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  1. A cidade de Quito, capital do Equador, está situada no planalto andino, em um vale rodeado por montanhas e vulcões. A 2.850 metros sobre o nível do mar, é a segunda capital mais alta do mundo (na verdade, é a primeira considerando que La Paz não é a capital da Bolívia, apenas a sede do governo). Quando fiquei sabendo que havia um vulcão na capital que apresentava um lindo panorama da cidade e de muitos vulcões do Equador, eu quis subi-lo imediatamente. Este vulcão é o Pichincha, o qual é dividido em dois cumes principais: o Guagua e o Rucu. O Guagua Pichincha é a cratera principal, porém coloquei o Rucu Pichincha como meu objetivo. Isto porque, o Rucu pode ser alcançado em apenas 1 dia e eu não tinha os dois que são necessários para fazer o Guagua. Segue abaixo mapa mostrando ambos os cumes e as trilhas para chegar neles, bem como o Teleférico e a cidade de Quito. Este relato apresentará os detalhes para você atingir o cume do Rucu Pichincha (trilha amarela do mapa acima), mas se você quiser se aventurar ao Guagua, há duas opções: · Realizar a Integral Pichinha, uma trilha bem extensa para alcançar ambos os cumes e aí o recomendado é acampar no refúgio que está na beira da cratera do Guagua. Total: 11 km e 1500 metros de ascensão por trilha (trilhas verde e amarela do mapa). · Subir de carro a estrada que sai do povoado de Lloa, bem próximo de Quito. Total: 16 km e 1900 metros de ascensão por estrada de terra (trilha azul do mapa acima). O meu tracklog do Rucu Pichincha foi postado na página do Wikiloc e pode ser encontrado neste link aqui. Se você quiser realizar a Integral Pichincha, recomendo que siga a descrição do Santiago González, a qual se encontra neste link. PROGRAMAÇÃO Como Chegar Antes de iniciar a trilha para o topo do Rucu, é preciso ir ao Teleférico de Quito, que fica no Bairro La Mariscal. Fui de taxi e paguei 4 dólares até o teleférico. Os táxis no Equador, no geral, são baratos e compensam muito se você estiver viajando em grupo. Além disso, a Uber também funciona muito bem nas ruas de Quito. O horário de funcionamento do teleférico é de segunda a quinta das 09:00 às 20:00 e de sexta a domingo das 8:00 às 20:00. O trajeto até o Mirador Los Volcanes dura 20 minutos. Este mirante, além de apresentar uma maravilhosa vista de Quito e seus arredores, também coincide com o ponto de início do trekking. Neste link você poderá ver informações detalhadas sobre o Telefériqo de Quito. Para retornar ao meu hostel após descer do pico, paguei 1 dólar de van até a Calle Mariscal Sucre, que é a avenida que atravessa a cidade de norte a sul. Daqui procurei táxis que me cobrassem os mesmos 4 dólares da ida, porém estavam me pedindo 10 dólares ☹. Me disseram que era por causa do trânsito, mas provavelmente foi por minha cara de gringão mesmo. Lembrando que a distância até minha hospedagem era de apenas 3 km. Pra minha sorte havia um ônibus que passava a 100 metros dali e que ia até a Avenida Cristóbal Cólon, a qual estava próxima da minha hospedagem. Tomei o bus de número 67 e paguei somente 25 centavos de dólar. Bem melhor que os 10 dólares do amigo taxista. Quando Ir A época de seca nos Andes equatorianos vai de junho a novembro. Fiz a trilha para o Rucu Pichincha em setembro e o tempo estava excelente. É recomendável fazer a trilha bem cedo, já que pela tarde é comum que as montanhas ao redor de Quito sejam encobertas por nuvens. O Que Levar · Calça de trekking · Camiseta · Bota ou tênis de trilha · Jaqueta corta vento · Leve segunda pele e blusa de fleece para o caso de fazer frio · Mochila pequena (< 30L) · Boné/chapéu · 3 L de água · Snacks para trilha · Protetor solar · Câmera fotográfica RESUMO DE GASTOS (2017) · Água e comidas para a trilha = US$ 7,00 · Táxi ao teleférico = US$ 4,00 · Valor de subida e descida do teleférico = US$ 8,50 · Van do teleférico até a Avenida Calle Mariscal Sucre = US$ 1,00 · Ônibus até Cristóbal Cólon com Amazonas = US$ 0,25 GASTOS TOTAIS = US$ 20,75 O RELATO Numa quarta-feira de setembro, acordei às 7:00, tomei café e peguei um táxi do Bairro La Mariscal até o Telefériqo de Quito. Ele é o meio de acesso para o Mirador Los Volcanes, ponto inicial do trekking para o cume do Rucu Pichincha. Cheguei no Teleférico às 8:40 e, pra minha surpresa, ainda não estava funcionando. Como já disse, de segunda a quinta funciona das 09:00 às 20:00 e de sexta a domingo das 8:00 às 20:00 e só descobri isso ao chegar lá. Mas foi bom porque nessa espera conheci o Gal, um israelense extremamente simpático que queria fazer a mesma trilha. Pensei em perguntar da Mulher Maravilha, mas não tive coragem. Ele só me disse que é um nome comum no país (a atriz que interpreta a personagem no universo da DC é uma israelense chamada Gal Gadot. Nunca pensei que fosse falar da Mulher Maravilha num relato de viagens). Voltando pro que interessa... Ele me disse que não estava seguro em como seria seu desempenho em altitude, já que como o Brasil, Israel não possui altas montanhas. Então ele resolveu aproveitar o meu embalo e disposição para me acompanhar nesta empreitada. Compramos os bilhetes do teleférico por 8,50 dólares, que servem para subida e descida da montanha. Não perca o bilhete que você receberá, pois o mesmo também serve como comprovante de descida. Caso perca, terá que pagar mais 8,50 para descer. O trecho dura cerca de 20 minutos até o Mirador Los Volcanes, um mirante na cota 3.950 m que apresenta lindas vistas de Quito e dos principais vulcões do Equador. O céu estava completamente azul e a visibilidade era tremenda. De lá se podia ver lindamente os vulcões Cotopaxi, Cayambe, Antisana, Rumiñahui e Illinizas. Inclusive, é possível enxergar o topo do Chimborazo, a montanha mais alta do país, com 6.268 m de altura, e que está a 140 km de Quito!! Para que você possa contemplar este visual, recomendo que comece a trilha o mais cedo que puder. Explicarei o porquê mais adiante. Gal e eu tiramos algumas fotos do cenário e partimos para iniciar a trilha. Em poucos minutos de caminhada, pode-se contemplar o belo cume proeminente do Rucu Pichincha. Os primeiros 3,7 km são de aproximação à montanha e possuem um grau menor de dificuldade, já que a inclinação da subida não é tão acentuada. Porém, enquanto caminhávamos nos questionávamos por onde subiríamos até o topo, já que não era possível visualizar uma possível rota de subida. Isto porque a face que se vê do começo da trilha é de pura rocha. Assim que nos aproximamos da montanha, notamos que a trilha a contorna pela sua direita, por trás daquela face rochosa que vimos de longe. A partir deste ponto, a trilha está menos marcada, mas não há como se perder. Seguimos caminhando por detrás do pico por um terreno com uma inclinação um pouco mais elevada. Após cerca de 500 metros de distância, há um ponto que parece que a trilha acaba, mas é um lance em que é preciso subir uns 2 metros pela rocha mesmo. É um trecho um pouco delicado, mas não se preocupe, pois não é escalada. Mas a parte tensa do trekking só ia começar 500 metros mais pra frente. Neste ponto, a altitude já é um fator determinante (4.500 msnm) e é bem quando o terreno fica bem inclinado e bem arenoso, dificultando o rendimento da caminhada. Aqui, Gal e eu fizemos várias paradas para controlar os batimentos cardíacos e o ritmo respiratório. O visual era ainda mais espetacular, com a cidade de Quito lá embaixo e aquele cenário vulcânico bem característico por todos os lados. Deste ponto em diante, tem que tomar mais cuidado com a orientação, já que por vezes ela não é tão óbvia. E iniciamos a investida final para o cume. Caminhamos por meia hora por trilha bem inclinada até chegar numa placa. Daqui é preciso tornar para a esquerda para a investida final. Agora, percorre-se a última meia hora para o cume num terreno rochoso um pouco exposto e não muito marcado. É preciso tomar cuidado. Finalmente, após mais de 800 metros de desnível acumulado e 5,7 km percorridos em 3 horas, atingimos o cume do famigerado Rucu Pichincha. O cume do Rucu está na cota 4.784 msnm e é bem pequeno, o que proporciona um lindo visual 360º do panorama da região. A vista era deslumbrante. Pode-se ver todo o visual da cidade de Quito e do vale em que a cidade está situada. Também se vê todos aqueles famosos vulcões equatorianos acima citados, só que daquela perspectiva que só topos de morros podem proporcionar. Do cume, também se pode ver o imenso vulcão Guagua Pichincha, que fica a 4 km do Rucu. Como explicado na INTRO, o Guagua é a cratera principal e o Rucu é a cratera velha do mesmo vulcão, o Pichincha. Aqui no topo podem aparecer carcarás sociáveis. Acredito que os turistas devem alimentá-los. Eles são selvagens, porém é impressionante ver o quão perto eles podem chegar. Ficamos por uma hora contemplando o incrível cenário e iniciamos a descida. Se para subir foram 3 horas, a descida se deu em apenas 1h30min. Chegamos de volta ao teleférico próximo das 14h. Neste momento o dia já tinha mudado completamente. Se de manhã o céu estava completamente limpo, agora havia muitas nuvens no Rucu Pichincha e nem era possível ver a montanha. Ao longe também havia uma névoa que impossibilitava contemplar os vulcões dos arredores de Quito. E, claro, bem nesta hora tinham mais turistas, porque não são todos que preferem acordar de manhãzinha. Mas garanto que recompensa muito mais levantar cedo, mesmo se você não for subir o vulcão. Este é um padrão que se repete frequentemente em Quito: manhã de céu azul e tarde com muitas nuvens. Aqui, Gal se despediu de mim e desceu de teleférico primeiro, enquanto fui tirar mais algumas fotos. Peguei uma filinha de uns 20 minutos para tomar o teleférico da volta. Imagino que aos finais de semana deva ser bem caótico. E foi isso. Foi um dia delicioso, muito recompensador e bem barato. Espero que tenham desfrutado. Seguem abaixo algumas fotos deste dia. Rucu Pichincha visto da trilha Lindo vale a a cidade de Quito lá embaixo Vista do Vulcão Cotopaxi do Mirados Los Volcanes Próximo ao cume do Rucu Vulcão Guagua Pichincha visto do cume do Rucu Vista de Quito do topo do Rucu Postei este relato no meu blog. Você pode acompanhá-lo no link http://trekmundi.com/rucu-pichincha/ Beijos e abraços!
  2. Amigos, fiz uma viagem em 2017 pelo Equador, tendo ficado ao todo 14 dias no país. Me encantei com o que vi, realmente me surpreendeu, principalmente porque poucos brasileiros acabam indo até lá, então acabou sendo um destino meio inusitado. Em 2014 minha cidade (Cuiabá-MT) recebeu alguns jogos da Copa do Mundo e vieram muitos gringos para cá, acabei pegando o contato de algumas pessoas, dentre eles com meu brother Andres, um Equatoriano que estava por aqui. Me chamou para ir um dia conhecer o Equador e assim o fiz. Em abril de 2017 acabei tirando ferias compulsórias e, como nao tinha planejado nenhuma viagem, mandei um zap perguntando se aquele convite feito em 2014 ainda estaria de pé rsrsrs Foi minha primeira viagem internacional, não sabia falar nem ingles e nem espanhol, fui com a cara e a coragem para um país totalmente estranho para nós brasileiros. O fato de ter esse contato lá acabou me ajudando muito, se eu tivesse ido sozinho, sem falar outro idioma, acredito que teria me complicado um pouco, pois como lá eles nao constumam receber muitos brasileiros, o portugues acaba sendo uma lingua estranha para eles. Nos primeiros dias encontrei bastante dificuldade pra me comunicar, eu falava calmamente e parecia que estava falando em japones, os equatorianos nao entendiam quase nada e vice-versa. Minha sorte foi ter esse brother por lá, que acabou me ensinando algumas coisas do espanhol e com isso pode me virar tranquilamente. Acabou que ele e o irmão dele me guiaram por Quito e pelas cidades nos arredores. Vamos lá ao que fiz: 1 - QUITO: Me encantei com a cidade, tanto que acabei ficando por ali mais tempo que desejava, fiquei ao todo 8 dias na cidade. Foi minha primeira interaçao com o exterior, entao tudo estava deslumbrante. A cidade é grande, tem 1,6 milhoes de habitantes. Se parece com qualquer cidade grande brasileira, com muitos carros (a grande maioria velhos), ruas, engarrafamentos, sujeira, etc... Via de regra é uma cidade bonita, pois como está em região de serra, vc acaba tendo muitasa vistas belissimas. Quito está na regiao da cordilheira dos antes, localizada a quase 3000m de altitude, então, se prepare para possivelmente ser alcançado pelo Mal de Altitude, a tao famosa "Soroche''. É possivel que sinta vertigem, ansia de vomito, dor de cabeca, indisposicao... Sintomas comuns quando se ultrapassa os 2500m. Se te atacar, fique tranquilo pois em até umas 12h seu organismo estará acostumado e as coisas se normalizarao, vc nao conviverá com ela durante toda a viagem. Para amenizar os sintomas, tomar um chá de coca pode ajudar. Outro detalhe importante: Faz frio, ás vezes muito frio! Peguei temperatura de 2graus por lá. Durante o dia é comum o sol apareccer, entao é bom estar preparado para as duas situaçoes. Se voce costuma ser uma pessoa friorenta, leve bons agasalhos para nao sofrer. Os onibus lá, assim como os carros, sao em sua maioria velhos. Os taxis, idem. Qdo estive por lá ainda não havia UBER e a internet era um fator dificultador, pois todo crédito que eu colocava em poucos minutos a operadora me roubava tudo, era impressionante como podiam ser piores que a VIVO. Os valores das passagens de onibus sao mto baixos (depende das linhas, mas na media 20cents) e os taxis tb sao baratos. Para se hospedar é recomendavel ficar na regiao de MIRAFLORES, fica na parte central da cidade, com acesso a tudo e repleta de hosteis, bares, lanchonetes, com muitos gringos zanzando por lá. A regiao bohemia é a PLAZA FOCH, uma praça muito tradicional e bonita, frequentada por toda a gringaiada, cheia de bares e casas noturnas. A vida noturna em Quito comeca cedo (20h ta tudo aberto) e encerra cedo tb (2h da matina o povo comeca a te chutar de lá). Outra região famosa pela vida noturna é a CALLE LA RONDA, uma rua muito bonita, histórica, muito bem preservada e cheia de bares e restaurantes (principalmente restaurantes). Pegue um onibus daqueles de turismo, que sai da Plaza Grande (muito conhecida e charmosa, ótima para tomar um café no final do dia). Um daqueles onibus de 2 andares, ele percorre os principais pontos turisticos da cidade e voce pode descer em qualquer um deles, ficar o tempo que quiser e depois pegar o proximo onibus usando o mesmo ticket. Um passeio imperdivel é ir ao teleferico Quito. O teleferico leva voce para mais de 1000m acima da cidade, ficando a 4050m de altitude. Muito alto, a vista é muito linda da cidade e do vulcao Cotopaxi. Vale a pena. Faz muito frio, leve agasalho. Separe pelo menos um dia para caminhar pelo centro historico de Quito. Ele é muito conhecido e nao é a toa. É o centro historico mais bem preservado de toda a América Latina, reconhecido como patimonio da unesco. Lindissimo! Mas, como em todo passeio, sempre há aquele lugar mais desejado de se conhecer, a cereja do bolo... Em de Quito (acho que em todo Equador), a cereja do bolo é: conhecer onde passa a Linha do Equador... Aquela mesma linha imaginária que tanto estudamos nos livros de geografia, aquela que divide o mundo em dois hemisferios: o norte e o sul. Foi construido um monumento chamado Monumento Mitad Del Mundo, muito bonito mesmo. Lá existe uma linha desenhada no chao, mostrando exatamente onde passa a Linha do Equador, além de ter um museu bem legal e um mirante que voce pode acessar e ter uma vista previlegiadissima do parque, além das lojas lindas de souvenirs. Fiquei 8 dias na cidade, mas acho que 4 ou 5 dias no maximo estaria bom por ali. Minha hospedagem foi na casa do meu amigo. Em quito, recomendo ir a: Plaza foch / Calle La Ronda / Virgem del Panicilio / Calle de las 7 cruces (rua com 7 igrejas, incluindo a mais famosa do pais, a Companhia de Jesus) / Iglesia Compañia de Jesus (Cheia de ouro por dentro, linda, a mais famosa do pais) / Basilica del Voto Nacional / Teleferico de Quito / Plaza Grande / Palacio do Presidente (se pode visitar, aberta todos os dias, porém dependendo do fluxo é necessario agendar) / Monumento Mitad del Mundo 2 - OTAVALO: Na minha estadia em Quito, reservei 2 dias para conhecer a cidade, que fica a umas 2h ao norte. Fiz a viagem de onibus, partindo da estacao ce onibus de Quito. Otavalo e muito conhecida pela sua feira, mas na verdade a cidade é pequena, então se pensar apenas em termos de cidade, nao reserva muitas emocoes em termos de turismo. No meu caso, como estava com o imão do meu amigo equatoriano, ele me levou até uma comunidade andina que existe proximo a cidade e passamos um dia e uma noite por lá. Foi uma experiencia incrivel ver como vive uma comunidade andina (é como se fosse uma comunidade indigena nossa, porem de indios dos andes, que só n andam pelados pq faz mto frio rsrsrs), comemos por lá a comida feita por eles, dormimos nas casas deles, passamos o dia conversando de tudo, conhecendo como estudam, como trabalham, como as criancas se divertem, de tudo... foi muito show! Aproveitamos que estavamos por la e fomos conhecer a laguna de um vulcao que esta desativado. A laguna se chama Laguna Cuicocha, formada na boca do vulcao cotacachi. É uma paisagem belissima, de um lago formado ao longo de milhares de anos com águas cristalinas. Fizemos um passeio de barco por lá, foi muito jóia. 3 - COTOPAXI: Terceiro ma ior vulcao ativo do mundo, tem 5800m de altitude, um passeio realmente incrivel. Esta localizado a 60km ao sul de Quito, é possivel chegar lá tomando um onibus a partir da estacao rodoviaria de Quito. Para subir o vulcao é necessario um guia, que vc pode contratar antecipadamente ou simplesmente chegar até a base do vulcao e procurar uma das casinhas que tem ali com guias (fiz assim). Voce aguarda formar um grupo suficiente para lotar uma caminhonete e entao voces partem rumo a subida. A subida e descida demora algumas horas. Boa parte do trajeto e feita de carro e voce acaba subindo somente a parte final do vulcao, o que ja é muito cansativo devido ao oxigenio escasso, aos fortissimos ventos, ao terreno que é arenoso e cheio de pedras, e propria inclinacao da montanha. A experiencia é muito legal, me senti como um alpinista pois as rajadas de vento que batem sao muito fortes e barulhentas, voce sobre com fumaça saindo da sua boca o tempo todo e quando está subindo tem uma vista espetacular do horizonte, vendo incllusive por cima das nuvens. No ponto mais alto da subida há gelo (nunca tinha visto tambem). Vale muito a pena! Se nao me engano, o custo com o guia foi de 20 dolares. Separe praticamente um dia para o passeio. 4 - BAÑOS: Cidade que fica ao sul de Quito, a algumas horas de viagem. Fica na cordilheira dos andes também, situada mais precisamente na base do vulcao A cidade fica no pé do vulcao Chimborazo, o mais alto do pais (mais de 6200m). Este vulcao frequentemente está soltando fumaça. As aguas termais que saem da base desse vulcao inundam varios pontos turisticos da cidade, por isso tem esse nome de Baños, por haver inumeras piscinas naturais por lá. É um ponto turistico perfeito e encantador. Durante o dia, é repleto de atividades pra turista nenhum botar defeito. A cidade é muito conhecida pelo turismo radical, la voce pode alugar bugues, bikes, fazer tirolesa, rapel, para-quedismo... muiras opcoes mesmo, é ate dificil de escolher. No meu caso, como estavamos em 2, alugamos um bugue. Nos custou 55 dolares (caro), se nao me engano por 3h de aluguel. Fiz tirolesa sobre uma cachoeira que tem por ali, passando por cima de um grande canyon, o que me custou se nao me engano 5 dolares. Uma visita que vale muito a pena e a uma cachoeira que chama El Pailon Del Diablo. Ela fica afastada da cidade, a alguns minutos. Voce pode alugar um bugue, ou uma bike para chegar ate la. O trajeto é feito pela rodovia, dividindo espaco com onibus, caminhoes, carros... muito legal, vale a pena! A cachoeira é grande, tem uma estutura turistica bem impressionante, voltada para o rustico, mas muito bem preparada. Bem legal o passeio! Tem muitas pousadas, muitas casas noturnas, bares. A noite é movimentada, assim como o dia. Os gringos saem a caça... cachaca, mulherada e homaiada a role... Aqui me hospedei em um hostel. Muito legal, foi minha primeira experiencia em hostel, achei super bacana. O hostel era bem jovem, tinha mesa de sinuca, musica, bar, filme rolando a todo tempo... gente de todo mundo conversando. Fiquei um pouco timido porque nao falava nenhuma lingua ali, entao estava deslocado kkkk Mas foi muito legal. 5 - RIOBAMBA: Comecei a mudar meu trajeto, com o intuito de chegar a Guayaquil, de onde partiria meu voo de volta. Decidi parar nesta cidade. Pequena, bem aconchegante, fria. Tem um passeio de trem que voce pode fazer que sai dali e vai para outras cidades, mas nao sai todos os dias. Nessa cidade bebi muita cerveja e wiskye. Até aqui meu amigo Andres ainda me acompanhava e tentava me convencer a seguir para montañita, porém a essa altura eu ja estava com meus dias contatos para partir, nao tinha mais tempo para ir a outra cidade. Nos hospedamos em um hostel barato, pois meu objetivo ali ja era apenas passar por mais uma cidade antes de chegar a guayaquil. 6 - GUAYAQUIL: A cidade mais populosa do Equador, possui mais de 2,2milhoes de habitantes. Particularmente, nao vi graca nenhuma na cidade. É uma metropole que nao tem muitos predios, é muito quente e humida, ótima para voce contrarir doencas. Eu peguei tercol na cidade, coisa que jamais tinha pego antes. Me hospedei em um hostel barato, pois ja havida bebido boa parte de meus dolares e o hostel estava lotado de venezuelanos fugidos de se pais. O nivel era fulera, mas nao muito tambem. Nao tinh ar-coondicionado, entao era quente o hostel, muito quente. Parecia mais um albergue no sentido estrito. Nao gostei, recomendo que procure algo meio termo e que opte por local com ar-condicionado. Os unicos 3 pontos turisticos que sao unanimidade sao: A - Malecon 2000, uma orla que foi toda construida as margens do rio Guayas, é praticamente um shopping a ceu aberto, muito bonita; B - Plaza das Iguanas, uma praca com dezenas de iguanas que vivem ali, voce pode tirar fotos com ela, alimenta-las, beija-jas, abraca-las, frita-las... fazer de tudo ali que elas ne ligam. C - Escadaria de Las Peñas, uma escadaria bem bonita, que voce sobe e ao final tem um mirante de onde se pode ver a cidade. Na praca das iguanas peguei um desses onibus de turismo de 2 andares, nao gostei, a cidade é muito quente o calor era escaldante la em cima e embaixo voce nao ve nada demais. Fiquei 2 dias em Guayaquil, o que achei mais que suficiente, depois parti de volta. Sobre a cidade, minha recomendacao é que voce a conheca, pois é a maior do pais e voce frequentemente ira ouvir falar dela quando se fala de Equador, principalmente quando tem jogo de futebol, varios dos grandes times equatorianos sao sediados ali. Porem, nao gere muita expectativa, pois é uma cidade grande convencional. RAPIDINHAS: * MOEDA DO PAIS: Dólar Americano. Isso mesmo, a mesma moeda que vc usa nos EUA é a oficial aqui. A propósito, lá realmente circulam muiiiiiiiiiitas moedas. Para nós aqui no Brasil, moedas quase nao tem mais valor, porém lá voce irá ficar cheio de moeda. Tudo que voce compra, te dao um monte de moeda de troco. * IDIOMA: Espanhol (não compreendem o portugues com tanta facilidade como em outros paises como Peru, Bolivia, Argetina... onde sao acostumados a receber brasileiros). Muitos falam ingles tb. * GEOGRAFIA: O país é um destino realmente muito bacana, pois como é pequeno, voce pode visitar a Amazonia (parte da Amazonia fica no norte do país), a "Sierra" (a Cordilheira dos Andes, ela corta o país ao meio e é onde está localizada Quito e muitas otras cidades... As altitudes ali passam dos 4000m... a cordilheira dos andes é conhecida por "La Sierra", repleta de vulcões), a praia (lado oeste do pais). * CLIMA: Irá variar muito de acordo com o local onde voce esteja do país. Se estiver na regiao central, na cordilheira dos andes, o clima será de montanha, com o frio predominando quase sempre, é bom ir bem agasalhado (leve umas roupas leves tb, pq de dia costuma fazer um solzinho com calor moderado). Se estiver na região Amazonica o clima será tropical, com chuvas e calor moderado. Se estiver na regiao mais próxima ao litoral, o clima será quente e húmido e, acredite, faz caloooorrrr (palavra de cuiabano já conhecedor disso). * COMIDA: Comem muita batata (papa em espanhol), abacate (aguacate), milho (maíz) e carne de frango (pollo) ou porco (cerdo). Encontrar carne de vaca por ali é meio raro. * BRASILEIROS LÁ: Nao é um destino muito comum para nós, primeiro por estar longe e nao haver voos diretos, segundo porque acaba saindo um pouco caro se voce considerar o fator moeda, já que o dolar sempre acaba nos matando. Em toda minha viagem, topei apenas com um brasieiro que estava fazendo intercambio por lá. O pais é muito visitado por americanos e europeus, é impressionante como eu vi varias nacionalidades distintas nos livros de acesso aos diversos pontos turisticos pelos quais passei. Brasileiro nao vi nenhum assinando nos livros. * TRANSLADO ENTRE AS CIDADES: No meu caso, apenas utilizei onibus para ir de Quito a Otavalo, para ir de Quito ao Cotopaxi e tambem de Riobamba a Guayaquil. O acesso a eles e muito facil, sempre pelos terminais rodoviarios, e tambem é barato perto dos nossos precos aqui no Brasil. Os demais translados fiz de carro, com meu amigo equatoriano, * GASOLINA: A gasosa vendida la é quase pura, diferente da nossa misturadona e custa em torno de 1 dolar o galao (com 4 litros), ou seja... +- 0,25 cents por litro... +- R$ 0,75 o litroooo... assim mata o papai... * RECOMENDACOES DE CIDADES/REGIOES A VISITAR: Otávalo, Quito, Baños, Riobamba, Cuenca (n fui), Guayquil, Montañita (n fui) e, claro, se voce tiver tempo e dinheiro, o famosissimo Arquipelago de Galápagos (n fui). * RECOMENDACOES GERAIS: Leve protetor solar, o sol realmente queima / Leve agasalhos e roupas leves, pois o clima la pode variar muito durante o dia / Se vc tiver estomago fraco, busque nao comer muito as comidas de rua, pois costumam ser pesadas, fortes, gordurosas / Água: tenha sempre em maos, sempre disponivel, pois na altitude voce se desidrata muito / Quando puder e se vc gostar, compre uma dessas bolsinhas porta-moeada, pois vc ira precisar guardá-las rsrs, sao muitas realmente, isso pode te ajudar a nao perde-las (lembre que é dolar, vale ouro pra nós brasileiros). *VALE A PENA? Qdo voltei de viagem, muitas pessoas começaram a me perguntar sobre o país, sobre o pq de eu ter ido para lá e se havia algo para se ver no Equador... essas coisas tipicas do pessoal que quando pensa em exterior só pensa em USA, Europa, Argentina, Chile e Peru. Só posso dizer uma coisa para voces: VALE MUITO A PENA! O país é perfeito pra turismo, muito 10 mesmo, muitas opcoes de coisas para se ver em um pequeno pedaço de chão, fora que qdo vc fala q e brasileiro o pessoal lá adora, acham muito diferente ver um brasileiro por lá... me senti um ET kkk.... Ta com duvidas se vale a pena por o Equador no seu roteiro? VALE! E olha que estou escrevendo esse relato em out/2019, há exatos 2 anos e meio depois da viagem e já tendo conhecido outros 4 países depois. Espero ter contribuido com o grupo, pois aqui foi muito importante para me ajudar no preparo da viagem que fiz. Seguem mais algumas fotos: Veste tipica dos andes Vista do Teleferico de QUITO Plaza Foch - Muito bom pra beber e conhecer gente Alto do Vulcao Cotopaxi - Muito vento, muito frio Bug que alugamos na cidade de Baños, é caro, mas vale a pena. Pode-se alugar bikes tb, que sao uma otima opcao. Vista da corredeira da cachoeira Pailon del Diablo, em Baños tb Stifler (ou stifodão) do American Pie - Obviamente mentira, era um australiano gente-fina que comandava o bar do primeiro hostel no qual me hospedei na vida, em Baños Monuento Mitad del mundo, em Quito (imperdível, se nao for lá nao foi ao Equador)
  3. Em Maio de 2017, passei 7 dias no Equador e 14 dias na Colômbia, e devo agradecer a galera daqui do fórum que me ajudou muito através dos relatos, por isso, resolvi fazer um também! Eu vou focar nas dicas de passeios e trajetos para chegar nos lugares, e menos nos detalhes do que eu fiz no dia-a-dia por lá(até porque tenho péssima memória). Pra quem gostou das fotos, eu posto muito mais lá no meu instagran, segue lá: http://instagram.com/ederfortunato/ Equador A viagem começou em Quito, e fui fazendo os trajetos internos apenas de ônibus, as estradas lá são bem tranquilas. O roteiro foi Quito > Quilotoa > Baños > Cuenca. O gasto total que tive por 7 dias foram de $400 dólares, com hospedagem/passeios/comida/transporte, tentei ser econômico, só fiquei em hostel, e fazia uma refeição mais completa por dia, ou almoço ou janta, o resto era lanche ou comia pela rua. Dicas: Andar de táxi no equador é bem barato, e você ainda pode combinar o valor antes da corrida. ônibus então? muito barato, tu gasta por volta de $0,20 na passagem, já os ônibus para outras cidades custam por volta de $3,00. O clima, por causa da altitude e por ser no mês de maio, é como aqueles dias frios porém com sol, alguns minutos na sombra e você coloca a blusa, daí dá uma caminhada no sol, e tira ela, para um poupo pra comer, coloca de volta(clima de São Paulo no inverno), porém durante a noite o frio era bem intenso. Levei dólares que comprei aqui no Brasil, e acredito que compensou, pois consegui uma cotação boa no começo do ano, de R$3,21 por cada dólar, não consultei as casas de câmbio por lá. No geral, achei o Equador bem seguro, em Quito e Cuenca tem algumas áreas mais afastadas que é melhor evitar, mas no centro era bem tranquilo, muitos policiais em cada esquina, Baños e Quilotoa eram pequenas de mais e muito dependente de turismo para ter esses problemas. Quito Mitad del Mundo: Reserve o dia inteiro para esse lugar, caso resolva ir num final de semana, vai estar bem cheio, já que os moradores gostam de passear por lá, em compensação, terá uma apresentação de dança e música que acontece apenas nesses dias. Para chegar de ônibus(ele fica à 30 km de Quito), primeiro procure por um "metrobus" que vá até o terminal Ofelia, e de lá, pegue outro ônibus para Mitad del Mundo, basta perguntar no terminal. Sobre o lugar, achei bem bonito além de seguro para caminhar, e tem várias atrações para visitar. Compre o ingresso integral($7,50 se não me engano) para ter acesso aos museus, e a torre central(que tem muita coisa interessante dentro, desde uma exposição da história dos povos do Equador até um tipo de "feira de ciências" sobre gravidade e rotação da terra). Uma outra dica é fazer o passeio para Pululahua, é um bate e volta de poucas horas, para ver uma cidadezinha que fica no meio da cratera de um vulcão, a van custa apenas $4,00 e você compra numa loja ali atrás de onde tem a mesa para equilibrar o ovo, mas vá cedo, depois das 12:00 é provável que não dê pra ver nada por causa da serração. Free walking tour, Sempre faço esse passeio quando viajo, melhor maneira de conhecer a cidade, e pagando pouco(ou até nada), o que fiz tem ponto de partida no Community Hostel, esqueci o nome do guia, mas o apelido dele era Bob Marley, o passeio foi ótimo, ele sempre dando aquelas dicas de lugares que dificilmente você conseguiria ter de outra forma e contando a história de Quito/Equador, as dicas de segurança dele também ajudaram, com turista fica difícil saber quais áreas evitar em determinados horários. Terminado a caminhada, vale dar uma esticada até a Basílica do Voto Nacional, enorme e muito bonita, se você subir até as torres vai ter uma boa vista. Teleférico, ou melhor, TeleferiQo, pelo que li, é o mais alto das américas(é o que eles dizem), tem a melhor vista da cidade, ingresso por $10,00, e você sobe muito alto, muito mesmo, para quem tem medo de altura vai ser uma aventura hehehe. Lá em cima existe uma trilha de 5km para o Vulcão Pichincha, leva umas 5 horas pra fazer. Eu não fui preparado, mas tentei mesmo assim, e acabei desistindo quando estava quase chegando lá… nem tanto pelo esforço, é uma trilha até que fácil, o problema foi o frio e a altitude, que faz seu corpo cansar mais rápido, estava num ponto que só via serração para todo lado, pra quem curte fazer trilha, vale a pena, pra quem não curte, existe umas trilhas mais rápidas, de 40 minutos que já dá pra ter uma boa visão daquela região. Quilotoa Existem muitos tour's de bate-e-volta de Quito pra lá, mas achei todos bem caros, então resolvi fazer de ônibus, e como eu já iria para Baños na sequência(que fica nessa direção), ficou mais barato e poupei tempo. Fui de táxi até o terminal Quitumbe de Quito(dá pra ir de ônibus mas estava com pressa), e de lá peguei um ônibus para Latacunga, umas 2 horas de viagem depois, cheguei no terminal da cidade, nele você pode pegar um ônibus para Quilotoa, caso não tenha um que vá direto, pegue algum para Zumbahua e de lá outro ônibus para Quilotoa(ou um táxi por $5,00 e tem um transporte mais barato, que é um tipo de pau de arara, mas não vi por lá) . Chegando em Quilotoa, dá pra ir no lago com uma caminhada até o final da cidade(que é bem pequena), a primeira vez que você vislumbra aquele lugar… é pra lembram para sempre! As opções de como aproveitar são várias, você pode dormir por lá(tem muitos hostels), para acordar de manhã e caminhar em volta da cratera, leva umas 5 horas(e devido à altitude a dificuldade aumenta), se não tiver tanto tempo e/ou fôlego, caminhe pela esquerda até um mirador feito de madeira e com uma proteção de vidro, vai levar 40 minutos apenas para ir até lá. Também vale descer e ver o lago de perto, e se prepara, pois para subir é bem puxado (altitude de novo), pague para ir de burro, são $10,00 mas vale para evitar o esforço. É possível fazer um bate e volta no mesmo dia se você quiser só tirar fotos de lá, já vale a pena, o lugar é muito bonito. Para ir embora, mesmo trajeto, para meu caro, o destino era Baños, então do terminal de Latacunga, existe duas formas de ir: a primeira é ir para Ambato, e de lá ir para Puyo, e pedir para o motorista te deixar em Baños, a outra é de Latacunga pegar um táxi até "Paso Lateral" (só $3), que é um ponto na avenida onde os ônibus param para pegar mais passageiros(deveria ter um terminal ali, mas como não tem, o pessoal para no meio da avenida mesmo), nessa avenida você consegue pegar um ônibus direto pra Baños. Baños Uma cidade que vive apenas do turismo, nas ruas você encontra: restaurantes, agências de passeios, lojas, restaurantes, agências de passeios, lojas e por aí vai rs. Aqui é onde você encontra muitas atividades radicais na água , como rafting, canoagem, rapel em cachoeira, tirolesa, e muitos outros, a média era de $10,00 á 30 por passeio, achei os valores OK, até mais baratos se comparados por exemplo com Brotas aqui em São Paulo. Eu fiz o passeio chamado "The chiva tour to the waterfall trail", em um daqueles ônibus de turismo com a parte de cima aberta, que faz várias paradas nos lugares mais interessantes da cidade, escolhi esse principalmente porque eu queria ver a cachoeira Pailon del Diablo, que era última parada do tour, já as outras paradas antes dela consistiam em ir dentro de uma cabine presa num cabo para um ponto bem alto, e voltar... pois é, apenas isso... e te cobram $1,00 a parte, não chega a compensar tanto, nem é emocionante nem nada. Nas outras paradas, tiveram dois passeios com tirolesa(que lá eles chamam de zipping), o único que compensou foi o último, pois você faz o trajeto duas vezes(ida e volta) em direção a uma cachoeira. No outro dia fiz o Rafting na parte da tarde, demora umas 2 horas pra chegar no lugar, mas compensou, e muito! a correnteza é bem forte em algumas partes, sem dúvida o melhor passeio do lugar. La casa del Arbol, tente ir de manhã, pra encontrar menos pessoas, e evite ir no final de semana, pois o lugar fica bem cheio, para chegar lá penas pegue um ônibus que sai da esquina da rua Pastaza com a rua Rocafuerte, e custa $1,00, a entrada custa outro $1,00, e vale totalmente, é um lugar muito bonito, a casa em si não tem nada de mais, só pela posição onde ela está que permite tirar ótimas fotos, vale a ida. Cuenca Do terminal de Baños, tem um ônibus noturno que vai pra Cuenca, são umas 7 horas de viagem e custa $10,00, as estradas são boas, dá pra dormir tranquilo, apenas não esqueça da blusa, pois o ar condicionado vem no modo "Era Glacial". Cuenca é uma típica cidade histórica, com arquitetura colonial, tem praças bonitas, muitas igrejas, o melhor lugar para passear é o centro histórico, onde tem alguns museus, cafés a catedral e outros lugares interessante tudo ali. Peguei o ônibus turístico para circular na cidade, só compensou pois ele te leva até o Mirador de Turi, um pico que tem uma boa vista cada Cuenca, uma igrejinha, e uma loja de lembranças com preços bem melhores que os de Quito(deixei pra comprar aqui).
  4. Primeiramente, quero agradecer a @Gabriel Damasio e @eucarolina por seus relatos sobre o Equador aqui no fórum que me ajudaram muito a fazer praticamente todos os passeios por conta própria e economizar bastante. Nosso objetivo principal nessa viagem eram trilhas e montanhas e por isso nosso ritmo de foi bem lento com bastante tempo de descanso. Algumas pessoas nesse mesmo período de tempo incluem mais cidades e lugares. 1) ROTEIRO 07/09/2022 (quarta) - Chegada em Quito, caminhada pelo Centro Histórico 08/09/2022 (quinta) - Teleférico, trilha até o cume do Rucu Pichincha 09/09/2022 (sexta) - Mitad del Mundo, ônibus para Latacunga 10/09/2022 (sabado) - Quilotoa 11/09/2022 (domingo) - Cotopaxi 12/09/2022 (segunda) - Ônibus para Baños, Casa del Árbol 13/09/2022 (terça) - Pailón del Diablo 14/09/2022 (quarta) - Ônibus para Riobamba, caminhada pela cidade 15/09/2022 (quinta) - Chimborazo 16/09/2022 (sexta) - Ônibus para Quito 17/09/2022 (sábado) - Retorno para o Brasil Obs.: Eu escolhi setembro primeiro porque para mim é conveniente tirar férias em setembro e, segundo, tinha visto que era um mês que chovia bem pouco no Equador. De fato, chove pouco, mas pegamos dias com muitas nuvens o que atrapalhou principalmente a vista do Cotopaxi. Mas enfim... Talvez seja melhor ir no verão mesmo. 2) CUSTOS para o casal Obs. Os dólares físicos consegui uma sobra com a minha vó que tinha viajado antes. Por isso o valor de conversão foi ok. O resto usei o cartão Wise da minha conta multi-moedas e foi muito bom pois a cotação é excelente. Sacamos dinheiro 3 vezes durante a viagem porque eu dei uma vacilada nas contas, mas se tivesse sacado uma só, a taxa no Banco Guayaquil (o bando rosa pink) era de 1,50 USD por saque, independente do valor. Alguns locais eu consegui passar o cartão de débito da Wise, mas a real é que na maioria das situações (ônibus rodoviário, restaurantes, lojinhas) é melhor ter dinheiro. Tive problema até em farmácia pra usar o cartão. O cartão eu passei basicamente em mercado e em atrações de Quito (Teleférico e Mitad del Mundo). Outro ponto, a primeira vez que converti dólar na conta multi-moeda da Wise, consegui aquela baixa que teve entre abril e maio de 2022 se não me engano, menos de 5 reais. Ajudou bastante na economia. As demais conversões eu fiz durante a viagem mesmo conforme a necessidade... 3) RELATO DIA 1 - 07/09/2022 - QUARTA-FEIRA Saímos de GRU a 1:30 da manhã e chegamos em Quito as 12:04. Tivemos uma escala no Panamá de 3 horas. Na imigração não nos pediram nem a carteira de vacinação da covid e nem o formulário do viajante (https://declaracionsalud-viajero.msp.gob.ec/) que havíamos preenchido e impresso. Existe um ônibus que sai do aeroporto até a cidade que custa 8USD por pessoa. Não consegui descobrir em qual lugar da cidade ele deixa você, por isso acabei optando por ir de táxi: 25 USD até o Mariscal. Era um hostel embora tivéssemos alugado pelo AirBNB, um quarto, cozinha banheiro bem completinho e confortável. Só que infelizmente, por causa da localização no Mariscal, bairro das baladas, a música alta vai até de madrugada, dificultando o sono. Atrapalhou bastante, mas fora isso... Indico. Neste mesmo dia fomos até o centro histórico caminhando, cerca de 2km. Apenas demos uma volta pelas ruazinhas, não entramos em nenhum um local em específico e nem na catedral. Aliás, a catedral é bem bonita. Encontramos um mercado para comprar jantar, lanches e café da manhã e voltamos de ônibus. Num primeiro momento parece difícil entender os ônibus de Quito, mas quem tem boca vai a Roma, nada que sair perguntando para todos não resolva. DIA 2 - 08/09/2022 - QUINTA-FEIRA Logo cedo, estudamos com o pessoal do hostel como fazia pra chegar de ônibus no teleférico. Eles nos indicaram o número da linha que passava numa avenida grande sentido oeste da cidade. Esse ônibus nos deixou na rua que dá acesso ao teleférico. De lá, ainda tivemos que subir mais 1km até a entrada do teleférico. Isso tudo porque a passagem do ônibus era 0,35 USD e um táxi custaria 4 USD. Subidinha puxada, ainda mais por causa da altura, mas iríamos subir muita coisa ainda, não dava pra reclamar. Valor do teleférico é 8,50 USD. Chegamos lá praticamente na hora de abertura. O final do teleférico tem vários mirantes a 4,100m de altitude. Dali pegamos nossa trilha rumo ao cume do Rucu Pichincha. Vi que algumas pessoas não sabiam onde essa trilha ia dar, pois bem, era pro cume da montanha. A trilha tem ao todo 10km (5 pra ir e 5 pra voltar) é extremamente bem demarcada, tem alguns trechos com alguma dificuldade técnica, nada absurdo, deu tranquilamente pra fazer sem guia, até porque tinha bastante gente fazendo a trilha esse dia também. Outro ponto é que tem duas rotas possíveis (veja uma foto abaixo, é um cartaz que tem na entrada do teleférico) claro que fizemos a mais fácil. O problema maior é a subida final, antes do cume, ela é extremamente íngreme e com pedras soltas. Com altitude fica ainda mais complicado. De qualquer forma, chegamos lá e foi incrível. Quase 4,700m de altura. Sobre tempo de percurso: começamos a trilha as 10h, as 14h chegamos no cume e por volta das 16h30 estávamos no teleférico de volta. Chegamos bem podres de cansados, nem a música alta atrapalhou essa noite de sono. Rotas possíveis - a mais fácil é a vermelha Início tranquilo Final bem íngreme, olha a placa azul lá em cima indicando o caminho rs Cume No retorno, o Cotopaxi apareceu pra gente, que visu! DIA 3 - 09/09/2022 - SEXTA-FEIRA Novamente consultamos o pessoal do hostel para saber como chegar de ônibus no Mitad del Mundo que é bem longe do centro da cidade. Tivemos que pegar um ônibus do tipo 'trolebus' (o que vai pelo corredor de ônibus) até o terminal Ofelia, no norte da cidade. Este é um pouco mais barato, custa 0,25 USD. No terminal, pega-se um outro ônibus até o Mitad del Mundo que custa 0,15 USD que eu descobri perguntando qual era. Levou praticamente 1h30 até lá. A entrada custou 5 USD. Ao redor do monumento tem uma pequena 'vila' de lojinhas e restaurantes. Curiosamente, eu encontrei alguns suvenires mais baratos lá do que em Quito. Subimos até topo do monumento, tiramos fotos, ao total devemos ter ficado 1h por lá. Não fomos na 'linha do Equador verdadeira' por preguiça mesmo (como a maioria deve saber, eles erraram a localização do monumento por uns 200 metros, mas enfim...). Voltamos também de ônibus para o hostel, almoçamos em um restaurante ali das proximidades que custou 2 USD e logo seguimos para o Terminal Quitumbe, no extremo sul de Quito, cerca de 40 minutos de ônibus. Lá, encontramos a rodoviária (chamada Terminal Terrestre) e empresas que iam para Latacunga. Se me lembro bem, a passagem foi 1,75 USD. Nesse ônibus encontramos uma espanhola que nos acompanhou nos dias seguintes. O Terminal Terrestre de Latacunga era bem pertinho da cidade e deu pra sair de lá a pé. Nosso AirBNB em Latacunga era uma gracinha e indico demais. A cidade também me cativou muito mais que Quito, um clima andino incomparável. DIA 4 - 10/09/2022 - SÁBADO Combinamos de encontrar a espanhola numa praça para irmos juntos ao Terminal Terrestre e encontrar o ônibus até Quilotoa. Sim, existe um ônibus direto e ele custou 2 USD. Pegamos o ônibus das 9h30 e levou cerca de 2 horas para chegarmos no destino final. O ônibus nos deixa na entrada da 'vila' de Quilotoa onde pagamos mais 2 USD para entrar. Caminha-se mais um pouco até chegar na 'borda' da cratera (Explicação para quem não sabe: Quilotoa é um vulcão com uma lagoa em sua cratera, vc chega por cima dele e desce até lá em baixo). A trilha até a lagoa é de 1,7km e pelo menos na época que fui, tinha muita pedra solta e areia, subia bastante pó. Mesmo pra descer foi complicado. O tempo estava lindo e toda a paisagem era deslumbrante. Pra subir foi beeeeem puxado, mas pra quem tinha feito o Rucu Pichincha né kkkkkkk acho que levamos 1h pra subir. Chegando lá em cima ainda fizemos uma pequena trilha ao entorno da cratera. Aliás, por lá tem várias trilhas: você pode fazer o contorno por baixo, na 'praia', por cima, no meio.... pra quem tem tempo as opções são infinitas. Pra voltar, fizemos diferente, como o ônibus direto iria sair apenas as 17h30, pegamos uma caminhonete até Zumbagua (5 USD divido em 6 pessoas que juntou lá na hora) e de lá um outro ônibus para Latacunga. Chegamos eram quase 19h mas valeu muito a pena. Nesse dia ainda encontramos um restaurantezinho aberto muito bom de 1,50 USD a refeição mas infelizmente ele não abriria no dia seguinte (domingo). Ainda nessa noite de sábado, queríamos descobrir como ir ao Cotopaxi no dia seguinte, mas a espanhola contou que chegar de ônibus na entrada do parque (na verdade, descer na rodovia próximo a estrada que dá acesso ao parque) e ir de caminhonete, essa caminhonete poderia sair até 20 USD por pessoa. Não sei se isso é verdade, mas me assustou. Negociei com o o meu host do AirBNB e acabei indo com ele... Também ficou 20 USD por pessoa mas pelo menos indo direto de carro até lá, sem a necessidade de se preocupar com um segundo meio de transporte. Essa vista é da trilha por cima da cratera DIA 5 - 11/09/2022 - DOMINGO Fomos com o meu host, Gabriel, eu, meu marido e a espanhola para o Cotopaxi, 20 USD por pessoa. Infelizmente esse dia estava feio e frio. Muito frio e vento. Eu já comecei a me lembrar de quando fizemos a travessia Petro-Tere e pegamos os Portais do Hércules fechado, que frustração. Enfim, fizemos uma primeira parada na Laguna De Limpiopungo, caminhamos um pouco ali no seu entorno e depois fomos de carro até o estacionamento montanha a cima. De lá, tem um trilha super íngreme até o Refugio José Ribas. O local estava bem cheio, acredito que por ser domingo. Por incrível que pareça, embora tenhamos ido no inverno, não havia muita neve no entorno do Refúgio o que me deixou bem triste também. De qualquer forma, experiência válida, não se pode ter tudo na vida né? Por causa do frio e do vento forte, não fomos até o glaciar, alguns metros acima do refúgio. Queríamos descer o quanto antes. Assim que entramos dentro do carro, começou uma chuva quase nevasca. Demos sorte. Voltamos para a cidade por volta de umas 16h e praticamente passamos o resto do dia descansando. Laguna De Limpiopungo Subida íngreme até o Refúgio, muito vento e frio. Depois de descermos, esse foi o máximo que o tempo abriu, o refúgio tá ali no meio daquelas nuvens a esquerda DIA 6 - 12/09/2022 - SEGUNDA Quisemos dormir bastante esse dia pra descansar bem, fizemos o check out ao meio-dia e fomos para o Terminal Terrestre procurar pelo ônibus para Baños. Embora sejam poucos quilômetros, esse ônibus ficou meia hora parado no Terminal de Ambato e eu comecei a ficar com vontade de fazer xixi... Havia um banheiro no ônibus mas o cobrador não permitiu usar. Eu cheguei desesperada e chorando em Baños, já estava com muita dor de segurar xixi, foi bem triste. Enfim, caminhamos até o hostel que ficaríamos, o Timara. Limpinho, organizado, bem silencioso, cozinha completinha. Eu indico. Era por volta de uma 15h e graças ao relato do Gabriel que agradeci lá em cima, eu sabia que tinha um ônibus que ia até a Casa del Árbol e o último saia as 16h. Perguntei pro staff do hostel que me indicou de onde o ônibus saia e era bem perto. Pegamos esse ônibus que custa 1 USD pra subir e mais 1 USD pra descer, ele tem horários fixos. No caso deste último, sobre as 16h e desce as 18h. O trajeto leva uns 30 minutos. A entrada da Casa del Árbol é 1 USD e quando chegamos estava vazia. Deu para aproveitar todos os balanços do local sem filas, o tempo estava aberto e tivemos uma vista privilegiada do vulcão Tungurahua. Ainda conseguimos andar na tirolesa e relaxar na grama, foi muito agradável mesmo. Passeio bem gostoso, um acalento depois do meu sofrimento no ônibus. A cidade de Baños eu achei que foi a mais cara para comer. Relax DIA 7 - 13/09/2022 - TERÇA Fomos fazer o passeio de bike até o Pailón del Diablo. Saímos em busca de alugar bicicletas da forma mais barata possível que sabíamos: 5 USD e encontramos até que relativamente fácil. O trajeto tem 16km até Río Verde e em maior parte é descida, ou plano ou subidas beeeem levinhas. No entanto, o barato saiu caro, acho que alugamos as piores bikes de todo Equador. A minha o pedal ficava caindo e a do meu marido estava muito dura, mesmo na descida precisava pedalar. De qualquer forma, a gente chegou lá. Fomos fazendo paradas para fotos, paramos para ver o pessoal nas atividades de tirolesa e afins, vimos algumas cachoeiras, foi bem tranquilo. Os motoristas respeitam bastante as bikes nesse percurso. Amarramos nossa bike no centrinho de Río Verde e já notei uma coisa que não sabia (ou tinha esquecido). Há duas entradas para a cachoeira: uma 'original' feita pelos equatorianos e é a que vemos as escadas e balcões bem em baixo da queda d'água, a outra teria sido feita por uma empresa americana e vai por cima. Nós só fomos na equatoriana mesmo. É uma trilha bem agradável em meio as árvores, acho que menos de 1km. Foi uma trilha tão boa que até pra subir foi fácil. Paga-se uma entrada de 2 USD na cascata e ela realmente é incrível. Tivemos a sorte de pegar um arco-íris, foi bem lindo. Dá pra chegar bem debaixo dela passando por uma pequena caverna ou gruta. Passeio altamente recomendado. Para voltar com as bikes ficam algumas caminhonetes ali na saída mesmo, pagamos 6 USD para levar nós dois e as duas bikes de volta para Baños. Chegamos até que bem cedo, talvez umas 15h, não imaginava que fosse ser tão rápido. A noite decidimos ir nas Termas de de la Virgen só pra ver como é. Não sei se valeu muito a pena, a entrada foi 4 USD para cada, mas mais uma experiência pra conta. Ah, eu acabei não alugando a touca de banho porque não encontrei um local para isso e ninguém me chamou a atenção. Estava de cabelo preso e passei batida. As piores bikes de todo Equador Pailón del Diablo As termas DIA 8 - 14/09/2022 - QUARTA Saímos no limite do nosso check out rumo ao Terminal para procurar o ônibus a Riobamba. Eu tinha pegado um AirBNB em Riobamba bem próximo do Terminal Terrestre de lá. Infelizmente, o ônibus que pegamos nos deixou em outro local, tivemos que pegar mais um ônibus da cidade para chegar. Depois de instalados, saímos a pé pela cidade para procurar um mercado e também para conhecer um pouco. Nossa host nos deu algumas dicas de como poderíamos chegar no Chimborazo por conta (embora eu já tinha lido aqui) e também para ter noção dos preços. Acabou ficando mais barato que o Cotopaxi em Latacunga. DIA 9 - 15/09/2022 - QUINTA O dia amanheceu nublado pra caramba e eu já comecei a achar que ia ser frustrante ir até o Chimborazo e pegar tudo fechado. Fomos até o Terminal de Riobamba e o indicado era pegar um ônibus até Guaranda. Olhando no mapa, eu pensei que esse ônibus iria pela rodovia 492 direto. Para nossa surpresa, quando chega em San Juan, ele entra por uma estradinha que para exatamente na frente da entrada do parque nacional. Deve ter levado 1h ou 1h30 até lá e durante todo o percurso a neblina era densa, apenas chegando bem perto que começamos ver aquele grandão. A entrada do parque é gratuita mas para subir até o primeiro refúgio (Refúgio Carrel) pega-se uma caminhonete e ela custou 25 USD. Se tivéssemos em mais pessoas teria barateado, mas não existia uma única alma viva ali que tinha chegado de ônibus, como nós. O trajeto tem 8km que quem quiser pode ir a pé, mas precisa de tempo... Precisaria chegar bem cedinho, não era nosso caso. O motorista ainda fez uma pressão e nos deu 2 horas a partir do estacionamento do Refúgio Carrel pra subir até a Laguna Condor Cocha e voltar. Eu achei que ia ser pouco, mas realmente foi mais que suficiente. Esse dia, embora o céu também estivesse meio encoberto, estava um clima bem agradável e sem vento forte. Subimos muito facilmente, por incrível pareça. Acho que estávamos bem aclimatados. Além disso, a subida não é muito íngreme. Paramos no segundo refúgio o Edward Whymper e em seguida fomos até a Laguna, a 5,100m de altitude e lugar mais alto que chegamos nessa viagem. Novamente, o tempo estava encoberto mas agradável e também não tinha muita neve por ali. No entanto, tiramos ótimas fotos. Descemos para a entrada do parque e resolvemos lanchar por ali olhando pra montanha. Em alguns momentos o tempo até abriu e deu pra ver ela toda. Depois ainda ficamos observando as vicuñas, foi tudo bem agradável. O ônibus de volta passa em horários redondos inteiros, foi o que nos passaram. Nos preparamos para pegar o das 15h mas ele atrasou alguns minutos, nenhum grande problema. Na volta, pela janela traseira do ônibus, deu pra ver o 'outro lado' do Chimborazo, e não tinha uma única nuvem em cima dele. Só o lado do refúgio estava nublado, para a cidade estava aberto. Ficamos dois bobos na última fileira do ônibus olhando pra trás. Chegando em Riobamba, descansamos a arrumamos as mochilas para a 'partida final'. Vista do ônibus chegando Caminhando próximo a Laguna a 5.100 metros Quando deu pra ver o topo durante o nosso lanche DIA 10 - 16/09/2022 - SEXTA Dormimos até o limite do horário possível e pegamos um ônibus de volta a Quito. foi o percurso mais caro de toda a viagem, 5,50 USD para cada um e 3h45 de viagem. Em Quito, chegamos a tarde e ficamos no mesmo AirBNB dos primeiros dias. Como nosso voo seria no dia seguinte as 6 da manhã, nossa host conseguiu um taxista para nos levar as 3h30 pro aeroporto por 25 USD (mesmo valor que pagamos para vir). Nosso voo de volta teve uma escala de 7 horas no Panamá, onde tivemos que fazer uma refeição no aeroporto pago no cartão de crédito, foi a coisa mais cara de toda a viagem. 4) CONCLUSÃO Gostamos muito de viajar pelo Equador, no geral achei um povo honesto, não senti taaaanta exploração com turista, e belezas naturais incríveis. Voltaria com certeza para conhecer outras montanhas menos famosas e em uma época do ano diferente na esperança de ver mais neve (se o aquecimento global permitir) e um céu mais limpo. Não encontramos nenhum turista brasileiro no nosso caminho, mas muitos europeus e os próprios equatorianos viajando e conhecendo o seu país. Outro detalhe é que o sotaque deles é bem neutro, dá pra entender muito bem o espanhol, até consegui aprender mais palavras para o meu pobre espanhol. Além disso, a viagem ficou bem barata apesar dos custos em dólar. Recomendo!
  5. Olá a todos! Vim aqui relatar a viagem que fiz sozinho neste incrível país que é o Equador. Ao total foram 11 dias, entre 19 e 30/01/2020. Eu foquei em conhecer a região do país conhecida como Avenida dos Vulcões, indo de Quito até Cuenca. Gostei muito dos lugares que fui, e recomendo para todo mundo! ROTEIRO Dia 0: (19/01/20) – Voo noturno SP – Quito Dia 1: (20/01/20) – Quito – Mitad del Mundo e centro histórico Dia 2: (21/01/20) – Quito – Centro histórico Dia 3: (22/01/20) – Quilotoa (desde Quito) Dia 4: (23/01/20) – Cotopaxi – noite em Latacunga Dia 5: (24/01/20) – Baños – Casa del Árbol Dia 6: (25/01/20) – Baños – Bike pela Ruta de las cascadas até o Pailón del Diablo Dia 7: (26/01/20) – Riobamba Dia 8: (27/01/20) – Riobamba: Chimborazo Dia 9: (28/01/20) – Riobamba – Cuenca Dia 10: (29/01/20) – Cuenca – Parque Nacional Cajas Dia 11: (30/01/20) – Cuenca de dia, voo a noite DICAS GERAIS Dinheiro: O Equador usa o dólar como moeda oficial, o que facilita bastante a viagem pois não é necessário realizar mais um câmbio do dólar para a moeda local. Apesar da conversão desfavorável do dólar para o real, o Equador é sim um país muito barato! Para estes 11 dias, eu gastei um total de 420 USD lá no Equador. Passagens aéreas: Eu peguei o voo direto de São Paulo para Quito, que é operado pela Gol. Para esta passagem, paguei R$ 1800,00. O voo sai de São Paulo às 19h e chega em Quito às 23h. Para a volta, ele partiu de Quito 00h30 e chegou em São Paulo 08h20. Para voltar de Cuenca para Quito, optei por voar para não perder um dia de viagem. Este voo foi da Latam, e custou R$ 123,00. Foram incríveis 35 min de voo. Ônibus: Fiz todas as viagens pelo país de ônibus (com exceção do trecho Cuenca – Quito, para voltar). De maneira geral, os ônibus no Equador são muito bons e baratos. Quase que a totalidade das viagens custaram entre US$ 2 e 2,50. A passagem mais cara foi entre Riobamba e Cuenca, US$ 8,00 para 6h de viagem. Não é preciso comprar as passagens de ônibus com antecedência, geralmente ou se compra na rodoviária na hora, ou até se paga dentro do ônibus. Não tive nenhum problema com falta de assentos. Nos ônibus sempre há música tocando, ou algum filme de ação passando, e com vários vendedores de comida em cada parada, o que torna as viagens interessantes. Hospedagens: Em geral, os hostels no Equador custam de 6 a 10 USD, podendo ter ou não café da manhã incluso. Estes foram os lugares que me hospedei: Quito: El Patio Hostel Latacunga: Hotel Rosita Baños: Papachos Hostel Riobamba: Hostel Villa Bonita Cuenca: Selina Hostel Comida: Refeições no Equador também são baratas. Pode-se solicitar nos restaurantes o menu “almuerzo”, que contém uma sopa de entrada, um prato principal e um suco por um valor entre US$ 2,5 – 5, que irá satisfazer bastante a fome após as trilhas e caminhadas pelas cidades. Clima: Na época de janeiro fez frio, calor, tempo seco e chuva, então é preciso estar preparado para tudo hahaha. Mas de maneira geral, com a altitude o clima é mais frio, então um casaco e uma jaqueta corta-vento/chuva são muito bem vindos. Em Baños estava bastante calor, então a bermuda foi bem-vinda por lá. Acredito que as temperaturas tenham variado entre 5 e 26°. RESUMO GERAL DOS ATRATIVOS: QUITO: Centro histórico, Mitad del Mundo, Teleférico e vulcão Pichincha (não fui nesses por causa do mal tempo). LATACUNGA: Quilotoa, uma lagoa na cratara de um vulcão, e o Cotopaxi, o vulcão mais icônico do Equador. BAÑOS: É a cidade dos esportes de aventura do Equador (rafting, bungee jumping, etc). Fui para a Casa del Árbol (balanço do fim do mundo), a Rota das Cascadas até o Pailón del Diablo de bicicleta, e os banhos termais “Termas de la virgen”. RIOBAMBA: A cidade fica ao lado do vulcão Chimborazo, o mais alto do Equador. Não fui, mas também me recomendaram muito a trilha de 2 dias para a Laguna Amarilla, no vulcão El Altar. CUENCA: A cidade mais linda do Equador, com um centro histórico incrível. Também fica ao lado do Parque Nacional Cajas, que merece a visita. DIA A DIA: Dia 0: (19/01/20) – Voo SP – Quito O voo da GOL de São Paulo para Quito leva em torno de 6h. Cheguei lá as 23h, e peguei um taxi para o meu hostel. O valor da corrida era tabelado em US$ 25,00, com certeza o preço mais abusivo de toda a viagem. Por causa do horário, acho que compensou, porém acredito que exista também ônibus para o centro. Me hospedei no bairro La Mariscal, o bairro bohêmio de Quito. Ele é bom para caminhar, com diversas opções de bares e restaurantes a noite. Porém, acredito que teria sido bem mais prático estar em um hostel já no centro histórico de Quito. Falam que lá, porém, é mais perigoso para se caminhar a noite. Dia 1: (20/01/20) – Mitad de Mundo e Centro Histórico Quito tem algumas linhas de ônibus, no estilo BRT, que funcionam muito bem. Paga-se US$ 0,25 pela passagem na estação, e a linha é quase como um “metrô” de ônibus. Todas elas só têm 2 sentidos: Sul ou Norte (Quito é estreita e comprida). Caminhei até a linha que possui como final à norte a estação Ofelia. Chegando lá, é só tomar o ônibus “Mitad del mundo” e descer na frente do museu. Este custou US$ 0,15 (atenção, este não é o ponto final! Peça para o cobrador avisar quando descer). O parque do monumento “Mitad del Mundo” é famoso por ser considerado o local em que a Linha do Equador passa. Ele custa entre 5 e 10 dólares, se me lembro bem. Lá estão diversos museus, experimentos de ciências, e o famoso monumento com a linha do Equador. Também existem diversos restaurantes com bons preços por lá. É um passeio de umas 3h para visitar tudo. De lá, tomei os ônibus de volta, e desci na estação que fica no centro de Quito. O centro histórico é bem bonito, e caminhando pode-se conhecer muita coisa interessante! Ao final da tarde uma tempestade chegou. Fiquei ilhado no mercado municipal, que já estava fechando. Voltei ao hostel e jantei pelo bairro La Mariscal. Monumento Mitad del Mundo e a linha do Equador. Sentado entre o norte e o sul! Vista desde o topo do monumento. Centro histórico de Quito. Plaza de la Independencia (Plaza Grande) no centro histórico de Quito. Dia 2: (21/01/20): Centro Histórico de Quito O meu plano neste dia era subir o teleférico de Quito, e lá de cima fazer a trilha até o cume do vulcão Rucu Pichincha. O dia, porém, amanheceu bastante nublado. Não me dando por vencido, peguei um ônibus até a base do teleférico (~0,20 dólares), e de lá um táxi subindo a montanha até sua entrada (1,00 USD). Chegando na entrada, a neblina estava muito intensa, e não era possível ver nada, o que dirá 1000 m acima, numa altitude de 4000 m, onde o teleférico sobe. A moça dos ingressos me informou que era até perigoso subir o Rucu Pichincha. Eu então desisti de subir o teleférico. Porém, fica a recomendação, caso o dia esteja limpo. Os ingressos custam 8,00 USD. Além da neblina, o resto do dia ficou inteiro chovendo, então foi bom eu ter desistido hahah. Peguei um taxi até o centro da cidade, pois havia um Free Walking Tour que iria começar 10h30, que ainda havia tempo para eu participar. O tour durou por volta de 3h, e achei bastante razoável. Acho que, porém, aproveitaria mais caminhando sozinho. O tour que realizei foi o do Community Hostel. Após o tour, fui até a Basílica de Quito, onde é possível subir até o topo das torres por 2,00 USD. Achei muito legal, as escadas são muito íngremes e a vista é incrível de toda a cidade. A torre fecha as 16h30, então é preciso chegar lá antes disso. Essa basílica é conhecida por ser a “Notre Dame” de Quito. Um dia para visitar o centro de Quito é suficiente. Seria possível ir também até o Panecillo, outro mirante na cidade, mas achei que não seria necessário após subir a catedral. Calle La Ronda, uma das ruas mais famosas do centro de Quito. Ao fundo, a Basílica do Voto Nacional. Quito ou Paris? Rumo às torres da igreja. Vista de todo o centro histórico de Quito, e do mirante do Panecillo. Escadas nada íngremes. Dia 3: (22/01/20) – Quilotoa Minha recomendação é dormir uma noite antes em Latacunga para visitar o Quilotoa. Eu fiz um bate-volta desde Quito, e achei que seria muito melhor ter ido a partir de Latacunga. Porém, não me planejei muito bem e já tinha reservado mais uma noite no hostel em Quito. Bom, saí do hostel as 06:00 e tomei o ônibus até a estação final à Sul, Quitumbre. Este percurso levou cerca de 1h, desde La Mariscal, já é longe então. A estação Quitumbre é a rodoviária de Quito (Terminal Terrestre, em espanhol). De lá, peguei um ônibus até Latacunga, que levou cerca de 1h30. De Latacunga, é preciso pegar mais um ônibus até Quilotoa. Ele irá parar bem próximo à lagoa, e demora pouco mais de 1h para chegar. No ônibus conheci 2 colombianos e 1 espanhola. Nós fizemos o passeio juntos. Chegando em Quilotoa, uma desagradável surpresa: muita neblina e garoa, com direito à fotos expectativa x realidade hahaha. Nada como um bom perrengue. Almoçamos por lá para esperar o tempo melhorar: não melhorou. Nos falaram que a dica para não pegar neblina alguma é ir super cedo, o que não fizemos. Mas, descendo a trilha até o lago, a neblina melhoraria, pois as nuvens não baixam na cratera. E foi o que fizemos! Descer levou cerca de meia hora, e foi possível avistar a linda lagoa! Descemos até a água, tiramos várias fotos, e depois subimos. A subida é íngreme, mas não achei tão terrível quanto li por aí. Certamente vale a pena descer até a água. Levamos cerca de 45 min para subir. Pegamos o ônibus de volta para Latacunga, e depois voltei para Quito. Os outros, espertos, ficaram em Latacunga! Combinei de ir com eles ao Cotopaxi no dia seguinte, e nos encontrar as 08:30! Ou seja, tive que madrugar dia seguinte também... Cheguei no hostel as 22h este dia, após jantar um KFC ao lado do ponto de ônibus. Expectativa... Realidade kkkk Descendo ainda estava com cara de Silent Hill. Eis que deu para ver a lagoa! Companheiros de perrengue. É possível andar de caiaque nas águas do Quilotoa. Exercício para subir. Na subida teve até um arco-íris! Dia 4: (23/01/20) – Cotopaxi Saí do hostel às 4h45 da manhã com novamente com destino a Latacunga. Desta vez, já levei minha mochila. Como era muito cedo, os ônibus ainda não estavam passando, então tomei um Uber até Quitumbre por 5,00 dólares (durante o dia seria 10,00). Consegui chegar às 07:30 em Latacunga, e andei até o Hotel Rosita, onde os colombianos estavam. O café da manhã lá custou 2,00 é era muuito bem servido, recomendo. Ao final, acabei me hospedando lá no fim do dia. Saiu mais caro que um hostel, 12 USD, porém pude ter uma boa noite de sono em um quarto privativo após tanto madrugar. Após o café da manhã, nos destinamos ao parque do Cotopaxi. Nós fechamos um jipe desde Latacunga por 30,00 USD cada. O motorista era o próprio dono do hotel. Acredito que se tivéssemos ido até a portaria do parque de ônibus e de lá tomado um jipe, teria sido bem mais barato (e é totalmente possível), mas também estava ok o preço, considerando a comodidade. Em revanche ao dia anterior, desta vez o tempo estava perfeito, e o Cotopaxi estava sem nuvem alguma! Após algumas paradas para fotografias, chegamos de carro até o estacionamento, e então subimos andando até o Refúgio (4864 m). De lá, continuamos subindo até o glaciar do vulcão (5100 m). Nesta altitude já era bem mais difícil caminhar. Na altura do primeiro refúgio já havia neve, porém ela só é completa aos 5100 m, onde é necessário estar com grampos nos pés para subir. Eu até considerei realizar o passeio de 2 dias para subir até o cume do Cotopaxi, mas como estava com poucos dias para me aclimatar na altitude, e o passeio é um tanto caro, decidi deixar para uma próxima viagem. Após descermos até o carro, fomos até um lago com diversos pássaros, e até o museu do parque. Por fim, nosso guia nos levou para almoçar em um restaurante na estrada em que o almuerzo era 5,00 USD. A vista do restaurante para o Cotopaxi era incrível! Valeu muito a pena. Descansamos o resto do dia, e a noite jantamos por Latacunga. Cotopaxi com o clima perfeito! Gigantesco! Vulcão com lhama? Por isso que o Equador não desaponta! A partir do estacionamento, começa a caminhada. Chegando no Refúgio José Rivas, 4864 m de altitude. Rumo ao glaciar, até os 5100 m de altitude! O glaciar! A partir daqui, só com equipamentos especiais para caminhar. Almoçar com essa vista é chato. Simpática lhama equatoriana. Dia 5: (24/01/20) – Baños – Casa del Árbol Pela manhã tomei novamente o café da manhã reforçado do Hotel Rosita, e então tomei o ônibus para a cidade de Baños. Desde Latacunga não há ônibus direto, então foi preciso trocar de ônibus na cidade de Ambato, uma baldeação super tranquila. A viagem foi super rápida (o Equador é muito pequeno hahah). Do ônibus já foi possível observar as montanhas arborizadas que cercam Baños, rios de corredeiras rápidas, e o vulcão Tungurahua, todas as paisagens de Baños. Assim que cheguei, fui andando até o hostel Papachos, que fica bem localizado ao final da cidade. Deixei minha mochila e troquei de roupa: em Baños estava bem quente! A cidade é bem pequena e movimentada com turistas, por todos os lados há agências de turismo e aluguéis de bicicletas. Dei uma volta a pé e comi um clássico almuerzo. As 16h peguei o último ônibus até a Casa del Árbol, o ponto turístico mais conhecido de Baños. O ponto de ônibus era bem próximo ao meu hostel, e os horários dos ônibus são bem definidos, vale a pena prestar atenção, pois o último era as 16h. Cada trecho da viagem custou 1 USD. Chegar até lá levou mais ou menos 40 min, e na viagem o ônibus vai subindo o tempo todo a montanha, muito alto! Eu sei que é possível subir e descer até lá andando, porém preferi o ônibus mesmo. Chegando ao topo, é preciso pagar uma entrada para a área da Casa del Árbol (1 USD). A casa na árvore é famosa pelos seus 2 balanços, o balanço do fim do mundo! Achei muito divertido, porque lá tem um pessoal que fica empurrando os balanços muito forte, é bastante intenso kkk. Recomendo ir para a fila dos balanços assim que chegar, porque depois a fila só cresceu e era impossível ir de novo. Mas também é muito engraçado ver os caras empurrando as outras pessoas. Lá é possível subir na casa da arvore também, apreciar o precipício de 2700 m de altitude, e, se der sorte com as nuvens, ver o vulcão Tungurahua ao fundo. Tive alguns momentos de sorte! Também tem uma lanchonete e uma tirolesa lá em cima, no geral é um bom lugar para passar o tempo. O ônibus desceu às 18h, e foi tempo suficiente para ficar lá em cima e aproveitar todo o passeio. Recomendo levar um casaco lá para cima, porque no fim do dia o tempo muda bastante, e faz frio. A famosa casa na árvore. Um pouco de diversão no passeio! Eles levam a sério a questão de empurrar o balanço hahaha! O vulcão Tungurahua deu as caras! Dia 6: (25/01/20) – Baños – Ruta de las cascadas Este foi o dia de realizar o segundo passeio mais famoso de Baños: alugar uma bicicleta pedalar os 20 kms da Ruta de las Cascadas (rota das cachoeiras) até a cachoeira mais famosa do Equador: o Pailón del Diablo. Peguei uma recomendação de agência de aluguel de bicicletas no hostel, mas chegando lá, todas as bicicletas estavam todas esgotadas (boatos que aquelas são as melhores bicicletas, se não me engano a agência se chama Wonderful). As bicicletas em todos os lugares que vi custam 5,00 USD o aluguel. Me levaram para outra agência, e lá conheci uma chinesa, com quem fiz todo o passeio. Junto com a bicicleta, as agências também dão capacete, material para trocar a câmara de pneu, corrente para amarrar a bicicleta e uma mochilinha com tudo isso. Recomendo testar fortemente a bicicleta antes para ver se as marchas e freios estão todos ok. Eu testei bastante a minha, mas tive um grande perrengue. Após a primeira grande decida (uns 3 kms), a corrente da minha bike arrebentou. Tive que voltar até a agência para trocar a bicicleta. Por sorte consegui carona em uma caminhonete para subir até a cidade, se não o perrengue teria sido muito maior! O caminho é basicamente só decida, então é muito fácil. Ele segue pela pista da rodovia, mas não há nenhum problema nisso, é bastante tranquilo. Em vários momentos, quando há algum túnel, há um desvio para bicicletas pela direita, contornando a montanha por fora do túnel, o que faz o passeio ser bastante seguro. Pela rota é possível ir apreciando várias cachoeiras e o rio lá abaixo. Há várias opções de tirolesas no caminho, mas não fomos em nenhuma. Ao final do passeio, chegamos ao Pailón del Diablo. Ele possui duas entradas. A primeira entrada leva ao topo da cachoeira, e a segunda é uma trilha que desce até sua base. Escolhemos ir na segunda. Amarramos as bicicletas na entrada e descemos a trilha pela floresta. É uma descida razoável, deve ter 1 km. Lá embaixo é preciso pagar a entrada para a cachoeira (2 USD). Dica: vá com roupa que possa molhar! A água da cachoeira é tão forte que encharca qualquer um! É muito divertido. É possível seguir o caminho e se rastejar por uma caverna para chegar atrás da queda d’água, é uma aventura! Também há uma famosa escada de pedra lá, que não faço ideia de como que foi construída. De baixo é possível ver toda a queda d’água. Saindo do parque, é possível desviar para uma ponte suspensa, e ter uma visão de longe do lugar. Após subir a trilha, almoçamos em um dos diversos restaurantes que tem na estrada, na entrada do parque. Os preços são sempre os mesmos, e a comida era bem boa. Ouvi falar que se continuar pedalando pela estrada principal, após o Pailón, há mais uma cascata em que é possível nadar. Porém, como já estávamos muito molhados, decidimos voltar. Para voltar ao centro de Baños, não é preciso ir pedalando. Diversos caminhões levam todo mundo e as bicicletas por apenas 2 USD, e vale super a pena (a volta seria uma grande subida). Uma das várias cachoeiras do caminho. Um dos desvios para as bicicletas, pela direita do túnel. A trilha para o Pailón del Diablo é pela floresta. Esse chuveiro tem pouca água. As escadas do Pailón del Diablo. Para chegar atrás da queda d'água é preciso se aventurar. Será que molha para chegar atrás da cachoeira? De banho tomado. Pailón del Diablo e a ponte suspensa. A volta de quem não encara pedalar na subida. De volta à cidade, aproveitei para descansar o resto da tarde. A noite decidi ir a uma das grandes atrações da cidade, os banhos termais! A final, o nome da cidade não é Baños por acaso (o nome correto é Baños de Água Santa, melhor ainda!). A terma da cidade (Termas de la Virgen) fecha pela tarde, e reabre as 18h. Ela fica localizada próxima à entrada da cidade, ao lado de uma cachoeira que é visível de toda a cidade. Essa cachoeira se chama Cabellera de la Virgen. A entrada para as termas custou 4,00 USD. É preciso ter uma touca de banho, e os hostels geralmente têm para emprestar, mas se você não levar, é possível comprar lá nas termas também. Lá há cabines para se trocar, e há um guarda volumes, então não há preocupações em onde você vai deixar sua mochila. São dois andares de piscinas termais. No superior, que é onde está o guarda-volumes, há uma piscina quente (38°C) e uma de água fria. A de água quente fica muito lotada, mas é bem divertido, porque é ocupada por vários equatorianos locais e suas famílias. No andar de baixo há toda uma atração especial. Lá está a piscina de água mais quente (44°C)! Parece que você está dentro do vulcão, porque cada movimento dói hahah o ideal é ficar parado na água, que assim fica suportável. Para revezar, há uma piscininha ao lado com a água super gelada, direto da cachoeira (~17°C). É muito divertido trocar entre piscinas, o choque térmico é incrível! Apesar de lotado, achei muito legal a experiência das termas, é um passeio bastante tradicional de Baños, e pessoas de todo o Equador vão para lá desfrutar das águas aquecidas pelo Tungurahua. As famosas termas de Baños, ao lado da cachoeira. Apesar da muvuca, é bem relaxante kkkk essa é a piscina de 38°. A piscina de água quase fervendo, e a banheirinha de águas congelantes para o choque térmico. Dia 7: (26/01/20) – Riobamba Após uma manhã preguiçosa, tomei um ônibus de Baños rumo à Riobamba. A viagem novamente foi bem rápida. A cidade de Riobamba é famosa por estar aos pés do vulcão Chimborazo, o mais alto do Equador (6267 m). Fiquei no hostel Villabonita e recomendo fortemente esse hostel, ele tem as MELHORES camas de todo o Equador, uma delícia. Além disso, todos os viajantes que conheci depois ficaram nesse hostel e falaram a mesma coisa hahah então o negócio é sério. O hostel fica em um casarão antigo, bem tradicional. Ele tem poucos quartos, e tem café da manhã incluso. Como era domingo, quase tudo na cidade estava fechado, mas depois de um pouco de caminhada consegui achar um lugar para almoçar. Achei a arquitetura da cidade bem bonita, ela é mais antiga e bem preservada. Conheci no hostel uma tailandesa que também queria ir ao Chimborazo no dia seguinte, e combinamos de irmos juntos. Pela noite reencontrei por acaso uma romena que havia conhecido em Quito e que estava ficando no mesmo hostel, e também conheci no hostel um brasileiro, um americano e um polonês. Eles haviam ido até o Chimborazo esse dia, e disseram que o tempo estava perfeito, e que no dia seguinte estaria ainda melhor. Fiquei muito animado com o meu passeio do dia seguinte! Fomos andar pela cidade juntos. O céu abriu e foi possível ver o Chimborazo na distância, enorme! Jantamos pizzas e foi uma noite bem divertida. Arquitetura bem preservada. Ao fundo o Chimborazo e seus 6267 metros. Dia 8: (27/01/20) – Riobamba - Chimborazo Após um reforçado café da manhã no hostel, eu e a tailandesa tomamos um taxi até a rodoviária. De lá nós tomamos um ônibus com destino à Guaranda, e pedimos ao motorista para nos avisar onde era a portaria do parque do Chimborazo. Esse é o jeito mais fácil e barato de chegar ao parque. No ônibus nós conhecemos um casal alemão, o que foi muito legal. Na portaria do parque estão vários jipes que podem levar até o primeiro refúgio (Hermanos Carrel – 4800 m de altitude). É possível subir a pé, mas recomendo pegar um jipe, pois a trilha é bastante longa. Não lembro exatamente o custo, mas creio que tenha sido 10 USD para cada, pois dividimos em 4 pessoas. Deste refúgio seguimos caminhando por uma hora até o próximo refúgio, Whymper (5000 m de altitude). Nesse ponto já havia esfriado, e havia muita neve na trilha. Continuamos subindo 10 min até a última parada, a lagoa Condor Cocha, a 5100 m. A lagoa é feia e marrom, mas a vista do cume do Chimborazo é impressionante, e o tempo estava perfeito. Resolvemos subir mais um pouco, e a vista de cima é ainda melhor! O Chimborazo é realmente impressionante. Descemos até o jipe e voltamos para a portaria. Lá esperamos o próximo ônibus passar na estrada (o pessoal do parque sabe exatamente os horários, então vale a pena perguntar para eles quando o próximo passará). Chegamos em Riobamba esfomeados, deveria ser por volta de 16h. Da estrada era possível ver tanto o Chimborazo quanto o El Altar, um outro vulcão da região que me recomendaram muito ir. Almoçamos ao lado da rodoviária em um restaurante muito bom e barato! De noite, jantei pizza novamente com o pessoal do hostel. Novamente uma noite divertida. Até o primeiro refúgio é possível chegar de jipe. Refúgio Hermanos Carrel. A partir daqui, só caminhando. O próximo refúgio lá em cima. Refúgio Whymper. A subida final até a laguna Condor Cocha. A laguna Condor Cocha e sua água barrenta hahaha. A montanha é que vale a visita. Tem gente que desce do refúgio Hermanos Carrel até a portaria de Bike. A paisagem do parque é bem desértica. O Chimborazo visto da portaria do parque. Dia 9: (28/01/20) – Cuenca Pela manhã peguei um ônibus para Cuenca. Essa foi a viagem mais longa de ônibus que tive (6 horas). Fui junto com um alemão que estava no mesmo hostel que eu, fomos conversando então a viagem passou mais rápido. Chegando em Cuenca, combinamos de ir no dia seguinte até o Parque Nacional Cajas. Fui até meu hostel (Selina Cuenca). Ele era gigante, e com uma decoração toda diferentona, parecia um hotel. Achei muito bom. Cuenca é uma cidade linda, a mais bonita de todas as que fui. Ela é toda arrumada, lembra um pouco a organização de cidades europeias, com um espírito latino americano. Vale a pena ter um dia só para ficar passeando. Pela noite reencontrei a espanhola do Cotopaxi, e junto com dois franceses nós fomos jantar Cuy, o tradicional porquinho da índia andino. A experiência foi peculiar kkkk ele não é muito bom, mas também não é ruim. Construções de Cuenca. Dia 10: (29/01/20) – Cuenca – Parque Nacional Cajas De manhã fui com o alemão, a espanhola e os franceses para o Parque Nacional Cajas, um parque a 4000 m de altitude, com montanhas e lagos, uma paisagem linda! Nós pegamos um táxi até a rodoviária, e de lá um ônibus com direção a Guayaquil. É só pedir para o motorista avisar quando descer, que o ônibus para na portaria do parque. Na recepção, nos registramos (é gratuito), e pegamos algumas informações. Eu e o alemão decidimos fazer a trilha n° 2 e depois a 1, enquanto os outros apenas a trilha n°1. A trilha 2 sobe uma montanha até 4267 m, e é possível ver todo o parque do alto. Já a trilha 1 contorna os lagos pela parte baixa, e é mais tranquila. Achei a trilha 2 um pouquinho puxada para subir, mas recomendo demais essa opção, porque a vista do topo é incrível. Quando chegamos na conexão com a trilha 1, começamos a caminhá-la, porém começou a chover muito, e tivemos que desistir e voltar para o centro de visitantes, que era mais perto do que acabar a trilha. Chegamos encharcados, mas felizes que o passeio tinha sido incrível. Pegamos o ônibus na estrada de volta para Cuenca, e durante a viagem fomos parados pelo exército. Todo mundo do ônibus foi revistado, eles estavam em busca de armas e drogas... uma situação um tanto inusitada e não muito agradável. É preciso dirigir com cuidado para não atropelar as lhamas. Rumo à trilha n° 2 no Cajas! No encontro da trilha 1 com a 2, é preciso atravessar esta floresta muito doida. A trilha n° 2 sobe esta montanha ao fundo. A revista nada agradável do exército. Dia 11: (30/01/20) – Cuenca – Quito – São Paulo Meu último dia no Equador... Encontrei a espanhola pela manhã e aproveitamos para andar um pouco, e subir a torre da catedral principal de Cuenca. A entrada custou 2 USD. De lá é possível ter uma vista de toda a cidade. Achei bacana, mas não totalmente essencial o passeio. Fui também no museu dos chapéus do Panamá. Cuenca é conhecida por ser a cidade desses chapéus, que são equatorianos, e não panamenhos, ao contrário do nome... O museu é basicamente uma loja de chapéus diversos, interessante pelo contexto da cidade. Aproveitei para caminhar pelo resto da cidade, e fui até o mercadão tomar pela última vez um suco de tomate de árbol, o meu favorito da viagem (no Equador dá pra encontrar por todo lugar esse suco. O de amora também é muito comum). Vi que dentro da cidade de Cuenca é possível visitar um sítio arqueológico inca, as ruínas de Pumapungo. Elas ficam dentro de um museu arqueológico, que achei bem simples. As ruínas também não são grande coisa, mas se estiver com tempo sobrando, o passeio é ok. De tarde tomei um uber até o aeroporto, onde peguei um voo de volta à Quito (35 min de voo!). Fiquei no aeroporto mesmo até meu voo noturno para São Paulo. E esse foi o fim da viagem! Os chapéus do Panamá são equatorianos! Vista desde o topo da catedral. O museu dos sombreros, eles levam a sério os tipos de chapéu! A cidade é cortada por um rio muito agradável. As ruínas de Pumapungo. Até nas ruínas incas temos lhamas.
  6. Como usualmente faço nos relatos, vou começar com a parte prática, com informações rápidas para quem não está a fim de ler o relato completo ou não tem tempo, depois parto para o relato mais detalhado! Visto / Passaporte Não precisa de passaporte e nem de visto para entrar no Equador. Eu levei porque queria o carimbo!!. Mas só usei no aeroporto, no resto do tempo andava só com a identidade e não tive problemas. Diz que precisa da vacina da febre amarela, que deve ser tomada com 10 dias de antecedência e tem que fazer a carteira internacional de vacinação na ANVISA. Porem não me pediram a vacina. Tem que preencher um cartão com algumas informações e esse cartão tem que permanecer com você porque para sair do país vai precisar dele. Cuide bem. O Voo: Para ir ao Equador saindo de Porto Alegre não temos muitas opçoes, faça uma pesquisa no decolar, submarino, etc e depois compre direto no site da cia aérea que apresentar o melhor preço. No meu caso foi a Avianca, porem quando fui comprar direto no site deles o preço ficava mais caro do que comprar nos sites de busca mesmo pagando as taxas. Então liguei para uma agencia de viagens, pedi para cotarem pra mim e o preço continuou mais alto. Falei que tinha conseguido por determinado valor no decolar e eles ligaram para a Avianca e baixaram o preço. Sempre, sempre, sempre cotar, colocar opções de data, de cidades. Trabalhoso mas econômico. Voo para Galápagos: No meu caso como não ia somente para Galápagos, comprei a passagem ida e volta do Brasil para Quito e o trecho de Galápagos separado. Existem 3 cias que operam saindo de Quito e de Guayaquil, sendo que o voo que sai de Quito é mais caro e todos param em Guayaquil antes de seguir para Galápagos. Ouvi boatos de iam começar a operar voos diretos de Quito para Galápagos também, mas não sei quando começa. http://www.lan.com.br http://www.tame.com.ec http://www.aerogal.com.ec A passagem em alta temporada custa 415 USD e em baixa cerca de 360USD, de Quito. De Guayaquil sai mais barato. (preços aproximados de 2014) Procedimentos aeroporto para quem vai a Galápagos: Você vai ter que fazer 3 coisas no aeroporto antes de embarcar para Galápagos: pagar a taxa da Ingala, que custa U$10,00, inspecionar toda a bagagem e fazer o check in. As filas para pagar a taxa no posto da Ingala são bem grandes, então chegue bem cedo no aeroporto, duas horas antes do voo. Tanto faz a ordem: pagar a taxa ou inspecionar a bagagem, vá primeiro no que tiver menos fila, mas você só vai conseguir fazer o check in depois dessas duas coisas porque a bagagem tem que estar com o lacre. Quando pagar a taxa vai receber um cartão que deve ser guardado até o final de sua viagem para Galápagos porque vão te pedir ele pra sair de lá. Chegando em Galápagos: Já na chegada mais um desfalque para seu bolso. Tem que pagar uma taxa de U$50,00 para entrar, que é a taxa de preservação. Esse valor é para latino americanos, o resto do mundo paga U$100,00 e os equatorianos pagam bem menos que nós. O pouso é na ilha de Baltra, que fica ao lado da ilha Santa Cruz. Passa pela imigração pega as bagagens, e saindo do aeroporto já tem ônibus esperando pra te levar até o canal onde você vai pegar a balsa para cruzar o canal entre a ilha de Baltra e a de Santa Cruz. (bus leva 7 minutos até o canal + uns 15 minutos de balsa, entre “despachar” bagagem, embarcar e pegar bagagem). O bus do aeroporto até o canal onde se pega a balsa é de graça. A balsa custa $1 para atravessar. Saindo da balsa você tem que pegar um outro bus, que custa U$2,00 que vai te levar para Puerto Ayora, a vila onde estão os hotéis, restaurantes, agencias... Esse trajeto demora mais de uma hora para chegar na cidade. Tem a opção de ir de taxi, valor 18 dólares para ir da balsa até Puerto Ayora. Importante: lembre que para voltar ao aeroporto você terá que fazer o mesmo trajeto, então saia com antecedência para não perder o voo. Dá para ir de ônibus de Puerto Ayora até onde pega a balsa, porem o ultimo horário é as 08:00, custando 2 dólares. Na volta o ônibus não passa na vila, vai ter que pegar um taxi que custa U$0,50 até o terminal rodoviário e de lá pegar o ônibus. O terminal é perto da vila, acho que nem 10 minutos de taxi. Porem sugiro se informar BEM sobre o horário do ônibus, porque perguntei pra umas 10 pessoas e cada uma me disse um horário diferente. No terminal me disseram que o ultimo era as 08:00 mas as duas vezes que peguei ele saiu 08:15. A outra opção é a mesma da vinda: taxi por U$18,00 até a balsa. Depois mais U$1,00 para pagar a balsa e depois o ônibus até o aeroporto que é de graça. Não se preocupe que sempre vai ter ônibus esperando quando chegar a balsa. Tanto de um lado como de outro. HOSPEDAGEM Galápagos: Em Puerto Ayora existem zilhoes de opções, eu fiquei em um lugar na chegada e outro na ultima noite: Hostal Elisabeth U$15,00 single com banho quente - Av. Charles Darwin. Estando no porto, vá umas 2 ou 3 quadras na direção do Centro de Pesquisa Charles Darwin hotel Lirio del Mar: U$15,00 quarto single banho frio. - Av Bolivar Naveda ou Isla Plaza between Tomas de Berlanga and v Charles Darwin Achei o quarto e o tamanho do banheiro do Lirio del mar melhor e maior que o da Elisabeth que por sua vez tinha banho quente pelo mesmo preço. No resto os dois são muito parecidos: limpos, bem localizados, ótimo atendimento e sem café da manha... Em Isabela: Não recomendo o lugar que fiquei. Apesar do quarto ser grande e bem localizado a limpeza era péssima e a dona mau humorada. Ficamos no Hostal Los Flamincos, fuja dele. Pagamos U$15,00 por pessoa (eu + uma brasileira que conheci lá). Queríamos ficar na Casa Rosada mas estava lotada. Segue endereço: Iguana (Casa Rosada) Av. Antonio Gil., Puerto Villamil – Isabela u$20,00 com café. É bem no final da praia, o lugar é lindo e apesar de ser no final não é longe porque tudo lá é perto! E eles fazem Happy hour todos os dias. Tem quartos privados tambem. Hostal Loja - Av. 16 de Marzo y los Cactus, Isla Isabela U$23,00 c/ café San Cristobal Não fiquei hospedada na ilha, mas segue opção que achei em algum relato (desculpa, não lembro o relato de quem para creditar) quando pesquisava: Posada Turística Terito U$15,00 quarto impecavelmente limpo e arrumado, banheiro privado limpíssimo com um chuveiro delicioso!! Gosen Guest House Avenida Alsacio Northia, Carlos Mora U$20,00 sem café Guayaquil: Não fiquei hospedada mas segue opçao que achei em algum relato (desculpa, não lembro o relato de quem para creditar) quando pesquisava: hostel Manso Boutique – Malecon 1406 y Aguirre, muito bom o lugar e a localização. –recomendado 2x U$14,00 sem café Dreamkapture Hostal - Alborada Doceava Etapa, Calle Juan Sixto Bernal; MZ 02, Villa 21 U$10,00 c/ café e piscina Hotel Andes Inn Calle Lorenze de Guaraycoa 1233 y Calle Ballen Centro US$ 12,00 a diária com impostos, habitação single com banheiro. Hotel simples Thefunkymonkeyhostel -Cdla. Vernaza Norte, Mz 5 V11 U$10,25 sem cafe Cuenca: fiz Couchsurfing mas pesquisei algumas opções, só não posso dar minha opinião porque não fiquei nesses lugares: hostal Majestic, em quarto individual com banheiro por US$ 10 Hostal Fenix, fica atrás da rodoviária seguindo um pouco para a direita, atravessando a rua. Foi a melhor hospedagem da viagem, o problema é que fica afastado do centro Hostal Turista Del Mundo (Calle Larga 5-79) fica bem pertinho do centro e foi uma ótima hospedagem. U$10,00 single shared bath Hostal La Escalinata (Calle Larga # 5-83 y Hermano Miguel, hostallaescalinata@hotmail.com) é bem econômico, paguei 4 Dólares (mais custa 6 Dólares) com café da manhã, Internet Wi Fi, banheiro coletivo) se quiser com banheiro no quarto o valor é 10 Dólares. La Cigale: 8 dolares p/p quarto compartilhado e 10 dolares p/p quarto matrimonial, com cafe da manha excelente Posada del Rio, que é um hostel/pousada muito bom. Sem duvidas foi o melhor lugar que fiquei na minha viagem de 25 dias. A dona é muito gente boa, o lugar é muito charmoso e a localização é ótima hostel El Cafecito. Resolvi seguir até lá de taxi (U$2) e o lugar é mesmo super bacana. Fiquei em um quarto vazio com 3 camas e banheiro privado, sem chuveiro, por U$7,84 sem café da manhã Mallki Hostel: Calle Aurelio Aguilar 1-31 y Av. Solano U$8,00 6 bed ensuite c/ café (pegar com bano no quarto porque só tem um chuveiro pros shared Alternative Hostels - Av. Huayna Capac y Casique Duma Esq., U$11,00 single shared bath good atmosphere Riobamba Fiquei no Los Shyris, paguei U$10,00. Quarto bem grande, limpo, com TV e chuveiro bem quente, mas tão quente que nem consegui tomar banho e levei vários queimoes, hehehe!! Só peça por um quarto nos fundos porque fica numa avenida bem movimentada e tem bastante reclamação de barulho. No quarto que fiquei não ouvi nada. hostel Los Shyris: Rocafuerte & 10 de Agosto Outras opçoes: Oasis Hostel: Veloz 15-32 y Almagro - U$15,00 single ( um casal de alemães que conheci estavam la e gostaram.) Hostel La Estación, muito bem localizado, com o dono muito atencioso, por US 24 Banos Sem sobra de duvidas fique no Plantas Y Bianco. Paguei U$10,00 por um quarto duplo (ou U$8,00 coletivo). Limpo, organizado, computador com internet gratuita, wifi gratuita, guarda volume de valor declarado gratuito e todos muito simpáticos, fora o terraço onde voce pode tomar café da manha pago à parte que é lindo demais com uma vista incrível da cidade. Super recomendo. Plantas y Blanco - Luis A. Martínez and 12 de Noviembre Na noite que cheguei fiquei no Hostel Erupcion (U$12,00 quarto coletivo com café), mas não recomendo, tanto que troquei pelo Plantas e Bianco na hora que acordei. Não era muito limpo e o chuveiro era frio e com pouca agua. Outras opçoes pesquisadas: Hostal los Andes (Oriente y Eloy Alfaro, http://www.losandeshostal.com) que custou 6 Dólares um quarto dividido com banheiro, TV, Internet Wi Fi Hostal San Sebastian localizado ao lado na rua lateral da Igreja, um prédio verde e a entrada é ao lado de uma lojinha de artigos femininos. O dono do hostal se chama Javier, ele e sua esposa cuidam de tudo, sao receptivos e bem educados. Fui viajar com minha amiga, pagamos US$15,00 para as duas em um quarto com banheiro privado, água quente, tv a cabo. Vale a pena fica localizado bem no centro, perto das baladas e é bem limpinho. Hostal Chimenea - Luis A. Martinez y, Rafael Vieira, Baños, Ecuador 180250 - Quarto espaçoso, com banheiro, sacada e internet free Hostal El Oro (Calle Ambato y Juan Leon Mera) que é afiliado da rede HI, O preço é $6, e o café da manhã não é incluso e custa $2. Negociamos por $7 com café. Os quartos eram muito bons e bem limpos. Paguei 7 dólares por um quarto privativo com banheiro. Latacunga Eu fiquei no Tiana por U$10 com café da manhã e café/chá à vontade o tempo todo, super bem localizado, todo arrumadinho, limpinho, decoradinho, com cozinha, espaço comum para os hóspedes, vários banheiros (com água quente) e um terraço com vista para o Cotopaxi que eu não vi porque as nuvens não deixaram. Outras opçoes: Hostal Amazonas, não tenho o endereço mas é só pedir ao motorista do taxi para te deixar la. 5 USD sem café, vc pode tomar café no Hostal Tiana e pagar 2,50 Hotel Rosim Address Quito 16-49 Latacunga – U$15,00 Hotel Central – Sanches de Orellana Y Padre Salecedo - U$10,00 private sem café Quito: O melhor lugar para ficar é no bairro Mariscal, sem dúvidas. Fiquei hospedada no Galapagos Natural Life - Joaquin Pinto E8-64 y Av. 6 de Diciembre EC170104 Quito U$10,00 c/ café. Achei o hostel legal, mas nada espetacular, pra mim faltou uma área de integração maior para os hospedes. Não era muito animado. É de uma família que mora lá, eles são bem solícitos ( o homem +/-). Mas eu não ficaria lá novamente, tem muitas outras opções, inclusive ao lado e na frente. A localizaçao é ótima, perfeita, mas a limpeza deixou a desejar e depende do seu quarto pode ser bem barulhento, afinal voce estará a uma quadra da Plaza Foch, onde tudo acontece. Outras opçoes: Hotel Yumbo Imperial - Guayaquil N2-49 y Sucre U$12,00 sem café Hostal Backpackers inn – U$7,25 ou U$8,35 4 camas ensuite - Juan Rodriguez 245, y Reina Victoria, Sector La Mariscal Quito, Equador (barato mas não muito bom) Hostal El Taxo, em Mariscal. Peguei um quarto individual novinho e limpinho com banheiro por US$ 10 Hostel Mitad del Mundo: como ia ficar só uma noite na chegada, peguei um quarto individual com banheiro fuleiro por US$ 7,85. O hostel era muito simples mas bem no meio do agito de Mariscal, muito bem localizado. Hostal Centro Del Mundo (Lizardo Garcia E7-26, esquina com Reina Victoria). Só havia quartos coletivos disponíveis, ficamos nós 5 em um quarto pagando $5,60 cada um, com café da manhã incluso, banheiro no corredor. Não gostamos muito do lugar, era meio sujo e não sentimos muita segurança New Bask (Lizardo Garcia 537, esquina com Reina Victoria), que fica logo ao lado do Centro Del Mundo. Pagamos $7 no quarto privado com banheiro e TV e $6 no dormitório. O café da manhã não estava incluso, mas eles servem por preços baratos. Tem cozinha e uma sala de TV legal com TV a cabo, o problema é que a galera fazia a salinha de fumódromo, e como era tudo fechado era quase impossível ficar ali. Hostel $ 12 - Secret Garden – centro - eleito melhor hostel de Quito em 2011. Recomendo. El Cafecito Hostel. Calle Luis Cordero 1124 Y Reina Victoria. (quito@cafecito.net) É um Hostal e misto de Bar, restaurante e café. Limpo, arejado, Armários grandes onde da para guardar até mala, e muito bem localizado, fica no centro nervoso de Quito, Bares, Discotecas e etc, com disposição da até para ir andando até o Centro Histórico. TRANSPORTE DISTÂNCIAS Quito – Latacunga: 100 km – 01:30 Latacunga – Riobamba: 100 Km – 01:30 Latacunga – Baños: 82 km – 01:20 Riobamba – Baños: 88 km / 01:30 Baños – Cuenca: 400 Km – 05:00 Riobamba – Cuenca: 275 km – 04:00 Cuenca – Guayaquil: 175 km – 04:00 Guayaqui – Canoa: 300 km – 05:00 Canoa – Quito: 500 km – 06 hs Quito - Riobamba 3h30min US$ 4,00 Quito - Otavalo 1h40min US$ 2,50 Riobamba - Cuenca 5h30min US$ 6,00 Cuenca - Guayaquil 4h30min - via cajas US$ 8,00 HORÁRIO ONIBUS Quito - Guaiaquil 09 hs U$10,00. Horários: 08:20 / 11:40 / 14:30 / 21:00 / 21:45 / 22:40 / 23:30 pela Panamericana Dá pra conseguir voo por U$40,00. Guayaquil a Cuenca: 04 horas de viagem, tem bus a cada meia hora. U$8,25. Compra a passagem no guichê 51 no 1º piso e embarca no 3º piso. Meio confuso o terminal, parece um shopping. POR CAJAS custa U$8,25 e dura 4h, POR CAÑAR custa o mesmo preço e dura 7h, então preste atenção na hora de escolher a passagem Obs: o aeroporto e o terminal rodoviario de Guayaquil são bem próximos um do outro. Dá pra ir de ônibus tranquilo. Saindo do aeroporto atravesse a passarela e pegue o metrovia que custa só U$0,25 e te deixa na porta do terminal 5 minutos depois. Outras opçoes pesquisadas: Private van (various companies on Av. Remigio Crespo in Cuenca new town and Terminal Bahia Norte next to Guayaquil bus station - $12 pp. or $80 for van and driver) Van de Cuenca a Guayaquil, direto, pelo caminho mais curto, ninguém entra, ninguém sai antes de chegar na cidade. U$12,00 / 04 hs Cuenca – Alausi - Riobamba 06:00 hs US$ 6,00 fui de Cuenca p/ Alausi, fiz Nariz del Diablo e segui p/ Riobamba depois do passeio de trem. De Cuenca para Alausi muitas opçoes de horarios, pois todos os onibus que vao para Quito ou Riobamba param em Alausi, sendo que o 1º sai as 03:20 e o último meia noite, entao não precisa se preocupar!Tem ônibus de Alausi para Riobamba a cada 30 minutos também. Riobamba – Banos U$2,00 e demora 2 horas porque o caminho mais rápido está fechado devido a ultima erupção do vulcão. Para pegar o ônibus tem que ir no terminal oriental (não no terminal normal), quem opera é a cia Sangay Banos – Latacunga Pode pegar qualquer onibus que vai para Quito, todos eles param em Latacunga, tem onibus de 30 em 30 minutos, por várias cias. Não anotei o valor, mas deve ser U$2,00 Latacunga – Quito: A viagem dura cerca de três horas e custa 2,50 USD, tem ônibus agora que sai do terminal rodoviário. LANCHAS EM GALÁPAGOS: É possível ir a ilha de San Cristobal e Isabela com ferries diários e a Floreana ( ferry 1 vez ao mês ou barcos particulares). Santa Cruz – Isabela: si 07:00 chega 10:00 ou sai 14:00 chega 17:00 Isabela – Santa Cruz: sai 06:00 chega 09:30 ou sai 15:00 chega 18:30 Santa Cruz – São Cristobal: sai 07:00 chega 10:30 São Cristobal – Santa Cruz: sai 07:00 chega 10:30 U$30,00 por trajeto Outra opção é fazer o trajeto de aviao, pelo que vi custa U$120,00 por trecho. Pra quem tem problema de enjoo é uma opçao. Eu acho que vale a pena se for fazer as 3 ilhas principais, sai de Santa Cruz para Isabela de lancha, depois para ir de Isabela para San Cristobal eu pegaria o aviao. Porque nao existe transporte direto entre as duas ilhas entao tem que voltar de Isabela para Santa Cruz e de lá pegar outra lancha para San Cristobal, perde um dia inteiro e vai gastar U$60,00. Por U$60,00 a mais ganha MUITO tempo e ainda tem a vista que deve ser maravilhosa! Para entrar na ilha de Isabela tem uma taxa de US5,00
  7. Fala, viajante!! No post anterior relatei todas as belezas e curiosidades sobre Cuenca, a lindíssima cidade equatoriana. Hoje é dia de continuarmos a viagem rumo a Quito. Apertem os cintos e vamos nessa! --- No meio do mundo (Quito, Equador) Estávamos na rodoviária de Cuenca e, depois de chorarmos um pouquinho o preço, compramos as passagens para a capital por US$ 10 na empresa Super Táxis que, apesar do nome, é uma empresa de ônibus. É importante lembrar que no dia da nossa chegada em Cuenca, ainda no posto de informações, a atendente nos deu uns papeizinhos com nomes e horários das melhores empresas de transporte que faziam a rota Cuenca-Quito. Nosso amigo Marcelo ficou responsável por eles, porém não conseguiu encontrá-los no dia do embarque. Eis que chega a hora de embarcar, eram quase 22h. Para ter acesso ao ônibus é necessário pagar a taxa de embarque, que é cobrada à parte, em uma máquina que fica localizada na plataforma. O pagamento só pode ser feito com moedas e adivinha? Não tínhamos nenhuma. Uma policial que estava por perto trocou algum dinheiro conosco para que pudéssemos embarcar. Se por fora o ônibus já não parecia muito bom, por dentro ele era terrível. As poltronas eram pequenas, quase não reclinavam e, pra piorar, uma barata passou ao lado da minha perna logo no começo da viagem. Mas calma, isso ainda não é tudo. Não demorou muito para que começasse a chover e eu, em uma noite sem sorte, fui premiado mais uma vez. Toda vez que o ônibus fazia uma curva mais fechada para a direita, uma goteira corria na minha direção. E foi assim que passei uma noite inteira mal dormida. Era de manhã bem cedo, o dia estava clareando e o busão ia se aproximando do nosso destino final. Desembarcamos sãos e salvos no moderno terminal rodoviário de Quito (o Terminal Terrestre Quitumbe). Pegamos um táxi por US$ 10 que nos levou o albergue El Hostelito, um local agradável cujo slogan é “a Pod experience!” (uma experiência no casulo) – isso porque as camas são realmente como casulos (ou cápsulas), fechadas com cortinas, o que é muito interessante por oferecer maior privacidade aos hóspedes. A diária custa US$ 14,25 e inclui wifi, toalha, café, chá e água, entre outros serviços. Como ainda era muito cedo, não podíamos fazer o check-in, então nos (des)organizamos rapidamente na sala de TV, tomamos um banho, um café da manhã basicão (pago à parte) e partimos. Caminhamos por poucos minutos até encontrar o ponto de ônibus na Avenida 6 de Diciembre (os mais próximos do albergue são: La Paz e Orellana), A passagem custou US$ 0,25 e, seguindo informações, desembarcamos na Estación Marín Central, no centro histórico, de onde começamos nosso passeio pela cidade. Subimos a ladeira da rua Chile – um calçadão que ocupa seis quarteirões, antes de dar acesso aos veículos – até a Plaza de la Independencia, onde chegamos ofegantes devido aos 2.850 metros de altitude. A praça, geralmente cheia de gente, possui um bonito paisagismo e bem no centro fica o Monumento a la Independencia (ou Monumento a los Heroes del 10 de agosto de 1809). Ao redor da praça ficam alguns dos prédios mais importantes da cidade, tais como: a Catedral Metropolitana de Quito que guarda os restos mortais do libertador António José de Sucre; o Palácio Presidencial Carondelet, sede do governo que, durante nossa visita, encontrava-se com a bandeira a meio mastro, em virtude das vítimas do terremoto; a Alcadía Municipal (prefeitura); e o Palácio Arzobispal que hoje funciona como um centro de compras. Continuamos pela Calle García Moreno até a próxima esquina onde fica a Iglesia de la Compañia de Jesús, a mais requintada igreja equatoriana – e que guarda o corpo da Santa Mariana de Jesús. Depois subimos a Calle José de Sucre até a Plaza San Francisco, em frente à Iglesia y Convento San Francisco cujo museu abriga mais de quatro mil peças, sendo um dos maiores museus religiosos íbero-americano. O complexo ainda revela a interessante lenda que, resumidamente, conta a história de um índio que se comprometeu a construir o átrio do templo mas não conseguiria entregar a obra no prazo combinado. Por esse motivo, o índio vendera sua alma ao Diabo em troca do término da construção. Em apenas uma noite a obra seria feita e o índio não parou de rezar à Virgem com medo de ir para o inferno. Eis que o Diabo apareceu mas ainda faltava uma pedra no átrio. Sendo assim, o pacto foi anulado e o índio se libertou. Até hoje, falta uma pedra no local. Confesso que a essa altura já estávamos cansados de visitar tantas igrejas e resolvemos tomar um táxi (por US$ 3) para irmos desde a Plaza San Francisco até El Panecillo, uma montanha natural que chega aos 3.000 metros de altitude e recebeu a Virgen de Quito, uma escultura de alumínio com 30 metros de altura (e mais 11 de sua base). O atrativo é conhecido como Virgen del Panecillo e a entrada para subir alguns lances de escada custa US$ 2. Mas atenção, a subida é apenas até o final da base, não sendo possível chegar ao topo da escultura. As vistas panorâmicas que se têm da cidade desde o mirante são incríveis. E na rua de trás da escultura há várias barraquinhas de suvenir. Para descer de volta à cidade, você pode combinar com o taxista para que ele aguarde ou pegar um ônibus. Nós aproveitamos a oportunidade e pegamos um ônibus que passava por lá e, por US$ 1, fomos até a Mitad del Mundo, um dos atrativos mais procurados pelos viajantes que visitam a capital. O trajeto (pouco mais de 30km) de busão durou cerca de 1h30 pois o complexo fica em San Antonio de Pichincha, ou seja, fora do perímetro de Quito. Ao chegarmos, vimos que o complexo é como uma cidade fictícia. Na bilheteria há duas opções de ingresso: US$ 3,50 pelo acesso à cidade (complexo) ou US$ 7,50 pelo Full Pass que inclui a entrada a todas as atrações: Museo Ecuatorial, Plaza del Cacao, Viviendas Ancestrales, Estación del Tren e Planetario. O grande destaque do complexo que, supostamente, está construído sobre a Linha do Equador (na Latitude 0°0’0”) é o Monumento a la Mitad del Mundo. Trata-se de um marco de quatro lados, medindo 30 metros de altura, que possui um globo terrestre em seu topo. Em cada um de seus lados está marcado um ponto cardeal (norte, sul, leste e oeste). A Linha do Equador é representada por uma estreita faixa amarela que atravessa o Monumento e divide, ao meio, toda a extensão do complexo. E, apesar de tantas trações disponíveis, é justamente essa linha que causa mais alvoroço entre os visitantes que tiram suas fotos com um pé em cada hemisfério. A verdadeira linha imaginária, no entanto, possui 5km de largura, mas isso não faz desmerecer o valor de uma visita ao local. Ah, não esqueça que você pode carimbar seu passaporte gratuitamente na entrada do Museo Ecuatorial (mesmo sem ter o ingresso)! Já era hora de almoçar e o complexo possui várias opções de restaurantes e os preços, ao contrário do que imaginávamos, estavam dentro da média entre US$ 6-8. Pedimos uma sugestão para um vendedor de uma das lojas de artesanato e ele nos indicou o Calima Café Restaurante. O local possui bom atendimento, boa comida e uma decoração retrô muito bacana – e muito nostálgica. Pedi uma pechuga a la plancha (peito de frango grelhado com salada, arroz e fritas) que veio antecedido por uma saborosa sopa de legumes. O pedido também já incluía um copo de suco. Depois do almoço fomos pechinchar um pouco pelas lojinhas e tirar mais algumas fotos ao redor do Monumento. No caminho da saída vi que havia uma agência de viagens que organiza passeios a partir do complexo, as opções são: Cratera do vulcão Pululahua (US$ 4 / 1h de duração) e Templo Rumicucho (US$ 5 / 1h15 de duração). Outro produto que eles comercializam (por US$ 2) é o certificado da visita a Mitad del Mundo – é legalzinho, caso você tenha esquecido de levar seu passaporte. Deixamos o complexo e estávamos procurando o ponto de ônibus para voltar a Quito, quando fomos interrompidos por uma gari: – Quieren coger la buseta? – perguntou ela. – Si, si. – respondemos prendendo o riso. E ela gentilmente nos mostrou o ponto que deveríamos pegar. Nós a agradecemos e, avistando o ônibus que já estava quase parando, começamos a correr enquanto gargalhávamos de uma das mais constrangedoras piadinhas idiomáticas. Pra quem não está habituado ao espanhol, buseta nada mais é que um ônibus pequeno, ou um micro como se costuma falar. É bastante comum ouvir e falar essa palavra mas ela realmente nos pegou desprevenidos. Bom, embarcamos no ônibus e pagamos apenas US$ 0,40 pela passagem. Após a longa jornada de volta ao centro, mesmo cansados, decidimos caminhar pelo centro para conhecer um pouco mais. Assim, passamos pela Iglesia de Santo Domingo e chegamos à pitoresca Calle La Ronda, uma ruazinha estreita que parece ter saído de algum filme antigo, ladeada por casarões coloniais finamente restaurados que abrigam restaurantes elegantes, lojas de artesanato e galerias de arte. Caminhar por esta ruela de paralelepípedos é obrigatório a qualquer viajante! Anoitecera e retornamos pela Calle Venezuela de onde podíamos ver, ainda que longe, a iluminada Basílica del Voto Nacional que visitaríamos no dia seguinte. Paramos novamente na Plaza de la Independencia para tirar algumas fotos noturnas e descemos pelo calçadão da Calle Chile. Com fome, paramos na lanchonete Caravana, um fast-food local e também padaria que vive cheio de gente. Exaustos, pegamos o ônibus para continuar até o albergue, mas pegamos o ônibus errado – e foi difícil desembarcar, pois ele estava absurdamente lotado. Nos horários de pico, outro ônibus (branco/vermelho) também circulava em alguns dos pontos onde já estávamos acostumados a pegar o nosso (que era apenas vermelho), e foi isso que gerou a confusão. Corrigimos o problema e algum tempo depois chegamos ao albergue. Descansamos um pouco, tomamos um banho e driblamos o cansaço para conhecermos o tão falado bairro Mariscal. Chegamos de táxi (US$ 3,50) até a Plaza Foch, um dos locais (senão o local) mais badalados da cidade, que reúne bares, restaurantes e baladas do momento. A praça é a união das quatro esquinas formadas pelas ruas Mariscal Foch e Reina Victoria. O detalhe é que, devido ao recente terremoto que abalara o país, bares e restaurantes estavam proibidos de vender bebidas alcoólicas e as baladas nem poderiam abrir. O luto e o respeito por lá é sério e havia fiscalização fazendo ronda. O consumo de bebidas, na verdade, era limitado a uma taça de vinho ou um copo de chope por pessoa, desde que fossem consumidos como acompanhamento de algum prato. Beber por beber, pura e simplesmente, de jeito nenhum. Esse fato gerou um momento de reflexão entre nós que, imediatamente, o comparamos à nossa realidade que é bem diferente – mesmo diante de luto oficial, não temos tais medidas por respeito. O que se ouvia por lá era que não havia motivo para beber ou fazer festa diante de tamanha desgraça e tristeza. E estavam certos. Sendo assim, escolhemos o Restaurante Bar e Lounge Q (sim, o nome é “Q” mesmo!) onde pedimos uma porção de canapés de salmão defumado (uma delícia, custou US$ 8,25) e nossa cota de chope, uma tulipa (por US$ 5) para cada – apenas para harmonizar. Feito isso, gastamos mais um tempo caminhando por lá antes de pegarmos um táxi de volta para o albergue (por US$ 3,00). No outro dia levantamos cedo e fizemos o check-out, pois havíamos decidido terminar os passeios durante o dia e seguir viagem antes do anoitecer. Ao lado do albergue havia uma quitanda onde compramos algumas bananas para começar o dia – apesar de ser um dos menores países do continente sul-americano, a produção de bananas do Equador compete com a brasileira. Seguimos em direção ao ponto de ônibus, mas desviamos o caminho ao ver uma padaria – afinal ninguém vive de bananas. A padoca era pequena (mas muito boa) e não havia mais lugares disponíveis. Pegamos nossos pães e bebidas para desayunar na mureta de um prédio do outro lado da rua. Depois, satisfeitos, pegamos novamente o ônibus (US$ 0,25) até Marín Central. A primeira atração do dia foram as catacumbas da Basílica del Voto Nacional. São corredores e mais corredores de túmulos sobrepostos, como se fossem gavetas, localizados no subsolo. No pátio lateral da igreja vários grupos folclóricos e musicais se apresentavam para incentivar as doações para as vítimas do terremoto. Foi uma experiência maravilhosa poder assistir às apresentações de grupos indígenas com suas danças e costumes típicos. Na fachada frontal da igreja, que é a maior das Américas no estilo neogótico, ficam as inconfundíveis torres com seus relógios e, em suas laterais, diversos animais nativos aparecem esculpidos, lhe dando uma característica própria. A entrada para a igreja custa US$ 2 e vale a pena para sentir a grandiosidade da obra e ver seus belos (e quase incontáveis) vitrais. Por US$ 2 também é possível subir nas torres da igreja, que garantem vistas ímpares do centro histórico e de toda a cidade de Quito. A primeira parte da subida pode ser feita de elevador, mas depois não dá pra fugir das estreitas e acrofóbicas escadinhas. Primeiramente subimos na torre central, cujo caminho inclui uma passarela por dentro do telhado da igreja e a vista garante as torres dos relógios ao fundo. Depois foi a vez de subir na própria torre do relógio (apenas uma está disponível para visitação) que proporciona as melhores vistas do centro histórico, fazendo-o parecer uma linda e colorida maquete. A torre ainda dá lugar a um elegante Café. Nós ignoramos a finesse e a vista panorâmica do Café da Basílica para almoçar no Mercado Central, onde provamos mais uma vez o famoso prato equatoriano, o hornado (porco assado) por US$ 2,50. E assim terminamos nosso passeio pela capital equatoriana. Fizemos o caminho de volta ao albergue para pegar as bagagens e mais tarde tomamos um táxi (US$ 10) até o Terminal Carcelén, de onde saem os ônibus para o norte do país. No terminal há uma quantidade incrível de barraquinhas de comida, onde garantimos nosso lanche pra viagem (lanche por US$ 1 e refri US$ 0,50). Nosso destino era Otavalo, pagamos US$ 2,70 pela passagem e a viagem durou cerca de 1h30-2h. A frequência de transporte entre as duas cidades é alta e há ônibus a cada 15-20 minutos para lá. No próximo post vocês conhecerão os detalhes da região de Otavalo, um destino que revela belezas naturais e tradições indígenas ancestrais!! Informações para facilitar o seu planejamento Táxi do Terminal Quitumbe até o albergue – US$ 10 Ticket de ônibus dentro da cidade – US$ 0,25 Catedral Metropolitana de Quito – Abre: seg/sáb 10h-16h. Entrada: US$ 3 / estudantes pagam US$ 2 / quem quiser visitar os domos paga US$ 6 Iglesia de la Compañia de Jesús – Abre: seg/qui 9h30-18h30, sex até 17h30, sáb até 16h, dom 12h30-16h. Entrada: US$ 5 / estudantes pagam US$ 2,50 / gratuita no primeiro domingo de cada mês. Site: http://fundacioniglesiadelacompania.org.ec/ Museo Iglesia y Convento San Francisco – Abre: seg/sáb 9h-17h30, dom até as 13h. Entrada: US$ 2 / estudantes pagam US$ 1. Este site não é oficial, mas conta várias versões da contrução do complexo – http://www.quitoadventure.com/espanol/relax-ecuador/lugares-turisticos-quito/iglesias-conventos/san-francisco-quito.html Táxi do centro até a Virgen del Panecillo – US$ 3 Virgen del Panecillo – Entrada: US$ 2 Ônibus desde Quito a Mitad del Mundo – US$ 0,40-1,00 Mitad del Mundo – Abre: todos os dias 9h-18h. Entrada: US$ 3,50 acesso ao complexo / US$ 7,50 pelo Full Pass que inclui todas as atrações (Museu Ecuatorial, Plaza del Cacao, Viviendas Ancestrales, Estación del Tren e Planetario). Passeios: Cratera do vulcão Pululahua (US$ 4 / 1h de duração) e Templo Rumicucho (US$ 5 / 1h15 de duração) Táxi do albergue a Mariscal (Plaza Foch) – US$ 3,00-3,50 Restaurante Bar e Lounge Q – tapas em geral US$ 5-8 e chope US$ 5 Basílica del Voto Nacional – Abre: todos os dias 9h-17h. Entrada: US$ 2 para a igreja e US$ 2 para as torres Táxi do albergue ao Terminal Carcelén – US$ 10 Passagem Quito/Otavalo – US$ 2,70 --- O post original com fotos está no blog Viajante Inveterado: http://viajanteinveterado.com.br/no-meio-do-mundo-quito-equador/ Leia todos os posts desse Mochilão pelo Peru / Equador / Colômbia: http://www.viajanteinveterado.com.br/indice-de-posts-mochilao-america-do-sul-ii/
  8. O nosso principal objetivo em visitar o Equador era subir o Cotopaxi. Para isso, planejamos um programa de aclimatação que é extremamente recomendado para aumentar o sucesso e diminuir as chances de ter o famoso mal de altitude. Quito foi escolhida como a nossa cidade base. Ponto de partida de todos os nossos hikings e subidas. Durante o tempo livre tentamos conhecer o que Quito tem de melhor. Dá uma olhada como foi. Quito Como chegamos Chegamos em Quito vindos do Canadá pela AeroMéxico. Gostamos bastante do serviço e a conexão na Cidade do México foi muito mais comoda do que se tivesse sido no Panamá. O voo de Toronto à Cidade do México e de lá até Quito tiveram duração de 4h e alguns quebrados cada um. Nada mal, não? Onde nos hospedamos Em todas as noites que passamos em Quito, ficamos hospedados no Centro Histórico. Exite uma corrente que diz para se hospedar no bairro La Mariscal. Eu entendo. Um bairro mais jovem, novo, mais vibrante durante a noite. Mas o Centro Histórico me agradou bastante. O hostel que ficamos foi o Masaya Hostel. Sem dúvida, o melhor hostel que ficamos até aqui, de longe! Limpo, organizado, repleto de serviços e conveniências e sua localização era perfeita. Pertinho das principais atrações do centro histórico e da calle La Ronda, conhecida pela sua noite agitada. O que fizemos CONHECEMOS O CENTRO HISTÓRICO DE QUITO Passear pelo centro histórico de Quito é uma experiência a parte. É considerado um dos mais bem preservados de toda a América Latina e de quebra é tombado pela Unesco, como o primeiro patrimônio cultural da humanidade em 1978. Quer mais? Os prédios históricos estão em excelente estado de preservação e o interior das igrejas é de impressionar, principalmente na Iglesia de la Compañía de Jesús e na Basílica del Voto Nacional. Tire um dia inteiro para conhecer tudo, é mais do que o suficiente. As principais atrações (no nosso ponto de vista), com destaque, são: Plaza de la Independencia: sente no banco da praça e veja a vida acontecer no centro da capital equatoriana. Palácio de Carondelet (residência oficial do presidente do Equador): se você tiver sorte, poderá ver a troca da guarda presidencial e quem sabe o próprio presidente do Equador, que costuma acompanhar a cerimônia. Catedral Metropolitana de Quito. Calle de las 7 cruces (Calle Garcia Moreno): 7 igrejas construídas umas perto das outra, elas fazem parte de uma das ruas mais charmosas de Quito. Visite uma por uma e termine o trajeto na Plaza de la Independencia. Iglesia de la Compañía de Jesús: a mais impressionante de todas as igrejas de Quito. Seu interior é totalmente folheado a ouro. Fotos não são permitidas e o acesso é pago (USD 10). Aqui também foi enterrado o corpo do presidente Gabriel García Moreno, um dos presidentes mais venerados do Equador. Plaza e Iglesia San Francisco: praça e igreja de mesmo nome, ambos valem a visita. O interior da igreja é também revestido em ouro, mas não como a Iglesia de la Compañía de Jesús. Plaza e Iglesia de Santo Domingo. Basílica del Voto Nacional: possui uma arquitetura gótica totalmente diferente das demais igrejas da cidade. Chega a lembrar a Catedral de Notre-Dame de Paris de tão imponente que é. O detalhe interessante é que você pode visitar os terraços da igreja que são acessíveis ao público. Dá pra ver a cidade de Quito de lá de cima. O único problema é conseguir subir, pois as escadas são bem estreitas e não é todo mundo que tem coragem de se arriscar por ali. USAMOS O TELEFÉRIQO Mesma regra vale para Bogotá. Se for a Quito, não deixe de ir ao TelefériQo. A forma mais simples de ir até a estação base do teleférico é de táxi. Do centro histórico até lá, uma corrida vai te custar no máximo 4 dólares. A viagem ida e volta custa USD 8.50 para estrangeiros. Entrada do teleférico de Quito. Além da vista incrível de Quito e dos arredores (se tiver sorte, vai poder ver quase todos os principais vulcões da redondeza), você pode lanchar ou fazer uma pequena caminhada até um dos mirantes. Entretanto, uma das coisas mais legais pra se fazer quando se usa o TelefériQo é subir até o cume do Rucu Pichincha (confere aí embaixo). SUBIMOS AO CUME DO VULCÃO RUCU PICHINCHA Se você curte uma boa caminhada com um pouco de adrenalina, sugiro fortemente você tentar subir o vulcão (inativo) Rucu Pichincha. A trilha é bem sinalizada na maior parte do tempo e o vulcão, com ponto mais alto à 4698 metros de altura, é uma das principais atividades de aclimatação se você almeja subir montanhas maiores no Equador. Foi o que fizemos e recomendamos bastante. Otaválo Otaválo vale a visita pois é uma cidade atípica. Além do mercado de artesanato, o que a maioria dos turistas vao ver, Otavalo e os seus arredores oferecem muito mais. Uma das coisas é a Laguna Cuicocha e os vulcões ao seu redor. Como chegamos Chegamos de ônibus, vindos de Quito (Terminal Carcelén). A passagem de Quito até Otavalo custou em torno de USD 2.5 por pessoa e durou 2h30 mais ou menos. A viagem foi tranquila e boa parte da estrada é duplicada. Onde nos hospedamos Ficamos no Hostel El Andariego, que ficava à algumas quadras da Plaza de los Ponchos, ponto principal da cidade de Otaválo. O hostel era simples, mas super limpo e confortável. Pagamos USD 23 por noite para um quarto privado sem café da manhã. Recomendo se você quer passar uma noite em Otaválo. O que fizemos MERCADO DE ARTESANATOS Principal atração da cidade de Otaválo. É considerado o maior mercado de artesanatos indígena do mundo. Funciona durante o ano todo e durante todos os dias da semana, mas se você quiser vê-lo em seu tamanho máximo, vá no sábado. Também nos sábados, acontece o mercado de animais. Não fomos nesse, só visitamos o de artesanatos mesmo e foi suficiente. O que muita gente não sabe é que durante a noite o mercado continua em funcionamento só que com barracas de comidas típicas de todos os tipos. Se puder dormir um dia por lá, vale a pena visitar o mercado noturno. Foi lá que encontrei pamonha, que os equatorianos chamam de Humita. LAGUNA CUICOCHA A Laguna Cuicocha é uma destinação completa. Além das belas vistas da lagoa (que é a cratera de um vulcão inativo), você pode fazer o hiking ao seu redor em uma trilha chamada Sandero de las Orquídeas (sim, lá existem mais de 10 espécies diferentes de orquídeas, por isso o nome). São 14 km de trilha bem sinalizada que são feitos normalmente entre 4-5 horas. A trilha é linda e fica linda durante todo o percurso, principalmente pela presença dos vulcões ao redor da lagoa. Para acessar a Laguna Cuicocha, você tem que pegar um ônibus de Otaválo à Cotacachi e parar em Quiroga. Lá, você vai pegar um táxi rumo à lago. Tudo por menos de USD 6. Iliniza Norte Os Ilinizas, um conjunto de duas montanhas que eram antigamente um só vulcão é um ponto turístico muito conhecido pelos amantes da altitude. Não é muito comum vir conhecer uma das duas montanhas sem ter um plano maior pela frente, como por exemplo subir o Cotopaxi ou qualquer outro vulcão/montanha da redondeza. Foi o que fizemos. Subimos o Iliniza Norte, a menor das duas montanhas com 5126 metros de altura. Vale a pena! Assim como o Cotopaxi, o acesso ao Iliniza é feito normalmente com uma agência. Cotopaxi O vulcão Cotopaxi é um dos principais destinos no Equador, pois oferece de tudo. É o vulcão mais ativo do Equador com 5897 metros. Para ter acesso ao Cotopaxi, normalmente você terá que contratar os serviços de uma agência. Para os curiosos, você pode subir até o refúgio e tomar um chá com bolo quentinho. Pros que querem descanso, você pode se hospedar em umas das várias haciendas e ficar admirando o silêncio e a vista. Você pode andar a cavalo ou de bicicleta pelo Parque Nacional Cotopaxi com o vulcão de plano de fundo. E para os aventureiros e corajosos, você também pode tentar descer parte do vulcão de bicicleta ou subir ao cume do vulcão. Subir ao cume do Cotopaxi não foi fácil, mas a experiência foi incrível e posso afirmar sem nenhuma dúvida que se você for ao Equador e não conhecer o Cotopaxi, você vai se arrepender muito! Vai por mim. Conclusão Essa primeira parte da nossa visita ao Equador foi muito intensa. A cidade de Quito, além de ser nossa base durante quase 10 dias, foi também a nossa casa. Foi uma bela surpresa e gostamos bastante de cada rua e atração. Não tenho nem palavras para descrever os arredores, as coisas que fizemos a partir de Quito. A mais marcante vai ser sem dúvida, ter subido ao cume do Cotopaxi. Só de lembrar, já dá saudade... Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
  9. Veja primeira parte (Iliniza Norte – A subida ao refúgio Nuevos Horizontes). Era hora do ataque ao cume do Iliniza Norte. 4h da manhã e começamos os preparativos. Colocamos as roupas, camada por camada, capacetes, lanternas e tudo que era necessário e nos sentamos na mesa para tomar café da manhã. O café foi básico mas bem potente. Aveia com iogurte, pão e café bem forte. Saímos bem alimentados e prontos para as próximas 6 horas de subida até o cume, à 5126 metros de altitude! Saímos e ainda era noite. Fazia menos frio do que o dia anterior, mas ainda sim, o frio incomodava. Ligamos a lanternas pregadas aos capacetes e iniciamos a trilha. Começamos a subida por uma parte arenosa na lateral da montanha, repleta de rochas soltas. Passamos o grupo que saiu minutos antes da gente e continuamos em frente. Em determinado momento, o sol começou a aparecer. Minha expectativa era que pudéssemos ver o nascer do sol la de cima, com vista privilegiada aos vulcões acima das nuvens, principalmente o Cotopaxi. Tinha visto vários vídeos incríveis e mentalizei aquele momento. Entretanto, a neblina tinha estragado meus planos. Não dava pra ver quase nada, somente um pequeno pedaço do caminho que devíamos percorrer. O vento e o frio foram aumentando e as pedras que antes estavam negras e um pouco úmidas, agora estavam cobertas por gelo e neve. Isso tornaria a subida mais cuidadosa e consequentemente mais perigosa. Pra completar, ventava forte, muito forte, cada vez mais forte. O nosso guia estava focado e tudo que mandava fazer, executávamos sem hesitar. Horas de subida e de pequenas escaladas, havíamos chegado ao famoso Paso de la Muerte, um paredão de rochas que para ser transposto, deveríamos descer um pouco e passar por um desfiladeiro e depois subir novamente. O cume ficava algumas centenas de metros dali. Hesitamos um pouco, mas o guia manteve o foco e nos encorajou. Fui o primeiro a descer. O guia se posicionou mais acima, segurando a corda, me ajudando a descer lentamente, pedra por pedra. Em alguns momentos eu não tinha nada além do meu corpo pra usar como apoio. Tinha que usar as mãos, descer o máximo possível e confiar que haveria outra pedra ali embaixo pra me acudir. Funcionou… Dá pra ver a cruz do Iliniza Norte atrás do guia. Passamos a parte mais complicada e depois de alguns minutos, em uma última escalada, chegamos ao cume. Diferente do Rucu Pichincha, a emoção não veio como esperado. Nenhuma lágrima, nenhum grito, nada. Um sorriso foi a única coisa que veio. De alívio eu acho. Tinha sido uma subida complicada. O vento batia forte e não perdoava. Minhas mãos já estavam quase sem movimento devido ao frio. Dava pra ver a cruz congelada atrás do guia, mas devido as condições climáticas, ele não deixou ir mais adiante para tocá-la. O terreno estava instável e o vento estava forte. Tiramos fotos com o celular, já que a maquina congelou de tanto frio. Essas são as únicas fotos que temos. Depois de alguns rápidos minutos, começamos a descida. A rota de descida seria outra. Não voltamos pelo refúgio, mas sim por uma rota alternativa, mais rápida pela lateral da montanha. Era um desfiladeiro de rochas e terra. Tínhamos somente que descer, descer e descer. A inclinação era tanta que mal dava pra estabilizar o corpo e a velocidade de descida. Caímos várias vezes pra resumir. Durante uma boa parte decidimos somente descer como um tobogã. Ajudou um pouco, mas não por muito tempo. Tínhamos que sair rápido dali, pois, o grupo que vinha logo atrás poderia jogar pedras sobre nós. Passado o sufoco, a trilha foi se nivelado novamente e alguns minutos depois já estávamos novamente na trilha principal, indo em direção ao estacionamento. Estava com a garganta bem ruim e ficando cada vez mais resfriado. Não pensava muito sobre isso. A cabeça só pensava em chegar logo e descansar. Teria que me cuidar e descansar bastante se quisesse ter chance de subir o Cotopaxi. Esse sim seria difícil, exigiria de nós mais esforço e preparo. Tiramos os próximos dias para descansar e torcer para que o corpo suportasse o último grande desafio. Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
  10. O dia começou bem cedo para nós. O motorista nos buscou as 8h da manhã e o nosso primeiro destino seria Machachi, uma cidadezinha a alguns quilômetros de Quito. Lá, nos encontraríamos com o nosso guia e acertaríamos os últimos detalhes para o Iliniza Norte. Não esperava nenhum grande esforço no primeiro dia. Seria um hiking de umas 4h até o refúgio Nuevos Horizontes (4700 metros de altura). Seria muito parecido ao do Rucu Pichincha que havíamos feito no dia anterior. De lá, no dia seguinte, faríamos o ataque ao cume do Iliniza Norte, com seus 5126 metros de altitude. Chegamos na entrada da reserva ecológica por volta das 10h30 e lá pelas 11h, começamos a subida até o refúgio. Estávamos um pouco cansados do dia anterior. Deu pra sentir o desgaste. Pra piorar, tivemos que levar muito mais peso do que o esperado, o que dificultou ainda mais a subida. O começo lembrava muito a trilha do Rucu Pichincha. Era praticamente a mesma paisagem. Vegetação rasteira, cor verde musgo e muita poeira. Alguns quilômetros depois, a neblina veio com força e a inclinação da trilha aumentou consideravelmente. Tínhamos que fazer ziguezagues constantes. Não via a hora de chegar, mas parecia que era interminável. A parte final seria uma grande montanha de areia cinza e pedras soltas. 1h de subida desgastante. Após vencer o último obstáculo, vimos uma casinha amarela bem distante. Era o refúgio Nuevos Horizontes, o primeiro refugio construído no Equador. Estava envolto em neblina. Também deu pra sentir que a temperatura havia caído drasticamente naquele ponto. Enfim estávamos no refúgio. Fomos os primeiros a chegar por incrível que pareça. O refugio era bem pequeno. Tinha uma pequena mesa e dois banquinhos de madeira bem na entrada. Vários beliches encostados uns nos outros, bem apertado e uma pequena cozinha, onde o administrador do lugar, "Gato", fazia a coisa funcionar. Não deu tempo nem de colocar as mochilas na cama e já tinha uma sopinha e um chá quentinhos nos esperando. O guia aproveitou o momento e disse que o refúgio aceitaria mais pessoas do que o normal e teríamos que dormir nós 3 juntos em uma cama para 2. "Sem problemas", pensei sem refletir muito. Terminamos a sopa e logo fomos tirar uma soneca. Isso era por volta das 14h da tarde. O silêncio estava maravilhoso. Dava pra ouvir o coração batendo tentando levar oxigênio pra todo o corpo a mais de 4700 metros de altitude. Isso tem seu preço. O corpo usa muito mais rápido o líquido que entra e por conta disso, a vontade de fazer xixi é quase instantânea. E não é qualquer xixi, é muitooo xixi. Bom, uma hora depois, outros grupos foram chegando. O silêncio deu espaço ao barulho. Conversa pra lá e pra cá, e nós ali deitados, tentando descansar ao máximo para o dia seguinte. Foi então que a vontade de ir ao banheiro veio. O banheiro ficava no lado de fora. Eram duas cabines bem rústicas, sem luz e bem sujas. O que esperar além disso? Vamo que vamo. A aventura de usar o banheiro nessas condições poderia render um post separado, mas vou deixar a sua imaginação fazer o resto. Voltando ao refúgio, era hora do jantar. Nos sentamos na mesa com um grupo de mexicanos e começamos a comilança. Uma das meninas virou pra mim e disse "ça va?". Fiquei meio confuso. Sei falar francês mas esperava um "¿Como estás?". Olhei com cara de bunda pra ela e logo veio a pergunta "De onde vocês são?". Prontamente disse que era brasileiro e todos os mexicanos falaram "HA! eu disse, ou eram brasileiros ou franceses!". Foi a deixa para muita conversa e troca de experiências. Voltando ao jantar, uma sopa veio como entrada. Era uma sopa de legumes neutra. Tinha pedido um cardápio sem lactose. Gato virou para mim e perguntou, pode ter um pouquinho de leite? Ou aceitava ou não comeria nada naquela noite, então disse que não tinha problema. O prato principal foi frango cozido, arroz quentinho e abacate maduro. Uma delícia! Pra finalizar, pêssegos em calda. Tudo acompanhado com chazinho quentinho. O jantar elevou a nossa moral em todos os sentidos. Voltamos para a cama e tentamos descansar até as 4h do dia seguinte. Não deu nem 1h depois do jantar e já estava com vontade de ir no banheiro de novo. E lá vamos nós novamente. Sair do saco de dormir, vestir a bota e encarar o frio do lado de fora pela vontade de fazer xixi que era interminável. Era quase 1 minuto de xixi, coisa que nunca tinha visto na vida. O corpo parecia está em seu modo de sobrevivência, produzindo xixi em uma taxa acelerada para se manter em funcionamento. Essa teria sido a última ida ao banheiro antes do ataque ao cume. De volta a cama, coloquei novamente o saco de dormir e dessa vez o guia se juntou a nós. Lembra que dormiríamos 3 em um lugar de 2? Pois eu tive que ficar no meio, entre o guia e a Gabriela, por motivos óbvios. Só não contava que seria espremido durante horas noite a dentro. Resolvi dormir do lado contrário e foi assim que consegui recarregar minhas energias até as 4h da manhã, quando acordamos para atacar o cume do Iliniza Norte. Veja a segunda parte (Iliniza Norte – O ataque ao cume) Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
  11. Acordamos bem cedinho, preparamos o café e pedimos o táxi até o teleférico de Quito na recepção do hostel. Tentaríamos subir ao cume do vulcão Rucu Pichincha. Deixamos tudo preparado no dia anterior para não perder tempo. Queríamos chegar no máximo às 9h da manhã, hora que o teleférico de Quito (chamado TelefériQo) abriria naquela terça feira, 1 de janeiro. Saímos do teleférico rapidamente e logo começamos a trilha. Ela começa indo para a esquerda, subindo umas escadarias por trás de um prédio. Dali pra frente, não tem muito erro. Foram quilômetros e quilômetros de subidas intermináveis, mas como estávamos dosando os passos, não foi nada complicado. Eu diria que a trilha ao cume do vulcão Rucu Pichincha é dividida em três partes. A primeira parte, a mais longa, é composta de um hiking moderado em uma trilha bem sinalizada. É a parte mais tranquila de toda a trilha. A vista que tínhamos de Quito e das montanhas ao redor era incrível. Dava pra ver todos os principais vulcões do Equador no horizonte, principalmente o Cotopaxi, imponente, majestoso, surgindo ao fundo da cidade. Além disso, a vegetação era muito característica. Era praticamente rasteira com algumas árvores e flores que nunca tínhamos visto. Parecia um cenário dos senhor dos anéis. Dá pra ver bem no meio da foto onde começava a parte das rochas. A segunda parte da trilha começou lá pelo 3.5 quilômetro. Estávamos mais perto do cume do vulcão Rucu Pichincha, e lá, as coisas começaram a ficar mais complicadas. A trilha foi deixando de ser fácil para ser tornar somente um filetinho de terra na encosta do vulcão, composto principalmente de pedras soltas, alguns pequenos rochedos (que tivemos que escalar) e areia escorregadia. Um paredão de pedras negras surgiu mais a frente e o vento aumentou consideravelmente, assim como a temperatura ficou um pouco mais baixa. Até esse ponto, nada que nos assustou o bastante para nos desmotivar de continuar e alcançar o cume. E finalmente, a terceira parte e mais complicada de todas. Até ali, não sentimos em nenhum momento o efeito da altitude (estávamos a mais de 4000 metros de altura) e o corpo respondia a todos os comandos. Foi na terceira parte que tivemos a ideia de esforço. Depois de contornar o paredão de rochas negras, um enorme desfiladeiro de areia e pedras apareceu. Muito grande. Começava justamente bem perto ao cume e descia praticamente por todo o vulcão. A trilha ali já não tinha mais sinalizações que faziam sentido e cada um tentava subir da maneira que dava. Isso incluiu a gente. Começamos a subir e vimos que ninguém tinha ido atrás de nós. A pergunta ficou no ar: "Só a gente está certo?". Demos meia volta, descendo quase que esquiando sobre a areia para acompanhar o grupo de pessoas que subiam com a gente. Depois de alguns minutos de trilha incompreensível, chegamos de fato ao paredão de rochas negras. Não tínhamos escolha, era subir ou subir. A inclinação passava dos 50 graus na maioria dos trechos. Começamos a subida, pedra por pedra, com o maior cuidado possível, pois qualquer deslize poderia ser fatal. Em um dado momento, não sabíamos mais como subir. Lá do alto, um equatoriano gritou, desceu alguns metros e nos ajudou a encontrar o melhor lugar para escalar. Foi muito gentil e nos ajudou bastante! Antes disso, estávamos quase pensando em desistir, com medo da inclinação e da dificuldade da subida. Além disso, algumas pedras que se desprenderam quase nos acertaram. Mas essa ajuda nos trouxe mais ânimo e alguns minutos depois, chegamos ao cume, a incríveis 4698 metros de altitude, nosso recorde até então. A emoção era tanta, eu e Gabriela nos abraçamos e começamos a lacrimejar. O abraço foi demorado, quase de alívio por ter chegado vivo ali em cima. Não conseguíamos acreditar que tínhamos chegado ao cume do Rucu Pichincha. A sensação foi intensa, uma alegria imensa de mais um passo cumprido rumo ao objetivo final. Vulcão Guagua Pichincha, um dos mais ativos do Equador. Nos sentamos, comemos e descansamos um pouco. Percorremos toda a extensão do cume e tiramos várias fotos. Lá no alto, encontramos um guia que levava um grupo de americanos ao cume. Era do Equador (se chamava Alejo) e parecia super doido. Conversando com a gente, ele disse que já percorreu todo o Rio Amazonas saindo do Equador de barco e em suas próprias palavras: "foi uma coisa de louco!". Só ouvindo pra acreditar. Ele também nos ajudou nos informando a melhor rota pra descer o vulcão. Ficamos por mais alguns minutos no cume e resolvemos descer. A descida foi mais tranquila do que a subida, mas devido ao cansaço um pouco mais perigosa. Em um determinado momento, quase despenquei de um rochedo por não ter ponto de apoio para os pés. Mas não passou de um susto, se não não estaria aqui para contar a história. Vulcão Cotopaxi ao fundo com os seus 5897 metros. A trilha de volta dava uma visão limpa e direta do Cotopaxi. Foi praticamente nosso companheiro durante toda a descida. Algumas horas depois, estávamos novamente no teleférico, prontos para descer e descansar. Teríamos mais um grande desafio no outro dia: o Iliniza Norte. Mais sobre o Rucu Pichincha Rucu Pichincha, que significa "velho vulcão" em Quéchua, é um vulcão inativo localizado nos arredores de Quito. Seu cume está a 4698 metros de altitude em relação ao nível do mar. Sua última erupção foi em 1859 causando destruição à cidade de Quito na época. A trilha (ida e volta) ao cume é em torno de 10 km e pode demorar de 4-5 horas para ser percorrida. O Rucu Pichincha é também um dos melhores pontos de partida para aclimatação se você pretende fazer outras montanhas no Equador 👍. Mais sobre o TelefériQo O teleférico da cidade de Quito é um feito que traz orgulho para a população local. Ele é o meio de transporte mais acessível para quem quer subir ao cume do Rucu Pichincha. A entrada para estrangeiros (em 2018) custava USD 8.50. Para saber mais sobre horários de funcionamento ou como chegar a estação do teleférico da forma mais simples, você pode acessar o site teleferico.com.ec. Subir o Rucu Pichincha é seguro? Um tópico muito recorrente relacionado ao Rucu Pichincha é a questão da segurança. Anos atrás, turistas eram desaconselhados a fazer o hiking ao cume do vulcão devido a falta de segurança na trilha. Vários relatos de assaltos e violações graves foram reportados em fóruns, principalmente por volta do ano de 2010. Entretanto, o governo local tomou várias providências e agora a trilha é completamente segura e altamente frequentada por turistas e locais. Ainda se recomenda fazê-la em grupo (mais de uma pessoa). Já com relação à segurança ou dificuldade da trilha, eu diria que é de moderado a difícil. Não são exigidos nenhum equipamento técnico de escalada, mas a precaução é sempre bem-vinda, principalmente na parte final da subida ao cume. Como a trilha não é bem sinalizada nessa parte, a subida fica complicada. Além disso, existe o perigo constante de pedras caírem do alto e atingirem as pessoas que vem abaixo. Eu recomendaria a utilização de um capacete de escalada no mínimo ☝. Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
  12. Por que Equador? A escolha da vez para nossas férias de 10 dias estava entre Equador e África do Sul. Equador era um dos poucos países em que não havíamos colocado os pés na América do Sul (os outros são a Venezuela, e infelizmente acho que vai demorar para irmos lá, e aqueles 3 menos conhecidos ao norte), é o país de Galápagos, de Quito e seu belo centro histórico. África do Sul teve bastante promoção por conta de a TAM inaugurar rota para lá, mas a logística era bem ruim, nos faria perder uns 2 dias de viagem (1 ida, 1 volta), o que é precioso numa viagem curta. Acabou que a Copa lançou promoção para Equador e fechamos. Se vamos ao Equador, teríamos de ir a Galápagos. Isso era lei. Então decidimos que a viagem seria a Galápagos, o máximo que fosse. Mas com ao menos um dia em Quito tb. Eu tinha tentado bastante com TAM e Avianca um bilhete ida e volta até Galápagos com pausa de 2 noites em Quito. Os preços em ambas eram exorbitantes. Maiores que se comprasse separado a ida e volta para o Equador com Copa e Galápagos com eles. Então assim fiz, comprei separado. Não que tenha ficado barato, pelo contrário – Galápagos é uma viagem cara – mas saiu mais em conta do que priorizar uma das duas cias aéreas. Promoções para Galápagos são relativamente raras, e nós tínhamos datas específicas para viajar. Ou seja, os custos aéreos foram altos. Roteirizando Para curtir Galápagos a ideia era arrumar algum barco cujo roteiro nos satisfizesse e que coubesse no prazo em que estaríamos por lá. Chegar em Puerto Ayora, descolar esse barco, e curtir os dias que restassem fazendo passeios. Esse era o Plano A. Caso não rolasse, eu teria um plano B já pronto para rodar entre as 3 ilhas principais (Santa Cruz, Isabela e San Cristobal) durante os nossos dias por lá. Mas acabei não fazendo esse plano pormenorizadamente antes – na verdade bolei +- um roteiro enquanto esperava a conexão no Panamá! Mas não haveria erro. A minha ideia é sempre maximizar o tempo disponível, pq sei que, por mais que se queira voltar a um lugar, raramente se volta. Lembro-me de ter ido a Torres Del Paine em 2008 e de ter ficado maravilhado com o lugar, de fazer planos de voltar e percorrer o circuito W do parque. Até hoje não voltei – a prioridade é conhecer novos lugares. Daí maximizar o tempo disponível onde quer que eu esteja. E o plano B traçado para Galápagos nos proporcionaria o melhor das três ilhas mais habitadas da região, já com passeios pré-determinados para cada dia. Fomos, então, confortáveis para lá: qq das opções nos atenderia. Por acreditar que conseguiríamos um barco saindo de Puerto Ayora, acreditei que o barco retornaria e terminaria no mesmo lugar, então comprei passagem de ida e saída para lá. Mais tarde consegui trocar para sair de San Cristobal, que foi onde ficamos depois do cruzeiro (sim, nós descolarmos um!). Roteiro bem resumido D1 – Guayaquil (chegada à tarde) D2/4 – Galápagos - Puerto Ayora D4/7 – Cruzeiro por Galápagos D7/10 – Galápagos – San Cristobal D10/12 - Quito Tínhamos 10 dias de férias, com 2 do fim de semana, 12. Saímos na madrugada do 1º dia e chegamos na manhã do dia seguinte ao 12º, já dia de trabalhar. Orçamento Eu teria chutado a faixa de 75USD/dia para o Equador, não fosse por Galápagos. Com Galápagos o orçamento precisa de reforço. Sobretudo se vc quiser fazer cruzeiro, o que era nosso objetivo. Aí precisa de muito reforço! Em 12 dias gastamos 1.600 USD cada, incluindo 700 USD de cruzeiro. Isso inclui todos os gastos de viagem no local (alimentação, passeios, hospedagem, transporte e as cervas nossas de cada dia), exclusive passagens aéreas, que foram compradas antecipadamente. Voos (rota – aérea – preço por pessoa) Rio – Panamá - Guayaquil / Quito – Panamá – Rio (Copa) – 1.600 BRL Guayaquil – Baltra (Latam) – 1.400 BRL *Baltra – Quito (Avianca) – 1.700 BRL *Compramos o voo direto da Avianca para Quito, mas eles cancelaram o voo, nos jogando em outro com escala em Guayaquil. Até foi bom, pq isso nos permitiu alterar o aeroporto da volta para San Cristobal. Hotéis Dessa vez com breves comentários. Como sempre, priorizamos a localização, em seguida o menor preço (aliado a boas avaliações; ou ainda, aliado a não muitas avaliações ruins) - Malecon Inn (Guayaquil) – 40 USD – bem guerreiro. Talvez existam melhores opções de custo-benefício na região próxima ao Malecon. De qq forma, nos atendeu. - El Descanso del Petrel (Puerto Ayora) – 45 USD (depois um downgrade para 30 USD) – galera muito legal, mas acho que há opções com melhor custo-benefício na região. - Hostal San Francisco (San Cristobal) – 25USD – guerreiro, de frente para o malecon, ótimo preço! - Posada del Maple (Quito) – 37 USD – simples, aconchegante e numa rua muito calma de Mariscal. O melhor da viagem. Com exceção de San Cristobal, todos os outros foram reservados previamente via booking.com. Leituras de viagem - Lonely Planet - Ecuador - Relato da deiafranzoi – Deia está sempre à minha frente! - Relato do Fmatsusaki – Esse cara deve ser uma ótima companhia de viagem, altíssimo astral. - Relato do EdJr – Pouco tempo antes de ir, deparo-me com esse excelente relato! [há outros ótimos relatos no mochileiros, e acho que li todos; os 3 acima foram referenciais e os levei impressos – me acompanharam por quase toda a viagem] - Vanessa Barbara – No zoológico de Darwin – Cerca de um mês antes da viagem eu estava folheando a Revista Piauí que acabara de comprar qdo vejo essa matéria. Foi outro texto que li, reli e imprimi para levar para a viagem, onde reli mais vezes. (tenho certa mania de reler ótimos relatos, sobretudo depois de ter ido nos lugares)
  13. Olá, vou para Quito em junho e a principio pensei no seguinte roteiro: Porém estou com algumas duvidas: É possível fazer Vulcão Cotopaxi e Lagoa Quilotoa no mesmo dia e por conta, apenas contratando o guia obrigatório? Caso não seja alguém tem dica de agências que façam esse passeio? Mitad del Mundo, Otavalo e Termas Papallacta são possíveis de chegar de ônibus por conta própria? Alguém tem dicas de outros lugares bacanas para conhecer? Obrigada!!!
  14. Com 4 dias para o Réveillon 18/19, tínhamos várias opções em mãos. Uma delas era rever Quito, mas dependia de uma promoção, ou ao menos de uma tarifa razoável da Copa. Que rolou, enfim. Meses depois a Gol começou a voar direto para lá, mas partindo de São Paulo e nem todos os dias da semana. Para os dias em Quito, a ideia era fazer alguns passeios nos arredores. Sobretudo Cotopaxi. Tentei muito um tour para Cotopaxi para a 2ª feira dia 31. Ninguém saía naquela data. Dadas as condições (frio, altitude, caminhada), Katia também começou a dar pra trás e não querer ir. Então deixamos de lado. Mas rolaria Quilotoa. Chegamos e logo pegamos o taxi para a cidade. Preço fixo de 25 USD. Chegamos rápido a Mariscal, largamos as coisas na pousada e partimos para rever a cidade. Primeira parada, Plaza Foch. Aproveitamos para perguntar algumas coisas na banquinha de informações turísticas que tem lá, e fomos muito bem atendidos. Muita simpatia, tanto da moça quanto do segurança/policial da área. Ela deu dicas do réveillon, de como chegar a alguns pontos que tínhamos mapeado, e tal. Logo fomos então conhecer a Olga Fisch Folklore, que é na verdade uma loja de design, mas que pode ser encarado também como um museu. Muito bacana, e bem caro – as coisas são visivelmente de alta qualidade. Dali pegamos o busum para perto da Capilla del Hombre. Descemos e pegamos um taxi baratinho, tudo conforme a moça das informações tinha nos sugerido. A Capilla del Hombre faz parte de um complexo onde morou o artista Oswaldo Guayasamín. Fizemos primeiro um tour bem bacana pela casa dele, hoje Fundação Guayasamín, e depois um outro tour no anexo, a própria Capilla, que é um enorme espaço dedicado à arte dele. Ambos espaços muito legais, repletos de obras de arte. Encerrado o passeio, não conseguimos taxi para voltar. Voltamos andando e pegamos o busum em direção ao centro. Ideia foi rever aquelas praças e igrejas históricas da cidade. Não entramos em todas as igrejas novamente (algumas são pagas), apreciamos de fora mesmo. Quito tem um centro histórico muito bacana. Encerramos o passeio já de noite por La Ronda. Dessa vez estava bem cheio. Rodamos bastante por lá, demos uma pausa, tomamos alguns canelazos. Divertido ver a galera chamando para os restaurantes, e depois pegamos taxi de volta pra Mariscal. Domingo foi o dia de tour a Quilotoa. Saímos cedo para o ônibus, que parte de perto da Plaza Foch. Vários ônibus partem daquela região de manhã cedo, basta vc identificar em qual lista vc está. Fomos praticamente os últimos a chegar – mas dentro do horário --, então ficamos lá no fundão. Tem um guia, que faz apresentações gerais e tal, e vimos que a maioria da galera era americana. Primeira parada do tour é num mercado enorme que eu tinha anotado como sendo o de Saquisili, mas... que agora tenho dúvidas se não foi o de Pujili. Seja lá qual tenha sido, foi bacana. Circulamos um pouco para aquele people-watch inicial. Depois fomos às compras. Compramos morangos, amora, banana, chocolate e rapadura. Tudo muito barato. Tudo custa 1 dólar, e ainda pedíamos apenas meia porção. E as frutas bem bonitas e saborosas. Parada seguinte foi numa casa indígena no meio da estrada. Eu fico meio constrangido com essas visitas, me remete diretamente à mesma atividade turística que se faz na Amazônia (“visita à comunidade indígena”), de modo que deixei o tempo passar. Fiquei vendo a criançada parando os carros na estrada e cobrando pedágio (para o réveillon, e isso ocorria em diversos locais). E, enfim, Quilotoa. Previsão para aquele dia era de chuva. E de 4 graus de temperatura. Chegamos a pegar cerração pesada no caminho. No local, o céu estalava de azul. Fazia algum frio, mas muito acima de 4 graus. Amem. Logo do alto se tem a melhor visão do espetáculo que é a lagoa de Quilotoa. É de babar. De não querer sair dali, de não retirar os olhos daquele cenário. E, claro, fotos e mais fotos. Mas é chegada a hora de descer até a lagoa. Sob tempo contado, porque depois tem de subir tudo de volta. Com a altitude para somar, galera recomenda reservar o dobro, ou mais, do tempo de descida. É justo. Ou subir de mula, coisa que não faríamos – e não fizemos. Descer é, de fato, muito fácil. Apenas ter cuidado com alguma eventual escorregada (é bem inclinado) e com as mulas subindo eventualmente em velocidade acima do razoável. Além, claro, das inúmeras pausas para fotos e para contemplar novos perfis daquele lugar. Fora isso vc desce pulando e correndo, se quiser. Nós demoramos a descer, por conta das paradas para fotos e contemplação. Levamos um pouco mais de meia hora. Lá embaixo curtimos um pouco a lagoa, contemplamos ainda mais o visual e aproveitamos para comer um pouco das frutas que compramos. Tem camping por lá, havia uma galera meio “local”. E havia caiaques também. E logo voltamos inclinação acima. Já disse, mas repito: é bem inclinado. Estava seco, fazia muita poeira. Mas muita mesmo. Roupas (e narinas, e até a boca) sofreram. Fomos subindo aos poucos, evitando parar, mas paramos algumas vezes, pra descansar mesmo. Altitude tem seu peso. E nesse ritmo levamos 50 minutos para subir, com uma ou outro parada para fotos. Chegamos +- na hora programada, mas o local de almoço ainda não estava disponível, atrasou um pouco. Almoço foi bom, e logo depois partimos de volta. São 180 kms de distância, coisa de 3 horas. Depois da caminhada + almoço, bateu aquele bode bacana no busum e chapei. Dependendo da disponibilidade, acho que valeria uma noite no lugar. Tem pousadas por lá, acho que não tem outras atrações que não a lagoa em si (e nem precisa!), mas curtiria contemplar aquele lugar por mais tempo. E evitar as horas de estrada num único dia. De volta a Mariscal, fomos direto para a pousada tirar, e isolar, nossas roupas entorpecidas de poeira e tomar um banho merecido. Na janta, vimos que Mariscal simplesmente morre nos domingos à noite. Quase nada aberto, completamente diferente do dia anterior. Mas felizmente encontramos um bar mexicano, que salvou a noite. Segunda-feira dia 31 foi dia de finalmente conhecer La Mitad del Mundo. Fomos procurar o transporte que teoricamente sairia da Plaza Foch a cada hora pela manhã, mas não vimos nenhum. Talvez porque fosse dia 31. Então fomos de esquema busum mesmo, andando até a Av. Amazônia. Foi dica da simpaticíssima moça da banca de informações turísticas na Plaza Foch. O transporte custaria 5 USD para cada. O esquema busum custou 40 centavos. É muito barato. No caminho passamos pela Av. Amazônia, palco das festividades do dia 31. Estavam armando diversos palcos alegóricos. Pareceu bacana, ficamos no pique de voltar para ver como era. O esquema busum (precisa descer num terminal e pegar outro ônibus, e as pessoas são muito solicitas ao informar) leva 1,5 hora e larga vc a várias quadras da Mitad. Ao menos o busum que pegamos. Mas é tranquilo andar. Ficamos quase 4 horas curtindo a Mitad. É meio que um shopping (pago) a céu aberto, com algumas atrações (inclusas no preço). Tudo isso, claro, além do barato de estar na suporta metade do mundo. O perfeccionismo mais recente identificou que a metade fica a alguns metros de lá. Mas... e daí? Vale pelo barato de estar lá. Além do monumento na dita metade do mundo e de diversas lojas, o lugar tem alguns pequenos museus e salas de exposições. É bacaninha, curtimos. Na volta pegamos o tal transporte dedicado de 5 USD, que levou metade do tempo para nos levar de volta. Vimos muitos homens fantasiados de mulher pelo caminho, pedindo pedágio nos sinais de trânsito. O motorista negava e ficava numa boa. Mariscal estava cheia. Fomos direto para a Av. Amazônia. Estava lotaaaaaaada. Muito bacana, maior galera fantasiada. Alguns cobravam de meio a 1 USD para tirar foto, outros pediam contribuição voluntária, e outros apenas curtiam que vc tirasse foto com e/ou deles. Parecia na verdade um grande Halloween em pleno dia 31. Muitas famílias com crianças. E três palcos ao longo da longa avenida. Mesmo lotado, era possível caminhar – devagar e com as massas. Fomos de ponta a ponta ida e volta, um barato. Sol a pino. Em contraste com o que habitualmente vemos no Brasil, vi muito pouca gente com cerveja na mão. Mas recebi oferta, em alto e bom tom, de cocaína (!!) por um cidadão. Nem olhei para o meliante. A área era bastante policiada – cheguei até a fotografar um grupo de guardas que perceberam a foto e sorriram. Outra coisa que vimos muito nessa época por lá eram carros levando um boneco amarrado no capô. Esses chamavam mais a atenção, mas na realidade havia outros tantos bonecos espalhados aqui e ali. Acho que seriam posteriormente queimados na virada de ano, representando deixar para trás o que foi de ruim. Veríamos essa queima mais tarde. Além desses, havia homens vestidos de mulher espalhados pelas ruas. Meio tipo Carnaval, mas alguns deles pediam pedágio nos sinais. Era bacana identificar essas coisas que não temos por aqui, ao menos não no réveillon. Depois de algumas horas curtindo a avenida indo e voltando, fomos dar uma pausa para recarga em algum lugar mais afastado, mas logo retornamos para a festa. Escolhemos ficar perto do palco (cheio pacas) curtindo os shows locais. Galera tava empolgada. Jantamos, voltamos para a pousada, e saímos de volta umas 23hs para ver o que rola na virada de ano. Fomos novamente até a Av. Amazônia para ver o agito e... um breu! Toda aquela galera, toda aquela festa se esvaiu. Galera curte de dia, de noite vai para casa, pelo visto. Maior contraste! Então ficamos na Plaza Foch, que era onde efetivamente havia gente. Reveillon da turistada rolou por lá mesmo. Muitos “Globos del Deseo”, que eram balões que a galera tentava levantar – não vi nenhum subir direito. Ainda tinha gente fantasiada, algumas mulheres com arco de unicórnio e outras paradas. A Plaza tava bastante policiada, bem tranquila. Havia espaço de sobra para circular (tudo indica que os locais curtem a virada de ano em casa mesmo). À meia-noite a galera começa a queimar os bonecos. Taca álcool e taca fogo. Um deles era o indefectível Maduro, que foi muito homenageado com palavras de baixo calão. E, em meio ao fogaréu dos bonecos, galera começa a pular a fogueira. O fundamento é pular o que se está deixando para trás. Mas acaba virando uma grande diversão geral. No dia 1 fomos no teleférico. Curtimos novamente, estava mais aberto dessa vez. Chegando cedo, muito pouca fila. Tentamos uma trilha, mas acabamos desviando muito do alvo e voltamos. Curtimos a caminhada e o visual. O esforço naquela altitude é evidentemente redobrado. Descemos e paramos no parque La Carolina. Fomos caminhando e conhecendo o parque, que estava cheio naquele 1º de janeiro. Uma pista de atletismo (pública) me parecia excelente, do tipo que nunca vi parecida no Brasil. Fomos andando em direção a Mariscal, passamos pelo Jardim Botânico e... estava aberto! Sempre acho que tudo vai estar fechado no dia 1º (teleférico não!), e eis que o jb nos surpreende. Então vamos, claro. E o lugar é bem bacana, curtimos bastante. Com destaque para uma belíssima área de bonsais, mas que infelizmente acabamos tendo de acelerar para seguir para o aeroporto. E assim foi mais um Réveillon e algum canto do mundo!
  15. Nunca fiz relatos, mas como todas as informações que me ajudaram tirei daqui talvez meu relato ajude alguém ou não porque eu não planejo viagens, compro a passagem, reservo a primeira hospedagem e vou. Não incluí a Galápagos por motivos de $. Tentei resumir ao máximo, quase sempre sem sucesso 1º dia - 31/10/2015 - Ida Sábado embarquei às 6:50h, por algum motivo assim que cheguei ao aeroporto de Guarulhos senti um enjoo muito forte e também muita dor de cabeça, pode ser porque não dormi ou algo que comi, mas a viagem não foi boa. O voo linha escala em Lima. No voo de Lima a Quito continuei muito mal mas sobrevivi. Chegando no aeroporto de Quito o ônibus que leva ao aeroporto Velho de Quito que é mais próximo de centro fica logo à direita, não tem erro, mas como a viagem de ônibus seria longa preferi ir de táxi o que custou U$27.17. Li que fora do terminal é mais barato mas tenho minhas dúvidas, são 42km de distância e não usam taxímetro a menos que a gente insista muito, nem quis tentar porque eu estava muito mal. Estava chovendo e foi quase 1h de táxi até o hotel. Descansei por umas 2h e saí para andar um pouco e comer. Eram umas 17:30 e me espantei com o frio, bem maior do que eu esperava, 8ºC e nem era noite ainda. Em Quito fiquei hospedada no Hotel Real Providência, muito bem localizado, ao lado da Praça Santo Domingo e a umas duas quadras da Plaza Grande, eu não planejei quase nada da viagem, o hotel era bom, mas não valia o preço, valeria muito mais ficar numa pousada ou hostel mas não sabia o que me esperava, de longe o maior gasto da viagem foi este hotel. Na Plaza Grande e me espantei com a escuridão mas dei umas voltas e quando voltei as luzes já estavam acesas e rolava um show ao vivo bem animado, música local muito boa, pessoas dançando, bem divertido, todos os dias passei por lá sempre tinha alguma coisa acontecendo. Jantei em uma lanchonete próxima a Praça Grande por R$4,50. Passei em um mercado para comprar itens básicos que nunca trago e imediatamente me arrependi tudo muito caro... creme dental por U$4 o hidratante mais barato por U$6... Mas o problema sabemos que é a desvalorização do Real, um ano atrás eu teria achado tudo bem barato. Como estava muito frio e ainda estava mal fiquei mais uns 15 vendo o show na Praça e fui dormir. Dia 2 - Mitad Del Mundo, Templo do Sol e Vulcão Pululahua Acordei com dor de cabeça e enjoos novamente então decidi ir à Mitad del Mundo que imaginei ser algo mais leve. Meu senso de direção se provou pior do que nunca pois peguei 4 ônibus errados quando enfim consegui uma informação correta peguei o certo e cheguei ao terminal La Ofelia onde peguei mais um ônibus para a Mitad del Mundo. Os trólebus custam U$0.25 para entrar nos terminais espalhados pela cidade, nos demais ônibus o cobrador passa e te fala o valor paguei de U$0.10 a U$0.40. Chegar lá é ridiculamente fácil, pegar trólebus sentido norte, descer na Parada La Y, pegar ônibus na mesma parada La Y para La Ofelia, isso custa U$0.25. No terminal La Ofelia pegar um dos vários ônibus para a Mitad, na volta é só fazer o inverso, nesse último trecho me cobraram U$0.20 na ida e U$0.40 no retorno. O primeiro erro foi ir sentido sul e quando finalmente fui para o norte eu desci no terminal La Y e não na parada La Y, o lado bom é que rodei a cidade inteira de ônibus e já fiquei sabendo onde ficava tudo. Na Mitad del Mundo o ingresso básico que não dá direito a algumas atrações custa U$3 e o completo custa U$7.50 comprei o completo. Na bilheteria da falam para começar pelo planetário, fiquei 15m na fila e fui fazer outras coisas porque a fila estava enorme e não andava. O primeiro Pavilhão que fui foi o Guayasamin e já fiquei encantada por esse artista que nunca tinha ouvido falar (pensava eu), tem poucas obras mas é um estilo obscuro que eu amo, mesmo não sendo chegada a artes e museus. No Pavilhão Equador tem umas fotos legais, no dos Ninos obviamente só brinquedos para crianças, no Pavilhão da França tem um exposição sobre a missão geodésica, no Pavilhão do Sol fotos e informações sobre Cuenca e Guayaquil. Só me pediram o comprovante de entrada no Monumento que é tem legal, vários experimentos, mas lotado de crianças correndo para todos os lados, gritando, empurrando, era domingo, num dia tranquilo teria ficado um bom tempo lá dentro, mas nessa situação saí rapidinho. Resolvi almoçar lá dentro da Mitad, mesmo certa de que seria caro, esperando que a comida fosse boa, minha certeza se concretizou, foram U$11 no almoço, já a esperança não se concretizou, uma sola se sapato estaria mais macia que a carne... mas eu precisava comer. Em frente à Mitad del Mundo, do lado de fora, tem um complexo de lanchonetes bem simpático, com Subway inclusive, mas preferi comer comida mesmo (arroz, carne). Dentro do complexo tem vans a cada 15 minutos que levam para o vulcão Pululahua por U$2.99 mas tem cartazes informando que é melhor de manhã por causa nos nevoeiros. Mesmo já sendo tarde fiquei com vontade mas ainda tinha que ir ao Planetário... chegando lá um segundo de felicidade por não ter fila, durou 1s porque eu percebi que fila estava dando a volta, esperei mais uns 10m, dei uma espiada pela porta de saída e resolvi ir embora, pelo que vi pela porta da saída não tinha nada demais e pelo que li na internet não perdi nada. Quando fui lá não sabia que a verdadeira Mitad del Mundo fica a 200m dali, ainda bem que não sabia, depois me falaram que é bem legal mas já eram 15h e peguei um táxi por U$5 e fui para o Templo del Sol. Chegando lá surpresa! É próxima a cratera do vulcão Pululahua, fazia um frio de doer, quem quiser ver o vulcão tem mesmo que ir de manhã, não dá para ver quase nada... achei bem surreal, nunca tinha ido num vulcão, fica a 4km na Mitad del Mundo e a medida que o táxi sobe dá a impressão de que o tempo virou, mais pro fim do dia eu achava que em Quito deveria estar super frio mas quando estava voltando a medida que descíamos para Quito o tempo se abria a sensação é de poder tocar na névoa, muito legal. Como o Templo fica ao lado poderia ter ido de van e pago U$2.99. No Templo Del Sol a primeira impressão não foi boa, o ingresso foram U$3 e só tinha um menino correndo pra lá e pra cá como uma galinha sem cabeça e falando que estava cheio para esperarmos. Cansada de esperar no frio de doer entrei e já me encantei, muito especial o lugar... revirei o lugar sozinha e no terceiro andar tem várias obras do artista Ortega Maila, dono do Templo, lindas... de sentar e ficar admirando. Vi tudo e uma hora depois que cheguei finalmente começaria o tour e era o mesmo menino faz tudo que estava no comando. A má impressão passou na hora, ele explicou sobre o Templo, fez experimentos com o ovo e outros sobre o equilíbrio... de repente entra uma moça chamando que o artista começaria sua demonstração e que tínhamos que subir... Bem, no restaurante na Mitad del Mundo um artista fez uma dessas demonstrações de pintura e eu subindo só pensava estou com dor de cabeça, a névoa e o frio estão ficando mais intensos, ninguém tem tempo pra isso, mas não tinha opção. Pois o cara foi um show a parte, praticamente um animador de auditório, fiz uma pintura linda com as mãos em 5m, uma das coisas mais lindas que já vi... se eu tivesse ido ali só para aquilo já valeria. Serviu chá de coca e empanadas... distribuiu para todos um gota de essência de coca e umas gotas de óleo de coca e maconha... pelo que disse era a cura para todos os males, pois eu passei o óleo na nuca, pescoço e ombros e fiquei vendo o cara interagir com as pessoas. De repente eu percebi que não estava sentindo mais nenhuma dor... ou o óleo era mesmo milagroso ou foi o poder da sugestão no nível 1000. Continuamos o tour o menino fez mais um ritual que achei demais... ficaria ali dias se pudesse lugar mágico. Quando ele acabou o ritual eu perguntei pelo óleo e só era vendido no outro prédio. Era perto mas já eram 18h e já não dava para ver um metro a frente e não fazia ideia de como descer para Quito sem ônibus. Mas eu amei o Templo, muito mais legal que a Mitad Del Mundo. Próximo a entrada do vulcão tinha uma van cobrava um dólar até a Mitad del Mundo. Apesar de tomar cuidados de segurança, sendo mulher e viajando sozinha às vezes me encontro em situações em que eu penso, dessa eu não escapo... O motorista me mandou sentar na frente com ele e em certo ponto um passageiro fala: - Você vai me deixar na porta de casa! ; o motorista olha bem para a minha cara e fala rindo: - Você eu vou levar até a cama... Eu não sabia se ele respondeu para o homem, se falou pra mim, só sei que a cada passageiro que descia eu gelava mais um pouco rs em retrospecto eu morro de rir, porque o cara fui super simpático, me deixou do lado da rua que voltava para Quito, parou o ônibus pra mim, mas foram momentos de tensão rs . Da Mitad peguei um ônibus para Lá Ofélia e desci antes, num Shopping chamado El Condado, comprei um chip pré pago por U$4.48 na CNT Ecuador, vendedor nada simpático, não entendi nada, atendimento monossilábico, mas saí dela com internet. Passei no Radio Shack e comprei um adaptador, jantei e fui pegar o Ônibus para La Ofélia, achei o shopping bem bonito e bem servido de lojas, mas em dólar mal olhei para os lados. Chegando no terminal La Ofelia uma fila enorme para pegar o ônibus sentido sul. Uns 10m depois um segurança grita que não teria mais ônibus naquele dia... não entendi nada mas todo mundo saiu do terminal e eu fui atrás. La fora um taxista me explicou que o último ônibus sentido sul sai às 20h, fui de táxi e a corrida do terminal la Ofélia ao Centro Histórico custou U$10. Continua...
  16. Pessoal, vou conhecer o Equador em outubro e gostaria de uma ajudinha para montar o roteiro. Principais dúvidas: 1. De Cuenca a Quito vale a pena descer em Riobamba para fazer algum passeio? Se sim, durmo lá ou sigo no mesmo dia para Quito? 2. Acrescento mais 1 dia em Quito (tirando de Galápagos)? 3. Gostaria de sugestões de como dividir meus dias em Galápagos. Não tenho curso de mergulho, por isso não pretendo contratar um cruzeiro.
  17. Antes de começar o relato, quero fazer um comentário sobre a empresa que voei, a Avianca. Eu havia recebido um voucher de U$250 por um vôo anterior, e resolvi usar comprando uma passagem de U$450 pro Equador. Fiz o contato por telefone, falei as datas, os trechos, o código que me deram do voucher e pronto. Sem enrolação, sem taxas. Maas, como tudo que vem fácil, vai fácil, eu cometi a façanha de perder o vôo de ida. A lerda aqui confundiu a data do vôo na madrugada e acordou desesperada tipo "ca****! Eu devia estar chegando em Quito hoje!!" Aí liguei pro atendimento, paguei a taxa prevista de remarcação de U$125, e me ajudaram a achar um vôo sem valor extra, pra dali 2 dias. Só que o vôo era tipo as 6 da manhã, o que significava ter que dormir no aeroporto de Guarulhos, já que não sou de SP. Aí lá fui eu à meia noite pro aeroporto, pronta pra dormir no corredor abraçada à minha mochila. Mas só com uma pergunta, eis que o mocinho do check-in adianta meu vôo pra daqui a pouco às 2 da manhã. Moral da história: o santo protetor dos mochileiros estava do meu lado, por mais desligada que eu seja. Ou, assim eu pensava, no início dessa viagem... Roteiro: Quito (Otavalo) Latacunga (Quilotoa) Baños Montañita Guayaquil PS. o Equador usa dólares americanos, então todos os valores mencionados aqui estão nessa moeda. QUITO Chegando em Quito, fiz o procedimento sugerido aqui pela galera do mochileiros para sair do aeroporto: atravessar a rua, pegar um bus verde por $2 que para no terminal Rio Coca. De lá, mudar de terminal e pegar um bus vermelho chamado Ecovia que tem faixa própria e só anda sentido norte-sul, custa $0.25. O aeroporto é muito longe do centro (tipo 1 hora), mas não tem erro pra chegar fazendo esse esquema. O táxi custaria aprox. $25. Eu fiquei no bairro Mariscal em Quito e gostei bastante. É o point das baladas, e também é cheio de lojas, restaurantes, cafés. Dá pra ir andando até o centro histórico ou pode-se pegar o Ecovia ali na avenida, que passa a toda hora pelos mesmos $.025. Fiquei hospedada no Blue House Hostel, que é bem localizado, tem café da manhã, tem estrutura boa. Paguei $11 no quarto com 6 camas. Tive ótimas experiências com o povo ecuatoriano. Fui tratada bem em todas as cidades, me pareceu um povo humilde e gentil que conversa fácil. Quito tem uma mistura muito interessante de tradições indígenas fortes com aspectos caóticos de cidade grande. Nos primeiros dias em Quito, aproveitei para passear pela cidade. Fui ao Centro histórico simpático, visitei igrejas, experimentei as comidas diferentes (Média de $2,50 a 3,50 um prato com entrada, prato principal, suco e sobremesa). Fui aos parques de La Carolina (área verde em bairro chique da cidade) e Ichimbia (parque em região alta que tem uma vista legal do centro). Infelizmente, o passeio que eu mais queria fazer era impossível. O vulcão Cotopaxi estava fechado para subidas já há alguns meses desde a ultima erupção, e só existiam passeios de bike até certo ponto, que não valiam a pena. Como tinha um dia livre, acabei fechando uma excursão com a agência do hostel (Gulliver expedition, que já foi recomendada aqui no fórum) para a feira de Otavalo, famosa como a "maior feira indígena da américa" que tinha no sábado o dia principal de movimento. O tour saiu cedinho e passamos primeiro em um dos pontos de Mitad del Mundo (não os famosos), onde tivemos algumas explicações científicas. Ficamos por umas 3 horas na feira, que é interessante para comprinhas, pra ver o movimento do povo, pra experimentar as comidas exóticas... comprei quinoa e ainda peguei receitas com a senhora vendedora, um amigo comeu o porquinho da índia (cuy) e disse que tem gosto de frango, haha. Os preços dos artesanatos são bons e como sempre, vale a regra de pechinchar e não ser muito obviamente gringo. Depois da feira passamos em um lago na cratera de um vulcão (Cuicocha, bem bonito) e tivemos um almoço incluso na cidadezinha de Cotacachi, famosa pelos artigos de couro. O tour custou $45 e, apesar de ter sido um passeio interessante com uma turma divertida, não valeu a pena pelo preço. Durou o dia todo e o guia era legal, contando várias histórias e informações do Equador. No meu último dia em Quito eu queria subir no vulcão Pichincha de qualquer jeito, e mesmo com o dia nublado, lá fomos eu e uma gringa na empreitada. Pegamos um taxi ($5) até o TeleferiQo, e chegando cedinho, não tinha nenhuma fila. Entrada de $8,50, e depois de subir o teleférico até os mais de 4 mil metros de altura, já da chegada não dava pra ver nada da cidade do alto por causa da névoa Seguimos a trilha e fomos subindo o vulcão, praticamente andando no meio da névoa grossa sem ver muito a frente. Quando subíamos mais rápido um trecho grande, dava um pouco de taquicardia e uma pressão na cabeça, mas nada que uma pausa pra respirar não resolvesse. (coincidiu que nós duas somos praticantes de esportes pesados, então temos um bom condicionamento). Subimos por aprox. 1h30min e resolvemos voltar, já tinha sido o suficiente e não dava pra ver nada mesmo. A volta foi rápida e tranquila. Gostei muito do passeio, foi lindo ver as montanhas no meio daquela névoa meio fantasmagórica. Saindo do teleférico, pegamos um bus gratuito para descer o parque, e logo atravessando a avenida já pegamos um bus com direção a Mitad del Mundo ($0,40). O parque da Mitad del Mundo é bem longe da cidade fica em um lugar bonitinho mas bem turístico, realmente só para tirar a foto clássica em cima da linha do Equador mesmo. (A tempestade ameaçava e acabamos não indo no outro ponto da Mitad del Mundo que dizem ser o verdadeiro.) Na volta, aproveitei para passar no Mercado de Artesanias do bairro Mariscal. Tem praticamente as mesmas coisinhas da feira de Otavalo, com preços iguais. LATACUNGA - QUILOTOA Resolvi dormir na cidade de Latacunga para fazer o passeio na Laguna Quilotoa logo pela manhã. Para ir, peguei aquele mesmo bus Ecovia q passa na esquina do hostel, (só q na parada seguinte) até o terminal Quitumbe. ($0,25). Depois de quase uma hora, chegando no terminal (que é surpreendentemente moderno e organizado), os buses para Latacunga saiam a cada meia hora, a $2,40. São aprox. 1h40min de bus tocando músicas latinas muito altas (até "Mi niña veneno" tocou!), sem chance de um cochilo. Cheguei em Latacunga umas nove da noite e peguei um tàxi até o hostel Tiana, por $1. O hostel já foi bastante recomendado aqui no fórum, e é uma boa pedida por $10,50 o quarto compartilhado com café da manha. Não tem muita vibe mochileira, mas a estrutura é boa e o café é bonzinho. Eles também oferecem serviços de tour e lavanderia. Para pegar o bus para Quilotoa, tem bus direto saindo do terminal rodoviário de Latacunga (na mesma avenida onde o bus de Quito parou, dá pra ir a pé de boa) às 9h30min por $2,50 deixando na entrada Laguna ($2 pra entrar). Durou pouco mais de duas horas de pura tortura musical, com o som tocando músicas típicas num volume absurdamente alto. Mas o caminho é bonito, e dá até pra ver o Cotopaxi se o dia estiver mais claro. O passeio ao Quilotoa foi certamente um ponto alto da viagem e o lugar mais lindo que vi no Equador. A lagoa na cratera de um vulcão, a 3.800 de altitude tem água azulzinha e 1.7 km de trilha pra chegar até embaixo. Fiz o passeio todo sozinha, curtindo o silêncio e o frio. Na ida, uns 40 min e tudo bem; na volta, a altitude e a subida puxada deram taquicardia, dorzinha de cabeça, vontade de subir engatinhando e me lembrou a frase do crossfit que treino: "se eu desmaiar, anota meu tempo!" Assim que terminei a caminhada, fui ver como voltar e me disseram que eu devia pegar uma camioneta até Zumbahua para pegar o bus na estrada, por $5. Já sabia que era algo assim, então topei. O trecho foi bem rápido, e chegando lá, o bus para Latacunga já estava parado. Mais $2 pra voltar. Voltei pro Hostel, peguei a mochila (*obs. Eles guardam mochila de quem não está hospedado lá por $2) e já voltei pro terminal rodoviário para seguir caminho rumo a Baños. Primero, bus a Ambato ($1,15 45 min - sai a cada 20 min, o último as 7 da noite), depois, mais um bus até Baños (existem várias empresas com vários horários) - $1,85 1h15 min. PS. O terminal de Ambato é organizadinho, tem banheiro e WiFi! BAÑOS Em Baños fiquei no hostel Erupción, e gostei bastante: bem localizado (perto do terminal, da rua das baladas e várias agências de tours). Paguei $9 num quarto feminino pra 4. Não tinha desayuno incluso, mas o hostel tem um restaurante junto da recepção que serve várias comidas boas a bons preços e também café a $2,75 o mais barato, que já era bom. Os quartos não eram lá grandes coisa, mas o hostel tem aquela vibe mochileira legal, aquele clima que é fácil fazer amigos. Na esquina do Hostel encontrei a agência Geotours, e por sorte eles aceitavam pagamento em PayPal, ótimo pra quem tem uns créditos em dólar. Fechei com eles o rafting por $25, e foi outro pontos alto da viagem! Fomos até um rio (pela mesma rota das cachoeiras), recebemos algumas instruções de segurança em terra, nossos equipamentos e já fomos pra água. Eu nunca tinha feito, não achei tão difícil, mas foi super divertido. E equipe era muito boa, tinha uns kayakers de segurança e para tirar nossas fotos. Tivemos incluso um almoço bem fraquinho. Os guias do tour eram muito gente boa, e na volta viemos praticando o costume de carnaval do Equador de atirar balões de água em pessoas aleatórias pela rua, haha foi massa. A tarde, me juntei a um povo que conheci no rafting e resolvemos alugar bikes pra ir até a casa del Arbol para conhecer o famoso balanço do fim do mundo onde tiram as fotos clássicas. Pagamos $5 na bike e $10 no táxi para nos levar até lá em cima (sem condições de subir de bike ou a pé, são 10 km de subida bem íngreme). Na casa del arbol tivemos um dia lindo com uma vista incrível, tiramos fotos e ficamos um tempinho por lá. Descemos um pouco e encontramos outro balanço (ou “columpio”) chamado vuelo del condor e resolvemos entrar. Pagamos $5 nesse balanço que é bem mais alto, com uma estrutura melhor de segurança e foi realmente emocionante. A plataforma cai embaixo dos pés e você fica lá pendurada na beira de um penhasco... Descemos todo o trajeto de bike parando em alguns pontos com miradores e foi realmente muito gostoso. Dica de comida: na rua das baladas tem um quiosque que vende fatias de pizza deliciosas por $1,25, chama Del Cappo. Pros chocólatras, existe a cafeteria Aromé, com cafés e chocolates quentes, bolos, panquecas, chocolates... Tudo delícia pra aquela larica pós-atividades físicas. No dia seguinte, alugamos a uma bike de novo, pegamos um mapinha e seguimos para a ruta de las cascadas, um trajeto de 20 km de bike margeando a rodovia com várias paisagens bonitas e cachoeiras, chegando até a principal, o paillon del diablo ($2 pra entrar). Fizemos o trajeto todo tranquilamente (não tem subidas), parando pra curtir a paisagem, tirar fotos, comer alguma coisa. Na volta, pegamos uma camionete por $5 que nos deixou na cidade. Gostaria de ter ficado mais tempo em Baños. A cidade é muito agradável e tem várias atividades legais pra fazer. Mas como já tinha reservado o hostel, tive que seguir viagem. De Baños pra Montañita, existem duas opções: ou ir até Guayaquil (6h + 3h) ou até Santa Elena (9h + 45min). Pra ambas existem vários buses saindo em vários horários. Eu escolhi um bus que saia as 22h pra Sta Elena, por $14. O bus era razoavelmente confortável (sem música!) e seguro (sem muitas paradas). Chegamos lá e o bus pra Montañita já estava saindo (tem de meia em meia hora), por mais $1,80. ... E como mochilao sem perrengue não vale, lá vai: depois de comprar a passagem pra chegar até Montañita, voltei pro hostel e fiquei por lá de bobeira, na internet, falando com o povo etc. E meu estômago começou a ficar levemente ruim. E claro que esse “levemente” logo me deixou contorcendo de ânsia e pouco depois abraçando a privada, fazendo aqueles sons altos de UUAARRGHH bem no banheiro do restaurante do hostel, porque eu já tinha feito check-out e não tinha mais quarto. E assim continuou até chegar na rodoviária, onde eu vomitei no chão ao lado do busão e depois no banheiro do bus. E assim terminou minha passagem pela linda e divertida Baños e parti pra Montañita, destino mais aguardado da viagem. MONTAÑITA Claro que cheguei em Montañita podre, com sono, com estômago dolorido de tanto vomitar. O hostel em Montañita, fiz a reserva no Hostelworld pro Chichi Babylone. Deixei pra última hora e bem nos dias de carnaval a maioria já estava lotado ou super caro. No sábado paguei absurdos $22 (nos outros dias, $11). O meu Hostel tinha um clima bem legal, nivel party hard, staff gente fina e estrutura mais ou menos. A localização é ótima, bem do lado do centrinho, perto da praia mas fora da bagunça. *obs.Outro hostel que é do lado do meu, e parecia ter estrutura boa é o Hostel Moai. Hostels bem no meio da zoeira (imagino que deve ser a sensação de dormir no meio da balada): Halewia e TikiLimbo (apesar do restaurante desse último ser ótimo). Fora períodos de altíssima temporada, não acredito ser preciso reservar, porque a cidade inteira é basicamente composta de Hostel/pousadas e bares/restaurantes. Meu primeiro dia consistiu em dormir na rede do Hostel e na praia, me alimentar de bananas e água de coco. O clima da cidade é de farra, muitos gringos, consumo forte de drogas (baratas e de boa qualidade, dizem os entendidos). Não estava muito nessa vibe, então acabei ficando de boa e não gostei muito da cidade. Mas depois que sarei, fui em baladas bailar sons latinos, tomei drinks na calle dos cocteles (média de $3-4, tudo delícia), curti tardes de ressaca na praia, aquele programa básico de leve. No sábado de carnaval a cidade lotou de equatorianos e o esquema ficou tenso. Carros estacionados por todos os lados, praia lotada (e inevitavelmente suja). Os gringos do meu Hostel pagaram balada eletrônica de $40. As baladas variam entre deixar entrada de graça até certa hora, depois cobrar $5-10 conforme vai lotando. A noite, fomos passar no meio da muvuca dos bares na frente da praia e uma amiga teve o celular furtado. Foi a única ocorrência que vi acontecer. O assédio à mulheres sozinhas também é menor que o Brasil. (Lamentavelmente, um mês depois que estive lá teve a ocorrência das duas turistas argentinas que foram encontradas mortas. Talvez não seja tão seguro assim...) Dica de comida: fora as barraquinhas que tem em todas as ruas, os crepes do Café Papillon são super caprichados (e um pouco mais caros). Lanches rápidos e baratos existem de todos os tipos (inclusive opções vegetarianas!), mas meu preferido eram umas empanadas de umas minas argentinas, chamava "Caminantes". Tem um quiosque antes da ponte e carrinhos pela praia, a $1. No sábado de carnaval resolvi fugir um pouco da muvuca e ir para o parque nacional Los Frailes em uma cidade do lado, Puerto Lopez. Foi só pegar um bus pra Los Frailes, por $3, passa de meia em meia hora na rodovia (esquina do meu Hostel) e dura 1h30 O bus deixa na estrada na porta do parque. Para se chegar até a praia, é preciso andar mais 2km por uma estrada de terra, ou pegar uns táxi moto por $1. O parque tem uma boa estrutura com banheiros e duchas na entrada, controle de segurança e policiais circulando. É bem selvagem e tranquilo, só algumas poucas famílias e grupos de jovens equatorianos. Tem algumas trilhas pra fazer e um mirador. Não tem nada como uma lanchonete ou restaurante, então é bom levar água e comida para o dia. Fecha as 16h e depois é só esperar o bus de volta na estrada. GUAYAQUIL No meu último dia em Montañita, peguei o busão pra Guayaquil, logo depois do almoço, 3h de viagem, $6. Bus confortável, passando filminho. Cheguei em Guayaquil debaixo de uma super chuva e não pude fazer nada. Em Guayaquil, fiquei em dois hostels: Dreamkapture - estrutura boa, bem localizado (perto de um shopping com comida, bancos, farmácia), perto para ir ao aeroporto e ao terminal de bus[$5 o táxi pra ambos], a dona é uma fofa que me super ajudou em uma emergência. Funciona também como agência de turismo que organiza excursões para Galápagos. Paguei $11 no quarto feminino com café da manhã. (aceita paypal!) Mogi's - hostel super estiloso, em uma casa enorme e com boa estrutura. Paguei $12 no quarto compartido (camas horríveis) com café da manhã. Igualmente perto para bus ou taxi. Em Guayquil não fiz muita coisa, porque choveu, era o fim da minha viagem e tive que resolver algumas coisas. Fui dar uma volta pelo centro, ver o parque das iguanas e o Malecón 2000. Cidade grande normal, vale uma volta pelo calçadão em uma tarde livre. Guayaquil era o destino final da minha viagem, onde eu deveria pegar o vôo de volta na segunda-feira de carnaval. Mas como a falta de organização de uma pessoa parece não ter limites... O PERRENGUE FINAL Descobri no dia em que devia pegar meu vôo de volta que perdi o passaporte. Fui arrumar a mochila e estava tudo lá, o dinheiro, os outros documentos, menos o passaporte. E aí começou aquele desespero horroroso... tentar falar com consulado, embaixada (tudo fechado, era carnaval lá também!), fui pro aeroporto e chorei pra todos os funcionários me deixarem embarcar com as cópias ou documentos que eu tinha (sem chance, obviamente). Claro que pra ajudar, descobri que meu cartão de crédito não estava funcionando. Eu tinha usado ele na ida, no aeroporto da Colômbia e estava normal, então nem preocupei mais. Por motivos pessoais, pela primeira vez em uma viagem eu estava realmente ansiosa pra voltar pra casa. Pense numa pessoa chorando de soluçar no banheiro do aeroporto, sem saber como ir embora, sem ninguém pra pedir ajuda e sem dinheiro... De volta pro hostel, descobri que a embaixada do Brasil no Equador (onde eu teria que ir pra tentar fazer outro passaporte, mas só na quarta-feira) era em Quito, a 450km de onde eu estava.... A questão do dinheiro eu resolvi temporariamente quando a dona do hostel Dreamkapture (super querida, gracias totales eternas) se ofereceu para que eu transferisse dinheiro da minha conta do paypal para a conta dela, e assim ela tiraria dinheiro do caixa do hostel para me dar (mas não podia ser muito). Então eu fiquei os dois dias seguintes indo na polícia fazer BO, tentando falar com o banco pra liberar meu cartão, com a empresa aérea, tentando descobrir como seria o esquema no consulado, comprando bilhete pra uma viagem noturna até Quito ($10, umas 8h de bus). E morrendo de medo de ficar no equador pra sempre e tendo dor no estômago de nervoso e comendo banana porque era o que dava com meu dinheiro haha. Eis que, no dia antes de viajar pra Quito, resolvi revirar minha mochila de novo, e lá estava o maldito passaporte escondido em um compartimento secreto no fundo de tudo!!! E lá fui eu outra vez para o aeroporto implorar para que me colocassem no primeiro vôo disponível... mas claro que, na volta do carnaval, estava tudo lotado. Me conseguiram um vôo pra dali dois dias, que eu ainda tive que pedir pra trocarem aqui no Brasil, porque obviamente, meu cartão não funcionava. Quando fui finalmente embarcar, as pessoas no aeroporto que me viram desesperada vinham perguntar o que tinha acontecido e eram simpáticas comigo. Foi legal ver que existem pessoas gentis em todo lugar em todos momentos :,) E por fim, eu voltei pro Brasil, e foi lindo e foi um alívio imenso. Mas eu confesso que fiquei levemente traumatizada e planejando pegar leve nos próximos tempos, hehe...
  18. O nosso regresso à vida real, fora das Galápagos, teve o contratempo de nos terem cancelado o voo direto para Quito e substituído por um via Guayaquil. Sabemos que estas situações podem ser um grande contratempo e um motivo de aborrecimento, mas no nosso caso não mudava nada, e o vale de 120 USD que nos deram em troca valeu a pena. Apesar de termos ficado umas horas no aeroporto de Guayaquil, a ótima internet compensou a espera. Quito, apesar de ser a capital do Equador, não é uma cidade com um centro histórico muito grande. É muito semelhante a outras cidades criadas no tempo da colonização espanhola, com a sua Plaza Grande (em vez de Mayor) e a arquitetura típica. A história do país é semelhante a todos os outros que já visitámos. A 10 de agosto de 1809 ocorre a independência através de um movimento criado por crioulos (nascidos nas colónias espanholas). Queriam a independência administrativa e instauraram uma Junta Soberana de Governo que apenas durou 77 dias. Um ano depois, 1% da população (rebeldes e crioulos) é presa e assassinada. Em junho de 1822 chega Bolívar para unir os territórios, agora independentes, à Gran Colombia. O Equador separa-se da Gran Colombia a 13 de maio de 1830, tendo Quito como capital. Por já terem sido um mesmo país, as bandeiras são semelhantes. Quito significa metade do mundo em tsafiqui, língua falada pelos Tsáchilas, Quitsa=metade e To=mundo, quitsato. Achámos a cidade segura QB. Caminhámos muito à noite para fazer compras para o jantar ou para visitas e não nos sentimos inseguros, apesar de grande parte das coisas fechar cedo. O que fazer: Ciudad Mitad del Mundo A linha do equador passa em vários países e muitos decidiram fazer monumentos que a representem. Quito construiu quase uma pequena vila, La Mitad del Mundo. Lá encontramos o grande monumento, restaurantes, uma estação de comboio, arena de espetáculos, uma exposição de maquetes que nos apresenta a cidade de Quito e salas de exposições variadas. Museo Intiñan Solar Próximo da cidade da metade do mundo, é apresentado como estando no verdadeiro ponto 0º0’0”. A entrada não é cara (4 USD). Não fomos, porque não nos pareceu atrativo, mas a entrada inclui visita guiada. Tem várias experiências, apresenta como os incas perceberam onde era o centro da Terra e tem uma floresta de totens, que representa as culturas antigas. Free walking tour Há vários, mas nós fizemos o do Community hostel. Os seus free walking tours são de segunda a sábado. Plaza de Independencia Chamada antigamente de Plaza Grande, apenas nos anos 20 ganhou o monumento do centro da praça. O leão representa Espanha a fugir, o condor é o animal nacional em vias de extinção e a senhora é libertas, deusa da liberdade. Ficam aqui a Catedral, o Carondelet e o Palacio Arzobispal. Depois de uma breve introdução ao tour, onde nos apresentam outros tours pagos que fazem, seguimos para a Plaza e junto do Palacio Arzobispal (palácio do arcebispado) que neste momento funciona como uma superfície comercial. Tem várias lojas e restaurantes e um posto dos correios. Em frente ao Palacio Nacionalou Carondelet (palácio presidencial) está a decorrer o render da guarda, o primeiro do novo presidente, Lenine Moreno Garcés, um presidente que se desloca em cadeira de rodas. Pela presença da cadeira de rodas, o nosso guia do Free Walking Tour tinha alguma curiosidade em ver como se iria proceder à cerimónia. O render da guarda é em frente ao palácio todas as segundas-feiras, às 11h. O nome ao edifício foi dado por Simon Bolivar, entusiasmado com o bom gosto de Francisco Carondelet na sua construção. É possível visitar uma parte, onde estão expostos os presentes que receberam antigos presidentes, de terça a domingo. No dia em que fomos, devido ao ambiente festivo, não nos deixaram sequer passar dentro do edifício. A entrada é grátis, mas têm que apresentar um documento de identificação no stand que fica numa das transversais do Palácio. A Catedral Metropolitana também fica na praça. Desde a sua construção teve que ser reconstruída quatro vezes devido a terramotos. À porta do Museo Numismático, antigo Banco Central do Equador, o guia conta-nos que em 1999 entraram os dólares americanos e eliminou-se a moeda nacional. Jamil Witt, presidente, cria um ambiente de instabilidade social e descontentamento, acabando por fugir em janeiro de 2001. Mostra-nos uma nota da moeda sucre, com muito orgulho, que guarda na carteira para mostrar aos visitantes. O museu fecha à segunda-feira e o preço para estrangeiros ronda 1 USD, mas no primeiro domingo do mês os museus são grátis. O tour continua e seguimos até à Fundación Iglesia de la Compañia de Jesús. A entrada custa 5 USD e abre todos os dias da semana. A igreja foi construída entre 1605 e 1765 pelos jesuítas. De lá seguimos para a Plaza de San Francisco, onde se encontra a Iglesia de San Francisco, um convento franciscano, considerado património da humanidade pela UNESCO. É imponente, apesar de todo o ambiente de obras que a ronda na praça, mas não passámos muito tempo ali devido ao ruído. A entrada é paga. É mais ou menos neste ponto que o guia faz uma paragem num espaço que lhe agrada para que possamos comprar souvenirs ou comer qualquer coisa. É mais barato procurarem vendedores de rua e comprarem biscoitos ou alguma especialidade da região. Esta pausa é um bom momento para pedir dicas ao guia. O guia leva-nos até La Ronda, uma rua boémia, destino ideal para beber canelaço, depois do sol se pôr. Passamos por uma fábrica de chocolate de uma equatoriana e um suíço, Chez Tiff. O guia sugere regressar lá e experimentar a trufa de chocolate e maracujá. Fica para outra vez! Já vos dissemos o nome do guia? O nosso era o Fernando, mas havia outra visita em simultâneo com o Alberto. Contam-nos as histórias das serenatas ali na Calle La Ronda. O guia diz-nos que era importante que a visada gostasse e lançasse um lenço branco com o nome, para a partir daí estar autorizado a cortejar. Bem, se ela não gostasse, vamos ficar apenas pela versão de que ninguém queria desagradar numa altura em que debaixo de todas as camas existia um penico. À tarde decidimos ir sozinhos à Basilica del Voto Nacional, a maior basílica neo-gótica do Novo Mundo (América). Representa na construção, iniciada em 1892, muitos dos animais tradicionais do país, como as tartarugas e iguanas das Galápagos e os armadillos. Pagámos 2 USD para subir até às torres, incluindo a do relógio, e valeu a pena, porque a vista da cidade é espetacular. Tem também um restaurante e algumas lojas de souvenirs. Deve-se ter cuidado na subida, apesar de ser feita em segurança, convém estar com roupa confortável, pois, esqueçam as saias. Ao domingo é possível entrar na igreja. Há muito mais para fazer na cidade, como o Teleférico, La Capilla del Hombre, Museo Templo del Sol Pintor Ortega Maila e El Panecillo. Uns ficam dentro da cidade e outros ficam mais afastados. O guia alertou-nos que se deve ter cuidado em El Panecillo, uma estátua da virgem no alto de uma montanha. Diz-nos que em tour é seguro, mas visitado de forma independente é famoso pelos assaltos. Onde comer: Restaurante Dios no Muerre, o guia sugere-o para jantar. Café Galletti, dentro do teatro Bolívar Acabámos a almoçar com o guia Fernando e mais um grupo de turistas no Mercado Central. Os pratos custam entre 2 e 6 USD, e os sumos 1 USD. Nós pedimos no Las Corvinas um prato que vem com peixe, ceviche misto, batatas e arroz. Onde dormir: Nós ficámos no Hostal History, que tem todo o ar de já ter sido um espaço pouco recomendado, talvez pelo cartaz a anunciar a disponibilidade de se poder ter acesso a canais de adultos. Tinha pequeno-almoço incluído, que não era mau, até se ver o estado da cozinha, onde minúsculas baratas se passeavam pelas bancadas. Também não tinha grande variedade de equipamento de cozinha. O Community Hostel pareceu-nos agradável, tem um bar, vende tours e tem atividades diárias. Sair de Quito De Quito fomos para Cali, já na Colômbia, e decidimos ir de autocarro. Para sair do centro de Quito apanhámos o autocarro amarelo que eles chamam de metro para Ofélia (0,25 USD) e em Ofélia seguimos no Bus que dizia terminal terrestre. No terminal foi só procurar pela bilheteira de Tulcán e comprar o bilhete, juntamente com as taxas do terminal, e fomos enganados. O bilhete estava marcado como 12 USD para os dois e seriam 0,40 USD de taxas, mas cobrou-nos 0,60 USD (o engano não foi grande). O autocarro é da companhia expresso Tulcán e tem Wi-Fi. 365 dias no mundo estiveram 2 dias em Quito, de 27 a 30 de Maio de 2017 Classificação: ♥ ♥ ♥ ♥ Preços: acessível Categorias: cidade, museus, história, capital Essencial: Ciudad Mitad del Mundo, Plaza de Independencia, Catedral Metropolitana, Basilica del Voto Nacional Estadia recomendada: 2 a 3 dias, depende do que querem visitar fora da cidade www.365diasnomundo.com
  19. adrodrigo

    Quito

    Como vai galera.... Bom estou aqui pois minha viajem ao equador ja esta marcada... com isso gostaria de tirar algumas duvidas sobre preco. Eu como todo brasileiro gosto de uma cervejinha eheh, e em relacao ao preco de cerveja e comida 'e muito caro ? Existem baladas no equador ? Ou somente vulcoes, montanhas, vales essas coisas ? Vocês acham que 1000 dolares da para se virar 30 dias sem contar hospedagem, 1000 dolares somente para passeios e passeios... Posso ajudar o pessoal pois ja viajem para Holanda, Belgica, Franca, Luxemburgo.... Espero conseguir respostas e ajudar com conhecimento...
  20. Já fiz algumas viagens utilizando muitas dicas aqui deste glorioso mochileiros.com, e sempre fico me dizendo que farei o relato da viagem logo quando chegar, aí o nosso dia a dia acaba não deixando fazer isso logo, mas.....desta vez envidei esforços para ir fazendo o diário de bordo durante a viagem mesmo, agora sim consegui fazer o relato. Sem mais delongas, conto-lhes como foi essa viagem espetacular de 17 dias pelo EQUADOR, destino pouco visitado pelos brasileiros, mas de muitas belezas naturais para conhecermos. Tentei não deixar o relato muito cansativo de ler, enxuto, vamos lá! Obs: Moeda oficial do Equador é o dólar americano (USD). DIA 1 Voo Natal (NAT) – São Paulo (GRU) Voo São Paulo (GRU) – Lima (LIM) DIA 2 Voo Lima (LIM) – Quito (UIO) Chegada em Quito às 3h da madrugada. Chegando nesse horário, me submeti a pegar um táxi (USD 25) em direção ao bairro que escolhi para me hospedar, El Mariscal, foram 45min até chegar, isso sem trânsito, de madrugada, ou seja, realmente é longe!!! Hospedagem em Quito: El Arupo B&B (via Booking; muito bom!) Dia: CENTRO HISTÓRICO + EL PANECILLO Caminhada até o Centro Histórico, lugares visitados: Basílica de Quito (del Voto Nacional); Palácio do Governo (visita guiada gratuita, reserve seu horário e vá visitar os outros pontos turísticos); Igreja San Francisco; Plaza Grande; Igreja da Companhia de Jesus (não entrei; USD 5); Museu da Cidade de Quito (não entrei; USD 5). Muito bonita essa região da Plaza Grande, muito movimentada e com muitos lugares para almoçar, vc consegue almoçar bem com USD 4. EL PANECILLO + VIRGEM DE QUITO (táxi saindo do centro USD 2,70 + subida na virgem USD 1), por essa área tem muitas opções para comer também. Depois da visita, volta para o centro de ônibus (USD 0,25) e caminhei de volta ao bairro El Mariscal. Noite: Plaza Foch (caminhada de menos de 5min do hostel) DIA 3 Dia: MITAD DEL MUNDO + VULCÃO PULULAHUA + TELEFÉRIQO Mitad del Mundo Como chegar desde El Mariscal: ônibus saindo da Av. das Américas para a estação La Ofélia, depois outro ônibus de La Ofélia para Mitad del Mundo (USD 0,25). Monumento Mitad del Mundo (ingresso simples USD 3,50) Museu Inti-Nãn (a verdadeira latitude zero, com muita interação, visita obrigatória), fica a uma pequena caminhada após sair do Monumento Mitad del Mundo, ingresso USD 4. Consegui colocar o ovo em pé em cima da cabeça de um prego, tenta lá kkkkkkkk Vulcão Pululahua (entrada gratuita) Saindo do Museu Inti-Ñan pegar táxi para o vulcão USD 8, o taxista espera a visita e retorna ao Monumento Mitad del Mundo (outra opção é pegar um ônibus e depois pegar uma subida boooa caminhando). Cratera com uns 4km de diâmetro, tem um povoado que mora dentro. Telefériqo Existe um ônibus que sai do Mitad del Mundo e te deixa aos pés do Telefériqo (é longe), depois vc pega um táxi para subir USD 1,50. Entrada do Telefériqo USD 8,50 (não subi o Vulcão Pichincha). Volta para o bairro El Mariscal, van saindo do Telefériqo USD 2,50. Noite: Plaza Foch (caminhada de menos de 5min do hostel) DIA 4 Dia: VULCÃO COTOPAXI Como chegar por conta própria: Saindo de El Mariscal, pegar ônibus até o terminal QUITUMBE (USD 0,25, faz uma cambiação); chegando no Terminal, ônibus intermunicipal Quito – Latacunga (USD 1,80) e pedir ao motorista para parar em frente ao Parque Nacional Cotopaxi. Em frente à entrada do Parque Nacional existem caminhonetas com guias credenciados oferecendo o tour ao Vulcão, que quando eu fui só podia subir até o 1º refúgio, eles começam pedindo USD 25 p/pessoas, éramos 3 pessoas, negociando ficou por USD 18 p/p (não precisa pagar entrada do Parque). Subida um pouco cansativa devido a altitude, mas foi tranquila. Volta, saindo do Parque Nacional, pegar ônibus para Latacunga na rodovia (USD 0,75); Táxi do Terminal para o hostel em Latacunga (USD 1,25). Noite: Centro de Latacunga Hospedagem em Latacunga: Hostal Tiana (USD 16, quarto privado; razoável) DIA 5 Dia: QUILOTOA Táxi do Hostel ao Terminal de Latacunga USD 1,25 Ônibus Terminal de Latacunga para Quilotoa USD 2,50 (sai de hora em hora) Ingresso do Quilotoa USD 2, a descida até o lago é tranquila, mas a subida..........é de matar! Kkkkkkkkk Junte esses 3 ingredientes: subida íngreme + altitude + areia fofa, perdi uns 2kg nessa subida hehehe (outra opção: alugar um jumento pra subir USD 10). Volta para Quito, ônibus de Quilotoa para o Terminal de Latacunga (USD 2,50), pede para o motorista de deixar na rodovia pra vc pegar um ônibus para Quito (USD 2), vc ganha tempo. Chegando em Quito, ônibus Terminal Quitumbe para o bairro El Mariscal (USD 0,25). A noite seria em Latacunga, mas a Avianca alterou o voo para o dia seguinte às 6:50 am, ou seja, teria que dormir em Quito. Noite: Só descanso!!! DIA 6 Dia: GALÁPAGOS (Puerto Ayora, Ilha de Santa Cruz) Táxi do Hostel ao Aeroporto de Quito às 4h da madrugada (USD 25), trajeto 45min; No aeroporto de Quito vc paga uma taxa de USD 20 e ao chegar em Galápagos USD 50; Voo de Quito para Baltra (Galápagos) 6:50/9:20 (com conexão em Guayaquil): Chegando na Ilha de Baltra, após os cachorros “examinarem” as malas, você pode retirá-las e sair do aeroporto. Ida de Baltra ao Hostel: Você sai do aeroporto de ônibus (gratuito das cias aéreas) para o Canal de Itabaca, onde pegará um táxi aquático para a Ilha Santa Cruz (USD 1). Daí para chegar em Puerto Ayora, vc pega um ônibus até o centro (USD 2), da parada final do ônibus até o hostel, uma caminhada de aprox. 7 minutos. Almoço: El Descanso del Guia Na parte da tarde, caminhada visitando a Estação Científica Charles Darwin (Criação de tartarugas gigantes, entrada gratuita) + Playa de la Estación (iguanas e caranguejos); Mercado de Peixe (muito legal ver os leões marinhos tentando pegar os peixes da peixaria). Noite: Centro de Puerto Ayora Hospedagem em Puerto Ayora: Hospedaje Germania (via Booking; muito bom!) DIA 7 Dia: GALÁPAGOS (Puerto Villamil, Ilha Isabela) De Puerto Ayora para Puerto Villamil: Pegar Lancha entre as ilhas (tem 2 saídas diárias), custa USD 30 a ida, negociando você consegue ida e volta por USD 50. Outros gastos que terá: Táxi aquático até a lancha na saída USD 0,50; na chegada USD 1; Taxa para permanência na Ilha Isabela USD 5 Lugares visitados na Ilha Isabela: Laguna Concha y Perla; Píer; Praias de Isabela; Centro de Reprodução de Tartarugas gigantes; Laguna de Los Flamingos (tudo caminhando e custo zero). Noite: Mercado Público, achei empanadas por USD 1 Hospedagem em Puerto Villamil: Hostal Cerro Azul (Via Booking; bom) DIA 8 Dia: GALÁPAGOS (Puerto Ayora, Ilha de Santa Cruz) Volta para Ilha Santa Cruz: Mesmo procedimento de ir para Ilha Isabela, pegar lancha para Ilha Santa Cruz (USD 25) + Táxi Aquático USD 0,50 na chegada. Chegando ao píer em Puerto Ayora, aproveitar táxi aquático para ir a Las Grietas USD 0,80, lugares visitados: Las Grietas (bacana!) + Praia dos alemães; volta ao píer de Puerto Ayora: táxi aquático USD 0,80. Ida às praias de Tortuga Bay (Playa Mansa e Playa Brava), caminhada de 40min por caminho bem demarcado. Almoço nos Kioscos (rua com diversos “restaurantes” com bons preços de almoço e jantar, inclusive lagosta) Tour para Los Gemelos (duas crateras gêmeas) + Túneis de lava + Rancho Primícias + Rancho El Chato (ambas são propriedades privadas q tem criações de tartarugas gigantes, experiência muito legal, um real contato com as tartarugas)....USD 20 (fechei com o dono do Hostel Germania). Noite: Centro de Puerto Ayora DIA 9 Dia: GALÁPAGOS (Puerto Baquerizo Moreno, Ilha de San Cristóbal) Ida para Ilha San Cristóbal: Táxi aquático até a lancha USD 0,50 + Lancha entre as ilhas USD 25. Chegando em Puerto Baquerizo Moreno, lugares visitados: Playa Mann; Centro de Interpretação (tartarugas gigantes); Estátua de Darwin; Cerro Tijeretas; Playa Punta Carola (tudo caminhando e custo zero). Almoço no Mockinbird (Muito bom e “barato” USD 5! Fica no centro Esquina das calles Ignácio Hernandez com Española) Tarde na Lobería, experiência única no meio dos leões marinhos, tem muitos! (táxi na ida USD 3; volta caminhando) Noite: Caminhada pelo Malecón; jantar na Pizzaria Calipso Hospedagem: Hostal Tongo Reef (via Booking; muito bom!) DIA 10 Dia: GALÁPAGOS (Puerto Baquerizo Moreno, Ilha de San Cristóbal) Tour fechado com um “taxista” (que lá andam em Hilux) USD 25 p/pessoa: Casa da árvore El Ceibo (não entrei, não vi graça) + Galapagueras (criação de tartaruga) + Laguna El Junco + Playa de Puerto Chino (outra forma mais barata de chegar, aos domingos tem ônibus pra lá). Almoço no Mockinbird Volta para Puerto Ayora às 15h; chegada às 17h (Lancha USD 25) Noite: Passeio pela Av. Charles Darwin; Mercado de Artesanato. DIA 11 Dia: DE GALÁPAGOS A BAÑOS Saída do Hostel em Puerto Ayora para o aeroporto de Baltra às 6:30 (táxi USD 2); chegada ao Terminal Terrestre às 6:50; ônibus para o píer saiu às 7:10 (USD 2); chegada ao píer às 7:50 pra pegar o táxi aquático para chegar na Ilha de Baltra (USD 1); após a travessia, pega ônibus da cia. Aérea para chegar ao aeroporto (gratuito, da mesma forma da chegada). Voo Baltra - Quito com conexão em Guayaquil. Chegada em Quito às 14:50; pegar ônibus que passa na porta do aeroporto para o Terminal Quitumbe (USD 2); Chegando ao Terminal, pegar ônibus para Baños (USD 4,45), são 3h30min de viagem. Noite: Pizzaria Leoni em Baños Hospedagem em Baños: Hostal Las Rocas (via Booking; muito bom, em frente ao terminal; melhor atendimento que recebi nessa viagem). DIA 12 Fechei um pacote com o Hostel por USD 36, incluindo o Canopy, a Chiva para fazer o tour Ruta de las Cascadas e o tour que eles chamam de Selva pelas cidades de Pastaza e Puyo. Dia: CANOPY + RUTA DE LAS CASCADAS + CASA DEL ÁRBOL Logo cedo, ida com o pessoal do Hostel pra fazer o Canopy, nossa tirolesa (melhor estilo é o morcego); depois pegar a Chiva pra fazer a Ruta de Las Cascadas (eles pararam no mesmo Canopy q eu tinha feito mais cedo, ao fazer novamente ficou por 50% do valor normal). Almoço do restaurante venezuelano que fica em frente a Pizzaria Leoni Às 16h, pegar ônibus em direção à Casa del Árbol (USD 1), basta perguntar no Hostel de onde esse ônibus sai, bom chegar com antecedência do horário de saída (16h), costuma ficar cheio. Entrada da Casa del Árbol + Columpio del Fin del mundo (balanço) (USD 1); Columpio Extreme USD 1 (gostei desse tbm, apesar de não ser o original). Às 18h retorno no mesmo ônibus para o centro de Baños. Noite: Caminhada no centro; Praça Principal; Igreja da cidade. DIA 13 Dia: SELVA Passeio pela Selva Equatoriana, trata-se de uma pequena entrada na região amazônica do Equador, pelas cidades de Pastaza e Puyo. Passeio que dura o dia todo com almoço incluso, oferece as seguintes atividades: Parada para ver o Rio Pastaza (onde se pratica canoagem e rafting); Zoológico em Puyo; Passeio de canoa pelo Rio Puyo; Caminhada na selva para curtir uma linda cachoeira e se balançar na árvore ao estilo Tarzan...hehehe (não tenha medo, faça!); Visita aos índios Kichwa, participando de rituais e visitando sua tenda de artesanatos. Noite: Pizzaria Garfield (melhor preço do Equador, fica na rua das Boates). DIA 14 Dia: VULCÃO CHIMBORAZO Ônibus de Baños para Riobamba (USD 2); do Terminal de Riobamba, ônibus da Flota Boílvar pedindo ao motorista pra descer no Parque Nacional Chimborazo (USD 2,50). Entrada gratuita no Parque Nacional. A subida ao primeiro refúgio, vc pode fazer de 3 maneiras, caminhando cerca de 2h na altitude (a mais barata!); conseguir uma carona; ou pagar pra te levarem lá de caminhoneta. Com a negativa de algumas oportunidades de carona, pagar foi a solução (USD 10), e digo-lhes que valeu muito depois que vi todo o trajeto, muito sacrificante. Do 1º refúgio para o 2º (5.041m de altitude), caminhada de 40min. Quanto mais cedo vc chegar no Parque, melhor visão do vulcão vc terá, mais chance de conseguir carona tbm. Para descer até a entrada do Parque, carona encontrada...uhuuu!!!!! Ônibus de volta do Chimborazo para o Terminal de Riobamba (USD 2), passa de hora em hora. Ônibus de Riobamba para Cuenca (USD 8, 6h de viagem) Táxi do Terminal de Cuenca para o Hostel no Centro USD 1,30. Hospedagem em Cuenca: Hostal Latina (via Booking; não gostei, mas possui uma ótima localização). DIA 15 Dia: CUENCA Passeio pelo Centro de Cuenca (Catedral e arredores); Tur Bus (USD 8, norte e sul), não costumo pegar esses ônibus, mas diante o pouco tempo disponível, foi uma boa opção, até porque em Cuenca, um único ticket te dá direito a fazer 2 tours (lado norte e o lado sul da cidade), exemplo, uma antes e outro depois do almoço. Esse ônibus passa por todos os principais pontos turísticos dessa linda cidade, mas só faz parada em dois deles (cerca de 20min): - Museu Sombrero Homero Ortega: onde vc vê todo o processo de fabricação do famoso Chapéu do Panamá, que é equatoriano! A guia explica a história desse chapéu e vc ainda aproveita para comprar um exemplar, o clássico custava USD 31, quando estive lá; - Mirante de Turi: parte mais alta da cidade, onde vc tem uma bela vista de Cuenca. Táxi do Hostel para o Terminal de Cuenca USD 1,50 Ônibus de Cuenca para Guayaquil (USD 8, 4h de viagem); chegada ao terminal de Guayaquil, táxi para o hostel USD 5 (acho que foi o único momento da viagem que fui explorado, esse trecho era pra ter sido USD 3). Noite: Setor de bares/restaurantes do Bairro Las Peñas; Bar Casa Pilsener (ambiente bem aconchegante) até às 2h da madrugada. Táxi de volta ao hostel USD 4 (Guayaquil é diferente do resto do Equador, sempre peça aos estabelecimentos conseguirem um táxi pra vc ou peça a um policial, nessa cidade há histórico de sequestro realizado por falsos taxistas, NUNCA pegue qualquer um que vai passando na rua! Todos os pontos turísticos da cidade são bem policiados). Hospedagem em Guayaquil: Hostal San Francisco (via Booking; bom, mas com localização ruim). DIA 16 Dia: GUAYAQUIL Táxi para a Plaza Bolívar (ou Plaza de las Iguanas) USD 3; Caminhada pela Plaza Bolívar vendo Iguanas e tartarugas; a Catedral da cidade fica em frente. Ida caminhando ao Malecón 2000 às margens do Rio Guayas, percorrê-lo do início ao fim com paradas em locais estratégicos; Ao final do Malecón, subir as escadarias do Cerro Santa Ana no bairro Las Peñas. Lá em cima vc terá uma bela vista de Guayaquil, um farol, e durante a subida tem alguns bares, lanchonetes e lojinhas de artesanato. O local é bem seguro, muitos policiais fazem a segurança do lugar durante toda a subida dos 444 degraus da escadaria. Volta para o hostel, táxi USD 4 Noite: Mall San Marino (maior shopping da cidade) Táxi ida USD 3; volta USD 3 DIA 17 Táxi do Hostel para o aeroporto de Guayaquil às 6:30 (USD 4; cerca de 10min). Voo Guayaquil – Lima (8:45/10:40) Voo Lima – São Paulo (12:20/19:30) Voo São Paulo – Natal (22:45/2:00) CONSIDERAÇÕES FINAIS: - O Equador é um país fantástico e de várias facetas: Praias, Cordilheira, Vulcões, Selva, Rios, Cidades históricas; Rica gastronomia; e de um povo muito receptivo, prestativo e simpático, recomendo!!!; - Sim, faço viagens estilo maratona....correria (gosto assim!), cada um tem seu ritmo; - O que eu queria ter feito ou conhecido e não deu tempo? Ter ido a Otavalo (ao norte de Quito) e ter feito o passeio de trem Nariz del Diablo (sai de Alausí). Mas sempre temos que sacrificar algumas coisas para aproveitar outras, então minha decisão foi essa; - Muita gente fala em Montañita, não fui e nem me interessou em conhecer, pelo que pesquisei do local; - Perdi 4,5 kg nessa viagem!!!! Coloco muito esse mérito para a subida do Lago Quilotoa kkkkkkkkk - Na Ilha Isabela daria pra ter feito um tour chamado Tijeretas, teria dado tempo, mas como todo tour em Galápagos, achei caro! - Minha ida a Galápagos foi por Quito e não por Guayaquil, que tem voo direto, única e exclusivamente porque peguei uma promoção q era voo direto QUITO – BALTRA, ida e volta por R$ 908 (já com taxas) em 10x pela Avianca; - Qual destino eu considero dispensável nesse roteiro? Guayaquil!!! Se eu soubesse, poderia ter feito o Nariz Del Diablo ao invés de Guayaquil. Fiquem à vontade para perguntar, será um prazer ajudá-los! FIM!!!!!
  21. Prezados, segue agora série de posts referentes a minha viagem para o Equador em março. Dúvidas, podem me encaminhar e-mail para thiago@mundodesbravo.com.br ou por aqui mesmo! Obrigado. Postagem original c/ fotos: http://www.mundodesbravo.com.br/post/67/1/equador-48h-em-quito QUITO #Saindo e Chegando Cheguei em Quito já passava das 20h e necessitava chegar na casa do meu amigo. Porém não é tão fácil assim. Além de ser longe do aeroporto (aproximadamente 35km do centro) estamos em um país onde moeda oficial é o dólar americano. Então, um taxi seria a opção mais cara. Logo, optei em pegar o transporte executivo em ônibus com ar-condicionado, novo e com wi-fi (funciona pelo menos o whatsapp). O curso do trajeto é de 8 dólares (40-60 minutos) porém se você comprar ida + volta ganha um desconto. A volta não precisa ter uma data definida, você só precisa usar em até 1 ano. O ônibus executivo sai do terminal a cada 30 minutos aproximadamente e te leva diretamente, para o antigo aeroporto de Quito, localizado na zona sul da cidade (esse antigo aeroporto está em obras e sua pista servirá como um parque para comemorar a independência do país). A @AeroServicios funciona 24 por dia nos 365 dias do ano. Saindo da área de desembarque, o balcão estará localizado a sua direita. Mais informações, só entrar no site da empresa. Para regressar, é o mesmo esquema. Você vai até o aeroporto antigo na zona sul de Quito e o procedimento é o mesmo. No antigo terminal só trabalha a empresa Aero Servicios, não tem erro. #Dica Se for de dia, não aceite pegar os taxis logo na saída do aeroporto antigo, pois eles abusam no preço. Como Quito tem uma grande gama de taxis e existem aplicativos, saia do terminal, atravesse a avenida (bem tranqüila) e espere um taxi sair. Em Quito há taxímetros, porém os taxis credenciados no aeroporto, os valores são combinados com o motorista. Após a novela mexicana, os próximos 2 dias serão inteiros em Quito. Fiquei na casa de amigos então o clima foi outro... Clima de descanso, já estava um pouco cansado dessa vida de nômade. Acredito que nem era o fato de voltar ao Brasil, mas sim ficar a cada 5 dias mudando de uma cidade para outra. Há, cheguei numa segunda bem tarde, já perto das 21h. #Dia 1 Acordei cedo e fui logo providenciar um chip de celular colombiano para estar conectado em toda minha estadia no Equador. Fiquei hospedado ao lado do parque La Carolina (Av. Amazonas), região classe média alta de Quito. Seguindo no sentindo norte do parque La Carolina, há um centro comercial Inaquito (Shopping). Tomei meu café da manhã no Burguer King e logo em frete fui até a operadora de celular subsidiada pelo governo, a CNT (https://www.cnt.gob.ec/), onde fiquei sabendo que era a melhor opção custo/benefício no país (algo como 6 dólares o pacote de dados com whatsapp liberado). Após estar com chip em mãos, voltei para o apartamento e fui almoçar com meu amigo próximo do nosso destino. @Parque La Carolina Um dos maiores parques ao ar livre de Quito, o parque La Carolina destaca por ampla área verde, área para prática de vários esportes (pista de corrida, campo de futebol e etc) como também de atrações turísticas: Museu de Ciências Naturais + Vivarium (estilo o nosso Butantã – viveiro para cobras e outros répteis) + Jardim Botânico + um avião DC3-Douglas. O parque fica mais cheio durante a noite para prática de esportes, para os donos levarem seus cachorros para correr e socializar. Aos finais de semana, ponto certo para encontro da família. Eu particularmente AMEI esse parque. De todos os lugares que conheci em Quito, é o meu favorito!! #Dica No lado leste do La Carolina, você encontra uma região mais moderna, agitada e rica da cidade. No encontro da Av. Republica de El Salvador (paralela ao parque) com Av. Portugual, você encontra na esquina um Juan Valdez e em frente o sushi Kobe Express (uma delícia!) Comi lá e você paga por peça - e é barato. Para não pagar mico como eu, primeiro vá ao caixa e faça seu pedido + pagamento. Já eu, sentei na mesa e fiquei esperando o garçom passar para me atender, porém demorei horas até descobrir que não era assim! HAHAHA. @TelefériQo Antes de mais nada, quero dizer que Quito tem tempo instável e fechado como Bogotá, coisas de cidades nos altos dos Andes. Em questão de minutos, o sol lindo ensolarado a pino muda para neblina, chuva e dilúvio. E foi assim que passei subindo o teleférico. Saímos do centro comercial e tomamos um táxi até a base inicial do passeio. Táxi em Quito é mega barato. Uma corrida de 5-7km ou mais, não passa de 1-2 dólares. Custando aproximadamente 10 dólares a entrada, subimos até a Cruz Loma (4000m acima do nível do mar). Logicamente temos uma linda vista de Quito! (#SQN) Também, em tempo bom, é possível avistar o Vulcão Pichincha. Infelizmente enquanto subíamos no teleférico (mais ou menos 7-10 minutos o trajeto) o tempo fechava e quando chegamos no pico, aproveitamos somente uns 5 minutos a vista. Já lá no alto há uma boa estrutura com banheiros, tendas e loja de souvenir, porém tudo meio Silent Hill, sabe? Nem fui averiguar se estava aberto. Então, já que não adiantava ficar olhando pra neblina sobre Quito, fomos conhecer o parque. Na verdade a área é extensa... Aos finais de semana é possível andar de cavalo e também é um dois points preferidos dos quiteños para um bom piquenique com família e amigos. Infelizmente (ou não), preciso achar uma desculpa e voltar em tempo bom. Na descida da Cruz Loma, além do TelefériQo, há uma parque de diversões, chamado de Vulqano Park. E consigo chegar de ônibus até lá? Sim! Existe um ônibus que sobe até o ponto inicial do TelefériQo, porém só o usei na volta ao centro. Custa um dólar. @Centro Histórico E a noite foi dia de conhecer o centro histórico. Como todo centro histórico, não tem chance para asfalto. Chão de pedra batida, paralelepípedos altos e ruas estreitas. E conhecer esses sítios pela noite tem seu charme. Na verdade eu fiz um percorrido, sem ligar muito para “onde eu estava e o que era”. Estava curtindo a noite e o passei com meu amigo colombiano que vive há um ano em Quito. Lembro que comi coisas deliciosas na rua, algo como um amendoim com sal. E a movimentação é a mesma que qualquer capital e seu centro. Lembro que passei pela La Ronda para averiguar um passeio para o vulcão Quilotoa. @Cafe Mosaico Terminei o dia nesse ótimo café/restaurante com uma maravilhosa vista de quito pela noite. Localizado aos pés do morro Itchimbía, o café esta aberto desde o horário de almoço até a janta e é especializado em comida grega, americana e equatoriana. Cafés, cervejas e sucos também são oferecidos. Sobre o preço: nada fora do usual, só pela vista da cidade (parte histórica) já vale a pena. Para ver fotos, horário de abertura e cardápio, clique aqui! #Día 2 Nesse meu segundo full day em Quito, segui uma opção de roteiro que o guia Lonely Planet Ecuador indica. Na verdade não segui ao pé da letra, mas conheci os seguintes pontos do próprio centro histórico que percorri anteriormente à noite: @Plaza Grande A principal e mais famosa praça de Quito. Todo entorno da praça é repleta de prédios históricos, como também, a catedral municipal. @Palacio Arzobispal Hoje funciona como uma galeria com inumeras opções de café da manhã e lanches variados. Dentro, há caixas eletrônicos e outros tipos de comércio. É onde o povo se encontra pra conversar, engraxar o sapato e tal. Tomei café da manhã ali e achei fraco e um pouco caro pelo serviço prestado. @Cathedral Mais do mesmo. Grande igreja, com decoração de época, com inúmeras representações dos últimos passos de Jesus Cristo. Aqui vale a visita para ver a tumba do famoso Mariscal Sucre, um dos lideres da independência de Quito. Mas não se esqueça de achar o famoso quadro da santa ceia, onde Jesus e seus apóstolos saboreiam um delicioso Cuy (porquinho da índia estilo andino, rs). @Palacio del Gobierno Um dos lugares que mais gostei de visitar. Na verdade é a o palácio presidencial do Equador, é onde o Presidente trabalha. Linda arquitetura e ótimo passeio guiado. Para participar do tour dentro do palácio – logicamente por alguns cômodos – é necessário comparecer previamente num guichê existente do lado esquerdo (calle Espejo) para deixar um documento com foto (deixei minha identidade) para cadastro e reserva de horário. Visitas a cada meia hora até 13h e após a cada hora até as 16h. O passeio é super bem guiado, passando antes por um sistema de vistoria e raio-x, em alguns cômodos importante, como o salão de festas, de reuniões presidenciais e até sala onde estão expostas fotos do antigos presidentes e presentes recebidos por outros chefes de Estado. Também localizado na Plaza Grande. @Casa de Sucre Como eu adoro saber um pouco da história local, visitei essa casa/museu (século XIX) onde o famoso Mariscal Sucre viveu com sua família. Na visita, gratuita, é possível caminhar por todos os cômodos e conhecer um pouco mais de sua história, como também sua relação com Simon Bolívar, um amigo muito próximo e braço direito no processo de independência do Equador – como também de outros países sul-americanos em domínio dos espanhóis. @Museo de La Ciudad Sem dúvidas um must-see na cidade de Quito. O museu simplesmente conta, de uma forma bem bacana e iterativa, a história da construção da cidade de Quito ao longo dos séculos. O museu antigamente abrigou em séculos passados um hospital San Juan de Dios, e hoje é considerado o edifício mais antigo da cidade. O ambiente, conta com uma bacana cobertura, um ambiente para as crianças soltarem a imaginação e no centro do edifício há um alinda fonte, marca registrada em casas coloniais. A entrada e paga, porém vale cada centavo. Quando eu fui, eles estavam montado palco para alguma apresentação. @La Compañia de Jesus Mais famosa igreja da cidade e mais bonita segundo os próprios quiteños. E sem dúvidas é, pois a igreja tem todo seu interior folheado a ouro! Além do mais, em tornos dos pilares há inúmeras simbologias que remetem ao antepassado indígena, como flores e frutas. A entrada é paga (3 dólares) porém o tour é gratuito em espanhol e inglês. É um espaço realmente para ser deslumbrado de tão lindo!! Não é possível tirar fotos, mas jogue no Google que não faltará opções. @Plaza Santo Domingo Ampla praça, toda com chão em pedra polido e o bacana dessa praça que em cada lado dela há um ponte do trólebus e fica a uma quadra do La Ronda. @La Ronda Famosa rua de pedra da cidade da cidade. Nela você encontra restaurante, bares que vendem a tradicional bebida chamada Canelazo, posto policial, agência de viagens e bela arquitetura. Foi aí que estive na noite anterior e volte no dia seguinte para fechar o pacote para o Vulcão Quilotoa. A rua mantém características do século XVII e respira arte, servindo palco para pequenas apresentações de teatro e música. Ótima pedida! @Basílica del Voto Nacional No lado norte do centro histórico, já no final e no alto de um morro, é uma enorme igreja em estilo gótico datada de 1926. Simplesmente é uma obra linda externamente e internamente, pois o seu salão para cultos é enorme! Mas a principal atração e subir nas suas enormes torres (escadas do tipo marinheiro e minisculas + longa escadaria) para avistar do topo a cidade de quito! O bacana que você passa por detrás do relógio e fica pertinho dele. Alguns andares mais abaixo do topo, você encontra um restaurante/café com linda vista! #Conclusão Foi muito tempo para muita coisa a ser vista. Faltou conhecer o famoso museu do aclamado artista plástico Guayasamín como também conhecer outros parques e a famosa praça moderninha e palco da juventude com bares e restaurantes, a praça Foch no bairro mochileiro Mariscal. No geral achei Quito uma capital organizada, povo um pouco mais fechado que os colombianos mas mesmo assim educados e amáveis porém em todo lugar que você percorre você continua se questionando se realmente você está numa cidade grande, pois em sua maioria tudo é muito simples. Claro que tive problemas de segurança (falarei depois sobre o tema), porém é uma cidade (como todo país) onde se é possível encontrar uma calmaria e fugir um pouco do borburinho de grandes cidades, como é o caso de Buenos Aires e Santiago. Não é a toa que a maior cidade do país não é Quito, mas sim Guayaquil. Hasta luego!
  22. [creditos]Esse relato faz parte do site "Uzi Por Aí". Tentei fazer uma compilação das partes mais importantes, ou seja, as principais informações[/creditos] Vacina da Febre Amarela Como tudo que é ruim pode piorar, para entrar no Equador é obrigado estar vacinado contra a febre amarela. Eu havia me vacinado em 2008 e como a validade é de 10 anos, não havia necessidade de tomar outra, acontece que eu não tinha o comprovante e sem isto, não dá para tirar o documento que comprova a imunidade, o qual pode ser exigido ao desembarcar no país. O médico me fez uma prescrição e eu fui ao Hospital Emílio Ribas em São Paulo. A burocracia lá foi tanta que eles não aceitaram me aplicar a vacina. Fui então ao Hospital das Clínicas e lá pude tomar a injeção rapidamente. Na mesma hora me deram o Certificado Internacional de Vacina contra a Febre Amarela expedido pela Anvisa. Um dia depois tive como efeito colateral uma febre muito forte, mas que fazendo uso do Buscopan passou em dois dias. Do Aeroporto ao Centro Viajando pela Tame, companhia aérea que tem voos diretos entre Brasil e Equador, cheguei ao novo e único Aeroporto de Quito que fica muito longe do centro, cerca de 80 minutos. Logo no desembarque, avistei o estande, onde se pode comprar a passagem do Aero Servicios, bus executivo que leva o turista até o antigo aeroporto (que agora funciona como se fosse uma rodoviária), localizado no meio da cidade. O ticket custa 6 dólares. aeroporto de quito para o centro Estande para comprar a passagem do Aero Servicios. como ir do aeroporto de quito para o centro da cidade Ônibus do Aero Servicios, com ar condicionado e wifi. Há uma opção mais econômica para se chegar ao centro. Um pouco mais à frente da plataforma onde fica o Aero Servicios, há um ponto de ônibus coletivo que leva o turista até o Terminal de Rio Coca pela bagatela de 2 dólares. Os Táxis Tanto o aeroporto antigo quanto o terminal possuem estações de Trolebus, transporte público que abarca toda a cidade, mas depois de uma viagem longa a um país de terceiro mundo desconhecido, o melhor mesmo é pegar um táxi, que é muito barato por lá. Dificilmente a corrida custará mais de 3 ou 4 dólares. Você só precisa insistir que o motorista ligue (prenda) o taxímetro, pois alguns querem dar valores mais altos quando percebe que o passageiro é turista. Onde Ficar Centro Histórico ou Mariscal? Estes são os dois bairros preferidos de quem vai passear em Quito. O Centro é lindo e cheio de história, tanto que foi o primeiro a ganhar da UNESCO o título de Patrimônio da Humanidade. Mas apesar de ser onde se concentram os museus, as lindas construções coloniais e as demais atrações culturais, o Centro Histórico fica meio deserto à noite, o que acaba lhe deixando perigoso. Já no Mariscal a noite é extremamente movimentada. Os restaurantes ficam aberto até mais tarde, as baladas varam a madruga e os karaokês enchem, isto porque os equatorianos são fãs de karaokê, por lá ainda é moda. O ruim do Mariscal é que por ser reduto dos estrangeiros - tanto que é conhecido como "gringolândia" - não há muita interação com os nativos, na realidade até parece que você está em outro um país, um que não tem nada a ver com o Equador. Então dependendo do tipo de turista que você é, o Mariscal poder deixar a desejar, sem contar que os preços por lá são mais elevados e as baladas podem incomodar quem quer sossego. Por sorte, eu não fiquei em nenhum desses bairros, mesmo sem planejar acabei hospedado em um bairro residencial que ficava próximo dos dois. Hospedei-me por meio do Airbnb, numa casa em que a proprietária, Yadi, cuida bastante dos seus hóspedes. A diária custava 17 dólares para um quarto com cama de casal e com vista para os Jardins de Circaciana, que fica em frente à estação de Trolebus El Cólon. Após se cadastrar, dê uma olhada na casa de Yadi, de verdade acho uma excelente opção, pois Yadi e sua família são muito receptivos, além do que, por ter sido ela professora de espanhol por muitos anos, ela fala de forma bastante clara, um espanhol totalmente compreensível. Atrações Como não poderia ser diferente, usei o primeiro dia para andar pelo Centro Histórico, onde a maioria dos pontos turísticos se encontram. Quase ao lado do prédio Presidencia de la República está o Centro Cultural Metropolitano, no qual sempre há exposições de arte e atividades culturais. Como era o mês dos finados, as artes expostas diziam respeito aos mortos. Uma curiosidade sobre o Equador é que eles realmente levam a sério o dia de finados, estendendo a data pelo mês inteiro. Alguns metros depois do Centro Cultural cheguei à famosa igreja Companhia de Jesus. Ao vê-la por fora não achei muita graça, porém, assim que paguei os 2 dólares do ingresso e entrei, tive uma grata surpresa. De longe foi um dos templos mais bonitos que já vi. Toda a madeira do seu interior é banhada a ouro, o que faz os olhos de qualquer um brilharem. Como igreja é uma coisa que não falta em Quito, olhei no mapa e fui atrás da Basílica do Voto Nacional, a qual também é parada obrigatória. De repente o tempo mudou e a minha saúde se abalou. Entrei no primeiro KFC que vi pela frente. É curioso como a rede KFC é popular por lá, enquanto que o MC Donald's pouco se vê. O Equador é um dos únicos países que assim como Brasil comem feijão todo o dia, a diferença é que o feijão equatoriano é imenso. Lá fora a tempestade caia forte. Raios, trovões e relâmpagos. Assim que a chuva deu uma diminuída, voltei a andar pelo Centro Histórico com uma nova fotografia. Com o tempo fechado, parece que o branco das construções ganhavam mais vida. A impressão que tive foi que a chuva havia limpado a cidade. O que ocorre é que em Quito há vendedores ambulantes de tudo que se possa imaginar. Desde gelatina a pen drive, de meias a papel higiênico, o qual custava 1 dólar. Tanta gente vendendo deixa a cidade visualmente poluída.
  23. Aos poucos, o Equador começa a entrar no roteiro dos turistas brasileiros. Não sei por qual motivo, esse pequeno país localizado entre Colômbia e Peru é ignorado por muitos de nós na hora de escolher um destino na América do Sul. Motivos para conhece-lo não faltam: o Equador possuí uma enorme diversidade de paisagens com praias, montanhas, cidades históricas, vulcões e até parte da Floresta Amazônica; é um dos países mais baratos para viajar na América do Sul; possui boa infraestrutura para receber os turistas; e por ser um país territorialmente pequeno, viajar de ônibus é bem fácil, rápido e barato. Quito-Montañita-Cuenca-Baños Seu roteiro começa pela capital equatoriana e segunda maior cidade do país: Quito- reserve cinco ou seis dias. Antes que você pense que é muito tempo para uma única cidade, vou explicar o motivo para quase uma semana por lá: Quito serve como uma ótima base para você fazer day trips e explorar lugares super interessantes e que não estão muito longe. Alguns que recomendo fortemente que você faça esses bate –volta são: Laguna Quilotoa, Vulcão Cotopaxi e Otavalo. Todos esses passeios podem ser feitos por conta própria (acorde bem cedo no caso dessa opção) ou através de alguma agência de turismo. Nos outros dias aproveite para conhecer uma das capitais mais interessantes da América do Sul. O centro histórico de Quito é um dos mais bem preservados da América Latina e foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela ONU em 1978. Outro lugar bastante procurado pelos viajantes é o Parque Mitad del Mundo, o lugar onde supostamente passa a Linha do Equador que divide os hemisférios em norte e sul. Após quase uma semana na altitude de Quito, é hora de baixar ao nível do mar rumo a Montañita- um lugar para curtir praia, sol, surf e muitas festas. Esse pequeno vilarejo é o point dos mochileiros que viajam pela América do Sul. Muitos inclusive se apaixonam pelo lugar e ficam muito mais tempo que o planejado. De Quito não há um ônibus direto para Montañita. Para chegar até lá você terá que ir até Guayaquil e depois pegar um ônibus até a cidade a beira mar. Dica: de Quito a Guayaquil são aproximadamente nove horas de viagem, faça esse trajeto durante a noite. Você economizará uma diária de hospedagem e poderá pegar o primeiro ônibus de Guayaquil a Montañita. Além do dia da chegada em Montañita, reserve outros dois dias inteiros para curtir o lugar. Após os dias de sol e água fresca a próxima cidade do roteiro é Cuenca. Esse dia será praticamente perdido pela viagem. Saia cedo de Montañita e volte para Guayaquil. Em Guayaquil há muitas saídas durante todo o dia até Cuenca, o percurso demora aproximadamente cinco horas. Separe dois dias inteiros para conhecer Cuenca e arredores. A cidade histórica é bem preservada e vale a pena passar um dia todo caminhando pelas ruas antigas, conhecendo alguns museus, igrejas e outros lugares. No segundo dia você pode ir até o Parque Nacional El Cajas, que está apenas a 33 quilômetros de Cuenca. Passe o dia conhecendo esse parque que possuí grande variedade de fauna e flora, retorne para Cuenca no fim do dia e organize suas coisas para seguir viagem no dia seguinte. A última cidade a visitar no Equador será Baños, uma pequena cidade rodeada por vulcões, com ótimas opções de atividades outdoors e excelente infraestrutura para os turistas. Aproveite três dias inteiros na cidade e não se arrependerá. Alugue uma bicicleta e percorra a famosa Ruta de las Cascadas, conheça a Casa del Árbol com o famoso balanço do fim do mundo, relaxe nas águas termais em alguma das diversas opções que há por lá. Baños também é a porta de entrada para quem quer explorar a Amazônia equatoriana, mas para isso você precisará de mais dias no seu roteiro. A cidade possui inúmeras agências que oferecem diversos passeios- vale a pena pesquisar antes de fechar negócio. Dica Extra: Está com mais tempo e dinheiro disponível? Inclua o arquipélago de Galápagos no seu roteiro. Esse lugar com valioso ecossistema foi de grande importância para que o naturalista Charles Darwin construísse a sua teoria da evolução e a obra A Origem das Espécies. Atualmente, o governo equatoriano tenta controlar o turismo desenfreado sobre as ilhas cobrando altas taxas de ingresso e limitando a entrada de pessoas. Devido ao seu enorme potencial turístico, nas últimas duas décadas o número de visitantes na ilha quadriplicou. Sem dúvida nenhuma, caso não seja feito um turismo sustentável e consciente, algumas das espécies encontradas apenas nessa região sofrem sério risco de entrarem em extinção. Post originalmente publicado no meu blog. (http://www.voltologo.net/roteiro-de-15-dias-no-equador/)
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