embarque do Guarulhos e a sorte que tivemos logo se tornou evidente. Ok, ele estava em obras, mas nos transferiram para um "hotel irmão" dele, localizado na Corso del Popolo, a rua principal e rota do ônibus que liga Mestre a Veneza que conhecemos. Perto do hotel também tinha um Mc Donalds, lanchonetes, supermercado PAM e outra rede ainda maior e mais barata. Fizemos a reserva no Hotel Ambasciatori, mas acabamos ficando no Hotel Delfino. As cinco noites para duas pessoas no quarto Standard custou R$ 921,70. 03/02/2019 (dia 09) Veneza Compramos o ticket diário de transporte na recepção do hotel e fomos de ônibus até a ilha, passando pela Via della Libertá, o único modo terrestre de chegar até lá. Chegamos na Piazzale Roma e subimos aquela estranha ponte de vidro que enfim dá acesso à ilha. Ponte que dá acesso à Veneza. Fomos andando pelas ruas e demos de cara com elas alagadas. Logo me toquei que estávamos presenciando a Acqua Alta: um fenômeno que ocorre no inverno com a subida do nível do mar, alagando partes da cidade durante algumas horas do dia. Mas tudo lá é preparado para isso: são montadas passarelas nos pontos afetados e camelôs vendem "botas" de plástico para proteger os sapatos. Um dos canais transbordados. Passarela montada ligando a galeria da praça ao Palácio Ducale. O chão já estava praticamente seco. Ainda era bem cedo e as lojas estavam fechadas. Isso foi claramente um erro. Nós estamos acostumados a sair bem cedo do hotel para aproveitar bem o dia, mas percebemos que não seria o caso de Veneza. Seguimos o trajeto e chegamos na Ponte di Rialto e seguimos até a Piazza San Marco, com poças d'água. A famosíssima e belíssima San Marco alagada. Um lugar interessante que fomos é o Theatro Italia, que fica no lado da Piazzale Roma de Veneza. É um supermercado dentro de um teatro desativado, que manteve sua arquitetura, pinturas e etc. É muito lindo! Eles ainda vendem doces típicos e com embalagens próprias do supermercado. Compramos uma caixa linda de torrone para trazer para o Brasil. Infelizmente, não podia tirar foto dentro. 04/03/2019 (dia 10) Veneza Fomos no triste Gueto judaico - que na verdade são dois! O Vecchio e o novo. Uma curiosidade é que a palavra "gueto" surgiu lá. Durante a república veneziana, os judeus da cidade eram confinados dentro do bairro durante a noite, quando as pontes se levantavam, isolando-os das outras ilhas. Eles eram limitados à certos tipos de emprego e o uso de peças de roupa distintivas era obrigatório. Lembra algum outro episódio histórico? O clima lá é um tanto mais pesado que o de Roma, por ser mais antigo e com mais monumentos dedicados aos judeus de Veneza deportados e mortos durante o Holocausto. A visita ao Museu Judaico precisa ser agendado. Parede no gueto com placas com cenas da deportação e do Holocausto. Muro em homenagem aos judeus venezianos deportados. 05/03/2019 (dia 11) Veneza Enfim: SOL!!!! O dia amanheceu ensolarado e o cenário mudou totalmente! Refizemos os trajetos e revisitamos os principais pontos turísticos como a San Marco - e a sua basílica - e a Ponte dos Suspiros, os bairros da cidade, como a Accademia e o Dorsoduro, visitamos por coincidência o Museo della Musica, e a Santa Croce. Fomos também na eleita pela BBC a livraria mais bonita do mundo, a Libreria Acqua Alta. Os livros, mapas e fotos ficam dispostos em banheiras, barris e gôndolas para serem protegidos das águas do canal. Eles vendem livros de diferentes gêneros, estados de conservação, preço e idiomas. Tem uns souvenires bem legais e diferentes, como fotos e mapas antigos da cidade. 05/03/2019 (dia 11) Lagoa de Veneza Compramos o ticket diário para o uso do Vaporetto por 7 euros em um dos seus guichês. Nos embarcamos na estação da Piazzale Roma. Vaporetto é o ônibus de Veneza, ou seja, um barco. Ele não é muito confortável e é um pouco lento e, dependendo da linha e do horário, pode ser bem cheio. Para Lido, há também o ferry. São várias linhas e achei as rotas um tanto confusas. Começamos por Murano, com suas inúmeras lojas vendendo peças feitas com seu famoso vidro. Fiquei um pouco decepcionada com a ilha.. Os vendedores eram nem um pouco receptivos e tudo parecia ser meio artificial estilo engana turista Depois, seguimos para a calma e vazia Torcello antes de seguirmos para Burano, o ponto altíssimo do nosso dia. As casas são lindas e parecem ter saído de um filme. São todas coloridas. De longe, é a melhor e a mais linda de todas. Árvore de natal em Murano feita com vidro de Murano, claro. Murano. A fofa e calma Torcello. Burano. Eleita por mim a melhor ilha de todas e seria um crime ir até Veneza e não visitá-la. Eu tinha lido sobre as praias de Lido e decidimos ir até lá conhecer. Já no vaporetto percebemos a ausência de turistas e a abundância de locais. Quando desembarcamos, não conseguimos achar as praias e só depois descobri que elas ficam no outro lado. Como estava frio e anoitecendo e Lido é um pouco longe de Veneza, resolvamos voltar. Ficamos passeando pela principal linha de vaporetto que cobre o Grande Canal (!!!) e passa pelos principais pontos turísticos. Já estava de noite e confesso que fiquei um pouco decepcionada com a visão e com a vida noturna. Considerando que a gôndola custa salgados 80 merkels por passeio, pra quem quer economizar, acho que o vaporetto pode ser uma boa opção para ter uma visão de Veneza pelos seus canais. Voltamos pra Mestre lá pelas 22h. Obs.: quando estávamos indo para as ilhas, vimos as Dolomitas no horizonte. Fomos pesquisar no site de ônibus o preço das passagens e elas estavam bem em conta mas, infelizmente, não tinha mais data disponível nos dias em que estaríamos em Veneza, apenas no dia de regresso à Milão. 06/03/2019 (dia 12) Veneza Como meu pai era oficial da Marinha do Brasil, a parada no Museu Naval era obrigatória. Enquanto ele estava lá, o meu plano original era ir no Palácio do Dodge, o Ducale, mas o ingresso era tão caro que acabei desistindo e fui para o Naval também. SOBRE A COMIDA EM VENEZA: conseguimos achar perto da San Marco, uma rua cheia de lojas tipo Spoleto mas com sabores fixos. Os preços variavam entre 5 e 8 euros e eram uma delícia!!!! As pizzas lá também são baratas. Em Mestre nós comprávamos a janta no supermercado. Só no último dia que compramos uma pizza de cinco queijos, acho, em uma lanchonete em frente ao hotel. Custou menos de 10 euros e tinha até brie kkk Ou seja, dá para economizar em Veneza sim. 07 e 08/03/2019 (dias 13 e 14) Veneza Mestre x Milão x Roma Viajamos o dia inteiro e enfim chegamos à Milão umas 18h. Pegamos o ônibus por 6 euros para o Linate e lá ficamos a noite inteira esperando o momento de embarcar para Roma, que seria logo pela manhã. Após longas horas de espera e com o aeroporto fechado, mas com gente dentro na mesma situação, o check in enfim abriu! O melhor de tudo foi que a moça da Alitalia conseguiu adiantar nosso voo para o primeiro da manhã. E isso acabou fazendo toda diferença: a aduana do Fiumicino estava lerdíssima e entupida de gente. Nós, um pessoal de um voo para a Cidade do México e de outro para a Armênia quase não conseguimos embarcar. Mas acabou dando tudo certo. Conseguimos chegar no portão de embarque quando estavam anunciando o início dele. Para SP, o voo, como sempre, foi tranquilo, apesar de diurno. Chegamos em Guarulhos umas 20h, alguns minutos antes do último voo do dia para a Cidade Maravilhosa. 09/03/2019 (dia 15) São Paulo - Rio de Janeiro (Gol) Após mais uma noite em claro no aeroporto, salva pelo intenso movimento existente 24/7 no GRU e pela existência de um "hotel" que você pode alugar um banheiro por 1h dentro do aeroporto, embarcamos às 6h para o Santos Dumont. UTILIDADE PÚBLICA: https://www.slavierohoteis.com.br/hoteis/fast-sleep-by-slaviero-hoteis/ O LINK DO TAL HOTEL. ((((( em construção )))))
  14. Resolvi fazer esse relato pra contar sobre a minha viagem para a Itália entre dezembro/2018 e janeiro/2019, desde os preparativos até o retorno. PASSAGENS Comprei minhas passagens meio que no susto, no mês de novembro para datas em dezembro. Como só consigo pegar férias a partir do dia 20 de dezembro, fico sempre dependendo de promoções, porque mesmo comprando com antecedência, os valores estão lá no alto. Comprei as passagens no site da Latam, sendo que o valor de ida e volta, já com as taxas ficou em R$ 2.080,48. Na ida, eu sairia de Guarulhos no dia 24/12, às 23h15 (sim, para economizar, nem Natal a gente comemora), fazendo escala em Madrid e chegando em Milão - Malpensa no dia 25/12, às 17h45. Na volta, o voo seria direto, saindo de Milão – Malpensa, no dia 11/12, às 19h05 e chegando em Guarulhos às 04h50. Ocorre que o meu voo de ida foi cancelado. Belo início de viagem, mas isso é assunto para processinho hahahaha... A cia aérea me realocou em um voo para Frankfurt no dia seguinte (25/12), às 23h00. Como no dia 26/12 eu já tinha viagem de Milão para Veneza, conseguiram que eu pegasse um voo de Frankfurt direto pra lá, pela Lufthansa. O resultado é que perdi um dia em Veneza. Sorte de pobre soberbo. Comprada a passagem, fui para os preparativos e entre eles, estava descobrir o que era necessário para que não fosse extraditada ainda no aeroporto. Basicamente, era necessário passaporte com validade superior a 3 meses, passagem de retorno ao Brasil, reserva dos locais em que ficaria hospedada, o seguro saúde e comprovação de recursos financeiros para me manter lá durante a viagem. Passaporte e passagens em ordem, precisava arrumar os demais. SEGURO SAÚDE Para o seguro saúde, é necessário dar mais uma pesquisada por conta das coberturas necessárias. Também chamado de Seguro Schengen, por conta do Tratado de mesmo nome que visa dar livre circulação de visitantes entre os países signatários (entre eles a Itália), o seguro saúde para a Europa precisa de ter uma cobertura de no mínimo 30.000 euros, além de cobrir traslado de corpo e outras coisas. Para encontrar o que se encaixava nas minhas necessidades, eu usei um dos buscadores de seguro que tem na internet (não lembro o nome) e acabei optando pelo AC 35 Europa, da Assist Card, que custou R$ 179,85, do dia 24/12/2018 à 12/01/2019. Lembro que antes pesquisei pra ver e muitas pessoas que precisaram de usar o seguro, tinham falado bem da agilidade e atendimento deste, sem qualquer tipo de problemas. COMPROVAÇÃO DE RENDA A comprovação de renda você pode fazer de várias formas. Pode levar um travel card (cartão pré-pago) carregado, com o extrato de quanto tem nele, ou então um cartão de crédito, com comprovante do limite. Apesar de essas opções trazerem um pouco mais de segurança por não ficar andando com um monte de grana por aí, tem que ter em mente que a cotação diferenciada do travel card e o IOF do cartão de crédito podem pesar do bolso. Por exemplo, quando fui atrás disso, a diferença de cotação para dinheiro vivo e para carregar o cartão pré-pago era de quase 20 centavos por euro. Por conta disso, preferi levar tudo em dinheiro mesmo (cotação de R$ 4,59) e não tive nenhum problema com isso. Na maioria das vezes eu levava tudo comigo quando saía, em uma doleira (as várias camadas de roupas escondiam o volume da minha pequena fortuna). Nas poucas vezes que deixei nos armários dos hostels, não senti falta de nada. Ao todo, levei 900 euros e voltei com 164,64 euros, o que deu quase 40 euros por dia de alimentação, transporte dentro das cidades, lembrancinhas, algum passeio que resolvia fazer no dia e as diárias de Bolonha e de Florença, que paguei na hora. Feitos alguns dos preparativos, era hora de decidir o roteiro, para poder fechar as acomodações e os deslocamentos dentro da Itália. ROTEIRO Tive que levar em consideração que parte da viagem eu faria junto com um amigo que já estaria na Itália e parte faria sozinha, mas isso em nenhum momento foi problema, tanto que fechamos os mesmos destinos, só que em ordem inversa. Como eu chegaria e voltaria para o Brasil por Milão, Ficou assim o meu roteiro: 25/12 à 26/12 – Milão 26/12 à 28/12 – Veneza 28/12 à 30/12 – Bolonha 30/12 à 03/01 – Roma 03/01 à 06/01 – Florença 06/01 – Pisa 06/01 à 09/01 – Turim 09/01 à 11/01 – Milão ACOMODAÇÕES Decididos os locais e datas, passei a pesquisar as acomodações, optando por hostels que ficassem próximos ao transporte público e de restaurantes e bares, pois apesar de querer algo econômico, não queria cozinhar, já que um dos motivos para eu estar indo para Itália era pra comer bem. Todas as minhas reservas foram feitas pelo Booking. Como perdi minha diária em Milão por conta do cancelamento do meu voo, nem vou comentar sobre o mesmo. Veneza - Generator Venice – 2 diárias = 37,40 euros para quarto misto, com 16 camas, banheiro compartilhado e sem café da manhã. Mesmo tendo muitas camas, achei o espaço muito bom, sendo que cada cama tinha seu gaveteiro, além de ser super quentinho. O banheiro pelo que eu vi tem um por cada andar. Ele era BEM pequeno no geral e mais ainda nos dois boxes para banho, mas nada que fosse extremo e a limpeza dele era ok. O mais legal é que esse hostel tem um bar no térreo, frequentado tanto por hospedes quanto por pessoas de fora. Lá eles servem algumas coisas no café, além de massas, pizzas e drinks. Um ambiente muito legal, com mesa de sinuca, cadeiras, sofás e música. A localização também é ótima, porque apesar de não ficar em Veneza e sim na Ilha de Giudecca, ele fica de cara para a Praça de São Marcos, tendo dois pontos de barco muito próximos, com travessia de no máximo 5min. até Veneza. Bolonha – Dopa Hostel – 2 diárias = 60 euros para dormitório feminino, com 6 camas, banheiros compartilhados e café da manhã incluso. Esse foi o meu hostel favorito na viagem toda. As camas eram no estilo capsula, só que no tamanho GG, tanto que dava pra ficar sentado lá dentro, além de ter uma cortininha para maior privacidade. Uma das hostess era maravilhosa, na minha primeira noite ela fez risoto ao funghi pra mim e uma galera que estava conversando na cozinha, sem cobrar nada, além de conversar com todos e ter belas recomendações da cidade. Tinham 3 banheiros, mas daquele tipo de banheiro de casa mesmo e sempre limpos. Aqui foi o único lugar que encontrei café da manhã com comida salgada, como pão, torrada, queijo parmegiano reggiano, salame, além de ter geleias e nuttela. Eles também tinham café, leite e chá. Uma delícia. Além disso, as recomendações de lugares para comer deles foram as melhores. Melhor lasanha que comi na minha vida foi de um restaurante que eles nos passaram. A localização em Bolonha eu acho que não tem muito segredo. Andamos a pé para todos os cantos. Roma – Roma Scout Center – 4 diárias = 104,76 euros para dormitório feminino, com 4 camas, banheiro compartilhado e café da manhã incluso. Esse hostel foi escolhido porque não tínhamos mais tantas opções, já que estava muito próximo da viagem e englobava o réveillon. Apesar disso, foi um bom hostel. O quarto dava para uma varanda e tinha armário. O aquecedor que era meio desregulado, ou você estava com frio, ou com calor. O banheiro era ok, estilo de colégio e a limpeza também não tenho do que reclamar. O café da manhã só tinha uma torradinha pra quebrar o açúcar de geleias, pastéis de massa folhada com recheio doce, cereal, entre outras coisas. Apesar disso, era muito bom e tinha até água com gás. Ponto negativo é que não tinha área comum, sendo que você acabava conversando apenas com o pessoal que estava no seu quarto. A localização era boa, apesar de não estar próxima às principais atrações da cidade. Esse hostel fica próximo a várias estações de metrô e da estação de trem de Tiburtina. Florença – Emerald Palace – 3 diárias = 69 euros para quarto misto, com 4 camas, banheiro privativo e café da manhã. Hostel limpo e confortável. Pelo que eu entendi, quem cuida do hostel é uma senhora e o filho. Essa senhora era a simpatia em pessoa. Apesar de falar pouquíssimas coisas em inglês, ela tentava entender a todo custo. No café ela prepara torrada e cappuccino para todo mundo. Esse hostel fica MUITO bem localizado. Em frente à Basílica de San Lorenzo, pouquíssimas quadras da Duomo, dos principais Museus e tem diversos restaurantes e bares à sua volta, mas também não tinha lugar para interação entre os hóspedes. Turim – Bamboo Eco Hostel – 3 diárias = 72 euros para quarto misto, com 6 camas, banheiro compartilhado e café da manhã. Hostel ok, não tenho maiores reclamações. Fica longe da estação de trem e dos principais pontos da cidade, mas fica super próximo de ponto do TRAM e tem restaurantes por lá, inclusive em frente, tem um boteco brasileiro que estava fechado justamente no período em que estava na cidade. O café da manhã também era ok, com vários tipos diferentes de leite e tinha a cozinha e uma sala de área comum. Milão – Milano Ostello – 2 diárias = 44 euros para quarto feminino, com 6 camas, banheiro privativo e sem café da manhã. Apesar de não ter acontecido nada, achei esse um hostel meio estranho. Sei lá, mas não gostei muito. Para ir na área comum, tinha que descer as escadas e quando fui lá, só tinham funcionários do hostel. Fica longe dos principais pontos da cidade, mas a poucos metros de uma estação de metrô. Também está próximo de mercado e vários restaurantes. Gostei muito da localização. *Uma coisa importante é que existe um tal de imposto municipal em pelo menos todas as cidades em que passei, que deve ser pago em dinheiro, na hora do check-in. Portanto, o valor desse imposto não está incluído no da diária e vai de 1 à 3 euros no total, para cada uma das acomodações. PASSAGENS PARA DESLOCAMENTOS NA ITÁLIA Já os valores com deslocamentos não teve pra onde correr, ficaram bem mais pesados, pois as passagens mais baratas já estavam esgotadas. Optei em fazer todas as viagens internas de trem, mas sei que em alguns trechos, principalmente os mais longos, as passagens de ônibus ficariam bem mais em conta. O ponto negativo é que de ônibus demora bem mais tempo. Também decidi por fazer essas viagens no período da manhã, o que acredito ter sido um erro. Como esse período é de inverno na Europa, amanhecia tarde e escurecia super cedo, no ponto de 17h00 parecer noite e às 20h00 eu já estar pensando em dormir. Acho que se fizesse os deslocamentos no fim do dia, teria aproveitado bem mais os curtos períodos de sol. Para passagens de trem pela Itália, existem duas cias, a Trenitalia e a Italo. Pelo que eu vi, a Italo opera poucos trechos, mais próximos de Milão, então a maioria dos meus deslocamentos foram todos pela Trenitalia. Importante observar que existem categorias diferentes. As que eu comprei foram da Regionale e da Regionale Veloce, que não tem assento marcado e você pode pegar qualquer trem dentro das 4 horas a partir do horário para o qual você comprou a passagem, desde que seja para o mesmo trecho. Também comprei da Frecciarossa, FrecciaBianca e Intercity que não sei a diferença, mas acho que seriam os assentos marcados. Na real eu nem fiquei olhando essas categorias, apenas escolhi as passagens mais baratas para os horários que eu queria. Os custos com trem foram os seguintes: Veneza – Bolonha = 12,60 euros (Trenitalia – Regionale Veloce 2ª classe) Bolonha – Roma = 65,80 euros (Trenitalia – Intercity 1ª classe) Roma – Florença = 24,90 euros (Trenitalia – Frecciarossa 2ª classe) Florença – Pisa = 8,60 euros (Trenitalia – Regionale 2ª classe) Pisa – Genova = 9,90 euros (Trenitalia – FrecciaBianca 2ª classe) Genova – Turim = 12,40 euros (Trenitalia – Regionale Veloce 2ª classe) Turim – Milão = 9,90 euros (Italo – Smart) PASSAGENS NAS CIDADES, CITY PASS E ATRAÇÕES Alguns city pass e atrações comprei adiantado ou para garantir, ou para agilizar as visitações. Outros ingressos deixei para comprar na hora porque sabia que não eram tão concorridos. Veneza VeneziaUnica = 30 euros - https://www.veneziaunica.it/en Adquirido no site ou em postos de vendas, esse city pass tinha a validade de 2 dias e valia para ônibus e vaporetto, que é o “barco ônibus”, menos para os mais luxuosos e para o ônibus que sai do aeroporto e vai para Veneza. Esse passe pode ser utilizado no período de um ano desde a sua compra. Achei necessário esse city pass, primeiro porque ficaria hospedada em outra ilha, precisando de pegar barco ao menos na chegada e na saída, segundo, queria fazer o passeio para as ilhas de Murano, Burano e Torcello, terceiro, como ficar hospedada de frente para a Praça de São Pedro e não querer dar um pulinho lá? E por último, as passagens de vaporetto estavam 7,50 euros, se eu não me engano. No site do VeneziaUnica é possível encontrar combos em que você escolhe o que quer, dá pra colocar mais ou menos dias de transporte, visitação à museus e igrejas e muitas outras coisas. Eu comprei pelo site e tentei fazer a retirada do passe (que é um cartão) nas máquinas que ficam na Piazzale Roma, mas não consegui. Sorte que o ponto de venda que fica no mesmo local ainda estava aberto e a atendente me entregou. Ônibus Aeroporto Marco Polo – Piazzale Roma = 8 euros Comprei em um guichê dentro do aeroporto e param nos pontos de ônibus logo em frente à saída. Pelo que eu vi eles também vendem lá no ônibus, antes da partida. Bolonha Não gastamos nada com atrações e passagens de ônibus. Roma Roma Pass = 38,50 euros - http://www.romapass.it/ Passe com validade de 72 horas que você pode usar para o transporte público (ônibus e metrô) e também dá direito à entrada gratuita em duas atrações e à desconto em outras. No site você pode optar pelo passe de menos tempo também e ver quais são as atrações disponíveis pra você visitar com esse passe. Nós optamos por ir no Coliseu, Palatino e Fórum Romano (que valem por uma entrada), que não precisam de agendar visita, só enfrentar numa fila enorme. Também fomos ao Museu Borghese, que necessita de agendamento prévio, feito por telefone. No momento da compra, você deve escolher o local de retirada dos passes. Eu achei melhor retirar na estação central, sendo que o guichê fica na zona de atendimento aos turistas. Para retirar, você deve levar o número de ordem da compra (preferencialmente a confirmação enviada pelo e-mail) e o passaporte da pessoa que comprou. Museu do Vaticano = 21 euros - https://biglietteriamusei.vatican.va/musei/tickets/do?weblang=en&do Também tem que ter agendamento prévio de data e horário, feito no próprio site, na hora da compra. Florença Como fiz tudo a pé, não gastei com transporte. Bilhete único para Galeria Uffizi, Palácio Pitti e Jardins de Boboli = 18 euros Esse bilhete tem validade para 3 dias, sendo que você só deve agendar a data (no próprio site) para visita à Galeria Uffizi, que necessariamente será a primeira das 3 atrações a ser visitada. Bilhete para Galleria dell’Accademia = 16 euros Também deve ter agendamento prévio da visita, feita pelo site. Os bilhetes de todas, ou ao menos as principais atrações de Florença estão disponíveis para compra no site https://webshop.b-ticket.com/webshop/webticket/eventlist Retirei ambos os ingressos na bilheteria que fica do lado de fora da Galeri Uffizi. Turim Passagem avulsa de TRAM = 2,50 euro Você pode comprar nas máquinas, dentro do TRAM. Não lembro ao certo, mas acho que paguei 12 euros na passagem de 2 dias de validade. Comprei em uma lojinha que ficava ao lado do hostel. Museu Egipcio = 13 euros + 1 euro para o guarda-volume Comprei na bilheteria do próprio museu. Museu do cinema + elevador panorâmico = 11 euros. Foi o único museu em que eu consegui o desconto por ter 26 anos (pessoas com até 26 anos tem direito à entrada reduzida em museus e outras atrações). Comprei na bilheteria do próprio museu. Milão Transporte metrô por 2 dias = 8,50 euros Comprei na estação central, assim que cheguei, em uma loja lá dentro. Não fui em atrações pagas em Milão, então não tive gastos com isso. Esses foram os principais gastos que tive com a viagem, sem considerar a conversão e o IOF das compras feitas pelos sites. Feitas essas considerações, passo a falar do que mais gostei de cada cidade e quais as minhas considerações sobre elas. VENEZA Como só tive um dia em Veneza, saindo cedo para fazer os passeios em outras ilhas, acabei só conhecendo a cidade à noite. Então não tenho muito o que comentar. Devo dizer que amei ficar em Giudecca e passear por ela à noite. Além de ser bem mais barato do que ficar hospedado em Veneza, dá a impressão que você está em uma ilha abandonada, com aqueles casarões antigos dando um ar ainda mais misterioso. Murano É uma ilha bem simpática e os vidros ali fabricados são mesmo muito lindos (e caros). Não visitei nenhuma fábrica, mas parece que o valor pra essa atividade fica entre 3 e 5 euros. Burano Toda colorida, é a ilha perfeita pra tirar fotos. Foi nessa ilha que almoçamos, em um restaurante que tinha o menu completo por 20 euros, sendo que você podia escolher o primeiro prato, o segundo e a sobremesa (melhor panna cotta de café). Torcello É uma ilha minúscula que não tem muita coisa, mas que eu achei maravilhosa e queria ter passado uma noite. Tinha um restaurante lotadíssimo por lá, com cheiro muito bom e valor ok. Só não paramos pra almoçar porque estava cheio de pombas (problema da Itália, que tem milhares de pombas em todos os lugares). BOLONHA A minha recomendação lá é diminuir o passo, visitar a Piazza Maggiore, almoçar uma lasagne ala bolognese (10 euros) na Trattoria del Rosso, a melhor que já comi na vida e pra gastar as calorias, subir a pé para o Santuário de Nossa Senhora de São Lucas, que estava cerca de 6km do nosso hostel e que é quase todo feito sob pórticos. Lá existem alguns museus e outras atrações pagas pra visitar, mas preferimos ir com calma e aproveitar o bom tempo que encontramos depois das temperaturas amenas de Veneza. ROMA Reserve um dia para visitar o Coliseu, Palatino e Fórum Romano. Essas atrações estão coladas umas nas outras, sendo que o Palatino e o Fórum estão no mesmo “parque”. Coliseu é um clássico e deve ser visitado, mas se fosse pra eu eleger o meu predileto, com certeza seria o Palatino e Fórum Romano. Reserve ao menos umas 4 horas pra passear tranquilamente por essas maravilhas. Sem falar que na minha opinião, lá fica a melhor e menos concorrida vista para o Coliseu. Outro passeio que eu amei foi a Vila Borghese e a Galeria que fica lá e que tem obras mundialmente conhecidas de Bernini, Caravaggio, da Vinci, entre outros. O parque é sensacional e enorme, eu também reservaria um dia pra visitar ele e a Galeria. O Museu do Vaticano tem um acervo fantástico, desde artefatos egípcios, esculturas gregas e pinturas de valor inestimável (Capela Sistina que o diga). Mas como a maioria dos lugares em que fui, estava quase intransitável de tanta gente. É bom se programar pra passar ao menos meio dia pra visitar o museu todo, mas acho que o ideal seria um dia todo, pra você descansar, porque o negócio é realmente MUITO GRANDE. Também visitei a Piazza di Spagna (lotadíssima), Fontana di Trevi (bufando de gente), Piazza del Popolo e Pantheon que são relativamente próximos. Também fui no Altare dela Patria, que achei o monumento mais bonito da cidade. Uma dica é deixar pra comprar as lembrancinhas da viagem em Roma, porque foi o lugar mais barato em que vi. Tem uma banca do outro lado da rua da entrada do metrô da estação central que tinha muita coisa mais em conta e o dono é um etíope muito gente boa. As miniaturas estavam por 1 euro, enquanto 3 chaveiros estavam por 5 euros. Outra dica, por experiência própria, é que caso você vá passar o fim de ano em Roma e quer ver os fogos, a praça em frente ao Coliseu não é muito recomendável, pois a queima de fogos ocorre no Circo Maximus, sendo que o coliseu encobre tudo. Decepção hahahahaha FLORENÇA A cidade mais gostosinha pra você caminhar e admirar absolutamente tudo. Vá à Galeria Uffizi (enorme e sensacional), à Galleria dell’Academia (David), mas principalmente, vá até o Palácio Pitti, que é um combo entre grandes obras de arte, coleções de porcelana e gemas de pedras preciosas, arquitetura, vista da cidade e a natureza dos Jardins de Boboli. Minha atração favorita. Para uma bela vista da cidade, também vá até a Piazzale Michelangelo, principalmente no fim da tarde. Uma dica é para que você aproveite para ir no mesmo dia em que visitar o Palácio Pitti, pois as duas atrações são relativamente próximas. Fora isso, bata perna por toda a cidade, visite a Duomo, tire várias fotos por lá e pela Ponte Vecchio e admire essa cidade que parece que realmente foi feita pra abrigar arte. PISA Cheguei em Pisa lá pelas 9h00 e saí de lá às 14h30. Queria ter passado uma noite por ali também. Amei tudo na cidade que vai muito além da torre. Foi aqui que comi a melhor pizza da viagem, na Pizzeria l’Arancio, que encontrei por acaso no meio do caminho, voltando da Piazza dei Miracoli pra estação. TURIM Praticamente ninguém de fora da Itália vai pra Turim, a não ser por conta do futebol. Foi um choque, porque a Itália inteira estava lotada de brasileiros, menos Turim. Aqui tem o segundo maior museu egípcio do mundo e um dos melhores e mais completos de cinema. Inclusive, o Museu de Cinema de Turim, que fica no Mole Antonelliana, é sem dúvidas o meu predileto de todos que já visitei (o segundo é o Minas Vale e o terceiro é o Nacional de Cuba). Você precisa tomar a bebida mais conhecida da cidade, o Bicerin, que é deliciosa, apesar de cara (5 euros no Caffe Regio). Também recomendo visitar o Parco Valentino, que é lindinho, principalmente no início ou no fim do dia. MILÃO Sem dúvidas, a Duomo merece ser o principal cartão postal, porque aquilo é lindo e incrível. E parece que as pombas acham o mesmo. Por ali fica a Galeria Vittorio Emanuele que eu não vi muita graça (sou pobre) e a Rinascente, loja de departamentos gigante e que na cobertura tem um bar e uma bela vista pra catedral (de graça). Outro ponto que amei foi o Parque Sempione, que fica atrás do Castello Sforzesco. Dá pra entrar no Castelo, mas eu já estava farta de museu nesse ponto da viagem hahaha De lá eu fui a pé para conhecer o Bosco Verticale, passando pelo Bairro de Brera que é maravilhoso, cheio de restaurantes, cafés, prédios modernos e capelas antigas. Acho que é isso. Gostei muito da viagem, mas não tanto quanto eu esperava. Não comi tão bem quanto imaginei (senti MUITA FALTA de arroz, feijão e carne mesmo), mas comi a melhor pizza e a melhor lasanha da minha vida por lá. Acho que se algum dia eu me recuperar do rombo financeiro dessa viagem, a Itália não estrará tão cedo na minha lista de destinos. Ps1: na maioria das cidades eu não tive problemas em falar inglês com o pessoal do comércio ou mesmo com transeuntes. Ps2: em todas as maiores ou mais movimentadas cidades por que passei tinha uma loja da Venchi, onde tomei os melhores gelatos. Ps3: o gelato da Amorino, na Galeria Vittorio Emanuele é bonito (e caro), mas não tão bom. Ps4: o trecho de viagem de trem entre Pisa e Genova é todo feito pela Costa. Tome cuidado para pegar passagens durante o dia, pra poder ver essa maravilha.
  15. samantha.v

    Milão

    Olá Quando passei pela Itália não teve nenhum jogo, então não sei te informar sobre os preços. Mas o que eu recomendo é você ver os preços nos sites dos clubes ou da competição, e não outros sites, que podem cobrar taxas extras. Quando passei por Barcelona teve jogo pelo campeonato espanhol, e quando eu vi os ingressos também achei um absurdo. Deixei para ver lá, e o preço que vendiam no estádio era o mesmo que tinha no site do Barcelona, era bem menos mas ainda muito caro e acabei não indo. Não me lembro muito bem mas acho que era coisa de uns 40 euros pelo pior lugar, quase caindo pra fora do estádio hehehehe. O que acontece é que lá os torcedores que vão sempre ao estádio são associados ao clube e pagam mais barato pelos ingressos, pra quem vai ver um jogo só é bem mais caro. E para ver as competições internacionais teria que comprar daqui antes de ir, se deixar pra comprar lá já vai ter esgotado. Abraços!
  16. Oi, gente! Vou procurar fazer o relato da nossa viagem incluindo informações, dicas e gastos. Acho que vai ser um looongo relato , então vamos lá. 24/01 – Chegada em Roma Nosso voo havia saído de Porto Alegre no dia anterior, às 20:45, direto a Lisboa, pela TAP. Bom serviço de bordo, janta gostosa (com direito a vinho português!), travesseirinho e coberta, boas opções de filmes, e ainda café-da-manhã. A imigração foi muito tranquila. A gente lá com aquela pasta cheia de comprovantes impressos, hospedagem, bilhete aéreo da volta, comprovantes das compras de euros, seguro (Certificado de Schengen), e até os contracheques levamos para comprovar vínculo de emprego no Brasil... e tudo se resumiu a olhar o passaporte, carimbar e chamar o próximo da fila. Tínhamos mais ou menos 1 hora para chegar no portão do embarque para Roma, mas tratamos de ir logo. Foi nossa primeira ida à Europa, estávamos impressionados com o tamanho do aeroporto! Não foi difícil de achar, embarque e decolagem praticamente na hora, e uhuuuu, estamos quase chegando! Chegamos no aeroporto Fiumicino mais ou menos 15h. Foi um pouquinho confuso de achar a esteira das bagagens (um pouco atordoados pela excitação de ter chegado!), fomos seguindo o fluxo de quem tinha desembarcado e encontramos. Na saída do desembarque mais um pouquinho de tensão “Será que teremos que mostrar o passaporte carimbado? Será que pedirão para ver nossos comprovantes das bagagens?”, e nada, ninguém nem olhou para nossa cara! Para ir do aeroporto ao Termini (estação central de trens e metrôs), estávamos entre 2 opções: 1ª os ônibus que custam entre 6 e 8 euros e levam cerca de 50-60 minutos, logo ao sair do desembarque tem alguns balcões de empresas que têm esse serviço. O próximo sairia em cerca de 1 hora. 2ª o trem Leonardo Express, 14 euros, cerca de 30 minutos a viagem. Nesse tempinho em que decidíamos como ir, fomos abordados por um taxista que ofereceu nos largar na porta do hotel por 15 euros por pessoa, era um taxista com crachá, nos mostrou o balcão da empresa dele, parecia confiável. Agradecemos e fomos no Ponto de Informações Turísticas comprar nosso Roma Pass (34 euros cada, mais informações http://www.romapass.it/). Com o cartão comprado (que não inclui transporte do/para aeroporto), e por estar uma chuvinha chata, resolvemos ir com o taxista, apesar do nosso hotel ser bem ao lado do Termini. Era uma Doblô, e junto foram mais dois casais que ele iria largando pelo trajeto. Foi muito legal, foi praticamente uma tour inicial por Roma. Quando passamos por umas ruínas e vi uma plaquinha escrito Therme di Caracalla já fiquei emocionada, e de repente surge à nossa frente o Coliseu... a sensação de “estamos MESMO em Roma” foi indescritível! O taxista foi bem simpático, foi nos dando várias dicas legais de onde comer e passear. Chegando ao nosso hotel a rua estava em obras, então ele andou duas quadras de ré por outra rua para nos deixar o mais perto possível da entrada, ficamos a meia quadra, e ele ainda largou um “eu sou o rei de Roma” cheio de orgulho, que figura! Ficamos no Hotel Ciao (Via Marsala, 96), mas a recepção, o check-in e o café-da-manhã eram no Hotel Luciani (Via Milazzo, nº, a meia quadra de distância. Fizemos todas as reservas de hotéis pelo Booking, e cerca de duas semanas antes da viagem mandamos e-mail para todos confirmando as reservas (levamos impressos os vouchers do Booking E as confirmações por e-mail, vai saber...). Pagamos 195 euros por 5 diárias (sem incluir 2 euros por pessoa por diária de imposto municipal). Gostamos do quarto, bom aquecimento, chuveiro bom e bem quente, cofre, não tem wi-fi. Café-da-manhã bem bom: máquina com algumas variedades de café, pão, frios, um croissant por pessoa, e Nutella (esse eu comi TODOS os dias), naquelas embalagenzinhas pequenas do tipo de manteiga ou geleia. O que eu não como de Nutella no Brasil por ser caro, comi lá! Já eram umas 17 h quando largamos as malas no hotel, saímos para conhecer os arredores e ir à única visita turística do dia, que era próxima do hotel: a Basílica de Santa Maria Maggiore (horário de abertura 7h-18h45min). Linda, desde a sua fachada, seus portões, ao interior, o teto, etc. Passamos em um supermercado em frente à Basílica para comprar água e alguns lanchinhos para os próximos dias, tipo biscoitos e frutas. Nós gostamos de passear em supermercados também , ver os vegetais típicos do local, os produtos em geral, sem falar na variedade e nos preços dos vinhos, dá vontade de trazer uma mala cheia. Para finalizar o dia, jantamos em um restaurante próximo. Um menu fisso que saiu por 10 euros por pessoa, aliás foi o menu fixo mais barato que comemos por lá. Incluía um primo piatto entre 3 opções de massa, um secondo piatto que dava 3 opções de carne com algum acompanhamento, uma taça de vinho ou de água (tomamos vinho, claro!) e uma porçãozinha de sobremesa que era tipo um tiramisu falsificado, mas estava bom. Claro que por esse preço a comida era simples, mas ao longo de toda a nossa viagem todas as massas simples que comemos eram deliciosas! Voltamos ao hotel para descansar de toda essa função da viagem e da chegada, o dia seguinte era dia de nada mais nada menos que Coliseu! 25/01 – Coliseu e arredores, Museus Capitolinos, entre (muitos) outros Pegamos o metrô no Termini utilizando nosso Roma Pass, que é ativado ao ser usado pela primeira vez em um meio de transporte ou em alguma das atrações inclusas. O Coliseu fica a apenas duas paradas, e ao sair da estação já se dá de cara com ele, lindo, majestoso, impressionante! Chegamos 8h25, tinha uma pequena fila para quem ia comprar ingressos na hora e nenhuma fila para quem tinha o Roma Pass. Aliás, essa é uma das maiores vantagens do cartão: filas à parte, que costumam ser muito menores. Demos uma caminhada por fora antes de entrar, e lá dentro... bom, lá dentro não tem explicação, as fotos dão uma pequena ideia, mas só estando lá para sentir. Depois de mais ou menos uma hora e meia curtindo calmamente o lugar, que começava a encher, saímos e fomos ao Palatino. O conjunto Coliseu+Palatino+Foro Romano conta como uma só atração para quem usa o Roma Pass, e para quem compra o ingresso um único bilhete (12 euros) dá direito a entrar nos 3. O Palatino foi o lugar com menos gente dos 3. Lugar bem arborizado, muito agradável de se conhecer. É recomendável levar um guia que explique o que é cada um das construções, fica muito mais interessante, no nosso caso levamos o Guia Visual da Folha. Após o Palatino, já emendamos o Foro Romano. Fantástico! Uma sensação de viagem ao passado, saber que estamos pisando onde era o centro da vida daquele povo há 2 mil anos atrás, e ainda assim uma parte dos prédios que existiam naquela época ainda está ali até hoje. Aqui vale aquela mesma dica do Palatino, de ter um guia que explique o que é cada coisa. Era próximo do meio-dia quando saímos do Foro Romano. Passamos pelo Monumento a Vittorio Emanuele, subimos umas escadarias por dentro dele que levam a uma saída lá em cima, na porta da igreja Santa Maria in Aracoeli. A sua fachada é bem rústica e até simples, e resolvemos entrar “só para dar uma olhadinha”. Linda, seguindo a regra das igrejas por aqui. Ficamos pouco minutos dentro dela, até sairmos por uma porta quase nos fundos que dava em uma ruazinha ao lado dos Museus Capitolinos, e que levava a um mirante com uma vista espetacular do Foro Romano, com o Coliseu ao fundo. Belíssima vista! Voltamos até a Piazza del Campidoglio, ficamos um pouco ali curtindo, e aí tivemos que voltar ao hotel porque o meu amorzinho queria pegar mais um casaco. Não menospreze o frio italiano! Mesmo com um dia lindo de sol, como era o caso, o frio pega em janeiro! Voltamos até o Coliseu para pegar o metrô, durante a caminhada passamos pela Coluna de Trajano (linda, toda trabalhada!), e avistamos o Mercado de Trajano. Depois de passar no hotel, aproveitamos para almoçar ali pertinho mesmo. Pedimos uma lasanha à bolonhesa, uma berinjela à parmeggiana, e uma fatia de pizza de mussarela, tomate e rúcula, tudo estava delicioso e deu 13,50 euros. A próxima atração do dia seria a igreja de San Pietro in Vincoli (das 8h às 12h30min e das 15h às 18h). Poderíamos pegar o metrô novamente, pois tínhamos 72h de transporte público liberado com o Roma Pass, mas ainda faltava mais ou menos uma hora para a abertura da igreja, então fomos andando. Aproveitamos para passar na Santa Maria degli Angeli e dei Martiri (na Piazza della Repubblica, a duas quadras do Termini). Não estava entre as atrações imperdíveis do nosso roteiro, mas foi uma ótima surpresa. Além do seu interior ter uma decoração lindíssima em mármore rosa, tem um meridiano (uma espécie de relógio solar) muito interessante no chão, e um órgão de um tamanho descomunal! Seguimos caminhando até San Pietro in Vincoli, para chegar nela é preciso subir uma ruazinha estreita bem na frente da estação de metrô Cavour. Nesta igreja estão as correntes que supostamente prenderam São Pedro, o que é bastante interessante, mas queríamos mesmo era ver o Moisés, de Michelângelo. Que escultura linda! Impressionante! Os detalhes esculpidos, a musculatura, a leveza com que ele segura sua barba... Só mesmo um gênio para fazer uma obra dessas. Sentamos nos degraus bem em frente à escultura e ficamos ali um tempão, admirando cada detalhe. Saindo dali paramos para tomar o primeiro cafezinho italiano. Se pedir um espresso, não se assuste, vem mais ou menos um dedo de café no fundo da xícara, preto, cremoso, forte! A gente já sabia e estávamos preparados, e achamos delicioso, eu particularmente tomaria cafezinho sempre desse jeito. Custou 1,5 euro cada. Quem quiser um cafezinho parecido com o brasileiro deve pedir um espresso lungo. Fomos caminhando novamente até a Piazza Venezia, em frente ao Monumento a Vitorio Emanuele, caminhamos mais um pouco passando por algumas atrações não tão famosas: Teatro di Marcelo, Templos do Foro Boarium, Arco de Janus, até chegar à igreja onde está a Bocca della Verittá. Tinha uma fila de umas 50 pessoas para tirar foto com a mão dentro da Bocca, e ainda por cima tinha que pagar 0,50 euro. Tiramos uma foto do lado de fora e seguimos. Seguimos por algumas ruazinhas dos arredores, e a cada esquina que se virava tinha uma igrejinha, uma fonte, uma escultura... Reserve algum tempo para caminhar sem rumo pelas ruas de Roma, é muito legal. Voltamos e fomos aos Museus Capitolinos, seria a 2ª e última atração grátis com o Roma Pass, e o último ponto turístico do dia, pois fecha mais tarde que as outras coisas (3ª a Dom, das 9h às 20h). Cerca de 2 horas dá para curtir com calma o Museu, entre os destaques estão a Lupa Capitolina, a Medusa de Bernini e o original da estátua de Marco Aurélio em seu cavalo, toda em bronze, cuja cópia está no centro da Piazza del Campidoglio. Fomos embora a pé pela Via dei Fori Imperiali, vendo o Foro Romano à noite. Fomos até o Coliseu, muito lindo todo iluminado, ficamos ali curtindo mais um pouco. Pegamos o metrô para voltar ao hotel. Jantamos em outro restaurante que oferecia menu fixo, no mesmo esquema primeiro+segundo prato+vinho ou água, em um restaurante bem pertinho do hotel, o L'Antica Locanda, na Via Marsala, muito bem servido, ficou em 15 euros por pessoa.
  17. A Itália é um lugar fantástico, cheio de arte, história, cultura e beleza. Há muito o que ver e fazer, mas como tínhamos apenas 11 dias, o roteiro teve que ser um pouco resumido. Fizemos a viagem em 2012, por isso alguns valores podem estar desatualizados. Rodamos todas as cidades de trem usando a Trenitalia. Foram 4 dias em Roma, 3 dias Florença (com 1 dia dedicado a Pisa), 2 dias em Veneza e 2 dias em Milão. Hoje faria algumas coisas diferente e principalmente me planejaria melhor em relação à datas e reservas, mas acho que esse roteiro é uma boa base para conseguir conhecer o básico da bota! Dia 1 – Roma Aqui a chegada foi de avião, então para ir do aeroporto para o centro usamos o ônibus de transfer da Terravision (€ 6,00/pessoa) que para na estação de trem Roma Termini. Como o hotel era um pouco afastado, pegamos um taxi até lá. Já era um pouco tarde e depois de uma tentativa frustrada de ir até a Fontana di Trevi, comemos algo perto do hotel mesmo e descansamos para o dia seguinte. O transporte em Roma é um pouco caótico então recomendo se hospedar relativamente perto dos pontos a visitar. Usamos metrô e ônibus e no centro fizemos muita coisa a pé. Dia 2 – Roma – Monumento a Vittorio Emanuele II (A imponente construção é uma homenagem ao primeiro rei da Itália após sua unificação, vale ver o prédio por dentro, é tão lindo quanto por fora. Visite também a igreja que fica do lado direito do monumento, é maravilhosa por dentro!) – Coliseu (Na verdade o ingresso é um combo para o Coliseu, o Palatino e o Foro Romano. Pegamos alguma fila para entrar no primeiro, imagino que começando pelos outros dois a fila da compra pode ser eliminada. Pagamos € 12,00/pessoa na época) – Foro Romano (O enorme local abriga as ruínas do que já foi o ponto de encontro de nobres romanos, é realmente muito grande e fica mais interessante se tiver um guia ilustrado para entender o que está vendo) – Museu de cera (Sinceramente, é interessante, mas dispensável. Acho que se perder pelas ruas da cidade vale mais a pena) – Fontana di Trevi (Esse lugar é uma das coisas mais lindas que já vi! Conheça de dia e de noite e tome cuidado com os golpes! Dia 3 – Roma – Vaticano (Acabamos não conseguindo entrar, a fila estava de mais de 5 horas pois no dia seguinte seria feriado -atente a isso no seu roteiro pois nos dias de feriado quase tudo fecha-) – Piazza del Popolo (Acabamos andando um pouco sem rumo depois de desistir do Vaticano, a praça é bonita, mas dispensável se estiver sem tempo) – Piazza di Spagna (A praça é linda, se for na primavera verá a escadaria toda florida. Só prepare-se para a multidão) – Panteão (Antes de virar um local sacro para o cristianismo, era um templo de deuses greco-romano pagãos) – Igreja São Luis dos Franceses (Conserva algumas obras de Caravaggio) – Piazza Navona (Tem uma fonte central maravilhosa!) – Bocca della Veritá (Tem que colocar a mãozinha lá dentro né?!) – Trastevere (Simpático bairro, agradável para um almoço no fim da tarde) Dia 4 – Roma – Castel Sant’Angelo (Queríamos entrar mas como era feriado, estava fechado, acho que deve valer a visita) – Basílica de Santa Maria Maggiore (Seu interior é uma obra de arte!) Dia 5 – Florença Da Roma Termini pegamos o trem para Florença, a cidade é pequena então dá pra fazer tudo a pé. Ficamos no Hostel Plus Florence, um dos melhores que já conhecemos, recomendo! Dá pra chegar a pé da estação (embora seja um pouco cansativo com malas). – Igreja Santa Maria del Fiore (Cartão postal da cidade, o interior da sua cúpula é fantástico! Além disso, subindo no topo da igreja tem-se uma vista verdadeiramente panorâmica) – Galeria Degli Uffizi (Boticelli e outras obras incríveis!) Dia 6 – Pisa / Firenze De manhã cedo pegamos o trem para Pisa, achei um pouco bagunçado, especialmente na volta, mas perguntando e seguindo o fluxo dá pra se encontrar. – Pisa (Não há muito o que fazer, mas vale ver a famosa torre ao vivo, uma manhã é suficiente) – Igreja Santa Maria Novella – Museu dell’Opera del Duomo (Destaque para Pietá e algumas obras de Donatello) – Ponte Vecchio (Apesar de não ter me encantado muito por sua beleza, a história interessante) Dia 7 – Firenze – Galleria dell’Accademia (Davi de Michelangelo é o grande destaque) – Basilica di Santa Croce (Onde está enterrado Michelangelo, Galileu Galilei, entre outros) Dia 8 – Veneza De manhã cedo pegamos o trem para Veneza, aqui e aqui estão os post contando em detalhes nossos dias por lá. Se tiver um dia a mais no roteiro adicione as ilhas de Murano ou Burano. – Basílica di San Marco (Visite-a por dentro para ver os lindos tetos em mosaico de ouro) – Ponte do Rialto (Cartão postal da cidade) – Palazzo Ducale Dia 9 – Veneza - Museu de história natural (Interessante, mas se não for um grande fã do assunto não vale muito a pena) – Museu Peggy Guggenheim (Maravilhoso!!!) - Igreja Santa Maria della Salute Dia 10 – Milão Vou ser bem sincera, não gostei muito de Milão. Na verdade, acho que achei um pouco parecida com São Paulo, mais urbana do que o “padrão” velho continente. Mas claro que tem lá seus encantos, começando pela estação de trem, que é linda! – Galeria Vittorio Emanuele (O lugar é maravilhoso do chão ao teto, abriga lojas de luxo e um Mc Donalds onde é possível tomar um café da manhã barato) – Catedral de Milão ou Duomo (Linda! Vale a pena subir, não pela vista, mas para observar a arquitetura de perto. Ah, esse é um dos muitos lugares na Itália onde há restrições com roupas curtas) – Castelo Sforzesco (o gostoso aqui é entrar pelo castelo, passar pelo parque e terminar no Arco della Pace. Aqui também tem golpes, fique atento) Dia 11 – Milão Este dia basicamente sobrou, tínhamos reservado um dia para ir ao Lago di Como e acabamos cancelando por achar que seria pouco tempo em Milão, me arrependo muito, não faça isso! Visitamos o museu do Castelo Sforzesco que reune obras de diferentes séculos e encontramos uma exposição de design gratuita para completar. Queríamos ter visto “A Última ceia”, mas não conseguimos pois é necessário agendar antecipadamente e é super concorrido! O site para comprar pela internet é este. É claro que o roteiro tem só os pontos chave de cada lugar, não deixe de se perder pelas ruazinhas, experimente o delicioso canoli, tome muito gelato (o de nutela e chocolate com laranja foram os meus preferidos), prepare-se para comer uma pizza inteira sozinho e pode confiar no vinho da casa! ps. Terminando este texto percebi que agora que estou começando meus estudos em História da arte, preciso voltar e rever tudo isso com outros olhos! Veja o relato completo com fotos aqui: http://www.queroirla.com.br/italia-de-trem-roteiro-de-11-dias/
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