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Dia 17 (domingo, 05/08/2018) – Voltando para a Trip

 

No domingo, desmontei minha barraca depois de quase 10 dias, arrumei minha mochila, saco de dormir, isolante térmico e quando eram umas 11 da manhã, eu e minha amiga Clara (escoteira também, tínhamos combinado de fazer os passeios em Cusco juntos depois que o acampamento acabasse) pegamos o transfer de volta ao Aeroporto de Cusco. A Clara já tinha reservado um hostel em Cusco pelo Booking, um tal de La Cobra Hostel, pelo endereço, ficava perto da Plaza de Armas e o preço estava bom, então achei OK, pedimos o táxi do aero até lá, custou S/ 4 para cada.

Chegando lá, o taxista passou a rua inteira, fomos olhando os números das lojas, e nada desse hostel, até que uma vendedora falou que ele ficava descendo uma viela, gente, juro pra vocês, parecia um beco, só faltava uma boca de fumo na entrada, lá no fim, tinha um portãozinho, com um corredor e no fim do corredor era o hostel, pensamos seriamente em nem entrar, mas como não dava para cancelar sem pagar a multa do Booking, tivemos que engolir (EVITEM RESERVAR HOSPEDAGEM DAQUI DO BRASIL, e caso forem reservar assim mesmo, prefiram sempre as que não pedem cartão de crédito, porque qualquer coisa você não perde nada).

Entramos, era um lugar bem vazio, pra não dizer macabro. Era velho, meio sujo, não tinha uma atmosfera boa. O dono era meio largadão, mas era simpático, pagamos S/ 48 por 3 diárias, nosso quarto tinha 4 beliches (me admirou minha rinite não atacar, porque o quarto parecia que não via uma faxina há uns bons anos). Além disso o banheiro era bem tenso, velho, parecia sujo, cada banho era uns 15 minutos até conseguir regular a temperatura da água. Ponto “positivo”, tinha uma Jacuzzi no pátio do hostel, e segundo o dono, eles ligavam ela toda noite as 8 horas para os hóspedes, na verdade era uma banheira de hidromassagem velha, gigante, com os encanamentos todos a mostra, e nos três dias que ficamos lá, só vimos ele e a namorada entrando.

Sem mais delongas sobre o hostel, arrumei minhas coisas pós-acampamento, e já separei minha mochila de roupas sujas para mandar pra lavanderia, achamos uma no caminho da Plaza por S/ 3 o kilo, deixamos nossas roupas lá, custou S/ 30 pelos 10 kg de roupa, mais S/ 10 para lavar meu tênis que estava pedindo uma lavagem também.

 

LAVANDERIAS: No Peru e na Bolívia, lavanderia é muito barata, é cobrado por quilo, coisa de R$ 3,00, então compensa muito mandar lavar.

 

Depois fomos a Plaza de Armas, queríamos fazer o city tour pela tarde, lá encontramos o Fermin, guia turístico que eu tinha pedido para comprar o ingresso para MP, paguei os S/ 125 do ingresso e fechamos um city tour com ele mesmo por S/ 25, sem contar o Boleto Turístico.

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Ter o contato do Fermin foi uma mão na roda, pois como eu conheci ele num grupo de whatsapp só de viagens, todo mundo que já tinha feito esse rolê antes me recomendou ele (me procurem no insta que eu passo o contato dele), o que me poupou de ter que ficar indo de agência em agência atrás dos passeios igual David e eu fizemos em Arequipa, Clara e eu simplesmente decidíamos o que iríamos fazer no dia seguinte, mandávamos um whats pro Fermin e ele encaixava a gente no passeio.

 

BOLETO TURÍSTICO DE CUSCO (BTC): Boleto?? Deusúlivre!! Não esse boleto não é de conta, mas tem que pagar também kkk. Ele é um ingresso que serve para 16 pontos turísticos de Cusco e do Vale Sagrado, possui várias versões, a completa custa S/ 130 (inteiro) e S/ 70 (estudante), vale por 10 dias e abrange os 16 pontos. Fora essa, também tem os circuitos parciais, que custam S/ 70 (inteiro) e S/ 40 (estudante) e valem por 1 ou 2 dias, e dão acesso a menos lugares. Cada vez que você vai em algum lugar, eles fazem um furo no boleto, ou seja, você só pode visitar uma vez cada lugar do boleto. Mesmo ele sendo meio “salgado”, se você for visitar mais de 2 lugares em Cusco, o preço dos ingressos individuais dos lugares já custam o preço de um boleto. Ele é vendido na COSITUC (Av. El Sol, 103) e nas agências de passeios.

 

O passeio começou as 14h, saímos da Catedral, fomos a pé até Qoricancha (não incluída no BTC, pagamos S/ 8 meia entrada). Depois fomos de van até Saqsaywaman, depois para Tambomachay, Puka Pukara, e por último fomos para Q’enqo.

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Agora começa uma história meio tensa, uma daquelas coisas que tem que acontecer durante uma viagem pra ela se tornar realmente inesquecível, os famosos perrengues. Já fazia alguns dias (desde a metade do acampamento), que eu sentia que minha barriga estava meio estranha, algumas dores, gases, um pouco de diarreia, mas não achei nada demais, pensei que fosse efeito da altitude e do frio, pois segundo os locais, a digestão demora mais por causa do baixo oxigênio e do frio, por isso eles tem o hábito de tomar chá junto com as refeições, para acelerar a digestão. Mas quando chegamos em Q’enqo, eu já estava cruzando as pernas de vontade de ir ao banheiro, e lá não tinha banheiro...

Quando entramos na van, pensei que fossemos voltar direto para o centro, não... passamos em outra feirinha de artesanato, igual a de Chinchero, onde nos explicaram de novo a diferença entre as lãs e tals, e eu não estava aguentando mais, minha barriga doía. Sorte que lá tinha um banheiro onde eu pude correr, os detalhes sórdidos eu vos poupo.

Chegamos no centro, umas 7 da noite. Clara e eu fomos jantar, havia um restaurante perto do hostel, chamado “La Divina Patrícia”, onde sempre rolava umas promoções boas lá, e o lugar tinha uma cara boa, limpa, então fomos lá. Paguei S/ 8 numa pizza brotinho, com pão de alho e um copo de limonada. Depois voltamos para o Hostel macabro, e de novo, diarreia atacando, já não tava mais aguentando ir no banheiro toda hora, comecei a ficar com medo de não ser apenas um mal-estar por causa da altitude e do frio, de ser alguma coisa mais séria, principalmente porque meu ingresso para Machu Picchu era para daqui a dois dias e tudo que eu não queria era ter um desarranjo lá nas montanhas sagradas. 

Mandei uma mensagem para o Fermin, para ele arranjar o passeio de Maras e Moray para o dia seguinte. Ele me confirmou, sairia as 8:20 da manhã da Plaza de Armas.

SALDO DO DIA

Táxi (aero-hostel) – S/ 4,00

Ingresso MP – S/ 125,00

Ingresso Qoricancha – S/ 8,00

City tour – S/ 25,00

3 diárias no La Cobra Hostel – S/ 48,00 (S/ 16 por dia)

Janta La Divina Patrícia – S/ 8,00

Lavanderia – S/ 40,00

 

 

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Dia 18 (segunda-feira, 06/08/2018) – E Quando Percebo, Estou no Hospital

 

Clara e eu acordamos e fomos para a Plaza, as 8h20m pegamos a van até as Salineras de Maras (não inclusas no BTC, paguei S/ 10). Em Maras, é onde tem as Salineras nas montanhas, dá pra comprar vários pacotinhos do Sal de Maras (é tipo aquele sal rosa do Himalaia), ou chocolate com o sal. É um lugar muito bonito, vários poços onde cada família tira seu sal. Começou a chover. Voltamos para a van e fomos para Moray, que é um sítio arqueológico, há vários terraços incas, onde os antigos usavam para aclimatar as diversas espécies de batatas cultivadas nos Andes.

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PASSEIO VALLE SAGRADO: Em Cusco, há agências que vendem o passeio do Valle Sagrado + Maras e Moray, tudo no mesmo dia, eu particularmente, não recomendo, porque é muuuuuito corrido, não dá tempo de conhecer direito, só o Valle Sagrado (que eu fiz durante o acampamento) em um dia já é corrido, imagina se enfiar Maras e Moray junto. Se possível faça os passeios em dias separados, para aproveitar melhor.

 

E do nada, minha barriga começa a se manifestar novamente, uma puta dor, vontade de sair correndo para o banheiro, mas lá não tinha, e meu papel higiênico já tinha se acabado.
 

PAPEL HIGIÊNICO: Reparem que está na lista de coisas para trazer do Brasil. Mas João, não tem papel higiênico lá??? Tem sim, e não é caro igual todo mundo fala, mas é altamente recomendado você ter um rolinho na mochila de ataque para casos de emergência, nos banheiros que são pagos, eles dão um só um pouquinho que não dá nem pra secar as mãos, fora que o papel de lá parece mais uma lixa de parede do que papel higiênico de verdade, e outra, não custa nada trazer uns rolos folha tripla, perfumada e com estampa de coelhinho do Brasil enfiado na mochila.

 

Acabou que o guia explicou sobre as terraças incas e nos deu um tempo para descer lá, tirar fotos e voltar para van, mas cruzando as pernas do jeito que eu tava, só procurei um lugar para sentar e fiquei observando lá de cima mesmo. Sorte que o passeio durava só a período da manhã, já estávamos a caminho do centro, eu em posição meditativa na van, rezando para Pachamama me dar forças para segurar o que estivesse vindo.

Quando paramos na Plaza, te juro, larguei minha mochila com a Clara e fui correndo para o hostel do jeito mais esquisito que os cusqueños jamais viram, diarréia de novo. Comecei a pensar assim: “se eu não melhorar até de noite, vou acionar meu seguro-viagem porque não é só mal de altitude não, deve ser algo mais grave”.

Depois fomos procurar algo para almoçar, e acabamos indo na “Divina Patrícia” de novo, lá pedi uma lasanha e uma xícara de chá de coca, custou S/ 12. Depois fomos andar pela cidade, fomos até o Mercado San Pedro, que é um mercadão municipal, mas que vende de tudo, de blusas de lã até galinhas vivas. Lá compramos o famoso chocolate com sal de Maras, custou S/ 5, Clara comprou as lembrancinhas dela, copinhos, mochilas, blusas. Nesta hora minha barriga se manifestou novamente, já tive que voltar para o hostel cruzando as pernas, corri para o banheiro de novo, já pegando o celular e ligando para o seguro.

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Aí eu lembro que meu chip não funcionava para ligações, só dados móveis. Pedi para o dono do hostel, se eu podia usar o telefone da recepção, ele deixou. Consegui falar com o seguro, passei meu endereço, expliquei a situação, eles falaram que iam entrar em contato com a unidade local de Cusco, que em até 1 hora entrariam em contato comigo. Subi para o quarto novamente, foi coisa de 15 minutos, o dono do hostel foi lá e disse que tinha uma médica na recepção. Foquem nos 15 minutos gente, 15 MINUTOS ENTRE EU LIGAR E A MÉDICA VIR ME ATENDER, já me perguntei que plano de saúde no Brasil que você é atendido em menos de 2 horas.

Ela me examinou (em espanhol e inglês), mediu meu oxigênio e viu que estava baixo, pediu para eu pegar meu documentos e alguma troca de roupa, porque eu precisava ir ao hospital, deixei a mochilona no hostel com a Clara e segui a médica até a rua, lá tinha, pasmem, uma AMBULÂNCIA me esperando, sério gente, quando eu contei pra minha mãe que eu fui pro hospital de ambulância por causa de diarreia, ela quase morreu de rir.

Já era de noite, no hospital, me levaram para um quarto que parecia mais um hotel, tinha SKY, Netflix, só eu no quarto, os enfermeiros chegavam falando em inglês comigo. Fizeram exame de sangue e de fezes e 1 hora depois descobriram que eu estava com salmonela, que é uma bactéria que eu devo ter pego com alguma comida no acampamento, já me colocaram antibiótico na veia.

Por volta das 10 da noite, chegou um outro médico, me perguntou se eu tinha algum passeio marcado para os próximos dias, disse que tinha Machu Picchu comprado para quinta-feira, mas que na quarta-feira eu já teria que pegar a estrada pra lá. Ele disse que dependendo da minha melhora, eu já teria alta no dia seguinte, mas caso contrário teria que ficar mais tempo.

SALDO DO DIA

Passeio Maras e Moray – S/ 35,00

Entrada Maras – S/ 10,00

Almoço “La Divina Patrícia” – S/ 12,00

Chocolate com Sal de Maras – S/ 5,00

 


 

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Dia 19 (terça-feira, 07/08/2018) – Testando o Sistema de Saúde Peruano

 

Esse dia eu basicamente fiquei deitado na cama do hospital, ora ou outra ia no banheiro, colocava tudo o que tinha comido pra fora, aparentemente o antibiótico estava fazendo efeito. Fiquei mexendo no celular o dia todo, vendo a programação da TV latina, Netflix, já não estava mais aguentando, principalmente de aflição e de medo de perder meu passeio pra Machu Picchu.

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Na hora do almoço o médico apareceu, perguntou como eu estava, disse que agora estava vomitando de fato, porque antes só tinha ânsia, perguntei se eu teria alta ainda hoje, ele me respondeu que se eu parasse de vomitar, eles podiam me dar alta, e eu passaria a tomar os antibióticos via oral, mas só se eu parasse de vomitar.

Clara me mandou mensagem pra saber como eu estava, expliquei a situação, perguntei pra ela que passeio ela tinha feito hoje, e adivinhem o que ela me disse: nessa terça-feira, todos os motoristas de van de Cusco e arredores tinham feito uma paralização, para protestar por alguma coisa lá que eu esqueci o motivo, então o passeio que a gente pretendia fazer que era na parte sul do Vale Sagrado não ia rolar de qualquer jeito, Clara acabou ficando andando pela cidade mesmo, conhecendo os pontos do Boleto Turístico que davam pra ir a pé mesmo, que a propósito, vencia justamente hoje.

Eu não sei qual divindade que atendeu meus pedidos, e que fez eu parar de vomitar pela tarde, porque acho que só nessa brincadeira de ficar indo ao banheiro toda hora, emagreci uns dois quilos. Fermin me mandou mensagem perguntando se eu ia confirmar a van para Machu Picchu para amanhã, expliquei que provavelmente teria alta ainda hoje, mas que até de noite confirmaria a van. Quando chegou umas 7 horas da noite, a médica veio ao meu quarto, me deu alta e trouxe uma caixa de remédios, Omeprazol, antibiótico, Floratil, para enjoo. Disse que eu seguiria tomando medicação via oral por 5 dias, mas que eu estava liberado para ir para Machu Picchu. Aleluia!!!

Peguei minhas coisas, chamei um táxi, mas antes de sair, perguntei na recepção se estava tudo certo a papelada do meu seguro, o atendente me disse que estava tudo OK, perguntei quanto custaria essa brincadeira toda se eu não tivesse o seguro, ele somou a diária, os exames, os remédios, disse: QUINIENTOS, perguntei: SOLES?? Ele respondeu sorrindo: DÓLARES. Juro pra vocês, 500 dólares, caiu meu queixo, na hora pensei o que eu ia fazer se não tivesse o seguro. Só a sacola de remédios para 5 dias que eles me deram já custava mais do que os R$ 110 que eu tinha pago pelo seguro.

O táxi me deixou no hostel (S/ 8), reencontrei a Clara, que felizmente já tinha comprado umas bolachas, água, Gatorade e outras coisas para levarmos amanhã. Mandei mensagem para o Fermin confirmando a van para o dia seguinte. Arrumei a mochila de ataque com umas trocas de roupa, blusa, chinelo, toalha de banho, para levar só o necessário para Águas Calientes. A mochila cargueira e as outras tralhas íamos deixar guardados no hostel em Cusco mesmo.

 

SALDO DO DIA

Táxi (hospital–hostel) – S/ 8,00

 

COMO IR PARA MACHU PICCHU?

Essa é uma das partes que mais confundem a galera. Basicamente, saindo de Cusco, você pode ir a Machu Picchu dessas formas:

·                 Trem partindo de Cusco (+ dinheiro, - tempo): Você pode pegar um trem da Inca Rail ou da Perú Rail, partindo de Cusco (Poroy) até Águas Calientes, que é o povoado que fica na base da montanha de Machu Picchu, a viagem dura umas 3 horas, e a passagem de trem custa uma média de 60 DÓLARES CADA TRECHO, ou seja, 120 DÓLARES ida e volta.

·                 Trem partindo de Ollantaytambo (++ dinheiro, -- tempo): Caso você esteja com o cronograma apertado, também tem a opção de pegar um passeio pelo Valle Sagrado, igual o que eu fiz durante o acampamento (comprando em Cusco, sai mais ou menos S/ 30, com guia, transporte, fora as entradas), abandonar o passeio no vilarejo de Ollantaytambo e pegar o trem na estação que tem lá (é o mesmo trem que sai de Cusco, mas Ollantaytambo é a última parada dele antes de Águas Calientes, o preço da passagem está numa média de 100 DÓLARES ida e volta.

·                 Van + trilha da hidrelétrica (- dinheiro, ++ tempo): Essa é a opção mais mochileira, você pega uma van em Cusco umas 7 da manhã (60 SOLES ida e volta), por volta das 2 da tarde chega na hidrelétrica de Santa Teresa. De lá, você e mais uma penca de mochileiros de baixo orçamento vão caminhando ao lado da linha do trem, a trilha dura umas 2 a 3 horas e você chega em Águas Calientes. Na volta caminha até na hidrelétrica e pega a van de volta, chega em Cusco umas 8 da noite. Dessa maneira, você obrigatoriamente terá que passar uma noite em Águas Calientes, mas muitas pessoas preferem passar 2 noites lá, porque senão fica muito corrido e a cidade é um charme só.

·                 Trilha Inca, Trilha Salkantay (+++ dinheiro, +++ tempo): Essas trilhas partem de Cusco e chegam a Águas Calientes também, são feitas com guias e em grupos. A Trilha Inca dura 4 dias e tem a versão curta que dura 2. É bem carinha, e também é bem limitado o número de turistas pelo governo. Já a Salkantay é bem menos cara que a Inca, dura 5 dias, e é ilimitado o número de turistas por dia.

·                 Machu Picchu Full Day (+++ dinheiro, ---- tempo): Sai de Cusco de madrugada, vai até Ollantaytambo de van, até Águas Calientes de trem, sobe até Machu Picchu de ônibus, e volta no mesmo dia. Chega em Cusco umas 22:30. Custa uma média de 300 DÓLARES, van+trem+ônibus+ingresso do parque, várias agências vendem esse passeio para quem realmente está sem tempo.

 

 


 

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Dia 20 (quarta-feira, 08/08/2018) – Do Hospital Para o Meio do Mato

 

Acordamos e fomos para a Plaza de Armas, a van partiria as 7 da manhã, mas atrasou uma meia hora. Paramos numa vendinha em Ollantaytambo, comprei um Gatorade por S/ 5, e seguimos a estrada, pensem num percurso que é a coisa mais linda do mundo. Ela começa a subir a montanha em zigue-zague, a beira da estrada começa cheia de flores, plantas e árvores verdinhas, conforme vamos ganhando altitude, a vegetação fica rasteira, mais amarelada, até que começa a nevar, chegamos no topo da montanha, aí começa a descida e a vegetação fica verde de novo. Andamos um monte, o motorista parou numa outra vendinha na hora do almoço, mas preferi não comer nada. Seguimos, até que o asfalto acaba e continuamos por uma estradinha de terra beirando os precipícios, mas a van vai devagar, então não dava tanto medo quanto eu imaginei, foi super tranquilo para falar a verdade. Esses motoristas fazem esse percurso todo dia, por anos, já sabem o caminho de cor.

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Finalmente, chegamos à hidrelétrica, eram umas 2:40 da tarde, começamos a caminhada às 3, e me chamou a atenção, pela quantidade de gente que faz o mesmo caminho, não só por ser mais econômico, mas por ser mais bonito também, realmente, se você tiver tempo, vá por essa opção para Machu Picchu. De vez em quando o trem passa do lado, ele vai buzinando, aí precisa afastar do caminho dele, mas em duas horas e meia de caminhada, ele passou duas vezes só. Não tem perigo de ser perder, porque sempre vai ter gente andando por lá, é só seguir a boiada. Até nos túneis, é só dar uma olhada, ouvir se o trem está por perto, e pode atravessar eles também.

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Chegamos em Águas Calientes às 5:30, fomos para um hostel que a Clara reservou antecipadamente, um tal de La Casa Paz, e novamente, Clara mostrou seu dedo podre para escolher hospedagens, o lugar era subindo uma fucking escadaria, longe de tudo, que eu já estava pensando no trabalho que ia ser cada vez que a gente precisasse sair. Chegando lá, a dona não tinha arrumado nossas camas ainda, tinha que esperar os outros hóspedes chegarem pra poderem desocupar o quarto, o banheiro era meio tenso, olhei pra Clara, só trocamos uns olhares e já nos entendemos. A dona perguntou se a gente podia esperar um pouco, nós dissemos que íamos jantar e já voltávamos, a tá.

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Saímos de lá, eu já no Booking, procurando outro hostel, porque esse felizmente, não precisava de cartão, então não teríamos que pagar multa. Achamos um tal de H. Falcón Hostel, que ficava a uma quadra da praça principal de Águas Calientes, e era bem melhor, pelo mesmo preço. Pagamos S/ 33 na diária. Achamos um restaurante com menu por S/ 15. Voltamos para o hostel e fomos dormir.

SALDO DO DIA

Van até Santa Teresa (ida e volta) – S/ 60,00

Gatorade – S/ 5,00

Diária no Hostel H Falcón – S/ 33,00

Janta em Águas Calientes – S/ 15,00

 


 

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Dia 21 (quinta-feira, 09/08/2018) – Enfim Chegou o Grande Dia!

 

Acordamos 4:15 da manhã, fomos comendo umas bolachas Oreo no caminho, andando até o começo da fila.

COMO SUBIR ATÉ MACHU PICCHU? Saindo de Águas Calientes, você pode ir a pé, subindo os mais de 1700 degraus até chegar na entrada do parque, demora mais ou menos uma 1 hora de subida. Ou pode pagar 12 DÓLARES para subir de ônibus. A volta é a mesma coisa, o bilhete ida e volta custa 24 DÓLARES.

 

Como não estávamos muito a fim de pagar 12 doletas pra subir, fomos do jeito pobre. Saindo de Águas Calientes, andamos por uma estradinha até a ponte, onde é feito o controle da subida, os guardas só olham seus documentos e o ingresso e você pode começar a subir. Colocamos os pezinhos no primeiro degrau às 5:10 da manhã. Quase morri no meio do caminho umas três vezes. São degraus irregulares, tem que ir tomando bastante cuidado. Cheguei lá em cima às 6 da manhã, bem na hora de tomar meus antibióticos e remédios para a salmonela. A água que eu levei acabou e tive que comprar água lá em cima com uma ambulante, duas garrafinhas por S/ 9 (caríssimo).

Clara e eu vimos o Sol nascer lá em cima e já fomos para a entrada do Parque. Lá eles conferem os documentos novamente, e carimbam o ingresso.

GUIA OBRIGATÓRIO? Quando eu estava organizando esse rolê, tinha visto muita gente falar que precisava ter um guia para poder entrar em MP. Fake News, não é obrigatório, mas ficam vários guias lá em cima, na fila da entrada se oferecendo, em inglês, espanhol, alguns até em francês, caso você realmente queira um. Os preços na faixa dos S/ 30 por pessoa (caríssimo).

 

Nessa hora vários guias vinham oferecendo o serviço, falando que era obrigatório ter um para entrar (mentira). Clara e eu fingimos que não falávamos a língua dele e demos o famoso migué. Quando entramos de fato no parque, na portaria ninguém nem perguntou quem era nosso guia. No entanto, mesmo sendo caro, queríamos ouvir as informações sobre a história do lugar. O que fizemos? Nos passamos por turistas suecos e ficamos por perto de grupos com guia em espanhol, ouvimos toda a explicação, aí uma hora o guia perguntou se queríamos nos juntar ao grupo, nos fizemos de desentendidos e caçamos outro grupo. É muito bom ter um guia lá, alguém que explique a história do lugar, mas a parte ruim é ficar amarrado com o grupo. Muitas partes da cidadela valem a pena ficar um tempo a mais para poder apreciar, e o grupo passava rápido.

Tem o mirante principal lá, onde todo mundo tira a clássica foto, mas se prepare para a multidão de turistas disputando o espaço para conseguir tirar a foto. Clara e eu ficamos uns 20 minutos esperando, mas quando conseguimos um espaço, fizemos quase um ensaio fotográfico.

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Umas 9 e meia da manhã, fomos até a base da Huayna Picchu, onde é o começo de trilha dela. Lá, Clara e eu nos separamos, ela tinha comprado o ingresso para subir a Montaña (que fica do outro lado do parque), mas como iria voltar para Cusco ainda hoje, não ia conseguir subir a Montaña, porque tinha que voltar toda a trilha até a hidrelétrica para pegar a van as 3 da tarde.

 

QUANTO TEMPO EM MACHU PICCHU? Se você for de van, pode ir num dia e voltar no outro, no entanto, é muito corrido, porque umas 10 e meia da manhã já vai ter que começar a descer as escadarias para dar tempo de fazer a trilha toda e chegar na hidrelétrica até as 3 da tarde. Eu recomendo fortemente, pegar a van no 1° dia, entrar no parque no 2° dia e voltar no 3°. Vale muito mesmo a pena.

 

Me despedi de Clara, porque só nos veríamos de novo no Brasil, e comecei a trilha para subir a Huayna Picchu, meu ingresso era para subir a 10 da manhã. Demorei uns 40 minutos para chegar ao topo. Lá em cima, a vista é incrível, depois já comecei a descer, e resolvi fazer o circuito longo, até o Templo da Lua, que dá a volta na montanha, mas não é uma voltinha, é uma volta gigante, e eu andando sozinho no meio daquele mato, até que eu encontrei um grupo de 3 espanhóis, e eles me confirmaram que os espanhóis realmente, são o povo europeu mais amigável que eu encontraria nessa viagem, conversamos um monte pela trilha, até chegarmos ao Templo da Lua, minha água já tinha acabado de novo, e eu estava coma boca seca, eles me deram água e barrinhas de cereal, foram muito gente boa. Quando voltamos para a cidadela, andamos mais um pouco e nos despedimos.

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Meu ingresso era para o turno da manhã, e eu saí de lá umas 3 da tarde, depois que você entrou lá, eles não têm mais controle da hora que você sai, por isso sempre compre o ingresso para o turno da manhã.

No caminho até a saída, tem várias lhamas e alpacas, elas ficam soltar pelo parque, mas são medrosas, então a dica pra atrair elas e conseguir uma foto é levar bananas, elas amam e vem atrás de você.

Saindo de lá, bem na portaria, você pode estampar seu passaporte com o carimbo de Machu Picchu (é de graça). Tive que comprar mais água. De novo, 2 garrafinhas por S/ 9. A câimbra começou a me atacar, minhas pernas não mexiam mais, tive que deitar no chão lá, porque tanto as coxas quanto as panturrilhas começaram a contrair, fiquei uns 20 minutos segurando para não gritar de dor. Só pensava uma coisa: faz muito tempo que eu não como banana. Quando consegui levantar, desci as escadas e cheguei em Águas Calientes, passei numa vendinha e comprei 2 bananas por S/ 1.

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Voltei para o hostel, peguei minhas coisas e fui caçar outro hostel com café da manhã. Achei no booking o Supertramp Hostel com café incluso por S/ 40. Lá encontrei duas brasileiras (Ana e Regiane), saímos juntos para jantar, comi uma lasanha com limonada por S/ 15.

 

SALDO DO DIA

4 garrafinhas de água – S/ 18,00

2 bananas – S/ 1,00

Lasanha com limonada – S/ 15,00

Diária no Supertramp Hostel – S/ 40,00

 

         

 

 

 

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Dia 22 (sexta-feira, 10/08/2018) – Adiós Machu Picchu!

 

Acordei, tomei o café do hostel, que eram torradas, pão com ovos mexidos, frutas e chá de coca, me despedi da Ana e da Regiane, porque elas voltariam de trem. Peguei minha mochilinha e parti para a trilha de volta, mas antes, passei num mercadinho e comprei um garrafão de água por S/ 5,45 e um pacote de bolachas Oreo (ou biscoito se você for carioca) por S/ 6.

Comecei a trilha, dessa vez sozinho, foram 2 horas e meia caminhando ao lado dos trilhos do trem, passei por dentro dos túneis também, mas agora na volta eu sabia onde estava Machu Picchu, era só olhar para a esquerda, no alto da montanha, dava até para ver uns pedaços das construções enquanto andava pela trilha.

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Agora vou falar, uma coisa que estava me incomodando desde a trilha da ida: a bota, meu Deus, se arrependimento matasse, eu teria ficado por lá mesmo. Na ida ela já tinha me dado dois presentinhos ótimos: duas baitas bolhas nos pés, para subir as escadarias de Machu Picchu eu tive que colocar um chumaço de papel higiênico dentro das meias pra ver se parava que incomodar, mas não deu muito certo. Dica do coração, que eu aprendi só depois que cheguei no Brasil, leve um rolinho de SilverTape na mochila, e cole no tornozelo se for fazer alguma trilha longa, ele não deixa sair bolhas nos calcanhares.

Mas enfim, me arrependi de não ter ido com o All Star na trilha, porque fiquei com medo de chover e ter barro, então fui com a bota que era impermeável, no fim deu só uma chuvinha na volta, mas que nem molhou nada.

Cheguei na hidrelétrica e ainda fiquei esperando quase uma hora até a van partir. Finalmente partimos para Cusco. Mais umas 7 horas rodando pela estrada, quando eram umas 6 da tarde, paramos num restaurante de beira de estrada, geral da van desceu, lá tinha uma mulher fazendo hambúrgueres, ou hamburguesas como eles chamam lá, praticamente no acostamento da rodovia, o tipo de que coisa que se fosse no Brasil, a Anvisa já teria interditado. Fiquei com um pouco de medo de comer? Fiquei, mas tava morrendo de fome, não aguentava mais comer Oreo, a gringaiada toda comendo sem medo. Aí eu lembrei que estava tomando antibiótico ainda, então, se tivesse alguma coisa no hambúrguer, o remédio ia matar hehe. Comi um hambúrguer, mas só a salada, o pão, a carne e o queijo (a maionese eu não arrisquei, nem o abacate que por lá é acompanhamento de pratos salgados). Paguei S/ 6 no lanche, voltamos para a van e seguimos viagem.

Chegamos em Cusco umas 10 da noite, fui direto para o hostel macabro pegar minha mochila, rezando para o cachorrinho do dono não ter feito xixi em cima dela (o dono do hostel tinha um cachorrinho que entrava nos quartos e sumia com os sapatos da galera, fazia xixi nos pés da cama, e a mochila minha e da Clara ficaram guardadas no quarto do dono, então, já estava imaginando o pior). Cheguei lá e felizmente ela estava sequinha. Peguei minhas coisas e fui chamar um táxi, ia mudar de hostel. Reservei pelo Booking no caminho mesmo, o Wild Rover Cusco. Já tinha ficado no de Arequipa e curtido, queria ver como era o de Cusco.

 

HOSTEL: Alguns hostels tem uma rede, em várias cidades, é o caso do Loki Hostels que tem em Lima, Cusco e La Paz, do Pariwana que tem em Lima, Cusco e estavam para abrir em Santiago também. O Wild Rover tem em Arequipa, Cusco, La Paz e estavam abrindo em Huacachina também. O Loki e o Wild Rover têm meio que um esquema de fidelidade, por exemplo, eu fiquei no de Arequipa, se eu ficasse no de Cusco depois, ganhava uns drinks de cortesia no bar, e se ficasse no de La Paz depois, ganhava mais drinks de cortesia e uma camiseta deles.

 

O táxi me deixou na frente do hostel por S/ 6. Entrei, e fui para o quarto, e sério, eu já achava bom o Wild Rover de Arequipa, por ser num prédio histórico, o de Cusco parecia um hotel novíssimo, o quarto era gigante, a vista dele era incrível, dava pra ver toda a Plaza iluminada a noite. Valeu super a pena a troca, paguei S/ 29 na diária.

Mandei mensagem para o Fermin e pedi para ele me arranjar o passeio da Montanha Colorida para amanhã, e ele conseguiu, e me avisou que as 4 da manhã a van passava no meu hostel para me buscar.

 

SALDO DO DIA

Água – S/ 5,45

Bolacha Oreo – S/ 6,00

Hambúrguer na Estrada – S/ 6,00

Táxi (hostel-hostel) – S/ 6,00

Diária no Wild Rover Cusco – S/ 29,00

 

 

 

 

 

 

 

 

         

 

 

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Dia 23 (sábado, 11/08/2018) – O Que Tem no Fim do Arco-Íris?

 

Acordei cedo, mas cedo mesmo, me arrumei, e fui para a recepção do hostel, 4 da manhã já estava esperando, estava frio pra caramba, e a van passou só as 4:30 da manhã, mas enfim, deu pra tirar um cochilo no sofázinho da recepção. Paramos no centro para pegarmos mais gente, e nesse momento, passou uma senhorinha vendendo luvas e gorros, de madrugada, achei meio caro, e não queria comprar, até que ela perguntou para onde eu iria, disse que ia para a Montanha Colorida, ou Montanha das 7 Cores, ou Montanha Arco-Íris (tem vários nomes), e ela disse que eu iria precisar de luvas lá, recusei ainda assim. Não queria as benditas luvas. Guardem bem isso.

Andamos e quando eram umas 7 da manhã, paramos num restaurante num vilarejo, lá nos deram café da manhã (desayuno), pães, geleias, frutas, chá, ovos mexidos. Lá comprei uma garrafa de água por S/ 4, depois seguimos até um lugar cercado por montanhas cobertas de neve, passamos por uma cancela, onde são cobrados S/ 10 de entrada, mas segundo Fermin, essa entrada já estava incluída no meu passeio, por isso não me cobraram. De lá seguiríamos a pé. O guia nos deu coletes para nos identificarmos como grupo. Ele avisou que lá, por estar a mais de 5000 metros de altura, daria falta de ar, nos deu folhas de coca para mascar, e avisou que tinha um OxiShot (oxigênio engarrafado) caso precisássemos. Começamos a andar, no começo foi tranquilo, a trilha era bem plana, segundo ele o pior era o final. Mas eis que eu estou andando e a lente do meu óculos de sol cai, pronto, e ainda por cima, o parafuso que segurava ela foi pro beleleu junto, felizmente ela não quebrou nem riscou, só enfiei ela na caixinha com o resto da armação e bola pra frente, era só ignorar o reflexo do Sol na neve das montanhas que quase cegavas as vistas.

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Duraria 1 hora e meia a caminhada, na metade final, eu dava dois passos e parava, me faltava ar, dava sonolência, tontura, sério, estava quase desistindo. Não aguentava mais, só queria sentar, o caminho por mais que andasse, parecia que não rendia, nunca chegávamos, até que vimos o lugar, estava li na frente, mas tinha uma fucking subida que não tinha condições. Tive que pagar para subir de cavalo S/ 15, e o cavalo não ia até o topo. Parava na metade. O resto, fui quase me arrastando, mas cheguei, bem na crista da montanha, onde dá para ver os dois lados dela.

Achei que quando chegasse melhoraria, não!!! Lá em cima, é pior ainda a falta de ar, parece que você está se afogando, nem com bala de coca, folha de coca, Água Florida, OxiShot melhorou. E o pior não era o soroche, era aquilo que a senhorinha me falou em Cusco, a falta de luvas e touca, sério, o vento cortava a pele, era tão gelado que eu não conseguia nem pegar o celular pra tirar fotos, minhas mão ardiam de dor, as orelhas pior ainda, pareciam que iam cair, na hora eu me xinguei internamente por não ter comprado as luvas com ela.

Eu só queria tirar umas fotos e descer o mais rápido possível, mas pensem num lugar cheio de gente, só reparem nas fotos, na multidão atrás, e na minha cara, quase dopada de tanta folha de coca que eu masquei. Só sei que tirei as fotos e desci o mais rápido que pude a montanha, para ver se minhas mãos descongelavam e as orelhas paravam de doer.

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Voltei para a van, mais 1 hora de caminhada, justo quando começou a nevar, e pela primeira vez eu vi nevar mesmo, não só a neve caída. Esperamos o restante do grupo na van, e partimos para a estrada.

Na volta, paramos de novo naquele restaurante, mas agora para almoçar, já eram quase 3 da tarde, o almoço era buffet, macarronada, frango, arroz, batatas, sopas, e pela primeira vez nessa viagem, saladas, tinha cenoura, beterraba, tomate, pepino, alface. Fazia tanto tempo que não comia, que meu primeiro prato foi só de saladas, só para repor todas as vitaminas que me faltavam.

Depois voltamos para Cusco, chegamos na Plaza de Armas por volta das 6 da tarde. Já fui perguntando para os locais se tinha alguma ótica ali por perto, eles me apontaram uma rua a algumas quadras dali que tinham uma ótica ao lado da outra. Entrei na primeira e mostrei meu óculos, disse que só precisava do parafusinho que segurava a lente, a vendedora disse que tinha ele e arrumava por S/ 7, achei caro, no Brasil isso já tinha acontecido e me cobraram R$ 2,00 pelo parafusinho e a mão de obra. Agradeci e virei as costas, ela certamente estava me explorando, quando eu estou na porta da loja ela me diz que arruma por S/ 4. Aceitei, mesmo ainda estando caro, ela arrumou o parafuso e deu uma limpadinha na lente, quando fui pagar, passei uma nota de S/ 100, ela perguntou se eu tinha moedas, eu tinha 5 moedas de S/ 1, mas não queria gastá-las, porque eram moedas novinhas, chegavam a brilhar, aí queria guardá-las de recordação, então menti e disse que só tinha 2, a vendedora aceitou e o conserto saiu por S/ 2, só porque tentou me explorar.

 

COMÉRCIO EM CUSCO: Aparentemente, em Cusco não faz diferença para o comércio se é fim de semana ou não, o comércio, as agências de passeios, os restaurantes ficam abertos até as 9 da noite. Outra dica é que as casas de câmbio diminuem as cotações a noite e aos fins de semana, tipo, você vai em uma às 5 da tarde, o dólar está S/ 3,25, se você for as 6 da tarde, que já é noite, eles abaixam para S/ 3,20, isso nos três países. Então se programe para trocar o dinheiro durante a semana e de dia.

 

Mandei mensagem para o Fermin, pedi para ele me arranjar um passeio para a Laguna Humantay para o dia seguinte, e dessa vez ele disse que não conseguiria, porque a van do contato dele já estava fechada. Felizmente, eu ainda estava no centro, e as agências ainda estavam abertas.

Procurei em algumas agências próximas da Plaza e achei uma que fazia o passeio da Laguna Humantay por S/ 75, o mesmo preço do passeio da Montanha, e também com a entrada de S/ 10 incluída. Fechei com ela mesmo, eles passariam no hostel me buscar cedinho.

Já estava voltando para o hostel, andando pela rua, e quem eu encontro? A senhorinha das luvas, sério, eu não sabia se ria ou se chorava, ela me ofereceu as luvas de novo, e aparentemente não tinha vendido nenhuma desde nosso encontro de madrugada (já eram 8 da noite). Dessa vez comprei, afinal não queria ter minhas mãos congeladas de novo. Ela me vendeu as luvas por S/ 10, no Mercado San Pedro elas custavam S/ 5, até pensei em pechinchar, mas depois fiquei com dó, aparentemente ela dependia daquilo, e não tinha vendido nada o dia inteiro. Paguei os S/ 10, e sério, ela pegou o dinheiro, deu um beijo nele com uma cara de alívio, que nem liguei de ter pagado mais caro nas luvas. Mas enfim, deu pra ver que S/ 5 faziam bem mais diferença para ela do que para mim.

Voltei para o hostel e fui tomar um banho, aí quando eu atravessei o quarto para ir ao banheiro, escutei umas vozes falando aquele português brasileiro que chega a dar saudade de casa: duas jovens, a Thaine e a Lívia, nos apresentamos, as duas paulistas, e começamos a conversar, elas disseram que pegariam o avião para Puno daqui a 2 dias, e de lá iriam para a Bolívia, eu disse que faria o mesmo, só que de ônibus, aí elas me disseram que tinha outro brasileiro no quarto que faria o mesmo roteiro que eu de ônibus, o Ricardinho, ele tinha ido fazer o Machu Picchu Full Day hoje e estava para chegar. Combinamos de sair para jantar quando ele chegasse. Fui tomar um banho e arrumar minhas coisas, até que ele chegou, conversamos e fomos comer uma pizza na rua do hostel, por S/ 15 com suco, muito boa por sinal. Voltamos para o hostel e fomos dormir.

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SALDO DO DIA

Tour Montanha Arco-Íris + entrada – S/ 75,00

Cavalo – S/ 15,00

Água – S/ 4,00

Conserto óculos de sol – S/ 2,00

Par de luvas – S/ 10,00

Pizza e suco – S/ 15,00

Diária no Wild Rover Cusco – S/ 29,00

 

 

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Dia 24 (domingo, 12/08/2018) – Laguna Humantay: uma Beleza Subestimada

 

Acordei cedo (pra variar), as 5:15 da manhã já estava na recepção de novo esperando, a van chegou rápido dessa vez, já partimos para fora da cidade. Chegamos num lugar que parecia uma pintura de tão bonito, pensem num pasto na base de umas montanhas, lá no topo delas, tudo branquinho de gelo, descemos da van e fomos para umas cabanas, lá dentro tinha uma mesa comprida com bancos, sentamos lá e nos serviram o desayuno, como sempre, chá, café solúvel, pães, ovos mexidos, e frutas. Comemos e iniciamos a subida até a laguna. Se me perguntarem qual foi mais difícil eu com certeza respondo que foi a da Montanha Colorida, mas as duas não são fáceis, a trilha da Montanha Colorida é mais longa, mas é plana, só o finalzinho que tem uma subida meio chata. Na Laguna Humantay, a trilha é bem mais curta, mas o caminho é todo íngreme.

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No caminho descobri que tinha um brasileiro no rolê, o Renan, carioca, fomos conversando enquanto subíamos, chegamos na laguna depois de uns 40 minutos de trilha. Lá em cima cheio de gente (pra variar), fomos atrás dos lugares melhores para tirar fotos, porque todo mundo chega e fica ali no comecinho, mas tem umas pedras mais para a esquerda, e quase ninguém vai para aquele lado, então fomos para lá tirar umas fotos sem gente no fundo. Ficamos quase meia hora lá em cima, estava um pouco nublado quando chegamos, aí a água não estava tão bonita como eu tinha visto na internet, estava tudo meio apagado, a lagoa em si nem era bonita, já íamos descer, meio decepcionados, mas do nada a nuvem foi embora e o Sol apareceu, e gente, juro pra vocês, o lugar mudou da água para o vinho: a água tinha umas 3 tonalidades de verde, até a neve ficou mais branca, a paisagem era incrível, marcante, fez valer a pena cada arfada dada para subir até ali.

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A essa altura a maior parte da galera já estava descendo, aí a lagoa ficou vazia. Tiramos mais um monte de fotos, e depois descemos correndo para alcançar nosso guia.

Quando chegamos lá embaixo, fomos almoçar na cabana onde nos serviram o café. Tinha arroz, milho, salada, peito de frango, batatas e sopa de quinoa. Almoçamos e partimos de volta para Cusco. Chegamos de volta ao centro, e como Renan ia ficar mais uns dias em Cusco e ele queria algum lugar bom e barato para comer, combinamos de ir jantar na La Divina Patrícia amanhã (lembram dela?). Voltei para o hostel, mas no caminho, na Avenida del Sol, onde tem as melhores casas de câmbio, passei numa agência que vendia passagens da Cruz del Sur, já aproveitei e comprei a passagem para Puno para a noite seguinte, achei por S/ 101. Chegando no hostel, encontrei a Livia, a Thaine e o Ricardinho, eles tinham feito outros passeios, mas estavam me esperando para irmos jantar. Resolvi apresentar-lhes La Divina Patrícia também (chegou um ponto que os garçons de lá já me chamavam pelo nome, e não ganhei comissão nenhuma). Jantamos lá, pedi a lasanha da promoção, com pão de alho e limonada por S/ 10. Voltamos para o hostel, e vimos que tinha uma lavanderia do lado, já aproveitei e mandei as roupas sujas para lá, não queria ter que lavar mais roupas o resto da viagem.

Depois fomos para o bar do hostel que fica nos fundos, afinal, era meu último dia tomando os antibióticos da salmonela e eu queria tomar minha bebida cortesia do Wild Rover, pedi um pisco sour, e veio um fucking copo gigante, e o negócio tava forte. Dei umas três goladas e não descia mais nada. Aí quando eu olho para o lado, quem que eu reencontro? Os 3 espanhóis que me ajudaram na Huayna Picchu, eles me reconheceram e ficamos conversando, eles estavam em outro hostel, mas vieram para a festa do Wild Rover, já que o bar é liberado para a galera que não é hóspede. No fim das contas acabei dando o pisco sour para eles. Nos despedimos e eu voltei para o quarto para tomar banho e dormir, e ligar para o meu pai, afinal hoje é justamente dia dos pais no Brasil, ou melhor, já não era mais por causa do fuso-horário, já tinha passado da meia noite no Brasil.

SALDO DO DIA

Tour Laguna Humantay + entrada – S/ 75,00

Lasanha “La Divina Patrícia” – S/ 10,00

Diária no Wild Rover Cusco – S/ 29,00

Passagem Cusco – Puno (Cruz del Sur) – S/ 101,00

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Dia 25 (segunda-feira, 13/08/2018) – A Pior Despedida: a de Cusco

 

Para hoje eu não teria nenhum passeio marcado, queria fazer o Valle Sagrado Sul, que eu deveria ter feito no dia que fiquei no hospital, mas meu Boleto Turístico já estava vencido, e não compensava comprar outro para apenas um dia. E como tinha que fazer o check-out do hostel até as 11 da manhã, acordei cedo, mas mais tarde que o normal. Arrumei todas as minhas coisas, fui na lavanderia pegar minhas roupas, deu S/ 8 por 4 quilos de roupa. Enfiei tudo na mochilona e desci para fazer o check-out, mas antes disso me despedi da Thaine e da Livia, porque elas iam para o aeroporto pegar o voo para Juliaca (perto de Puno) ao meio-dia, mas segundo elas, talvez a gente se reencontraria na Bolívia ainda. De qualquer modo, fiz o check-out, pedi para guardarem minha mochilona no depósito, e fui para o centro. Tinha um monte de coisa para fazer antes de deixar Cusco: encontrar o Fermin para acertar os passeios com ele, ir ao Mercado San Pedro comprar lembrancinhas e presentes, dar mais um rolê em Cusco.

Fui primeiro trocar dinheiro, porque meus soles já estavam acabando, fui na Avenida El Sol e troquei USD 100 por S/ 325,50, encontrei com Fermin na Plaza de Armas e paguei todos os passeios que estava devendo para ele (Maras e Moray, van para a hidrelétrica, Montanha Colorida), somando tudo, dava S/ 170, agradeci ele por toda assistência que meu deu na cidade e nos despedimos.

Depois subi até a torre da Igreja de San Cristóbal, onde dá para ver toda a cidade do alto. Voltei, fui até a Pedra dos 12 Ângulos, depois fui para o Mercado San Pedro, lá comprei uma camiseta preta de Machu Picchu por S/ 14, uma camiseta branca bordada por S/ 20, uma mochila de Cusco por S/ 25 e seis echarpes estampadas por S/ 75 todas. Voltei para a Avenida El Sol, aproveitei e fui comer alguma coisa, queria algo doce, comprei um sorvete, um bolo e uma água por S/ 22.

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Precisei trocar dinheiro de novo, mas dessa vez troquei R$ 300, deu S/ 235,50. Voltei para o Mercado San Pedro, mas dessa vez queria comprar blusas, comprei uma para minha mãe por S/ 27, uma para minha vó por S/ 30, três para mim por S/ 85. Ah, e não podiam faltar é claro, os chaveirinhos de lhamas, comprei 18 chaveiros por S/ 15.

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Depois de tantas compras, lembrei que ainda precisava comprar o poncho que minha tia tinha encomendado. Achei uma loja no caminho de volta até a Plaza de Armas, encontrei um poncho gigante, que aparentemente era de lã de alpaca, mandei foto para minha tia, ela aprovou e comprei, S/ 110. A melhor coisa foi eu ter comprado a mochilinha de S/ 25 mais cedo, porque não tinha mais sacolas que coubessem tantas coisas. No fim das contas, tive que voltar para a casa de câmbio, porque os soles que tinham me sobrado, não iam dar até Puno, e não queria trocar dinheiro lá, a cotação provavelmente seria pior, então voltei na Avenida El Sol e troquei mais US$ 30 por S/ 97,50. Quando já estava quase escurecendo, o Ricardinho do hostel me mandou mensagem perguntando se eu tinha comprado a passagem para Puno já, eu disse que sim, então ele me disse que queria ir junto também, mas que não estava conseguindo comprar pelo site da Cruz del Sur, e que na hora era capaz de não ter mais passagens para hoje. Felizmente eu estava passando bem na frente da loja onde tinha comprado a minha, disse que eu tentaria comprar na loja e depois ele me pagava. Comprei a passagem para ele, ainda tinham vários lugares disponíveis.

Depois fui até o “La Divina Patrícia” pois tinha combinado de encontrar com o Renan lá. Jantamos, para variar lasanha com pão de alho e limonada por S/ 10. Já eram umas 9 da noite, nos despedimos, e voltei para o hostel correndo tomar banho, já que o ônibus partia as 10 da noite. Peguei as mochilas no depósito, encontrei com o Ricardinho, que já estava pronto também, e fomos para a rua pegar um táxi.

Fomos de táxi até a garagem da Cruz del Sur por S/ 3 cada, chegamos lá, ficamos sentados esperando nossa hora de embarcar, comprei uma água lá por S/ 5. Enquanto esperávamos, chegou uma mulher, e como ela nos ouviu falando em português, veio puxar assunto também, era a Fernanda, catarinense, também ia até Puno e de lá para a Bolívia. Fomos conversando até que embarcamos. No ônibus também nos deram lanchinhos, fones de ouvido e cobertores. Já tomei uns remedinhos para enjoo, apaguei.

 

         

SALDO DO DIA

Lavanderia – S/ 8,00

US$ 100 -> S/ 325,50

2 camisetas – S/ 34,00

Mochila – S/ 25,00

5 blusas – S/ 142,00

6 echarpes – S/ 75,00

18 chaveiros de lhama – S/ 15,00

R$ 300 -> S/ 235,50

Sorvete, bolo e água – S/ 22,00

Poncho – S/ 110,00

USD 30 -> S/ 97,50

Lasanha “La Divina Patrícia” – S/ 10,00

Táxi (hostel-garagem) – S/ 3,00

Água – S/ 5,00

 

 

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Dia 26 (terça-feira, 14/08/2018) – Quase Botamos Fogo nas Ilhas Flutuantes

 

O ônibus chegou na rodoviária de Puno bem antes do amanhecer, ainda estava escuro quando desembarcamos. Dentro da rodoviária, já fomos procurar alguma empresa que tivesse ônibus para Copacabana, do outro lado da fronteira. Ricardinho, Fernanda e eu encontramos a Titicaca Tours, compramos a passagem para Copacabana para as 2 da tarde que é o último horário de ônibus (uma porcaria o horário, mas como a Aduna Boliviana fecha cedo, tem que passar lá antes disso). Pagamos S/ 20 na passagem, mais S/ 1,50 de taxa de embarque da rodoviária, mais S/ 0,50 para poder usar o banheiro.

Como ainda não eram 7 da manhã, fomos andar um pouco pela cidade, queríamos fazer o passeio pelas Ilhas Flutuantes antes de pegar o bus, fomos até o porto de Puno, lá ficam os pilotos dos barcos vendendo os passeios até as ilhas por preços mais baratos do que nas agências da cidade. Encontramos um senhor na entrada do porto, ele nos ofereceu o passeio pelas Ilhas Flotantes de Uros e pela Isla Taquile, mas como o passeio completo voltava as 5 da tarde, e nosso bus era as 2, só daria tempo de conhecer Uros, Taquile teria quer ficar para a próxima.

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O senhor disse que não tinha problema, que por S/ 15 conheceríamos Uros, e quando fosse meio-dia, o restante do grupo seguiria para Taquile, e nós voltaríamos para Puno em outro barco, achamos OK e aceitamos. Embarcamos, era um barco grande até , tinha várias pessoas junto, eles nos levou até uma das Ilhas Flutuantes, onde morava uma família, a família mostrou como a ilha flutuava, o capim (totora) de que era feita, depois nos mostrou a cabaninha que capim que eles moravam, mostraram os artesanatos que eles faziam, aquele típico passeio pega-turista, tudo custava o dobro do que custava em Puno, mas enfim, nós três vimos uns colares coloridos, pareciam uns amuletos com formato de cruz andina, negociamos e compramos 3 amuletos, um para cada (ficou muito amigos para sempre hehehe), por S/ 7,50 cada. Depois andamos num barco de totora até a ilha principal, onde ficava uma espécie de comando das ilhas, era maior, tudo feito de capim seco. Já eram quase 11 da manhã, lá pagamos S/ 1 para carimbarem nosso passaporte com o carimbo das Ilhas, nosso grupo seguiu para a Ilha Taquile, e nós ficamos lá, segundo o piloto, logo chegaria um barco para nos levar de volta para Puno.

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Ficamos lá esperando, olhando a hora passar, já era quase meio-dia e nada, os barcos que chegavam lá, quando tentávamos embarcar, os pilotos falavam que não era aquele barco, e que se quiséssemos voltar, teríamos que pagar mais S/ 30 cada.

Pegamos o recibo que o senhor tinha nos dado, para ver que agência que era, “Servicios Turísticos Lago Tours E.I.R.L.”, tinha uns números de telefone e celular, como nossos celulares não faziam ligações, só pelo Whatsapp, fui tentando na sorte, mandando mensagens, ligando pelo Whatsapp, e a porcaria da agência não atendia.

Fomos até um homem que ficava no que seria a “sede” do governo da ilhas, explicamos a situação, ele disse que nos ajudaria, perguntamos se ele poderia ligar do celular dele para essa agência, ele disse que sim, mas que primeiro iria almoçar, e pegou o pratinho dele e começou a comer, com aquela cara de deboche para a gente. Esperamos um pouco, voltamos e pedimos para ele ligar logo, ele pegou o celular tentou uma vez e desligou. Aí ele disse que se pagássemos S/ 20 cada, ele conseguiria um barco para nos levar, já estávamos irritados, e ele tentando explorar a gente ainda, recusamos, e ele achou ruim, começou a xingar a gente em espanhol, falando que brasileiros exploram os peruanos quando vão para o Brasil (?!?!?!)

Sério, tivemos que ameaçar tocar fogo naquela ilha toda feita de capim seco, até que um outro homem que ficava carimbando os passaportes viu nossa situação, pegou o celular, ligou, falou com o cara da agência, e disse que já chegaria um barco (nos passou o nome do barco) para nos levar de volta para Puno. Uns 15 minutos depois o barco chegou, entramos correndo, antes que o piloto mudasse de ideia. Partimos daquelas Ilhas malditas, agradecemos o homem que nos ajudou, e o outro ficou resmungando quando demos as costas, só porque não conseguiu arrancar nosso dinheirinho.

O passeio em si é legalzinho, mas tudo lá é fantasioso, sabe? É tudo encenado pelos locais, as vestimentas, as cabanas, tudo. E pelo que os moradores falaram, são muitas ilhas flutuantes, cada uma é de uma família, e elas fazem um rodízio com os turistas, porque é muita ilha para pouco turista, aí por mês, cada ilha recebe visitantes no máximo três vezes, aí eles tem que fazer de tudo para vender os artesanatos deles para sobreviver. Por isso acabou virando um rolê pega-turista.

Finalmente voltamos ao porto, já era quase 1 da tarde, comprei água por S/ 5. Fomos caçar alguma coisa para comer, encontramos um lugar maravilhoso, chamado Snack Torteé, bem na avenida do porto, onde os hambúrgueres custavam S/ 3,50 só. Pegamos 3 hambúrgueres cada, muito bons, mais uma jarra de suco, tudo deu S/ 13,50 cada. Depois voltamos para a rodoviária, os mochilões tínhamos deixados guardados no próprio guichê da empresa de ônibus de graça, pegamos eles de volta e fomos para o bus.


Estávamos a caminho da fronteira, a viagem parecia perto, mas foi demoradinha até, recebemos dois papeis no bus, um era a declaração de bens, e a outra era a “tarjeta migratória”, preenchemos elas (levem caneta). Depois o ônibus para na fronteira, do lado peruano, todos desembarcam, passam na aduana e carimbam seus passaportes que estão saindo do Peru, depois seguimos a pé, cruzamos a fronteira e entramos em solo boliviano, lá passamos na aduana e carimbam o passaporte e a tarjeta migratória, registrando a entrada na Bolívia.

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FRONTEIRAS: Nas fronteiras, você passa primeiro na aduana do país de onde está saindo, eles carimbam seu passaporte, registrando sua saída, depois você passa na aduana do país onde está entrando, lá eles também carimbam seu passaporte registrando sua entrada. Lembrando que brasileiros podem viajar só com o RG pela América do Sul, e alguns países como a Bolívia e o Chile te dão um papel quando você entra, não perca esse papel de jeito nenhum.

 

Voltamos para o ônibus e seguimos até Copacabana, chegamos lá já ao anoitecer, ah, não pode esquecer de adiantar uma hora o relógio. Nessa hora, adivinhem quem me manda mensagem? A Thaine, ela e a Livia já estavam em Copacabana, e tinham arrumado um lugar legal para ficar, o Hostal Las Balsas, fomos para lá também e conseguimos por Bs. 40 a diária com café da manhã, na hora mesmo, sem reservar nada. Estávamos em 5 brasileiros no hostel, saímos de noite para conhecer a cidade. Precisava trocar dinheiro, consegui Bs. 780 por € 100.

Depois encontramos uma agência na avenida, onde o Ricardinho e eu compramos o passeio das Ilhas do Sol e da Lua para amanhã, pagamos Bs. 30 cada. A Thaine e a Livia já tinham feito esse passeio hoje, e a Fernanda não queria fazer porque queria pegar o ônibus para La Paz amanhã de manhã junto com as meninas.

Então saímos para jantar todos juntos, encontramos uma pizzaria onde comemos bem e dividido saiu Bs. 35 cada. Depois voltamos para o hostel e fomos dormir.        

 

SALDO DO DIA

Passagem Puno – Copacabana (Titicaca Tours) – S/ 20,00

Taxa da rodoviária de Puno – S/ 1,50

Banheiro – S/ 0,50

Passeio Islas Flotantes de Uros – S/ 15,00

Colar da cruz andina – S/ 7,50

Carimbo no passaporte em Uros – S/ 1,00

Água – S/ 5,00

Almoço Snack Torteé – S/ 13,50

€ 100 -> Bs. 780,00

Jantar pizzaria – Bs. 35

Diária Hostal Las Balsas – Bs. 40

 

 

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