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Patagônia Sozinha (Ushuaia , El Calafate, Puerto Natales e El Chaltén) – DEZEMBRO/2018 –JANEIRO/2019


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Em 22/04/2020 em 17:32, primporai disse:

Vim finalmente terminar de relatar a minha viagem. Em tempos de pandemia só nos resta viajar pelas lembranças vividas. Desculpem pela demora.

04/01 – El Chalten – Loma Del Pliegue Tumbabo

Último dia em El Chaltén, o cansaço estava forte, já havia andado muitos quilômetros pela patagônia, mas não ia perder esse dia. O céu estava limpo e com pouco vento.  Tomei café da manhã com calma, me arrumei e sai sem rumo pelas ruas simpáticas de El Chaltén.

Durante as minhas pesquisas para a viagem, li sobre a trilha de Loma del Pliegue Tumbado, ela era extensa e a subida constante. Não sabia se estava disposta a encará-la. Também cogitei ir até o Fitz Roy novamente, já que o tempo estava perfeito, mas já estava tarde para isso. Decidi sentar na calçada em frente a um bar que tinha wi-fi e mandei mensagem para o Ismael, um dos meninos que tinha conhecido na noite anterior.

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Rua de El Chaltén

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Sentada na frente do bar tentando tomar um rumo na vida

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Caminho até o centro de visitantes

Combinamos de nos encontrar no hostel que ele e o amigo estavam hospedados. O amigo dele estava cansado e iria ficar descansando, então fomos só nós dois. Paramos em um lugar para comprar empanadas e andamos na direção ao centro de visitantes, onde iniciamos a nossa jornada de 24 km.

Como falei, o trajeto é praticamente só subida, somando o cansaço acumulado, não foi uma tarefa fácil. Fizemos várias paradas para recuperar o fôlego, minha perna estava doendo, reclamei infinitas vezes pro Ismael e até pensei em desistir. Neste dia estava muito calor, caminhei o tempo todo de camiseta de manga curta, inclusive queimei meus ombros. 😅

A primeira parte é praticamente toda descampada, depois entramos em um bosque para aliviar o calor no lombo. Também existem vacas selvagens nessa trilha, nunca tinha visto. Elas são maiores e mais peludas, achei fofinhas.

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A pequena El Chaltén vista do inicio da trilha

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A última parte é uma área totalmente aberta e a inclinação aumenta também. Aproveitei pra ir ao “banheiro” no bosque, já que não teria lugar pra me esconder depois. Ao de sair do bosque, chegamos ao Mirador Loma Pliegue Tumbado. Ali tem uma área bem grande com grama e a vista de deixar qualquer um deslumbrado. Deitamos pra descansar e comer nossas empanadas antes de seguir.

Nas minhas pesquisas já tinha lido que, muitos consideravam essa trilha como a mais bonita devido à visão panorâmica de toda a região. Se o céu estiver aberto, é possível ver o Fitz Roy durante quase todo o trajeto.

Apesar de não chover, os dias anteriores não foram de céu azul, nem mesmo no dia que fui até a Laguna de Los Tres consegui o Fitz Roy direito. Nesse dia ele se exibiu o tempo todo, foi difícil tirar os olhos dele.

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Parada pra comer e descansar

Hora de encarar a parte final da trilha. O visual mudou completamente e passamos a caminhar no meio de muitas pedras. O vento também passou a ser nosso companheiro, algumas pessoas nos alertaram que poderiam ser bem fortes. Chegando no topo o vento se intensificou e foi difícil manter o equilíbrio.

Todo o esforço valeu a pena e entendi o titulo que a trilha levava. Lá do alto era possível ver o Cerro Torre, Fitz Roy, Lago Viedma e toda a cadeia de montanhas que rodeia El Chaltén. Ao lado ainda há mais uma montanha, mas eu me negava a subir mais, minhas pernas não aguentariam.

Resolvemos sentar atrás de uma pedra para nos abrigar do vento, comemos mais uma vez e descansamos enquanto jogávamos conversa fora. Depois de um tempo era hora de voltar, olhamos aquela paisagem pela ultima vez, suspiramos e começamos a nossa caminhada.

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Lago Viedma

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A descida foi menos cansativa por motivos óbvios, mas não foi entediante. Descemos conversando sobre nossas experiências na viagem. Papo vai, papo vem e estávamos falando dos pumas que tínhamos visto em Torres del Paine. Os dois distraídos com a conversa, quando de repente o Ismael pega na minha mão assustado (quase me puxando para o chão), achando que tinha visto um urso (?), eu olhei muito rápido, só vi uma sombra, achei que era um puma e que ia ser devorada naquele instante. Nós caímos no chão, olhamos e era uma vaca selvagem. Ficamos ali rindo que nem dois retardados por um tempo.

Trilha finalizada e fomos pra onde? Isso, comer e beber como de costume. O Ismael também ia embora na manhã seguinte e precisávamos finalizar a trip com chave de ouro. O Ismael se tornou um grande amigo, mantemos contato até hoje com bastante frequência.

Cheguei no hostel tarde e pra variar, todos já estavam dormindo. Peguei minhas coisas, levei para o corredor e arrumei ali mesmo. Kkkkkk

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Pé da frutinha el calafate que encontramos no caminho

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Hospedagem: Hostel Rancho Grande

É o maior e mais famoso de El Chaltén. Quartos com tamanho bom, banheiros limpos e espaçosos. Cozinha bem equipada e sempre limpa. O café da manhã não está incluso, mas tem um restaurante anexo ao hostel. Achei as diárias em El Chaltén caras.

 

05/01 – El Chalten – El Calafate (ônibus)

Na manhã seguinte tomei um café e era hora de me despedir de El Chaltén. Cidade fantástica que está guardada no meu coração com muito carinho, com certeza voltarei. ❤️

O staff me avisou que o ônibus era aquele que estava estacionado na frente do hostel e poderia embarcar ali, depois ele fez a parada na rodoviária e seguimos até El Calafate. Quando nos aproximávamos de El Calafate, fomos parados no portal da cidade, alguns oficiais entraram no ônibus e pediram pra revistar a mochila de uma moça, não entendi nada, mas deu tudo certo e chegamos na rodoviária de El Calafate ainda de manhã. Meus ombros estavam queimados e foi sofrido ter que carregar a minha cargueira pesada. Ainda bem que o Folk fica perto da rodoviária.

Como meu voo era só final da tarde, fui até o Folk Hostel e pedi se poderia deixar minha mochila e autorizaram sem problema. Encontrei o Léo que conheci em Puerto Natales, fomos almoçar juntos e depois passamos no mercado pra comprar alfajor e doce de leite.

Voltamos para o hostel, perguntei pra menina se tinha algum transfer pra contratar direto com eles, falei que já tinha me hospedado ali e não precisei pagar. Eu e o Leo estávamos no mesmo voo até Buenos Aires e ele também ia precisar passar a noite no EZEIZA. Comemos, assistimos um filme no netflix, passamos no Duty Free, dormimos no chão do aeroporto e finalmente amanheceu. Nos despedimos e cada um foi para o seu destino final.

 

Bom gente, é isso! Fim de viagem, coração apertado, chororo no avião e sonhando em poder voltar.

Espero que, de alguma forma, a leitura possa ajudar/inspirar vocês no planejamento de um mochilão pela Patagônia argentina e chilena.

Meu insta é https://www.instagram.com/primporai/ , me coloco a disposição pra ajudar no que estiver ao meu alcance.

Desejo que todos, um dia, possam conhecer esse lugar tão mágico que fica na América do Sul.

Abraços, Ana! 🥰

Olá Ana, tava lendo partes do seu relato mas lerei TUDO com calma pois percebi que a viagem que fez é exatamente a que quero e irei fazer agora em setembro/2022. Só tô preocupado com a fronteira com Chile, pq será um saco fazer teste de covid nessas cidades turisticas para poder pegar o ônibus. 

Como foi a imigração por terra, que fez indo de ônibus? Obrigado e parabens pela viagem.

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