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Floripa - Atacama - julho 2018 (14 dias) – Glúten free


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Salve galera! Passando pra deixar meu relato de viagem bem detalhado – em termos do planejamento e da alimentação- para ajudar os demais colegas mochileiros e celíacos. Senti falta de relatos no inverno.. então vou deixar o nosso para aumentar a quantidade 😊

Peguei algumas dicas aqui e gostaria de retribuir.  Algumas dúvidas foram só respondidas percorrendo o caminho. Esta foi nossa 3ª roadtrip pela América do Sul, totalizando agora 21.044km \o/ . Fomos de HB20x, 1.6. Nessa viagem fomos só eu e o meu marido Roberto rumo ao Atacama selvagem.

Planejamento: Começamos a planejar a viagem com 2 meses de antecedência. A estimativa de gastos estava alta e não estávamos muito a fim de gastar tudo isso.. Mas com 1 mês e meio antes da viagem  decidimos ir.. Então reservamos todas as hospedagens com 1,5 mês de antecedência.. e foi difícil achar as opções que gostamos a preços baixos. Priorizamos banheiro privativo, garagem e hostel com cozinha, então as opções mais baratex já tinham ido.. Conhecemos alguns viajantes no caminho que deixaram pra reservar chegando nos locais.. passaram sufoco.

Quantidade de dias: Li relatos em vários sites e aqui no fórum sobre viagens à São Pedro de Atacama (SPA).. Com base nisso fui separando os passeios que nos interessavam e botava os pontos no google Earth. Os passeios foram divididos conforme a altitude, indo do menor ao maior, para facilitar a aclimatação.  Ficamos 6 noites em SPA, saindo dia 05/07 e retornando dia 15/07 (no final, a cidade tava ficando bem muvucada por causa das férias escolares.. fomos embora na hora certa).. A viagem ficou assim planejada (com pequenas alterações):

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Aplicativos: Utilizamos 2 apps. essenciais! O Maps Me, que permite navegar off-line e indica vários pontos turísticos.. Assim se você está de carro é fácil chegar, só traçar a rota. Eu já tinha selecionado os pontos que iríamos visitar, salvei no google Earth (.KMZ) e abri no app.. aí fica bem em destaque.  Vimos trocentos viajantes usando também..  Compartilho nosso roteiro em KMZ em anexo. Também usamos o app. HERE WeGo, de mapas off-line. Esse foi usado mais para a navegação no carro, para ir de uma cidade à outra. Usávamos os 2 apps. para traçar os percursos, mas o MapsMe dava umas falhadas, as vezes demorava pra carregar.. Aí o HERE salvava, ele tem interface mais simples, aí não demora tanto pra carregar. Também tínhamos um GPS, mas mal usamos.. Os 2 app. são ótimos! O marido baixou o app. dos postos YPF para verificar onde tinha posto.. em complemento aos 2 apps que tb mostraram onde tinham postos.Raramente usamos esse do YPF, tinha posto por todo o trajeto. Só evitar que  o tanque baixe menos que a metade  em trajetos longos. 😀

Alimentação Glúten Free:  Não vou explicar sobre a doença celíaca, haja vista não ser local para isso.. mas todo celíaco sabe que não basta a comida ser ‘sem glúten’, não pode haver nenhum traço de glúten, então são muitos os cuidados na cozinha.. celíaco não pode comer em qualquer lugar.. O prejuízo pro corpo é gigante e pode até estragar a viagem (Passei sufoco em 1 dia, logo na subida do vulcão..). Dá para imprimir os cartões perguntando sobre os cuidados na cozinha no idioma do país ao qual se está indo: http://www.celiactravel.com/cards/ . Em geral, a Argentina é bem servida de opções e produtos, muitos restaurantes sabem os cuidados, ao contrário do Chile (principalmente no Atacama), onde o desconhecimento é maior. Levamos vários lanches, macarrão, tapioca.. compramos mais comidas/lanches no caminho.

Isso foi essencial pois no caminho não tinha restaurantes, tinha mais aquelas espeluncas bem espeluncas (olha que meu sensor de qualidade é mediano). Aqui foi o principal erro na estimativa de gastos da viagem.. Eu havia estimado gastos de R$2234 com alimentação.. considerando todo dia comendo em restaurante e sendo generosa nos gastos, pois a comida na Argentina e SPA é mais cara. Gastamos R$1534. Os trajetos eram longos, então acabávamos ficando sem almoçar, comendo a comida sem glúten que tínhamos no carro. Por um erro meu, peguei um hostel sem cozinha em São Pedro de Atacama, mas foi bom para conhecer as possíveis opções sem glúten para compartilhar com os colegas celíacos. No relato falo mais sobre isso.

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Gastos: Estimei gasto total da viagem em R$  11.364,57 (2 pessoas). Orgulhosa sempre das minhas estimativas próximas, errei feio nessa! 😜 Acabou ficando em R$ 8.410,09 (não considerando os extras, roupas, presentes, ímãs de geladeiras, etc). Ainda bem que não desistimos de ir! Estimei bem os gastos com gasolina (só ver total de km em cada país, consumo do carro e preço médio da gasolina no país), hotel (fiz o cenário pagando tudo em dinheiro, lembrando que esta forma de pagto tem taxas de ISS de 21% na Argentina e 19% do Chile). Na hora pagamos alguns em cartão de crédito, dando economia. Tem tb os gastos com pedágios..  Errei os gastos com alimentação e passeios (na verdade desistimos de ir em 2 passeios no Atacama e 1 na Argentina, senão teria dado mais próximo). Considerei o custo médio da gasolina na Argentina de ARS 24 e no Chile em CL751. Na realidade estava entre ARS 31-33 no nordeste Argentino e CLP830 em SPA.. mas a estimativa de gasto com gasolina ficou próxima porque sempre considero 10% de km.

Câmbio: No planejamento consideramos a cotação de R$1 = ARS 7,69 e R$1=CLP166,66.. Fizemos um câmbio pior (R$1 = ARS 6,66 e R$1=CLP153). Trocamos a quantidade total de pesos argentinos que iríamos precisar na fronteira (Dionísio Cerqueira/BRA com Bernardo Irigoyen/ARG.). O resto levamos em reais e fizemos câmbio em SPA mesmo.. tem trocentas agências! Trocamos a quantidade de uns 4 dias e não precisamos mais trocar por causa das economias que fizemos.. Então valeu muito a pena não ter sido afoito e trocado todo o valor necessário da viagem de uma vez só.. 

Roupas:  Como fomos de carro, não precisávamos economizar com roupas.. Então levei opções de camisas curtas e longas.. Usamos roupas curtas em somente 3 dias, no 1º e último dia na Argentina(05/07 e 17/07) e em um dia no Atacama.. Essa era nossa principal dúvida, se durante o dia fazia calor e se só a noite era frio.. Pesquisamos médias de temperatura por lá.. e parecia ser calor durante o dia. Na realidade era friozinho ou friozão a maior parte do tempo, principalmente nos passeios de maior altitude. No Centro da cidade, em SPA, usávamos 1 casaco mesmo durante o dia.. tinha gente que usava short ou camisa curta, mas geralmente era o pessoal que tava andando de bicicleta (oufazendo caminhada mesmo). A partir do meio da tarde já começava a esfriar.. um frio beeem gelado. Atenção aos passeios do geysers, tour astronômico e subidas de vulcões, é frio pra #### (descrição disso aqui no relato). Também levamos calças e blusas térmicas segunda pele, foi essencial! Eu cheguei a usar 2 calças térmicas. Levamos 2 botas de caminhadas cada um e foi ótimo.. íamos revezando o uso pra não acumular tanta poeira.

Hostels/Hotéis: Como eu já disse, a escolha dos hostels  foi feita com somente 1 mês e meio de antecedência. Sempre procuramos com cozinha, garagem e banheiro privativo(esse item acaba encarecendo um pouco). Nenhum dos hotéis ou hostels que solicitei alimentação especial, forneceram de fato algo preparado pra mim. No café da manhá comia só frutas ou minha comida própria. Descrição de cada hotel segue no relato.

Itens obrigatórios: Carta verde (Argentina) e SOAPEX (Chile), pagamos R$124,82 e R$40,13 respectivamente. Fizemos o soapex no site:  https://www.hdi.cl/ 

Também é obrigatório portar 1 cambão e 2 triângulos.. mas nenhum desses itens foram pedidos durante a viagem, ao contrário das nossas outras 3 viagens pela América do Sul.  Também é obrigatória carteira de identidade (feita nos últimos 10 anos). Um item ‘quase-obrigatório’ é o seguro saúde, melhor ter para prevenir qualquer problema..  Fizemos a R$ 249,23 (valor para os 2 juntos!)  pela TRAVEL ACE.

Propina policial: Bem..como nunca mais havíamos lido relato aqui de propina em posts atuais.. e nem tivemos problemas nas outras viagens.. achei que a prática da propina estava aposentada.. Pra nossa decepção fomos parados pela polícia antes de Corrientes, na região de Entrerios.. Policial disse que estávamos a 60km/h e o limite era 50km/h (muito longe dali fica um policial escondido medindo a velocidade dos carros).. Ele falava isso olhando o tempo todo pra baixo, pros lados.. nunca nos nossos olhos. Disse que a multa era de 300 reais, mas que poderia ser gente boa e deixar a multa a R$100 para evitar burocracia, sabia até a cotação do dia para dizer o equivalente em peso. Pedi algum comprovante de que estávamos acima do limite, ele disse que não tinha. Eu e o marido nos olhávamos não acreditando que estávamos caindo na máfia das propinas.. nos deu tanta raiva, tanta raiva.. Pagamos o R$100 e só queríamos sair correndo dali.. naquele que era o 1º dia na Argentina. 😥

 

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DIA 1: Floripa – Dionísio Cerqueira -722km

Saímos de Floripa até Dionísio Cerqueira, passando pela linda serra catarinense.

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[celíacos]: Parada para almoço no restaurante e lanchonete Empório Serrano, em Bocaína do Sul, tem carnes na chapa e saladas. Seguro nunca vai ser, mas minimizamos a chance de contaminação pegando o básico. Não ia trigo na chapa. Para a janta sem opções na cidade de Dionísio Cerqueira..

Hotel em Dionísio Cerqueira: Hotel Iguaçu

Valor Diária: R$ 170

 

Dia 2- Dionísio Cerqueira – Corrientes – 636km

Antes de passar a fronteira, paradinha no Marco Grande  - Ponto geográfico que divide dois países (Brasil e Argentina), três estados (Paraná, Santa Catarina e Misiones) e três cidades (Bernardo de yrigoyen, Barracão e Dioníosio Cerqueira). Éé... nda demais, só legal geograficamente 👻

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Chegando na aduana argentina, saímos do carro e fomos carimbar o passaporte. Não pediram carta verde, nem vistoriaram nosso carro. Bem rápido e simples o processo.

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Na aduana, pedimos indicação de câmbio. Falaram que ali na rua, logo após passar a aduana, era seguro e tinha melhor preço que as casas de câmbio oficiais. Passando a aduana, tá cheio de gente fazendo câmbio na rua mesmo. Queríamos trocar uma quantia alta (R$3800) e estávamos receosos com possíveis notas falsas.. Quando perguntamos na aduana eles até estranharam a pergunta.. não é usual ter nota falsa ali. Falaram que é seguro. Tem várias pessoas fazendo câmbio.

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Conforme já disse, nesse primeiro dia na Argentina tivemos que pagar propina pra polícia. Disseram que estávamos acima da velocidade.. E ficou naquela “No tenemos prueba, pero ustedes tienen que pagar.” Lazarentos! Falavam isso sem nem olhar nos nossos olhos, era só pro chão.. R$100 de multa paga na hora, já com a cotação do dia, sem comprovante e feito tudo diretamente dentro do carro. Só queríamos sair logo dali.. Na volta enviei um email ao consulado da Argentina em Florianópolis comunicando o fato.

Seguimos viagem de cara fechada por um tempo.. mas decidimos tentar esquecer isso para não estragar nosso dia.. melhor foi tentar achar alguma rádio pra ouvir o jogo do Brasil x Bélgica e conseguir  bem na hora do gooool...... contra. 😅

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Eu havia planejado irmos turistar em San Ignacio, ver as ruínas.. mas o marido pediu para irmos na volta (isso tá cheirando a golpe pra não ir...) e seguimos a Corrientes. Na volta tb não passamos, mas fica a dica para quem fizer o trajeto.

Em Corrientes eu havia separado algumas opções sem glúten:

celilandia sin TACC (venda de produtos), Cósimo Sin Tacc (venda de produtos), Sabor y Salud e Valyrio Café e Bar.  Conhecemos 2 lugares: O Celilandia tinha muitos produtos para vender (até do outro local ali.. Cósimo sin tacc) e abastecemos nossos lanches de carro e o Valyrio Café e Bar, que é um restaurante todo sem glúten.

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Hotel em Corrientes: Hotel San Martin

Valor Diária: ARS 1295,87

 

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Dia 3- Corrientes - San Salvador de Jujuy – 840km

Esse é o dia mais pesado da viagem.. Dá 11h de estrada. Saindo de Corrientes é um retão.. GPS dizia: “Siga em frente por 600 km”.. ó vida. Esse é sempre o dia que bate aquela dúvida se deveríamos mesmo ter ido de carro.. masss.. ‘Siga em frente, olhe para o lado / Se liga no mestiço na batida do cavaco’.

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No caminho tem muitos animais no acostamento ou atravessando a pista.. Tem raposa, porco, galinha, cavalos, burros, pássaros.. E tem muito animal atropelado tb.. portanto, ATENÇÃO!

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Tem 2 postos de gasolina em Monte Queimado, aproveitar para abastecer! Após esses postos são 30km de buraco.. horrível! Fizemos esses 30km em 1 hora.. é normal povo andar na contramão, no acostamento.. (aí do nada um burro -burro mesmo- passa correndo em frente ao carro atravessando a rua..). Quando chega no posto policial, o tormento acaba! A ruta volta a ficar boa. Alerta de spoiler: o trajeto de volta é mais rápido nesse trecho de 30km.. o da ida é pior.

No planejamento tínhamos dúvida se deveríamos dormir em Jujuy ou Salta. Dormimos em Jujuy, que ficava mais próximo pra ir pro Atacama, e também próximo dos passeios que faríamos no dia seguinte. (na volta descobrimos que as opções sem glúten são melhores em Salta.. Então se isso é muito importante pra vc, escolha Salta). Chegamos na hospedagem e fizemos uma macarronada com atum - melhor comida da viagem até aqui.

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Hostel: Alquiler monoambiente (sensacional!)

Valor 2 diárias: AR$2000

 

 

 

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Dia 4- San Salvador de Jujuy  - HUMAHUACA

Dia de conhecer a Paleta do Pintor e a Serrania de Hornocal. Saimos de Jujuy e estava um tempo feio, chovendo. Amanhece perto das 8hs. O início do caminho era perigoso, com serração.. Melhor sempre esperar o dia clarear. Nosso anfitrião disse que subindo a serra (rumo a HUMAHUACA) o tempo é sempre bom, com sol. Dito e feito..solzão!

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O caminho é maravilhoso, cheio de formações! Muitos leitos de rios secos, com muitos sedimentos.. o marido, que é geógrafo, tava maravilhado. (obs: Tem um posto YPF no caminho). Primeiro fomos até a Serrania de Hornocal (paga-se um valor de ARS50 por carro na entrada do parque, para administração). Pode-se ficar apenas no mirante ou dar uma caminhada para ficar mais próximo à serrania.

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Era uma caminhadinha relativamente pequena até o outro ponto.. mas estávamos a uma altitude de 4350m. Só pra sair do carro já estávamos ofegante, uma caminhada até o mirante já nos deixou de língua de fora.. e tava beem frio. Então paramos de botar empecilhos e fizemos a tal caminhadinha. 🤪

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Hora de voltar.. f..! Cansa mesmo, aquele morrinho final..eitaa p..! Falem bastante palavrão pra conseguir voltar só com a força do ódio.. mas vale a pena :D 

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Caminho cheio dos cactos gigantes pra bater fotinho.mini_18.thumb.jpg.77634842bf53631700515658e988d1c0.jpg

Saindo do parque fomos conhecer a cidade de HUMAHUACA, várias opções de artesanatos na rua.

[celíacos]: Comi no Pachamanka Cafe & Resto, tinha menu para celíacos. Você pergunta se são seguros.. e sempre dizem que são.. Entradinhas bem com aquele gosto característico sem glúten.. e almoço salada + queijo de cabra (muito bom), mas desconfiei dos cuidados. O Lugar é bem gostoso, até os cachorros da rua entram lá, fazem xixi em alguma quina..e saem sem ser incomodados. 😏

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Na volta, parada na Paleta do Pintor.. tava tão frio que a parada foi bem rápida.  

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Dia 5- San Salvador de Jujuy  - Atacama (SPA)– 476km

Dia de ir pra SPA! Não adianta sair muito cedo por causa da neblina e da escuridão.. Amanhece a partir das 8h. Saímos perto das 8:30h.

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O  caminho é cheio de atrativos.. muitas paradas para bater foto, contemplar, admirar. No início do caminho uma parada rápida em Purmamarca para ver o Cerro das 7 Cores (sem foto mto boa..). .. Ah o Paso Jama.. é sensacional! De tirar o fôlego!

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Paramos várias vezes pro meu xixizinho rotineiro (tomávamos chimarrão no carro). Só pra sair do carro já dava um pouco de falta de ar e  acelerada no coração. Paso Jama fica a uma altitude de 4.200m, então já era hora de ir se aclimatando na marra. Dica de xixi pra mulherada: Abrir as 2 portas de um lado do carro [se for 4 portas] e se agachar entre as 2 portas (dica de ourooo hein?!) 🧘‍♀️

Parada no salar de Jujuy (Salinas Grandes). Tem uns passeios turísticos de 1 hora que, segundo os guias, só é permitido fazer com guia. Nada que nos interessasse muito, ficamos só próximo a entrada. Tem algumas opções de lanches e venda de pedras de sal mais trabalhadinhas  (ARS20 pra cima).

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Voltando pro carro e seguindo viagem, tem outra parada logo mais a frente. Tinha bem menos gente (quase ninguém), tem umas pedras de sal não trabalhadas, caso queira levar alguma, e umas aberturas com água no salar.

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Li em algum relato aqui aconselhando a parar em Susques e conhecer a Capela.. íamos fazer isso.. mas tinha uma barreira impedindo entrar na vila.. Então passamos batido. Seguindo viagem de novo rumo Paso Jama, só cuidar pras lhamas suicidas não pularem em frente ao carro que vai dar tudo certo! Caminho tb é cheio de curvas, algumas fechadas... tem um ou outro caminhoneiro vida louca descendo por aí.. mas no geral tudo super seguro.

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Logo antes de cruzar a fronteira tem um posto YPF (tem umas barras de cereais e alfajor sem glúten -ambos de arroz) e enfim.. o dito PASO JAMA!

 

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Lá dentro tem um trâmite chato e demoradinho (+- 30min), considerando que estava praticamente vazio para entrar. São 5 guichês (se não me engano) que você tem que passar (iniciando no 1 e indo pro seguinte). No guichê 2 eles te entregam o PDI, que é a permissão para entrar no chile. Não percaaaaa! Na volta nos pediram e nem lembrávamos que tínhamos pego.. Aí achamos dentro da pasta com nossos docs. Nos falaram que, em caso de perda, eles fazem um B.O. informando. Se tem uma quantidade maior de pessoas, imagino que deva demorar MUITO para passar a fronteira.

O processo de revista do carro é bem rigoroso, tiram TUDO que tem dentro do carro.  É proibido entrar com alimentos frescos, .. resumindo: só pode comida industrializada! Eu tinha uma sacola cheia de industrializados, o que chamou um pouco a atenção dos guardas.. Já havíamos informado nos guichês que tínhamos comida pq eu era celíaca, então o policial mal mexeu, só confirmou se era para consumo próprio. Isso criou até uma empatia dele comigo.. com os outros carros era uma conversa séria, com o nosso ele puxou assunto sobre glúten, doença celíaca..e disse que em são Pedro não tem produtos, mas indo até Calama tem no supermercado Jumbo.

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Tínhamos medo de pegar fronteira fechada por causa da neve. Baixamos um app chamado Fronteiras Argentinas, que mostra quais fronteiras estão abertas. Em todos os dias da viagem indicava que o Paso Jama estava ok, então estávamos tranquilo.

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No caminho tem vários atrativos, dentre eles: Monges de La Pacana, vulcão Licacambur..

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Chegamos no hostel, largamos tudo.. e fomos passear no Centro.. Milhares de agências turísticas, faríamos a maioria dos passeios por conta. O plano era pagar somente por 2 passeios ‘Piedras Rojas e Salar de Tara’, que é mais complicado ir por conta porque não há demarcação na estrada, e o carro pode atolar na areia..  e uma subida no vulcão Cerro Toco. Acabamos desistindo de ir no passeio das Piedras Rojas, tava muito MUITO caro, e não achamos muito interessante (pra nós).Conhecemos um casal lá que disse ter ido em várias agências tentar comprar esse passeio, mas que não estavam fazendo pq a estrada lá tava congelada.

Esse foi o nosso planejamento x realidade em SPA:

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Não vou  escrever a alimentação de todos os dias.. segue resumo das opções que encontramos:

Opções que provei: Bumkaldi Coffee And Tea (só lanchinho mesmo), Adobe, Sol Inti Restaurant, Tierra Todo Naturale, Las Delicias de Carmen

Demais opções citadas, mas que não conheci:  Roots, La Estaka, Blanco e La Casona

Não recomendo: Estrella Negra (dizia ter opções para celíacos, mas quando você pede eles dizem que tem uma pizza vegetariana.. Parece haver confusão ali de conceitos),  Barros Café (Pedi omelete e veio com cobertura de pão. Arrumaram o pedido, comi e passei mal) e Ckunna (tábua de carne com cobertura de pão, mesmo não estando escrito no cardápio e você explicando que não poderia comer.. Falaram que era só não  comer onde o pão não encostou.. expliquei sobre os traços. Arrumaram o pedido, mas achei o frango um pouco frio (ou seja, devem ter pego algo do pedido com pão).

Hostel: Perita (muito bom! Quarto espaçoso, ótimo pra largar a mala cheia de roupa..  Mas era sem cozinha, acabei não me atentando a isso.)

Valor 6 diárias: CLP 296.400

OBS: Tem um posto YPF em SPA.

 

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Dia 6- São Pedro de Atacama (SPA)

Nosso primeiro destino era a Laguna Cejar.. Além dos aplicativos, na ruta 23 tem placa indicado onde fica a entrada:

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Estrada boa até lá, tem um pouco de estrada de chão, mas era tranquila. Chegamos antes de abrir, abria as 8:30 ou 9hs, não lembro..mas deu tempo de desistirmos de entrar. Estava bem frio, não íamos tomar banho (na verdade o banho é na laguna Piedra, ao lado da Cejar).. E a entrada era $15000 (quase 100 reais).. então pra que entrar não é mesmo?Dava de ver a lagoa da portaria, se a curiosidade era só ver 😜

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Saindo dali, sem gastar o dinheirinho só pra ver a lagoa, fomos no Ojos del Salar, que é caminho pra Laguna Tebinquinche . Os “ojos” são duas lagunas bem no meio do deserto. Elas se formaram devido a duas perfurações feitas nos anos 70 para buscar petróleo. O petróleo em si não foi encontrado. Encontraram somente um rio proveniente de água da cordilheira que passavam por debaixo da terra. Assim se formaram os “Ojos del Salar”. Tava muito muito  frio.. tomar banho nem passou pela nossa cabeça. Eu havia anotado que deveria se pagar a entra tripla nas lagunas (Cejar, Ojos del Salar  e Chaxa), mas fomos indo e Ojos del Salar tava na beira da estrada.. não pagamos nda.. nem tinha indicativo de pagamento também (só que era território indígena). Só tinha nós (cade a turistadaaa? se não tem mais ninguém parece que tem algo errado). 🙄😅

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Uma guia das agências de turismo que conversamos no dia anterior disse que prefere ir na Laguna Tebinquiche pela manhã.. pois era lindo o céu e as montanhas refletindo na lagoa.. A maioria dos passeios vai lá a tarde para ver o pôr do sol (era meu plano), mas nós optamos por seguir essa dica e gostamos muito! E o melhor.. só tinha nós! Ficamos cerca de 1:30h lá.. até perto das 13h. Olhando tudo com tranquilidade, batendo as fotos sem ninguém na frente, sentados olhando praquele céu infinito.. O lugar é um banquete aos olhos: vulcão, neve, lagoa de sal, deserto, pássaros, estromatólitos.. estromatólitos?? “estromatólitos = uma rocha formada por atividades de cianobactérias em ambientes aquáticos, que existem no planeta há cerca de 3.5 bilhões de anos. Estromatólitos vivos e em construção como esses só ocorrem no Atacama, na Austrália e no México. Desde a descoberta dos estromatólitos nessa laguna, os banhos foram proibidos.” O lugar é sensacional!

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Li em algum desses posts pela internet que só vai carro 4x4 praí... balela! Super tranquilo o caminho. Tem parte de areia, mas vai de boa.. não é nada de outro mundo.

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Saindo dali, fomos pra Laguna Chaxa. O lugar tem uma trilha para caminhar em volta da laguna, com várias placas explicativas, vista pro vulcão, e vários flamingos rosas. Lugar bem agradável, gostamos!

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O planejamento inicial era terminar os passeios por aqui.. mas tava no começo da tarde! Como cortamos a Laguna Cejar, a qual jamais tomaríamos banho com esse frio, ganhamos MUITO TEMPO! O planejamento do dia seguinte era ir até as Lagunas Altiplânicas .. Então, como estávamos ali no caminho, decidimos seguir! Economizamos combustível e tempo fazendo isso.

Logo adiante, na estrada, estava a plaquinha que queríamos muito bater foto, Trópico de Capricórnio! #geografoemocionado

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[Celíacos] Parada na cidade de Socaire pra um almoço.. único lugar que tinha para comer (restaurante chamado Santa Barbara). Tomei sopa de legumes de entrada e um frango com arroz e salada de prato principal. Muito pão no lugar, pão pão pão praonde se olhava. Comi pq estava há dias sem almoçar, conferi os ingredientes, mas nitidamente o local não era seguro. Melhor levar comida própria.

Seguimos para as lagunas altiplânicas. Não era nosso plano subir assim a altitude, de 3000m pra 4200m.. mas como mudamos o planejamento, foi! Deu um pouco de dor de cabeça na gente, havíamos comprado folha de coca, mascávamos e tb botamos na água do chimarrão, então acabávamos tomando bastante água com coca durante o dia. A dor de cabeça não foi nada de outro mundo, já havíamos passado o Paso Jama (4200m) bem tranquilamente (só um pouco de falta de ar) e descido pra SPA, mas como esse era o primeiro dia de passeios e subimos bastante a altitude.. incomodou um pouco.

Chegamos no parque as 15:40h +-.. A funcionária disse que teria que sair até as 17h. Então o passeio foi corrido e não teve a atenção que merecia. Uma pena.. pois esse pra nós é o lugar mais lindo do Atacama.. com tudo que gostamos, montanhas, neves, lagoas, vista linda. Na verdade merecia sentar lá, fazer um piquenique.. Mas foi bom o passeio, tava muito frio também.

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À noite fizemos o tour astronômico da Space Obs, peguei a dica de vários relatos aqui. Pagamos CLP25000 por pessoa, a maioria dos passeios estava CLP 20000, mas li que a diferença valia a pena. Reservamos com antecedência e pediram que pagássemos até as 15h do dia do passeio, mas como estávamos longe a esse horário.. chegamos lá só final da tarde, e não teve problemas. O passeio seria em espanhol, mas como acabou fechando grupo só de brasileiros, foi em português. Um ônibus nos pegou no Centro as 21h e nos levou pro local. No caminho, o motora do ônibus apagou todas as luzes para vermos o céu todo estrelado.. a via láctea.. tudo tão lindo.. só tinha um brasileiro sem noção mexendo no celular por um bom tempo, gerando claridade pro ônibus todo.. não seja esse tipo de sem noção. 😡

O tour é sensacional, o guia é era muito engraçado. O passeio é dividido em 3 partes. A 1ª parte é de explicações, o guia falou sobre as estrelas, a história da astronomia e zoou horóscopo. Estava tão frio.. fui muito bem agasalhada mas passei um frio lazarento, de bater queixo. Eles forneceram uma manta para todos, o que aliviou, mas não tirou o frio. A 2ª parte é observando o céu (planetas, estrelas), e o guia disse que bateria uma foto pra nós de Saturno pela lente do telescópio. Eu tinha tanta expectativa com aquelas fotos lindas do céu, achei que eles bateriam.. enfim, sem uma foto decente desse céu lindo.. ficou guardado na memória. Confesso que tava com tanto frio, que só queria que acabasse logo. 3ª parte  fomos para uma sala com teto vazado, tinha vista das estrelas e planetas ali.. era muito lindo. Serviram um chocolate quente para aquecer, com opções de chás aos intolerantes à glúten e lactose. Tava com tanto frio que hibernei, dormi sentada ali mesmo enquanto o guia dava mais explicações. Única foto que tenho:

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Gastos do dia:

Entrada da Laguna Tebinquiche: CPL4000

Entrada Laguna Chaxa: esqueci de anotar o valor

Entrada Lagunas Altiplânicas: CLP6000

Tour astronômico Space Obs: CLP25000 por pessoa

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dia 7- São Pedro de Atacama (SPA)

Passamos tanto frio na noite anterior que decidimos ficar até tarde na cama embaixo das cobertas. Coisa boa não depender de agência.. Tomamos café no BARROS CAFÉ, tinha um dos melhores preços por lá... mas não recomendo aos celíacos. Atolaram de pão em cima da minha omelete (vontade era dizer ‘minha filha..que p.. é essa? Tá vendo escrito pão no cardápio???’). 🤬

Fomos nas agências ver preços pra subir o Cerro Toco e também pegar algumas informações sobre Geyser del Tatio. Fomos em só 2 agências ver sobre o Cerro Toco, uma estava cobrando CLP60.000 por pessoa e a outra fez a CLP53.000. Fechamos com a de 53, mas nem lembro o nome – e não importa pq terceirizaram o passeio, acabamos indo em alguma excursão de outra agência..  E sobre o passeio ao geyser, TODO MUNDO desaconselhava a fazer por conta própria, que era muito perigoso.. Realmente ficamos receosos. Era um passeio muito caro para se fazer por agência, e estávamos com nuestro próprio auto.. [aguarde o próximo dia para ler esse relato].

Único passeio de hoje foi o Vale da Lua, que acabamos não fazendo no dia que chegamos. O ideal é começar com esse passeio pra ir aclimatando. Um dos únicos dias que usamos manga curta..  como não era um passeio de altitude, a temperatura tava bem agradável.

Antes de começar esse, decidimos procurar as lagunas escondidas (Baltinache). Tem a indicação da entrada no kmz que disponibilizei no começo. A entrada fica a 12km de SPA, e mais 45km de estrada de chão, em direção à Peine. A placa indicativa é discreta:

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Bem.. pro nosso carro não deu. A estrada de chão tinha muita pedrinha  e o carro pulava MUITO, se tremia todo.. Andávamos a uma velocidade muito baixa, mas mesmo assim não dava.. Quando chegamos num campo minado aí resolvemos fazer a volta.

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Não seguimos, mas o caminho era esse mesmo.. Mas sei lá.. esse campo de mina aí não nos agradou. 😱

Então aproveitamos pra ir no Valle de Marte e Valle da Lua. No Valle da Lua não dá mais pra bater foto na Pedra do Coyote, quem bateu, bateu, quem não bateu, perdeu.  A pedra quebrou por causa dos turistas, tem faixa delimitando onde se pode pisar. Uma guia de agência nos indicou a fazer o tour a partir das 15h, pra evitar a aglomeração de pessoas que vão após as 16h pegar o por do sol. Começamos o passeio por esse horário (15h) e foi muito corrido! Tinha muitas pessoas igual.. o valle da lua é muito grande.. conhecemos umas turistas que foram a pé, por ser perto do Centro de SPA, mas cada atração era tão distante uma da outra que tavam pedindo carona (isso é só um aviso para quem pretende ir a pé tb).

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Fomos na Caverna de Sal, tem uns trechos mais apertados.. o marido de 1,90m e passou relativamente tranquilo. Seguindo de carro, tem-se vista pro anfiteatro, uma formação linda, terminando nas 3 Marias..se vc tem a imaginação bem fértil, consegue imaginar. Fomos pra duna mayor assistir ao pôr do sol, mas as nuvens estavam encobrindo.

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Lembrete: o MapsMe tem todos esses pontos!

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Conhecemos um casal de chilenos que havia feito o passeio aos geysers em carro próprio. Eles estavam de Peugeot e falaram que conseguiram ir tranquilamente, que era só ter cuidado com as curvas (como em toda estrada). Isso nos deu mais segurança!

-Entrada Valle da Lua (CLP 3000 por pessoa)

 

 

 

 

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Dia 8- São Pedro de Atacama (SPA)

Irrááá.. dia super esperado! Geyser del Tatio! Saímos as 4:30h da madruga para irmos pro campo de Geysers. Tinha vários carros no mesmo caminho, então fomos seguindo. O caminho em si não achamos perigoso, tem algumas curvas fechadas.. mas é só fazer com cuidado. Tem só que conferir se choveu ou nevou, pois tem um córrego que cruza a estrada (não vimos nada..). Estávamos preparado pra esse ser o passeio mais frio! O casal de chilenos do dia anterior nos disse que fez -11ºC.

Fui com 5 camisas de frio (1 térmica + 4 camisas quentes/de lã) + 2 casacos + 1 cachecol + 1 toquinha + 2 luvas + 3 calças térmicas. Não passei frio (muito menos calor). Eu era uma das poucas lá que não estava com frio, muita gente ficou dentro dos carros por um longo tempo.. Passeio frio somente nas mãos, era muito difícil tirar a luva para bater foto.. os dedos ficavam vermelhos e duros.. chegava a doer. Sexy sem ser vulgar:

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Chegamos lá as 6:30h, que é o horário que os primeiros geysers começam a ‘despertar’.

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Tem umas piscinas termais tb, para os corajosos (não, obrigada):

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Na volta, vimos bastante gelo (na ida tava escuro) nas partes baixas da estrada.

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Paramos no Povoado de Machuca pra conhecer a igreja, comer pastel e espetinho de lhama.

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Dali fomos para as Termas de Puritama. Dia todo encoberto, sem um solzinho.. Mas como a gente tava lá perto.. foi né? Tinha pouca gente.. e todo mundo concentrado na piscina 2, que é a mais quentinha (a 1 tava fechada). Muito frio fora da água, e dentro tava uma água morna, nada que esquentasse o tempo todo.. Ficamos +- 1:30h ali pra fazer valer a pena o valor da entrada e depois correndo pra botar a roupa quentinha.

Dia de dormir cedo, não beber nada alcólico e não comer carne vermelho.. Iríamos subir o Cerro Toco mañana temprano.

 -Entradas:

Geysers:CLP 10000 por pessoa

Termas de Puritama: CLP: 15000 por pessoa

 

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Dia 9- São Pedro de Atacama (SPA)

Dia de subir o Cerro Toco. Estávamos em dúvida sobre subir o Lascar ou o Cerro Toco, acabamos escolhendo o segundo porque é mais fácil.. não estamos no auge da nossa forma física. (Depois descobrimos que o Lascar estava com as subidas suspensas por causa da atividade vulcânica). Não havíamos nos preparamos pra subir! O medo era pagar o passeio e não conseguir subir.. mas arriscamos. O guia nos pegou no hostel as 8:15h, havia mais 4 pessoas no nosso grupo, totalizando 6 (e mais o guia). Na agência que compramos falaram que era no máximo 4 pessoas por grupo.. estávamos em 6.. mas tudo bem, nós até gostamos! O incentivo era maior.

O carro nos deixou na  base do Cerro Toco, a 5mil m de altitude.  Maria mijona aqui foi imediatamente procurar um cantinho pro xixi.. mas não tinha, as pedras grandes estavam meio longe e tinha carros de outras excursões.. Então me agachei na frente do carro e o marido fez cortina com casaco. Nessa hora já senti que ia ser tenso, pq só a caminhada até a frente do nosso carro e o agachamento pro xixi já me deixou ofegante.. Eeeeeita lasqueira. 🤒

Só passei frio nas mãos.. o guia forneceu uma luva que melhorou (mas depois foi esquentando e tirei), tava só com uma luva fina. Usei 3 calças (2 térmicas e uma de algodão), 1 blusa térmica + 1 blusa de algodão por cima e 2 casacos, além da toquinha. ☺️

Daí em diante se inicia a subida até o cume, a 5604 metros de altitude. Eu lia os relatos que a galera fazia esse 1,5km em 2,5h ou 3h.. na minha cabeça não entrava como podia demorar tanto, mesmo sendo alta altitude.. Então só fazendo mesmo pra entender. Tudo requer um esforço gigante.. Começamos dando 10 passos pra ver como nos sairíamos.. ok, coração acelerou, mas ok. Guia explicou que coração acelera pq quer oxigênio.. eu respirava beeeeeeem devagar pra tentar desacelerar o coração.. O marido já respirava bem rápido e curto, pra oxigenar rápido. Aderi a técnica dele, acho que fez mais efeito mesmo. O guia disse que faríamos 3 paradas, acho que acabamos fazendo 5 ou 6. O caminho em si não tem dificuldade, só a parte final, pra subida ao cume mesmo, que é um pouco mais inclinada. Um de nossos companheiros de subida, um brasileiro que aparentemente estava em ótima forma física, não conseguiu.. foi ficando pra trás, pra trás.. e o guia disse pra ele descer. A questão acho que não é tanto física mesmo, mas psicológica, não se apavorar quando a respiração ficar mega acelerada, quando faltar o ar, não sentar pra descansar.. além de claro, estar aclimatado.

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Faltando o terço final pra chegar ao cume.. minha barriga apertou, se revirou, cantou.. Sintoma clássico de contaminação por glúten. Pqp.. que situação, amigos.. Agueeeenta coração! Não dava de caminhar.. Pensei em ir atrás de alguma pedra grande, mas elas estavam um pouco longe.. e eu ia consumir muito oxigênio.. Seeeenhor.. se viraaaa nos 30! Parei de caminhar e fiquei só respirando.. o guia parou nosso grupo e veio medir minha pressão, falei pra ele que tava bem,que só estava com mucha dor de barriga e que estava esperando passar um poquito. Ufa.. passou a vontade (aqui a gente vê que isso poderia ter acabado com meu passeio) 😖😵 foi tenso!!!

Fizemos a subida em +- 2:30h. Todo mundo comemorando, e eu só aliviada que a dor de barriga tinha amenizado. Dava umas pontadas de vez em quando, mas eu tava aguentando. Muito linda a vista lá de cima, dá de ver a Bolívia também. Ficamos um bom tempo lá contemplando, comemorando.. felizes por termos conseguido essa superação (e no meu caso, dupla vitória).

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A descida foi mais rápida.. em 1:30h. Ah.. importante dizer que o guia deu um bastão por pessoa.. Eu e o marido havíamos levado os nossos, 2 pra cada um.. Fez muita diferença na descida.. tinha muita pedrinha solta, areia fina.. muito escorregadio. Nosso outro colega de excursão tava penando pra ficar em pé.

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Chegando no hostel, hora de aliviar e ahhhh... acabou a água na cidade. 😨 Voltou depois de 2hs.

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