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  • Membros de Honra

Que dá, dá...

A questão é se EU consigo. Eu tenho minhas limitações quanto a medo de altura e tudo mais. Quem conhece o paredão onde existem as escadas sabe que o obstáculo não é fácil!

 

Próxima ida ao PP vou incluir na mochila sapatilha, magnésio... ::lol4:: ::lol4:: ::lol4::

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  • Membros de Honra

na boa,

 

acho essa retirada de grampos do PP coisa de quem tem a mãe em lugar não muito bem afamado. existe entre o pessoal que administra lá a região duas preocupações:

 

1. barrar a chegada de grupos de evangélicos doidos (favor envangélicos não doidos, não se identifiquem com essa crítica, ou seja, a grande maioria do povo evangélico, doido tem em qq área, e me refiro a essa minoria) que levam multidões morro acima pra cultos, destruindo o local, deixando lixo pra dedéu em tudo quanto é lugar e etc. eu mesmo presenciei esses restos, e nada mais brochante do que vc chegar no a2 cansado pra montar sua barraca e dar de cara com restos de roupas e lixo no chão, junto com uma cruz e folhetos falando de jesus. chegam em bandos e vão gritando e cantando pelas trilhas, e quem conhece um pouco de mato sabe que isso estressa os animais. já estamos invadindo a área deles, fazer silêncio e não deixar restos não é mais do que obrigação. são incontáveis os mutirões pra limpar as trilhas pelo lixo deixado, mas seria mais fácil simplesmente controlar melhor que acessa a trilha, uma vez que os acessos se fazem por áreas privadas.

 

2. barrar o alcance do cume por quem "não tá preparado", não é "montanhista o suficiente" e etc. é a mesma atitude babaca que faz com que não passem por exemplo os waypoints dos caminhos ao ciririca para evitar que os não-locais o atinjam.

 

só que com essas atitudes o que está ocorrendo é:

 

1. maior devastação: grampos e correntes canalizam a passagem. onde havia grampos e não há mais, o povo se segura em galhos e etc. ou seja, a via tá se alargando mais.

 

2. a atitude restritiva aos "não capazes" é de fundo nazista. montanhistas de mais idade, do próprio paraná, hj não mais sobem o pp. gente que tiver alguma deficiência numa mão, que é o meu caso, talvez tb não suba. e quem não dominar as técnicas de escalada tb não subirá, pq agora é obrigatório aprender a suspender o peso do corpo na ponta dos dedos, e não segurando firmemente com a mão. ou seja, restringe-se o acesso a um grupo específico.

 

eu por exemplo tenho forma física pra subir aquela josta, atualmente, umas 3 vezes, se quiser.esse ano participei dum troço muito mais extenuante do que subir o PP, que é pedalar 200 kms num único dia. já fiz as duas coisas (pedalar pesadopor mais de 12 horas e subir o PP), e posso afirmar com segurança, em matéria de esforço físico contínuo um audax de 200 kms é algo muito mais pesado do que subir montanhas. mas não tenho todos os movimentos da mão direita. sim, isso me atrapalha no pedal tb, depois de 10 horas pedalando pesado continuamente, minha mão dói e incha de tanto segurar o guidão da bike, mas isso nao atrapalha a direção da bike nem a frenagem.

 

mas, independentemente de estar com a mão cansada ou não, não sinto firmeza pra me pendurar nos dedos da mão direita. então, a mensagem é clara: eu sou um dos indesejáveis por lá.

 

mas tenho vontade de voltar, de voltar e dormir de rede no abrigo do A2. "montanhistas puros" irritam-se bastante com quem faz trilhas de rede. pq rede pode ser usada no frio, mas é pra baixa altitude, e isso é o brasil inteiro. brasil não tem montanha, brasil tem morro. e daí, claro, fica difícil bancar o montanhista "de verdade" usando uma barraca cara se o cara do lado tá numa nautika. (pra não acharem que é recalque de quem não tem grana pra barraca cara, ma minha é uma manaslu, e nas minahs 3 estadias no a2 do pp, uma foi de rede, outra numa trilhas e rumos de mais de 4 kg carregada pelo cacius alemão e outra foi na minha manaslu -a noite mais confortável foi de rede).

 

admiro o trabalho de manutenção da trilha e limpeza que os montanhistas do paraná fazem no PP, mas reprovo essa retirada de grampos e correntes. logo logo lá só chegarão os jovenzinhos. mas quero que eles cheguem aos 40 como eu. quero ver se lamentando depois por não conseguirem mais fazer determinadas coisas. assim a sensação de velhice lhes chegará mais cedo, do que tem chegado pra mim.

 

no PP conheci pessoas maravilhosas e outras nem um pouco. quando se vai da estrada a pé para a fazenda, muita gente passa de carro. os irmãos de montanha são aqueles que oferecem carona. os ratos passam às vezes até dando tchauzinho e te deixam na poeira.

 

pra voltar, a mesma coisa, uns oferecem carona até a estrada ou mesmo até ctba, outros fazem cara feia e negam esse auxílio a quem tá com as pernas mais cansadas.

 

na primeira vez que fui um cara me negou carona na volta (e eu tava com a perna machucada), mas o trator que recolhia o lixo me levou de volta em boa parte do caminho. o tratorista foi muito mais humano que aquele outro mané...

 

em tempo: uma vez, no orkut, um f.d.p. me falou que seu eu não tinha unha não deveria ter subido o PP, pq os "verdadeiros motanhistas", os antigos, faziam a subida assim.. perguntei se ele tb fazia como os antigos e usava botas que não eram impermeáveis, blusas de lã em vez de fleeces, calças jeans em vez de calças de trilha, cordas de sisal em vez das cordas modernas, mochilas de lona verde em vez das modernas cargueiras e etc. a resposta foi um palavrão... as pessoas deveriam ser mais coerentes, não?

 

o que vai acontecer no futuro? as pessoas não deixarão de ir. mas vão acabar pagando uma graninha pra algum guia-babá que lhes segure a corda no paredão rochoso que antecede o PP. e assim, claro, subir o PP deixará de ser uma questão de competência, mas de ter dinheiro pra comprar o pacotinho de aventureiro.

Editado por Visitante
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  • Membros de Honra

Ogum, estas palavras me tocaram até.

Para além de um discurso que os mais velhos tem uma visão mais experiente das coisas, por assim dizer do mundo, eu vejo o que meu corpo de 32 anos me fala, e o que meus olhos que até parecem quinquagenários enxergam... e eles por vezes alegremente, e tristemente, viram coisas semelhantes, bem semelhantes até, por estas trilhas tão diferentes e bem mais ao norte, mas percorridas e ´´tomadas´´ por pessoas semelhantes as que também viste.

 

E sim, realmente tem coisas que só o tempo ensina...e demonstra...

 

Aos demais, desculpe-me uma resposta meio offtopic, mas é apenas uma ratificação ao que já foi dito pelo Ogum.

::cool:::'>

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  • Membros de Honra

Ogum, sua indignação é compartilhada por grande parte dos montanhistas que lá frequentam.

Tenho acompanhado a discussão pelos e-mails trocados na lista da FEPAM, e o negócio tá fervendo. Alguns inclusive pedindo a interdição da trilha até a reposição dos degraus, por falta de segurança e degradação da mesma.

Sobre o Ciririca, já tenho bastante informação, o que você precisa? Manda uma MP.

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  • Membros de Honra

Sei de histórias de pessoas que se quebraram COM OS GRAMPOS, não quero nem pensa como vai ser sem. Logo logo alguém se arrebentará por lá, dai a coisa vai realmente esquentar...........

 

Otávio,

O que acha de fazer um relato ou um tópico com dicas sobre o Ciririca? Como a maioria, também não consegui informações sobre o local.

Qualquer coisa conversamos por MP.

 

 

Abraços

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  • Colaboradores

Não fui ainda lá, mas estarei indo agora no final de julho ou começo de agosto. Como moro a mais de 1000 Km do mesmo, vou fazê-lo no estilo bate e volta e tentar na sorte acertar um dia bom para subir.

 

Apurei dados de GPS sobre o Pico Paraná e vou compartilhar com vocês.

 

Altimeria:

4598815054_422b8e39db_o.jpg

 

- Distância percorrida casa da fazenda - topo - casa da fazenda: 16,834 Km - via trilha que passa perto do Pico Itapiroca.

- aclive acumulado da Fazenda - topo do Pico Paraná - Fazenda: 1396 m ::mmm:

- declive acumulado da Fazenda - topo do Pico Paraná - Fazenda: 1396 m

 

Altitude da casa da Fazenda Pico Paraná: 955 m

Altitude do Pico Paraná: 1877 m

Altitude acampamento 1: 1584 m

Altitude acampamento 2: 1637 m

Altitude acampamento 3: 1839 m

 

Pelo que vi no site da fazenda além de lanterna obrigatória estão exigindo apito também e "ouvi" dizerem que estão até pedindo duas lanternas por pessoa, confere?

 

Vlw

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  • Membros de Honra

Tiago, realmente é uma boa altimetria, e COMO ela está distribuída ferra ainda mais. hehehe..

Sobre lanternas, se exige uma, mas a recomendação é, se possível, levar duas. Um apito é uma coisa muito útil para sinalizar. ::cool:::'>

Outra coisa, não vi fiscalização dos equipos... acho também que não tem que fiscalizar, vc vai lá, vc é grandinho pra saber o que tá fazendo.. se quiser negligenciar, problema seu!

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  • Membros de Honra

o PP é uma difícil trilha fácil.

 

explicando: não há grandes problemas de orientação, a trilah é uma avenida. um croquizinho no máximo dá jeito.

 

mas como essa altimetria tá destribuída que é o problema e o cacius sabe bem.

 

a subida do morro do getúlio é chamada de subida da desistência. muita gente desiste ali, e o alemão aí em cima quase desistiu tb. não deixei.

 

no trecho onde era pra ser "suave", no selado entre o caratuva e o tiapiroca, pricipalment eno costeio do caratuva, é um sobe e desce danado nas covas e pedras e raízes. é como fazer tirlha num daqueles brinquedos de palyground que a molecad fica escalando. é tração nas 4, com direito a escorregões, tombos, capotadas e etc.

 

e depois do selado do caratuva pro PP, começa uma escaladinha boa. não sou escalador, aquela subida ali não me parece cois amuito fácil não. talvez pra alguém acostumado com sapatilhas e magnésio nas mãos seja bico, mas eu sempre tava de mochila e bota, ou tênis de trilha.

 

e afora iso, mesmo depois que se chega ao A2, não se tem vida muito sossegada, o vento é forte, e a trilha pra bica tá desmoroando. tem que se passar por cima de uma pedra - ali cabia bem umgrampo, ajudva pra dedéu pra direcionar o trânsito por ali, pois a trilha ao lado tá desmoronado. eu uma vez caí ali, o dionir/gutante que puxou pelos cabelos pra eu não rolar lá pra baixo. voltamo nós dois brancos que o cacius olhou pra gente perguntando pq tavam os dois com olhos arregalados.

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