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o guia chileno não morreu, ele tinha ido atrás do brasileiro quando esse escorregou, por isso demorou a descer e deram essa notícia errada.

ontem foi um dia super tenso aqui para a gente porque as notícias eram poucas e, quando chegavam, estavam erradas e desencontradas. chegaram a dizer que tinha ocorrido uma avalanche! além de divulgarem nomes errados de pessoas supostamente falecidas...

nós tivemos 3 hóspedes que subiram ao Villarrica exatamente com as duas agências que tiveram acidentes fatais. passamos o dia tentando conseguir informações com eles e não conseguimos...

 

enfim, esse guia está vivo, o brasileiro desapareceu e desde ontem as buscas foram suspendidas.

um mexicano também morreu e um chileno foi encontrado com feridas graves, tem também um suíço ferido no hospital.

os nossos hóspedes chegaram bem, graças a Deus, mas viram os três acidentes, o que não foi nem um pouco legal...

um deles estava com o brasileiro... e também chegou a ser dado como morto!

 

ontem o tempo estava péssimo e ninguém deveria ter subido...

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Eu concordo plenamente com quem disse que as agências são loucas de levar as pessoas da maneira como fazem, sem um criterioso exame de suas condições físicas e sem a exigência de experiência em montanhismo.

Eu subi o vulcão Villarica com meu namorado há 15 dias e se soubesse que seria como foi, jamais teria feito esse passeio. Os equipamentos e o guia que nos levaram eram mt bons, todavia, o próprio percurso é muito traiçoeiro, ainda mais para quem, como nós, nunca tinha pisado na neve. Eu tropecei várias vezes, assim como o meu namorado, e quando estavávamos chegando ao topo só rezava a Deus p/ cuidar de nós impedir que algum acidente acontecesse, pq eu estava achando tudo muito perigoso.

Quando se chega mais ou menos à metade da subida, o guia passa instruções de como utilizar o piolet p/ se segurar na neve acaso vc escorregue. Eu tentei várias vezes, mas não tinha habilidade para fixar o meu piolet no gelo, contudo, continuamos a subida assim mesmo. Eu subi consciente de que, se escorregasse, não conseguiria parar; mas é a tal coisa, a gente nunca acha q vai acontecer com a gente. Nos últimos 100 m da subida, meu nível de stress ficou altíssimo e as minhas energias quase chegaram ao fim. E olha que eu sou bem habituada aos esportes. Eu só conseguia pensar em como eu era "burra" de me meter numa fria (literalmente) dessas. Conseguimos chegar ao topo e a vista é maravilhosa, incrível mesmo, nunca vi nada igual. A descida também é muito divertida, mas em um dado momento começaram a rolar pedras do topo do vulcão. Os guias gritavam avisando as pessoas dos grupos, porque se uma pedra dessas atinge uma pessoa, já era. No vulcão, o tempo muda a todo instante e é muito imprevisível. Ao fim da descida, uma nuvem carregada surgiu de repente, e tivemos que apressar o passo p/ não pegar chuva. Levamos quase 10 horas p/ subir e descer a montanha.

Conclusão: conselho meu, quem não tiver experiência, não se arrisque. Pucón é uma cidade maravilhosa e existem inúmeros passeios divertidos p/ se fazer. Quem ainda assim quiser subir o vulcão, obedeça às agências de turismo quando dizem que o tempo não é apropriado p/ a subida. A notícia da morte desse brasileiro, poucas semanas depois de eu e meu namorado termos arriscado nossas vidas por essa aventura, me deixou profundamente consternada. Condolências à família.

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  • Colaboradores

eles não caíram em uma fenda, nem estavam todos juntos, não foi um único acidente. foram vários acidentes causados por vários motivos: péssimo tempo, chuva, falta de preparo das agências, despreparo também dos turistas para realizar uma atividade dessa... entre outras coisas.

quando as pessoas chegam aqui e me perguntam sobre a subida do Villarrica eu sempre aviso que é difícil, não é para qualquer um, tem que ter preparo físico e psicológico, e tem que saber que não é um passeio na beira do lago! a maioria não tem a menor noção do que está indo fazer... eu por exemplo nunca fui, pois sei que não é para pessoas desastradas como eu!

 

mas voltando ao acidente, foram dois grupos separados, agências diferentes, mas basicamente o mesmo: eles escorregaram, caíram e não conseguiram se segurar. e quando se desliza por gelo há como chegar a uns 140km/h, dependendo da distância percorrida! provavelmente depois de deslizar por muitos metros sem controle (tantos que o guia que foi atrás do brasileiro na mesma hora em que ele caiu não conseguiu encontrá-lo) acabaram caindo em uma greta.

na verdade ninguém deveria ter subido, a CONAF não deveria ter autorizado a entrada das agências naquelas condições climáticas, fato.

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Realmente é muito triste o que aconteceu. Fui em novembro do ano passado, e tambem tentei ser o mais cuidadoso possivel na subida, pois sabia que se escorregasse, nao conseguiria frear minha queda com o piolet, por nao ter experiência.

 

Os ultimos metros sao tensos mesmos, ainda mais que você esta cansado...

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  • Membros

O relato da Drimochileira seria igual ao meu.

 

Subi juntamente com minha esposa há 1 mês e também fiquei surpreso pela dificuldade e o risco. Foi umas das melhores experiências da minha vida, porém não é para qualquer um. No meu grupo de 12 pessoas, 6 desisitiram pelo caminho devido à dificuldade. Mesmo com o tempo bom, a subida é desgastante e achei que não conseguiria.

 

Não há margens para erro, você não pode escorregar senão já era. Exige-se coordenação motora para não errar os passos marcados no gelo. O caminho no gelo é estreito e escorregadio, a fila é indiana e não se pode parar.

Na descida, o skibunda é divertido mas ainda com risco. Eu, um Chileno e um Argentino saímos do escorregador devido à velocidade e rolamos morro abaixo.

O Chileno parou nas pedras, mas sem se machucar, o Argentino foi parado pelo guia, e eu não sei como consegui utilizar o Piolet.

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  • Colaboradores

Eu não sou atleta, mas estou longe de ser sedentário. Uns 3 meses antes de ir pro Villarrica, agora em janeiro, eu mudei meu treino na academia justamente pra me preparar um pouco melhor pra subida, e ainda assim foi extremamente cansativo. O primeiro trecho, nas pedras fora da neve, apesar de não ser tão perigoso, é de matar. Ai quando você entra na neve já está com os músculos das pernas em frangalhos, se realmente precisar deles, pode ter problemas. Aliás, o pessoal da agência disse que aquele seria o trecho do teleférico, e excepcionalmente naquele dia ele não estava funcionando por causa do vento. Porém, quando venderam o pacote, eles tinham até falado para levar dinheiro para pagar o teleférico. Quando voltei da subida, ouvi o pessoal comentar que o teleférico não funciona no verão e que nos enganaram descaradamente. Não tive como confirmar, mas se alguém pegou esse teleférico funcionando em janeiro ou fevereiro, por favor, conte aqui para que a diminua um pouco a imagem de picareta que eu fiquei do dono da agência. Em todo caso, pode até diminuir, mas vou continuar achando ele um baita picareta. O sujeito fez um tremendo discurso de que ele era o melhor e cobrava mais caro para garantir a segurança e dar um atendimento diferenciado. Mas o que eu vi foi que não havia difença alguma. Pelo contrário! Ele vendeu a subida para uma família que tinha uma senhora que não tem condições de subir uns três lances de escada. Dava para perceber claramente que eles não tinham a mais remota noção de onde estavam se metendo. Ai tiveram que deslocar dois guias para ficar com essa família e o resto do grupo, pelo menos umas 12 pessoas com preparo físico e disposição diferentes, ficaram sob responsabilidade de apenas 2 guias. Até na Chapada Diamantina, onde as trilhas são infinitamente menos perigosas, não é permitido grupos de mais de 5 pessoas por guia. As outras agências também não pareceram ser diferentes. Então acho que quem quiser subir, é bom ter consciência de que realmente não é fácil, tem que estar bem preparado e ser bem mais conservador do que as agências de Pucon, porque eles trabalham com um nível de risco que, eu particularmante, acho que está acima do bom senso.

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