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Dicas das estradas - De Curitiba ao Peru e Bolívia.


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Este tópico é para ajudar as pessoas que quiserem fazer o mesmo roteiro que eu fiz nesta minha viagem de 2017/18.

O trajeto todo foi feito por mim e mais 3 amigos no meu carro, um Renault Symbol 1.6 16v 2013 em companhia de um colega e seu filho em um Jeep Liberty 2006. Nó dois não tivemos nenhum problema mecânico nos carros. Apenas o meu de vez em quando acusava alta temperatura, mas era um problema de sensor.

O roteiro que eu fiz foi o seguinte:

1º    26/12/17    Curitiba a Ita-ibate AR                                                 1049
2º    27/12/17    Ita-Ibaté a Salta (Campo Quijano)                             1022
3º    28/12/17    Campo Quijano a SPAtacama Chile (paso Sico)    477
4º    29/12/17    SPAtacama a Tacna - Peru                                         848
5º    30/12/17    Tacna a Copacabana Bolívia                                     484
6º    31/12/17    Isla del Sol - Titicaca    0
7º    01/01/18    Copacabana - Bol a Puno - Peru                               143
8º    02/01/18    Puno ilhas de Uros a Areiquipa                                 294
9º    03/01/18    Arequipa    0
10º    04/01/18    Arequipa a Chivay                                                     162
11º    05/01/18    Chivay e vale do Colca                                             200
12º    06/01/18    Chivay a Cusco                                                          383
13º    07/01/18    Cusco – descanso e aclimatação                          100
14º    08/01/18    Cusco a Ollantaytanbo a Machu Picchu                75
15º    09/01/18    Machu Picchu e retorno a Cusco                            75
16º    10/01/18    Cusco a Desaguadero - Peru                                   534
17º    11/01/18    Desaguadero a Uyuni                                               619
18º    12/01/18    Uyuni – passeios                                                      100
19º    13/01/18    Uyuni a Calama                                                        425
20º    14/01/18    Calama a Atacama e Passeios                             200
21º    15/01/18    SPAtacama a Purmamarca (Paso Jama)            412
22º    16/01/18    Purmamarca a Salta                                               155
23º    17/01/18    Salta descanso                                                        100
24º    18/01/18    Salta a Cafayate (via Cuesta del Obispo)            320
25º    19/01/18    Cafayate – vinicolas                                               100
26º    20/01/18    Cafayate a Charata                                                  718
27º    21/01/18    Quimili a San Ignácio                                             675
28º    22/01/18    San Ignácio a Curitiba                                           834
total                                                                                                        10600 KM


 

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De Curitiba a Ita Ibaté 1052 Km

Eu segui primeiramente até Ponta Grossa para pegar dois outros integrantes do grupo. Neste trecho a estrada está muito boa só que tem dois pedágios até lá. O valor dos pedágios é de R$ 19,70 (preço atual) e o gasto de gasolina considerando o consumo de 13 Km/l que tive de média foi de R$ 29,82.

No trecho seguinte fomos de Ponta Grossa em direção a Barracão PR / Dionísio Cerqueira SC que são cidades gêmeas e fazem divisa com Bernardo de Irigoyen na Argentina. Neste trecho fomos de Ponta Grossa a Guarapuava e alguns quilômetros a frente entramos a esquerda no sentido de Pato Branco e Barracão. O trecho que é da rodovia pedagiada, até entrarmos para Pato Branco é muito bom e sem problemas. O trecho seguinte até a divisa também está bom , mas com algumas poucas imperfeições no caminho. No trecho argentino de Bernardo de Irigoyen até Eldorado a estrada é razoável, entretanto tem muitas curvas.  No trecho de Eldorado a Ita Ibaté a estrada está excelente.

A Passagem na divisa é fácil e rápida pois não tem o movimento de Foz do Iguaçu, recomendo muito. Não tem nem revista dos carros.

Pedágios R$ 36,40 e consumo no Brasil de R$ 121,00, na Argentina R$ 184,00.  Houve dois pedágios neste trecho aregntino a 20 pesos cada.

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De Ita-Ibaté a Salta 991 km

Neste longo trecho de 991 km a estrada até Corrientes está excelente, pena que passa por dentro desta cidade o que faz com que o ritmo caia e o transito é um pouco confuso. 

Depois da ponte sobre o rio Paraná seguimos um looooooongo retão de uns 500 Km de asfalto muito bom, menos um trecho de mais ou menos 40 Km entre Monte Quemado e Toco Pozo que está em péssimas condições e onde se deve trafegar a no máximo 60 km/h. No restante da estrada um piso muito bom e chegando a excelente perto da entrada da cidade. Dois pedágios neste trecho a 30 e 15 pesos e o custo de combustível foi de mais ou menos R$ 396, 00.

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Salta a San Pedro de Atacama via paso Sico (terra) 519 km

A estrada aqui começa a subir a pré cordilheira dos Andes. Seguimos por Campo Quijano até San Antonio de los Cobres a 3770 m com asfalto. Lá abandonamos o asfalto e seguimos pela boa estrada de terra até a divisa com o Chíle, são apenas 132 Km. Passa-se com o carro a 4560 m de altitude. O carro sente a falta de oxigênio e a gente também. Depois da divisa com o Chile tem asfalto excelente até San Pedro de Atacama.  Gasto de gasolina a R$ 205,00.

Em San Antonio de Los Cobres tente comprar folhas de coca, isso vai ajudar na subida dos Andes, pois mascando a folha vc tem menos problemas com a altitude. Se não achar lá, no Atacama vc achará com facilidade.

A fronteira do paso Sico é integrada Chile e Argentina. É demorada mas não muito e tem revista nos carros.

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San Pedro de Atacama a Tacna - Peru - via estrada do Pacífico 848 Km

Neste segmento nós saímos de San Pedro de Atacama até Calama e de lá até Tocopilla, depois Iquique e a seguir Tacna Peru.

Esta rota aumenta quase 100 Km o trajeto, mas acrescenta beleza também.

As estradas do Chile são um espetáculo a parte, todas perfeitas. E o trecho que passa ao lado do oceano Pacífico é de uma grande beleza, pena que é muito travado em virtude das inúmeras curvas e de se ter que passar por dentro de Iquique para depois pegar de volta a ruta Panamericana n° 5. Depois de Iquique na Ruta 5, segue-se pelo deserto e de vez em quando se desce até o vale de um rio para depois subir novamente.

A aduana Chile / Peru é integrada também e se vc levar sorte pode ser rápida. Nós levamos azar e chegamos depois de dois caminhões que iam trabalhar no Raly Dakar e tbm justo na troca de turno dos peruanos, por causa disso demoramos umas quase 3 horas para passar. E tem que passar as bagagens por uma máquina de raios X. Não tem pedágios neste setor e o gasto com gasolina foi mais ou menos R$ 320,00.

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Tacna - Peru a Desaguadero a Yunguyo 501 Km

Tem outras rotas que podem ser feitas neste trecho, mas esta é adequada a carros 4x2 por ser toda asfaltada. Não conheço as outras rotas para dizer se é seguro ou se só passa 4x4.

De Tacna segue-se pela ruta 1s no meio do deserto peruano até Moquegua. Uma estrada boa, mas uma região feia de se ver. Tem até placa dizendo: doa-se terreno, de tão desolado que é o lugar. Após Moquegua a estrada começa a subir os Andes e a vegetação se modifica. Deve-se ter muito cuidado nesta região pois existem desmoronamentos que ocorrem constantemente por ali, eu mesmo apesar de ser avisado pelo pessoal do pedágio passei por cima de umas pedras, porém nada aconteceu com o carro.

Neste trecho a rodovia é a 34D que depois vira a 36A. Na altitude de 4530 m em Chilligua tem uma parada que é o ponto mais alto neste primeiro trecho. No quilômetro 99 vc deve seguir a direita pois a esquerda se segue pela interoceanica sur e se chega a Puno. A partir daqui a estrada sobe mais ainda e chega-se a 4880 m de altitude. Chegamos a encontrar neve caída neste trecho. 

Importante dizer que depois de Torata, cidade que se passa ao lado, não tem mais postos de gasolina. São 271 Km.

Seguindo a excelente ruta 36A, chamada de carretera binacional (pois vai para a Bolívia), chega-se a feia Desaguadero que tem 3 postos de gasolina. Os dois primeiros são muito feios e somente o terceiro, já depois de sair da cidade, tem um aspecto confiável.

Depois de Desaguadero, fomos pela ruta regional PU 130, que contorna o cerro Khapia e chega em Yunguyo por trás. Resista de fazer este caminho, é péssimo, tem muitas curvas e lombadas abundantes. Fora que chega por trás da cidade que tem ruas muito estreitas e é uma confusão só. A estrada que segue em direção a Puno e depois vira a direita após o cerro é muito melhor.

Custo de combustível de mais ou menos R$ 185,00 e dois pedágios de 7,50 soles cada.

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Esta é a rota mais adequada depois de Desaguadero a Yunguyo.

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Yunguyo a Puno 132 Km

Em Yunguyo deixamos o carro no Hostal Kanamarka (não recomendo este lugar) e fomos de van até a divisa fizemos imigração na Bolívia, depois pegamos outra Van até Copacabana, na margem do Titicaca e depois pegamos um barco para  a Isla del Sol. Tem outro hostal chamado Summita que tem estacionamento e parece ser bem melhor. A estrada do lado Boliviano está cheia de buracos. Recomendo aos viajantes que apenas querem ir a Copacabana e a Isla do Sol e que vão voltar ao Peru deixarem seus carros no Peru, assim evita um tramite bem mais demorado de entrada e saída e vice versa. 

De Yunguyo A Puno a estrada passa por diversas cidades. Cuidado ao seguir o GPS, ele as vezes manda entrar nas cidades sem necessidade. A estrada é boa, mas não rende bem por causa das cidades e vilas ao redor que fazem baixar a velocidade média. Por aqui rodamos a 3.800 m de altitude.

O custo de combustível foi de mais ou menos R$ 48,00 no consumo médio de 13 km/l.

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De Puno a Arequipa 310 km

Neste setor eu errei o caminho. Devia ter seguido no sentido de Tiquillaca e Mañazo assim desviaria a péssima Juliaca.

A estrada vai bem até entrar em Juliaca onde o trânsito é caótico e a cidade tem diversas ruas sendo arrumadas. Passando Juliaca a estrada volta a subir um pouco mais a cordilheira para depois descer a partir da região de Patahuasi. A estrada até aqui se mantem muito boa, entretanto com as curvas de uma estrada de serra. Tem umas retas quando entra na reserva nacional Salinas y Aguada Branca. Cuidado com vicunhas nesta região.

A descida da serra até Arequipa é muito bonita até chegar perto da cidade. Porém tem muitos caminhões descendo e por isso a descida tem de ser lenta, ainda mais se tiver neblina como na chegada nossa à cidade. Ao entrar a cidade a ruta se torna uma estrada perigosa pelo fato de os motoristas peruanos não terem amor a vida. É cada barbeiragem que da medo. Dirija em modo defensivo ao quadrado, estilo vovozão.

Gasta-se mais ou menos R$ 114,00 em combustível e tem dois pedágios de 3,90 soles cada.

 

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Caminho que eu fiz.

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Caminho que eu devia ter feito.

 

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Sensacional! Muito rico esse tipo de relato detalhado, certamente ajudará muito quem busca um roteiro semelhante.

Eu farei parte desse caminho, mas vamos sair de Cascavel/PR e ir em direção a San Pedro de Atacama, depois disso desceremos margeando o Pacífico até Santiago, retornando por Mendoza e Santa Fé.

Minha dúvida é exatamente nesse "trecho comum" de nossos roteiros, mais precisamente entre Resistência e Salta: vi pelo seu relato (e de outros colegas) que a estrada é uma retona e está em boas condições (com exceção ao trecho próximo a Monte Queimado), mas gostaria de saber como é a questão de infra-estrutura dos postos, se consegue-se banheiros e um lugar para comer um lanche ou almoçar. Poderia relatar sua experiência nesse trecho? E a questão da polícia na Argentina, foi tranquila? Levou kit de primeiros socorros e tudo o mais?

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3 horas atrás, Elder Walker disse:

Sensacional! Muito rico esse tipo de relato detalhado, certamente ajudará muito quem busca um roteiro semelhante.

Eu farei parte desse caminho, mas vamos sair de Cascavel/PR e ir em direção a San Pedro de Atacama, depois disso desceremos margeando o Pacífico até Santiago, retornando por Mendoza e Santa Fé.

Minha dúvida é exatamente nesse "trecho comum" de nossos roteiros, mais precisamente entre Resistência e Salta: vi pelo seu relato (e de outros colegas) que a estrada é uma retona e está em boas condições (com exceção ao trecho próximo a Monte Queimado), mas gostaria de saber como é a questão de infra-estrutura dos postos, se consegue-se banheiros e um lugar para comer um lanche ou almoçar. Poderia relatar sua experiência nesse trecho? E a questão da polícia na Argentina, foi tranquila? Levou kit de primeiros socorros e tudo o mais?

Ola Elder,

 

Então, este trecho tem postos em várias cidadezinhas. Paramos em alguns para ir ao banheiro. Via de regra os banheiros são precarios, principalmente para as mulheres pois geralmente não tem tampa. Os melhores postos são sempre os da rede YPF. Não posso falar de lugar para comer pq neste trecho compramos sanduíches e refrigerantes para só precisar parar em Salta, já que era uma grande distância.

A questão da polícia foi tranquila, fomos parados, mas só conferiam os documentos, perguntavam aonde iamos e liberavam. A dica é sempre falar apenas a próxima cidade que se vai. Quanto aos equipamentos eles não foram solicitados, entretanto sempre levei todo o equipamento solicitado: caixa de 1os socorros, cambão de ferro, dois triângulos.

Uma dica para vc que vai descer para Santiago é seguir pela ruta 5 depois de Antofagasta até o monumento La mano del desierto depois retornar uns 5 Km e pegar a ruta B-710 com destino a Taltal. Antes de descer até o nível do mar tem um belíssimo mirante. Também antes de descer tem a estrada que leva até o Observatório ESO no cerro Paranal a direita de quem vai a Taltal. Em Taltal tem uma sorveteria cujo o dono é brasileiro. Chama-se Sabores do Brasil e fica na praça central com um quiosque na praia que tem antes de chegar a cidade também. Neste trecho eu só fui até Copiapó.

 

Um abraço.

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