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8º DIA – 29/12/2013 – Domingo (domingo).

 

Bariloche a El Bolson e lago Puello – 200 km (com passeios)

 

Acordei, tomei banho, tomei café e sai não muito cedo, pois o “acenso” ao cerro Oto iniciaria as 10 h apenas.

Sai em direção ao teleférico, já com muito vento, mas nem pensei no q estava por vir... O teleférico estava fechado por causa do vento..............

Que mer#@. Pensei em ir no Catedral. Não adiantou, estava fechado tbm, e a meteorologia previa chuva e mais vento por 4 dias... O que fazer então. Eu não sabia de nenhum cerro que pudesse ser subido com carro (depois eu soube que havia um). Fiquei num mato sem cachorro.

Depois de analisar pensei em ir a El bolson, onde queria ir da outra vez que vim pra Argentina e não pude ficar e nem conhecer nada.

A estrada até El Bolson é muito linda, toda entre montanhas e lagos, mas eu não curti muito pois estava desanimado e aborrecido. No centro da cidade fui ao centro de informações turísticas que me indicou um hotel, o Hielo Azul, com um preço bacana 190 pesos.

Passei também na famosa feira da praça central. Muito bicho grilo e muita coisa interessante. Pensei até em comprar uns recuerdos, mas isso só vou fazer na volta para o Brasil.

Conversei com os atendentes do hotel e resolvi ir no lago Puelo. Muitos visuais bonitos e praias interessantes, mas nada que me tirasse o gosto amargo na boca de não ter subido os cerros.

Comprei no caminho um saquinho de 1 kg de cerejas e fui comendo pelo caminho. Mal sabia eu que não se deve comer mais do que 100 a 150 g de uma vez, pois se comer demais ela causa diarreia... Isso só fui saber depois de comer. kkkkk

A meteorologia dizia que teríamos uns 4 dias de chuva. Isso fez com que eu mudasse o planejamento que a princípio era de ficar 2 dias na região conhecendo os parques.

Resolvi então seguir viagem pois as condições climáticas mais para baixo da Argentina estavam melhores. No dia seguinte fui para Perito Moreno.

Editado por Marcelo Manente
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Perito Moreno a Cueva de Las Manos e Cochrane (Chile) – mais ou menos 300 Km.

 

10º DIA – 31/12/2013 – Terça (viernes).

 

Em Perito Moreno fiquei no hotel Americano. Não tem estacionamento, porém tem quartos de bom tamanho, bem limpos e novos. O melhor foi o preço, o segundo mais baixo desde que cheguei na Argentina, 190 pesos. Tem um desayuno (café da manhã) razoável.

Quando cheguei aqui estava pensando em seguir até Los Antiguos e depois pegar uma estrada pouco conhecida que bordeava a divisa com o Chile até chegar ao Paso Roballos (pronuncia-se Robajos). Mas na central turística de Perito Moreno me lembraram que por outro caminho tem a Cueva de lãs Manos. Um museu pré-histórico a céu aberto, onde os homens das cavernas pintaram, a 9 ou 13 mil anos atrás, a silhueta de suas mãos nas pedras. Além disso tem muitas outras pinturas rupestres. Por isso mudei de ideia e fui pelo caminho que passaria pela cueva, por Bajo Caracoles e ai seguia para o Paso Roballos e finalmente o Chile, em Cochrane.

Segui viagem de Perito a Cueva. Cheguei lá perto das 11 da manhã, horário da Argentina (1 hora a menos). Paguei 50 pesos e segui o guia até me juntar com outro grupo e outra guia. Ai começam as explicações e as pinturas rupestres. Chega a ser desconcertante imaginar aqueles seres humanos ancestrais fazendo aquelas pinturas. Alias, o lugar se chama vale do rio Pinturas. Foi fantástico.

Saindo de lá segui viagem rumo ao Chile e acabei de me perder um pouquinho na entrada da ruta a paso Roballos. O interessante foi que tinha sol até a divisa com o Chile, depois o tempo fechou e o visual não ficou tão bonito como as fotos tiradas na Argentina. Fora que acabou a bateria da Canon e tive de tirar fotos com a Fuji que não é a mesma coisa.

O caminho é um espetáculo. Lagos, montanhas nevadas, animais selvagens, paisagens de cair o queixo. Só espero que minhas fotos possam fazer jus ao que meus olhos viram. A estrada é estreita, sinuosa e toda de pedrinhas arredondadas que fazer parecer as vezes que rodamos em cima de bolinhas de gude. Tem que ir muiiiiito de boa, 30, 40 e máximo 50, mas só em retas. Vi de tudo na estrada, guanacos, lebres (não dava tempo de fotografar), pequenas emas (esqueci o nome), tatus e condores. Entretanto estes últimos estavam bem difíceis de fotografar.

Ao entrar na Carretera Austral senti um orgulho do dever cumprido. Era uma de minhas metas já na viagem anterior. A estrada nos leva nas bordas do vale do rio Baker até a cidade de Cochrane, um povoado um pouco maior da Carretera.

Me hospedei no primeiro lugar que achei, o Hostal Central. Preço? 10000 pesos chilenos, algo como 45 reais. O lugar é um pequeno e aconchegante Bed & Breakfest (cama e café da manhã) só que com banheiros compartilhados.

Passei a virada do ano com a dona Trudi e seus outros hospedes, uma senhora e seu filho que são de Santiago. Foi divertido e muito diferente de todas as passagens de ano que tive. Apesar que me lembrou das vezes que passei a virada na chácara com meus pais. Tudo muito quieto, sem fogos e com a gente assistindo televisão na sala com alguns quitutes.

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Neste trecho entre Perito Moreno e A Cueva de las Manos é bem desértico. E foi justamente ai que eu senti os efeitos do meu exagero ao comer cerejas... Um grande problema, já que não havia lugar para se esconder para "descarregar". A minha sorte foi quando eu vi uma passagem der água de degelo (neva por lá no inverno) por baixo da rodovia. Parei o carro e aliviei as dores de estomago ao abrigo. kkkkkkkk

Editado por Marcelo Manente
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Cochrane (Chile) a Caleta Tortel e Villa O’Higgins – mais ou menos 280 Km

 

11º DIA – 01/01/2014 – quarta. CARRETERA AUSTRAL. Dia maravilhoso.

 

No dia anterior eu tive uma pequena noção do que é a Carretera Austral, entretanto nada poderia me preparar para tanta beleza que eu vi hoje. Simplesmente MARAVILHOSO. Faltam palavras para descrever a estrada.

Aconselhado pela Senhora Trudy, a dona do hostal em que dormi, resolvi que iria passar para O’Higgins na balsa das 18 horas. Então saindo as 10 da manhã poderia desfrutar da estrada com mais tranquilidade e ainda visitar a Caleta Tortel antes de chegar a hora de passar pelo braço de mar que separa dos últimos 100 Km até a Villa.

 

Saindo de Cochrane a estrada vai ao lado de lagos, montanhas nevadas e visuais espetaculares . Mas a medida que ela vai estreitando e subindo e descendo montanhas as coisas vão ficando cada vez melhores. O problema de se estar sozinho é que se tem de parar a cada 2 Km para bater uma foto. Sem chance de tirar foto e dirigir, a estrada é perigosíssima e qualquer vacilo de 1 segundo vc pode cair num abismo e esperar horas ou dias até te acharem.

 

Quanto mais perto de Caleta Tortel vai se chegando maiores e mais numerosas são as cascatas. Sem brincadeira, são CENTENAS de cascatas, uma mais graciosa que a outra. Eu nunca vi nada tão belo na minha vida. Eu não estava preparado para tamanha beleza. E isso que o tempo não ajudou. Estava assim: chovia, fazia sol, garoa, teve até granizo e quase, quase nevou. Esqueci-me de mencionar que na noite de Ano Novo nevou nos picos a volta de Cochrane e ai tudo ficou muito, mas muito mais bonito.

 

Sei que quase fiquei com torcicolo de tanto olhar para a minha direita e esquerda e iluminar meus olhos com a beleza de tantas cascatas. A mão de Deus é simplesmente maravilhosa.

 

Uns 40 Km antes de Puerto Yungay, onde se pega a balsa, tem a estrada de 22 Km que leva a Caleta Tortel. Novamente com centenas de cascatas e o rio Baker ao lado. Neste trecho o tempo estava fechado, chovendo e com muito vento. Pensei que não iria dar para curtir a pequena cidade. Porém à medida que fui me aproximando do lugar o tempo foi se abrindo e ao chegar lá havia até um pouco de sol. Muita sorte.

 

Caleta Tortel é uma pequena cidade a beira da foz do rio Baker no oceano Pacífico. Quase que sua totalidade é construída em cima de palafitas e por isso, não há ruas. A gente chega, estaciona o carro na entrada e segue caminhando por suas passarelas que bordejam o mar e sobem e descem as encostas. É muito pitoresco o lugar. Existem até praças em cima das palafitas com balanças, gangorras e escorregadores para as crianças. A “cidade” tem de tudo, armazéns, ginásios de esporte, prefeitura, rádio, vários atracadouros, igrejas, mirantes, restaurantes, hospedagens etc. E tudo ligado por passarelas de madeira da região. É interessantíssimo. Fiquei uma hora e meia e não andei em tudo. O lugar é um verdadeiro labirinto de passarelas que sobem, descem e as vezes dão em um beco sem saída, como eu pude experimentar.

 

Seguindo adiante, voltei os 22 Km até a estrada principal, não sem antes parar para tirar numerosas fotos de outras cascatas. Ali ao porto são 43 Km. Novamente em meio a tantas cascatas que as vezes parece que elas vão cair no meio da estrada em cima do carro. Tem de todo tamanho e tipo que vcs pensarem algumas caiam ao lado da estrada, de modo que podiamos colocar a mão nelas. Não cansava de agradecer a Deus pela oportunidade que ele estava me dando.

 

Cheguei ao porto uma hora antes da partida. A balsa tinha lugar para uns 12 carros mais ou menos. As 17 horas partimos para um trecho de apenas 45 minutos de navegação. Todos os carros desceram e eu sai por último pois iria parar muito no caminho. A uns 30 Km do porto, vi um caroneiro e resolvi parar, já que todos à minha frente não o fizeram. Era um americano de Wyoming (não sei se é assim que se escreve) que está percorrendo a região a pé e de caiaque inflável. Troquei algumas palavras em inglês com ele e vi que tenho que estudar muiiiito para conseguir conversar. Eu até entendia bem o que ele falava, mas na hora de responder as coisas travavam. Fora que acabei me confundindo com inglês, espanhol, português... KKKKK

 

Depois do porto tem mais 100 Km do mesmo tipo de estrada que já descrevi antes, ou seja, cascatas, lagos, rios, montanhas nevadas etc. Um espetáculo. A, eu já falei isso??? Bem eu acho que vou falar muito mais até o final da viajem. Não dá para destacar nada, tudo é grandioso. E a estrada em si então??? Há que se louvar esta obra da engenharia chilena. Tem horas que vc vê a estrada lá do outro lado de um lago e não imagina como vai se chegar lá. Realmente é um prodígio da força humana ante a natureza.

 

Finalmente, às 21 horas, cheguei a Villa O’Higgins O destino final de minha jornada e o começo de meu retorno. Daqui até o começo da Carretera são mais mil e tantos Km. A partir de Puerto Montt só tem asfalto, umas vinícolas e o caminho de casa.

 

Editado por Marcelo Manente
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8º DIA – 29/12/2013 – Domingo (domingo).

 

Bariloche a El Bolson e lago Puello – 200 km (com passeios)

 

Acordei, tomei banho, tomei café e sai não muito cedo, pois o “acenso” ao cerro Oto iniciaria as 10 h apenas.

Sai em direção ao teleférico, já com muito vento, mas nem pensei no q estava por vir... O teleférico estava fechado por causa do vento..............

Que mer#@. Pensei em ir no Catedral. Não adiantou, estava fechado tbm, e a meteorologia previa chuva e mais vento por 4 dias... O que fazer então. Eu não sabia de nenhum cerro que pudesse ser subido com carro (depois eu soube que havia um). Fiquei num mato sem cachorro.

Dei sorte então, por que dia 01/01/14 sai de Buenos Aires rumo a Bariloche e peguei um pouco da frente fria no caminho. Em compensação no dia 02/01/14 quando chegamos em Bariloche estava um frio ::Cold:: Fomos ao Cerro Otto, mas não subimos no Cerro Catedral.

 

Acompanhando aqui o relato, muito bom ::otemo::

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Dei sorte então, por que dia 01/01/14 sai de Buenos Aires rumo a Bariloche e peguei um pouco da frente fria no caminho. Em compensação no dia 02/01/14 quando chegamos em Bariloche estava um frio ::Cold:: Fomos ao Cerro Otto, mas não subimos no Cerro Catedral.

Acompanhando aqui o relato, muito bom ::otemo::

 

Pois é colega, na vez que fui tinha um vento de dar medo mesmo. Aquela trapizonga devia balançar pra caramba.

 

Abraço.

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