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Salve turma! Tudo bem? Vim mais uma vez registrar uma viagem pela nossa querida América Latina! Foram 24 dias muito intensos só pra variar! Fazia tempinho que não viajávamos pra longe com outras pessoas, foi legal compartilhar uma aventura de novo, ainda que apenas em parte da trip! Desta vez a companhia foi a família da namorada do meu filho! Fomos em 7 pessoas, nós 3 em casa e a família da Elô (2 adultos e 2 adolescentes). Mas eles ficaram só na primeira semana da viagem, pois os adolescentes não podiam perder muitas aulas. No restante da viagem seguimos solo (eu e Gui). A alusão a idade, hahaha, no título do relato, é pq foi uma viagem fisicamente bastante intensa pra nós, adultos de 44 e 46 anos! Vcs logo vão ver o pq, haha! ROTEIRO Tivemos estadia com o grupo todo em Cusco e MP Pueblo (Águas Calientes) por uma semana, mas eu e Gui ficamos por mais alguns dias em Cusco para fazer umas trilhas extras, ficamos 10 dias inteiros no Vale Sagrado no total. Sozinhos, seguimos pra Arequipa, depois fizemos o Canyon del Colca em dois dias, com pernoite em Chivay, seguimos pra Puno, e então atravessamos pra Bolívia, e tivemos pernoites em Copacabana, os dois lados da Isla del Sol, La Paz e Cochabamba. DESLOCAMENTOS Aéreos Os deslocamentos de ida e volta para o Brasil foram de avião. A ida foi compartilhada por todos nós, de LATAM: LDB > GRU > LIM > CUZ. JG e a família da Elo voltaram de Cusco com o mesmo trajeto da ida, só que ao contrário, claro, kk. Eu e Gui voltamos desde La Paz mas tivemos uma conexão de um dia em Cochabamba (LPB > VVI > CBB > GRU > LDB). Voos operados pela BoA, com exceção do trecho dentro do Brasil (LATAM). Por terra Eu vou contar os detalhes durante o relato, mas nossos deslocamentos terrestres foram de trem, vans, barcos e ônibus. O trem pra Cusco: caro pá um caray né, preço pra europeu e estadunidense. Se estivéssemos só eu e Gui teríamos feito um trecho “a pé”. Optamos pela empresa Peru Rail – ida com bimodal (bus + trem) e volta só de trem (ambos os trens vistadome). Ficou 141,84 USD por pessoa ida e volta. Conto no relato pq foi um dinheiro bem mal gasto. HOSPEDAGENS No começo da viagem a hospedagem tinha que ser para 7, e a partir do dia 17 de maio, para 2. Usamos booking e Airbnb. Cusco: Airbnb – custo de 2260 reais por família para 7 noites (custo total 4520 reais para 7 pessoas 7 noites: cerca de 92 reais por noite por pessoa). Nós mantivemos essa casa alugada mesmo quando passamos uma noite fora em Aguas Calientes pra facilitar as malas e etc! MP Pueblo: Catari's House (booking) – custo de 45 USD por família, 1 noite A partir de agora as hospedagens são só pra 2 (eu e Gui) Cusco (2 noites): ValPer Boutique – USD 37,76 Arequipa (2 noites): Los Andes Bed & Breakfast – USD 73,10 Chivay (1 noite): Hotel Pandora – incluso no rolê Puno (1 noite): Kaaro Hotel Puno – USD 20,68 Copacabana (1 noite): Hostal Piedra Andina – USD 21,60 Isla del Sol – norte (1 noite): Ecolodge Inti Wat'a – USD 50 Isla del Sol – sul (1 noite): Hostal Inti Wayra – USD 27 La Paz (4 noites): Hostal Iskanwaya – USD 125,32 Cochabamba (1 noite): El Hogar Casa y Habitaciones en el Prado – USD 16 Dou mais detalhes de cada uma durante o relato. CÂMBIO E DOCUMENTOS Levamos dólares na WISE e tb in cash... e tb levamos um pouco de reais (pensando em Bolívia). Cotação média para facilitar USD 1,00 = R$6,00. Falo os preços de saques e câmbios durante o relato, além de uma dica bem importante sobre Cusco. Pra Bolívia leve DINHEIRO, vale muito a pena. Documentos obrigatórios são passaporte e vacina pra febre amarela? (o certificado internacional). Sobre o certificado internacional de vacina, eu e Gui tínhamos o antigo e JG não tinha, então atualizamos no site gov.br e estamos todos com o modelo novo. Ninguém pediu e a autoridade peruana me disse que não precisava embora tenha encontrado informação diferente na internet. Seguro viagem eu emiti o do cartão mesmo, mas não precisei usar. Eu até tinha cogitado comprar um por medo desse do cartão não funcionar bem, mas dias antes da minha trip uma amiga que estava na Bolívia teve uma queda com fratura, usou o seguro do cartão e foi hiper bem atendida em La Paz, então desencanei! TOURS (AGÊNCIAS) Com exceção das entradas de MP que esgotam muito antes e devem ser adquiridos pelo site com antecedência, fechamos todos os outros tours que queríamos fazer in loco ou faltando poucos dias pra trip. Eu filtrei agências recomendadas mas entrei em contato na hora. Vou comentar detalhadamente sobre isso durante o relato, qualidade e preços, mas as agências contratadas foram as seguintes: Em Cusco: World Explorer Peru e Inca Trail Machu Picchu 360 Em Arequipa: Puriy Arequipa Em La Paz: Buho’s Tour e Barracuda Biking Agora PLAY NO ROLÊ! (CONTINUA)
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Oi pessoal! Pretendo ir pra Santa cruz e no mesmo dia ir para Sucre de avião, depois ir para Uyuni talvez passando um dia em potossi (qual melhor meio de transporte? ) e voltar de Uyuni de trem para ouroro ,de la para lá paz ficar uns dias, ir para santa cruz, e depois SP. Vejo que a maior parte das pessoas vai para la paz quando chega e depois volta de la paz/ para suas cidades. Existe algum motivo para não fazer o roteiro que pretendo? Achei que faz mais sentido do que ter que ir e voltar para o mesmo lugar. Obrigadaaaa
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Oi pessoal! Esse é meu primeiro relato de uma viagem muito esperada ❤️ Esse foi meu primeiro mochilão improvisado em férias de uma CLT brasileira junto com uma amiga. Minhas principais fontes de consulta para ele foram os fóruns aqui do Mochileiros e os vídeos do Mundo sem Fim (❤️). Datas da viagem: 03/04 a 17/04. Minha viagem começou no Rio de Janeiro onde eu peguei um voo da Gol para Guarulhos às 6:10 no dia 03/04, para depois pegar o voo para Santa Cruz de La Sierra às 09:05. Inicialmente a viagem seria do dia 2 ao dia 17 porém, devido a uma necessidade da Gol, foi preciso remarcar para o dia 03. Caso eu não aceitasse, eles iriam reembolsar totalmente o valor. Bom, após todos os passageiros embarcarem no avião no dia 3, o piloto informou que o voo atrasaria devido ao mau tempo em Guarulhos (SP). No final das contas, o voo que era para as 6:10 decolou apenas as 8:20 e chegamos em Guarulhos às 9:45. Nosso voo para Santa Cruz atrasou devido ao mau tempo porém, mesmo com os atrasos dos dois voos, perdi o segundo por 18 minutos. E aqui começou a jornada do desespero antes de sair do Brasil. Fui ao guichê da Gol com mais de 100 pessoas com o mesmo problema (conexões perdidas e várias remarcações de voo) e aguardei por belas 2h para ser atendida. Para esse viagem eu contratei um seguro que cobria gastos com atraso de voo, cancelamento ou remarcações. No contrato estava expresso que para solicitar a abertura do sinistro era necessário um documento formal da empresa aérea constando os dados do voo, horários e assinatura de um funcionário. Em uma pesquisa rápida enquanto aguardava ser atendida, descobri que o documento se chama “Carta/Declaração de contingência”. Ao ser atendida pela atendente, fui remarcada para o voo do dia seguinte (04/04) no mesmo horário (9:05) e recebi um voucher para hotel e alimentação custeado pela Gol. Sobre a declaração de contingência: é uma luta conseguir. Quando esse nome é mencionado, eles fazem de tudo para te levar a exaustão e desistir de pegar o documento. Não desistam, peguem mesmo. É importante também ler e confirmar as informações: data e hora efetiva da decolagem e do pouso com atraso (eles precisam pegar os dados oficiais da infraero, não aceitem que sejam colocados horários estimados). Nesse dia ainda tive um problema porque eles alegaram que o voo chegou 8:30 em Guarulhos (dados da própria Gol) sendo que neste horário eu estava nas nuvens (literalmente). Usei o site do rastreador Kayak que tinham os horários certinhos pra comprovar o atraso do nosso voo. Essa batalha terminou às 15:00 do dia 03/04, quando me direcionei ao hotel para descansar para o outro dia. 04/04 - Guarulhos - Santa Cruz de Lá Sierra Inicialmente, a viagem começaria dia 3/4 chegando em Santa Cruz às 11:00. Planejei conhecer o centro da cidade e partir para Sucre no mesmo dia em um ônibus noturno. Com o atraso e remarcação do voo, cogitei comprar a passagem de Santa Cruz para Sucre oferecida pela BoA porém, devido ao histórico de Gol com atrasos, decidi tentar a sorte direto no guichê em Santa Cruz. Bom, dito e feito, o voo do dia 04/04 que era para decolar às 9:05 só levantou voo às 10:30. Chegamos em Santa Cruz por volta de 12:40 e fomos para imigração. 04/04 - Santa Cruz de La Sierra A imigração foi bem lenta. Os funcionários solicitaram o motivo da viagem (turismo) e os locais que eu ia conhecer (meu roteiro) e endereço do Airbnb em Sucre. Havia lido relatos que a imigração era tranquila e sem perguntas, principalmente para quem já tinha carimbos no passaporte, mas nesse dia, todos foram interrogados. Num todo, foi bem tranquila. Eu estava com todos os documentos em mãos e preparada com meu roteiro na cabeça, não me preocupei. Passando a imigração, apresentei o documento com QR code da Aduanda, que havia preenchido com antecedência e segui para o raio-X. Tudo certo também, sai pelo terminal de desembarque. Logo que sai, fui direto no guichê da BoA para ver as passagens para Sucre e já não tinham mais passagens para os dois voos do dia (13:40 e 16:00). Bom, voltei ao meu planejamento inicial de ir de ônibus para Sucre e conhecer um pouco o centro de Santa Cruz. Antes, troquei 100 reais no aeroporto com câmbio a 1,89. Não achei ruim e optei por trocar apenas 100 porque li relatos de que na Plaza 24 de Setembro o câmbio estava 2 ou acima de 2, no paralelo. Comprei um chip de Entel para 6 dias com internet ilimitada por 48 bob (38 do plano + 10 do chip) (~25 reais) e já estava conectada para falar com meus familiares no Brasil. Feito isso, me direcionei a área externa ao terminal para pegar o ônibus para o Centro (número 135) e acho que foi 3 ou 6 bob, não me lembro. O trajeto foi de uns 30/40 minutos e o ônibus nos deixou a 4 quadras da praça. Todos os passageiros bolivianos, inclusive o motorista, me orientaram sobre onde descer e foram super educados. Descendo no ponto, andei e cheguei em uma lanchonete muito bacana com playground para crianças e tudo mais. Eu estava morrendo de fome e comi uma empanada de queijo. Uma delícia! Colocaram açúcar de confeiteiro por cima e deu um tcham! Os doces eram maravilhosos de lindos também (foto). Chegando na Plaza 24 de Setembro (16:00)eu fiquei encantada com a praça e com a dinâmica local das crianças e famílias bolivianas aproveitando o clima. A praça é linda e a igreja também! Troquei dinheiro em uma casa de câmbio na praça no câmbio a 2,10. A cotação do dólar estava 10. Fui para a rodoviária de ônibus (la o app da Movit funciona) e os locais me orientaram o ponto onde era para descer. Chegando na rodoviária, um caos kkkkkk. Até hoje eu estou ouvindo “Sucre Sucre La Paz” na minha cabeça. A todo tempo você é abordado por vendedores oferecendo as passagens mas optei por comprar no interior do terminal. Tem que ter paciência com os vendedores te abordado e os gritos oferecendo passagem. Elas variam bem pouco em questão de valores mas existem muitas empresas. Optei por comprar na empresa Trans Copacabana Mem 1 para Sucre e o ônibus semi leito (160 graus), que é chamado de bus cama, me custou 100 bob (~50 reais). Obs.: Sempre pedíamos para ver os ônibus antes de comprar a passagem. O ônibus sairia às 21:30 e chegaria às 7:00 em Sucre. Enquanto isso, fiquei observando o terminal e as pessoas e crianças. Não se assustem, as crianças ficam soltas na rodoviária sem muita supervisão dos pais. Nesse meio tempo fiz amizade com uma menininha de 6 anos que carregava um pollito (pintinho) dentro de uma bolsinha. O nome dela era Maria Helena e a mãe trabalhava vendendo passagens. Ela ficava o dia todo na rodoviária enquanto a mãe trabalhava. Quando eu perguntei a ela se ela não tinha medo de ficar sozinha andando por ali ela disse com uma cara de brava “aqui as crianças aprendem a se cuidar cedo” e depois me disse que tem vários amiguinhos que ficam ali com as mães. Embarquei no ônibus e me surpreendi muito com a estrutura. O ônibus tinha banco com massageadores e regulagem automática de inclinação. Eu realmente fiquei chocada com a estrutura pq nunca andei num ônibus assim no Brasil. Recomendo muito a empresa Trans Copacabana Mem 1 (obs.: não confundam com a Trans Copacabana, são empresas diferentes). Valeu muito, 10/10. Antes da viagem começar, eu deixei meu chip do Brasil cair da minha bolsinha entre meu banco e o apoio de braço. Haviam duas pessoas bolivianas próximas a mim nesse momento, uma cholita e um senhor. Quando eles perceberam meu desespero, eles perguntaram o q houve e me ajudaram a achar o chip (com direito a uma lanterna e uma faca enorme pra puxar o chip do lugar que ele tinha caído kkkkk). Mais uma vez eu fiquei encantada com o povo boliviano! Mesmo com o conforto, não consegui dormir muito bem. Tenho dificuldades em dormir fora de casa . A viagem é longa e o caminho é muito tortuoso e dá um nervoso com as curvas. 05/04 - Chegando a Sucre Cheguei à Sucre às 7:00. Estava bem frio (5 graus) e eu estava extremamente cansada. A rodoviária e os arredores de Sucre são bem simples, e a rodoviária fica relativamente longe do centro histórico. Optei por pegar um táxi da rodoviária até o Airbnb que fiquei e a aventura começou. O táxi me custou 15 bolivianos e quando eu entrei eu dei uma bela risada. O banco do motorista era uma cadeira improvisada kkkkkkkkkkk. Talvez eu tenha pego um táxi irregular mas é assim que as memórias são construídas né kkkk Cheguei na minha hospedagem e peguei as chaves (minha reserva era pro dia 4 a 6/4). O Airbnb era uma delícia, muito fofinho, bem equipado e bem localizado. Tinha um mercado bem próximo e a Plaza de Armas ficava a duas quadras da hospedagem. Único ponto menos legal era que ficava no 3 andar de escada. Tomamos um café bem reforçado em casa e fomos passear. Conseguimos comprar o ticket do ônibus para o parque Cretáceo por 15 bob ida e volta para as 11:00. É o melhor horário para poder fazer o tour pelas pegadas com guia (12:00). Enquanto aguardávamos o ônibus, ficamos assistindo um desfile cultural sobre a inclusão de pessoas deficientes e atípicas na cultura boliviana nos arredores da praça. Foi muito lindo! Pegamos o ônibus para o parque Cretácio. Fomos no andar de cima para ver a cidade. Foi bem legal, o trajeto leva em média 15 a 20 minutos e chegamos no parque. Ele fica localizado ao lado de uma empresa de cimento e as pegadas ficam bem na parte onde eles extraem a pedra para fazer cimento (imagino que seja algum calcário). Aliás, as pegadas foram descobertas quando a extração de pedra teve início pela empresa. Ela foi a responsável por chamar os paleontólogos para verificarem e, depois, classificarem as especieis. Uma coisa que me preocupa um pouco é que a exploração continua ocorrendo ao redor das pegadas com máquinas pesadas e escavações. Não sei até que ponto pode influenciar e ocorrer mais desprendimento das parede com as pegadinhas. Aliás, apenas o lado direito da parede está habilitado para visitação (pegadas dos carnívoros e alguns herbívoros grandes). O lado esquerdo, onde tem mais pegadas de mais especieis está interditado por segurança (desmoronamento). O tour é muito legal, o guia explica as especieis de dinossauros que passaram por ali. O tour me custou 30 bob com a visita às pegadas incluídas. Retornei ao centro e fui almoçar (16:00). Não indico o restaurante que fui pq a comida não era muito gostosa e nos restaurantes locais o menu do dia já não estava mais servindo por causa do horário. Bom, segui para conhecer a Catedral Metropolitana, onde a visita ao terraço custa 15 bob. A vista é linda, é possível ver a cidade toda e andar pelos telhados da catedral é sensacional. A escada é bem difícil de subir e relativamente apertada. Senti dificuldades pra subir mas valeu a pena. Após passear mais um pouco, fomos trocar dinheiro. O câmbio em sucre não estava tão bom quanto em Santa Cruz, o máximo que encontrei lá no paralelo foi 1,90 e no oficial, 1,76. Aqui vale uma ressalva e uma dica: o câmbio paralelo em Sucre dá um certo medo, principalmente pq as pessoas te abordam e ficam bem em cima de vocês. Eu fiquei com um pouco de medo de trocar muita quantidade principalmente pq as notas eram extremamente velhas e rabiscadas. Ah, outro ponto importante: se atentem as notas que estão recebendo. Encontrei dificuldades para pagar uma compra em um mercado porque minha nota estava colada com durex (apenas uma parte). Então, sempre confiram o dinheiro e solicitem a troca caso recebam notas rasgadas, manchadas ou muito rabiscadas. Minha dica é que deem preferência para o câmbio em Santa Cruz. Eu fui fazendo picado: em Santa Cruz, Sucre e La Paz. 06/04 - Sucre Em nosso segundo dia em Sucre, iniciamos a exploração indo à rodoviária para comprar nossas passagens a Uyuni. No dia anterior (sábado) havíamos visto que quase todas as atividades culturais não funcionavam aos domingos e, por isso, decidimos ficar apenas 2 dias em sucre (5 e 6/4). Havíamos perguntando em um Hostel sobre os ônibus a Uyuni e o atendente informou que apenas duas empresas fazem o trajeto a partir de Sucre: Emperador ou 6 de outubro. Bom, fomos à rodoviária encontrar as benditas empresas. Fomos de ônibus e as linhas que passam na rodoviária são a A ou a 33, que passam na rua próximo ao mercado central. Se tiver dúvidas, pergunte sobre o ônibus ao Terminal de Buses, os bolivianos irão te explicar perfeitamente onde encontrar. E outro detalhe é que eles param em qualquer lugar na rua, basta fazer sinal para subir e falar “Parada/Bajar” ou algo do tipo para que o motorista pare para você descer. Peguei a 33 e me custou 2,40 bob. São chamados de Minibuses (quase uma van brasileira) e que andam com a porta aberta e de forma bem radical (correndo e buzinando o tempo todo). Nesse ônibus em especial, o motorista e a copiloto estavam com um neném acomodado na parte da frente (imagino que era filho de um deles ou dos dois), e situações como estas são bem comuns de se presenciar lá. Foi muito legal! Os ônibus são Pet friendly e as pessoas são extremamente educadas. Cedam o lugar aos idosos caso embarquem. Adorei ver a dinâmica das pessoas locais se movimentando em um domingo de manhã. Aqui vale uma nota muito importante: a rodoviária de Sucre é muito muito muito simples e percebi que tem muitas empresas com ônibus extremamente precários. A manutenção deles é feita na rua a céu aberto e de forma bem bem simples. Fiquei um pouco preocupada. Chegando lá, fomos no guichê da 6 de outubro e não havia atendente disponível (aguardamos por 15 min e nada). Daí, fomos no guichê da Emperador. Lá decidimos comprar a passagem das 21:30 em um ônibus semi leito (160 graus) por 120 bob (~60 reais). Sempre antes de fechar a passagem eu pedia para ver o ônibus (ou foto ou presencial), e assim o fiz. A atendente me mostrou e eu já fiquei meio “Hm, algo me diz que não é a melhor opção” mas fechei mesmo assim. spoiler: não era a melhor opção mesmo, mas isso vou contar já já. Com as passagens compradas, voltamos ao Centro para bater perna. Fomos conhecer a cafeteria Sucré que tinham gelatos lindíssimos e com uma cara deliciosa. Comprei um café, um croissant de pistache e depois um gelato. Uma delícia todos! O café me custou 10 ou 15 bob, o croissant foi 5 bob e o gelato foi 15 bob com duas bolas de sorvente. Peguei dos sabores Cofibrownie (café, Brownie e creme) e Tramontana (oreo, doce de leite e creme) - APENAS MARAVILHOSOS! Fui comer minhas delícias sentada em um banco da praça junto com muitas pessoas e famílias que curtiam o domingo. Eu fiz uma associação que os cariocas vão entender: a Plaza de Armas de Sucre é o Aterro do Flamengo aos domingos - todas as ruas no entorno estão fechadas para promover o lazer das pessoas que moram na região. Depois disso, fui conhecer a terraza da sede do governo departamental do distrito, que fica localizada em uma das esquinas da Plaza de armas. A entrada para a terraza custa 15 bob e você pode andar pelas dependências do local. Aqui vale uma nota também: todas as placas de identificação de salas, banheiros e etc, são na língua espanhola e em quechua. Eu amei isso! Achei muito rico e muito lindo! Saindo da Terraza, fomos conhecer o parque Simón Bolívar. Chegamos lá e encontramos a mesma vibe da Plaza de Armas: muitas famílias brincando, várias atividades rolando e muitas barraquinhas de comidinhas locais. O parque me lembrou a Quinta da Boa Vista aos finais de semana. Todas as praças da Bolívia são extremamente bem cuidadas e bem conservadas. As plantas são muito bem cuidadas, não tem lixo espalhado e são bem policiadas. Um único ponto é que tem muitos pombos kkkkkkk eles tem costume de alimentar nas praças e isso ajuda a ter uma população bem grande desses animais. Eu quis muito subir na torre Eiffel da praça mas fiquei com medo. Subi até o primeiro patamar, com bastante dificuldade pq é muito estreita e logo desci. Aquele troço mexe muito e tinham muitas pessoas em cima. Achei melhor evitar subir kkkk Alugamos outro Airbnb para podermos nos arrumar antes da aventura rumo a Uyuni e o tão esperado Salar, mas que eu não recomendo muito. Ele era bem localizado mas era um pequeno cativeiro sem janelas e com muitos pontos negativos. Pelo menos nos atendeu em ter 1 chuveiro quente (elétrico) e um mini fogão para cozinharmos uma breve jantinha (macarrão à la moda rapidez - molho vermelho e um sonho). Saímos da casa por volta das 19:30 e fomos tomar um café na cafeteria Metrô, localizada na Plaza de armas também. Essa aqui vale muito a recomendação! Peçam o café nativo da Bolívia. Ele é sensacional! O ambiente é muito aconchegante e com espaço para poder entrar com mochilas e malas. Nota 10/10. Saindo da cafeteria, pegamos um táxi rumo ao terminal que nos custou 15 bob. Chegamos no terminal e compramos o ticket de uso terminal (2,5 bob). Todos os terminais da Bolívia tem essa taxa para pagar que variam de 2 a 2,5 bob. Os guichês oficiais ficam localizados com identificação de “Uso terminal”. Sentamos e aguardamos o horário de 21:00 para nos direcionarmos a plataforma. Aqui o filho chora e a mãe não vê. Depois de um atraso de um pouco mais de 30 min, o ônibus chegou a plataforma. Ele era o que eu mais temia: pavoroso e completamente precário. Vocês se lembram que eu falei do pressentimento sobre o ônibus né! Eu não estava errada kkkkkkk Entrei no ônibus (obs.: cor verde) e foi só ladeira abaixo. Os bancos era velhos e sujos, as janelas estavam todas remendadas nas frestas com fita durex (sim, durex) e não consegui encontrar o cinto de segurança. Infelizmente eu não tenho nenhuma foto desses pequenos grandes detalhes pq fiquei nervosa pensando “ainda bem que eu tenho seguro viagem e meu corpo irá chegar no Brasil caso eu morra”. Trágica? Um pouco. Mas antes da viagem li algumas reportagens sobre acidentes com ônibus na Bolívia e fiquei com medo nesse dia. Eu não desisti e continuei no ônibus apesar dos pesares. Uma moça estava colocando mais fita adesiva na janela para que não entrasse vento gelado em cima da filha pequena dela q estava sentada a minha frente. Aproveitei o ensejo do improviso e perguntei se a 6 de outubro era melhor que a Emperador e ela me disse tranquilamente “Não, as duas são iguais” kkkkkk Ela apenas me deu uma informação que eu acho que seja valiosa para cá: se o ônibus da Emperador for o Verde é sinônimo de perrengue. É o ônibus mais velho deles é o pior. Se for o azul, ok. Da 6 de outubro ela não me deu mais informações. Nenhum dos ônibus até esse momento eu precisei colocar a bagagem no bagageiro. Eu coloquei ela em cima do apoio de pés e serviu como um suporte para que ficasse quase uma cama. Para mim, essa forma foi menos desconfortável de viajar. Outras coisas foram acontecendo durante a viagem até Uyuni. Algumas pessoas entraram no ônibus mesmo que não houvesse mais lugar vago e se acomodaram sentadas no chão ou na escada (era um ônibus de 2 andares e eu fui no 1 andar). Essas pessoas desceram em Potosí (3 ou 4 horas de sucre) e fiquei bem preocupada com o bem estar delas. É uma viagem desconfortável por conta das estradas sinuosas e também pq eles estavam sentados no chão né?! Bom, eu dormi pouco e não via a hora de chegar ao Uyuni. 07/04 - Uyuni O ônibus chegou em Uyuni às 5:30 mais ou menos e a mesma moça que estava colocando a fita adesiva na janela me deu uma dica de cafeteria para ficar até que as agências abrissem, como também uma agência chamada Uyuni Trans Andino. O nome da cafeteria era Nonis (basta pesquisar no maps como Nonis Breakfast). Ótima, recomendo muito! Tomamos café da manhã lá e ficamos aguardando até as 7:30 (hora que as agências abrem). Pela manhã já não estava me sentindo muito bem. Acho que era o cansaço acumulado e a falta de sono (não dormi no ônibus, apenas breves cochiladas). Estava com bastante dor nos olhos e no nariz. Tomei o remédio para o mal de altitude e segui o dia aos trancos e barrancos. Deu para viver mas não em plenitude kkkk. Esse remédio eu comprei em Sucre numa farmácia e pedi por “Medicamento para soroche” ele tem paracetamol, cafeína e acetazolamida. O que eu comprei se chama “Punacap” (40 bob). Na cafeteria, gastei uns 20 bob com café e queijo quente, que estavam uma delícia. Aproveitei e pedi indicação de agências boas por ali e recebi dois nomes: Kantuta Tours e Andes Salt. Quando saímos da cafeteria essas duas estavam fechadas e, por isso, optamos por ir na Uyuni Trans Andino. Bem, lá encontramos a moça do ônibus e ela era a gerente da loja (🙃). A princípio queríamos o tour de 2 dias para podermos ver o céu do salar durante a noite mas logo que explicaram o tour, fiquei um pouco decepcionada. Em todas as agências que fomos, o tour de 2 dias fazia um caminho bem diferente do tour de 3 e 4 dias. Basicamente o deslocamento do 1 dia era para o Salar e no segundo, para as lagunas a direto do mapa de Uyuni junto com as águas termais, e o pernoite era na própria cidade de Uyuni. Encontramos valores para esse tour de 350 a 500 bob. Nota importante: queríamos ver o céu estrelado e quase caímos em uma armadilha. Na semana do dia 07/4 a lua estava cheia e, nessa fase, é muito difícil ver as constelações pq a luz da lua é muito forte. Quase fechamos esse tour com duas agências antes de uma alma bondosa nos explicar que não seria a melhor opção porque não era garantido devido a fase da lua. Outro ponto também é que são passeios pagos a parte. Ou seja: 1 valor para o Salar e 1 valor para a noite estrelada. Eles justificam que é pq exige um fotógrafo profissional. Em geral o passeio da noite estrelada custava 500 a 650 bob, com saídas as 3 da manhã. Bom, antes de fecharmos com a Trans Andino, fomos na Kantuta e na Andes. Ambas estavam esgotadas (era 8:30 da manhã). Como já estávamos cansadas de pesquisar, fomos na Trans andino e fechamos um tour de 1 dia por 250 Bob. O passeio saia às 10:30. Tour 1 dia no Salar: O passeio tem início na agência, onde o motorista nos buscou com uma 4x4 não muito conservada para o tour. Essa foi minha primeira impressão. Nota 1: prestem atenção que eu estou escrevendo motorista, não guia. A agência forneceu botas para andar no salar e elas estavam bem limpinhas mas eu levei protetores de chuva que comprei no mercado livre pq estava com medo de pegar bicho de pé. Bom, mesmo assim eu informei o número da bota e a agência me deu. Vai que, né? Nosso tour tinham 6 passageiros + 1 motorista (chamado de chofer). 2 britânicos e mais dois que iam nos encontrar no cemitério de trens. A primeira parada foi o cemitério de trens que, ao meu ver, é um ponto completamente dispensável. Achei muito sem graça apesar da história bacana que o chofer nos contou brevemente. Ficamos ali por 1 hora aguardando os 2 últimos passageiros a chegarem. Dali seguimos para o vilarejo de Colchani para aprender sobre o processo de extração e beneficiamento do sal. A todo momento enquanto passávamos por dentro da cidade o chofer não falava 1 palavra. Nem uma palhinha da história do local e etc. Eu, como sou uma pessoa curiosa, fui perguntando as coisas de acordo com o que eu observava. Por exemplo, todas as casas tinham uma borboleta ou um ramo de plantas penduradas no portão, com cores muito vivas. Aquilo me despertou curiosidade e eu perguntei ao chofer sobre aquilo. Ele me explicou que era resquício do carnaval boliviano e uma tradição a pachamama para trazer prosperidade. Bom, chegando em Colchani, conhecemos o processo do sal do Uyuni e depois fomos ver a feirinha. É bacana ver os artesanatos feitos com o sal de lá e aproveitei para comprar uma lhaminha de sal para recordação (10 bob). Continuamos o tour e agora rumo ao Salar propriamente dito. De longe era possível ver a imensidão daquele lugar e o efeito espelhado desde a estrada. Não tem câmera que consiga pegar a beleza de ver pessoalmente. Vou compartilhar algumas fotos aqui mas é surreal! O carro se movimenta bem devagar pelo salar, chega a ser angustiante. Foi possível ver que tinha muita água sobre o sal e que minhas botinhas do mercado livre não iam aguentar o tranco. Tive que ceder a minha neura do bicho de pé e colocar a bota da agência 🥲. Obs.: essa parte do relato estou escrevendo do dia 13/04 e até agora meu pé está normal, sem sinal de pereba kkkkk A primeira parada no salar foi no hotel de sal onde fizemos um almoço bem simples fornecido pela empresa: para os vegetarianos era uma omelete de lentilha e para os não vegetarianos uma carne de boi. O acompanhamento era salada de legumes e quinoa (como o arroz). Olhando as refeições das outras agências, o nosso era o mais simplório. Do almoço, seguimos para as fotos espelhadas e já eram umas 15:30/16:00. Nesse horário, o sol estava em direção ao poente e as nuvens também e por isso, o efeito espelhado das nuvens e montanhas não era tão evidente. Percebi que a melhor hora para ver o efeito é pela manhã ou próximo ao 12:00, pois o efeito é intensificado. Já nas esculturas de sal, foi possível ver mais o efeito pq o sol estava a poente e nós nos movimentamos para ficarmos a favor do sol. Tiramos algumas fotos em grupo e gravamos um vídeo com várias posições. Seguimos para o final do tour, com o lanche da tarde (vinho e petisco) vendo o pôr do sol. Foi sensacional. Como eu disse, é lindo demais ver o Salar pessoalmente. Retornamos a cidade de Uyuni às 19:30 e fomos para o terminal. obs.: esse casaco corta vento impermeável me salvou. Comprei na Decathlon e não me arrependo. Venta bastante no Salar e ele me ajudou a não surtar com o clima kkkkk Minhas considerações sobre o passeio: não me arrependo do tour de 1 dia para o pouco tempo que tinha e (spoiler) aproveitei muito La Paz com mais tempo. O passeio em si é muito cansativo por conta dos deslocamentos entre pontos de observação. Em geral, 10/10. A próxima experiência que eu gostaria de ter é com o salar seco e com visita às ilhas, lagunas e geysers. Minhas considerações sobre a empresa: não recomendo a empresa que contratei. O carro era bem precário (tinha horas que ele demorava a ligar e eu ficava até com medo de parar de funcionar real) e o almoço foi ok. O que mais me pegou foi o chofer. Ele não explicava nada, passava o tempo quase todo em silencio e só respondia quando alguém perguntava algo. Para mim, foi basicamente contratar um táxi compartilhado pra fazer o circuito. Sobre a Kantuta e a Andes: pelo que percebi, todos os carros de ambas as empresas era muito bons e novos. A Andes tinha muito mais turistas europeus e americanos e a Kantuta variáveis. Acho que se houver uma próxima vez no salar, vou tentar uma dessas para o passeio de 3 ou 4 dias. Terminal Uyuni - La Paz: Havia perguntado quais eram as melhores empresas para fazer esse percurso a uma pessoa local e ela me indicou duas: Titicaca e Panasur. Chegando na rodoviária, compramos nossa passagem na empresa Titicaca por 140 bob para o ônibus das 21:30 com destino a La Paz (era 150 mas a moça fez por 140 sem nem eu pedir desconto). Antes, pedi foto do ônibus e a atendente me mostrou: bancos de corino, com cortininhas separando os assentos e na configuração. Obs.: O full cama da Titicaca era 220 Bobs e virava uma cama mesmo. A Panasur custava 100 bob mas não gostei muito das fotos do ônibus (me lembrou o tão temido Emperador Verde, com bancos de tecido com aparência não muito amigável). Já tinha visto comentários bacanas sobre a Titicaca e resolvi experimentar. Não era possível que seria pior que a Emperador (verde) né? Pontualmente as 21:30 o ônibus saiu e ele era impecável. Super novo, com cinto de segurança, recebemos um snack (água e bolinho tipo Ana maria) e um cobertor. Quase premium né? Eu apaguei. Para quem não conseguia dormir muito bem no ônibus eu hibernei. Era o cansaço. 08/04 - La Paz Chegamos em La Paz às 5:50 da manhã. O ônibus foi bem rápido e eu descansei bastante. Eu não havia reservado hotel em La Paz pq meu queria fazer uma viagem mais do tipo “vou na hora que eu quiser” sem muitas amarras. Bem, como estávamos a quase 2 dias sem tomar banho (brasileiro chora sem banho, né), pesquisamos e reservamos um quarto em um Hostal chamado “Posada de La Abuela”, no centro histórico de La Paz, em frente a uma das entradas da rua das bruxas. Gente, juro. Chegamos e fomos direto ao hotel. A recepcionista fez nosso check in antecipado mediante ao pagamento de meia diária (90 bob) e o total para os dias 8 a 10/4 foi de 508 bob, com direito ao café da manhã daquele dia. Mais do que merecido. Entramos no quarto, tomamos banho e as 7:40 tomamos café da manhã. Sobre essa acomodação: ela foi ótima para os dias em La Paz. Ela é no centro histórico, no umbigo dos pontos principais pra conhecer, é muito aconchegante e vale a pena. Tenho apenas 2 pontos não muito legais: o banheiro tinha não tinha rebaixamento e o teto já era o telhado (com telhas transparentes para entrada de luz). Isso deixava o banheiro muito frio e não isolava o barulho externos dos pombos fazendo guruguru no telhado. O outro era que o box era com cortina de plástico e relativamente pequeno. Como o chuveiro tinha muita pressão, a água batia na cortina e ia para fora do box, molhando todo o banheiro. Tivemos que pedir algumas toalhas para pés extras pra secar o chão. Gente, eu amei La Paz. Eu estava com poucas expectativas para a cidade mas eu me surpreendi demais. No dia 8/4 conheci o centro histórico e fiz um tour guiado na Basilica Menor de São Francisco. Infelizmente não é possível tirar fotos do interior mas foi muito lindo e legal. É um tour de 1 hora e meia mais ou menos por quase todos os ambientes da basilica, incluindo telhados e subida na cúpula maior. É possível ver as pinturas indígenas retratando o catolicismo aos olhos dos nativos e a história dos Franciscanos. O tour guiado custou 40 bob. A arquitetura da igreja mistura elementos católicos e também da cultura indígena como a pachamama dando a luz e outros símbolos lindos. Dali, seguimos para o teleférico. Eu estava igual criança pq uma das coisas da minha lista de desejos era andar em várias linhas de teleféricos de La Paz. Optamos por pegar a linha vermelha (teleférico rojo) que é o central. Nessa estação tem alguns vagões de trem antigos da época que tentaram implementar o transporte a trem em La Paz, que não deu muito certo por conta do terreno da região. Nesses vagões funcionam restaurantes e, em um deles, tinha uma pizzaria muito atraente. Fomos lá comer uma pizza da região. Sensacional! Muito gostava mesmo! Vale a experiência! Dali seguimos para o teleférico. Começou a chover um pouco, o tempo estava bem instável. Uma hora sol e outra chuva. Mais uma vez meu casaco da Decathlon me salvou. Comprei apenas um cartão para abastecer com o valor da passagem. O cartão custa 30 bob mas vem com 15 dinheiros de crédito pra usar. Não tem problema usar com mais de uma pessoa. O cartão é um charme, o que eu recebi tinha uma pintura do Van Gogh. Pegamos a linha vermelha e fomos até o ponto final que era em El Alto, com um mirador com a marca de 4060 m de altitude. É bizarramente bizarro ver como que os teleféricos funcionam. Um atrás do outro, todo tempo, rápidos e muito legais. Fizemos baldeação com a linha verde e depois na amarela para descer na estação Sapocachi. Recebemos a dica desse bairro de um casal que fez o tour com a gente no Salar. Eles disseram que era um bairro bem legal para conhecer. Bom, de fato era. Depois pesquisando descobri que era um bairro de classe média alta e associei o que eu vi com o que eu li. Era muito bonito para conhecer mas eu gosto mesmo é da parte histórica. La tinha um mirador muito bonito e ficamos passeando por lá. Os bolivianos são muito namoradores kkkkkkkk todas as praças tinham casais de várias idades namorando. Eu achei super fofinho. Além disso, foi bem comum de ver pessoas apenas sentadas nos bancos das praças apreciando o momento/vista/descansando. Vi isso em todas as praças que eu visitei nos bairros de la paz. Desde os mais centrais aos mais periféricos, não era algo restrito ao de bairros nobres. Eu moro em cidade grande e ficar numa praça parado, namorando ou apenas vendo a vista é sinônimo de pedir para ser assaltado (triste). Paramos para comer em um fast-food de frango, tipo o KFC. Eu sou vegetariana e tinha um hambúrguer de quinoa com abacate (eu fiquei apaixonada por quinoa nessa viagem). Eu adorei! Eu sou chata pra comer mas nessa viagem eu me impulsionei a experimentar coisas diferentes e novas. Para voltar para a Plaza Maior de São Francisco, pegamos um mini bus qualquer de 2,40 e sempre perguntávamos se passava no local ou próximo do local que queríamos ir. Deu certo o tempo todo e quando tínhamos dúvidas, todas as pessoas tinham uma paciência para explicar como chegar ou qual transporte pegar. Eu ❤️ bolivianos. Nesse dia eu fui conhecer o Mercado das Bruxas. Eu vi tantos vídeos sobre La Paz que eu estava com uma expectativa de ser bem maior do que realmente era. Me decepcionei um pouco com o tamanho mas foi bem legal de ver. Eu imaginava que as lojas das “Bruxas” eram apenas dedicadas aos rituais da cultura mas é uma mistura de loja de souvenires e itens religiosos. Foi legal mas confesso que não foi super legal. Fiquei passeando no centro e vendo as coisas. Eu faço coleção de blusas de lugares que visito e com a Bolívia não seria diferente. Entrei em um beco e encontrei uma senhora muito simpática. Comprei na lojinha dela um pratinho decorativo e nunca mais esqueci a senhorinha. Decidi voltar no dia seguinte para comprar algo mais com ela pq fui muito com a cara dela. Nesse dia encontrei uma loja com uma blusa linda e ela estava 90 Bobs. Consegui pechinchar duas por 160 e sai super feliz. No dia seguinte, voltei ao beco da velhinha e fui até o final. La eu encontrei a mesma blusa que comprei por 160 (duas) por 55 cada kkkkkkkkk eu chorei mas vida que segue. A loja fica ao lado de uma galeria de souvenires, com uma entrada bem simples e sem nome. 09/4 - La Paz dia 2: vale de La Luna e passeios aleatórios No dia 9/4 iniciamos o dia indo no terminal para comprarmos as passagens para Copacabana para irmos no dia 10/4. No meu planejamento inicial tinha a vista e pernoite em Copacabana mas, em decorrência das alterações de voos e outros problemas, tive que enxugar e tirar esse destino da lista. Acabou que, quando chegamos a La Paz no dia 8/4, eu fui ver no terminal quais eram as empresas que faziam o serviço de La Paz para Cusco e apenas 1, que era a Trans Salvador, fazia o itinerário. Ela saía às 7:30 da manhã de La Paz e chegava às 21:30 em Cusco. Eu desconsiderei completamente pq seria um dia inteiro perdido dentro de um ônibus. Daí, tendo em vista a falta de opção, retornei com a ideia de ir à Copacabana e de lá ir para Cusco direto (ia ver na hora se tinha empresas lá em copa) ou fazer o roteiro sola indo até Kasani (imigração), depois Puno e de Puno a Cusco. Eu havia pesquisado ônibus locais que faziam a rota La Paz - Copa, e vi que saiam do cemitério. Mas algo me disse pra ir e comprar no terminal. Fui lá, comprei na empresa Titicaca para o dia 10/4 às 8:15 por 40 bob. Saímos da rodoviária e fomos procurar o ônibus para o Vale de La Luna. Perguntando as pessoas na rua e eles explicaram que o ônibus para ir para o Vale é o que vai para Mallasa (se pronuncia Malhasa) na rua acima do Terminal (rua Ruta Nacional 3). Encontrei uma Fanta de Mamão papaia e comprei pra experimentar. Gostei a beça lkkkkkkk tem gosto de fini. Pegamos o mini bus (3 bob) e fomos para o Vale. Demorou uns 40 minutos +- até chegar no local pq é bem afastado do centro e o trânsito na Bolívia não é fácil. O motorista nos deixou na frente do Vale e entramos. A entrada custou 15 ou 20 bob, não lembro. O vale é muito lindo. A formação das pedras é lindíssima e muito interessante de ver. Você faz o percurso sozinho apenas seguindo as placas indicativas. É bem cansativo, principalmente por causa da altitude mas vale a pena. Para voltar ao centro, ficamos posicionadas do lado oposto onde descemos e esperamos um mini bus por menos de 10 minutos. O motorista interrompeu o trajeto no parque La Flórida dizendo que não ia continuar o percursos por conta de bloqueios no centro. Na hora não tinha entendido e associei a questão de ser um transporte irregular (aparentemente os mini buses parecem um carro comum com placas de destino colocadas no pára-brisa, sem nenhum tipo de regularização). Bom, descemos e vi no mapa que tinha uma estação de teleférico na região. Perguntei a uma pessoa na rua que me indicou a direção e fui. Voltamos para o centro de teleférico e descemos em Sapocachi novamente. Descemos lá pq já sabíamos onde pegávamos o mini bus que deixaria próximo ao nosso hostal. Dai começamos a ver algumas coisas estranhas. Tinham muitas pessoas nas ruas, muitas mesmos. Já eram umas 16:30/17:00 e eu imaginei que fosse a saída do trabalho. Mas outra coisa também me deixou meio abismada: quase não tinham minibuses e os que passavam, estavam lotados e não paravam. Daí veio a minha cabeça a questão do bloqueio. Como antes de chegar em La Paz eu fiquei hospedada em Airbnb, nenhum deles tinha TV com sinal aberto para ver jornal. Apenas conexão com YouTube/netflix/ etc. Isso eu senti muita falta nos Airbnbs pq eu amo ver jornal local quando viajo. Bom, quando chegamos em La Paz na Abuela, a primeira coisa que eu fiz foi ligar a TV para ver se tinha sinal de tv aberta. Para minha felicidade, tinha! No dia 8/4 e na manhã do dia 9/4 eu fiquei ouvindo a tv enquanto me arrumava e constantemente passavam reportagens sobre o aumento dos preços dos alimentos e etc. De fato, os alimentos no mercado estavam bem caros. Uma coisa que me assustou, que não era alimento, era o preço do sabonete. Uma barra de sabonete de corpo da Lux estava 8 bob. A princípio, nem me liguei muito em prestar atenção pq no Brasil a gente está passando por isso tbm então as coisas passam meio batido né, por mais que não deveriam. Esse detalhe acima era importante mencionar para o contexto dos minibuses. Bom, tentamos a todo custo pegar algum transporte para o centro e até mesmo os táxis rejeitavam quando falávamos “Plaza San Francisco”. Isso foi deixando a gente preocupada e pensando “o tal bloqueio deve ser lá e deve estar tendo manifestação”. No tour da basilica, o guia disse que aquela praça em frente à igreja era a mais importante em contextos de manifestações, passeatas e eventos em la paz. Daí fizemos essa associação. Depois de um tempo, conseguimos pegar um táxi para a estação Sapocachi pq conseguiríamos voltar de teleférico pro hostal também. Quando entramos, perguntamos se ele nos levaria à praça São Francisco e ele topou. Bom, no caminho só tinham taxis na rua e muitas MUITAS MUITAS pessoas na rua também. Eu, curiosa novamente, perguntei ao motorista se aquela quantidade de pessoas era normal e ele me explicou que estava nenhum mini bus estava funcionando por protesto a alta de preços dos alimentos da cesta básica. Todo sentido né? Beleza, descemos na praça e estava um mar de gente. Turistas e trabalhadores todos na rua. Fomos ao hostal descansar e eu liguei a TV. Daí que começou a rede de informações fazer sentido. Era um bloqueio dos próprios motoristas dos minibuses contra o congelamento das passagens em 2 bob (diminuindo de 2,40 pra 2) e sobre a alta de preços dos alimentos da cesta básica. Teve bloqueio, manifestação e briga entre motoristas que aderiram e outros que não queriam aderir ao movimento. Por isso que o mini bus do Vale não seguiu caminho até o centro. Bom, ficamos vendo TV e fomos dormir. 10/4 - La Paz - Copacabana No dia seguinte acordamos cedo para fazer o check out e tentar tomar um cafezinho antes de sair. Quando colocamos o pé na rua não tinha 1 viva alma. Pensei o que “ok né, está bem cedo (7:15) e as pessoas estão saindo agora pra ir trabalhar”. Quando chegamos na rua principal, em frente à praça de São Francisco, não tinha quase carro na rua (nem táxis nem minibuses). Por sorte, veio um táxi e pegamos. Nossa mochila esta bem pesada para subir as ladeiras de La Paz. Chegando no terminal, fui ao guichê da Titicaca e me deparei com uma rodinha de pessoas ao redor do atendente, que estava com uma cara não muito boa. Eles falam muito rápido e acabam misturando quechua com espanhol, tornando mais difícil de entender o que estava sendo dito. A única coisa que consegui entender era que não estavam deixando o ônibus voltar de copa mas que pra ir, estava dando. Na hora eu me liguei e pensei “Putz, a parada de ontem”. Sentei e fui pesquisar. Os choferes (motoristas de minibuses) de la paz tinham decretado bloqueios em todas as vias de acesso a região a partir de 00:00 do dia 10/4. Pronto, na hora eu pensei “vou ficar presa”. Bom, 8:15 o atendente chamou os passageiros para embarcarem pra copa. Depois de todos embarcarem, ele solicitou, com a mesma cara de preocupado, que todas as cortinas das janelas fossem fechadas. Ai eu fui ficando apreensiva. Imaginei que aquilo fosse um indicativo da gente estar saindo de forma irregular da região, para não sermos parados pelos bloqueios devido à presença de passageiros. Gente, foram minutos de tensão. Quando o ônibus chegou em uma rodovia grande e diminuiu a velocidade, eu olhei pra frente e vi aquele mundo de gente parada na rodovia e os policiais com aquele uniforme de tropa de choque fazendo uma barreira para que os veículos passassem por uma única faixa. A passagem pelos bloqueios durou cerca de 1 h desde o centro de La Paz e o motorista do nosso ônibus foi fazendo caminhos alternativos por dentro de bairros para poder evitar os pontos. Bom, dessa forma conseguimos passar e seguir viagem. Eu acabei dormindo e só acordei quando o ônibus estava passando próximo ao Titicaca e, logo logo, na travessia em San Pablo de Tiquina. Temos que descer do ônibus e pagar uma taxa de 2 bob para atravessar o estreito de barquinho. O ônibus vem logo atrás. Enquanto aguardava o ônibus fazer a passagem pelo lago, fui em uma lojinha para comprar uns snacks e uma Coca Quina, produtos 100% boliviano para trazer para o Brasil. O ônibus chegou e logo fomos continuar nossa viagem por terra. Anteriormente eu havia pesquisado no tickets bolívia sobre o trajeto Copacabana - Cusco e apenas uma empresa apareceu no site: a Transzela. Bom, ao chegar em Copa, o ônibus para em uma rua próximo ao lago e em frente a loja da Titicaca. Quando desembarcamos, vi um banner na frente da loja com anúncio de passagem para Cusco com saída as 18:00. Pensei "Bom, o trajeto Uyuni - La Paz foi muito bom pela Titicaca e eu não conheço a Transzela. Vou comprar logo aqui". Fui e comprei por 120 BOB. Deixei as mochilas pesadas na loja e fui almoçar. Encontramos um restaurante muito legal com as mesas em um jardim e uma atmosfera tranquila, maior paz. Escolhemos almoçar nele e eu pedi um menu do dia que me custou 30 BOB e um refrigerante Inka Kola. Valeu super a pena! Não me lembro o nome do restaurante mas ele fica na rua da loja da Titicaca, onde todo mundo desembarca. Terminamos o almoço e fomos para o Cerro do Calvário. Para chegar no cerro, basta perguntar alguém do local que eles irão explicar. O acesso é fácil, é só seguir uma rua (que é uma subida) até encontrar um largo com uma igreja bem grande. A entrada do cerro é sinalizada com um arco (coloquei a foto aqui). Aí aqui começa a subida. Existe uma tradição de ir subindo o cerro e colocado pedrinhas em cada parada mas eu acabei esquecendo Bom, o caminho é bem pesado afinal, lá no cume do monte chega a 4 mil metros de altitude e é uma subida bem íngreme e toda de pedra. Requer muita atenção e disposição para subir. Minha dica é: sempre façam pausas e levem água. Subir o cerro foi bem difícil para mim, principalmente porque sou extremamente sedentária, mas no final eu consegui chegar até o topo. É lindo e vale muito a pena. Enquanto estive lá, observei que muitas barraquinhas de bugiganga estavam fechadas. Perguntei a um casal de vendedores o porque estava tão vazio lá e eles me explicaram que os dias que ficam cheios são aos sábados e domingos. Bom, a vista é sensacional! Você consegue ver toda a imensidão do lago, consegue ver toda a cidade de cima e a Ilha do Sol. Bom, apreciamos a vista e começamos a descida. Chegamos na rua da loja Titicaca as 15:30. Eu queria muito conhecer a igreja de Copacabana mas estava muito cansada e o tempo era curto. Foi solicitado que nós estivéssemos na loja para pegar o ônibus às 17:00. Então, fomos conhecer o lago. Eu queria muito molhar a mão nas águas do Titicaca mas tive um péssimo impeditivo: na região próxima a orla há despejo de esgoto :(. Normalmente, regiões de docas de embarcações são sempre mais sujinhas mas eu não esperava que tivesse esgoto sendo despejado ali direto da cidade. Fiquei bem triste. Daí eu pensei "ah, não vou poder molhar a mão mas quero andar de pedalinho". Alugamos um pedalinho por 30 BOB por 30 minutos. Aproveitamos um pouco o passeio com o pedalinho até uma área que não estava tão suja e logo retornamos para terra firme. Fomos comprar algumas coisas para fazer um lanche no ônibus e fomos para a loja às 17:00. Lá, recebemos a informação que teríamos que preencher o formulário da alfandega. É o mesmo formulário de entrada só que esse nós colocamos as informações de saída e tudo o mais. Aqui começa uma parte bem importante: fomos direcionados pela moça da loja da Titicaca até a loja da Transzela. Chegando lá descobrimos que a Titicaca vende as passagem para Cusco mas quem faz o transporte é a Transzela kkkkkkkkkkkkkkk. No final das contas, meu pensamento de ir de Titicaca caiu por terra. Daí fomos descobrindo muitas coisas que não foram faladas. Como nós compramos a passagem pela Titi (vou apelidar para facilitar), teríamos que descer do ônibus em Puno e ir no stand da Titi para trocar nossas passagens e aguardar o próximo ônibus para Cusco. Ou seja, uma belíssima baldeação kkkkkk. Ok, fazer o que né. Experiências, pelo menos estou compartilhando por aqui. Descobrimos que se tivéssemos comprado pela Transzela não seria necessário fazer essa baldeação. Apenas ficariamos um tempo parados em Puno sem troca de ônibus. Ah, mas ai eu pensei "imagina se os ônibus da Transzela são ruins? Pelo menos é um livramento de um Emperador Verde novamente". Não era 😵💫. O ônibus da Transzela é ótimo! É confortável, novo e a empresa é bem organizada (etiquetam as bagagens, orientam o preenchimento do formulário e tudo mais). Bom, aprendizados. Uma outra coisa é que fomos as últimas a embarcar porque, como iriamos descer em Puno, nossas bagagens teriam que ser as últimas para facilitar. Nisso, ficamos em pé do lado de fora do ônibus até umas 15 para as 18:00. Dica: se você for de Copa para Cusco, compre as passagens direto com a Transzela. A loja fica na rua 6 de Julio que é uma rua principal da cidade, pertinho da loja da Titicaca. Embarcamos rumo a Kasani para fazer a imigração, que é a uns 40 minutos de Copacabana. Chegando lá é necessário que a gente desembarque e faça a travessia para o Peru a pé. É um trajeto rápido. Primeiro você passa na casinha da imigração boliviana, apresenta seu passaporte e tira a foto de saída. Em seguida você vai em outra casinha onde tem um homem que vai ler o QR code do formulário da aduanda. Daí você segue o fluxo para cruzar a fronteira até o Peru. É só andar reto que você vai ver a placa do Peru e a casinha da imigração Peruana. Lá você irá passar por um agente que poderá ou não fazer as perguntas de imigração. Não me fizeram nenhuma pergunta mas minha amiga foi perguntada. É tranquilo, nada demais. Ali eles irão carimbar o passaporte e colocar o nº de dias que você tem permissão de ficar no país. Eu recebi 90 dias mas um brasileiro que estava com a gente no ônibus recebeu 30. O companheiro dele recebeu 90 dias então eu acho que não tem um critério. 10/04 - Chegando à Puno: Embarcamos novamente no ônibus rumo a Puno. Chegando lá, infelizmente tivemos que desembarcar :(. Bom, a rodoviária de Puno é beeeeem cheia. Chegamos lá por volta de 21:00 e tinham muitas pessoas. Encontramos o guichê da Titi e fomos surpreendidas novamente kkkkkkk. A empresa que iria fazer o transporte até Cusco era outra. O nome era Trans Salvador ou só Salvador. Bom, como eu disse anteriormente: aprendizados kkkkkkkkkk. Fomos trocar dinheiro ali no terminal porque só tinhamos BOB ou reais. Ali foi nosso primeiro baque: a cotação de real para soles era 0,51. KKKKKKKKKKKKKKK tudo que eu fui feliz na Bolívia eu comecei a ser triste no Peru. Eu já sabia que o câmbio era desvalorizado mas poxa, podia ser menos né? Trocamos pouco dinheiro, 50 soles para cada uma (+- 100 reais) mas o suficiente para poder ir ao banheiro (0,50 centimos) e pagar a taxa do terminal (2 soles, eu acho), e ainda ficar com um dinheirinho para emergências. Aguardamos e fomos pegar o segundo ônibus. Bom, já começou mal: atraso na chegada do ônibus. Só passou pela minha cabeça a estrofe da música Exile da Taylor Swift "I think I've seen this film before and I didn't like the ending". E de fato, eu não gostei do fim. O ônibus chegou e era uma versão peruana do pavoroso Emperador Verde kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Que lástima. Quando entramos no ônibus eu já senti o primeiro baque: o banco velho que só e com partes rasgadas e pessoas alocadas até nas escadas. Pelo menos tinha cinto de segurança e as janelas não estavam com durex. Só quem viveu sabe Bom, com o atraso, saímos de Puno lá pelas 22:30. Estávamos sem chip Peruano. Eu dormi aos trancos e barrancos até chegar em Cusco. 11/04 - Cusco - dia 1: Chegando lá, desembarcamos na rodoviária e pegamos um táxi até nossa hospedagem. Em Cusco eu achei as pousadas e hotéis extremamente caros e acabei fechando um Airbnb. Antes de fechar, eu olhava a rua no maps para saber se era subida ou não. Meu pré requisito era ser próximo a Plaza Mayor e não ser em uma rua com morreba. Reservei uma hospedagem que era um quarto simples na rua Santa Catalina Ancha, quase na esquina com o hotel JW. Marriot. Pelas fotos, a hospedagem era Ok. Simples e bem localizada, com comentários ok e estava em uma rua plana, por um preço acessível (3 diárias por R$418,95). Perfeito né? Não, nem tudo. Não recomendo a estadia por motivos de: 1) chuveiro não funcionar nem por uma desgraça com água quente. Foram 2 dias tomando banho com água levemente fria sendo que estava fazendo 5/7 graus. O chuveiro oficial não esquentava e o chuveiro backup era elétrico (um lorenzetti) que nem com a torneira quase fechada ele esquentava. O táxi nos custou 20 soles e fomos direto para a Plaza Mayor tomar café da manhã. Eram 7:30 e estávamos morrendo de fome. Encontramos um restaurante chamado Mr. Cuy (depois que vi que ele era famosinho nas redes sociais) e pedimos um café da manhã continental que nos custou 15 soles. Vinha: 1 suco (mamão ou abacaxi), 1 café, 2 pães, manteiga, queijo e ovo. Aproveitamos e pegamos a senha do wifi para nos comunicarmos com nossas famílias: todas desesperadas porque não dávamos notícias desde 14:00 do dia anterior pois nossa internet boliviana tinha acabado. Ficamos fazendo hora no restaurante porque descobrimos que todas as lojas só abriam as 09:00. Ficamos aguardando a anfitriã do airbnb poder receber as bagagens para que nós pudéssemos resolver as coisas andando pelo centro com mais conforto (sem os mochilões). Deixamos as coisas lá e fomos procurar o chip e trocar dinheiro. Nisso, passando pela plaza mayor, fomos abordadas por um rapaz do free walking tour que nos deixou o panfleto dele (informação importante para o dia seguinte). Até esse dia, nosso planejamento era o seguinte: ficar em cusco do dia 11 ao dia 14/4, dia 14 pernoitar em Ollantaytambo e no dia 15/4 fazer a trilha até Águas Caliente e ir a Machu Picchu no dia 16/4. Dia 16/04 era um dia que não poderia mudar pois já tinhamos os tickets de MP e do trem para retornar para Cusco comprados com antecedência. Fomos trocar dinheiro e encontramos a cotação de 0,62, sendo a maior. No caminho, fomos abordados por um vendedor de agência oferecendo passeios. Naquele momento não queríamos fechar passeios, explicamos a ele e perguntamos onde podíamos comprar o chip de internet. Antes, havíamos encontrado o chip numa barraquinha por 40 soles e achamos muito caro. Ele nos informou que 2 esquinas abaixo da onde estávamos tinha uma loja da Claro e nos deu a dica de comprar um chip simples e colocar crédito. Daí sairia por no máximo 20 soles. Achei super bacana a dica e fomos na loja. Chegando lá, fizemos exatamente isso e economizamos 20 soles. Na Bolívia, tivemos que comprar um chip para cada porque não estávamos conseguindo rotear internet de um para outro através do acesso pessoal. No Peru, conseguimos fazer isso então não precisamos comprar 2 chips. Depois descobrimos que essa restrição da Bolívia foi configurada pela moça da loja, justamente para não rotear internet 🤧 Bom, saindo da loja e com dinheiro trocado, decidimos retornar no moço que deu a dica do chip para ver quanto estavam os passeios. É importante mencionar que eu não queria ir na Laguna nem na Montanha Colorida porque não são passeios que me chamam atenção. A princípio eu queria fazer os passeios todos por conta mas eu já estava bem cansada da viagem como um todo. Então, optei por fazer o tour do vale sagrado de passeio e fechar o transporte até a hidrelétrica. Bom, no final das contas, conseguimos um desconto e os 2 passeios saíram 130 para cada (65 soles cada). O nome da agência era Wayna Peru Expeditions e as recomendações do google não eram das piores. O passeio do Vale Sagrado incluía almoço e o da hidrelétrica era apenas o transporte. Quando fechamos o passeio fomos atendidos pela Shanda que é a gerente da loja. Ela nos recomendou alguns restaurantes locais para comer uma comida boa e não tão cara e uns restaurantes de Ceviche para minha amiga. Então, nossa agenda ficou: 11/4 (Chegada a Cusco) - Resolver coisinhas, descansar e conhecer um pouco do centrinho); 12/04 - Conhecer a cidade, fazer o free walking tour e conhecer os museus; 13/04 - Vale Sagrado; 14/04 - Ollantaytambo por conta* (planejamento); 15/04 - Hidrelétrica; 16/04 - Machu Picchu; 17/04 - Curtir o Centro e retornar ao Brasil. Continuamos a conhecer o centro histórico antes de poder fazer o check in no Airbnb (14:00). Estava rolando uma apresentação cultural na rua, com danças típicas e música. Tinha até um palanque na frente da Igreja Maior com os jurados. Muito bacana ver as cores e ouvir as músicas típicas! Nesse dia, fomos conhecer o centro de Cusco e a noite fomos tentar encontrar o restaurante que a Shanda nos indicou. O nome dele é Andean Grill. No caminho dele, encontramos uma pizzaria bem bonitinha e resolvemos entrar. Gente, melhor pizza da viagem! É um restaurante bem pequenino, de cozinha italiana, chamado El Molino. Eu super super super recomendo! Gente, surreal. A pizza média nos custou 48 soles e eles dão de entrada torradas com pastinhas. Aproveitei e provei a chicha morada e recomendo! No final da noite, continuamos a conhecer o centro e depois fomos para a hospedagem descansar. As ruas da cidade que ficam em morros ficam parecendo uma árvore de Natal durante a noite. Lindo demais! 12/4 - Conhecendo o centro histórico e o sítio Sacsayhuaman No dia seguinte acordamos e fomos tomar um café da manhã antes de encontrar o guia do free walking tour no ponto de encontro. No caminho da cafeteria encontramos uma lojinha que estava vendendo várias figuras de star wars com toucas, no estilo mais peruano possível. Uma pausa para esses Yodas de touca! Uma pena que estava 70 soles cada Decidimos fazer o passeio com o guia que havia nos abordado na Plaza no dia anterior. O nome dele é Walter e eu super, super, super recomendo! Vou deixar o panfleto dele aqui caso queiram recomendações. O passeio é super legal e ele vai abordando a parte histórica com um mapa e um livro com imagens. Vale muito muito a pena! Chegando no ponto de encontro, descobrimos que o grupo todo era composto por brasileiros. Começamos a caminhada pelo chafariz da Plaza Mayor, onde o guia Walter foi contando a parte da história de Cusco desde o império Inca como também sobre as festividades que estavam ocorrendo durante a semana (era a semana santa), comentando sobre o Señor dos Temblores. Saindo da Plaza Mayor, seguimos para uma praça onde tem o Convento de São Francisco de Assis e o Colégio Nacional de Ciências. A entrada desse convento é paga a parte, não está incluída no boleto, e custa 20 ou 15 soles (não lembro). Nesse convento tem uma obra de arte enorme que dizem ser muito linda. Um adendo importante é que parece ter uma pequena rivalidade entre bolivianos e peruanos. Mencionei que estivemos na Basílica menor de São Francisco em La Paz e o guia disse que todas as obras de arte que estão lá foram feitas em Cusco. Não foi a primeira impressão que tivemos dessa pequena rivalidade. Saindo desse ponto, seguimos para o mercado San Pedro. Gente, é um espetáculo a parte. A rua de acesso ao mercado é lotada de barraquinhas de comida. Mas não se enganem, não são barraquinhas de lanches. São barracas vendendo almoço e não eram nem 11:00 da manhã 😂. Inclusive, tinha uma moça com um frango enorme (quase um peru) em cima de um arroz com legumes, vendendo a porção de almoço. Um detalhe importante é que ela pegava as coisas com a mão e servia nos pratinhos hahahahha. Vou tentar colocar um vídeo aqui para vocês terem uma ideia! IMG_8965.mov O mercado é extremamente legal! Não sabíamos que haveria degustação de alimentos no passeio e fomos surpreendidas! O guia nos levou em algumas barraquinhas de itens tradicionalmente cusquenhos/peruanos e a primeira parada foi no corredor de pães. Gente, os pães são muito gostosos e enormes. Uma pena que não podemos trazer para o Brasil. Seguindo, fomos no corredor de queijos e já fiquei de olho e alguns produtos. Os queijos que comi durante a viagem até aquele momento eram muito saborosos. Encontrei alguns que possuíam o selo e inscrição no ministério da agricultura, e já fiquei atenta para colocar na minha lista de itens para carregar para o BR. Bom, saímos dali e fomos na parte gourmet onde ficam as barraquinhas de comidas e sucos. Durante a passagem, o guia foi nos informando quais eram as mais confiáveis em questões de limpeza e mais gostosas. Saindo desse setor, fomos na área da floricultura e dos doces por kilo. Gente, apenas comprem os docinhos dessa barraquinha. Tem vários tipos de frutas cristalizadas, amêndoas com açúcar, amêndoas com chocolate, jujuba e balas. É um preço único por kg e recomendo experimentar as castanhas e amendoins com chocolate. Eu achei muito melhor que o da Nutty Bavarian kkkkk. Ela fica no último corredor, depois da seção de flores, em frente a uma saída lateral. Eu vou continuar atualizando o post aos poucos porque agora voltei a trabalhar mas não se preocupem, vou terminar esse relato de viagem!
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Planejando Bolívia para o mês de Setembro/25. inicialmente, vôo Guarulhos Santa Cruz de La Sierra no dia 02/09 e, a partir de lá rodoviário por Sucre, Uyuni, La Paz, Lago Titicaca e Retornando de La Paz. Alguém para ajudar no planejamento ou disposto a acompanar?
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Galera, gostaria de compartilhar com vcs algumas informações sobre minha trip roots. Pode ajudar vcs minha ideia era sair em grupo fiz uma grupo no whats com umas 10 pessoas. muito confirmaram no final só 3 foram. Meu nome é Francisco, eu larguei trabalho, casa a porra toda e saí pelo mundo em 01 de Janeiro de 2019. Destino até onde a natureza quiser. Objetivo: aprender a prosperar do zero. Aprender novas habilidades e Conhecer novos lugares, culturas e pessoas. Meu estilo de viagem no começo era rápido, mas sem distino fixo vi que gastava muito dinheiro, então desacelerei ao ponto de passar mais de um ano em uma cidade, resultado ao invés de gastar dinheiro comecei a ganhar dinheiro, uma grande mudança. Conheci: Brasil: lugares de Recife té o matogrosso do sul, não tanto porque no início tinha que me reunir com os parceiro de trip. Bolívia, Parte da Argentina, Parte da Bolívia e Paraguay. Minha atual localização: Foz do Iguaçu Próximos passos: outro mochilão roots pela América do Sul ou Europa agora em grande estilo porque ganhei muita experiência. Quem se interessar manter contato comigo: me segue nos instagram: @chicoalhandra ou manda um email pra jairosouza02@gmail.com - Quem sabe não rola uma nova parceria aí. AGORAS AS DICAS: PARCEIROS - Arrume pessoas comprometidas com a causa ou vc termina ficando sozinho. Combinei sair em grupo com umas 10 pessoas, muitos confirmaram, no final só 3 foram comigo. Uma coisa que aprendi é que a estrada interage com você, novos parceiros surgem e alguns seguem outro caminho ou vc segue outro caminho. Mesmo se vocÊ sair sozinho encontra um parceiro pelo caminho. Saímos em 3, um segui conosco até meitade do caminho, depois ficamos só eu e uma menina brasileira que mora na espanha, depois encontramos um alemão em um trem e ele seguiu conosco, depois eu não pude continuar e a menina seguiu com ele, depois ela encontrou outros e seguiu com eles. conexões se formam e se desfazem o tempo todo. Isso é interessante e bom. CARONA - Melhor lugar pra carona é posto de gasolina e restaurante de beira de estrada, Só caminhoneiros dão carona, em último caso tento carros pequenos. Dedo é furada, melhor forma é falar direto com o motorista e explicar a situação, minha primeira carona na vida consegui assim e foi na primeira tentativa. Em último caso se não for rota de caminhão uso dedo. Brasil é ótimo pra carona, dizem que argentina também, bolívia não rola eles cobram pela carona (mas bus é super barato lá). LOCOMOÇÃO - Carona é o melhor, mas vá preparado que algumas vezes é preciso seguir a pé. Bike fiz 1000 km, mas é cansativo, melhor se preparar antes, e vc gasta muito dinheiro porquê para manter a energia é preciso comer bastante principalmente doces nutritivos tipo paçoca. Blablacar pode ser útil em emergência é mais barato que bus. DORMIR - Melhor forma barraca que venha com capa de chuva é importante, usei uma básica, mas uma ou outra vez molhou tudo. Isolante é importante, não usei, mas dormi no chão duro cheio de pedras, é foda. Melhor lugar pra camping posto de casolina, praia, parques ou natureza no geral. No posto é só chegar de boa já no final da tarde, antes de tudo parar e analisar o ambiente, localizar o melhor lugar escondido e que não incomode o pessoal do posto. feito isso analisar os funcionários e localizar o frentista que parece ser mais de gente boa ou doideira é perguntar se naquele local ele acha que vc pode armar a barraca para descansar e sair logo cedo. Geralmente, conversando depois rola um banho free (eles custam entre 2 e 4 reais). Às vezes quando muit ocansado ou em lugar turístico me permiti uma ou duas diárias em hostel ou camping. Pra que quem trabalhar na cidade dá pra ficar de mensalista nesses lugares ou voluntariado. COMIDA - É só pedir nos restaurantes perto do final do horário de almoço. Se vc não quiser esperar vai na cara de pau e pede às 12h que eles dão. É só dizer que não tem dinheiro. Ou pedir por uma sobra que não será vendida se for o caso de estar pedindo perto do final do almoço. Ambos funcionam, falar que viaja sem dinheiro não é bom. Se vc não conseguir no primeiro, no segundo vai. No começo eu esperava o final do almoço, mas aí minha amiga cansou um dia de esperar e começamos a pedir há qualquer hora daquele dia pra frente. Na época que eu viajei de carona eu comi melhor do qeu em casa, era churrasco todo dia. BANHO - Aproveite cada oportunidade pq às vezes pode rolar um ou outro dia sem banho. Vale tudo: postos, rio, ducha nas praias, pedir pra nas pra os trabalhadores nas obras, carrafa pet de 2 ou 3L salva sua vida se achar uma toneira enche 2 delas e já rola um banho. Sempre carregue uma por carantia. ÁGUA PRA BEBER - Só pedir nas casas ou pegar nas toneiras. Não levar cantil, o melhor é garrafa pet. TRABALHO EM TROCA DE ACOMODAÇÃO - Muito bom, é só falar com o pessoal dos hosteis com antecedência, diz quando vc vai chegar na cidade. É uma ótima opção vc tem uma casa, comida e roupa lavada em troca de algumas horas de trabalho limpando piso, banheiro, atendendo hóspedes, arrumando cama. No Brasil também rola muito isso. também te dá uma oportunidade para aprender coisas novas, aprender novas linguas falando com a galera do hostel. Conhecer a cidade mais a fundo. Procurar trabalho, ganhar dinheiro fazendo sabe-se lá o q vcs inventarem. DINHEIRO e GASTO - Querendo ou não vc precisa de dinheiro é bom levar o máximo que conseguir e não gastar com besteira, só com coisas essenciais. Não existe isso de viagem sem grana, se vc não levar vai ter arrumar um jeito de ganhar pelo caminho vale vender brigadeiro, bolo, sanduiche, água no sinal ou nas praças. Água mineral é bem rentável. Já subi em abacateiro catei um monte e levei pra vender na feira eu e um amigo fizemos 80 reais chegando tarde na feira. QUANTO MAIS LENTO VC VIAJAR MENOS DINHEIRO VC GASTA. Eu passei um ano em uma cidade e recuperei o dinheiro que gastei na viagem inteira. Se algum de vc é designer gráfico dá pra ganhar uma grana viajando, também dá pra vender suas fotos da viagem, eu sei que dá porque recentemente estou desenvolvendo um projeto pra tentar ganhar algum dinheiro com isso e sei que funciona porque já começou a render alguma coisa. É pouco mas já garante uns almoços, ou uma diária de hospedagem. EQUIPAMENTO: Não comprar nada além do essencial, vai só fazer peso e vc acaba largando pelo caminho porque não te serve de nada. Necessário barraca, mochila eu uso uma baratinha não é cargueira, ela é 40L acredito e expande pra 55 se eu não me engano, posso informar depois se alguém se interessar em saber, cabe minhas coisas quando expandida e normal posso usar como bagagem de mão pra avião (minha ideia era europa, por isso peguei ela, mas optei por america do sul). Bota é inútil e pesada, fui de chinelo de Recife em pernambuco até o Salar do Uyuni na bolívia, bike, carona, a pé. depois voltei pro brasil. O chinelo me serviu muito bem. É confortável. E como disse um mochileiro no youtube: É melhor entrar num restaurante com o pé levemente sujo de poeira do que fedendo a um chulé. Roupas nada de roupas especiais, só o básico e nessa vida andarilha MENOS É MAIS, se vc precisar de algo compra em bechó paga 5 reais por peça a medida que forem gastando. Um chapelão daquele de tecido tipo do exercito é útil o sol é foda. Talvez umas luvas pra braço daquelas de motoboy, são leves e não ocupam espaço. Nada de roupa de frio, isso se compra em brechó quando vc chega em um lugar frio. Panela leivei mas nunca usei, não precisa. Eu levaria um canivete daqueles com talheres e pronto lanterna USB me foi útil vc recarrega em qualquer lugar e ajuda nas caminhadas noturnas, tambem adptei ela pra usar na bike. Levei uma pequena caneca daquela de aluminio do exercito, usei muitas vezes mas não é tão necessario. Pretendo largar a panela e continuar só com a caneca. NADA DE LIVRO, COISA PEQUENA QUE ACUMULA PESO. Pra ler PDF no celular tá de bom tamanho. NAVEGAÇÃO: baixem o app MAPS.ME e baixem os mapas offline, é melhor que google map e tem GPS se precisar. Ele nunca me deixou na mão. O QUE APRENDI VIAJANDO: Comunicação, fazer dinheiro do zero, gerenciamento financeiro, profissão de recepcionista de hotel, inglês e espanhol (aprendi o básico em casa, e o resto no hotel falando com o povo). E um par de habilidades de sobrevivência urbana. Insta: @chicoalhandra email: jairosouza02@gmail.com
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Oi, gente! Tudo bem por aí? Vim aqui deixar minha contribuição pra quem tá pensando em explorar um pedacinho da Bolívia. Fiz essa viagem em agosto de 2024 com meu namorado e já aviso: somos do time que viaja de forma econômica, mas sem abrir mão de boas experiências. Vou dividir nosso relato em alguns posts pra não ficar muito longo, beleza? E, claro, fiquem super à vontade pra perguntar o que quiserem — vou adorar ajudar no que puder! 🙂 Pra começar, nosso itinerário foi: Maringá/PR -> São Paulo (GRU) -> Buenos Aires -> Santa Cruz de La Sierra -> La Paz (Buenos Aires entrou no caminho por conta de um voo cancelado pela Gol... sim, já começou com perrengue rs) 1ª parada: La Paz Ficamos hospedados em um Airbnb na Av. 6 de Agosto. A localização era boa — segura e com comércio por perto — mas um pouco distante do fervo da Calle Linares. Nada que uma caminhada não resolvesse, já que exploramos bastante a cidade a pé e usando o transporte público, principalmente as vans locais (que são uma atração à parte!). Uma das surpresas da viagem foi descobrir que comer fora sai bem mais em conta do que fazer compras no mercado e cozinhar em casa. Só que, claro, é importante escolher bem os lugares. Antes de viajar, li muitos relatos de intoxicação alimentar — então a gente foi bem seletivo nos restaurantes e não tivemos problemas (ufa!). O café da manhã a gente fazia no apê (com os maravilhosos pães da Bolívia), mas as outras refeições valiam muito mais a pena na rua. Usamos bastante o Google Maps pra achar restaurantes com boas avaliações e preços justos. Um dos nossos preferidos foi o The Lucky Llama Irish Bar, onde almoçamos e jantamos algumas vezes. Super recomendo! Sobre a altitude de La Paz e os efeitos no corpo. Olha, eu não senti quase nada. Mas meu namorado... sofreu um pouco com dor de cabeça. Nada grave, mas foi incômodo. Levamos Advil e também compramos as famosas sorojchi pills em uma farmácia local — mas, no fim, o Advil foi mais eficiente pra ele. Sobre passeios nos arredores, fizemos Nevado Charquini com Laguna Esmeralda. Esse foi, com certeza, um dos pontos altos da viagem. O caminho até lá já é de tirar o fôlego (literal e figurativamente). A estrada é toda ladeada por montanhas e a vista do Huayna Potosí durante o trajeto é simplesmente majestuosa. Chegando na base, os veículos param num estacionamento com banheiros, e de lá começa a trilha. São 4,26 km (ida e volta), que fizemos em cerca de 1h20, com várias paradas pra respirar, tirar fotos e admirar o visual. Foi nesse momento que a altitude me pegou: senti um baita enjoo durante a subida. Ainda bem que o guia tinha avisado pra levar chocolate e Coca-Cola, que acabaram salvando o rolê. Fica a dica! E valeu cada passo. A Laguna Esmeralda é surreal de linda — uma das paisagens mais incríveis que já vi. Se você curte trilha e natureza, vai fundo! Além da trilha, aproveitamos bastante o que a cidade tem a oferecer. Fomos até o Mirador Kili-Kili, passeamos de teleférico (que, aliás, é o transporte público mais estiloso que já usei), passamos pela charmosa Calle Jaén, entramos em várias lojinhas... e sim, fiz comprinhas: blusa de inverno com lhamas, camiseta, boné e um ímã — o básico de turista feliz 😄 La Paz é caótica, sim. Mas também é vibrante, cheia de vida e cheia de surpresas. Super recomendo separar uns dias pra curtir a cidade com calma e caminhar bastante, mesmo que devagarinho por causa do risco de sorochi kkkk Nosso próximo destino foi Copacabana, mas isso eu conto no próximo post! Até lá! ✈️
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Olá, Estou montando meu roteiro para uma viagem que estou programando para final de junho, onde até o momento tenho a passagem para Santa Cruz de la Sierra, e minha intenção é passar pelo Salar de Uyuni e chegar por fim a Machu Picchu. No roteiro inicial que montei, meu trajeto seria: Santa Cruz de la Sierra > Sucre > Uyuni > La paz > Puno/Juliaca > Cusco No caminho da volta, também passaria pela Bolívia para tomar o avião ao Brasil, a principio de Santa Cruz mesmo, mas passando dessa vez por Cochabamba Quem tiver dicas e/ou segestões para esse roteiro, agradeço bastante, tendo em vista que de momento tenhho apenas a passagem de ida e ainda montando a programação
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MOCHILÃO NA BOLÍVIA SOZINHO - JANEIRO/25 15 DIAS
Jorge Lucas postou um tópico em Bolívia - Relatos de Viagem
Olá, mochileiros, Eu planejei essa viagem por um certo tempo (um boooom tempo, na real), porém várias coisas no meio do caminho me fizeram adiar esse sonho. É meu primeiro mochilão sozinho fora do Brasil. Há um certo tempo atrás, eu e meu amigo Bruno fizemos um grupo no WhatsApp para trocar experiências e nos organizarmos para viajar juntos. Aconteceu que não consegui viajar junto com ele e mudei completamente os meus planos. Ressalto tanto a importância desse blog quanto desse grupo que criamos. Foi, é e está sendo importante para quem está se aventurando com uma mochila nas costas e um sonho. Queria deixar menção à Karine, que hoje chamo de Lindinha. Esteve comigo todos os dias dessa linda viagem, desde os dias mais tensos, em que quase perdi meus voos, até os dias incríveis que tive o prazer de compartilhar. Até fiz uma ligação de uma "MONTANHA" (1 para a Entel e 0 para a Tim). Minha viagem foi muito especial com você. Vou escrever e/ou separar minhas experiências por aqui, dia a dia, para ficar mais fácil de entender e de uma forma cronológica. Sempre planejei tudo (literalmente tudo). Para essa viagem, eu fiz e refiz esse roteiro mais de 200 vezes, tenho certeza disso. Todas as variáveis possíveis, se acontecesse alguma coisa, eu já estava preparado (e aconteceram VÁRIAS, por sinal). Tudo bem que era um certo receio da minha parte, o medo do desconhecido e tudo mais. Se eu pulasse de paraquedas em qualquer lugar da Bolívia, eu ia saber me virar mesmo sem internet. Algumas dicas antes de realmente começar esse relato: - Não reserve nada pelo Booking. Antes disso, pegue o nome do hostel/hotel, pesquise no Google e procure pelo número da acomodação. Geralmente, todos têm WhatsApp. Quando fazia isso, eu perguntava o valor do quarto diretamente com eles e comparava com o Booking. Absolutamente sempre eu pagava bem mais barato dessa maneira. - Em relação à internet, não fique na noia como se você fosse para outro planeta sem acesso à informação e sem comunicação. Geralmente, hostels, restaurantes, cafés etc. têm Wi-Fi. Alguns você paga, outros não. Sobre o famoso "chip" de internet, é fácil de achar, é só "hablar", apenas. Eu comprei o meu em uma loja da Entel lá em Sucre. Foi "tranquilo" de comprar e ativar. - Sobre comida, eu não tive "problemas" de comer na rua nem nada. Obviamente, eu comia em lugares com o mínimo de higiene, e sinceramente, por lá você paga por isso. O prato é o mesmo, porém, devido ao local, chega a ser mais que o dobro do valor. Então, é uma questão de pesquisar bem. - O câmbio. Eu levei quase todo o meu dinheiro em espécie (foi a melhor coisa que fiz e a pior também). Uma parte estava em USD e outra em reais. Ambos os câmbios estavam ótimos. Quase todo o meu dinheiro foi trocado na rua com cambistas e em uma sorveteria lá em Sucre (sim, uma SORVETERIA!). Tinha até loja da Samsung fazendo isso. Eu até pensei em trocar dinheiro nas casas de câmbio em cada cidade que estava indo, porém a cotação era bem ruim em relação aos cambistas. Só troquei um pouco no aeroporto para emergência quando cheguei e, no Uyuni, 50 reais, pois o câmbio estava 1.75. - As passagens para a Bolívia eu comprei usando milhas com a Gol, totalizando 41 mil milhas. Como fiz uma transferência bonificada via Livelo, fiquei com 19 mil milhas e, como tinha assinado o Clube Smiles anual, ganhei mais 16 mil milhas. Já tinha milhas, então só emiti a passagem com essa diferença. O custo disso foi de R$101,98 + 6400 pontos Livelo, que eu ganhava comprando coisas em sites parceiros e/ou comprando quando tinha promoções em datas específicas. Dia 0: O começo de tudo CWB-GRU, GRU-VVI Eu já tinha preparado tudo o que precisava, porém estava bem ansioso, não só devido à viagem que acabava de começar, mas também por várias questões pessoais. Fui a uma farmácia pesar minhas mochilas e, sim, minha cargueira de 50 litros estava bem acima do aceitável. Porém, eu decidi ir mesmo assim. Chamei um Uber até a rodoviária depois de visitar minha mãe no hospital. Minha passagem era para 10h. Fiquei esperando tranquilo, até que não ficou tão tranquilo assim. Começou a chegar o horário do ônibus e nada. Conversei com um rapaz da empresa de ônibus e ele me disse que ia atrasar, porém não falou quanto. Comecei a ficar levemente preocupado. O ônibus chegou depois de um certo tempo. Estava levando alguns lanches e água comigo, pois pretendia jantar lá perto da rodoviária do Tietê, porém, aparentemente, esse plano não era para acontecer... Depois de um tempo de viagem, o trânsito começou a ficar bem lento, até parar completamente. Isso era por volta de 13h. Quando já fazia um tempo parado, chegou a notícia de um acidente feio na pista entre um caminhão e uma carreta. Estávamos no meio da serra sem internet. Comecei a ficar mais preocupado, pois não tinha atualização da situação. A fila começou a andar só por volta das 17h30, porém de uma forma bem lenta. Ainda estava "longe" da rodoviária do Tietê. O trânsito parou de novo depois de um tempo e eu decidi fazer uma coisa: Conversei com o motorista e perguntei se dava para eu sair do ônibus, pois eu ia achar alguma maneira de sair dali, senão ia perder meu voo (que era às 22h40 '-'). Eu saí do ônibus, porém, caso o trânsito voltasse a andar, o motorista me disse que não ia parar para eu embarcar novamente. Então, sim, foi uma aposta. Andei por alguns quilômetros até chegar na barreira da concessionária. Vi um grupo de motoqueiros e ouvi eles conversando sobre o acidente e tudo mais. Decidi ir conversar com eles. Foi aí que conheci o Marcelo, meu anjo da guarda. Ele me questionou por que eu estava sozinho com duas mochilas ali, e eu só disse: "Preciso chegar na Bolívia". Ele e seus amigos estavam indo para Aparecida do Norte. Depois de um tempo conversando, o inacreditável aconteceu: ele decidiu me ajudar e me dar uma carona até o aeroporto! Sim, era eu, o Marcelo, sua moto e eu com duas mochilas enormes por quilômetros. Ele decidiu me ajudar com uma condição: que um dia eu fosse a Aparecida com ele. Não como uma forma de pagar "promessa" ou apenas para fazer companhia, mas sim como uma forma de agradecimento. Devido ao horário que cheguei para o embarque, eu não parei para comer nada desde a hora que saí de Curitiba. As coisas comigo ficam piores em todos os sentidos quando estou com fome. Porém eu estava tão tenso com a situação que não sentia fome nem sede, apenas um cansaço físico e mental absurdo. Depois de tudo isso, quando já estava no avião indo para Santa Cruz, eu desmaiei. Só acordei quando a comissária veio entregar o "lanche". Chegando em Santa Cruz, logo depois do pouso, minha internet do celular funcionou tranquilamente. Eu uso Tim, liguei pra operadora pra ativar o roaming internacional para emergência, peguei o pacote mais simples apenas para o dia que ia ficar em Santa Cruz e se por algum motivo não conseguisse comprar meu chip por 7 dias no total. Se eu não me engano, eles têm parceria com a Tigo. Eram poucos GBs, porém, para WhatsApp e pesquisar, era o suficiente. Minha chegada foi de madrugada, então tinha poucas opções de transporte e hostel. Eu perguntei sobre o valor do táxi pra sair de lá, porém estava 100 BOBS '-'. É, não dava. Fiquei andando lá dentro do aeroporto até achar uma casa de câmbio que estava "aberta", porém não tinha ninguém. Eu chamava, porém ninguém respondia, nem uma alma viva aparecia. Resolvi ir sacar um valor suficiente para o Uber, tinha visto no aplicativo que estava por volta de 70/80 BOBS. Fui testando meu cartão da Wise em vários caixas eletrônicos lá, e todos cobravam uma taxa de 8 USD para o saque. Até que cheguei em um que simplesmente travou meu cartão, por exatamente 21 minutos ("É pronto, tô sem meu cartão, casa de câmbio só com o Gasparzinho funcionando, agora vou ter que dormir aqui..."). Depois desse tempo, meu cartão saiu, porém eu decidi ficar lá na frente da casa de câmbio até aparecer alguém. Chegaram duas moças, ficaram na minha frente chamando ou batendo no vidro, até que apareceu uma velha que estava tirando o soninho de beleza dela. Fiz câmbio e fui ver o valor do carro no aplicativo chamado Yango. Deu 53 BOBS o carro e fui até meu hostel Travelero Hostel & Tours, que paguei 80 BOBS. Oficialmente, cheguei na Bolívia. Depois do meu soninho da beleza, fui tomar um café da manhã e explorar um pouco o centro da cidade. E uma coisa que já falo de antemão: o calor lazarento que é Santa Cruz, nossa! Nesse dia, estava 34 graus. Eu almocei em um restaurante/bar próximo do hostel, paguei 14 BOBS e fui até um mercado comprar duas garrafas de água de 2L, que paguei 9,5 BOBS. A praça principal é bem bonita, vários museus e prédios históricos, porém era domingo… então fiquei na base do olho. Fiz câmbio com um cambista na praça. É muito fácil de achar eles, geralmente usam umas bolsas laterais e ficam nas esquinas (é diferente de uma garota do job no caso kkkk). Eu achei um depois de conversar com uma senhora que vendia sorvete (que, sinceramente, era ruim, o gosto parecia remédio). Troquei um pouco de dólar e reais com ele e voltei para comprar um sorvete com a senhora como uma forma de agradecimento pela dica de onde encontrar esses cambistas. Andei até meu hostel, me despedi do pessoal, fiz o checkout e chamei um Yango até a rodoviária. Andei por lá até ir a uma empresa que me indicaram, era a Flota Capital. Cometi um erro de principiante, eu confesso: não olhei o ônibus antes de comprar a passagem. Eu negociei com o rapaz da agência, ele me fez o valor de 100 BOBS no "leito", que vi depois que não era leito (Maldita máfia do leito cama). Resumindo: chovia mais dentro do ônibus do que fora, minha poltrona estava estragada, uma das molas não ficava "esticada" completamente, e eu ficava segurando um dos pés para deitar o banco. Vários vendedores aleatórios circulavam por dentro vendendo coisas aleatórias, tipo pomada milagrosa da Shopee. Algumas galinhas e um cachorro viraram meus companheiros por um tempo. É, essa viagem de ônibus foi engraçada. Gastos do dia: Transporte aeroporto por aplicativo: 53 BOBS Hostel Travelero Hostel & Tours: 80 BOBS Alimentação: 49,5 BOBS Extras: 21,5 BOBS Ônibus para Sucre (Flota capital): 100 BOBS Dia 1 - Sucre, a Cidade Branca Cheguei a Sucre por volta de 5h da manhã. Depois de um tempo, fui para o meu hostel, o Villa Oropeza Hostel. Paguei 50 BOBS e o anfitrião era muito acolhedor, me recebeu cedo durante uma chuva lazarenta. Depois de me acomodar, tomar um banho e descansar, decidi começar meu tour na cidade. Porém, antes, fui comprar meu chip da Entel. Paguei 55 BOBS para 10 dias com internet ilimitada. Conheci a Catedral de Sucre e sua história, o Museu do Chocolate, a Praça 25 de Maio, o Convento San Felipe Neri, o Convento Mirador La Recoleta e sua feirinha, dentre outros pontos turísticos conhecidos. Fiz tudo andando, pois, na maior parte do tempo, as ruas eram retas. Uma dica para câmbio: vá até o Mercado Central de Sucre. Ao redor, tem uma sorveteria, a única por sinal. A cotação estava 11,35 por dólar, e para real estava 1,85. A feirinha lá do Mirador La Recoleta vale muito a pena, porém tem que negociar. Consegui alguns souvenirs assim, na base do choro. Se possível, compre os chocolates para ti, é o mais famoso em toda a Bolívia, e em Sucre é mais barato devido às lojas direto da fábrica. Com toda certeza, essa é a cidade mais bonita de toda a Bolívia. Sua arquitetura única, ruas estreitas com calçadas de paralelepípedos… É chamada de Cidade Branca. Só indo lá para entender. Eu voltei para o meu hostel bem no final da tarde, já tinha feito tudo o que queria. Estava com muita fome e uma sede desgraçada. Chegando ao hostel, fiquei descansando até dar o horário de fazer meu checkout, que, na minha cabeça, ia ser por volta de 20h. Porém, para minha surpresa, tinha uma brasileira no meu quarto. Ficamos conversando ali até 21h mais ou menos, porém, até então, eu não tinha comprado a passagem para Uyuni. Eu ia meio que na sorte e comprar direto. Quando estava saindo, vi no site Tickets Bolivia que o último ônibus era para 22h30. Eu fui andando com duas mochilas até a rodoviária, não passava um táxi sequer. Quase morri de andar com todo aquele peso... Chegando lá, para minha surpresa, as únicas empresas que fazem esse trajeto não tinham mais passagem ‘0’ (é, azedou). Não fiquei desesperado nem nada, pelo menos no momento. Comecei a pesquisar passagem para Potosí e, em seguida, Oruro, porém também não tinha mais à venda. Imediatamente, mandei mensagem para o hostel em que estava e pedi mais um dia. Porém, eu não saí da rodoviária no momento, fiquei na porta do embarque esperando alguma passagem para venda ou alguém que tivesse desistido de ir para Uyuni. E sim, apareceu um rapaz depois de um tempo me oferecendo a passagem dele por 100 BOBS, basicamente o mesmo preço que pagou. A empresa de ônibus era EMPERADOR, muito boa por sinal, era semi-leito dessa vez. Mesmo sendo muito confortável, eu não consegui dormir muito bem. Acordei várias vezes durante a noite. A viagem em si foi tranquila tirando essa parte. Chegamos ao Uyuni por volta de 6h. Gastos do dia: Taxi rodoviária: 10 BOBS Hospedagem: 50 BOBS Alimentação: 84,5 BOBS Chip ENTEL: 55 BOBS Passeios e extras: 124,5 Ônibus para o Uyuni (Emperador): 100 BOBS A sorveteria que fiz câmbio Dia 2 e 3 - Salar de Uyuni Finalmente chegamos a Uyuni. A viagem foi tranquila, porém, novamente, não consegui dormir Ainda não sou muito bom com isso, mas um dia vou aprender a dormir em um ônibus sem precisar me entupir de Dramin e afins. Estava um "pouco" frio quando cheguei, nada que eu já não esteja acostumado com o frio do sul. Fui andando até a avenida principal, onde ficam todas as agências de turismo de Uyuni. Depois de alguns minutos, vi uma moça do lado de fora de um café, e ela me chamou para entrar, dizendo que também tinha uma agência de turismo. Como estava com fome e "cansado" da viagem, resolvi entrar. O lugar era bem aconchegante e limpo. Fiquei ali até umas 8h, 8h30, escrevendo em meu diário, até que resolvi sair para fazer cotações. Eu já sabia que os preços estavam mais altos do que o normal devido às chuvas. Fui a várias agências, mais de 15 por sinal. O passeio de três dias era praticamente o mesmo em todas, e o preço médio que encontrei foi de 1.150 BOBS, mais 162 BOBS de taxas dos parques. O passeio de um dia variava entre 120 e 300 BOBS, dependendo da agência. Algumas levavam bicicletas, o almoço era feito no meio do salar, e as fotos eram tiradas com uma câmera boa — então, em relação ao passeio de um dia, essas eram as diferenças. Como eu disse anteriormente, mudei meu roteiro várias vezes, e essa foi uma delas. Inicialmente, faria o passeio de três dias, mas, devido ao valor, comecei a cotar o de dois dias, que variava entre 680 e 750 BOBS. Porém, eu sabia que, se deixasse para fechar de última hora, poderia conseguir um valor melhor, já que as agências costumam dar descontos para completar os carros e iniciar o passeio. Então, parei de procurar agências e fui a algumas farmácias comprar água, além de passar em uma casa de câmbio. Me perdi no mercado municipal — lá é muito louco, no mesmo lugar onde se vende um DVD de qualidade duvidosa, também vendem cabeça de porco. Eram por volta de 10h15 quando voltei a procurar agências para fechar o passeio. A agência que eu queria já tinha o carro cheio. Depois de um tempo, uma moça me perguntou se eu estava sozinho e para qual passeio eu queria. Eu disse que estava entre o de um dia e o de dois dias. Para minha sorte, ela tinha uma vaga disponível para cada um. O preço inicial para o passeio de dois dias era 750 BOBS, e então entramos em uma longa negociação de 15 minutos. Resumindo, ela aceitou me vender por 500 BOBS, pois ninguém apareceu na agência até o horário de saída dos carros. O Salar Começamos pelo cemitério de trens, e, por sinal, foi o que eu menos gostei. Não pela sua história, que é sim interessante, mas pelo lugar em si, que é só um espaço com trens onde você pode pegar tétano e fazer fotos "instagramáveis". Depois disso, fomos a Colchani, onde tem a feirinha do salar (recomendo) e onde você aprende como é feito o processamento do sal, além de visitar o museu. Essa feirinha é muito boa para comprar souvenirs, seja para você ou para a família toda — desde que saiba negociar. Basicamente, nada tem preço fixo. Almoçamos em um hotel de sal, que também foi o lugar onde dormimos na volta do salar. É um pouco difícil descrever a sensação de ver o salar pela primeira vez e sua imensidão. Tive a sorte de pegá-lo espelhado, o que rendeu fotos incríveis. E o pôr do sol foi um dos mais lindos que tive o prazer de ver. Devido às chuvas, os carros só andavam a 15/20 km/h, então tem que ter paciência. Qualquer mudança de trajeto significava 1h30 de distância das outras paradas. Visitamos os monumentos no meio do salar, o famoso monumento Dakar e a praça das bandeiras. Faz um calor da desgraça, então vá preparado com roupas com proteção UV e segunda pele, pois na sombra você morre de frio. Retornamos à noite para o hotel de sal. Já fazia um tempo que eu não estava me sentindo bem, então tomei alguns remédios e fui dormir. De manhã, estava pior. Avisei meu guia, que usou um oxímetro para medir minha saturação — estava em 68%. Ele conversou comigo e perguntou se eu queria parar ali ou continuar. Eu disse que queria continuar e, se piorasse, que me levasse até Oruro. O passeio do segundo dia então começou. Visitamos uma igreja de arquitetura colonial, a Lagoa Verde, as águas termais e, sim, teve flamingos. Já quase no final do passeio, eu estava me arrastando e pedi para o guia me levar até Oruro. Eu poderia ficar por ali no hospital ou seguir para La Paz, mesmo sabendo que era arriscado. Decidi seguir viagem até La Paz e fui direto para o hospital. Depois de receber oxigênio e medicação, o médico me recomendou ir até Coroico se eu não melhorasse. Resolvi ficar em La Paz repousando na parte da manhã, até porque estava uma chuva chata. Gastos do dia: Alimentação: 41 BOBS Passeios e extras: 614,5 BOBS Ônibus para o La Paz (Flota Urus): 30 BOBS Dia 4 - La Paz e Copacabana Depois de tomar café da manhã, já estava me sentindo um pouco melhor. Passei a manhã escrevendo, já que a chuva lazarenta não parava por nada. Depois de um tempo, conheci alguns brasileiros e decidi sair com eles um pouco. Visitamos alguns museus, igrejas, praças e até andamos de teleférico. Antes de sair do meu hostel, já tinha feito o checkout e deixado minhas mochilas em um armário na recepção. Só voltei lá para pegá-las e chamar um Yango que custou 8 BOBS. Conversei com algumas pessoas sobre onde pegar a van/ônibus para Copacabana e descobri que é no Cemitério General de La Paz, que ficava a mais ou menos 2 km do meu hostel. Essa dica é interessante, porque de lá você pode sair para Copacabana a qualquer hora do dia, diferente do terminal de ônibus de La Paz, que só tem horários bem cedo pela manhã (6h30/7h30). Peguei uma van por 25 BOB até Copacabana. Já vou avisando de antemão: os motoristas são MALUCOS! Parece que estão no Velozes e Furiosos—a cada curva na contramão, um infarto. Fora que, para mim, que sou um cara "grande", fui espremido no banco de trás com minhas mochilas, mais as mochilas e sacolas do povo que ia junto. O trajeto dura mais ou menos 3 horas e, no Estreito de Tiquina, é necessário pegar um barco, que custa 2 BOB. Depois, a gente volta para a van e segue até Copacabana. Mesmo com vários infartos no caminho, depois de um tempo dá para apreciar uma vista linda—para quem senta do lado esquerdo da van, fica ainda melhor (ajuda a distrair a cabeça). Cheguei em Copacabana e fui direto para o meu hostel, o Bella Vista. Não era muito barato, mas, depois de uma negociação, paguei 35 BOB. Eu estava sozinho no hostel, e o anfitrião aguardava a chegada de uma moça do Chile e um pessoal de Israel. Tomei um café da tarde com ele e pedi orientação sobre como subir o Cerro Calvário. Ele me deu um mapa e explicou um jeito "mais fácil" de subir, indo pela direita do cerro, em vez de pegar a subida depois da praça principal. Mesmo assim, foi um sofrimento! A cada cinco passos, meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu sabia que ainda não estava bem por causa da altitude, mas era algo que eu queria muito fazer. Demorei mais de uma hora para subir, pois precisava parar para recuperar o fôlego, tomar água. Quando finalmente cheguei ao topo... nossa, que vista linda! Dá para ver toda a cidade de Copacabana e o Lago Titicaca, é realmente impressionante. Fiquei ali até o pôr do sol. Antes de voltar para o hostel, decidi comer na rua. Fui a vários restaurantes procurando a famosa truta do lago, mas estava MUITO cara—pelo menos nos lugares onde pesquisei, os preços variavam de 80 a 120 BOB. Acabei comendo um hambúrguer mesmo, que foi suficiente para encher o buxo. Queria sair cedo no dia seguinte, por volta de 8h30, já que o primeiro barco saía às 10h custa 30 BOBS. Gastos do dia: Transporte por aplicativo : 8 BOBS Hospedagem: 35 BOBS Alimentação: 42 BOBS Passeios e extras: 36,5 BOBS Van para o Copacabana : 25 BOBS Dia 5 e 6 A Ilha do Sol Depois de acordar e tomar café, descobri que, para onde eu ia, não tinha barco nesse horário—só às 13h. Meu destino era a comunidade Yumani, com parada em Pilkokaina, mas acabei comprando o bilhete errado -_-. Fui parar no porto sul, que fica mais à frente, e só me dei conta disso depois de passar pelo Templo do Sol. Mas tudo bem, eu estava na Ilha do Sol pelo menos. No barco onde eu estava, tinha um guia comunitário chamado Roberto. Caso tenham a oportunidade de conhecê-lo, façam o tour guiado, vale muito a pena. Quando cheguei à ilha, estava sem internet, mas tinha salvo o Maps offline. Para chegar à minha hospedagem, eu tinha duas opções: ir pela Escadaria Inca, que eu sabia que ia sofrer, ou procurar um caminho alternativo. No caso, o Caminho dos Burrinhos—um trajeto paralelo ao desembarque do Porto Sul, feito em zigue-zague para os burrinhos descerem até o porto e pegar mantimentos. Mesmo sendo mais fácil, eu sofri. Estava com duas mochilas e mais 6 litros de água. Demorei para chegar ao Campo Santo que custou 140 BOBS. Depois de arrumar minhas coisas, fiquei descansando e tomando chá de coca, com uma vista linda bem na frente do meu quarto. Mais tarde, decidi jantar no famoso restaurante Pachamama. Posso dizer que foi o MELHOR prato que comi até então! Pedi a truta preparada com limão. Tive que pagar com o cartão Wise porque esqueci a carteira no meu quarto. Deu 50 BOB. Fiquei ali até o pôr do sol, escrevendo. Voltando para meu hostel, arrumei minhas coisas para dormir e percebi uma coisa quando olhei para cima: as estrelas. Nossa, eu nunca tinha visto um céu tão lindo como aquele. Usei minha câmera para fazer um timelapse das estrelas e tirar algumas fotos—foi incrível. No dia seguinte, acordei para tomar café da manhã e voltei para a cama. Estava um pouco frio e ainda não me sentia bem por causa da altitude. Na parte da tarde, decidi fazer o tour guiado com o Roberto, mas, como era sábado, ele não estava fazendo o passeio. Fiquei lá no porto conversando com ele, e ele acabou decidindo fazer um tour privado comigo. Foi incrível e cansativo também—subi e desci a Escadaria Inca mais de uma vez. Depois de um tempo, ele me apresentou seu amigo, o guia Álvaro, e continuei o passeio com ele, desde o Templo do Sol até o lado norte da ilha. Valeu MUITO a pena! Hospedagem: 220 BOBS Alimentação: 120 BOBS Passeios e extras: 36,5 BOBS Dia 7 a 15 Retornando da Ilha do Sol, decidi não continuar minha viagem para La Paz. Estava chovendo MUITO, e eu não queria fazer nada com pressa. Então, decidi ficar mais um dia em Copacabana para descansar no meu descanso. Na parte da tarde, resolvi explorar a cidade e fiquei na rua até de noite, quando encontrei um restaurante legal para comer por 35 BOBs, o Juyra Café Bar. O hotel onde fiquei custou 80 BOBs e se chamava Utama. A região estava toda lotada, então foi o único que consegui. No dia seguinte, tomei um café muito bom, porém "caro", custou 37 BOBs. O nome do lugar era Pit Stop, bem próximo da praça onde param as vans. Logo depois, fui apedrejado por uma chuva de granizo. Kkkk. Depois de me recuperar das pedradas, peguei um ônibus para voltar a La Paz. Novamente fiquei alguns dias no Hostel Lobo e paguei 43 BOBs pela diária. Este hostel oferece serviço de lavanderia, que custava 8/10 BOBs por kg. Eu deixava as roupas pela manhã e as retirava à noite na recepção. Existem outros lugares que fazem esse tipo de serviço, porém eu usava o do hostel pela facilidade. Basicamente, nesses dias em La Paz, fiz vários passeios, alguns pagos e outros não. Conheci muitos museus, restaurantes e lugares aleatórios. Se alguém tiver a oportunidade de ir à Feira 16 de Julho, é muito interessante e caótica. Ela acontece toda quinta e domingo. Passeios como Chacaltaia e Laguna Esmeralda eu já tinha conversado com vários turistas e agências para ter uma noção de como estavam, e sinceramente fiquei bem desanimado com as fotos, vídeos e comentários. Então, decidi não fazer nenhum desses. Estava um clima horrível, toda hora chovia ou ficava garoando. A única escolha que tinha era fazer a Estrada da Morte de bike, que por sinal, eu estava bem animado de fazer lá no começo da viagem e durante a fase do planejamento. No entanto, cheguei à conclusão de que não era isso o que eu procurava. No geral, mesmo depois de 7/8 dias na Bolívia, ainda estava sentindo a questão da altitude, porém de uma forma bem leve. Era como se eu fosse um jogador de futebol, porém fumante. Até pensei em fazer o Pico Áustria ou algum semelhante, mas deixei para decidir na última hora. Tentei ir sozinho até o Vale de Las Ánimas, mas tive que mudar meus planos. Estava chovendo MUITO, então retornei para o centro e fiquei andando pelas galerias. Me perdi por algumas galerias procurando o "famoso" café boliviano. Achei, nas feiras de rua, desde o café Copacabana, que custava 10 BOBs, até alguns cafés "gourmet" por 200 BOBs. Se eu comprasse um desses, ia ter que durar um ano. Como meu objetivo nos últimos dias era "encontrar café", depois de várias andanças, encontrei um bom e barato: o Café Royal, que fica próximo ao El Prado Capsule Hostel. Fiz o passeio das cholitas, que, por sinal, é muito engraçado. Paguei 70 BOBs. É tipo um WWE, porém das cholitas. Tem soco, voadora, mortal, tapa na cara, tudo o que uma luta nesse estilo tem direito. O problema foi chegar lá. Era exatamente uma quinta-feira, então pegamos o trânsito caótico de El Alto. Era cerca de 30 minutos para andar 50 metros. E o nosso motorista ainda fez a proeza de andar por quilômetros na contramão atrás de uma ambulância cortando caminho. Isso foi loucura! Se o Detran pega, já era a carteira. Sobre a comida, economizei bastante comendo na rua e pesquisando. Sempre gostei de ir onde o povo estava e nunca tive problemas com isso. Alguns dias, almocei no Danny Says e pegava o menu do dia, que custava 30 BOBs — uma sopa de entrada, prato principal e um suco. Outros dias, eu almoçava ou jantava na rua mesmo, era muito aleatório, porém a média de valores por refeição era entre 15 a 25 BOBs. Fui também com um amigo no Brosso, que tem de tudo lá, desde sorvetes, bolos, até porções. O ambiente e a música são bons e, no geral, o preço é bom. Para quem gosta de beber, as cervejas são caras. Só consegui beber no último dia em La Paz, no Invictos Sport Bar. Tinha chopp em dobro, hambúrgueres, porções. Era bem próximo do El Prado Capsule Hostel, onde eu estava no meu "último" dia em La Paz, e me custou 60 BOBs. Tive problemas com a polícia, desde ficar sem passaporte até pegarem meu dinheiro. Isso, especificamente, ainda vou escrever em detalhes no relato. O ônibus de retorno para Santa Cruz foi um caos: problemas mecânicos durante a serra, no sentido Cochabamba e Santa Cruz, pneu furado, motorista que parava para dormir, criança que vomitou na escada do ônibus, banheiro que quebrou... Foi tenso. No último dia na Bolívia, fiquei no Travelo Hostel apenas para descansar dessa longa viagem e sair mais à noite para ir ao aeroporto dormir. Como cheguei cedo, por volta de 20h30, 21h30, fiquei dormindo no chão mesmo até as 3h00, mais ou menos, até o pessoal do embarque liberar a entrada. Minha última refeição em terras bolivianas foi um açaí. O fato de eu não seguir um roteiro "fixo" da metade da minha viagem até o final foi muito interessante. Não ficava preso a horários, compromissos. Eu apenas pegava "minha" mochila pequena, com água, power bank e meu diário, e ia andando sem destino certo (me perdi várias vezes). Uma hora, eu só ia andando, outra hora pegava um ônibus sem olhar a placa para onde ia, outra hora entrava em uma van que apenas estava escrita com um destino que eu tinha ouvido falar. Conheci muita gente dessa forma. Até entrei na casa de uma senhora para ficar conversando com ela e tomar um chá de coca. Conheci um pintor de rua que estava pintando uma adaptação de um quadro e fiquei por ali, conversando e ajudando ele a pintar. Isso foi em uma galeria aleatória que entrei no Museu da Coca, na rua das bruxas. É só um exemplo de tantas coisas aleatórias que fiz por lá. Sim, tive medo de muitas coisas durante a viagem: de me perder (me perdi), de perder os ônibus (perdi), de ficar sem internet (fiquei), de ser roubado (sim, fui), de passar mal devido à altitude (aqui vacilei), porém nada disso me impediu de ir, de seguir com meu sonho. Às vezes, a vida nos convida a sair do caminho seguro e previsível, nos forçando a abraçar a incerteza. O medo, os obstáculos e as dificuldades são parte do processo. Afinal, ao olhar para trás, percebo que as melhores memórias não estão nos roteiros mega planejados, mas nas escolhas espontâneas nos momentos em que me permitia ser guiado pela aleatoriedade da vida. Porque, no final, a viagem não é sobre os lugares que visitamos, mas sobre quem nos tornamos ao longo do caminho. Uma boa viagem a todos. Custo total da viagem: 150 USD 3559,3 BOBs ± 1.935 reais- 31 respostas
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Fala pessoal, tudo bem? Estou partindo para esse mochilão em julho e tenho intenção de fazer algumas altas montanhas em La Paz, especificamente o Pico Tarija+Pequeno Alpamayo e Huyana Potosí. Alguém passou por lá recentemente e indica alguma agência? Se tiver informações de valores também fico agradecido. Além disso, é possível fechar o tour do salar de uyuni (2 dias), saindo de uyuni e finalizando no atacama? Necessário agendar ou consigo ver chegando lá? (pego um ônibus de la paz para uyuni e de lá pretendo chegar no atacama através do tour) Obrigado!
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Fechei passagem para o Chile dos dias 18/05 até 29/05 e topo cias para divisão de passeios. Ainda não estou com roteiro definido mas pretendo fazer os passeios do Atacama + 4 dias Salar do Uyuni.
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Olá! Estarei em La Paz do dia 3 a 9 de Abril/2024. Será minha primeira viagem internacional sozinha. Gostaria de dicas em relação a câmbio, cartões de crédito, sobre fechar passeios antes ou lá na hora, clima neste mês, certificados de vacinas e etc.. Ficarei apenas em La Paz e pretendo fazer passeios que dá para serem feitos em um dia. Dei uma pesquisada e creio que conseguirei fazer o tour pela cidade, o tour de bike pela estrada da morte, tour de um dia pela Isla de sol e Copacabana, Charquini+Laguna Esmeralda OU Chacaltaya+Vale da Lua, e deixarei dois dias para ir até o tour de um dia pelo Salar de Uyuni (não sei se compro o tour fechado direto de La Paz, ou se compro passagem pra lá e depois o passeio direto na agência assim que chegar).
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Um sonho - Pré viagem - Bolívia 2024/2025
Bruno Biguelini postou um tópico em Bolívia - Relatos de Viagem
Buenas tropa, Tinha botado na parte de "Companhia para Viajar" mas fui escrevendo e virou um relato pré-viagem, então estou passando para cá o que coloquei lá e seguirei colocando 😊 Não sou de falar muito... mas gosto de escrever... talvez não com um português impecável.... mas como falaria... Faz mais de 12 anos que pretendo ir a Bolivia.... porque? sempre me perguntam... e quase nunca tenho uma resposta na ponta do lápis.... lá no inicio quando pensava em ir talvez não tivesse cabeça... e muito menos $$$.... até ano passado (2023) esse sonho estava adormecido.... mas ele acordou... mas por ventura e dormiu de novo.... por botarem na minha cabeça que tudo seria difícil, desisti.... e no fim entrei num relacionamento que piorou tudo.... mas enfim depois de algumas (várias) sessões de terapia hehe.... botei na cabeça que não passa de 2024 esse sonho para se tornar realidade... Já estou quase com as passagens da BoA compradas.... Minha ideia é fazer um mochilão quase raiz lá, gastar o mínimo e aproveitar o máximo nesse tempo.... vale salientar que é época de chuva e época de festas.... mas são detalhes técnicos hehe... pq segundo algumas agencias de lá, segue normal os pacotes do Uyuni e a Estrada da Morte. Pretendo ir para a Bolivia fim do ano... la pelo dia 20-21/12/24 até 04/01/25. Pretendo entrar e sair por La Paz e passar o Natal e o Ano Novo entre La Paz e Uyuni. Pretendo sair do Rio Grande do Sul... e sair de SP com BoA (Boliviana de Aviacion) até La Paz e na volta também... Minha intenção: 1º Salar de Uyuni (tur de 3-4 dias) 2º Estrada da Morte 3º Enfrentar algum Pico... talvez o Austria... 4º Conhecer La Paz 5º Se sobrar $$$ e tempo... lago Titicaca Meu Insta/Face é Bruno Biguelini ... só tem um hehe Abçs -
Segurança na Bolivia
Isabela selegar postou um tópico em Mochilão América do Sul - Relatos de Viagem
Ola pessoal, tudo bem? Eu vou para Bolívia em fevereiro e queria saber a opinião de vocês sobre a segurança do país. Especialmente sobre se vocês presenciaram alguma situação perigosa ou se tem algo que merecia mais atenção -
Oi, gente. Estarei na Bolívia nas ultimas semanas de Dezembro. Alguns dias estarei por La Paz, noutros, em Uyuni. Se alguém quiser fazer algum passeio durante este período, ou apenas trocar sobre os destinos, me coloco sob total disposição. Abraços.
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Galera, estou planejando em abril alugar um carro em Juliaca (Peru) para ir pra Puno e Copacabana. Tem muita burocracia para cruzar a fronteira? Algué contraindica esse roteiro? Abs e obrigado desde já.
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Após a minha última aventura quando fui sozinho para a Carretera Austral no Chile eu fiquei sem viajar nas minhas férias seguinte. Sou professor e sempre tenho férias em dezembro/janeiro. Fiquei os 45 dias de férias triste e desanimado. Eu vendi a minha Ranger pois ela estava com um problema que poderia estragar o motor. Em seguida eu comprei a minha Toyota Hilux SW4 4Runner 2.7 a gasolina em outubro. Fiz a revisão inicial, troquei os pneus e isso tudo deu uns 5 mil. Não poderia viajar sozinho naquelas férias. Tentei de todo modo buscar companheiros para a viagem, porém não consegui. Ainda bem que não consegui... Um mês depois das férias o motor da Toy queimou a junta do cabeçote como que por mágica. Em nenhum momento ele ferveu ou esquentou a ponto de acontecer isso. Arrumei o problema e lá se foram mais $$$$$. Em julho coloquei um anúncio no grupo de professores do Parana do facebook procurando companheiros para a viagem. Inicialmente várias pessoas se interessaram, mas uma apenas fechou que iria. Depois essa professora, a Beatriz Goes, conseguiu mais um amigo professor para ir junto, o Edmar Lucas, ambos de Ponta Grossa - PR. A coisa complicou pq em outubro a Toy deu problema de novo. Queimou a junta do cabeçote outra vez. Dai eu ga$$$tei muito mais que da primeira vez para ver se não acontecia novamente. Aproveitei e fiz a embreagem, mandei revisar e limpar o radiador etc. Até o final do ano eu praticamente zerei tudo o que pudesse dar problemas na Toyota. Em outubro coloquei um anuncio aqui no Mochileiros para achar mais um companheiro de viagem. Em novembro apareceu o santista Adriano Lizieiro e fechamos o grupo. E para melhorar mais ainda, O Glauber e a Érica com sua Chevrolet S-10 a gasolina se juntaram a nós para formarmos um grupo de duas viaturas na viagem. Muito mais seguro. Isso me ajudou muito quando tive um problema na Toy. Saímos no dia 28/12/2015. Segue o relato.
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- américa do sul de carro
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Pessoal, decidi fazer algum curso de imersão de 2 meses, ainda estou escolhendo entre Colômbia e Bolívia, mas queria saber se mais alguém já fez isso aqui e se pode falar um pouco sobre como foi a experiência, o que recomenda, quais escolhas recomenda, quais cidades recomenda. Muito obrigado, pessoal!
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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO E depois de 7 meses da viagem e tanto postergar vou enfim postar o relato da nossa viagem. Contextualizando.. após conhecer esse site em algum momento da minha vida, comecei a ver os relatos de viagem do clássico mochilao América do Sul e desde então passei a me interessar sobre esse roteiro e após algum tempo, enfim surgiu a oportunidade perfeita de datas, comecei a planejar o passeio. Um dia que estava em casa com meus pais, comentei sobre a tal viagem, foi aí que recebi um pedido inusitado do meu pai “Posso ir com você filho?” e após a pergunta logicamente começamos a planejar juntos o mochilao, que agora era nosso!! A maior parte do relato foi escrita pelo meu pai, ele escrevia todos os dias um pouquinho, então acho que não deixamos o tempo apagar os detalhes. Espero que curtam e que possa ajudar de alguma forma e se tiver dúvida, sugestão ou se só quiser trocar uma ideia sobre responde aqui ou então manda uma mensagem la na nossa dm @celsobotelhos @danielbotelho23 MOCHILÃO PAI E FILHO Por: Celso Botelho da Silva e Daniel Gomes Botelho Em um belo dia num bate papo informal, meu filho Daniel, um jovem garoto, me confessa seu sonho de fazer uma viagem num estilo bem leve, sem protocolos, sem luxos, sem apegos, ir a lugares certos e incertos. Eu, um pai idoso e aposentado, com 61 anos, senti naquele momento vir a tona o meu espírito adormecido de também querer percorrer caminhos desconhecidos, novas culturas, novos povos. Naquele momento selamos nossos sonhos, começamos a traçar nossos roteiros e assim começou essa história de sair por aí. Os problemas começaram a surgir e por pouco quase desistimos. O roteiro era o tradicional mochilão Bolívia-> Chile -> Peru. Porém, às vésperas da viagem surgiram notícias sobre os protestos e manifestações por quase todo o Peru, principalmente na região que iríamos: o sul do país. Ficamos alguns dias na dúvida, mas decidimos seguir viagem com roteiro programado apenas até São Pedro de Atacama e de lá, dependendo da situação peruana, seguiríamos ao Peru ou então seguir no Chile, para Santiago. Pensando nisso, optamos por não comprar a passagem de volta. Decisão tomada, mochila arrumada e pé na estrada. DIA 01 - 29/01/2023: RUMO A CIDADE DE UYUNI E O MAL DA ALTITUDE. No Aeroporto de Guarulhos/SP - pai e filho Saímos do Aeroporto de Guarulhos/SP às 10:15 hs com destino a Santa Cruz de La Sierra na Bolívia e lá pegamos um vôo para a cidade de Sucre, onde chegamos por volta das 17:00 hs. Para nossa surpresa, ao desembarcar da aeronave e caminhar até a sala de espera, comecei a sentir um desconforto e imediatamente sentei-me numa cadeira. Era o mal da altitude - o tão famoso soroche. Daniel, que é médico, mediu minha saturação e deu 92. Então fiquei sentado e ele foi comprar água e medicamento. Ao retornar notou meus lábios ficando roxos e as extremidades dos dedos dessaturando e ficando também arroxeadas. A saturação já tinha caído para 85 em poucos minutos...tudo muito, muito rápido. Demos mais um tempo, pegamos um táxi e fomos ao centro de Sucre. Daniel comprou medicamento para evitar o soroche ( dexametasona 4mg e soroche pills) e tomamos ali mesmo. Fomos almoçar e eu já estava bem melhor. Dali seguimos caminhando para a rodoviária, pois nosso ônibus para Uyuni iria partir às 21:00 hs. Ficamos surpresos com o trânsito caótico e como uma rodoviária poderia ser tão pequena e confusa, mistura de embarque com desembarque, ônibus sem indicação nos painéis dos locais de destino e tem uns homens que ficam gritando o tempo todo pelos passageiros. Um verdadeiro caos. Nosso ônibus, da empresa Emperador, atrasou e saiu às 21:40 hs. O banheiro sem água e papel higiênico (ficou aquele cheirinho) e tinha uma criança dormindo no corredor, além de várias bagagens espalhadas pelo chão. Trânsito caótico nas proximidades da rodoviária de Sucre INN: O almoço em Sucre, restaurante simples, comida boa e barata. OUT: Soroche - o mal da altitude. DICAS: Começar a tomar o remédio para soroche um dia antes de chegar na Bolívia. Caso venha por Sucre, comprar as passagens do ônibus para Uyuni pela internet, assim passará menos sufoco na rodoviária. Trocar dinheiro já no aeroporto de Santa Cruz, cotação justa e facilita pagar o táxi e demais despesas em Sucre. FIQUE ATENTO: Ao fazer a imigração em Sucre, estavam exigindo comprovante de vacinação da COVID.
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Olá, pessoal! Depois de alguns anos de espera, planejamentos, pesquisas e dicas de alguns de vocês daqui do fórum, finalmente saiu minha viagem pra Bolívia 🙂. Sei que já são inúmeros relatos de viagens a esse país, mas pode ser que algumas experiências que tive sirvam pra alguém. Então, aqui vai... A viagem começou em 10/10/2023 chegando de avião a Santa Cruz de La Sierra. A entrada no país foi muito tranquila, inclusive, nem pediram o comprovante de vacinação da febre amarela (nem na chegada, nem em qualquer outro momento da viagem). Cheguei perto do horário do almoço e no aeroporto mesmo já troquei um pouco de dinheiro e comprei o chip do celular (poderia ter esperado para comprar o chip depois... provavelmente teria gastado menos). Fiquei hospedada no Nomad Hostel. Localidade ótima, muito pertinho da Plaza 24 de Septiembre, mas achei o quarto um pouco sujo e no final não gostei do tratamento de um dos donos quando voltei para devolver a chave que havia esquecido (e ele também não se lembrou de cobrar em nenhum momento). Bom, em Santa Cruz conheci a Catedral, subi as escadas para ter a vista da cidade, fui ao museu de arte sacra (fica ali mesmo na catedral), ao Museu da Independência, ao Manzana Uno Espacio de Arte (galerias de arte em um espaço bem gostoso), à Casa Municipal de Cultura Raúl Otero Reichi. Fiquei mais nisso mesmo... fui com poucas expectativas pra Santa Cruz, então acabei separando apenas 1 noite pra ela. Depois vi que poderia ter ficado mais 1 dia pra explorar um pouco mais, porém não me arrependo, porque não foi uma cidade que me chamou muita atenção. De comida, gostei absurdamente da lanchonete Buddah Bowls. É totalmente vegano (sou vegana), tem muita coisa gostosa e fica em um espaço colaborativo muito gostoso! Ah, o app de transporte mais usado lá é o Yango. No dia seguinte, dia 11/10, fui pra Samaipata. Peguei um trufi para ir até lá (veículo maior que um doblô e menor que uma van - deixo aqui as infos do maps de uma das empresas de transporte: Expreso Samaipata https://maps.app.goo.gl/JhzXKVHujE2NtbPc9). São cerca de 3h de viagem. Achei bastante tranquila e tive a sorte de ir ao lado do motorista, ahaha. Quanto mais próximo de Samaipata, mais bonitas as paisagens. O motorista Erick foi bastante simpático e até me levou (mediante pagamento, claro) para alguns lugares lá na cidade). Um querido mesmo! Samaipata é uma cidade pequenina, bastante aconchegante e fofa. Cheguei lá no começo da tarde e fiquei hospedada no Yvy Casa Hotel. Lugar delicioso e café da manhã incrível mesmo para pessoas veganas. Depois de instalada, fui a pé para a praça central da cidade pra comer algo (no Tía María) e em seguida fui conhecer o El Fuerte, um sítio arqueológico que foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Infelizmente não consegui fazer a visita guiada por conta do horário, mas tem placa por todo lado. Vale muito a visita tanto pelo contexto histórico quanto pelas paisagens. Depois de lá, conheci o Museu Arqueológico de Samaipata e dei uma volta pela cidade. Jantei no restaurante La Chakana e comi o (único ahah) melhor risoto de quinoa da minha vida!!! No dia 12/10, fui conhecer o Refugio de Colibríes (25 bolivianos). É um projeto de conservação de beija-flores desenvolvido por um biólogo e sua família. Simplesmente começaram a reflorestar o local onde vivem já há alguns anos pensando na conservação dessas pequenas aves. Para quem gosta de observar aves e desses temas de meio ambiente, vale muito a pena. Não sei quanto tempo fiquei, mas foi uma delícia pode ver tantos deles em um curto espaço de tempo. E não só eles, mas também outras aves. Após esse passeio delicioso, voltei pra cidade, fiquei mais algumas horas e logo voltei a Santa Cruz para seguir viagem. Sobre Samaipata, posso dizer que me arrependo amargamente de não ter ficado mais dias (pelo menos mais 1 ou 2). No mesmo dia (12/10), peguei um voo para Sucre saindo de Santa Cruz (lá troquei mais um pouco de dinheiro para aproveitar o câmbio, porque havia lido que nas próximas cidades pelas quais passaria não seria tão bom quanto em Santa Cruz). A diferença de valor de avião e ônibus não estava tão grande, então, para ganhar tempo, resolvi ir de avião mesmo. Comprei a passagem direto no escritório da cia aérea (Boliviana). Cheguei a Sucre no fim da tarde e tive uma péssima surpresa. Cheguei ao Hostel Colors House e dei de cara com a porta fechada. Ninguém atendia. Resolvi mandar mensagem no whatsapp e em alguns minutos apareceu um rapaz do nada do meu lado na calçada e me disse que não poderia me hospedar porque o teto do hostel havia caído, mas não me disseram nada previamente em momento algum. Passei por uns 3 hostels e todos sem vaga. Acabei me hospedando em um hotel mesmo por falta de opção e pelo cansaço de andar com um mochilão nas costas. Hospedagem resolvida (ainda que contrariada em ficar em um hotel em Sucre), saí pra comer e mais tarde fui ao Joy Ride Café para aulas gratuitas de salsa e bachata 💃. Foi divertidíssimo e de quebra foi onde conheci um colombiano com quem vivi uma história muito gostosa ☺️. Fiquei em Sucre até o dia 14/10 e visitei a Plaza 25 de Mayo, Museu da Arte Indígena, Museu do Tesouro, La Recoleta, Parque Simon Bolivar, Museu da Casa da Liberdade, Catedral, o prédio do governo, Museu Nacional de Etnografia e Folclore, Mercado Central, Palacio de la Florida e Castillo de La Glorieta. Lugares que comi: El Germen, Doña Franca (estão um ao lado do outro) e Bienmesabe (a melhor arepa da vida). Adorei a cidade! Gostei muito de poder andar pra cima e pra baixo a pé, aquelas ladeiras enormes hahaha, e um lugar muito vivo, cheio de vida. Dia 14/10 peguei um ônibus para Potosi e cheguei lá no começo da noite se bem lembro. Fiquei hospedada no Los Faroles Hostal. No geral, gostei, mas cheguei e tinham me mudado de quarto sem me informar, mas ok, não tive nenhum transtorno por isso e o hostel bem localizado. No dia seguinte (15/10), saí para explorar um pouco a cidade. Conheci a Plaza 10 de Noviembre, a Catedral e pela tarde fiz um tour a pé com a agência Koala Tours. Como era domingo, muitos lugares estavam fechados, mas mesmo assim foi bem legal, até porque acabei conhecendo um israelense muito querido. Passamos por muitas igrejas, pelo Arco de Cobija, fomos a um hostel para ver a vista panorâmica da cidade. No final, pedem um valor a critério do turista. No dia 16/10, meu último dia na cidade, conheci a mina de prata Candelaria (em pleno funcionamento) e a Casa de La Moneda. Conhecer a mina é uma experiência bastante diferente e ao mesmo triste pelas condições nas quais os mineiros trabalham (nada novo sob sol considerando também a realidade do nosso país etc). Se você não curte lugares apertados e muito fechados, não vá. Eu não quis descer para o "piso" de baixo porque era ainda mais apertado e pra mim já tinha válido a experiência até aonde eu tinha ido. Destaque para o guia Julio... queridíssimo! (fiz a mina também pela agência Koala Tours). Comida em Potosi: Koala Café. A maior parte das minhas refeições foram lá. Mais uma despedida pelo caminho e no próprio dia 16/10 segui viagem rumo a Uyuni, a tão esperada Uyuni 😍. Fui de ônibus, saí à tarde (não lembro o horário) e cheguei a Uyuni no começo da noite. Fiquei hospedada no hostel Beliz Inn apenas para passar a noite, mas não gostei. Apesar de serem atenciosos, o quarto estava muito fedido e o banheiro tinha uma parte da janela que não fechava, ou seja, ajudava muito no frio, hahaha. Ainda em Potosi, peguei dicas com um rapaz que era guia em Uyuni e ele me recomendou algumas agências (2 ou 3) para fazer o tour do Salar e me deu a dica de pegar a que fazia o tour dormindo em Polques para ter mais tempo para o banho nas águas térmicas. Assim, reservei o tour 1 ou 2 dias antes de chegar a Uyuni com a agência Salty Desert (link maps: https://maps.app.goo.gl/fquhS39VzQJANMBH8). No dia 17/10, pela manhã, uma funcionária da agência passou no hostel para receber o pagamento e fui pra agência lá pelas 10h pra começar o tour. Foram 3 dias de uma experiência incrível!!! Como não estou com minhas anotações aqui, talvez não consiga me lembrar de tantos detalhes. Nesse 1º dia, passamos pelo cemitério de trens, almoçamos onde foi o 1º hotel de sal, conhecemos a praça das bandeiras, o monumento do rally Dakar (acho que 1 deles, porque me parece que existe mais 1). Paramos numas lojinhas de lembrancinhas e para conhecer o processo de extração de sal para comercialização pra uso culinário mesmo (povoado Colchani). Também nesse dia conhecemos a Ilha Incahuasi, a ilha dos cactos gigantes. Há uma pequena trilha pela ilha pra conhecer um pouco mais. Finalizamos o dia vendo o pôr do sol no salar e dormimos no Hotel de Sal Tambo Loma (povoado Colcha K). Antes de ir pro hotel, fizemos uma parada em um mercadinho para comprar água e outros itens um pouco mais em conta do que encontraríamos dali pra frente. O que achei o máximo desse lugar é o bar/boate que tem no fundo, uma pena que não deu tempo de aproveitar. No dia 18/10, 2º dia do tour, passamos pelo povoado San Juan (se não estou enganada, é esse o nome) para conhecer um pouco sobre o processamento da quinoa, passamos pelo salar de Chiguana e seguimos para o mirante do vulcão Ollague, um vulcão semiativo e que fica bem na fronteira entre Bolívia e Chile. Depois, passamos pela Laguna Cañapa (começamos a ver os flamingos 😍), Laguna Hedionda (almoçamos aqui, tendo como vista a lagoa repleta de flamingos), Laguna Honda e pelo deserto de Siloli, cuja atração principal é a Árvore de Pedra. Em seguida, entramos na Reserva Nacional da Fauna Andina Eduardo Avaroa (entrada é paga separadamente do tour). Lá conhecemos a Laguna Colorada (cor avermelhada por conta das algas presentes nela), os Geysers de Sol de la Mañana e, finalmente, chegamos ao hotel Ecologico de Piedra, que está praticamente na cara do Termas de Polques e da Laguna Salada (que paisagem!!). Chegamos no fim da tarde/início da noite, jantamos dentro de 1h ou 2h e tivemos um tempo enorme pra aproveitar as águas termais. Indescritível a experiência de ficar horas nessas água sob o céu estrelado. Dormi feito um anjo, hahaha. Dia 19/10, 3º e último dia do tour. Acordei um pouco mais cedo para ver o dia nascendo naquela paisagem maravilhosa. O guia deu a opção de sairmos 1h mais tarde e não passarmos pela Laguna Verde, pois passaríamos por ela antes das 11h e, por isso, não seria possível vê-la no tom verde. Aceitamos essa sugestão por causa do cansaço e porque seria só mais uma lagoa por não vê-la na cor que a nomeia. Assim, saímos do hotel e passamos pelo Deserto de Dalí e, já fora da Reserva Nacional (se bem lembro, hahaha), conhecemos a Laguna Catal (também chamada de Laguna Negra ou Laguna Escondida). Que paisagem sensacional! Parece cenário de filme!! De lá, seguimos para almoçar no povoado Villa Mar, passamos pelo Valle de Rocas e nossa última parada do tour foi no povoado de San Cristóbal para visitar uma igreja de pedra, mas estava fechada. Por fim, chegamos de volta a Uyuni mais ou menos umas 15h. Em Uyuni, fiquei na agência por umas horas e saí pra comer no Llama Café. Depois de pensar muito se seguiria o roteiro previamente planejado ou se voltaria para reencontrar o colombiano, fui pra rodoviária acompanhada da querida espanhola que conheci no tour para, sim, voltar pra Sucre ☺️. Obs. sobre o tour: fiz o que é compartilhado e foi muito divertido. O grupo é de 6 pessoas e duas delas mantenho contato após a viagem (a espanhola que comentei ali em cima e uma suíça super divertida e amigável). Infelizmente não lembro o nome do guia, mas ele foi incrível). Dia 20 a 22/10 estive em Sucre novamente e conheci/visitei alguns dos lugares que informei lá nos primeiros dias que estive na cidade pra simplificar o relato 😅. No dia 22/10, segunda despedida na mesma rodoviária, e agora rumo a La Paz. Cheguei à noite desse mesmo dia. Fiquei hospedada no Anata Hostel. Adorei o lugar, a localização e o atendimento. Dia 21/10 a 25/10 fiquei pela cidade e abandonei a ida a Copacabana (os dias separados pra ela eu usei pra voltar pra Sucre). Fiquei encantada por La Paz!! Cidade enorme, muito movimentada e com muita coisa pra fazer. No dia 22/10, conheci a lindíssima calle Linares, me encantei pelos maravilhosos murais de grafiti, visitei o Mercado de las Brujas, me perdi em uma feira de rua enorme ali por perto (era domingo), comprei umas blusas em um brechó que estava no caminho da feira, peguei o teleférico para ir a uma outra feira enorme, mas infelizmente cheguei lá e estava chovendo demais. Voltei para o hostel porque havia reservado para ver a luta livre das cholitas. Bastante diferente e divertido até certo ponto, mas acho que valeu a pena sim. No dia 23/10 fiz a descida da Estrada da Morte de bicicleta tão sonhada por mim. Foi sensacional!! Quando lembro, sinto vontade de fazer de novo! Fiz com a Xtreme Downhill e valeu demais! Passaram pra me pegar 7h e algo da manhã na igreja de São Francisco porque o hostel onde eu estava não era rota deles. Depois de pegar todo mundo que comprou o passeio, seguimos de van (com as bicicletas em cima dela) para chegar subir a estrada e começar a "brincadeira". A bicicleta, todo o equipamento (calça, tipo de uma jaqueta, joelheiras, cotoveleiras e capacete) e lanches estão incluídos. Todas as instruções passadas, começamos a descida por uma rodovia até chegar de fato à Estrada da Morte. Os guias fotografavam durante o trajeto porque não podíamos fotografar enquanto estávamos na bicicleta e fizemos várias paradas para mais fotos e para reunir o grupo. Depois de descido tudo, fomos para uma pousada/hotel (não lembro bem) para almoçar e aproveitar um pouco o dia antes de voltar pra La Paz. Chegamos de volta pela noite. No dia 24/10, tirei o dia pra andar à toa pela cidade, ir a uma livraria e encontrar os restaurantes veganos que havia pesquisado. Almocei no Nasma Te (macarronada maravilhosa com almôndegas de quinoa), andei mais um monte pela cidade e fui ao Museu da Coca. Já perto do hostel, visitei a galeria de arte Mamaní Mamaní, fui a uma peça de teatro de uma cia chilena no Teatro Municipal e jantei pizza no Radio Bar. No dia 25/10, meu último dia dessa viagem gostosa demais, fui ao Museu dos Instrumentos Musicais, ao Valle de la Luna e ao Museu Nacional da Etnografia e Folclore. Com certeza ficou muito por conhecer de La Paz, mas amei tudo que fiz e conheci. Lugares que amei comer em La Paz: Café del Mondo, Namas Te, Altramuz (esse mais que todos), Restaurante Armonia. Peguei o voo de volta para o Brasil no dia 26/10 já com saudades de tudo que vivenciei nessa viagem tão sonhada e desejada por mim. Me surpreendi com a Bolívia mesmo já sabendo que conheceria lugares encantadores. Voltei de lá uma testemunha das maravilhas desse país, que não rara vezes é tão marcado por preconceitos, e já deixei muita gente com vontade de visitá-lo. Escrever esse relato foi viajar um pouquinho no tempo e viver de novo muitas coisas 🥰. Obs: não estou com minhas anotações dos valores gastos aqui comigo, mas atualizo assim que estiver com elas novamente.
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Alguém ja fez La Paz a Potosi por conta própria? É fácil de encontrar ônibus em La Paz?
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Olá mochileiros, vou fazer o mochilão Chile-Bolívia-Peru em janeiro. Vou começar visitando o deserto do Atacama, depois irei para Ayuni, aí gostaria de saber qual seria a melhor opção de deslocamento de Ayuni até Cusco (Machu picchu) sem ser um voo direto entre essas duas cidades, já que o preço é bem salgado KKK). Também vi na internet uma opção de deslocamento por meio de onibus que não sei se é seguro, alguém que já fez esse trajeto poderia me ajudar?
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- mochilao america do sul
- bolivia
- (e 5 mais)
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Boa noite a todos. Pretendo ir conhecer a Bolívia em fevereiro, porém não estou encontrando muitas informações, alguém poderia ajudar. Qual a melhor forma de trocar o real? Casa de câmbio ou Wester union? Minha ideia é ir apenas em Santa Cruz e Sucre. Onde comer nestes locais? Vale a pena comprar a passagem aérea na Bolívia ou já sair com ela daki trecho interno. Para o forte qual o melhor meio de chegar? Obrigado
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Viagem Argentina, Chile e Bolivia com carro financiado
bgiovane.rp postou um tópico em Perguntas Rápidas
Bom dia pessoal! Alguém sabe ao certo a exigência de documentação para viagem de carro financiado (alienado) ao banco? Solicitei ao banco uma declaração de viagem ao exterior com o bem financiado e fiz apostila de Haia conforme o consulado argentino e Chile informaram. Porém junto a esse documento o banco enviou uma procuração autorizando a assinatura daquelas pessoas do banco a assinarem a declaração, está reconhecido em cartório, porém não consegui realizar a apostila de Haia para essa procuração, por ser emitido por outro cartório que não é da minha cidade. Será que é uma exigência esse documento também ser apostilado? Obrigado! -
Oi Pessoal! Me chamo Mônica, tenho 56 anos, sou geóloga e amo viajar! Fui para Bolívia e Arequipa com minha filha Letícia, 16 anos, e quero deixar aqui o meu relato para ajudá-los a programar essa viagem incrível e mais que surpreendente... Não é de hoje que quero conhecer a Bolívia, pois sempre que eu lia sobre o país me deparava com vários superlativos: o maior salar, o maior curso de água doce navegável, a altitude de sua capital - La Paz... enfim essa grandiosidade sempre me encantou, sem contar a cultura, as paisagens e o fato de estar encrustada nos Andes... Como em toda viagem eu programo muito antes, leio tudo sobre o país e o site dos Mochileiros sem dúvida foi um dos que mais consultei. Pegando um relato aqui e outro acolá, fui compondo a viagem que aconteceu entre os dia 19 de agosto a 02 de setembro de 2023. Eu moro no interior de Minas, em Itabira, cerca de 120 km da capital, então a viagem já inicia um pouco antes de quem mora nos grandes centros urbanos. Pela dificuldade e quantidade de horas que teríamos que gastar, se eu comprasse um um voo Belo Horizonte (BH) - La Paz, acabei comprando de São Paulo (Guarulhos - GRU) para La Paz - muito mais barato e rápido (em torno de 5 horas ida e 7 horas a volta). Na verdade não existe voo BH - La Paz, de qualquer jeito iríamos parar em São Paulo e ficar horas em conexão. Ao longo de minhas pesquisas também descobri que tem um ônibus da empresa ÚTIL, ótimo e com um preço super bom, que sai da rodoviária de BH às 19:45hs e chega no Terminal de Guarulhos às 05:00 hs da manhã. Com isso resolvi a chegada em Guarulhos sem pagar quase 2 mil reais de avião de BH para Guarulhos somente a ida.... Aproveitei e comprei ida e volta BH-GRU-BH de bus leito e super em conta! Passagem ida e volta BH-GRU ônibus leito - empresa Útil (4 passagens) - R$ 505,00 Passagem GRU-La Paz- GRU: R$ 4383,00 (duas passagens) Passagem Itabira - BH: R$ 108,00 (duas passagens) ônibus Leito da Viação Útil BH - Terminal de Guarulhos Dia 19/08/23 Saímos de Itabira no bus das 15:00 hs (pelo fato da estrada ser a BR-381, sempre temos que sair bem antes...), chegamos à rodoviária de BH as 17:20hs e pegamos o bus da Útil (leito) para o terminal de GRU às 19:45hs. Dia 20/08/23 Como chegamos muito cedo em Guarulhos (05:00hs) e o nosso voo era apenas as 18:35hs, reservei um hostel bem próximo ao aeroporto para descasarmos até a hora do almoço e irmos mais tranquilas para o aeroporto. Reservei pelo www.booking.com o ON Hostel GRU. Além da excelente localização, o hostel é super novinho e organizado, situado em frente a um atacadão e com restaurantes e lanchonetes próximas. Assim que chegamos, logo iniciou o café da manhã, muito simples mas tomar um cafezinho é muito bom! Dormimos e pelas 11:00 hs tomamos um banho e fomos almoçar num restaurante próximo ao hostel, aproveitamos também para comprar umas coisinhas no supermercado (atacadão). Por um erro do sistema do hostel, soubemos que não precisávamos fazer o check out às 11:00hs e com isso ficamos até às 15:00 hs, hora de irmos para o aeroporto... Ah o hostel ainda oferece serviço de translado grátis para o aeroporto! 99 do terminal de GRU para o ON Hostel GRU: R$10,30 1 diária quarto duplo no ON Hostel GRU: R$122,00 Como escrevi antes, fiz muitas pesquisas para essa viagem e li que um dos maiores problemas que acometem os turistas na Bolívia é infecção intestinal, além do mal da altitude (Soroche). Com isso comprei e levei vários remédios, entre eles: gripe, febre, diarreia, recomposição de flora intestinal, dor de cabeça, alergia, sorine, sal de fruta, pó para fazer para soro caseiro, epocler e pomadas como nebacetin, ferid e bepantol. Também levei protetor solar, protetor labial, hidratantes e lenço higiênico (esse item não pode faltar, além do papel higiênico que eles vendem avulso em inúmeras lojas pelo país... vi vender até no engarrafamento!). Devido a altitude e ao frio intenso, meu nariz sangrou e fiquei com muita coriza, o que ajudou foi o antialérgico que levei, além da pomada bepantol que passava o tempo todo no nariz e boca no Salar de Uyuni! Meu nariz só parou de sangrar quando cheguei ao Brasil! Assim que chegamos em Guarulhos fomos para o balcão da Gol e já levamos o nosso primeiro susto: a atendente nos falou que a GOL não fazia voo para La Paz....como eu comprei na 123 Milhas já gelei nesse momento! Após alguns minutos a atendente nos informou para irmos para o balcão da Aviacion Boliviana (BOL), daí já respirei aliviada...na verdade a GOL tem uma parceria com a BOL, por isso na minha passagem estava GOL....enfim! Assim que chegamos na BOL fomos prontamente atendidas e com muita simpatia, soubemos que além da bagagem de mão ainda teríamos direito para despachar mais uma mala, porém só estávamos com a mala de mão mesmo e isso não seria um problema! O voo não atrasou e nossa conexão foi em Santa Cruz de La Sierra. No entanto passamos por muita turbulência, deu um certo temor...não sei se é comum esse fenômeno nessa região ou foi um caso isolado, porém após esse trecho até La Paz o voo foi muito tranquilo! Dia 21/08/23 A chegada em La Paz é em outra cidade: El Alto, ou seja, essa região ainda é mais alta que La Paz, cerca de 4000 metros de altitude. Como eu ia chegar 01:00 hs com minha filha, preferi reservar o taxi com o hostel, achei mais seguro...Assim que chegamos o taxista já estava nos esperando e foi em torno de 30 min até La Paz. A estrada é muito sinuosa e apesar de estar escuro, já nos chama atenção a silhueta das montanhas e as casinhas cor de tijolo, é bem pitoresco! Um ponto importante: o frio....assim que saímos do aeroporto para entrar no taxi levamos um choque, nesse ponto já tem que levar um bom casaco, ainda mais se for chegar de madrugada... Decidi ficar apenas 3 dias em La Paz, li que em 3 dias dava para conhecer a cidade além de fazer alguns passeios em seu entorno, como Vale da Lua/Chacataya e Tuwanaco. Claro que se você puder ficar mais, terá tempo para explorar com detalhe seus bairros e museus, mas como eu queria chegar em Arequipa (Peru), meu tempo estava contado. Também pesquisei vários hostels e ficamos no Wake Up Hostel, ele se situa na Calle Murillo e é perto de tudo: Praça São Francisco, rua das Bruxas, rua Sagarnaga, etc.... fizemos todo o centro a pé e foi ótimo! Em todos os hostels que fiquei reservei um quarto só pra mim e minha filha e deu super certo! Além disso, fechei os passeios com eles e as agências foram super pontuais, eles passam em torno das 08:00 hs e nos deixam no hotel entre 16 e 17:00 hs. Assim que acordamos e tomamos café fomos explorar as redondezas do hostel e de cara já vimos a Igreja São Francisco! Por coincidência nesse dia estava tendo uma passeata das cooperativas mineiras. Bolívia é um país que tem uma história mineira muito forte e em muitos de seus distritos a mineração é o carro chefe e a principal fonte de emprego! Fiquei um tempo contemplando a praça e a igreja e o desfile dos mineiros de Potosi e logo ao lado da praça, em uma galeria, troquei meus primeiros Bolivianos! Consegui uma cotação de 1,40 para o Real! Nesse dia troquei 100 dólares = 696 BOL e R$3.000 reais = 4200 BOL. Cuidado com notas falsas! Pedi ajuda no hostel e me indicaram essa galeria que fica exatamente ao lado da Praça São Francisco! Após trocarmos o dinheiro, fomos para a rua das Bruxas! Imagina uma rua com várias lojas de artesanato, além de joias de prata e ouro? Me chamou atenção a Bolivianita, uma gema típica da Bolívia que é metade ametista metade citrino. Acabei comprando um pingente e uma amostra bruta desse mineral! Curioso também é ver as lojas com artefatos exotéricos para a Pachamama! Guarde o nome dessa divindade, você vai ouvir falar muito sobre ela na Bolívia, além de sagrada tem um significado muito forte para seu povo! Também na região da Igreja de São Francisco existem algumas galerias com produtos artesanais de lhama, mantas, joias, ou seja, todos o tipo de artesanato do país! Pechinchar é um ótimo exercício na Bolívia, você sempre consegue um preço mais baixo! Nessas lojinhas comprei uma polaina de lã de Lhama que ajudou muito no frio de Uyuni! Após bater perna pelas ruas próximo ao hostel fomos almoçar e como essa região estava muito cheia e confusa devido a manifestação, resolvemos comer numa franquia de frango e batata frita. O nome do restaurante é Conchabamba e tem vários por La Paz! Taxi El Alto para o Hostel: 100 BOL Almoço com coca cola no Conchabamba: 60 BOL (para dois) Pingente de Bolivianita e amostra: 200 reais (peguei em real) Polaina de lã: 20 BOL Diária quarto duplo no Wake UP hostel: 20 dólares (paguei 4 diárias) Água de 2L no hostel: 10 BOL Praça São Francisco - a galeria para câmbio é em frente de onde estou tirando a foto. Rua das Bruxas - onde se acha todo tipo de artesanato! Artefatos exotéricos na rua das Bruxas! Cotação de várias moedas em La Paz! PESSOAL TODO DIA VOU CONTAR MAIS UM POUQUINHO DA VIAGEM!
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Oi! Estou procurando dicas de como encontrar apoio artístico e estudar arte em outros países. Se você tem uma experiência artística e sabe de locais e formas de conseguir contatos e lugares que envolvem o foco nos estudos artísticos, me dá uma moral aqui. Procuro escolas, coletivos, grupos, trabalhos voluntários e qualquer coisa que possa me agregar intelectualmente no campo das artes, de preferencia no Chile, Argentina...