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  1. Qual o melhorar pacote de internet para viagem em Cusco no Peru ? Como funciona?
  2. Olá, pessoal! Eu e meu marido queremos pegar uma Van que nos leve até a trilha da hidreletrica. 1. Onde conseguir pegar essas vans? 2. Dicas sobre essa trilha?
  3. Gostaria de informações de lugares em Cusco para fazer refeições boas com preço acessível!🤓
  4. Bom dia, meu primeiro post em um fórum, acredito não dominar tão bem ainda 😅 Primeiramente estou buscando informações sobre contatos, trajetos, valores, com pessoas que já tenham atravessado a fronteira com o Peru pelo Acre (via Assis Brasil - Anãpari) mais recentemente. Farei uma viagem em maio de 2024 pra Cusco, e irei realizar esse trajeto, mesmo ciente de que há a TransAcreana que já faz essa rota (Brasil-Peru). Estou coletando esses dados para poder ter uma melhor compreensão de todo o trajeto e me preparar para essa viagem, sei que sua ajuda será de grande valia, e prontamente em meu retorno, deixarei um post atualizado com todas as informações sobre. Agradeço novamente pelo seu tempo.
  5. Depois de meses enrolando para postar meu relato, finalmente tomei vergonha na cara e me sentei para escrever sobre minha viagem ao Peru. Bom, decidi há uns cinco anos atrás que precisava conhecer Machu Picchu e imediatamente comecei a pesquisar tudo que poderia saber sobre como chegar, quanto era, o que fazer e por aí vai. Para minha surpresa (e vergonha por não conhecer), o “país de Machu Picchu” tem muito mais coisas além do sítio arqueológico. Então foi bem difícil definir um roteiro para 15 dias que incluísse o máximo de lugares possíveis. Essa foi minha primeira viagem internacional e sozinha, incluindo a primeira vez andando de avião. Então foram meses de muita pesquisa, ansiedade, frio na barriga e 15 dias de muitas primeiras vezes. Muitos relatos daqui do site me ajudaram a montar meu roteiro, e embora quisesse passar dois meses conhecendo o país todo, tive que decidir onde ir e meu roteiro ficou: 5 dias – Lima e Ica 10 dias – Cusco Decidi ficar a maior parte do tempo em Cusco pois amo história e queria muito conhecer o máximo de lugares possíveis por lá. Comprei as passagens um mês antes, e paguei aproximadamente 2500 nos 3 trechos: SP-LIMA/LIMA-CUSCO/CUSCO-SP Realizei o sonho de entrar na decathlon e poder comprar um monte de coisas hahahaha E depois de preparar a mala para frio e calor (confesso que exagerei um pouco na quantidade), comprar uma bota de trilha e pesquisar mais um pouco, o grande dia chegou. Vou deixar meu insta aqui, que lá tem uns destaques com mais coisas da viagem (@ale_tiengo) e caso precisem de ajuda, indicação de restaurantes, etc. 1º dia Cheguei em lima por volta das 11h (super confusa com o fuso horário) e caçando um wifi pois havia avisado todo mundo que chegaria 11h mas esqueci o detalhe do fuso kkkkkkkkkk Eu já havia reservado com o hostel um transfer do aeroporto para lá. O aeroporto de lima fica há uns 50 minutos de distância do centro de lima então, se programe para pegar um uber ou reserve um táxi. Na porta do aeroporto é um caos, vários taxistas oferecendo corrida em espanhol, então é uma confusão para sair de lá mas achei meu transfer. Me hospedei no Kokopelli que fica no bairro Barranco, este é um bairro menor e mais voltado para vida noturna e fica há alguns minutos da praia. O hostel é maravilhoso, tem uma arquitetura linda e com certeza foi uma das melhores experiências. Embora seja um bairro ótimo e muito bom para trocar dinheiro, o centro comercial fica em Miraflores, então após chegar no hostel pedi um uber para Miraflores pois precisava comprar um chip de internet. Um uber de Barranco para Miraflores custa por volta de 8 a 10 soles, e dá para ir de ônibus por 2 soles. Comprei o chip na operadora Bitel (uma loja amarela que tem em todo canto), escolhi um plano de 40 soles por 20 gb por 30 dias e durou a viagem toda usando tranquilamente todas as redes sociais, funcionando praticamente em todos os lugares. Depois de garantir meu chip e finalmente voltar a ter internet, aproveitei para conhecer o bairro de Miraflores. Esse bairro é mais luxuoso e cheio, com muitas lojas e restaurantes. Fui até a famosa Praça Kennedy onde vivem muito gatinhos soltos e tem algumas esculturas da cultura peruana. A praça é linda, possui uma catedral ao lado e é ótimo para aproveitar o dia passeando. Para almoçar, achei uma galeria cheia de food trucks com diversos tipos de comidas, e provei o famoso Lomo Saltado. Uma delícia, muito bem servido e um preço ok (30 soles). Conheci também o Shopping Larcomar, um shopping a céu aberto construído em cima do penhasco de lima, a vista é maravilhosa, porém nesse dia a neblina estava por todo lado. Pesquisando alguns museus descobri que no dia que chegaria em Lima o Museu de Arte de Lima tinha entrada gratuita e aproveitei para conhecer. O museu tem uma arquitetura lindíssima e diversas exposições de artistas peruanos (normalmente a entrada custa 30 soles e é gratuita as quintas). Voltando ao hostel, realizei o check in e no Kokopelli oferecem walking tour gratuito com os meninos do Lima Experience. Eles oferecem um tour histórico e um gastronômico, você consegue fazer os dois no mesmo dia começando as 8h no kokopelli e voltando 18h. Decidi fazer os dois no segundo dia. E aproveitei a noite no bar do hostel tomando algumas cervejas. 2º dia Depois do café da manhã todos que iriam fazer o walking tour se reuniram na entrada do hostel para aguardar o guia. Todo o passeio é feito usando transporte público e andando. Escolhi fazer o tour em inglês porque o espanhol não é meu forte e estava apanhando para entender e responder os peruanos hahaha Nossos guias foram o Yoced e o Alex, do hostel eles nos levam até uma parada de ônibus até o centro de Lima, de onde se inicia o tour. O grupo contava com 10 pessoas, a maioria de um país diferente e todos muito gente boa. O primeiro tour que fizemos foi o gastronômico. Aqui vou falhar com vocês porque passamos por muitos lugares e paramos em alguns para comer então não me recordo exatamente de cada parte do tour mas provamos primeiro a Maca, um suco com leite e a fruta maca que possui nutrientes energizante e é o equivalente ao cafezinho para os peruanos. Depois fomos andando pelo centro de lima, sempre parando em algumas barracas conhecidas pelo guia para comer alguma comida típica. Eles explicavam a origem de cada prato e como eram feitos, as comidas geralmente são divididas entre o grupo assim não fica caro e todos provam (gasto de 1 sol no máximo por comida). O tour é muito bom, vale muito a pena e é uma ótima oportunidade de conhecer a cidade para quem tem pouco tempo. Fomos também ao Mercado Central de Lima, onde eles compraram diversas frutas para provarmos. Nesse tour fiz amizade com alguns gringos super simpáticos: Simon, Natalie e Tamar. Os três também estavam começando a viagem no Peru e viajavam sozinhos também. Embora cada um seja de um país diferente, nos damos bem logo de cara e todos decidiram ficar para o próximo tour, então os guias nos deixaram no ponto de encontro para o próximo passeio que seria em 1h. Aproveitamos para tomar alguma coisa antes do próximo passeio, já que estávamos cheios de provar tanta comida. Dividimos uma jarra de chicha morada, uma bebida feita de um milho roxo do peru, que é muito boa para refrescar. Nos juntamos ao próximo grupo para o tour histórico, onde conhecemos mais algumas pessoas. Neste tour fomos aos principais museus da região de Miraflores e do Centro onde os guias explicavam sobre a história de cada lugar, a entrada dos museus é por conta de cada turista. No final do tour damos uma gorjeta no valor que desejar como forma de pagamento aos guias. Eles também nos levaram para um local famoso pelo Pisco Sour onde provamos essa bebida típica do Peru. Recomendo demais os passeios com o Lima Experience, os guias Yoced e Alex são muito simpáticos, Yoced fala bem inglês e entende um pouquinho de português. Durante a noite, sai para jantar com Natalie e Tamar, fomos na Barranco Beer Company, onde provei o anticuchos (espetinho feito com coração de boi, temperado, acompanhado de batata e milho), e voltamos ao hostel onde havíamos combinado de encontrar o grupo de americanos do tour histório e os guias, para irmos comemorar o aniversário do guia Alex em uma balada próxima ao hostel. O local parecia muito com uma balada br e foi ótimo para socializar e tomar vários free shots kkkkkkkk 3º dia Depois de um dia agitado, no terceiro dia acordei cedo para pegar um ônibus para Ica. E por coincidência (ou nem tanto), após conversar com meus novos 3 amigos, descobrimos que todos iriamos para Ica no mesmo dia, porém cada um iria de uma forma e combinamos de nos encontrar no hostel de Huacachina. Eu já havia comprado as passagens através da Cruz del Sur pelo site deles. As passagens de Lima para Ica custam entre 19 a 50 soles dependendo do dia e tipo de ônibus. Deixei minha mala maior no hostel e levei só o básico pois ficaria dois dias apenas em Ica. A rodoviária da Cruz del Sur é muito organizada e fica próximo ao Centro de Lima, lá você precisa despachar sua mala e fica apenas com uma mochila pequena no ônibus. São 4h de viagem de Lima para Ica, e é maravilhoso ver a mudança de cenário da cidade litorânea para terrenos áridos e plantações de uva. Chegando em Ica peguei um táxi direto para Huacachina, o motorista era muito simpático e que me ofereceu mil passeios kkkkkk. Huacachina é um pequeno distrito/bairro de Ica, onde está um oásis rodeado de dunas. Esse lugar com certeza foi um dos mais lindos da viagem, as dunas, o oásis é surreal. Me hospedei no Banana’s Adventures, um hostel lindo e muito confortável. No mesmo dia que cheguei consegui agendar um passeio de buggy nas dunas para mim, Simon e Tamar que chegariam um pouco depois de mim. O passeio custou 60 soles e agendei direto com o hostel. Saem passeios nas dunas durante todo o dia, mas o melhor é o passeio das 16h onde podemos ver o pôr do sol no deserto. O passeio é uma aventura, descendo de buggy de dunas enormes e fazendo sandboarding, se prepare para ter areia nas roupas até o último dia de viagem (eu ainda tinha quando voltei para o brasil) kkkkkkkkkk E para ajudar, nosso motorista brincalhão nos deixou no pé de uma duna, fazendo a gente se matar para escalar e chegar na cidade. Depois da loucura que foi essa chegada na cidade, me reuni com Simon, Tamar e Natalie e mais duas moças do hostel e fomos procurar um lugar para jantar. Huacachina é extremamente pequena, em 1 hora você da a volta em todo o bairro, então não demoramos para achar um lugar legal. E nesse lugar calmo e em clima de praia que DO NADA rolou um terremoto, SIM, UM TERREMOTO. Foi tudo muito rápido, mas bem assustador. Estavámos sentados escolhendo o que pedir, quando tudo começou a tremer e todo mundo do bar correu para a rua. O Peru é conhecido por sofrer com terremotos, porém o local em que estávamos não é comum sentir tanto e até os peruanos ficaram surpresos. Uns 5 minutos depois voltamos para o bar, depois que os garçons convenceram todos que estava tudo bem ahahaha. Depois desse susto e dessa primeira vez (e última, se deus quiser) pedimos alguns drinks e comidas. Como todo mundo estava exausto, voltamos para o hostel, tomamos mais uma cerveja antes de dormir. 4º dia Para o quarto dia eu e a holandesa, Tamar, reservamos um passeio para Paracas (80 soles). Paracas é uma cidade litorânea próxima a Ica, é uma boa alternativa para quem não quer ficar em Ica. Nós reservamos o passeio para as Ilhas Balestas e para a Reserva Nacional de Paracas. O passeio começa cedo, saindo direto do hostel para o píer de Paracas onde pegamos um barco (enorme) a caminho do famoso Candelabro e das Ilhas Balestas. O barco é bem grande e um guia vai explicando sobre a história local. É um passeio lindo, o candelabro é surreal e as ilhas são de tirar o folego. Nas ilhas vivem diversas espécies de pássaros e pinguins e leões marinhos. O passeio de barco dura mais ou menos 1h30, em seguida voltamos para a van e vamos para a Reserva Nacional de Paracas, uma reserva protegida onde é possível ver um pouco de deserto e oceano se encontrando. Lá paramos em algumas praias (algumas é possível mergulhar) e mirantes com vista maravilhosas, parecem até fundo de tela do Windows. Dentro da reserva há um local com 3 restaurantes, onde cada guia leva seu grupo no restaurante que conhece, lá aproveitei para comer um ceviche e em seguida pegamos o caminho para Ica novamente. O passeio dura quase o dia todo, chegamos em Huacachina um pouco antes do pôr do sol e de novo, esse lugar me deixou apaixonada pelo por do sol no deserto. Durante a noite, mais gente se juntou ao grupo que eu estava e comemos no hostel mesmo. A galera foi para uma festa em outro hostel e eu fui dormir pois meu ônibus sairia para Lima às 4h (deveria ter ido para a farra kkkk). 5º dia Antes de sair do hostel ainda deu tempo de dar xau para a Natalie que estava voltando da festa ahahahah Me arrumei para ir para a rodoviária da Cruz del Sur de Ica às 4h e por pouco não fiquei sem ônibus, aparentemente o ônibus que eu havia comprado estava atrasado e me colocaram em outro que estava saindo no mesmo horário. Cheguei em lima por volta das 8h e fui direto para o hostel, eu teria um dia em lima antes do meu voo para Cusco e tinha planejado passar o dia fazendo nada descansando, porém o sol apareceu e fui andar pela cidade. Nos dois dias em Lima, o tempo estava nublado e bem feio, porém Lima ensolarada é outra cidade com muito mais vida. Caminhei até alguns mirantes próximo ao hostel e combinei com uma brasileira (que conheci através daqui do blog) de nos encontrarmos para ver o pôr do sol no Shopping Larcomar. Isso é um evento que você deve colocar na sua lista do que fazer em lima. Foi um dia lindíssimo para me despedir de Lima da melhor forma. Roteiro de Viagem.xlsx
  6. Em maio deste ano fizemos uma viagem de 13 dias para o Peru, sendo 04 noites em Lima, incluindo um bate e volta a Paracas e Ica, 07 noites em Cusco e 02 em Águas Calientes. Na parte de Cusco, a cronologia do roteiro é muito importante. Montamos o nosso, pensando na aclimatação a altitude, e evitar passeios muito pesados em dias seguidos. Nosso gasto total por casal, incluindo todas as despesas, até mesmo estacionamento no aeroporto no Brasil, foi de pouco menos de R$7.000,00 mais 72.000 milhas Múltiplos com passagens. Abaixo iremos resumir cada dia de nossa viagem, e tentar deixar algumas dicas úteis de cada lugar. Para isto, é importante deixar claro nosso estilo de viagem. Sempre viajamos mais no estilo “mochilão”, nos hospedamos em lugares simples, procuramos comer em lugares em que os locais comem e tentamos vivenciar ao máximo a cultura do lugar. Também gostamos bastante de aventuras, principalmente trilhas, em muitos locais para nós o percurso é tão importante quanto conhecer o lugar. · Dia 01 – Lima – Huaca Pucllana e Parque de La Reserva: Nosso voo chegou em Lima as 0:30, e como já havíamos reservado transfer pelo hostel devido ao horário de chegada, antes das 02:00 estávamos na hospedagem. Na manhã seguinte, em Miraflores, fizemos cambio, compramos chip de celular (vide dicas gerais) e fomos ao sítio arqueológico Huaca Pucllana. Huaca Pucllana é um sítio arqueológico pré-inca localizada bem no meio da cidade. A parte principal é uma pirâmide gigantesca, construída com tijolos de barro, estima-se que sua construção se iniciou por volta de 200 DC. A entrada no sítio com visita guiada custa 15 soles (estudante paga meia). Vale muito a visita, o sítio é bem diferente dos tantos outros que fomos no decorrer da viagem. (Info: http://huacapucllanamiraflores.pe/ Saindo do sítio fomos almoçar no restaurante Punto Azul em Miraflores, onde comemos nosso primeiro ceviche maravilhoso a um preço razoável. Após o almoço, fomos a praça no entorno no shopping Lacomar onde curtimos o pôr-do-sol na deslumbrante paisagem à beira-mar deste local. Deste mesmo local pegamos um Uber e fomos ao Parque de La Reserva (Circuito Mágico das águas). Se trata de um parque muito grande com inúmeras fontes de água. Este local certamente foi umas das melhores surpresas de Lima, ultrapassando nossas expectativas. Dentre as várias atrações do local, a principal e mais bela é a apresentação que é realizada em 03 horários: 19:15, 20:15 e 21:30. É um espetáculo de luz e imagens refletidas na cortina de água que dura 15 minutos e mostra um resumo da história peruana. Vale a pena chegar ao local com antecedência para garantir um bom local. A entrada para o parque custa apenas 4 soles. (https://www.circuitomagicodelagua.com.pe/) Dicas e Infos: 1) Hospedagem: Nos hospedamos em Miraflores, entre o parque Kenedy e o shopping Lacomar. Excelente local para ficar. Nossa hospedagem foi o Miraflores Guest House, local simples, porém com ótimo custo benefício. Tenha em mente que em Miraflores, apesar de ser o lugar mais recomendado para se hospedar, por lá tudo é mais caro (restaurantes, supermercados, etc). 2) O percurso do aeroporto a Miraflores dura em torno de 50 minutos sem transito. O translado por lá é relativamente barato, pagamos 50 soles reservando com antecedência. Porém com Uber sai ainda mais em conta. 3) Cambio: A maioria das casas de câmbio fica na Av. José Larco, av. que liga o parque Kenedy ao Lacomar. Além das casas de câmbio, há várias pessoas na rua que fazem cambio. Apesar de ser estranho fazer cambio com alguém na rua, estas pessoas são devidamente identificadas com colete e são legalizados, cada um tem um número de identificação, para que possa reclamar caso tenha qualquer problema. Cuidado para não pegar nota rasgada, mesmo que seja mínimo. Em Cusco não aceitaram uma nota minha devido a um rasgado de milímetro, e não faltava nenhum pedaço. 4) Celular: Comprei um chip na loja da Claro na Av. José Larco. O Chip com plano de 3GB para 30 dias custou 35 Soles, e funcionou muito bem em todos os lugares durante a viagem. 5) Taxi: Em Lima o que não falta é taxi. Basta sair caminhando na calçada que algum taxista já vai buzinar perto de você oferecendo corrida. Nos taxis não existe taxímetro e tem que negociar o preço antes da corrida. Devido a isto, preferimos usar o UBER, o que funcionou muito bem. Para economizar, utilizamos algumas vezes o UBER compartilhado (Uberpool), e não tivemos problemas. 6) Trânsito: O transito no Peru é um caos, em Lima, ainda pior que em outros lugares. Então alugar carro definitivamente não é uma boa opção · Dia 2 - Paracas e Ica: Queríamos muito conhecer esta região, porém como o tempo estava curto, pensamos que não seria não seria possível, até que descobrimos a opção de fazer o passeio bate e volta de Lima. O ponto de partida do passeio foi em frente ao Shopping Lacomar as 05:00. De lá viajamos de micro-ônibus até Paracas (3 a 4 horas) para fazer o tour das Ilhas Ballestas. Este tour é feito em barco de 40 pessoas, passa pelo famoso candelabro, um geoglifo a beira-mar muito misterioso de 40 metros feito a cerca de 2500 anos, algo diferente e bem interessante, principalmente para quem não vai visitar as linhas Nazcas. Após a parada para apreciar o candelabro seguimos para as Ilhas Ballestas, estas ilhas são um santuário ecológico, com muitos leões marinhos, pinguins e milhares de pássaros. O passeio é apenas panorâmico, por ser área de proteção não pode descer ou nadar no local. Por cerca de 40 minutos, o barco circunda as ilhas, com vistas de milhares de pássaros e centenas de leões marinhos. Belas paisagens. Após o retorno das ilhas, tem um tempo livre para almoço na própria vila onde se desembarca. O almoço não está incluso no passeio, e há vários restaurantes no local para escolha. Finalizado o almoço retornamos ao ônibus para mais aproximadamente 30 minutos de viagem até Huacachina. O Oasis de Huacachina é um mini vilarejo pertencente a cidade de Ica. Porém o grande destaque deste lugar é que ele tem um grande lago central cercado por vegetação, e isto bem em meio do deserto, formando realmente um verdadeiro Oasis entre dunas. Chegando ao local, conhecemos a vila e fomos fazer o passeio com os tubulares nas dunas. Este passeio é bem radical. Cada carro leva em torno de 12 pessoas, e o mesmo vai em alta velocidade nos sobe e desce das dunas, é praticamente uma montanha russa nas areias. No meio do passeio, o carro para fazer o sandboarding. Sandbording é a descida nas dunas escorregando deitado sobre uma prancha. Pode se fazer duas descidas (2 dunas), e após isto o carro pega as pessoas no final da segunda descida, para mais um pouco de adrenalina no retorno ao Oasis. Este passeio (incluso no Tour) foi certamente um dos pontos altos do dia. O último destino do tour, foi em uma vinícola, para provarmos os vinhos e vários tipos de Piscos. Sinceramente não gostei muito das bebidas deste local, mas valeu a experiência. Em resumo, este tour vale a pena para quem está em Lima e não tem tempo suficiente para passar mais de um dia na região de Ica. Certamente este dia foi o ponto alto dos 04 dias que permanecemos em Lima. Dicas e Infos: 1) Agência Picaflor Viajes, foi a que encontrei melhor custo benefício para o Tour, pagamos 165 soles na opção completa do passeio. Site: http://www.viajespicaflorperu.net/. Caso fechar com esta agência, o pagamento deve ser antecipado, então a maneira mais fácil e barata de transferir a grana, é via Wetern Union. Caso não conheça este sistema, a agência passa todas as informações por whatsapp. 2) Não saia sem um bom café da manhã. O Box Lunch prometido no tour não passa de um pacote de biscoito similar a um Club Social e uma caixinha de suco de 200 ml, e a única parada no caminho é rápida e em local caro. 3) Para o passeio das Ilhas Balestas, tente pegar lugar do lado esquerdo do barco. Neste lado terão as melhores vistas · Dia 03: Centro Histórico e Barrancos: Neste dia fomos conhecer o centro histórico de Lima. Iniciamos nosso passeio na Plaza San Martin. Desta praça há um calçadão de uns 900 metros até a Plaza de Armas que é coração do centro histórico de Lima. No meio do trajeto há uma igreja bonitinha (Igresia de la Merced). A Plaza de Armas é bem bonita, contornada com seus charmosos casarões amarelos com as tradicionais sacadas de madeira, em frente fica a bela catedral de Lima e a esquerda o prédio do Palácio do Governo. No dia que visitamos a praça estava fechada devido a ter protestos previstos para este dia, os turistas podiam entrar na praça, somente para passar, se parasse algum guarda já chamava atenção. Por um lado, foi até legal, que conseguimos algumas fotos com a praça quase vazia. Depois fomos até a igreja São Francisco, que fica junto ao convento São Francisco. Nós visitamos apenas a igreja, porém é bem famosa a visita ao museu do convento e as catatumbas que ficam no subsolo da igreja, onde tem cerca de 70.000 ossadas de pessoas sepultadas lá. Na própria igreja há algumas grades no piso que se tem a visão dos tuneis subterrâneos e destas ossadas, o que já é bem sinistro. Para quem quiser informações da visita, segue site oficial: www.museocatacumbas.com. Pretendíamos visitar e almoçar no Mercado Central, porém o mesmo estava fechado, então pedimos dicas para um morador de local para almoçar. Esta pessoa nos indicou uma quadra onde teria vários restaurantes. Chegando lá havia realmente vários restaurantes, porém, todos muito simples. Como gostamos de provar a comida dos locais escolhemos um restaurante e fizemos o pedido. O preço era em torno de 12,00 soles com entrada, prato principal e bebida. Para nossa surpresa quando recebemos os pratos, os mesmos eram muito bem produzidos e a comida muuiiito boa, não perdeu em nada para o almoço do primeiro dia no restaurante em Miraflores que custou 3x mais. Após almoçar fomos até o famoso bairro de Barrancos. É o bairro mais boêmio de Lima. Após andar pelo bairro, descemos até a praia, que ao invés de areias tem pedras, porém com um bonito visual dos barrancos margeando as praias. De lá avistamos o Lacomar que parecia estar perto, então resolvemos voltar caminhando pela praia. Somente “parecia” estar perto, foi bem mais de uma hora de caminhada até chegarmos, mas valeu a pena. Algo que nos impressionou em Lima foi a quantidade de cassinos, em algumas partes de Miraflores tem praticamente um a cada quadra. Como nunca havíamos ido em Cassino, decidimos fazer isto neste dia a noite. A experiência no cassino foi bem diferente do que esperávamos. Escolhemos um dos maiores e mais bonitos, chamado Atlantic City. No interior a princípio ficamos admirados com o tamanho e estrutura do local, comparamos 10 soles de fichas e brincamos um pouco. Após isto, fomos caminhar pelo cassino, o qual era composto na maioria do espaço por caça niqueis. Começamos a observar o semblante das pessoas nestas maquinas, o que não era de diversão, mas sim pareciam robotizadas em frente as mesmas, muitas inclusive jantando sobre estas e jogando ao mesmo tempo, ou seja, vício total. Percebendo este ambiente, sentimos o lugar realmente muito pesado e procuramos sair de lá o mais rápido possível. Valeu muito pela experiência, e após está espero que nunca liberem os cassinos em nosso país. Dia 04: Miraflores e viagem a Cusco. Neste dia como tínhamos voo à tarde deixamos a manhã para passear por Miraflores. O Malecon, é um calçadão que margeia a falésia a à beira mar. Caminhando por ele você segue uma sequência de vários parques abertos sendo mais famoso destes o Parque Del Amor. Estes parques são muito bonitos e bem cuidados e tem maravilhosas vistas do mar. Fomos de manhã, porém imagino que no pôr do sol deva ser ainda mais bonito. Após a caminhada do malecón continuamos caminhando pelo bairro e fomos até dois pequenos mercados perto do Parque Kennedy, Inka Market e Índia Market, onde compramos alguns souvenirs. Após isto almoçamos e fomos para o aeroporto, pois as 16:00 tínhamos voo para Cusco. O UBER de Miraflores ao aeroporto custou 38 soles. No avião já começamos nossos preparativos para enfrentar o temido Soroche (mal da altitude). Ainda em Lima compramos as Soroche Pills, um remédio vendido em farmácia para combater o mal da atitude, e assim que embarcamos já tomamos uma pílula. Vendo pela composição, não passa de vários remédios para dor de cabeça juntos e cafeína, porém não recomendo irem sem ele, me salvou no mínimo em uma ocasião. Em Cusco, ainda na área de desembarque, já há um pote de folhas de coca para pegar e mascar, o que ajuda muito com os efeitos da altitude. Podem mascar sem medo (ou esperança, rs), pois a folha de coca não tem nenhum efeito alucinógeno. Do aeroporto fomos direto ao hostel, e depois saímos para jantar, e demos uma passada na maravilhosa Plaza de Armas de Cusco. Neste dia sempre procurando andar o mais devagar possível, e para o jantar pedimos apenas 02 entradas, tudo isto para mitigar os efeitos do soroche. Referente a altitude, neste primeiro dia sentimos apenas uma leve tontura, nada demais. Dicas e Infos: 1 – No voo de Lima a Cusco vale a pena pegar janela, pois tem belas paisagens das montanhas dos Andes; 2 – Para ir do aeroporto de Cusco ao centro, terá dezenas de taxistas oferendo corridas no desembarque. Vão pedir em torno de 25 soles, negociem que o preço chega fácil a 10 soles. Neste caso o UBER era mais caro; 3 – Para evitar o Soroche, recomenda-se no primeiro dia evitar qualquer esforço físico e comida pesada; 4 – Sobre local para hospedagem em Cusco, quanto mais próximo da Plaza de melhor, consequentemente mais caro. O ideal é encontrar um meio termo, de acordo com o que pretende gastar. Nos hospedamos no Sumayaq Hostel, que é um casarão bem antigo, com estrutura simples e antiga também, porém bom atendimento e limpeza. A localização foi muito boa, pois ficava a uns 500 metros da Plaza de Aramas e próximo ao Mercado San Pedro, e sem nenhuma subida forte para chegar; 5 – Tudo próximo da Plaza de Armas é bem mais caro, então caso for comprar qualquer coisa, não compre nesta região. Afastando poucas quadras você encontrara preços bem mais baixos. Dia 05 – City Tour Cusco Nosso primeiro dia inteiro em Cusco, procuramos programar algo mais leve pela questão da aclimatação na altitude. Neste dia levantamos e fomos a Plaza de Armas, compramos nosso boleto turístico e fomos visitar o Museu Histórico Regional. Este museu é bem interessante, pois mostra um resumo da história peruana desde a pré-história até a época atual, e como é de se esperar o maior foco é na era dos Incas e da “colonização” espanhola. Após isso fomos procurar uma agencia para fechar nossos passeios (mais detalhes vide dicas). Já agendamos para esse mesmo dia no período da tarde o City Tour. Este passeio leva aos principais sítios arqueológicos ao redor da cidade. Visitamos Qoriqancha, Sacsayhuaman, Qenqo, Tambomachay e Pukapukara. O destaque é Sacsayhuaman, um sítio arqueológico bem interessante. Na visita, após as explicações do local, a guia nos deu 30 minutos livres e sugeriu o seguinte: se quiséssemos uma foto panorâmica do local subisse o morro do lado esquerdo, ou se quisesse visitar os principais pontos do sítio subir morro a direita. Como eu sempre quero ir em todos os lugares fui nos dois, subi bem rápido as escadas, o que creio que foi a causa de uma dor de cabeça terrível que tive a noite, fui salvo pela Soroche Pills. Este tour é melhor maneira de conhecer todos esses lugares em meio período. A parte ruim fica por conta de tempo livre limitado em cada local, problema comum em Tours. Por volta das 18:30 estávamos de volta na cidade. Para quem tem pouco tempo na cidade é possível conciliar este tour com algum outro passeio, exemplo, Maras y Moray ou Vale der Sur. Dicas e infos: 1 - Boleto turístico: Certamente em Cusco você vai necessitar comprar o boleto turístico. O completo custa 130 soles e dá direito a entrada em 16 lugares com validade de 10 dias. Há versões de 70 soles com acesso a apenas alguns lugares e válido por menos tempo. Caso vá ficar pouco tempo na cidade vale a pena avaliar qual é mais viável. 2 - Todos os passeios em Cusco (exceto Machu Picchu) são bem baratos e tem dezenas de agências no local que oferece as mesmas opções. Então vale a pena deixar para fechar quando chegar lá, não há risco de ficar sem vagas. Antes de ir, seguindo dica do pessoal do www.uaivambora.com.br, conversei com a Luz da agência Surco Peru Adventure’s. Porém somente quando estava lá negociamos os valores e fechei todo o pacote passeios por um bom preço. A Luz nos prestou excelente atendimento, nos auxiliando com tudo que necessitamos antes e durante nossa viagem. Para quem se interessar o contato dela é o seguinte: +51 984848674 (WhatsApp). Dia 06 – Maras Y Moray. Seguindo a estratégia de fazer os passeios mais leves nos primeiros dias para uma boa alimentação, nesse dia fomos a Maras y Morais. Este tour sai da Plaza de Armas às 8:30 e aproximadamente às 15:00 já está de volta em Cusco. A primeira parada Tour é no povoado de Chinchero. Nesse local visitamos uma associação de moradores que produzem diversos produtos artesanais para comercialização, principalmente de tecelagem com lã de Alpaca. Uma pessoa faz apresentação mostrando como são feitos os principais produtos, utilizando técnicas da época dos Incas. O próximo destino é o sitio arqueológico de Moray, que segundo historiadores era um laboratório agrícola dos Incas. O sitio tem uma série de plataformas circulares que parecem anfiteatros. Como há uma diferença de temperatura em cada nível, os Incas poderiam fazer experimentos e definir os melhores locais para produção de cada tipo de plantação. Em seguida fomos a salineira de Maras. Esta salineira é composta por mais de 3000 poças para produção de sal utilizando a água de uma fonte da montanha que, segundo nosso guia, tem 7 vezes mais sal que a agua do mar. A Salineira é localizada numa grande ladeira e compõe uma paisagem espetacular. As poças são divididas por mais 300 famílias e é passada de geração em geração não podendo ser vendidas. Os métodos utilizados para produção do sal são totalmente artesanais. O lugar é único diferente de qualquer outra coisa que já que já tinha visto. Retornamos para Cusco as 15:00, almoçamos e visitamos o Museu de Koricancha e Museo de Arte Popular, ambos bem menores e mais simples que o visitado no dia anterior. Dicas e Infos: 1 – Neste Tour, leve algo para comer, pois o retorno é as 15:00 e não há parada para almoço. 2 – A entrada em Moray esta inclusa no boleto turísticos, porém em Maras é necessário pagar 10 soles. 3 – Vale a pena pegar lugar na janela no ônibus, pois no caminho há espetaculares paisagens das plantações com as montanhas nevadas ao fundo, principalmente nas proximidades de Maras. Dia 07 – Pisac: Nesse dia optamos por fazer o passeio por conta, sem Tour. Pisac é uma cidade nas proximidades de Cusco que fica a 2800 m de altitude, porém o sítio arqueológico de Pisac fica em uma montanha ao lado a 3400 m. Para nós, com exceção de Machu Picchu, este foi o mais lindo Sítio Arqueológico da região. De manhã, passamos um pequeno susto. Minha esposa acordou mal, muita falta de ar, tonturas, dor de cabeça e sangramento pelo nariz. Eu já estava ligando para o seguro para encontrar o hospital mais próximo, mas uma funcionária do hostel procurou nos aclamar afirmando que tudo aquilo era apenas efeito do soroche. Decidimos ir para o passeio e observar até a tarde para avaliar a necessidade de ir em um hospital. Ela estava certa, minha esposa foi melhorando no decorrer do dia, e se tivéssemos ido ao hospital teria grandes chances de estragar o restante da viagem. Seguimos com a programação do dia, do nosso Hostel caminhamos pouco mais de meia hora até o ponto onde saem as vans para Pisac, que fica a 35 km de Cusco. Chegando na cidade pegamos um táxi para o sítio arqueológico as 11:30 já estávamos na portaria do mesmo. O taxista já queria combinar o horário para nos buscar, preferimos não combinar para ficar com tempo livre no local, e foi a melhor escolha possível. O sítio arqueológico de Pisac é muito grande e os tours visitam apenas uma pequena parte dele, onde estão os principais monumentos. Porém partindo dessa parte há uma trilha que segue pela crista da montanha até o final do sítio arqueológico. A trilha a conta com várias sobe e desce, normalmente por escadarias bem rusticas, então deve estar minimamente preparado fisicamente. Mas fazendo devagar é tranquilo, e as paradas são obrigatórias pois sempre há uma paisagem maravilhosa, com vistas do Vale Sagrado, escadas incas, tuneis, etc. Quase no final da trilha você se depara com o Templo do Sol, para mim a parte mais linda do sítio. Até aí já havíamos caminhado por mais 3 horas, com as idas e vindas e vários pontos, e teríamos que retornar a entrada do parque para chamar o táxi e voltar para a cidade. Porém sabíamos que havia uma trilha que descia pela montanha até a cidade, então perguntamos para um guia no local qual o tempo para chegar na cidade por essa trilha, o qual nos informou que era cerca de 40 minutos. Não restou dúvidas seguimos pela trilha. Lógico que gastamos bem mais de 40 minutos pois além do cansaço a cada a poucos metros parávamos para tirar lindas fotos. A Trilha desce a montanha em meio a mais ruínas e lindas vistas das montanhas. Chegamos na cidade de Pisac por volta das 17:00 horas. Almoçamos e pegamos a van de volta Cusco. Foi um dia espetacular e foi uma excelente escolha ir por conta deste lugar. Dicas e infos: 1 – A van de Cusco a Pisac custa 4 soles, e o ponto de saída fica a cerca de 15/20 minutos da Plaza de Armas. Se preferir ir de Uber/táxi pagará no máximo 5 soles. 2 – De Pisac ao sitio dá para subir pela trilha ou de táxi, porem subir e descer pela montanha pode ser bem cansativo. Se for para escolher apenas um trecho melhor subir de táxi e descer pela montanha. O táxi lá é bem caro, 30 soles, uma sugestão para economizar é esperar alguém para dividir. Dia 08 – Laguna Humantay Este era realmente nosso primeiro desafio físico da viagem. Subir até a Laguna com altitude superior a 4200 metros, pela trilha com aproximadamente 7 km (ida e volta), sendo destes, uns 2 km em subida bem íngreme. Esta lagoa fica aos pés do Nevado de Salkantay, e está no início da famosa trilha de Salkantay que leva até Machu Picchu. A lagoa é formada pelo desgelo desta montanha, e tem águas cristalinas com tons azulados e esverdeados (dependendo do sol) e suas águas espelham o nevado atrás, formando uma paisagem surreal. Primeiro vamos falar do passeio. Pagamos 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço, e mais 10 soles de taxa de entrada na Laguna. Valor muito baixo pelo que é oferecido. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã é simples, porém muito bom. Depois seguimos por pouco mais de uma hora em estrada de terra e muitas curvas. Em torno das 09:00 chegamos ao ponto inicial da caminhada. Os primeiros 1,5 km são por uma estrada praticamente plana. Após este trecho começa realmente a subida. Há a opção de alugar cavalos para subir, para nós esta não era uma opção, pois tínhamos nos preparados muitos para estes desafios. Fomos subindo em nosso ritmo, devagar e sempre. Na trilha você não verá ninguém com expressão tranquila, exceto os locais, a altitude realmente pega todos. Compramos uma lata de oxigênio (vide dicas) por precaução, pois minha esposa tem bronquite. Não sei se foi devido a estarmos com o oxigênio, mas um menino que aluga os cavalos nos seguiu até mais da metade da trilha, ele acreditava que iriamos desistir, se deu mal. Apesar de cada grupo ter um guia, cada pessoa sobe no seu ritmo, então durante a trilha é por conta própria. Uma ressalva especial a nosso guia deste dia, o nome era Denis, e o cara era sensacional, muito simpático e sempre motivando a todos para conseguir. Após pouco menos de 2 horas do início da caminhada chegamos a Laguna, e neste momento qualquer cansaço simplesmente desaparece. Não queríamos perder nenhum segundo daquela vista surreal. Tínhamos 40 minutos de tempo lá em cima, mas ficamos por mais de uma hora, foi difícil o guia conseguir tirar todos daquele lugar. Durante a subida o tempo estava totalmente encoberto, imaginamos não íamos pegar sol na Laguna. Porem quando chegamos o tempo abriu parcialmente permitindo aproveitarmos os efeitos de cores da agua com o reflexo do sol. Assim que saímos o tempo fechou novamente, “Valeu São Pedro”. Em seguida descemos até as vans, e voltamos ao mesmo local do café da manhã para almoçarmos. Chegamos de volta em Cusco por volta das 18:30 da tarde. Dicas e infos: 1 – Procure não fazer este passeio nos primeiros dias de estadia em Cusco, faça boa aclimatação antes. Se se sentir melhor, leve uma lata de oxigênio que vendem em farmácias em Cusco. Para comprar o oxigênio, va a um apequena farmácia na calle Zetas, depois do templo de Qorinkancha, é a metade dos preços das farmácias mais próximas da Plaza de Armas. 2 – Leve água, 1 litro por pessoa é suficiente, e alimentos energéticos (chocolates, doces, etc.). Dia 09 – Viagem de Cusco a Aguas Calientes. Para visitar a Machu Picchu é necessário ir até Aguas Calientes, que é uma cidade criada apenas devido ao turismo neste local. Porém como não há estradas, o acesso a este local é somente por trem ou a pé. Sendo assim para fazer o percurso de Cusco a Aguas Calientes, se resume a 03 opções; -Trem, opção fácil, porém muito cara; -Trilhas, (cerca de 05 dias), opção também cara e necessário reserva com muita antecedência; -Van/caminhada, opção barata e com aventura. Quando inicie a pesquisa me assustei com os preços dos trens, que cobravam em torno de 70 dólares por trecho, cerca de 2 horas de viagem. Pesquisando outras opções encontrei as opções de van, que cobram em torno de 35 soles por trecho. Também recebi excelentes dicas do pessoal do blog www.uaivambora.com.br a respeito desta opção de transporte. No final de contas encontrei uma passagem promocional para o dia da volta de trem por 44 dólares, e para poder ganhar um dia no roteiro, visto que a opção da van toma praticamente um dia, optei por ir de van e voltar de trem. A van nos pegou no hostel as 07:30 da manhã, e saímos de Cusco umas 08:30, daí fomos até Ollantaytambo onde faz uma parada de uns 20 minutos para quem necessitar comprar algo ou comer. Neste momento estava tempo ruim e começou a chover, nos deixando um pouco preocupados, afinal teríamos que caminhar 15 km, o que com chuva poderia ser bem mais difícil. A partir deste ponto realmente começa a aventura, o próximo trecho é uma subida que parte de 2.800 até 4.400 metros em cerca de 40 KMs, (nem precisa dizer que é só curvas, né). Porém a paisagem na parte alta da montanha é muito bela, vale a pena pegar lugar na janela nesta viagem. Após isto desce pela montanha até nível de pouco mais de 1.000 metros, com mais curvas ainda, e mais paisagens lindas. Esta é a parte tranquila da viagem, porque após o vilarejo de Santa Maria, o caminho segue por estrada de terra estreita o tempo todo a beira de um precipício. O motorista da van vai buzinando nas curvas com o intuito de alertar caso venha algum carro na direção oposta. Este trecho tem por volta de 30 KM. Perto das 15:00, chegamos ao ponto final da Van, que é um restaurante que quem tinha o almoço incluso no translado iria almoçar. Próximo ao restaurante, uns 05 minutos de caminhada, tem uma cachoeira espetacular, bem alta, vale a pena ir. Neste momento a chuva havia parado (obrigado São Pedro 2), e já iniciamos nossa caminhada, pois estávamos preocupados em chegar antes de anoitecer. Chegando a estação de trem, vimos que muitas vans levavam os passageiros até lá, e no nosso caso já tínhamos caminhado quase 3 KM, incluindo a ida a cachoeira, por este motivo que nosso percurso deu 15 km, enquanto li vários relatos eram 12 km. Neste momento a fome apertou e percebemos que ir sem almoçar não seria boa ideia. Havia na estação alguns restaurantes bem simples, onde comemos um bom PF por 10 soles. A partir da estação deve caminhar por alguns metros na linha do trem e pega uma saída a direita com uma subida inclinada, mas com cerca de 300 metros apenas. Depois sai em nova linha de trem e segue pela mesma. A trilha não tem erro, é somente seguir a linha, e você nunca estará sozinho, muita gente faz este percurso. Chegando a Aguas Calientes, há uma saída a direita, caso chegue em um túnel, não atravesse, volte alguns metros porque você passou a saída. O percurso todo é entre montanhas muito íngremes de todo os lados, observando a geografia do local fica fácil perceber que os Incas queriam realmente esconder Machu Picchu. O trecho todo é quase plano, tranquilo de fazer. O que nos cansou no final da trilha foi o peso da mochila, pois por mais que reduzimos, iriamos passar 02 noites, como a previsão do tempo estava ruim tivemos que levar roupas para frio, e para caminhar mais de 03 horas cada quilo conta muito no final. O final da trilha foi a noite, mas como havia várias pessoas caminhando foi tranquilo. Chegando na cidade já compramos passagem do ônibus a Machu Picchu para próximo dia e fomos direto ao hostel para descansar, estávamos exaustos. Resumindo valeu muito a pena escolher esta opção. Para quem curte aventuras e considera que o percurso faz parte do passeio, esta com certeza será a melhor opção, e não é somente pela economia. As paisagens do percurso do trem são bonitas, mas nem se comparam com o percurso da van/trilha, e podemos afirmar isto, pois utilizamos as 2 opções. Dicas e infos: 1 – Leve alguns alimentos, pois somente poderá almoçar quando chegar ao ponto final da van, cerca de 15:00. 2 – Caso goste de emoção, sente na janela do lado esquerdo van, ficara no lado do precipício na última etapa do caminho, foi minha opção; 3 – Reforçando, leve o mínimo de peso possível na mochila para facilitar na trilha. Dia 10 – Machu Pichu Eis que chega um dos 2 dias mais esperados da viagem, (o outro é o da Rainbown Montain), a visita a Machu Picchu, uma das 7 maravilhas do mundo. Havíamos comprado trem para voltar até Ollantaytambo neste mesmo dia a noite, mas 2 dias antes ficamos sabendo de uma paralização geral que ocorreria na região neste dia e iria fechar todas as ferrovias e rodovias. Fomos até a Inca Rail e troquei as passagens para o próximo dia pela manhã, sendo então necessário passar 2 noites em Aguas Calientes. Este fato acabou sendo até melhor devido ao cansaço do dia. De acordo com informações de pessoas que conhecemos na viagem, os dois dias anteriores foram só chuva e nuvens em Machu Picchu, e a previsão para nosso dia era ainda mais chuva. A noite sonhei algumas vezes com as condições climáticas do dia, tamanha era a ansiedade. Quando acordamos a primeira coisa que ouvimos foi o barulho da chuva. Porém “para nossa alegria”, ao abrir a janela vimos que o barulho era das quedas das corredeiras do rio que corta Aguas Calientes. Apesar de nublado não chovia. Para ir de Aguas Calientes a Machu Picchu há 2 opções: - Ônibus: 20 minutos, pelo “precinho” de 12 dólares o trecho. - Trilha: Em torno de 3 km, sendo que 1,5 km é subida forte, praticamente toda em uma escadaria de pedras. Optamos por subir de ônibus, pois queríamos estar bem fisicamente para aproveitar o máximo, e a volta decidiríamos na hora. Uma pausa no relato para um breve resumo das regras de visitação do sitio: As entradas são com hora marcada, estando lá dentro ninguém ira controlar seu horário de saída, porém você deve manter o percurso sempre no sentido indicado, ou seja, há segurança em alguns pontos, os quais não permitem que ninguém retorne. Há opção de comprar ao ingresso somente para o sítio, ou incluir uma das 02 montanhas, Wayna Picchu ou Machu Picchu, as quais também tem hora marcada para subir, e no caso de quem for subir a montanha tem o direito de entrar 02 vezes no sítio. No nosso caso eu iria subir a Wayna Picchu e minha esposa não, então estávamos meio perdidos para definir a logística do passeio. Nossa entrada era as 08:00 e eu teria que subir a montanha as 10:00. Quando chegamos no hostel na véspera, a pessoa que nos atendeu já se ofereceu para auxiliar com o passeio e nos deu excelente sugestões. Sugeriu que entrássemos juntos e fossemos até um local chamado a casa do guardião, onde se tira as melhores fotos panorâmicas, e de lá eu fosse direto para a montanha, enquanto eu estivesse na Wayna Picchu minha esposa visitaria a ponte Inca ou porta do sol, e quando descesse já saísse direto entrasse novamente no sitio e encontraria minha esposa no mesmo lugar onde separamos e seguiríamos com a visita. Um pouco confuso, né? Também achamos quando recebemos a explicação, mas fizemos desta forma e foi perfeito. Entramos no sítio umas 8:30, ficamos juntos na primeira parte até 9 e pouco, e eu segui para a montanha. A subida da Wayna Picchu é por uma escadaria da época Inca, bem inclinada e estreita, e sempre a beira do precipício. E é o mesmo caminho para quem sobe e quem desce, então ao cruzar com pessoas, é necessário parar em algum ponto com mais espaço e esperar passar. Mas subindo com calma e usando sempre o bom senso pode ir tranquilamente. As 9:40 já liberaram o acesso do grupo das 10:00, e como eu já estava na entrada da montanha fui o primeiro a subir. A partir do meio da subida começa e ter excelentes vistas de Machu Picchu. Quando cheguei ao topo da montanha, contrariando todas as previsões climáticas, não havia mais nem nuvens, tempo lindo, e como o local estava vazio pois eu fui o primeiro a subir, então foi possível tirar excelentes fotos. No topo tem muito pouco espaço, então caso tenha muita gente creio que fica bem complicado, porém se isto ocorrer não se preocupe, a vista um pouco para baixo do topo é igual ou ainda melhor. Subi e desci num bom ritmo e fiz tudo com 1:40. Após descer me dirigi direto para a saída, fechei com uma guia para termos todas as explicações do sitio, pagamos 30 soles por pessoa em um grupo de 4 pessoas. Entrei novamente no sitio, encontramos minha esposa no local combinado, e fizemos o tour completo. O sitio arqueológico de Machu Picchu realmente é fantástico, não dá para chamar de ruinas, porque devido ao mesmo não ter sido encontrado pelos espanhóis, as construções estão em perfeitas condições. Seguimos no tour, e quando chegamos próximo a última parte do sítio, a guia nos perguntou se já iriamos sair ou queríamos permanecer mais tempo no local, pois se quisemos sair seguiríamos com ela na parte final e sairíamos, e caso quisemos ficar mais, ela daria ali as explicações da última parte e ficaríamos livres naquela região o quanto quiséssemos, pois se seguimos mais passaríamos por um dos pontos que ficam os seguranças e não pode retornar. Optamos pela segunda opção, e ficamos mais um bom tempo nesta parte do sítio, curtindo o lugar e tirando fotos com as llamas. Falando das llamas, estas são uma atração à parte em Machu Picchu estão espalhadas por todo o sitio, e realmente é fácil entender porque tem tantas fotos legais com llamas, realmente parece que o bicho faz pose para as câmeras. Muito legal a interação com elas. Após isto visitamos parte faltante do sitio com bastante calma e saímos. Outro ponto que demos sorte também, foi que devido paralisação citada no início do texto, Machu Picchu estava bem mais vazio que o normal para a época do ano. Saímos do sítio próximo das 16:00. A decisão da volta, como já era esperado, foi pela trilha. Logo ao iniciarmos a descido começou a chover, São Pedro foi realmente muito generoso conosco mais uma vez. Gastamos pouco mais de uma hora do sitio até o hostel, caminhando tranquilamente. Ao chegar confirmamos como realmente foi melhor a mudança do dia do trem, pois como estava ante teríamos que esperar até as 21:00 cansados e sem banho para pegar o trem e chegar as 23:00 em Ollantaytambo. Foi um dia mágico Machu Picchu correspondeu a nossas expectativas, fazendo jus a ser uma das 7 maravilhas do mundo. Dicas e infos: 1 – Compre ingressos para Machu Picchu com antecedência, pois o número de visitantes é limitado. Se for subir na Wayna Picchu, compre com muita antecedência. Eu comprei com 3 meses de antecedência. Um mês depois minha esposa mudou de ideia e queira ir na montanha também, verificamos e não tinha mais ingressos. Dia 11 – Ollantaytambo Neste dia, como tivemos que dormir mais uma noite em Águas Calientes, acordamos cedo, descansados, tomamos o café e pegamos o trem as 08:00 para Ollantaytambo. A viagem de trem durou cerca de 1:40, a linha acompanha o rio Urubamba. As paisagens durante o percurso são bonitas, mas como citado anteriormente nem se comparam com o caminho da opção de van/caminhada. Chegamos na estação guardamos as malas, as empresas de trem têm serviços de armazenamento de bagagem grátis para cliente, e já fomos para o Sitio Arqueológico de Ollantaytambo. Fizemos a visita sem guia e no nosso ritmo. Este sitio também é muito bonito, a maioria das pessoas o considerem o mais belo depois de Machu Picchu, mas para nós Pisac esta na frente, desde que faça a visita completa no mesmo. Em Ollantaytambo fizemos o segundo maior circuito, que passa em praticamente todo o sitio. Na parte da manhã o local fica bem mais vazio, pois os tours normalmente chegam no período da tarde, o que proporcionou ainda mais tranquilidade na visita. Com 2 horas é possível visitar todo o local sem pressa. Mesmo com vários pontos importantes para se conhecer no sítio; como o templo do sol, o rosto na montanha, etc; o que mais me encantou foi uma charmosa casinha encravada na parede da montanha, que aparece na foto a seguir (porque? Será que já morei lá? rs). Saímos do Sitio em torno de 13:30 e fomos para o centro da cidade almoçar, onde comemos o melhor aji de galiña da viagem. Ollantaytambo é uma cidadezinha muito aconchegante, te faz realmente sentir alguns séculos atrás no tempo. Afinal a cidade nunca ficou inabitada, desde a época inca, e dentro da cidade ainda há varias restos de construções incas. As ruas da cidade estão cheias dos famosos tuk-tuk , e é claro que não iriamos perder a oportunidade de andar em um destes charmosos carrinhos. Da praça central, por 4 soles, pegamos um Tuk-tuk táxi até a estação para pegar nossa mala e a van para Cusco. As vans para Cusco saem da estação de trem de acordo com que forem lotando, o preço não lembro exato, mas é em torno de 10 soles. Por volta das 18:00 já estávamos em Cusco. Dia 12 – Rainbown Montain / Montaña de las 7 colores Este era o segundo dos dias mais esperados da viagem. Os motivos para isto eram a paisagem única do local e o desafio de fazer a trilha, chegando a 5.200 metros de altitude. Havíamos nos preparado bem para isto, desde da parte do condicionamento físico no Brasil, como também da aclimatação nos dias anteriores. Mas ainda estávamos preocupados, ainda mais pelo fato de minha esposa ter bronquite, o que neste nível de altitude podia aumentar as dificuldades. A Rainbow Montain é uma montanha formada por várias faixas coloridas que parecem ter sido pintadas a mão. O turismo no local se iniciou recentemente, segundo os locais a mesma antes permanecia quase o tempo todo coberto de neve. Interessante que esta montanha era para ter sido destruída, uma empresa de mineração canadense iria explorar o local, porém os locais perceberam o potencial turístico da mesma e com muita luta/protesto conseguiram vencer a batalha, em 2018 a empresa abdicou da exploração de minério no local. Segue um site caso queiram conhecer um pouco mais da história desta atração: https://www.bbc.com/portuguese/geral-44620957. Para chegar até a montanha é necessária fazer uma trilha de pouco mais de 3 km (só ida), você irá encontrar vários relatos que dizer ser 7/8 km, mas recentemente mudaram o ponto final dos transportes o que facilitou a o acesso diminuindo a distância. Há também a opção de visitar o Vale Rojo (Vale vermelho), o que desvia a trilha na volta aumentando o tempo em uns 40 minutos. Porém o grande problema são os mais de 5.000 metros de altitude, é normal no caminho encontrar pessoas passando mal e desistindo. Outro ponto também é a temperatura, na época que fomos, segundo o guia varia entre -5 a -10 ºC. Então deve ir muito bem agasalhado. Referente ao passeio, o mesmo é muito similar ao da Laguna Humantay, pagamos também 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço e mais 10 soles de taxa de entrada. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã. Depois seguimos por mais uma hora e pouco em estrada de terra e já com lindas paisagens dos campos a beira das montanhas com seus rebanhos de llamas Aqui também é necessário contar com a sorte, pois muitos dias a montanha fica coberta de neve impedindo logicamente que você veja o efeito de cores, e isto havia acontecido na véspera. E novamente São Pedro estava do nosso lado, fez um dia lindo e sem neve. Iniciamos a caminhada por volta da 09:00 da manhã. A paisagem durante todo o percurso é fantástica. Assim como na Laguna, há cavalo para locação, e como para nós o desafio é sempre parte do passeio, era opção era totalmente desconsiderada. A subida começa tranquila e vai ficando mais íngreme quando mais próxima do final. Na parte final a paisagem já começa a ficar colorida. Ao finalizar a última subida você chega bem no pé da montanha colorida, que estará a sua direita, e a esquerda há outra subida, formando um V com a montanha, que chamam de mirante. Muita gente se contenta de chegar no pé do mirante e devido ao cansaço não sobe. Recomendo que se tiver condições, vá até o topo do mirante, pois quanto mais sobe mais vivas ficam as cores da montanha. Além disto a Rainbown Mountain é só uma parte da extraordinária paisagem. Há o Nevado de Aunsgate, lindos vales de ambos os lados, e a Raiwnbow Montain com o Vale Rojo ao fundo, ou seja, é 360º de maravilhas. Quando chegamos ao topo foi um sentimento indescritível, um mix de alegria, admiração com a paisagem e sentimento de superação por termos chego ali. E alias chegamos muito bem fisicamente. Depois de admirar o local, decidíamos que iriamos também ao Vale Rojo. Encontramos nosso guia lá em cima, e dissemos que iríamos ao Vale Rojo, o mesmo não gostou muito, pois disse que ninguém do grupo iria e poderia atrasar o retorno. Afirmamos que estávamos bem e conseguiríamos cumprir o horário, e então partimos para lá. Descendo o primeiro morro abaixo da montanha, pega a esquerda e segue por outra subida. No meio do caminho descobrimos que teríamos que pagar mais 10 soles, o que não era nenhum problema. O interessante é que não tem nenhuma portaria, ou qualquer estrutura, somente 02 pessoas no meio do nada que recebe das pessoas na trilha. No final da subida, chega-se a um mirante com vista para o vale praticamente todo vermelho, mais uma linda paisagem. Após curtir o local tivemos que descer praticamente correndo para não atrasar o tour, e chegamos no ônibus em cima da hora. Em seguida retornamos, paramos para o almoço e chegamos em Cusco perto das 18:00. Dicas e infos: 1 – Va bem agasalhado, com roupas apropriadas para trilha. 2 – Leve alimentos para repor energia (chocolate é uma ótima opção) e agua. 3 – Suba no seu ritmo, sem se apressar. Dia 13 – Valle del Sur Nosso último dia em Cusco, nosso voo sairia as 19:00. Tínhamos planejado deixar este dia para curtir a cidade, comprar algo, etc. Mas mudamos de ideia e resolvemos “aproveitar até a última gota”, falei com a agencia se teriam algum tour que retornasse antes das 15:00. Me indicaram Valle del Sur. O passeio é aquele mesmo estilão dos tours “padrão”, micronibus, guia dando explicações no ônibus, tempo limitado, etc. O passeio se iniciou quase 09:00, depois de uma certa confusão para identificarmos nosso grupo, e fomos visitar os seguintes lugares: -Tipón: É mais um sitio arqueológico Inca, que tem várias terrassas, e um complexo sistema de irrigação ainda em funcionamento até hoje. O Lugar é mais simples e muito menor se comparamos com os sitios de Pisac ou Ollantaytambo, porém é bastante bonito. - Pikillaqta: É sitio arqueológico de uma civilização pré-inca chamada Wari, que viveram entre os séculos VI a IX. Então a arquitetura é bem diferente, e as construções também estão bem destruídas. O destaque é a organização urbanística da cidade, com ruas e avenidas perfeitamente alinhadas. Depois do sitio paramos em uma cidadezinha para provar um pão famoso por la, chamado “Chutas”, o interessante é que o guia disse que praticamente 100% das famílias da cidade sobrevive com a renda de fabricação e comercialização destes pães. -Andahuaylillas: A visita a esta cidade é especificamente para visitar a Igreja de São Pedro de Andahuaylillas. É uma igreja bem pequena e de fachada simples no exterior, porém devido a suas pinturas e decoração em ouro em todo o interior é conhecida como a Capela Sistina das Américas. A visita é rápida, pois a igreja é bem pequena. A entrada não esta inclusa no boleto turístico e custa 15 soles. Quem não quiser entrar na igreja há a opção de visitar um pequeno museu chamado Museu Ritos Andinos por 5 soles. Eu e minha esposa nos dividimos, eu fui na igreja e ela no museu. Na volta faz parada para almoço, não incluso no tour, em outro vilarejo que é especializado em chicharrones (carne de porco). Chegamos em Cusco as 15:00, tempo suficiente para tomarmos uma última Cusqueña (cerveja tradicional do Peru), pegar as malas no hostel e partir para o aeroporto. Resumo final: O Peru sempre esteve em minha lista dos lugares que eu queria conhecer, principalmente devido a Machupicchu. Porém este país superou muito nossas expectativas. Nos impressionou muito a riqueza cultural, histórica, natural e gastronômica do país. E também o país está investindo muito no turismo, é a receptividade dos locais com os turistas é ótima. Além disto se encontra preços ótimos para os passeios, alimentação e hospedagens, bem abaixo do praticado nas principais regiões turística brasileiras. Certamente irei retornar ao país, até mesmo porque ficou vários lugares que quero muito conhecer, como Huaraz, Puno e Arequipa. Espero que este relato possa auxiliar em algo quem estiver planejando ir para este fantástico país. Caso tenha qualquer dúvida fique à vontade para perguntar.
  7. Preciso chegar até Copacabana na Bolívia partindo de Cusco, no Perú. Achei uma empresa de transporte chamada Transzela, mas não sei se é confiável. O preço tá em conta. Alguém já teve alguma experiência com ela ou sabe outra forma de fazer esse trajeto?
  8. Olá mochileiros e mochileiras ! Tudo bem com vocês ? Como estão os planos para a(s) próxima(s) viagem(s) ? Estes próximos posts são para quem está almejando uma viagem ao Peru, e para quem ainda não tem isso em vista, após conhecer esse pedacinho de mundo bem do nosso ladinho, vai querer passar na frente na lista de destinos! Estou aqui para compartilhar um pouquinho dessa experiência incrível que tive o prazer de me proporcionar nesse ano de 2017. O intuito é te ajudar! Da mesma forma que sempre recebo muita ajuda por essa galera sensacional desse grupo! Seja bem vindos à minha viagem ao Peru, em 18 dias, por 8 cidades, sozinha, de mochila nas costas, coragem, mente e coração abertos! Como tudo começou: Como todo mundo que passa por aqui, sou uma garota que ama viagens e viajar! Fiz algumas viagens fora do país a passeio e a trabalho no ano de 2014. Nos anos seguintes, 2015 e 2016 minha vida foi só trabalho, não tive tempo para planejar viagens internacionais, acabei optando por conhecer cantos do nosso Brasil (AMO!). Porém, é sempre bom esse contato com culturas diferentes, lugares diferentes, pessoas diferentes, então, estava faltando algo em mim, eu precisava "sair por ai". Depois dessas viagens que fiz, dentro de mim tinha que a próxima seria aqui na América do Sul, então no final de 2016 comecei a ler muito sobre isso. Passei por aqui muitas vezes, li muitos relatos. A princípio, estava lendo sobre fazer Peru, Chile e Bolívia na mesma viagem. Porém, como não teria mais que 20 dias, estaria sozinha e por sempre ter mais lugares no Peru que eu desejava visitar, acabei optando por somente Peru. Dica: Relato do Rodrigo (@rodrigoalcure) ! Muito bom! Preparativos: Como eu já sabia que seria uma viagem estilo mochilão, desde final de 2016 já comecei fazendo a lista das coisas que precisava comprar. Veja! Toalha de microfibra (Dechatlon) Bota para trecking (Bota Finisterre Vento) Mochila cargueira (Quechua Escape 50 litros) Mochila de ataque (A mochila Escape já vem com a de ataque) Power Bank (Asus) Óculos de sol polarizado (Speedo Voley) Roupa segunda pele (Dechatlon) Meias para trecking (Dechatlon) Blusa fleece (Dechatlon) Casaco corta vento (Dechatlon) Câmera (Troquei de celular, fiquei com a câmera do Zenfone 3, Asus) Como podem ver, a maioria das coisas adquiri na Dechatlon! Lá tem tudo e com um ótimo custo benefício. Os outros itens fora da Dechatlon foram alvo de muita pesquisa, com isso, após o uso, indico todos! Abaixo, outros itens importantes que adicionei na minha lista de coisas para levar: Capa de chuva Kit primeiros socorros (Com remédios essenciais, band-aid) Adaptador de tomadas Zip Lock Lenço umedecido Protetor solar Kit para sono (protetor auricular, tapa olho, suporte para pescoço) Cadeado Doleira Pinça Linha/agulha Álcool em gel Tesoura Fora isso, o básico, que seriam as roupas de frio (seguindo o protocolo de 3 camadas), cachecol, luvas, toucas. Dicas: Leve repelente! Eu não levei, porém, em Machu Picchu você vai precisar! Leve um relógio, pulseira, algo que te forneça o horário e seja de fácil acesso o tempo todo. Manter a pontualidade é de extrema importância! Eu utilizei a minha smart band o tempo todo "colada" em meu braço. A mochila cargueira da Escape não foi suficiente, pois era muito pequena. Precisei comprar outra mochila durante a viagem. Como fazer caber tudo na mochila? Leve somente o que você vai utilizar! Como por exemplo, não precisa do pote inteiro de shampoo, separe e leve em um recipiente o suficiente para o período que vai passar lá. Evite itens em vidros, pois pesa muito na mochila. Duas semanas antes da viagem eu já comecei a separar as coisas que iria levar em um canto. Isso te ajuda a não esquecer nada! Roteiro: O roteiro foi fruto de muitas pesquisas! É a junção de todos os lugares que me fizeram querer aproveitar para explorar dessa vez somente o Peru! Passarei por 8 cidades peruanas. Olhem só: Passagens: Comecei a busca por passagens por volta de 2 meses antes. Acompanhei por um bom tempo o vem e vai de preços. Com a ajuda do Google Flights, consegui acompanhar as promoções e peguei um bom preço e nas datas que eu precisava. Dica: No Google Flights é possível você cadastrar as datas, voos e horários que você quer acompanhar e ele te envia e-mails de notificação quando o voo aumenta ou diminui de valor. Muito, muito útil! Depois que conheci, não usei outro buscador. Acredito que já dei umas boas dicas nessa intro As próximas, vou passando conforme relato os dias. Bora pro Peru, partiu! ...Continuação nos próximos posts Beijos! Tabata Instagram: @tatablita
  9. Olá mochileiros, vou fazer o mochilão Chile-Bolívia-Peru em janeiro. Vou começar visitando o deserto do Atacama, depois irei para Ayuni, aí gostaria de saber qual seria a melhor opção de deslocamento de Ayuni até Cusco (Machu picchu) sem ser um voo direto entre essas duas cidades, já que o preço é bem salgado KKK). Também vi na internet uma opção de deslocamento por meio de onibus que não sei se é seguro, alguém que já fez esse trajeto poderia me ajudar?
  10. Estou pretendendo sair do Acre para o Peru pela primeira vez agora em fevereiro/2024, gostaria de saber sobre o clima, chove muito (como aqui nas regiões amazônicas)? Vale a pena Cusco nessa época? Se alguém puder contribuir agradeço.
  11. Muitas pessoas tem me recomendado ir para Machu Picchu sem fechar pacote de trilha inca/trilha hidrelétrica (ainda não decidi qual fazer). Alguém aqui fechou os pacotes todos localmente? Me conta como foi a experiência please
  12. Eai, galera! Em setembro desse ano pretendo fazer minha primeira viagem internacional para o Peru e gostaria de indicações de agencias e guias (se possível brasileiros) para contratar quando estiver em Lima, Cusco e Ica. Aceito outras dicas de viagem também, pretendo passar 13 dias entre as 3 cidades, focando principalmente em Cusco onde quero fazer o máximo de passeios possíveis.
  13. Galera, estou indo ao Peru no final de agosto e gostaria muito de saber as formas de pagamento que mais estão valendo a pena no momento. Nos últimos dias vi pessoas levando reais, dólar, cartão de crédito. Estou confusa, gostaria de saber o melhor custo benefício. Valeu!
  14. Salve galera! Acabo de voltar de viagem e queria dividir um pouco da minha experiência nessa viagem incrível com vocês. Ficamos 3 dias em Lima e 9 dias em Cusco e região. A viagem foi feita entre 27 de junho e 9 de julho. Viajamos em dois casais, o que ajudou na redução de custos em hospedagem e transporte. Dia 1 - Lima: Voamos Guarulhos--Lima pela Latam, chegando a Lima as 11 da manhã. Pegamos um táxi da taxi green, no desembarque do aeroporto, que cobrou 80 soles por uma van até Miraflores. Como estávamos em 4 pessoas, saiu um bom preço. Demoramos cerca de 40 minutos para chegar, o trânsito no Peru é uma loucura, especialmente em Lima. Nos hospedamos no Trendy Host Canvas, em um apartamento de três quartos que saiu cerca de 120 reais a diária por casal(já que estávamos em 2 casais). Ele fica na avenida Pardo, movimentada e barulhenta. Acredito que quanto mais perto do Shopping Larcomar, melhor a localização da hospedagem, os arredores da avenida Larco são bem interessantes. De qualquer forma, o apartamento era bom e tinha supermercado a duas quadras. Almoçamos no Mercado de Surquillo, ao qual fomos de uber, mas poderíamos ter ido a pé. O Uber foi a forma que escolhemos pra nos locomover por lá, como estávamos em dois casais, ficou mais barato que o metropolitano, o ônibus mais turístico deles, que tem um corredor próprio e leva a alguns pontos turísticos. No Mercado de Surquillo almoçamos no El Cevichano, comemos causa(rocambole de batata recheado de peixe), ceviche e chicharron(peixe, lula e camarão empanados fritos) por 36 soles o casal, mais 10 soles a cerveja Cusquenha grande. Excelente escolha. No mercado dá pra provar frutas típicas, comprar petiscos como maiz e camote chips(milho e batata doce típica cor de abóbora), entre outros. Depois fomos caminhando até o Malecón, onde visitamos o Faro de la Marina e o Parque del Amor, lugares lindos e fotogênicos debruçados na falésia de frente ao Pacífico. No Parque del Amor á uma escadaria para descer até a beira-mar, o que fizemso, pois a ideia era alugar prancha e roupa para surfar(ja que surfamos em nossa cidade, Ubatuba), mas o frio deu uma desanimada. Venta bastante em Lima e nessa e´poca do ano o tempo é completamente nublado. Mas não chove. Voltamos de Uber, passamos no mercado, compramos coisas para lance e café da manhã e fomos assistir o jogo Brasil e Paraguai da Copa América no apartamento. Dia 2 - Lima: Fomos ao Centro Histórico, de Uber, uns 40 minutos. Caminhamos e fotografamos a Plaza de Armas, Catedral de Lima, não entramos, vimos a troca de guarda. Caminhamos um pouco pelo lindo Centro Histórico, passamos pela casa de literatura peruana e fomos visitar o museu e catacumbas do convento de São Francisco. A visita foi bem legal, custa 15 soles. Havia uma fila enorme na igreja anexa, era dia de um santo de causas impossíveis de quem os peruanos são devotos e eles estavam lá esperando para poder tocar o santo. Almoçamos um menu, almoço típico oferecido nos restaurantes do Peru, que costuma vir com entrada, prato principal e bebida, no centro por 15 soles, com salada, talharim verde (com pesto, bem comum por la), com lomo saltado e suco de pina (abacaxi). De la fomos de uber para o Parque de la Reserva, 10 minutos, um parque com um circuito de 14 fontes algumas interativas e que se iluminam a noite e dão um show. Programa imperdível em Lima, entrada 4 soles. A partir das 19h a fonte principal apresenta projeções holográficas da cultura peruana. De la, uber para o apartamento. Dia 3 - Lima: Fomos ao Museu Larco, de Uber, uns 25 minutos. O museu é incrível, com peças da cerâmica, tecelagem, ouro e prata dos povos pré--incas, incas, entre outros. Há uma sala separada com arte erótica da época. Entrada 30 soles, professora, como eu, paga meia, basta apresentar holerite. De la pegamos Uber e fomos até a praia de La Herradura, que tínamos visto em vídeos em dia de onda e queríamos conhecer. Não tinha onda no dia e achamos o lugar bem abandonado. Seguimos no uber até o bairro mais legal de Lima, Barranco. Almoçamos no Juanito de Barranco, um bar frequentado pela galera local, onde assistimos a partida Peru e Uruguai, vencida nos pênaltis pelos peruanos. Comemos ceviche e chicharron, uns 35 soles por casal e tomei dois chilcanos, um drink parecido com caipirinha feito com Pisco, 7 soles cada. Chopp caneca a 10 soles. De la, caminhamos pelas ruas do bairro, que tem vistas pro Pacífico, muitos muros grafitados, uma pracinha com igreja e biblioteca, como no interior. De lá descemos na beiramar e fomos caminhando até a próxima escadaria, a que já tínhamos descido no parque del amor, w subimos para ir até o Shopping Larcomar, um shopping a céu aberto com vários restaurantes e lojas caras, mas onde a galera se reúne. Comemos uma sobremesa no restaurante Tanta, um suspiro limenho maravilhoso, 12 soles. De lá caminhamos até o apartamento. Lima é uma cidade segura para o turista, bonita, barata, com vistas incríveis e uma comida sensacional. Vale a pena dar uma chegada antes de subir para os Andes. Uma informação IMPORTANTE que não costuma aparecer nos blogs de viagem é que se você for para Cusco pela latam (ou antiga avianca) e quiser passar uns dias em Lima, já que os voo fazem escala lá, você terá que pagar uma taxa absurda, em torno de 500 reais, no momento do embarque para Cusco. Essa cobrança é só para estrangeiros, para peruanos não há cobrança. Se for só uma conexão, e você não sair do aeroporto, não há essa cobrança. Liguei na latam e eles confirmaram a cobrança, mas a informação não consta no site. Quando descobrimos isso, compramos a passagem Guarulhos-Lima e Cusco-Guarulhhos e o trecho Lima-Cusco compramos pela Peruvian, uma empresa low cost peruana, que tinha muitas críticas no trip advisor, mas nos atendeu perfeitamente. Não houve atraso, avião ok, check in online, embarque organizado, podem voar tranquilamente. Dia 4 - Cusco: Nosso voo era as 9:30h da manhã, tudo certo no embarque, chegamos em Cusco já por volta das 11h. Pegamos um taxi por 40 soles (20 soles por casal) para a pousada, que ficava bem perto da Plaza de Armas, o Nao Victoria Hostel. Pousada linda, bom atendimento, café da manhã ótimo para os padróes peruanos, com quartos privados e coletivos. Chegamos, fizemos check in, fomos almoçar algo beeem leve, uma sopa no Chia vegan kitchen, deliciosa sopa andina. Gastamos uns 45 soles em duas sopas, um refri e uma limonada. A ideia nesse dia era comer leve e descansar e foi só o que fizemos. IMPORTANTE SORROCHE: o mal de altitude acomete a todos, uns mais, outros menos, mas todos sentirão tontura, enjoo, falta de apetite, dor de cabeça, falta de ar, taquicardia. É importante comer leve e descansar bastante no dia que chegar, e nos próximos dias ir fazendo as atividades em um crescente, você vai sentindo que seu corpo vai se acostumando e os efeitos vão sendo mais leves. Antes de sair de Lima, no aeroporto, começamos a tomar as Sorroche Pills, compradas em Lima, composto de cafeína, ácido acetilsalicílico entre outros, que ajuda a diminuir os efeitos. Tomamos por 3 dias, de 8 em 8 horas...sem bebidas alcoólicas nesses dias. Chá de coca e chá de munha, uma outra erva andina, ajudam muito, são super digestivas, eu só evitava tomar a coca a noite. Nos passeios, mascar a coca ajuda muito no combate a dor de cabeça. E a água florida, uma outra medicina andina, os guias espirram na sua mão e você inala, abre os pulmões na hora e ajuda muito na falta de ar. Nos passeios mais pesados, certifique-se que o guia tenha um cilindro de oxigênio para uma necessidade. Dia 5 - Cusco: Dia livre para caminhar pela cidade sem compromisso, trocar dinheiro e comprar o boleto turístico (ambos na avenida El Sol, perto da Plaza de Armas), curtir a Plaza de Armas, ver o Qorikancha (não entramos), o Mercado de São Pedro, respeitando a aclimatação. Almoçamos no Antojitos, menu a 14 soles com salada, sopa, prato principal e chicha morada, suco típico feito com o milho roxo, deliciosoo. O prato é enorme, saboroso, e dá pra duas pessoas sob efeito do sorroche rs. Jantamos em uma pizzaria do lado do hostel, pizza para dois e uma jarra de limonada por 25 soles. Dia 6 - Cusco: Para economizarmos um pouco e comprarmos o boleto turístico parcial, ao invés do geral, invertemos nossa programação. Faríamos nesse dia maras e moray, mas acabamos fazendo Palccoyo. Pra quem não sabe, Palccoyo é uma montanha colorida alternativa à mais famosa Vinicunca, que também é mais cheia e com trilha mais pesada. São 4 hhoras de van, saindo as 7 da manhã, passando pelo povoado de Checacupe, com uma ponte inca e linda vista. Em Palccoyo, chegamos de van até 4200 metros, então já fomos sentindo o efeito do sorroche ainda na van, o que foi sendo amenizado pela coca e água florida. A caminhada é curta, fizemos o circuito todo em duas horas, o que incluiu subir ao mirante mais alto e em seguida a um bosque de pedras, chegando a 5000 metros de altitude. O lugar é incrível, se vêem várias montanhas coloridas, o valle rojo e as pedras. Na descida, senti bastante dor de cabeça, que me acompanhou até a volta a Cusco. O passeio incluía um almoço, que foi bem fraco. Valor do tour: 35 dólares. Chegamos de volta a Cusco as 18h, e jantamos novamente na pizzaria do dia anterior. E lá assistimos Brasil e Argentina!! Dia 7 - Cusco: Saímos as 9h para o passeio de Maras e Moray. Primeira parada foi um centro artesanal em Chinchero, onde uma peruana super simpática deu explicações e demonstrou um pouco sobre a lavagem, fiação e tingimento das lãs. Linda apresentação. Lá se podia comprar artesanatos um pouco mais exclusivos e ver lhamas e alpacas. De la fomos a Moray, sítio arqueológico com terraços agrícolas em formato circular. A visita foi bem rápida. De la para uma loja onde havia para vender sal de maras e a água florida, entre outros produtos típicos. De lá fomos a Salineira de Maras, passeio contemplativo das poças de sal a partir dos mirantes, não se pode mais andar entre as piscinas. Mesmo assim vale a pena. Valor do tour: 10 dólares mais a entrada das salineiras que foi 10 soles. A entrada de Moray está inclusa no boleto turístico, como compramos o parcial foi 70 soles. Chegamos de volta umas 15h, almoçamos no Chauka, menu por 15 soles com entrada, sopa e prato principal, este para uma pessoa só. Demos uma descansada e fomos assisitir o jogo Peru e Chile, semifinal, em um bar cheio de peruanos e gringos, como nós, torcendo para o Peru. O bar estava lotado mas tinha TVs que davam pra calçada, e foi lá que assistimos. Cusquenhha longg neck por 3,70 soles no mercado Gato, bem em frente. Jantamos depois do jogo em uma hamburgueria em San Blas, não anotei o nome. Dia 8 - Cusco-Ollantaytambo: Saímos as 8h para o tour do Vale Sagrado. Valor: 20 dólares, entradas inclusas no boleto turístico. Pegamos um guia ótimo, Eri, que fez a galera bater palma. Inicialmente passamos em um povoado para compras de artesanato, em seguida paramos em um mirante com vista linda para as plantações de milho do Vale, e enfim fomos a Pisac. Na cidade, paramos em uma fábrica de prata, onde vimos explicação e demonstração. Infelizmente meu tour não foi ao mercado de Pisac. De lá fomos ao sítio arqueológico. O tour incluía um almoço típico em um restaurante em Urubamba, boa comida. De lá seguimos para Ollantaytambo para visitar o incrível sítio arqueológico, onde ficamos até o fim do dia. Deixamos o grupo e ficamos em Ollanta para dormir e no dia seguinte seguir para Águas Calientes. Que ótima escolha! A cidade é linda, pequenininha, 10 mil habitantes, toda de pedra. Nos hospedamos na Inka Wasi hostal, pagamos 100 reais com café da manhã. Jantamos no Chuspa, uma pizza pra dois com uma taça de vinho por 30 soles, boa escolha. Dia 9 - Ollantaytambo-Águas Calientes: Tínhamos a manhã livre e fomos visitar o sítio arqueológico de Pinkuylunna, que é gratuito e fica ali mesmo dentro da cidade. É uma subida intensa, mas tem um lindo visual do sítio arqueológico de Ollantaytambo, vale super a pena. Almoçamos na Plaza de Armas de Ollanta por 15 soles o menu, com sopa, prato principal e chicha morada. Pegamos o trem da Inca Rail as 16:20, excelente serviço com bebidas quentes e snacks. Chegamos em águas Calientes por volta das 18h, compramos os tickets pra van e fomos pra pousada Hostel LunaMuna, por 85 soles o casal. Jantamos por 30 soles pizza para dois, cerveja Cusquena dois por um e pisco sour grátis. Cuidado com a pegadinha nos restaurantes de Águas Calientes, que tem várias promoções na porta para atrair os clientes mas acabam cobrando serviço de mesa, o que não esta escrito em lugar nenhum e acaba por anular as promoções. Pagamos 10 soles pelo serviço. Foi o único lugar do Peru que cobra esse serviço, lá não cobram 10% do garçom. Dia 10 - Machu Picchu: Nossa entrada era as 8h, mas subimos meio tarde, porque esperamos pelo guia (10 dólares por pessoa) e o resto do grupo. Não vi ninguem conferindo na porta se estávamos com guia, então acho besteira. Chega lá dentro, você não que ouvir explicação, você quer explorar e absorver aquela energia toda. Pegamos uma fila de uns 10 minutos para a van e entramos, antes carimbando o passaporte numa barraquinha que fica logo na entrada, do lado de fora. Não vou falar muito de MP, não há palavras que descrevam, mas uma dica é fazer a trilhazinha pra Ponte Inca, tem um visual incrível e pouca gente vai pra lá. Descemos umas 14 horas, uma fila de uns 20 minutos pra van pra descer. Chegamos, comemos em uma feira popular que estava acontecendo na cidade e as 16:20 pegamos o trem da Inca Rail, sem serviço de bordo(opções sempre mais baratas dos trens). Chegando em Ollanta havia um carro nos esperando (20 soles por pessoa, total 80 soles), já combinado com a agência. Chegamos em Cusco por volta das 20h. Jantamos no Chakruna, hamburgueria delícia em San Blas, por 34 soles dois hamburueres com batata rústica(limonada acompanhando) e uma Cusquenha. Mudamos de hostel nessa segunda etapa em Cusco, subimos o morro e fomos pra San Blas, na Pension Sanblena, 100 dólares por 3 noites. Dia 11 - Cusco: Dia livre para passeios e comprinhas no mercado de San Blas e de São Pedro. Almoçamos no Nao Victoria Café, menu 15 soles com entrada de pasteizinhos de queijo(eles dão outro nome) com guacamole e pasta a carbonara, mais limonada. A tarde assistimos a final da Copa América, Peru e Brasil, primeiro tempo na Plaza de Armas, onde colocaram um telão; segundo tempo no barzinho que vimos o outro jogo, muitos brasileiros assistindo também. Depois de algumas Cusquenhas com a vitória do Brasil, fomos jantar em San Blas, não gostei do restaurante e não anotei o nome. Dia 12 Cusco: Último dia, tour iniciando as 4:30 da manhã, Laguna Humantay, valor 25 dólares. Meu tour preferido, já aclimatada, subi num ritmo bom, não senti efeito do sorroche praticamente. Uma hora e meia de caminhada aproximadamente na subida. Uns 40 minutos embasbacada com a beleza daquilo tudo e depois uns 40 minutos pra descer (em ritmo bem acelerado). O tour incluiu um bom almoço no povoado de Soraypampa (e desayuno típico também). Chegamos em Cusco umas 17h. Jantamos no Beers & Burguer em San Blas, 20 soles hambúrguer delicia de alpaca com fritas típicas e 10 soles caneca de cerveja artesanal IPA. Dia 13-Volta ao Brasil, vôo as 8 da manhã, taxi até o aeroporto 40 soles para 4 pessoas. Todos os passeios de Cusco fiz com a agência Peru Happy Travel, contato Carlos. Tem página no Facebook. Quem quiser ver fotos, relatos, vídeos, segue lá no insta @janacometti Viagem incrível, já deixou saudades!! Povo amável, autêntico e acolhedor!!
  15. JB58

    Roteiro Cusco - 7 dias

    Fala, pessoal! 😎 Roteiro pretendido: dia 1 - chegada em Cusco às 16:00. Trocar dinheiro e providenciar o bilhete turístico. dia 2 - Manhã: Tour nas ruínas próximas (Saqsayhuman, Q'enqo, Tambomachay e Puca Pucara) Tarde: Tour no lado Sul (Tipon, Pikillacta) dia 3 - Manhã: Chinchero, Moray e Maras Tarde: Tour pelos museus e monumentos de Cusco Tardinha: Tour Astronômico dia 4 - Manhã: saída de Cusco sentido Písac (assistir à missa em Quíchua no domingo) Tarde: ida a Ollantaytambo e pernoitar lá. dia 5 - Manhã: sem pressa para pegar o trem a Águas Calientes Tarde: Águas Calientes dia 6 - Manhã: Machu Picchu Tarde: retorno à Cusco de trem dia 7 - Retorno ao BR às 16:20 Alguma sugestão/dica/apontamento? (são estas as atrações que queremos ir. Não buscamos atrações que demandam muitas horas dentro de um transporte) Pensei que esta seria a logística mais adequada. Uma dúvida: Em Cusco há taxistas que fazem um tour particular sem dependermos de ônibus?
  16. Eae Pessoal. Estive em Cusco em 2011 e retornarei agora na primeira semana de Julho. Seria interessante obter dicas atualizadas e também agregar pessoas, caso apareça alguém que estará na cidade na mesma época.
  17. RELATO TRIP - @der_wanderlust .pdfINTRODUÇÃO E PREPARATIVOS para quem quiser, tem a versão mais bonitinha em PDF aqui -> (edit: NÃO SEI PORQUE O ARQUIVO PDF APARECE COMO INDISPONÍVEL PARA DOWNLOAD, MAS QUEM QUISER O RELATO COMPLETO EM PDF, É SÓ CHAMAR NO INSTA @der_wanderlust) RELATO TRIP - @der_wanderlust .pdf PROMESSA FEITA, PROMESSA CUMPRIDA... Fala galera mochileira e não-mochileira, Depois de ter colocado o pézinho pra fora desse Brasilzão pela primeira vez na vida na minha primeira trip internacional, me sinto na obrigação moral de retribuir a toda ajuda que eu recebi de outros mochileiros que já tinham feito esse rolê antes, e que compartilharam suas experiências de viagem, para que pessoas como eu, que nunca tinham comprado sequer uma passagem aérea antes, pudessem viver uma das experiências mais incríveis da vida: mochilar!!! Então, cumprindo a promessa que fiz antes de viajar, cá estou eu, escrevendo este relato, que também espero que inspire muitas outras pessoas a pegarem sua mochila e partirem pro mundo, porque viajar é preciso!!! RESUMÃO O clássico mochilão pelos três países, 40 dias, desembarcando em Lima, indo pra Ica, Arequipa, acampando com escoteiros do mundo todo em Cusco, depois indo pra Puno, passando por Copacabana, La Paz, fazendo a travessia do Salar do Uyuni e chegando no Atacama e descendo até a capital chilena para pegar o voo de volta para casa. Tudo realizado entre julho e agosto de 2018, rodando mais de 5.000 km, só andando de bus entre cidades (porque pobre tem que fazer o dinheiro render kkkk). E por falar de dinheiro, vamos a parte interessante. João, quanto custou essa brincadeira toda? Pois bem, vamos por partes: Comida, transportes, hospedagens e passeios fora do acampamento (30 dias) R$ 4743 (1000 euros) Lembrancinhas e bugigangas pra família toda R$ 667 (parte em dólar, parte em reais) Passagens Áereas (Londrina-Lima/Santiago-Londrina) R$ 1476 (em reais mesmo) Acampamento em Cusco (10 dias, tudo incluso) R$ 1409 (exclua isso da sua planilha) Chip Internacional EasySIM4U R$ 120 (e ganha 6 revistas super tops) Seguro Viagem (40 dias) R$ 110 (economizei 500 dólares com ele) Excluindo o monte de blusa, chaveiro, cobertor, poncho que eu comprei lá (tudo é muito barato no Peru e na Bolívia), foram R$ 7850 tudinho mesmo. O que mais me pesou foram as passagens aéreas, por eu ter que sair do meu país Londrina-PR (pequena Londres com preços de Suíça), que só tem um aeroporto regional, as passagens saíram uns 300 reais mais caras do que se saísse de Guarulhos, só que ai gastaria com ônibus até São Paulo e no fim das contas daria na mesma. Então, considerando os 30 dias que eu estava na viagem “regular”, ou seja, que eu não estava acampado, minha média foi de R$ 163 por dia (alimentação, passeios, ingressos, hospedagem e transporte). Saiu um pouco caro, mas muito mais barato do que se eu tivesse ido de pacote de agência de viagem que se vende aqui no Brasil. O ROTEIRO O roteiro eu mostro detalhado aí embaixo com o mapa do My Maps (usem o My Maps, é muito bom pra quando você está planejando que lugares quer conhecer, ver quais cidades são próximas, quanto tempo de deslocamento e coisas assim). O roteiro por cidades ficou desse jeito: 20 jun – Londrina/Lima 21 jun – Lima - (City Tour) 22 jun – Lima/Ica - (Miraflores) 23 jun – Paracas/Huacachina - (Reserva Nacional e Islas Ballestas) 24 jun – Arequipa - (City Tour) 25 jun – Arequipa - (Trekking Canion del Colca) 26 jun – Arequipa/Cusco - (Trekking Canion del Colca) 27 jun/05 ago - Acampamento Vale Sagrado 06 ago – Cusco - (Maras e Moray) 07 ago – Cusco - (Dia no Hospital) 08 ago – Cusco/Águas Calientes - (Trilha hidrelétrica) 09 ago – Machu Picchu - (Huayna Picchu) 10 ago – Águas Calientes/Cusco - (Trilha de volta) 11 ago – Cusco - (Montanha Colorida) 12 ago – Cusco - (Laguna Humantay) 13 ago – Cusco/Puno - (Mercado San Pedro) 14 ago – Puno/Copacabana - (Islas Flotantes de Uros) 15 ago – Copacabana/La Paz - (Isla del Sol e Isla de la Luna) 16 ago – La Paz - (City Tour) 17 ago – La Paz - (Downhill Estrada da Morte) 18 ago – La Paz/Uyuni - (Chacaltaya e Vale de la Luna) 19 ago – Uyuni -(Salar 3 dias) 20 ago – Uyuni - (Salar 3 dias) 21 ago – Uyuni/San Pedro de Atacama - (Salar e Vale de la Luna) 22 ago – San Pedro de Atacama - (Lagunas Escondidas e Tour Astronomico) 23 ago – San Pedro de Atacama/Santiago - (Geyseres del Tatio) 24 ago – Santiago - (1700 km rodados pelo Chile) 25 ago – Santiago - (City Tour) 26 ago – Viña del Mar/Valparaíso - (Bate e volta) 27 ago – Santiago - (Cajón del Maipo) 28 ago – Santiago/Londrina Quando eu sai do Brasil, planejava ficar mais dias em Huacachina e menos em Arequipa, planejava fazer o tour do Vale Sagrado Sul em Cusco, assim como outros passeios em San Pedro de Atacama, mas como não viajei com o roteiro amarrado, ou seja, não tinha comprado passagem de bus nenhuma, nem reservado passeios ou hostels (exceto por Machu Picchu), pude muda-lo na hora, seja por amizades que fiz no caminho, ou por perrengues como o dia 07/08 que eu passei no hospital (isso eu conto depois). Por isso eu não recomendo comprar nada daqui do Brasil, nem reservar passeios, nem passagens de ônibus, nem hospedagem, tudo você consegue lá na hora, pechinchando e barganhando, assim você consegue preços melhores e não fica com o roteiro amarrado, você tem mais flexibilidade caso mude de ideia ou aconteça alguma coisa. Não tem segredo, tem que pesquisar, na internet, em blogs de viagens, no Mochileiros.com, em relatos de quem já foi, no meu caso, peguei um roteiro de 20 dias num blog, e fui adaptando, adicionando cidades e passeios, vendo os ônibus e hostels que eu poderia usar. Para os passeios, eu procurava nos relatos do Mochileiros.com e via as agências que a galera recomendava e já ia anotando o nome e o preço que pagaram pelos passeios. Para a hospedagem, eu procurava no Booking.com o nome da cidade, ordenava pelo menor preço, e ia vendo as avaliações da galera, se tinham curtido o lugar, mas sem reservar nada, só anotava o nome, o preço da diária, e quando chegava na cidade, ia direto nele (muitas vezes reservava o hostel pelo Booking quando chegava na cidade, pra não ter que pagar em caso de cancelamento). Para os transportes entre cidades, procurava no Rome2Rio as empresas que faziam o trajeto, o preço médio das passagens e já deixava anotado, mas também comprava só quando chegava na cidade, teve alguns que deixei pra comprar no dia da viagem mesmo. Para a alimentação, era na raça mesmo, perguntava para os locais mesmo onde tinha lugar bom e barato para comer, mas para planejamento, calculava R$ 40,00 por dia com comida. Tinha vez que gastava R$ 10,00, tinha dia que gastava R$ 50,00, mas fome não passava kkk. QUANTO LEVAR? Depois de definir o roteiro, ia anotando numa planilha no Excel mesmo, o roteiro por dia, os preços médios dos passeios, dos ônibus, das hospedagens, mais uns R$ 40,00 por dia pra comer, somei tudo e levei uns 20% a mais, só pra garantir. Funcionou bem, pelas minhas contas, eu precisava levar 1400 euros, trouxe 400 de volta, que já estão guardados para a próxima trip. Mas ainda levei meu cartão de crédito internacional, já desbloqueado para operações no exterior, só para uma possível emergência. Felizmente não precisei usá-lo. PREPARATIVOS Passagens Aéreas As duas piores partes da viagem são: comprar passagens aéreas e comprar moeda estrangeira, porque independentemente do quanto você pesquisa, parece que sempre você tá perdendo dinheiro. As passagens eu recomendo comprar uns 4 ou 5 meses antes da viagem. As minhas, comecei a procurar em janeiro, comprei em março, pra uma viagem para julho. Como eu tinha definido o roteiro primeiro, sabia que queria chegar por Lima e sair por Santiago, então procurava em todos os sites de busca possível na vida. Usei a opção “Múltiplos Destinos” ou “Várias Cidades”, passagens Londrina-Lima (20/07) e Santiago-Londrina (27/08), o Skyscanner tinha os melhores preços, mas ainda assim estava meio caro (R$1600). No site da Latam, Avianca, tudo acima de R$1800. Aí por acaso eu fui andar no centro da cidade um dia e passei em frente a agência da CVC, estava com sede, aí pensei, vou entrar, fingir que quero um orçamento e tomar uma água né? Tinha certeza que na agência de turismo seria o lugar mais caro. A atendente fez a busca no sistema dela, aí me disse: “R$ 1500 e pouco com bagagem despachada”, e eu: “como assim???? Mais barato que no site da Latam”. Acabei comprando lá, e como paguei a vista, teve um descontinho lá e saiu por R$1476 (comprei a passagem em março, minha viagem era em julho). Depois, de vez em quando eu olhava nos sites de busca e o preço não abaixava mais, então acredito que peguei a passagem com o preço mais barato possível kkk. A única coisa, é que em junho, a Latam trocou as escalas do meu voo de volta, ai a CVC me ligou para avisar que se eu voltasse no dia 27/08, teria uma escala noturna gigante no Rio de Janeiro, e acabaria chegando no dia 28/08, então ela me propôs voltar dia 28/08 num voo que eu pegaria escalas menores e chegaria no mesmo dia. Aceitei, o que foi a melhor coisa, porque ganhei um dia extra no fim da viagem. Chip Internacional Vou ser bem sincero, eu queria muito não ter comprado, mas como estava com tudo sem reservar, não conhecia nada, e queria dar um up no meu Instagram, fazer uns stories legais e postar tudo (pobre quando viaja tem que mostrar pra meio mundo, né?), e ainda por cima apareceu uma promoção da Revista Aprendiz de Viajante, que na compra de 6 revistas por R$ 120,00, de brinde ganhava um chip da EasySIM4U, com 4G ilimitado por 30 dias em todos os países, acabei comprando, não me arrependo, a internet funcionou muito bem mesmo, nas cidades, em alguns passeios, até em Machu Picchu funcionava, só no Salar do Uyuni que não tinha sinal nenhum. Também é possível comprar os chips nos países, não custa caro, mas tem que por crédito, troca o número, e tem franquia limitada, além de trocar o chip sempre que troca de país. Esse chip internacional funcionou nos 3 países, mas não servia pra ligações, apenas dados móveis. Além disso, como viagem era de 39 dias, e o chip só funcionaria por 30 dias, coloquei sua data de ativação para a partir do 9° dia, assim teria internet nos últimos 30 dias. Nos primeiros dias teria que me virar pedindo “la contraseña del wifi”. Usar chip brasileiro no exterior é pedir para pagar absurdos no fim do mês. Moeda Estrangeira Essa parte é com certeza a mais complicada, como levar dinheiro para a viagem? Reais, dólar, euro, cartão internacional, tele sena? Primeiramente, o cartão, mesmo sendo mais seguro, cobrava muitas taxas, fora os impostos que eram altíssimos para uso no exterior, além disso, muitos lugares não aceitam, então já risquei da minha lista. Bem, a moeda do Peru é o Novo Sol (S/)(PEN), da Bolívia é o Boliviano (Bs.)(BOB), e do Chile é o Peso Chileno ($)(CLP), por serem moedas “fracas”, suas cotações para compra no Brasil são as piores, então, ou compre dólar/euro no Brasil para trocar lá, ou leve real e troque lá. No meu caso, depois de muitas contas, cheguei à conclusão de que compensaria levar dólar ou euro, ao invés de reais. Para saber se compensa é só usar a formulinha que eu desenvolvi kkk (Quanto consigo em Soles levando Dólares) / (Quanto consigo em Soles levando Reais * Preço do Dólar em Reais) Se essa conta for maior do que 1, leve dólar, caso contrário, leve reais. Essa fórmula serve para todas as outras moedas, substituindo Soles por Bolivianos, Pesos, ou qualquer outra moeda fraca. Também pode ser substituído o Dólar por Euro, ou Libra, ou outra moeda forte. País Peru Bolívia Chile Real 0,77 PEN 1,65 BOB 152 CLP Euro 3,80 PEN 8,00 BOB 753 CLP Dólar 3,25 PEN 6,90 BOB 650 CLP As cotações estavam assim, então preferi comprar euros. No Banco do Brasil a cotação estava melhor que nas casas de câmbio, e para funcionários, não é cobrada a taxa de operação, então se você tem algum parente ou conhecido que trabalhe lá...#ficaadica. Enfim, comprei 1400 euros por R$4,72 para levar, depois comprei mais 250 dólares por R$4,04, e na véspera, minha tia ainda me deu mais R$300 para comprar um poncho de lhama kkk. Toda essa grana devidamente guardada num saquinho de plástico com um papelão no meio para não amassar, dentro de uma doleira que eu usava amarrada na coxa (na cintura é muito manjada) por baixo da calça, com medo de alguém roubar aquilo assim que eu saísse do aeroporto. Importante, não dobrar as notas de dólar ou euro, lá eles são bem chatos com isso. Voltei para casa com R$200,00, 400 euros e 20 dólares. Seguro Viagem Aproveitei a Black Friday de 2017 e comprei o seguro viagem da Allianz Mondial, por R$109, plano América do Sul Standart, para 30 dias, estava com 50% OFF. Aí, em março, quando comprei a passagem para mais de 30 dias, liguei lá, expliquei a situação, aí cancelaram minha apólice, devolveram todo meu dinheiro, e fizeram uma nova apólice de 40 dias por R$110, pasmem. E pelo menos no meu caso, não foi um gasto, foi um investimento muito bem usado. Certificado Internacional de Vacinação Essa porc%#** desse certificado, teoricamente é obrigatório para entrar na Bolívia ou Amazônia Peruana, aí todo mundo se mata pra conseguir, tendo que ir em algum posto da ANVISA para tirar (é de graça), aí chega na hora da viagem e ninguém nem pede (ninguém me pediu). Mas é a famosa Lei de Murphy, se você viajar sem, tenha certeza de que te pedirão, então não arrisque, procure onde é o posto da ANVISA mais próximo da sua casa e faça esse certificado. Ingresso para Machu Picchu O famoso ingresso, como eu ia na alta temporada (junho a agosto) e queria subir a Huayna Picchu (aquela montanha que aparece no fundo de MP), tive que comprar o ingresso em abril para poder subir em agosto. Caso você não queira subir nenhuma montanha ou vá na baixa temporada, não precisa de tanta antecipação. O acesso ao parque é limitado a 2000 pessoas por dia. Pedi para um guia turístico que mora em Cusco que conheci num grupo de viagens do Whatsapp, para que ele comprasse para mim, para que eu conseguisse o desconto de estudante. Mandei foto da minha carteirinha (ISIC e normal) e ele conseguiu comprar com desconto, de 200 soles, paguei 125. Mas caso você não tenha carteirinha, pode comprar pelo site oficial http://www.machupicchu.gob.pe/, ou pode deixar para comprar lá em Cusco mesmo. Mochilas De bagagem de mão, eu levei uma mochila de ataque de 30 L daquelas da Decathlon (comprem essas coisas na Decathlon que é top e barato), com uma pastinha com o passaporte, certificado de vacinação, passagens aéreas e minha caderneta de anotações. Já pra despachar foram: uma cargueira de 85 L da Conquista que eu já tinha há anos, com praticamente tudo dentro, além de um saco de dormir para -15° (emprestado de um amigo), um isolante térmico inflável (também da Decathlon e também emprestado de um amigo) e minha barraca Azteq Katmandu 2/3. Para não despachar esse monte de coisa amarrado e correr o risco de perder tudo ou alguém enfiar drogas na minha mochila cheia de zíperes (minha mãe assiste aquelas séries de aeroportos no NetGeo e ficou morrendo de medo kkk), eu pedi pra um amigo que trabalha com tapeçaria e ele costurou um saco para colocar tudo dentro e com um zíper só para poder passar um cadeado e deixar a mãe tranquila (ficou parecido com uma bolsa de academia). O que levar? Para detalhar melhor, tá aí uma lista completinha de tudo que eu levei: · 1 bota impermeável (Yellow Boot Timberland), 1 tênis (All Star velho), 1 par de chinelos e 1 par de alpargatas. · 2 toalhas de banho (1 normal e 1 daquelas da Decathlon que seca rápido) e 1 toalha de rosto, Kit banho (shampoo, condicionador, sabonete e bucha). · 1 estojo (pasta, escova, fio dental, desodorante, perfume, repelente). · Hidratante e protetor labial (levem, senão a boca e o rosto de vocês esfarelam no deserto). · 4 calças (2 jeans, 1 de sarja com elástico e 1 de moletom) e 2 bermudas (1 jeans e 1 de praia). · 8 camisetas. · 12 cuecas e 7 pares de meia. · 2 camisetas segunda pele. · 3 blusas (2 de lã e 1 de moletom). · 1 casaco impermeável corta-vento (R$199 na Decathlon, melhor investimento). · Pacote de lenços umedecidos. · Remédios usuais (antialérgico, sal de fruta, band-aid, para dor de garganta, Dramin) · Pasta com os documentos. · Doleira com a grana (dólar e euro). · Carteira com a grana trocada, cartão de crédito internacional para emergências, carteirinha de estudante. · Celular, carregador, fones de ouvido, bateria extra, adaptador. · 2 cadeados e algumas sacolinhas plásticas. · Caderneta e caneta. · 1 óculos de sol e relógio de pulso. · 1 rolo de papel higiênico. · 1 pacote de paçoca rolha e 1 saco de bala de banana (pra fazer a alegria da gringaiada). Me arrependi de levar tantas blusas porque lá acabei comprando mais (Mercado São Pedro em Cusco é sucesso), luvas, toucas e cachecóis não compensa levar daqui, porque lá tem mais bonitos e mais baratos. Devia ter levado e acabei me esquecendo, protetor solar, lá é caríssimo, aí tinha que ficar pedindo emprestado pros outros, e não esqueçam que nos Andes o Sol é mais forte, fora o vento e a secura do ar, então levem creme, hidratante para o rosto e lábios porque vão usar e muito! DIÁRIO DE BORDO Nos capítulos seguintes, vou contar como que foram os passeios, dia por dia, tentei lembrar e ser o mais fiel possível com todos os fatos passados, contando os perrengues, minhas impressões, também tentei contar tudo do modo mais descontraído que eu consigo ser (uiii ele é superdescontraído ele hehe). Coloquei algumas fotos para tentar ilustrar o que eu vivi, os lugares por onde passei, a grande maioria delas foi tirada do meu celular mesmo, como não tenho câmeras profissionais, nem GoPro, tive que me virar nos trinta com meu Galaxy S7 Edge, mas felizmente, a câmera dele é bem razoável, algumas poucas fotos, lá na parte do Atacama, foram tiradas com um iPhone X de um desconhecido que eu pedi para tirar do celular dele, porque o meu estava sem bateria e ele me mandou pelo Whatsapp depois. O relato em si acabou ficando mais longo do que o planejado, então, caso você não esteja com muita paciência para ler tudo, ou queira só um resumo, no final de cada dia eu coloquei um quadrado cinza com todos meus gastos diários, nome das empresas de bus, de algumas agências, dos hostels onde fiquei hospedado. Além disso, coloquei também algumas caixas coloridas com informações importantes em destaque, deem uma olhada nelas. Do mais, é isso, espero que curtam, e qualquer coisa, pergunta, dúvida, me chamem no Instagram @der_wanderlust que eu respondo com o maior prazer. Bora lá!!!
  18. Vou de POA para Cusco, com escala em Lima (comprei tudo junto, pela latam). como saber se a mala vai direto para cusco ou se tenho que pegá-la em lima e despachar novamente ate cusco?? obrigada
  19. Oi pessoal, agora no final de setembro vou fazer um mochilão de 14 dias entre Bolívia e Peru nele vou fazer os 3/4 dias de Salar e fiquei na dúvida se preciso de outra mochila. Tenho uma Crampon trilhas e rumos de 44L, fiel companheira de viagens dentro do Brasil (calooor), mas por ser muito compartimentada ela não tem tanto espaço e cá estou tendendo a comprar um mochilão de 50L tipo o da Quechua que pode ser aberto pela frente. Alguém já viajou para lugar frio com esse volume por duas semanas? EDIT: Pessoal, muito obrigada. Deu super certo. Fui com o meu mochilão e uma mochila de ataque e levei uma dessas malas que dobram na mochila caso quisesse trazer alguma coisa (Só usei ela pq precisei despachar uma garrafa de Pisco, até os "regalos" que comprei couberam na mochila). Como levei as roupas separadas em vários saquinhos da shein, a abertura dela não incomodou tanto!
  20. Hola!! Pessoal estou planejando um viagem para Machu Pichu saindo de Buenos Aires (onde estou) porém os voos estão bem caros, então estou pensando em ir de mochilão, seria a primeira vez que faria para fora do Brasil. Gostaria de pedir conselhos a respeito para vocês.
  21. Cusco, 17 de outubro A viagem de ônibus entre Arequipa e Cusco não foi muito tranquila… Houve uma parada longa para lanche e banheiros no caminho e a calefação do perturbou bastante. No começo, um calor danado e depois ficou alternando entre os níveis "inferno e polar". Teve um momento em que começamos a subir uma grande serra e os ouvidos sofreram um pouco. Em resumo, nem consegui dormir, só alternei entre alguns breves cochilos. Chegando aos arredores de Cusco por volta das 5:50h, foi feito um sorteio no ônibus de uma passagem de volta à Arequipa e acabei saindo o ganhador! Uhuuuuu… Só que não, né? Não tinha como usar o voucher, que era válido por 20 dias. Mas valeu pela emoção, afinal de contas, sempre sou azarado com sorteios e quando ganho não levo… rsrsrsrs Fui olhando pela janela e tendo as primeiras impressões sobre Cusco… Bem feinha essa entrada da cidade… Chegamos ao terminal de ônibus às 06:30h, que também não era grande coisa. Tratei logo de pegar a mochila e sair em busca de um transporte antes que os demais passageiros chegassem. Pela distância já tive uma idéia do valor máximo que pagaria no táxi e, assim que o enxame de motoristas me cercou, já fui tratando de negociar. Inicialmente pediram 10 soles e ofereci 6, mas acabe fechando por 7 soles para não aguardar muito. Coloquei as mochilas em mais um micro-táxi e partimos para o hostel… Atento ao caminho, fui acompanhando o trajeto no Google Maps e observando os detalhes. Naquela manhã de segunda feira, o trânsito estava tranquilo e poucas pessoas estavam pelas ruas. Devia estar por volta de uns 15 graus de temperatura e estava usando a jaqueta mais leve. E o motorista era bem animado e conversador, ainda mais quando soube que eu era do Brasil 😉 O caminho foi ficando cada vez mais íngreme e estreito e o táxi foi literalmente pulando naquelas ruas de calçamento em pedra já no entorno do centro histórico. Numa rua em que mal dava para passar um carro, veio outro na contra mão e o motorista deu o jeito dele para poder passar… carro pequeno é bom por isso… rsrsrs Chegamos à Calle Arco Iris e fui até a recepção do Kurumi Hostel. Como era muito cedo, confirmei a reserva, fiz o check in antecipadamente (cortesia, pois seria somente às 11h) e gentilmente o proprietário me convidou para tomar um café da manhã, o que, de pronto, aceitei. (note a inscrição da Companhia de Jesus no pórtico!) No café da manhã me forneceram 2 pães, café com leite, um copo de suco, geleia, margarina e uma banana. Tudo muito bom e bem vindo para quem acabara de chegar faminto de viagem! Achei muito boa a hospitalidade e também a estrutura do lugar. Essa é a parte do jardim, com o refeitório ao fundo à esquerda (amarelo), lavanderia também à esquerda. O muro que aparece era parte de uma construção inca. Deixei as coisas no quarto que era compartilhado, peguei as câmeras e parti para explorar os arredores. O Hostel fica numa parte elevada da cidade, bem próximo à igreja de San Cristóbal e também do acesso à Sacsayhuaman. Da igreja tive uma bela visão panorâmica de Cusco e, por ser um lugar histórico, me detive um pouco mais para registrar. Além da igreja, um grande muro de pedras muito bem trabalhadas chamava a atenção. Era uma antiga construção inca de um quartel abaixo de Sacsayhuaman. Descendo, fui em direção às próximas atrações que já havia marcado no Google Maps. As ruas com calçamento em pedra e os vestígios de antigas construções chamavam a atenção… Pelo caminho, passei em frente ao hotel que o taxista tinha dito que era um dos mais caros da cidade, o Palácio Nazarenas (5 estrelas), situado em um importante construção histórica inca que, no período colonial, havia abrigado um antigo convento. No muro de pedras bem na esquina, estão 7 cobras em alto relevo no entorno, um dos poucos sinais do templo que havia no lugar. Quando os espanhóis chegaram para ocupar Cusco, os templos foram destruídos mas grande parte dos edifícios serviram como base para a construção de igrejas, quartéis e casarões. As pedras removidas foram usadas para erguer as catedrais, calçamento e fortificações. Mas o que eu queria ver mesmo era a Pedra dos 12 ângulos, uma verdadeira prova da habilidade de recorte e encaixe de grandes blocos na qual a perícia dos Incas ficou conhecida. Realmente impressiona pela precisão tanto dos cortes quanto pelos encaixes perfeitos, formando uma construção sólida que resistiu aos piores terremotos desde a construção. Andar pelas ruas estreitas é como estar em um museu a céu aberto! Difícil caminhar muitos passos sem ter que parar para apreciar os detalhes e tirar muitas fotos. E assim fui indo descendo… até que passei em frente a uma agência de turismo e fui perguntar, por curiosidade, sobre os passeios. Pelo que eu havia pesquisado até então, não daria para fazer o passeio ao Vale Sagrado, devido ao horário que cheguei. Mas, para a minha surpresa, fui informado que daqui a 15 minutos sairia um tour… E por somente 30 soles! Putz, perguntei se daria tempo e, como responderam que sim, tratei de sair correndo para trocar o dinheiro e pegar algumas coisas no Hostel, pois falaram que me esperariam. Na avenida El Sol encontrei a melhor cotação de toda a viagem 1 Sol por Real! Nossa, troquei dólares e reais e subi correndo até o Hostel. (quase morri subindo correndo por essas escadas) Peguei um casaco (ainda bem, porque à tarde gelou), mais baterias para as câmeras e um lanche. Cheguei na agência no horário combinado. Descemos correndo até a Plaza de Armas e a van já havia saído. Até fiquei com raiva, porque eu não atrasei e me garantiram que daria tempo. A alternativa que me arrumaram era pegar um táxi que conheciam. Conversamos com o motorista e ele queria cobrar 20 Soles! Nem pensar. O passeio de quase um dia inteiro era 30!. Ofereci somente 10 soles e ele acabou aceitando. Saimos rápido e fomos subindo a cidade toda, passando Sacsayhuaman e indo bem mais adiante. Pelo que andamos, até achei que os 10 soles tinham sido pouco… rsrsrs Encontramos o ônibus no caminho e, finalmente embarquei no passeio. Paguei os 30 soles para a guia e tratei de me acomodar na janela… como sempre! Ufa, que correria! Ainda bem que o período em Arequipa serviu para me aclimatar em relação à altitude, senão não teria esse fôlego todo de sair subindo e descendo por Cusco. E quem diria, justamente um dos passeios que mais queria e que já havia me conformado de que não conseguiria fazer estava agora em andamento… E, como tudo tem o seu preço, depois me traria um contratempo que quase arruinou a minha aventura… Mas isso, veremos nos próximo episódios!
  22. Episódio 1: A Preparação Depois de tantos anos, muitos lugares visitados, experiências maravilhosas, resolvi tirar um tempo pra organizar as minhas memórias e contar sobre a maior e mais marcante aventura que já vivi: a primeira viagem ao Peru! Ela foi planejada nos mínimos detalhes e cheia de expectativa… Afinal de contas, era pra um destino que sempre sonhei: Machu Picchu. Quer saber como foi essa jornada inesquecível e acompanhar todos os detalhes? Eu sou @Paulonishi e esta é a história de uma aventura inesquecível: a primeira viagem ao Peru! Neste capítulo vou falar de toda a preparação para essa façanha, desde a compra das passagens e todas as etapas do planejamento… tudo isso pra ajudar e até inspirar a quem quiser saber como montar a sua viagem para o Peru. E se puder ajudar, deixe o seu comentário ou perguntas sobre o assunto.... Vamos lá? Apesar de ter sido em 2016, ainda a considero como a mais desafiadora que já fiz, não só por ter sido o primeiro mochilão no exterior, mas pela complexidade envolvida.... Eu costumo dizer que a distância entre o sonho e a realidade é o planejamento que precisa ser feito para realizá-lo… Tudo precisa ser levado em conta e friamente calculado… E não poderia ser diferente nesse caso né? Bom, eu não tinha dinheiro sobrando… atravessava uma verdadeira tempestade na minha vida pessoal, com uma separação complicada, mudança de cidade e trabalho… Esse era o meu quadro pessoal no final de 2015. Mas no início de 2016 prometi para mim mesmo que tudo mudaria e que me reergueria e faria a tão sonhada viagem. E esse foi realmente o começo de tudo! Comecei a pesquisar tudo sobre o Peru, fazendo uma verdadeira imersão na sua cultura e principalmente na história, além de começar a estudar espanhol pela internet… tudo de graça! Procurei fazer pesquisas de passagens aéreas em promoção… só aguardando a oportunidade… e ela chegou em abril! Sempre busquei fazer todos os meus gastos no cartão de crédito pra acumular milhas e com isso já vinha acumulado uma boa quantidade delas até então… Às vezes tinha que trocar por uns eletrônicos pra evitar perder quando estavam vencendo... E foi aí que teve uma megapromoção da LATAM (LATÃO ), para transferência de milhas pro programa de fidelidade Multiplus (hoje LATAMPASS), onde consegui mais do que dobrar a quantidade de milhas que eu tinha e que estavam pra vencer!… Agora sim já poderia pegar essas milhas e trocar por passagens aéreas…Então a busca começou. Fiquei por dias fazendo a simulação de passagens saindo de Florianópolis com destino ao Peru, mas a quantidade de milha era muito alta. Até dava pra trocar, mas resolvi esperar um pouco mais... Aí, numa das noites seguintes, consegui encaixar um intervalo de 18 dias, entre a saída do Brasil e o retorno. Chegaria em Lima no mesmo dia da partida, no dia 7 de outubro e estaria de volta em Florianópolis no dia 24 de outubro. Dias para aproveitar mesmo seriam 14. O resto perderia nos voos e conexões. Agora sim, consegui as passagens aéreas eliminando o maior custo da viagem, praticamente de graça, e mesmo assim sobraram muitas milhas, que usaria pra viajar no ano seguinte. Com as datas já definidas, era só trabalhar no roteiro e no planejamento completo da viagem! A maior motivação em ir pro Peru sempre foi a de conhecer Machu Picchu... mas como sempre costumo fazer, não iria só pra conhecer esse lugar. Procurei aproveitar a oportunidade pra otimizar a viagem e conhecer a melhores atrações no caminho entre Lima e Cusco, que percorrendo o caminho de ônibus. A base de todo o roteiro foi o Google Maps. Consultava o mapa, via as atrações em potencial e ia marcando como favoritas… aí, partia pra pesquisar na internet, principalmente no site Mochileiros.com e no youtube, pegando as dicas do lugar: tipo se era realmente bom, o que tinha pra se ver e fazer, como chegar, os custos de ingressos e transportes… E os valores que eu ia levantando já anotava na minha planilha de gastos. Assim, fui completando o roteiro e buscando agora os horários dos ônibus pra ver se dava pra conciliar o deslocamento e também as possíveis hospedagens. Resolvi escolher a empresa Cruz del Sur, pelas recomendações de outros viajantes no Mochileiros e também por ter linhas para todos os destinos do meu roteiro. Apesar de ser mais cara, resolvi optar pela segurança. O site dela é bem completo e consegui excelentes descontos em promoções com compra antecipada. Assim, já comprei as passagens de ônibus no cartão ainda no Brasil e mesmo que pagando o IOF de 6,28% e a conversão do dólar, a economia foi de mais de 50% no valor normal… Porém, não permitia a troca e nem o reembolso da passagem em caso de necessidade… Mas é o custo da oportunidade! Depois disso, com os lugares mapeados e as passagens de ônibus compradas, me concentrei nas hospedagens, fazendo buscas entre o booking e o airbnb. Novamente, a busca foi baseada no Google Maps, levando em conta a localização do hostel, a distância da rodoviária pra evitar pagar táxi, se tinha café da manhã, avaliações positivas e é claro, o preço. Outra coisa bem legal pra se olhar é se tem cozinha compartilhada, pra poder fazer uma comida à noite e economizar um pouco mais. Visto tudo isso, já fui fazendo as reservas, mas sem ter que pagar nada antecipadamente… Só quando chegasse pagaria em dinheiro… Lá não aceitavam cartões ou cobravam uma taxa muito alta e não compensava. Tirando as passagens de ônibus, a única coisa que comprei antecipado foi o acesso à Machu Picchu, porque tem um limite diário de visitantes. Esse detalhe é essencial e deve ser muito bem observado! Por isso ter certinho a data de ir é tão importante, principalmente agora que também ter que escolher se vai ser no período da manhã ou da tarde! Para não correr nenhum risco, fiz a compra para garantir que no dia 21 de outubro pudesse conhecer o local… Melhor do que contar com a sorte! Imagina só chegar lá em Machu Picchu e não poder entrar por estar lotado… Parece incrível, mas eu vi acontecer lá… O custo do ingresso foi de 133 nuevos soles, aproximadamente 39 dólares. Como viajar MAIS gastando POUCO! O roteiro ficou o seguinte: 07/10 - Florianópolis x Guarulhos x Lima . 08 a 10 - Lima 11/10 - Lima x Ica 12/10 - passeios em Paracas 13/10 - Viagem a Nasca e sobrevoo 14/10 - Arequipa 15/10 - Vale do Colca 16/10 - Arequipa x Cusco 17/10 - Cusco 18/10 - Trilha Salkantay 21/10 - Machu Picchu 22/10 - Cusco x Lima 23/10 -Lima x Guarulhos 24/10 - Guarulhos x Florianópolis O maior desafio da viagem seria a trilha Salkantay, uma trilha inca em grande altitude, chegando a mais de 4200 metros, percorrida por entre as montanhas mais sagradas da região de Cusco e com o final em Machu Picchu, com o diferencial que não precisa de guia e nenhuma taxa pra pagar. A previsão mais otimista de terminar a trilha era de 3 dias, segundo os relatos que encontrei. Assim, durante essa viagem, enfrentaria vários climas e uma grande variação de altitude, aumentando de intensidade bem na parte final da viagem. Para tudo isso, resolvi comprar uma boa mochila de 60 litros da Trilhas e Rumos… Achei um bom tamanho pra levar tudo e também era bem resistente e com várias regulagens nas alças pra deixar bem confortável mesmo quando cheia. Tive que comprar também roupas adequadas ao calor e ao frio. Pra isso, passei na Decathlon e comprei 3 camisas de manga comprida com proteção solar, uma calça e jaqueta impermeáveis e também calça e blusas térmicas, além de uma toalha de microfibra que seca bem rapidinho… E isso fez diferença, porque na maioria dos hostels não forneceram toalha de banho. Na internet, comprei ainda um par de bastões de caminhada e 2 power banks. Separei para levar um par de tênis, chinelos, botas de cano médio impermeável, luvas, cachecol, gorro, boné e chapéu, além de uma série de câmeras fotográficas, gopro, celular e um tripé… Pra a viagem, comprei dólares no câmbio de R$3,42… ô saudade desse valor! Levei um total de $400 dólares só pra garantir, além do cartão de crédito internacional por segurança. Agora, com tudo reunido, roteiro pronto e planejamento completo, estava tudo pronto para iniciar a épica aventura… Mas isso é assunto para o próximo capítulo! Espero você na continuação dessa viagem, acompanhando a partida do Brasil e a chegada na capital peruana! Deixarei 2 vídeos aqui do meu canal no youtube para inspirar outros viajantes... É isso aí... Até o próximo capítulo! ✌️🤠 Partindo de Florianópolis em direção à Lima!
  23. Olá pessoal, após a leitura de muitos relatos de viajantes que foram ao Peru de carro ou moto e não tiveram maiores problemas, decidimos encarar uma viagem de carro até lá. Foram alguns meses de preparativos até a definição do roteiro final (que alteramos pouca coisa no decorrer da viagem), no qual pretendíamos visitar os principais pontos turísticos acessíveis com o nosso veículo, procurando realizar uma viagem econômica mas sem passar apertos. Decidimos ir pelo norte da Argentina e norte do Chile, assim passamos novamente por locais já visitados na viagem que fizemos em 2012 ao Atacama http://www.mochileiros.com/atacama-de-carro-video-com-a-filmagem-completa-da-estrada-pelo-paso-de-jama-t75603.html. Dentre os principais objetivos da viagem estavam: Salta, Tilcara, San Pedro de Atacama, Antofagasta, Iquique, Arequipa, Nasca, Lima, Cusco, Machu Picchu e Puno. Irei fazer um relato para cada dia da viagem, com fotos e gastos com hotéis e combustíveis. Filmei toda a viagem com uma câmera no parabrisa do carro, pretendo colocar em cada relato um video com o trecho percorrido. Nesse primeiro post vou colocar o mapa do trajeto percorrido, os documentos que levamos para cada país e algumas dicas. A planilha de gastos está disponível para baixar como anexo Documentos necessários: Argentina: Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro Carta Verde Chile - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes e seguro SOAPEX Peru - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro SOAT Dica: Não é obrigatório, mas recomendo levar a Carteira Internacional de Motorista (PID). Os policiais olham e já percebem que você está mais preparado. Recomendo levar também o passaporte, agiliza os trâmites na fronteira. Levamos também o manual do carro com o carimbo da última revisão para comprovar que revisamos antes da viagem e o CRLV do ano anterior para as abordagens policiais. Assim quando éramos parados entregávamos a PID e CRLV do ano anterior e deixamos o CRLV atual e a carteira de motorista guardadas para mostrar somente nas aduanas. Além dos documentos, levamos os seguintes equipamentos para o veículo: 2º triângulo, cambão e um kit de primeiros socorros. Nenhum desses itens foram solicitados (nessa e nas outras duas viagens que fizemos pela Argentina e Chile), mas como já tínhamos, levamos assim mesmo. Antes da viagem fizemos uma boa revisão no carro, trocamos o óleo, filtro de gasolina, óleo, ar condicionado, fizemos geometria, balanceamento e alinhamento das rodas e pedimos para dar uma olhada geral na suspensão e freios. Também compramos duas lâmpadas reservas para o farol baixo, já que é obrigatório circular com elas ligadas mesmo de dia nas estradas. O seguro Carta Verde adquirimos pela nossa seguradora, Porto Seguros sem custo adicional. Foi solicitado logo na entreda da Argentina, é possível fazer nas cidades fronteiriças também. Já o seguro SOAPEX para o Chile, emitimos online pelo site: http://www.magallanes.cl/magallaneswebneo/index.aspx?channel=8212 e o pagamento pode ser feito pelo Paypal e você escolhe o período de vigência. O seguro SOAT, obrigatório para o Peru, fizemos em Tacna (La Positiva no endereço Calle Apurímac 201 - 209), mas é possível fazer logo após a aduana de Santa Rosa, que faz fronteira com o Chile. Duzentos metros depois da aduana a direita há uma placa indicando o local onde é vendido o seguro. Por 30 dias pagamos o equivalente a 40 soles. É fundamental fazer esse seguro para não ter problemas nas estradas peruanas. No decorrer dos relatos vamos contando sobre as abordagens dos policiais nas estradas do Peru. O seguro do nosso carro só tem extensão de perímetro para os países do Mercosul e Chile, não conseguimos fazer a cobertura para o Peru, acabamos indo sem. Com relação ao dinheiro, preferimos levar dólares para trocar no Chile e Peru. Para a Argentina, levamos reais e fizemos o cambio na fronteira, a cotação estava AR$ 1,00 = R$ 0,27 ao passo que em Tilcara estava AR$ 1,00 = R$ 0,53. O ideal é trocar todo o dinheiro a ser usado na Argentina logo na fronteira. Para o Chile e o Peru íamos trocando conforme a necessidade. O real tem uma boa cotação am Arequipa, Lima, Cusco e Puno, nos demais locais a cotação estava péssima. Pagamos os hotéis em dólares e fazíamos as reservas pelo Booking durante o decorrer da viagem. No Chile e Peru ao efetuar o pagamento em dólares não é necessário pagar o imposto local os viajantes que ficam menos de 60 dias no país. Na Argentina, estava compensando pagar em pesos, por que na conversão ficava mais barato o hotel. Todos os hotéis que ficamos possuem estacionamento e no decorrer dos relatos vamos colocando o nome, localização e preço na data que ficamos. A viagem durou cerca de 30 dias e percorremos em torno de 11500km. Optamos por ir e voltar pelo Atacama e norte da Argentina por ser um trajeto conhecido e relativamente tranquilo, mas é cansativo ir e voltar pelo mesmo caminho. Segue abaixo os mapas com o trajeto da ida e da volta. Indice de postagens: Dia 01 - 25/12/2015 - Mais dicas importantes e primeiro dia da viagem Dia 02 - 26/12/2015 - De Curitiba a San ignacio[AR] Dia 03 - 27/12/2015 - De San ignacio a Salta Dia 04 - 28/12/2015 - De Salta a Tilcara Dia 05 - 29/12/2015 - De Tilcara[AR] a San Pedro de Atacama[CH] Como chegar ao posto Copec em San Pedro Dia 06 - 30/12/2015 - Passeios em San Pedro de Atacama Dia 07 - 31/12/2015 - Passeio nas Lagunas Antiplánicas Dia 08 - 01/01/2016 - De San Pedro de Atacama a Antofagasta Dia 09 - 02/01/2016 - De Antofagasta a Iquique Dia 10 - 03/01/2016 - De Iquique[CH] a Tacna[PE] Dia 11 - 04/01/2016 - De Tacna a Arequipa Dia 12 - 05/01/2016 - Passeios em Arequipa Dia 13 - 06/01/2016 - De Arequipa a Nasca Dia 14 - 07/01/2016 - De Nasca a Lima Dias 15,16 e 17 - 08-09-10/01/2016 - Passeios em Lima Dia 18 - 11/01/2016 - De Lima a Nasca Dia 19 - 12/01/2016 - De Nasca a Abancay Dia 20 - 13/01/2016 - De Abancay a Cusco Dia 21 - 14/01/2016 - Passeios em Cusco Dia 22 - 15/01/2016 - De Cusco a Ollantaytambo - Vale Sagrado Dia 23 - 16/01/2016 - Machu Picchu Dia 24 - 17/01/2016 - De Ollantaytambo a Puno Dia 25 - 18/01/2016 - Passeio as Ilhas de Uros e viagem de Puno a Tacna Dia 26 - 19/01/2016 - De Tacna[Peru] a Calama[Chile] Dia 27 - 20/01/2016 - De Calama[Chile] a General Guemes[Argentina] Dia 28 - 21/01/2016 - De General Guemes a Corrientes Dia 29 - 22/01/2016 - De Corrientes a Foz do Iguaçu Dia 30 - 23/01/2016 - Ida ao Paraguai e viagem de Foz do Iguaçu a Curitiba Trajeto da ida Trajeto da volta Vídeos das estradas percorridas na viagem, 12000km de filmagens: https://www.youtube.com/watch?v=YONvHjLMuvo https://www.youtube.com/watch?v=AQd5D_jPLTI https://www.youtube.com/watch?v=2_Rhrro_UxA https://www.youtube.com/watch?v=VyrmKHBqEyM https://www.youtube.com/watch?v=msWEf08eEK8 https://www.youtube.com/watch?v=SXT08k1E1MQ https://www.youtube.com/watch?v=Rr_F5LcxRuI https://www.youtube.com/watch?v=Bjxx2GfF4rw https://www.youtube.com/watch?v=_wt0e_PNv6g https://www.youtube.com/watch?v=sBM6Wdcmcr4 https://www.youtube.com/watch?v=O4e877RVuq8 https://www.youtube.com/watch?v=k969QIa3xTM https://www.youtube.com/watch?v=Th_ike28o7Q https://www.youtube.com/watch?v=AtL-UCZhvO8 https://www.youtube.com/watch?v=N1SJV43F1v0 https://www.youtube.com/watch?v=XQMlBuwxplw despesas.xls
  24. Mochileiros, sem medo de soar clichê, começo meu relato agradecendo a todos as pessoas que aqui relataram sua viagem ao Peru antes da minha ida. Daqui tirei dicas valiosas e muita inspiração! E esse é um dos motivos pelos quais eu venho aqui hoje relatar a minha experiência: retribuir um pouco da ajuda que tive. O outro motivo? Fazer essa experiência tão legal de ir viajar durar mais tempo na minha memória (: Como tudo começou: Depois de 2 anos sem férias, eu tinha marcado 10 dias de férias para dezembro de 2017. Cerca de um mês antes, surgiu uma promoção de passagens para o Peru, 10 dias, exatamente o primeiro e último dia das minhas férias. O Peru já estava no topo da minha lista de destinos há tempos. Achei que era um sinal, lembrei que não acredito muito em sinais (talvez agora acredite mais haha). Queria ir, mas não tinha companhia. Resumindo: fui sozinha, minha primeira viagem sola e foi uma experiência linda (: Em um mês eu "organizei" o roteiro, reservei o hostel e fui. Minha maior dica: não organize tanto. Eu agendei apenas o passeio de Machu Picchu, o que eu recomendo por causa do limite de pessoas. O resto fui vendo lá. E, por mais contraditório que pareça, se vc está lendo meu roteiro em busca de um roteiro, minha maior dica é mesmo essa: vai com menos roteiro possível. Ou vai, se isso te faz dormir mais tranquila/o, mas se permite flexibilizar também. Vai ter imprevisto, vai ter gente legal cruzando seu caminho, vai ter uns rolês que vc nem imaginava e que vai querer fazer na hora. Então é isso, lê bastante, pesquisa, mas vai aberta/o. Vamos lá: 10 DIAS: CUSCO - ÁGUAS CALIENTES - MACHU PICCHU - PUNO - AMANTANI - TAQUILE - LAGUNA HUMANTAY Antes do relato mesmo, algumas DICAS QUE EU GOSTARIA DE TER LIDO ANTES DE IR (ou que eu li e não segui rsrs): 1) Compre os passeios lá: essa eu li muitas vezes, mas não teve jeito, o passeio pra Machu Picchu eu comprei aqui no Brasil antes e paguei mais caro. Se eu me arrependo? Não. Era a minha primeira viagem sozinha, eu sabia que lá seria mais barato, mas não quis arriscar. Então é isso, se vc vai dormir mais tranquilo, acho que vale a pena. Pra mim valeu rsrs. Comprei antes com uma agência peruana (Peru Travel Explorer- www.perutravelexplorer.com - Guia Adrian - Whatsapp: +51992862206 - atende em português), que eu recomendo. Super atenciosos, respondem rápido, me deixaram pagar lá na hora e sem taxa e personalizam os roteiros conforme a necessidade). Mas recomendo ainda mais: comprem os passeios em cusco, ainda que seja com eles. Ah, o que dá para fazer também é comprar antes apenas a entrada para Machu Picchu e aí já fica garantido. Esse site explica como comprar e tem MUITAS dicas boas sobre o peru: https://sundaycooks.com/ingressos-para-machu-picchu-vale-a-pena-comprar-antecipado/. Inclusive, se você vai subir uma das montanhas é mais importante ainda comprar antecipado! Todos os outros passeios eu comprei lá na hora e foi tranquilo e bem mais em conta. Cusco tem uma agência de viagem ao lado da outra, os caras adoram uma negociada, os guias são super atenciosos, vale a pena comprar lá. 2) REAL X DOLAR X SOLES: velha dúvida de sempre. Primeiro, soles nem pensar. Quase não tem para trocar no Brasil e o valor é bem alto. Minha dica é: ver com o pessoal que está por lá (aqui no mochileiros sempre tem gente, fiz isso e deu certo) como está o valor do real e do dólar para troca. Quando eu fui, em dez 2017, o real estava 0,93 soles (0,94 eu encontrei dentro da Agência Peru Travel Explorer, na Avenida El Sol, onde, aliás, estão as casas de câmbio mais confiáveis e vantajosas) e o dólar estava 3,22 soles (e eu paguei em média 3,40 reais). Como eu fiz: levei dólar para pagar os passeios e o hostel (por uma questão de menos volume - eita, que de humanas ela - e pelo booking). De resto, levei reais e troquei lá, facilmente. E também levei um cartão de crédito do Banco do Brasil e um Nubank desbloqueados para transações internacionais, caso precisasse. Teve um dia que precisei sacar porque viajei e a companhia de ônibus não aceitava cartão (fica a dica) e aí saquei usando o Nubank num caixa eletrônico normal que tinha na rodoviária. Paguei uma taxa, mas consegui sacar (to contando porque não sabia que o nubank dava para sacar, se isso já é algo comum para vc, perdoa eu e não desiste do meu relato). 3) Sobre valores: vou colocar aqui mais ou menos os valores principais para você poder se organizar sobre quanto de dinheiro levar e pra não ficar poluindo muito o relato de viagem. Sei que esse é um ponto super importante, viajar é um privilégio que envolve condições financeiras e planejamento, mas acredito que há vários blogs que podem fazer isso por vc melhor do que o meu relato (como, por exemplo, o site quantocustaviajar). Fiz muitos passeios de graça, comi em locais muito saborosos e baratos e fiquei em acomodações confortáveis e modestas. Mas o principal de tudo isso: era a viagem que cabia no meu orçamento e nos moldes que eu estava a fim de fazer e acho que isso é o que mais conta. Se é relevante (eu sempre acho relevante saber o perfil de quem tá relatando, especialmente da onde vem o dinheiro) o meu perfil é: sou servidora pública comissionada, 26 anos, pago aluguel e todos os boletinhos que quem mora sozinho tá acostumado. De modo geral, minha viagem foi o que se pode chamar de "low cost", algo entre o mochilão raiz e a viagem de quem nunca ouviu "transação não autorizada" hehe. Ou seja, não foi uma viagem luxuosa, mas foi confortável, me permiti pequenos luxos e também alguns gastos a mais para me sentir mais segura (como o hostel com quarto feminino (não misto) e o ônibus leito cama individual, sem ngm sentado ao lado). Ah, e de jeito nenhum comi fast food e comida congelada pra economizar (já fiz mochilão assim e foi legal também, mas desta vez não viajei com essa vibe, até porque as comidas no Peru são baratas, muito gostosas, e eu sou absolutamente apaixonada por gastronomia e culinária). Então é isso, você pode usar como uma base, seguir meus acertos e evitar repetir meus rolês errados e aí, de acordo com o seu perfil e o seu orçamento, gastar muito mais ou muito menos do que eu. Ou exatamente o mesmo e aí me chama prum café rsrs Quem precisar de mais detalhes pode me mandar mensagem que vou respondendo tb Preço médio das refeições: em Cusco, por 20 soles, equivalente a 20 reais você come muito bem!! Na verdade, quase todos os dias eu comi muito bem pagando menos de 20 reais. Os restaurantes têm a opção menu do dia, que consiste em sopa + prato principal e normalmente salada e bebida livre. E tb às vezes rola umas sobremesas de graça. Sou vegetariana e comi muito bem todos os dias (veganos também passam muito bem em cusco). Quem quiser mais dicas, é só falar. Fiz um puta roteiro gastronômico de vegetariano, tenho vários restaurantes bons e baratos pra indicar (só para não ficar muito grande aqui). Águas Calientes já fica um pouco mais caro: em média 50 reais, mas foram apenas 2 refeições e aqui eu comi muito bem, dá pra encontrar restaurantes mais simples. Puno: só fiz uma refeição em puno, gastei 20 reais. Hostel Cusco: 40 reais por noite (como eu disse, tem por menos, mas eu preferi um quarto não misto). Ônibus Cusco - Puno: 50 soles (praticamente 50 reais) - empresa Tour Peru, recomendo muito. Comprei ônibus leito cama individual, super confortável, dormi a noite inteira, o que faz muita diferença no outro dia de viagem. Na volta, comprei de outra empresa, que eu não me recordo o nome, e paguei 35 soles. Ou seja, se você olhar na rodoviária tem várias opções e aí pode escolher uma que seja adequada para o seu tipo de viagem. Como eu fui sozinha na ida, preferi essa empresa que haviam me recomendado e realmente gostei muito. Ah, uma dica é comprar as passagens na rodoviária mesmo, quanto mais perto do embarque, mais barato e eles negociam tb!! 4) Lavar roupa em Cusco é muito barato: se vc tá viajando com pouca bagagem ou tá há muito tempo na estrada, lavar roupa em Cusco é uma ótima opção. Custa entre 2 a 5 soles o kilo, fica pronto rapidinho e você economiza na bagagem e ainda dá uma força pro comércio local. Fiz isso uma vez durante a viagem e foi muito bom. 5) Seguro viagem: é importante fazer. Eu fiz, mas como não precisei não sei dizer se era bom ou não. Tem muitos sites que falam sobre isso e que dá para comparar. Acho importante porque conheci pessoas que ficaram mal lá e tiveram atendimento rápido. 6) Melhor época para ir: 99% dos blogs dizem para evitar os meses de novembro a março por causa das chuvas. Minha opinião? Se você pode ir nos outros meses, beleza, vai e ainda assim eu evitaria os meses de alta temporada porque fica tudo muito cheio (ex: maio). Mas se você não pode, a época do ano não é um motivo para você deixar de ir. Eu fui em dezembro, tenho amigos que tb foram em época de chuvas e todo mundo aproveitou muito bem. A chuva é aquela de verão, dura cerca de uma hora e depois passa. Tendo um pouquinho de paciência, é só achar um lugar abrigado, tomar um café ou mesmo colocar uma capa de chuva e seguir a vida. Achei uma época boa porque os locais não estão tão cheios, dá para aproveitar tudo com mais calma e também não é tão frio como nos meses de seca. Lembrando que essas épocas bem definidas de seca e chuva afetam mais a região de Cusco e de Machu Picchu. Lima, Arequipa, Lago Titicaca não são tão afetados, então não faz tanta diferença assim a época do ano. Outra coisa: se você planeja fazer a trilha inca, aí acho que seria melhor ir na época de seca mesmo, porque a chuva pode atrapalhar o acampamento. Mas assim, enquanto eu estava lá, havia gente fazendo a trilha normalmente e eu fiz o treeking da Laguna Humantay, que é uma parte da trilha Salkantay e não tive problema algum com a chuva (inclusive deu o maior solzão e voltei queimada rsrs). 7) Tempo em dezembro, o que levar na mala: O tempo é bem instável por lá, então a minha dica é levar um pouco de cada coisa e ir naquele esquema de camadas. Em Cusco, como fica a quase 4000 metros de altitute, é um pouco mais frio. De dia, uma camiseta e jaqueta já resolvem. Às vezes, uma camiseta e um blusão (peruano, pra ser bem turista haha). À noite esfria mesmo, um blusão e uma jaquetinha corta vento dão conta. Em Águas Calientes e Machhu Picchu normalmente é mais calor durante o dia. Não esqueçam o protetor! Lago Titicaca: é louco. Tem sol vc tá torrando, vem uma nuvem vc morre de frio haha Em Amantani passei o maior calor e o maior frio da viagem, com diferença de menos de 24 horas. Aqui a jaqueta corta vento e o blusão precisam de mais um gorro e se possível, uma luva ou mais uma jaqueta. Final do dia é frio mesmo. Minha mala para 10 dias (com uma lavação): umas 6 camisetas + 2 legs + 1 calça jeans preta + 1 jaqueta jeans + 1 jaqueta corta vento + 1 capa de chuva (Decathlon - recomendo, fica pequena na mochila, dá para usar várias vezes, ajuda a esquentar e é bem melhor que a de plástico!) + pijama de manga comprida (pra cusco é bem bom até porque assim, os cobertores peruanos são um pouco pequenos haha) e lá comprei 2 blusões peruanos que foram bem úteis e um gorro que usei na trilha de Amantani. De calçado levei uma bota de trilha, um all star e havaianas. Foi suficiente, na medida certa. 8. Chip da Claro: em Cusco, com mais ou menos 30 reais você compra um chip claro com 3 giga de internet (tem opções mais baratas, com menos gigas). Comprei e foi muito bom, a internet lá pega bem, inclusive nas montanhas e aí dava para usar o google maps e o tripadvisor de boa, além das redes sociais. Mesmo com o chip o seu número no whatsapp fica o mesmo e as pessoas conseguem falar com vc normalmente, não precisa nem avisar que mudou de número. Em cusco, a loja da claro fica na rua Ayacucho 227, pertinho da Avenida El Sol. 9. Não ignore o poder e o sabor do chá de Coca e de Muña. Eles ajudam na altitude e na digestão, além de serem mito gostosos. 10. Vão logo pro Peru. O restante das dicas vou colocando conforme for escrevendo o relato de cada dia. Por hoje é isso, espero que ajude alguém da mesma forma que me ajudou. Até mais
  25. Olá viajantes A semente desse cicloturismo foi lançada a cinco anos quando viajamos de carro pela primeira vez ao Peru, nessa ocasião já andávamos de bike, na minha ignorância sobre o Peru, embarquei nossas bike's no carro no intuito de fazermos alguns passeios livres de guias e tudo, porém, muito antes de chegar a Cusco percebi que não seria possível tais passeios, pois eu não conseguia nem respirar direito, não conhecia os efeitos da altitude no corpo, como agir, como se comportar, nada nada. Foi desanimador no início, passei a primeira noite quase toda em claro, com dor de cabeça, ânsia de vomito entre outras coisas, os outros dias foram moderando os efeitos mas, as bike's se quer tocaram o chão, quando já estávamos retornado pra casa no Brasil, na estrada vimos um casal de cicloturistas loiros com bandeiras da Europa, cara aquilo nos impressionou muito, minha esposa e eu. Como assim? Eu mau respiro e esse casal está pedalando com toda essa bagagem nas montanhas? Fiquei em "choque" mas, a semente foi lançada, UM DIA QUERO FAZER UMA "LOUCURA DESSAS". A LOUCURA foi pro forno e ficou lá guardada por quase cinco anos, sem ter como objetivo essa viagem, fomos pedalando por caminhos menores, conhecendo amigos, conhecendo histórias inspiradoras, nos ajustando no casamento, aumentando a união entre nos dois. Uma dica; se o casamento, o amigo, o irmão seja lá o que for, não tiver entrosamento, creio que termina de desandar, são muitos dias "grudados", o estresse "pode" se elevar muito nesse tempo, então é bom que se conheçam bem pra apoiar, incentivar, aceitar, perdoar, tudo isso enquanto "sofre" pedalando no sol, com ventos contra, com cede, com o corpo todo dolorido, com saudades dos que ficaram, nessa hora os sentimentos tomam uma proporção maiores ainda do que normalmente tomariam, então cumplicidade é TUDO. Quando a tal LOUCURA começou a fazer barulho dentro do forno, pensei, acho que está chegando a hora, maisssssssssssssss, um dos "obstáculos" foi, e como convencer a minha esposa Ana a embarcar nessa comigo? Bom ela já sabia do meu desejo de UM DIA ir a Cusco de bike, mas esse dia parecia tão distante que talvez nem chegasse, daí de repente eu digo, VAMOS? Ela é minha amiga, minha esposa, já passamos muitas coisas juntos, e vi a cara de espanto que ela fez, claro que não quis a resposta de imediato, e procurei não pressionar pelo SIM, ao passar dos dias ela foi 'acalmando' e perguntando, como seria, como isso, como aquilo, e percebi que a LOUCURA havia chegado nela também, não como em mim, mas chegou, quando ela embarcou de vez comigo nesse desejo, começou de fato os preparativos pra viagem. Marcamos pra segunda quinzena de agosto de 2017, muito do que aprendi, inclusive no MOCHILEIROS é determinar um inicio/ponto de partida, a partir daí comecei a comprar o que nós usaríamos, roupas pro frio, pro calor, a lista era imensa, o fato de ir a outro país de bike, sem nenhum outro suporte, coisa que nunca havíamos feito, me assustava, então levar somente o essencial, foi algo muito difícil de decidir, queria levar a "casa", muitas vezes tive que me conter e tirar coisas, outro ponto que nos gerou muito estresse foi a compra/confecção do carrinho reboque da bike, todos a quem consultei me indicaram usar alforges nas laterais das bikes, mas dessa forma eu teria que dividir o peso quase que meio a meio com a minha esposa, então optei pelo reboque, comecei a buscar na internet para comprar, achei dois, um feio e caro e um bonito no valor de um de rim , mais um problema, foram quase dois meses procurando, decidi então procurar alguém que fizesse um, foram mais três meses de procura, fui em quase todos os metalúrgicos da cidade, muitos só sabem fazer "bola" e "quadrado" e se alguém pede que se faça "triângulo" eles te olham com uma cara que não seria educado eu descrever aqui. Até que encontrei um predestinado, enviado além, disposto a TENTAR, nem que erre e daí, e daí que deu certo, deu certo a coisa mais difícil/impossível que faltava. Chegou o grande dia, quer dizer......o dia anterior a partida, hora de revisar pela milésima vez as coisas, a pré list, arrumar tudo e tentar pregar os olhos pro dia seguinte. 20170820_190658.mp4 1° Dia, Rio Branco - Região do Arachá, pedal 120kms 'Acordamos' as cinco tomamos café e saímos as seis, como parte da nossa programação seria mais ou menos esses horários que tentaríamos seguir durante a viagem, nos primeiros kms demorei um pouco a intender o ritmo que o carrinho deixaria eu seguir, estava carregado com tudo e mais um pouco, no decorrer da viagem descrevo a você's o que levamos sem necessidade, então, pegamos um vento de frente com sol forte logo cara como "boas vindas", as 8:00h parecia 12:00h, isso nos obrigava a andar com muita água todo o tempo, pois nem sempre há como adquirir, chegamos na primeira cidade Capixaba distante 78km as 12:00h, amoçamos, descansamos numas sombras de árvores e pensamos; seguiremos mais um pouco ou está bom por hoje? Seguiremos um pouco mais, por volta das 14:30 de volta a estrada pra lutar mais um pouco sob o sol e ventos que pareciam não querer que seguíssemos, paramos 30kms mais a frente e bebemos um refrigerante daqueles 'ruins' de dois litros quase de salu , enquanto o sol nos aguardava , parecia que ia chegar de noite fazendo sol, depois desse ponto que já era umas 16:00hs começamos a buscar um lugar cinco estrelas pra acampar , as prioridade eram 1°segurança, 2°banho, nem sempre tivemos o item 2, pois as vezes tínhamos que por em "cheque" o item 1, item inegociável, mas nesse primeiro dia foi tudo de bom, lugar seguro e com banho, as 19:00 já estávamos na cama, (levamos colchão inflável, todos nos recomendaram que não levássemos esse objeto, mas depois de um dia de esforço, tudo que seu corpo quer e precisa é uma noite de bons sonhos, então levamos e recomendo) um pouco de conversa sobre como foi nosso 1° dia, e pahh.......dormimos. 2° Dia, Região do Arachá - Brasileia, pedal 120kms Acordamos com o raiar do sol, as 5:00h já parecia 9:00h, hora de desmontar e guardar tudo, tínhamos café da manhã mas resolvemos seguir e comer algo mais tarde na estrada, decisão errada, descobrimos que por muitos kms algo pra comer na estrada se resumia a salgado com refrigerante, comemos mesmo assim, pedalamos até as 11:00 o sol estava muito forte e resolvemos parar pra fazer o almoço, levamos mini fogareiro, mini botijão, panelas, pratos, copos e talheres, e muitas coisas de comer, enlatados de feijão, enlatados de carne, arros crú, entre outros, paramos em uma escola abandonada a pouco tempo, deu tristeza de ver, parecia que tinham saído as pressas, tinha muita coisa didática deixadas para trás, pois, almoçamos pero das 12:00h e com o sol nos 'freando' resolvi explorar o lugar, 'descobri' uma fonte de água mineral nos fundos distante uns 200 metros, ficamos de molho por um tempo, mais tínhamos que seguir pedalando, muitas subidas íngremes com peso, sol forte, vento, isso mesmo o vento não dava trégua, chegamos na entrada da cidade de Xapurí km188 as 16:30h, a cidade de Chico Mendes que ficou conhecido no mundo todo devido sua morte e a sua luta contra os desmatamentos, mas esse debate não vem ao caso, mais uma vez sentamos, conversamos sobre como estava nosso corpo, se seguiríamos até a próxima cidade, Brasileia, ou acamparíamos por ali mesmo, estávamos nos dois bem então seguimos, logo a noite chegou, não é recomendado pelar a noite mais foi um alívio grande quando finalmente o sol foi "dormir", e resolvemos seguir em frente, os kms finais até Brasileia foram duros demais, tínhamos ultrapassado nossa cota diária de kms mesmo nas condições de sol/ventos, chegamos já eram umas 21:00h fomos atrás de um 'hotelzin' pra não gastar muito, quando vou guardar as coisas vejo uma solda do reboque quebrada, putsssssssss , deu aquele sentimento de raiva misturado com cansaço, mas não tinha muito o que fazer, tomamos banho e saímos pra jantar. Com a quebra do reboque o outro dia já estava comprometido, então resolvemos dormir até o sono acabar . 3° Dia, Brasileia - Sair da cidade, pedal 40kms Mas a cabeça não deixou tanto assim, umas 8:00h tinha já acabado, banho, café no quarto mesmo e fui atrás de consertar o reboque, encontrei através do boca boca um lugar com pessoas bem dispostas a resolver e curiosas com tal objeto, aliás não é sempre que se ver alguém que põe a casa sobre a bike e sai por aí né, reboque consertado as 11:00h, tínhamos até as 13:00h no quarto, fomos almoçar, voltamos e entregamos as chaves, mas lembra do sol forte??????? pois é, continuava lá e como nosso dia de pedal já estava comprometido mesmo, resolvemos nos deitar numa sombra na saída de cidade e relaxar, ficamos lá até depois das 15:00h, o sol foi dando uma trégua e resolvemos pedalar até achar um belo lugar pra acampar, de preferencia com banho lembram , mas não deu certo dessa vez, tava tudo tão seco, encontramos umas poças que não valia a pena, acampamos na entrada de uma fazenda, banho de gato com lenços umedecidos, jantar de barras de cereais e boa noite. 4° Dia, Até Assis Brasil, pedal 70kms Mais um dia se iniciava, e o sol as 5:00h pahhhhh, mas tudo bem, vamos lá, fazer nosso chocolate morno pra comer uns mistos da hora, arrumar tudo enquanto os moradores da fazenda saem , isso mesmo, enquanto estávamos tomando nosso chocolate os moradores iam saindo e claro estranharam as 'visitas', mas educadamente nos cumprimentaram com bom dia, entenderam que éramos viajantes e não do MST e tudo bem, saímos perto das 7:00h pra um percurso duro de muitas ladeiras, perto das 11:00 achamos um igarapé daqueles que a água parece sair da geladeira e paramos ali mesmo, lembra que na noite anterior não rolou banho? poi é, com licença , tomamos banho, lavamos umas peças de roupa, fizemos almoço, tiramos um cochilo enquanto a roupa secava naquele sol maravilhoso , nos aprontamos sem pressa perto das 15:00h pois sabíamos que a nossa meta daquele dia estava próximo 30kms para a cidade fronteiriça de Assis Brasil, quando estávamos voltando pra estrada tivemos uma visita que pensei ser daquelas piores , uns rapazes de "aparência duvidosa" aparentando serem menores de idade que já haviam passado em alta velocidade enquanto estávamos no almoço em uma moto potente sem placas sem capacetes, param ao nosso lado curiando tudo fazendo um monte de perguntas, e Eu lá dentro de mim pensando, vai ser agora , mantive a calma e respondi o máximo de perguntas que pude, nunca dizia o nosso real destino, sempre dizia vou até ali na frente e volto, NUNCA o valor das bikes e equipamentos, fomos conversando e vi que não iam nos fazer mau, ofereci lhes um doce que levávamos eles seguiram seu caminho nós o nosso tudo na paz, esse percurso as ladeiras não sabem brincar, são muitas e fortes, mas estava uma tarde muito bonita com muitos vales verdes ao entardecer ficou mais belo ainda, resolvi parar pra tirarmos umas fotos, pedi que minha esposa parasse e ela esqueceu de desclipar a sapatilha e pahhh o grito e a queda, ela ficou muito nervosa e doeu bastante tentei não alarmar e levar por menos mas ela entendeu que eu não estava dando a devida importância, 1° ATRITO, mesmo assim tiramos umas fotos, com climão , logo chegamos a cidade, mais umas fotos, fizemos a saída na alfandega pra ir adiantando o dia seguinte, nos hospedamos na pousada Bela Vista (não é patrocínio, mas fomos tão bem atendidos pelo proprietário que resolvi dizer o nome da hospedagem), não estávamos com clima de sair pra jantar, fiz janta no quarto mesmo e jantamos, boa noite. 5° Dia, Assis Brasil - Ibéria, pedal 75kms Depois de uma noite bem dormida, o resultado daquela queda, um roxidão e um inchaço medonho, putsssssssss, tomamos café e como os primeiros dias de estrada já havíamos identificado alguns itens que levamos sem necessidade (cadeado, garrafa térmica, adaptador de cartão de memória, bastão de fotos) então pedi ao proprietário da pousada que guardasse até a nossa volta, a minha esposa tomou um remédio pra dor e um anti inflamatório e seguimos pra alfandega peruana para tramites, tudo resolvido, pé na estrada, e não ia ser uma fronteira imaginária que ia acabar com as ladeiras, entãoooooooooooo, tomile ladeira , mais com um diferencial, estávamos no lado peruano, estrada muito bem feita e conservada, nenhum buraco e com acostamento em toda ela, após uns 40kms chegamos em uma linda fazendo onde estão transformando em um balneário, lugar lindo, almoçamos e descansamos um pouco por lá, seguimos perto das 14:00h e chegamos em Ibéria a 65kms, tomamos um banho em "baño publico" e seguimos pra sair da cidade e encontrar um lugar pra acampar, é aí que somos surpreendidos, passamos uns 10kms e encontramos um lugarzin, não era dos melhores mas não queria correr o risco de anoitecer e a gente na estrada, então ficamos ali mesmo, montamos tudo, já estávamos banhados e cama, ficamos conversando um pouco e paahhhh , escutei algum ser pequeno mais não tanto nos rodeando (estávamos na divisa da floresta fechada e aberta) começamos a eliminar de cabeça os prováveis seres e chegamos a pensar.....são cutias (animal de médio porte da família dos roedores) e não paravam de nos rodear correndo, apenas rodeando curiosos sem fazerem nenhum som, liguei as lanternas no intuito de ver algo os assustá los para irem embora e nada, pouco segundo tudo continuava, comecei a me preocupar com o que esses seres poderiam fazer com nossas coisas assim que dormíssemos e resolvi sair de lá as 20:00h, levamos tudo mais pra perto da estrada, tudo era um silêncio atéééééééé que entãoooo, começou uma grande algazarra de muitos macacos, tínhamos invadido seu território e eles não estavam gostando, quando percebi do que se tratava relaxei e peguei no sono, eles só queriam seu lugar de volta. 6° Dia, Ibéria - Mavila, pedal 90kms A noite anterior não foi das melhores, por causa dos primatas não relaxei por completo, dormi só com um olho , deixei o outro entre aberto, mais animo, hoje tem pedal , tomamos do nosso café da manhã, arrumamos tudo e seguimos, perto das 11:00h encontramos um igarapé e paramos, mas não era muito propício pra fazer almoço, pouca sombra, resolvemos lavar nossa roupa e nos refrescar naquela água enquanto o sol fazia "sua parte", comemos uns seriais que tínhamos enquanto não almoçávamos, umas 13:00h tudo já estava seco nos arrumamos e seguimos até encontrar a sombra perfeita pro almoço, encontramos e fizemos nosso almoço (macarrão, feijão, salsichas e suco), nesse dia já havíamos pedalado um bom trecho, então a partir dali podíamos acampar sem pressa, encontramos um lugar tranquilo já depois de Mavila e acampamos, esse dia não invadimos o território de nenhum animal , boa noite. 7° Dia, Mavila - Puerto Maldonado, pedal 85kms Depois de uma bela noite de estrelas e de boa dormida, tomamos café arrumamos tudo e saímos, perto das 10:00h passamos por uns biker's no que parecia ser uma corrida vindos provavelmente de Puerto Maldonado distante uns 40kms de onde estávamos, mais a frente acharíamos um belo balneário com aquela água super refrescante, apesar de ser segunda feira estavam servindo almoço e já fizemos o serviço completo, (baño, almozo, descanzo) seguimos até Puerto, 20kms mais a frente, chegamos umas 15:00h estávamos procurando um hotelzin quando dois senhores peruanos nos viram com aquelas bikes estranhas e carregando 'a casa' vieram até nós fazendo perguntas e admirados com tal proeza, e nos convidaram a tomar uma cusqueña, marrr meu Deus, miiiiiiiimmmmmmm dê papaiiii, tomamos três, o negócio tava bom mais precisávamos achar um lugar pra ficar e saímos, na mesma rua encontramos, um lugar todo chicoso com preço um pouco mais alto mais resolvemos nos dar ao luxo daquele dia (acho que foram as cervejas) mas valeu super a pena, guardamos tudo no quarto, tomamos aqueeeeeeeeeeeele baño, lavamos umas roupas e saímos pra jantar, delícia, voltamos e fomos relaxar no terraço do hotel, lugar com um redário e vista de boa parte da cidade, perfeito. Boa noite. 8° Dia, Puerto Maldonado - Santa Rosa, 140kms Bom dia, já estava quase tudo arrumado mesmo daí ficou fácil, tomamos café e saímos, a minha esposa continuava com a perna inchada devido a queda, paramos em uma botica=farmácia, e compramos um remédio mais forte pra tratar da perna da Ana, como todos os dias tinha pedal o corpo não tem tanto tempo assim pra se recuperar e não parava de doer, mais pé na estrada, depois de uns 20kms fomos alcançados por um cicloturista peruano, Jô Luiz, ele é morador de Cusco e veio de ônibus para Puerto Maldonado e estava retornando a Cusco no pedal, pedalamos 120kms juntos, conversamos muitos sobre nossos países, cidades, foi o dia todo pedalando e conversando sobre tudo, cara super gente boa, nesse dia almoçamos muito bem um pescado frito na beira da estrada, passamos pelo maior 'assentamento' de garimpeiros perto das 17:00h, lugar muito marcante, por um pouco mais de 1km do lado e do outro da estrada se parece com Bangladeche ou Bankok(como se ver na TV), uma aparente desordem, muitos nos aconselharam a NÃO passar nesse lugar de bike, não vi nem senti perigo algum, foi como se eles não nos vicem, pensei que os interesses deles são outros, tive muita vontade de tirar a câmera da bolsa e fazer umas fotos ou filmar o trajeto mas também não quis abusar, nesse dia estávamos avançando bem e resolvemos ir logo até Santa Rosa, chegamos cansados e já era umas 20:00h, vi duas pousadas, uma lotada a outra sem ninguém , por que será hemmmmmmm?, mas estávamos com poucas opções, ou era isso ou seguir mais a frente e acampar, resolvemos ficar, PIOR DECISÃO DE TODAS , vamos lá; "embaixo é um comércio, quase todas são assim, pra subir tinha uma escada super estreita,, quando chego no quarto não era um quarto era um forno, não tinha janelas, não tinha ventilador, o banheiro era no fim do corredor, mais o infeliz do dono cria um cachorro no corredor, o animal passou a noite inteira latindo então nem no banheiro dava pra ir, pensei milhões de vezes em sair daquele lugar desgraçado no meio da noite e ir acampar em qualquer lugar mas a Ana estava tão cansada que fiquei assim mesmo, a todo momento alguém batia na porta que é de metal e dava um som enlouquecedor, e o meserento do dono se fazia não ouvi, impossível não ouvir aquilo, já passava da meia noite a Ana já havia "desligado" quando alguém muito afim de entrar quase rebentando a porta o dono desceu pra ver e findou deixando um casal entrar, caralllhhoooooooooo era a mulher do gemidão da zapzap porraaaaaa, lembra do amigo cicloturista peruano???? ele estava no quarto da frente e não aguentou a pressão, foi e bateu na porta da mulher do gemidão conversaram por alguns segundos e diminuiu o volume do som, mais isso já passava de 1:30h da madrugada, meus olhos ardendo, corpo só o bagaço até que sem eu perceber desliguei também. 9° Dia, Santa Rosa - Mazuco, pedal 50kms Acordamos umas 6:30h, que lugar horrível, tava quebrado, eu queria sair o mais rápido possível daquele lugar, tomamos banho e saímos, fomos fazer nosso tradicional café da manhã na estrada mesmo, o amigo peruano estava com os dias contados pra fazer o percurso e decidiu que seguiria mais rápido e nos despedimos, combinamos de nos encontrar em Cusco mas não aconteceu, começamos então a subir a serra de Santa Rosa, depois daquela noite subir serra não era o melhor a se fazer maissss, hoje tem pedalll, apesar de tudo fomos bem, chegamos a Mazuco e tentei comprar um chip de celular de operadoras peruanas pra ficarmos comunicáveis mas não deu certo, seguimos mais um pouco e nos deparamos com um belo lugar, belo sol, isso mesmo, o sol já estava belo, a Ana queria pedalar mais, mas eu com um pouco de bom humor a convenci a parar e somente ali parado e admirar tudo aquilo, ficamos e acampamos ali mesmo, TARDE MÁGICA, tinha uma fonte próxima, tomamos banhos, fizemos o jantar e comemos, conversamos um pouco e boa noite. 10° Dia, Mazuco - Quince Mil, pedal 70kms Noite muito boa, mesma sequência, café arrumar tudo e sair, nosso corpo e nossas cabeças já estavam bem desgastados, as subidas muito íngremes e fortes, mas começamos a ver as belas cachoeiras, paramos na primeira umas 10:00h e ficamos nela até umas 11:30h quando chegou um casal resolvemos seguir viagem, mais a frente tinha outra e apenas tiramos fotos, pedal......quando antes das 13:00h pahhhhhhh a mega cachoeira, não era nosso intenção fazer uma parada aquela hora, o sol havia se escondido entre as montanhas e estava ótimo o pedal, mais não podíamos perder por nada, que coisa mais linda, água fria e cristalina que caia de entre as montanhas de uma mega altura, fazia um barulho muito gostoso, não queria sair dali por nada, passamos umas duas horas naquele lugar masssssssss tínhamos que seguir, o sol foi ofuscado cedo por uma neblina e as 16:00 já estava escurecendo quando chegamos a Quince Mil, ficamos em uma pousa de um casal muito atencioso, aquele banho, saímos pra jantar e depois fomos comprar comida enlatada/ensacada/embalada pra abastecer nosso reboque, boa noite. 11° Quince Mil - Quince Mil, pedal 30kms Bom dia, há uma discussão sobre o "melhor" tênis ou sapatilha? não sou advogado de nenhum, mas já uso sapatilhas e estou gostando, apoooiiissssss, incentivei a Ana a também usar pensando nos benefícios que eu identifico no tal calçado, pouco antes da viagem ela ainda estava na dúvida se ia de sapatilha ou de tênis, ela queria levar os dois e consequentemente dois pedais, falei que estávamos cortando peso ao máximo e que não seria possível, ela tinha que optar, optou pela sapatilha mesmo, entãooooooooooooo, lembram que ela caiu e machucou a perna perto de Assis Brasil? quando estávamos pedalando a umas duas horas e íamos parar ela esqueceu novamente de desclipar a sapatilha e caiu novamente machucando ainda mais a mesma perna, sabia que ainda não havia nem recuperado da última queda, paramos num silêncio ensurdecedor, ela tirou a sapatilha e começou a pedalar de chinelo, não sabíamos o que fazer, apenas pedalamos do jeito que dava, não rendeu muito aquela forma, estava frio, subidas muito íngremes, de chinelo com pedal de clip, não estava nada bom, resolvemos parar e acampar, tomamos banho, fiz o jantar, comemos, conversamos um pouco sobre como faríamos com tal problemas mas estávamos com poucas opções e cansados de mais pra pensar numa solução, boa noite. 12° Dia, Quince Mil - aos pés de Marcapata, pedal 20kms Bom dia, a minha esposa e guerreira Ana estava com muitas dores na perna que machucou em duas quedas, acordamos arrumamos tudo, tomamos um bom café da manhã, mas a moral não estava boa, como ela ia pedalar de chinelo naquele frio, subindo montanhas de chinelo? estávamos pra baixo, ela colocou várias meias e calçou o chinelo, ajudou um pouco mas foi ficando desconfortável por vários motivos, escapava o pé, dá diferença na altura de um pé pro outro, e esfriando o pé, tava horrível, tirei o clip da sapatilha pra não "grudar" no pedal e ela agasalhar o pé, também não deu certo, enrolei o pedal com bastante esparadrapo mas também ficava escorregando, tava desanimador, e ela se queixando de dor na perna, com razão, imagino que no frio um machucado tome proporções ainda maiores, eu não cai e estava todo dolorido imagina cair duas vezes com a mesma perna no asfalto com a bike pesando uns 20 quilos?, paramos várias vezes, ela tomou dois tipos de remédios anti inflamatórios pra diminuir as dores e inchaços mas o corpo não tem tempo de recuperação, perto das 14:00h resolvemos parar por aquele dia, achamos um lugar bem bacana as margens de um vale e acampamos, era cedo, fiz uma sopa pra animar um pouco, ficamos ali olhando todo aquele lugar lindo por um tempo, começou a ventar e esfriar muito, resolvemos entrar pro nosso "quarto", dormimos super cedo nesse dia, boa noite. VID-20170906-WA0135.mp4 13° Dia, Subida final a Marcapata, pedal 10kms duríssimos Dormimos muito bem, desmaiamos, acordamos e fizemos o que tinha de ser feito sem a mínima pressa, terminamos já era umas 8:00h, então vamos subir a Marcapata, missão das mais duras, chegamos a Marcapata já era umas 11:00h, nos hospedamos num hotelzin bem aconchegante de uma família bem simpática, meia hora de perguntas pra intender ou tentar intender o porque de tal loucura e fomos almoçar no "melhor restaurante da cidade", comida ótima a um preço 'exorbitante' de $6,00 soles, inacreditável, dava vontade de pagar mais, no jantar onde fomos? Claro né, mesmo lugar, mais a tarde fomos desbravar a cidade a pé, andamos por vários lugares, comprei uma sacada de uvas frescas, isso mesmo uvas frescas por inacreditáveis????? $5,00 soles o quilo, quase racho a barriga de tantas uvas, passamos em um mercadinho compramos mais alimentos enlatados/ensacado/embalados e voltamos pro hotel, estava faltando luz na cidade, alguns lugares tinham geradores ligados e imaginei que faltar luz numa cidade entre as nuvens deva ser normal, Marcapata está a 3.200mts de altitude, durante a tarde perto das 16:00h as nuvens cobriram tudo e esfriou com tudo, mais uma noite bem dormida, ótima. 14° Dia, Marcapata - Ocongate, pedal duríssimo 70kms Bom dia, tomamos nosso café no quarto mesmo, não tinha energia na cidade e tomamos banho com uma água perto de congelar e saímos, era umas 7:00h, a Ana estava tentando pedalar com a sapatilha sem o clip e o pedal todo enrolado com esparadrapo, pedalamos uns 15kms assim, olhava pro rosto dela aquele olhar de dor e desespero, mas ela fazendo o impossível pra se manter firme e em combate, estávamos só nos dois, não tínhamos outra companhia, eram horas sem passar nenhum carro ou algo parecido, então ter uma emergência médica naquela hora seria horrível, pensei em várias hipóteses, tomei uma difícil mais importante decisão de jogar a toalha por ela, igual aquelas lutas de boxe, ela chorou querendo continuar, me disse que pedalaríamos um pouco mais e acampávamos, mas eu lhe disse que estávamos muito alto e não seria bom acampar em tal altitude, deveríamos estar a uns 4.000mts, nessa altitude o corpo reclama cada minuto passados é como se o tempo estivesse sugando você, sugando suas forças, seus líquidos, seu ar, não poderíamos ficar ali durante a noite, o tempo passava e passava já era umas 9:00h, até que ela aceitou e intendeu ser a melhor decisão naquele momento, combinamos que ele esperaria um ônibus ali mesmo e nos encontraríamos em Cusco no dia seguinte, numa pousada que já ficamos outra vez, tudo combinado mas eu seguiria e o relógio era contra mim, tinha que percorrer as maiores altitudes antes de escurecer então segui pedalando enquanto a Ana ficou, detalhe fatídico que com tudo que estava acontecendo não observamos, os peruanos pedem muita carona de todos que passam, então quando começaram a passar ônibus, vans e todo mundo quando a Ana dava com a mão eles não pararam pensando ser essas caronas, ela ficou das 8:30 até as 14:30, ISSO MESMO , quando ela já estava desesperada e ia retornar pra Marcapata apareceu uma família de Rondônia enviados por Deus e parou, ela disse que desabou no choro, de alívio, de alegria, de tudo, daí que a Ana até ajudou lhes, eles nunca tinham estado nas montanhas e nunca tinham sentido os efeitos da altitude, a Ana que já sabe de cor tudo isso, de como se portar nesses lugares acabou ajudando quando os efeitos foram aumentando, e quando chegaram a Cusco quem era a guia??????? Claro que a Ana, ela tem boa memória e como já fomos algumas vezes de carro e andamos em muito lugares, está tudo guardado na cabeça dela, mas calma aííííííííí, e euuuu? ainda estou pedalando e sofrendo muiiiiiiiiiiito, um pouco antes do "topo", o ponto mais alto do percurso a 4.725mts, meu corpo estava no limite, eu sentia meu coração parecendo um tambor batendo atrás dos meus olhos, sentia meu corpo sendo bombardeado por aquele lugar, pedalava a 7k/h já era umas 15:30h e não tinha almoçado, fiz apenas um leite quente e dois ovos cozidos, eu estava exausto, nem a minha esposa estava ali pra conversarmos e distrair um pouco tudo aquilo, lugar muito muito muito lindo, mais eu sentia como se ele quisesse me engolir, os minutos foi passando e eu falei dentro de mim assim; (MEU DEUS ME DÊ FORÇAS, NÃO ESTOU CONSEGUINDO) não tem nada com religião, não sou religioso nem nada, mais creio em Deus assim como muitos creem cada um de sua forma, pois, em instantes uma grande carreta vinha descende, freando freando freando e parou no outro lado, o motorista baixou o vidro me chamou me deu um refrigerante uma fruta e disse (NÃO DESANIMES, O TOPO ESTÁ LOGO ALI) e continuou descendo, voltei segurei minha bike e comecei a chorar "assim como estou fazendo agora", chorei sem parar o resto da tarde, Deus me ouviu, aquilo foi tudo, me deu uma força, um ânimo, cheguei a Abra Pirhuayani a 4.725mts já as 17:00h estava muito frio, me encostei no marco ao lado da estrada agradeci por tudo mais já estava escurecendo, não podia ficar ali, pedalei até depois de Ocongate e acampei já era umas 20:00h, boa noite. 15° Dia, Ocongate - Cusco, pedal duríssimo 140kms A noite anterior não foi das mais fáceis, como fui acampar já estava noite não pude escolher lugar, foi o que deu mesmo, mas esse que deu não foi dos melhores, não tinha um único lugarzin que desse de se sentar que não fosse em cima das pontas de pedras, tinha uma mina de água próxima mas quando virei o foco da lanterna ao lado ao que parecia um "depósito" de penas de pollo=frango , tava com cede e com fome mas não dava pra fazer nada sem água, olhei em volta pra ver se estava mesmo livre de humanos e não vi sinais de nada nem ninguém, fui pra "cama", mas não conseguia pegar no sono mesmo estando tão exausto por tudo que passei naquele dia, dormia e acordava o tempo todo, até começar a clarear por sobre as montanhas, bom dia então. Arrumei as coisas mas estava morto de cede, resolvi procurar e achei outra fonte de água dessa vez aparentemente limpa, mas como levei cloro, coloquei um pouco por precaução, esperei, bebi o máximo que pude enchi a garrafa e comecei a pedalar as 6:00h em ponto já com uma inclinação muito forte, passei duas horas subindo uma montanha, quando vi que desceria pro fundo do vale novamente me deu um desanimo monstruoso pois sabia que teria que subir tudo novamente, a partir dessa hora o corpo parecia não querer lutar mais, cada km ficava mais difícil, as 9:30h parei em uma lan house num vilarejo que não me recordo o nome e passei uma mensagem via Facebook pra Ana que já estava em Cusco dizendo minha localização e minha situação de cansaço, disse lhe que demoraria mais chegaria, aproveitei e comi um pão que eu carregava na bolsa com leite, segui viagem subindo novamente outra montanha, meu corpo estava exausto, o silêncio nessa hora também não me ajudava, sentia falta da Ana pra conversar e quem sabe distrair um pouco o corpo, o silêncio faz a gente pensar muito, muitas vezes é bom mas não aquela hora, pensava nos kms que faltava, e isso era mais um fator de desgaste pra mim, a medida que eu subia a montanha por várias vezes a cima de 4.000mts ficava ainda mais exposto ao sol forte, quando tinha sombra dava pra sentir frio mais pedalando e no sol o suor pingava, cheguei em Abra Cuyuni a 4.200mts as 13:00h ponto mais alto antes de Cusco mas muito distante, comecei uma longa e perigosa descida de uns 20kms, nessa hora que eu fui sentir o frio, paisagem de tirar o fôlego, apesar do cansaço admirei o quanto pude cada km, cheguei em Urcos perto das 15:00, estava morto de fome mas não queria parar, ainda faltavam 45kms, 45kms naquelas condições sabia que não eram fáceis, começou um trânsito infernal(muitos já haviam me falado dessa 'chegada', uns até me aconselharam a fazer esse percurso de ônibus) mas meu objetivo era pedalar até Cusco então segui assim mesmo, trânsito uma loucura ao entardecer, cheguei na praza de armas, onde a Ana já estava hospedada encostei a bike me sentei na calçada as 18:00h e por alguns segundos veio um misto de sentimentos, vontade de rir e de chorar por tudo aquilo, a Ana veio e me ajudou a colocar a bike na pousada, estava na exaustão máxima, esperei um pouco e tomei aquele banho morno e fomos jantar ao lada da pousada. Boa noite. Apesar de todo os esforço que meu corpo e minha mente teve que fazer, a grande expedicionária e vencedora foi minha esposa Ana, pois essa rota Rio Branco - Cusco assusta até os mais loucos viajantes masculinos, muitos vão da metade, outros vão seguidos com carro de apoio, outros fazem o inverso Cusco - Rio Branco por conta da "declinação", mas uma mulher que tenha feito o que a Ana fez, não tenho notícias, então, não é atoa que ela ATÉ ONDE SEI tenha sido a primeira a fazê lo. Essa rota daqui a cinquenta anos vai continuar sendo desafiadora, então desafie se, curta, aproveite, viva esse pedal, sofra, realize se. Um grande abraço.
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