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Por rafacarvalho33
A região do Complexo do Baú é uma das mais conhecidas de toda Serra da Mantiqueira, situada próximo a Campos de Jordão e São Bento do Sapucaí. A região atrai milhares de turistas ao ano, que procuram desde o turismo convencional até ao turismo de aventura.
O Complexo do Baú é uma grande formação de rochas de 360 m de altura, 540 m de comprimento, com encostas de até 180 m de altura. Ele é formando por três montanhas: a Pedra do Baú (1.950 m), A pedra do Bauzinho (1.760 m) e a pedra da Ana Chata (1.670 m).
A Pedra do Baú no centro, ao lado esquerdo da foto, atrás do ramo de folha, o Bauzinho
O trajeto até a pedra do Bauzinho pode ser realizada de carro e tem uma linda visão para a Pedra do Baú. Já o trajeto da Pedra do Baú e para a pedra da Ana Chata só por trilha, que podem levar de 03 a 06 horas dependendo do ritmo de cada um, a nota especial é que na Pedra do Baú você tem que encarar 600 grampos. (recomendado fazer com um guia e equipamentos de segurança).
O desafio da Pedra do Baú é encarar a altura e os famosos grampos. Os grampos são totalmente seguros, instalados na pedra desde os anos 40.
Muitas pessoas contratam guia com os devidos equipamentos de segurança, mas existe a possibilidade de você fazer por conta própria, não tem muito erro, é só você ir com calma, de grampo em grampo sempre mantendo 03 pontos de apoio fixo.
São 600 grampos ate o topo da Pedra do Baú
- Como chegar
Usando o Waze ou Google Maps coloque a localização Restaurante Pedra do Baú, de São Paulo dá em torno de 200 km. O local é bem estruturado, oferecendo estacionamento, banheiro, restaurante, hospedagem e dá acesso à trilha Pedra do Baú e da Ana Chata.
A diária do estacionamento custa R$20,00 e o uso dos banheiros esta incluso nisso.
A trilha tem em torno de 05 a 06 km, sendo 1,5 km de seu trajeto de subida, depois mais 600 grampos ate o topo da Pedra do Baú, então as pernas acabam ficando doloridas no retorno. Para se ter uma ideia, fiquei mais cansado nessa do que na de 25 km que fiz pela região de Biritiba Mirim.
Bauzinho ao fundo
A trilha é bem demarcada, com totens indicando a distância que falta até o inicio dos grampos. Quando chegar ao inicio dos grampos, terá um responsável controlando o acesso, caso você não opte fazer a subida com algum guia, será necessário assinar um termo de responsabilidade.
Nesse mesmo ponto você verá o acesso para a trilha da Ana Chata.
A subida pela FACE SUL da Pedra do Baú esta INTERDITADO, houve um deslizamento de pedra que acabou arrancando 03 grampos, porém mesmo sem eles, as pessoas estavam se arriscando com cordas para pular a parte sem grampos, os responsáveis do parque acabaram tirando mais alguns grampos tanto no meio como no começo para que nem com corda fosse possível.
Tudo isso foi feito pela sua segurança, a face Sul não é tão firme quanto a Face Norte. Logo evite.
Visão da Serra da Mantiqueira
Como o mesmo lugar para subir é a mesma via para descer e não cabem 02 pessoas no meu grampo, ai você pensa "e como faz com o congestionamento de pessoas?" Bem, o Parque disponibiliza 04 funcionários que ficam um no começo, dois no meio e um no fim, controlando o transito de pessoas, isso ajuda muito.
A Pedra do Baú é muito bem cuidada, não há lixo na trilha, é bem demarcada, gostei muito de conhecer a região, os grampos são firmes e estão em um espaço muito confortável entre um e outro, assim não dificultando para quem tem a perna curta.
O medo sempre ira surgir, mas qual seria a graça da vida se a gente não encarar nossos medos né?
O que posso recomendar é pensar em um degrau por vez, devagar, sem pressa e sempre da forma mais segura possível, caso tenha muito medo ainda, é possível contratar guias locais que vão te acompanhar e irão fornecer os equipamentos de segurança.
- Dicas
Leve:
2 Litros de água no mínimo.
Lanche e frutas
Boné e lanterna
Óculos
Protetor solar
Blusa de Frio ou corta vento
Protetor Labial
Um calçado adequado para a trilha
Sempre deixe avisado para familiares para onde você esta indo
Planeje a trilha antes de fazê-la pela primeira vez, saiba o que você ira enfrentar durante o dia.
Melhor época é sempre no outono/inverno, época que dificilmente terá incidência de raios e trovões, e muito menos chuva, mas sempre fique atento a meteorologia do dia.
Não se esqueça de sempre trazer seu lixo de volta, ajude a cuidar e preservar a natureza.
Espero que tenham gostado do relato, para qualquer dúvida só mandar mensagem pelas minhas rede sociais, estou presente no Instagram no rafacarvalho33 e no Facebook no Follow The Portuga.
**** Aos amigos do blog que vão viajar e reservar sua hospedagem, peço para usarem minha caixa de pesquisa na página inicial do site, assim o Booking repassa uma parte da comissão para mim, ajudando eu a seguir com o trabalho aqui no blog, isso não gera nenhum custo adicional para você. Valeu =] ****
Follow me
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Por Alan karleno
Fala Mochileiros..
Procuro dicas para aperfeiçoar o meu roteiro e a quantidade de dias que se faz interessante para cada local. Planejo o roteiro entrando pela Argentina (buenos Aires), saindo pelo Chile (Santiago), em junho de 2020. Tenho 25 dias disponíveis.
Vôo. Teresina & buenos Aires (buenos Aires 3 dias).
Vôo. Buenos Aires & Bariloche (Bariloche + Villa la angostura 5 dias).
Vôo. Bariloche & Buenos Aires e Buenos Aires Ushuaia. (Dia para viagem).
Vôo. Ushuaia & El Calafate (4 dias El Calafate).
Ônibus. El Calafate & Puerto Natales (5 dias Puerto Natales + Parque torres del paine).
Ônibus. Puerto Natales & Puta Arena (2 dias Puta Arena).
Vôo. Punta arenas & Santiago ( 4 dias Santiago) + VALLE NEVADO ou FARELLONES.
Vôo. Santiago & Teresina.
1 dias para emprevisto.
Quero aproveitar ao máximo o tempo em viagem.
Desde já agradeço pela atenção.
Bora Mochila..
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Por thiago.martini
Amigos Mochileiros,
Como o único relato que tem sobre o trekking a Ciudad Perdida é de 2010 (muito bom por sinal e me ajudou bastante) resolvi escrever sobre a experiência que eu e minha esposa tivemos em outubro deste ano neste trekking incrível.
No meu instagram (@thiagomrp) tem uma postagem para cada dia da trilha, com várias fotos do percurso. Quem quiser, é só dar uma conferida.
PREPARAÇÃO
Foi bem difícil achar boas informações sobre o trekking em sites brasileiros. Só um relato aqui no Mochileiros.com e poucas informações recentes. Acabei assistindo alguns vídeos feitos por viajantes gringos, buscando informações em sites colombianos e conversando com o hostel que iria nos hospedar em Santa Marta.
Pelo que tinha pesquisado, sabia que a caminhada seria um pouco difícil, então resolvemos intensificar um pouco os treinos (fazemos treino funcional pelo menos 3 vezes por semana).
Fiquei em dúvida sobre comprar antecipadamente ou fechar na hora. Conversei com o pessoal do hostel por e-mail (Masaya Santa Marta – recomendo muito a estadia lá) e me orientaram que sempre tinham saídas e que a diferença seria o pagamento com ou sem taxas do cartão. Em resumo, pagando lá haveria uma taxa de 3% do cartão de crédito (que de fato não ocorreu, mais adiante explico).
Então como preparação apenas reservei o hostel em Santa Marta (Masaya) para dois dias antes do trekking e um dia depois. Assim poderíamos deixar nossos mochilões lá mesmo.
COMPRA DO TOUR (dia 07/10/2019)
Compramos o tour no próprio hostel, pelo mesmo preço que costuma ser o padrão das empresas de Santa Marta, COP 1.100.000,00. Na época que estivemos lá a melhor cotação que achamos foi 1 real para 780 COP’s. Com essa cotação nosso trekking ficou por +- R$ 1.400,00 cada um. Não tivemos a tal taxa extra, porque o atendente nos enviou um link (tipo paypal) e pagamos diretamente no site.
Aproveitamos para pegar informações com o atendente, Francisco, que tinha sido tradutor nessa trilha por diversas vezes. Segundo ele não seria TÃO difícil. Ledo engano nosso kkkkk.
DIA 1 (09/10/2019)
Entre 8h30 e 9h00 passariam nos recolher para o tour. Às 8h30 já estávamos na recepção. Vi um rapaz com roupa de agência e perguntei se estava nos esperando. Ele disse que não. Apenas outras duas pessoas. Até aí, ok então.
Esperei mais uns 15 minutos e nada da nossa agência. Fui falar com o rapaz sentado e perguntei se o nosso tour não era com ele também. Me perguntou qual era a nossa agência. Aqui descuido meu, não tinha perguntado ao Francisco qual era a agência. Mostrei para ela o comprovante de pagamento, ele fez uma ligação e confirmou que a gente também tinha que ir com ele. Uffaaaa, que sorte que fui abordá-lo.
Entramos num 4x4 e recolhemos algumas pessoas pelo trajeto. Fomos até a agência antes de sair. Depois de um rápido briefing pegamos a estrada.
Nosso grupo tinha 9 pessoas (5 colombianos, 2 ingleses, 1 alemão, 1 norte-americana e nós 2 de brasileiros).
Foram cerca de 1h30 de estrada de asfalto, com um motorista dirigindo loucamente kkkk.
Por volta das 11h00 estávamos na entrada do Parque Nacional de Sierra Nevada. Lá pausa rápida para banheiro, colocar nossas pulseira de autorização para entrar no parque e mais 45 minutos de estrada de chão, com várias subidas e descidas irregulares e travessias de rio. Foi bem emocionante kkkk.
Perto das 12h00 chegamos ao restaurante onde almoçamos e depois iniciamos nossa caminhada. Prato feito com arroz, feijão, salada, coxa com sobrecoxa e, é claro, patacones (que delícia kkk). Os pratos de comida são muito grandes. Eu não consegui comer tudo.
Por volta das 13h15 saímos para iniciar nossa caminhada.
O primeiro dia é basicamente uma longa caminhada estrada acima, com algumas barraquinhas no meio do caminho vendendo água, refri, cerveja, cacau, suco de laranja etc.
Esse dia totalizou 12,2 kms com solzão na cabeça.
Chamou atenção nesse dia a quantidade de aranhas e suas teias nas árvores.
Chegamos no acampamento por volta da 16h45. Todos os acampamentos são ao lado de rio. Nesse primeiro tinha uma piscina natural que o povo pulava do alto de uma pedra. Eu sou meio cagão para água, mas tomei coragem e pulei, minha esposa também. Foi uma baita adrenalina. Tem o vídeo no meu instagram (@thiagomrp).
Depois de um mergulho revigorante nas águas frias do rio, fomos tomar banho para jantar e dormir.
Dica: muita atenção nos acampamentos com aranhas, escorpiões e cobras. O nosso guia nos alertou. Nós optamos por pendurar as botas no alto (o que depois foi seguido pelos colegas) e SEMPRE deixar as mochilas fechadas, para evitar entrada de bichos. Também revisamos as camas antes de deitar.
Jantar estava muito farto e gostoso. Depois um brefing sobre o próximo dia e conversas sobre a história da trilha, da região, do povo Tayrona etc. Tudo muito interessante.
Às 20h00 já estamos deitados e às 21h00 apagaram as luzes.
DIA 2 (10/10/2019)
Despertadores tocaram as 5h00 para nos arrumarmos, tomarmos café e saímos às 6h00. Acontece que no grupo tinha uma criança (11 anos) que só levantou às 6h00 e daí que foi tomar café. Ficamos bem impacientes, inclusive o guia. Aqui falha dos pais que não acordaram a criança antes e apressaram ela. Acabamos saindo 6h30.
O segundo dia já era sabido com sendo o pior, e realmente foi. Foram 21,2 kms com muitas subidas e muita lama pelo caminho. Lugares bem escorregadios para caminhar. Nos levamos nossos próprios bastões, quem não tinha estava improvisando com tronco de árvore.
Às 9h00 chegamos no lugar onde almoçamos. Fizemos uma parada mais longa com direito a visitar uma cachoeira próxima. Valeu muito a pena.
Às 10h30 já estávamos almoçando e 11h00 voltamos a caminhar.
A segunda parte do dia foi beeeeemmm difícil. Muita subida e lama.
Por volta das 14h00 começou a chover, então complicou um pouco mais. Era subida sem fim, com chuva e fome. Por sorte chegamos numa vendinha e lá tinha frutas para nós. Foi revigorante.
Aliás, em várias vendinhas as agências providenciam frutas para o pessoal, normalmente melancia, laranja ou abacaxi (muito doce por sinal).
Chegamos no acampamento às 16h10, bem cansados. É o último acampamento antes da Ciudad Perdida, então todas as agências ficam no mesmo lugar. É o que tem a estrutura mais precária, mas mesmo assim foi ok.
Jantamos, conversamos e antes das 20h00 já estávamos deitados. Às 21h00 apagaram as luzes.
DIA 3 (11/10/2019)
Novamente levantamos às 5h00, café da manhã e as 6h30 saímos. Aqui o atraso foi proposital. Como 10 minutos após o acampamento tem a travessia de um rio, o guia preferiu atrasarmos um pouco para não ter que ficar esperando na margem do rio os demais grupos atravessarem.
Que travessia hein!
Deve ser uns 20 metros de uma margem a outra, com pedras e correnteza forte. Duas cordas ajudam, aliás, todo mundo se ajuda porque a correnteza é muito forte mesmo.
Depois de recolocar as botas, mais uns 10 minutos caminhando e chegamos no início das escadas que levam a Ciudad Perdida. Mais de 1200 degraus pela frente. Muita atenção, pois os degraus são curtos e bem úmidos.
Às 7h10 já estávamos na entrada da Ciudad Perdida. Passaportes (dados pelo próprio parque com a história do lugar) foram distribuídos e carimbados.
Nos acomodamos num lugar para ouvir o guia contar sobre a história da Ciudad Perdida e seu povo. Depois de um tempo saímos para desbravar o lugar.
Você vai encontrar vários militares do exercício pelos caminhos da Ciudad Perdida. Eles estão ali para marcar a presença do Estado e oferecer segurança. Foram todos amigáveis e até tiraram fotos com a bandeira do Brasil (eu sempre viajo com uma).
Na saída da Ciudad Perdida nosso guia passou na oca do líder espiritual, Mamo, porém ele não estava. Apenas sua esposa que vendeu algumas pulseirinhas feitas por ela para o grupo.
Por volta das 10h00 já estávamos descendo de volta ao acampamento em que passamos a noite. Almoçamos por lá e depois voltamos até o acampamento em que almoçamos no segundo dia.
Nesse dia foram quase 22km caminhados. Foi puxado, mas nem tanto.
A noite jantamos e antes de dormir tivemos a oportunidade de ouvir histórias de um índio de uma tribo descendente dos Tayronas. Ele mostrou instrumentos de trabalho, o poporo (instrumento usado apenas pelos homens para consumir a folha de coca) e outros utensílios. Foi uma conversa legal. Ele falava mais ou menos o espanhol e era auxiliado pelo nosso guia. Uma experiência bem bacana.
DIA 4 (12/10/2019)
Novamente acordamos as 5h00 e 6h30 já estávamos caminhando para terminar o nosso trekking. O objetivo era chegar para o almoço no local onde iniciamos nossa aventura. Lá onde o 4x4 nos deixou e voltaria nos pegar.
Umas subidas bem fortes, com quase 1 hora de subida initerrupta. Foi bem puxado.
Confesso que tenho dúvidas se foi o segundo ou último dia o mais difícil. Ambos foram muito puxados.
Por volta das 10h00 paramos tomar um suco e comer um bolo no mesmo local do primeiro acampamento. Descansamos um pouco e logo partimos.
Eu e minha esposa aceleramos o passo porque queríamos terminar antes do meio dia. Não porque tivéssemos pressa, mas só para ter um objetivo.
Uma parte do grupo foi mais rápido conosco e o resto seguiu mais lento com o guia.
Esse trecho final foi aquele na estrada com o sol na cabeça do primeiro dia. Dessa vez o sol estava até mais forte, por isso cada vez mais queríamos chegar antes.
Exatamente 11h50 chegamos no restaurante. Fui um trecho bem cansativo, quase 22,5 km. Todos que chegavam já foram arrancado as botas e deitando pelo chão gelado, era a melhor coisa naquele calor kkkk.
Cerca de 1 hora depois chegou o resto do grupo.
Almoçamos e por volta da 14h00 já estávamos no 4x4 para retornarmos até Santa Marta.
SALDO FINAL
Talvez tenha sido o trekking mais difícil que já fiz na vida (já fiz Salkantay no Peru e vários outros no sul do Brasil).
Foi puxado, subidas e sol fortes e uma umidade muito grande, suávamos muito.
Faria tudo de volta? Sem sombra de dúvidas, SIM.
Foi uma experiência muito legal, uma caminhada difícil e desafiadora, com um grupo nota 10, guia e tradutor muito gente boa e estrutura de acampamentos legal. Várias vezes nos pegávamos falando: “estamos no meio da selva colombiana!!!”. E realmente é isso. É uma selva bem fechada, úmida, com rios, cachoeiras, pedras e lama.
Trekking a Ciudad Perdida marcado como FEITO e RECOMENDADO a todos mochileiros e trilheiros!
Obs.: tentarei colocar algumas fotos nos próximos comentários. Quem quiser pode ver algumas no meu instagram @thiagomrp.
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