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  1. BONETE X NEMA E agora José? Presos há uns 30 metros de altura, Eu e o Thiaguinho tentamos nos manter imóveis, na esperança que o terreno não ceda e nos jogue no vazio. Maldita hora em que resolvemos deixar a segurança do chão e nos enfiamos naquela parede íngreme, no meio de uma garganta intransponível. Escalamos até onde deu, até onde nossas pernas e nossos braços conseguiram nos levar e eu até tentei continuar seguindo, mas um deslizamento interrompeu nosso caminho, talvez desse para arriscar passar, mas se a ação não desse certo, despencar seria quase certo, por isso pedimos para que o Dema tentasse, talvez uma perna um pouco mais comprida, pudesse dar conta da travessia. O Dema nos passou e se posicionou junto ao lance, mas igualmente nós, logo viu que aquilo era suicídio certo e agora éramos 3 homens reféns, sem poder subir e sem corda para descer e a palavra fudidos, se aplicava plenamente àquela situação. (DEMA , THIAGUINHO, DIVANEI ) Quando o Thiaguinho me falou do projeto de subir um pico rochoso e quase selvagem em Ilhabela, tentei puxar pela memória que tal pico seria esse, sendo que as 3 ou 4 vezes que passei pela Praia do Bonete, jamais tinha botado os olhos nele, talvez porque sempre ao passar por lá no verão, os picos se mantinham encobertos, mas quando ele me mandou uma foto, aí meu queixo caiu no chão, realmente por nunca ter visto nem fotos. Eu acabara de voltar de uma viagem de férias com o Dema e como ainda tínhamos uma semana de folga, não relutamos em abraçar o projeto, mesmo sem ter estudado muito os mapas, mesmo assim, não esperávamos lá grande coisa, apenas compramos a ideia e fomos nos divertir. Num sábado à tarde, nos encontramos com o Thiaguinho no terminal rodoviário do Tietê , na capital Paulista e seguimos para Ilhabela, mas antes de lá chegarmos e mesmo antes de sairmos da região metropolitana, se juntou a nós o quarto elemento e foi assim que o Tebas completou o time de exploradores. Foi num piscar de olhos que nos vimos estacionados no centrinho comercial de São Sebastião, bem em frente a ilha, onde por lá estacionamos o carro e nos dirigimos para a balsa, onde pretendíamos atravessar como pedestre, economizando grana e tempo para também nos vermos livres das burocracias, tanto na ida, quanto na volta. A noite já havia dado a sua graça e assim que chegamos à Ilhabela, o ônibus para Sepituba, que é o último ponto onde se pode chegar de transporte público indo em direção ao sul, já estava de saída e cerca de uma hora depois, nos catapultamos para fora e saímos a caminhar na escuridão até que a estradinha termina numa porteira, onde hoje há uma guarita instalada, por sorte, completamente vazia. Ali, no final da estradinha existe um estacionamento onde se pode deixar o carro mediante pagamento, mas não quisemos usar essa opção porque na volta é certo que se passe horas esperando na fila da balsa para voltar à São Sebastião, coisa que não acontece estando como pedestre. Depois da guarita, abrimos a porteira, jogamos as mochilas às costas e ganhamos a trilha, que outrora fora uma estrada onde tentaram ligar o resto da ilha até a Praia do Bonete, mas logo a natureza derrotou as pretensões do governo militar e mostrou quem manda. São exatamente 12 km até a praia do Bonete, onde é necessário andar cerca de 4 ou 5 horas, mas nós não vamos até a praia, nossa caminhada vai até ao Rio Areado. É uma noite linda e quente, muito quente, na verdade, extremamente quente. Já passa das dez da noite e a temperatura parece só aumentar e antes mesmo de chegarmos no primeiro mirante, não tendo passado nem uma hora de pernadas, o Tebas já começa dar sinal de super aquecimento, tanto que tivemos que fazer uma pausa para que ele se recuperasse das náuseas que vinha sentindo. Seguimos, mas agora a passos lentos, andarilhos vagarosos a fim de manter o Tebas no mesmo ritmo que o nosso, até que umas duas horas depois, talvez um pouco menos, atravessamos a ponte sobre o RIBEIRÃO DA LAJE e alguns metros depois, interceptamos uma trilha a direita e descemos do seu lado esquerdo até estacionarmos junto ao escorregador do próprio rio, uma atração imperdível. A noite havia chegado quase a sua metade e o calor estava realmente de matar, então não tivemos duvidas, nos despimos das nossas armaduras e nos entregamos a arte de escorregar na laje lisa e explodir no pocinho mais abaixo, águas cristalinas e intocáveis, de um rio que nasce no coração da ilha e que não vê mãos humanas em nenhum momento do seu curso até ali chegar, já bem próximo da sua foz. Renovados com o banho refrescante, nos pomos a caminhar no trecho final, uma trilha larga e escorregadia, pontilhada por trechos enlameados, até que o terreno começa a descer de vez e nos leva direto para as margens do Rio Areado, onde uma grande ponte pênsil serve de passagem para cruzar o rio, mas hoje ficamos desse lado mesmo, junto a uma clareira do lado direito da trilha, onde vamos montar nossas barracas e ali morrer por umas boas horas. (Tebas ) Parece que uma massa de ar seco se abatera sobre a ilha, coisa que eu nunca tinha presenciado antes. O dia amanheceu lindo e antes das oito já estávamos de pé, prontos para partir, mas antes mesmo de começarmos a desmontar nossas barracas, o TEBAS anunciou sua desistência. Não melhorou do desconforto da noite anterior, amanheceu tão ruim como antes e resolveu jogar a toalha. Até tentamos convencê-lo a seguir com a expedição, mas ele foi firme nas suas convicções e pensando bem, foi a melhor coisa que ele fez, caso contrário teria sucumbido durante a subida. Antes de partirmos, adentramos numa trilhinha e descemos por uns 5 minutos até a foz do Areado, um bonito amontoado de pedras, açoitados pelo mar. Nos despedimos do nosso amigo Tebas, que seguiria para praia do Bonete, atravessamos a Ponte Pênsil e ganhamos o mato, subindo o Rio Areado pela margem direita por uns 15 minutos, num vara-mato chatinho, passando por baixo de imensos matacões até interceptarmos de vez a amplitude desse que é um dos rios mais belos de toda Ilhabela, que logo de cara, nos apresenta a um POÇO lindíssimo, emoldurado por uma CACHOEIRA ,que forma uma moldura natural, que quase beira a perfeição. O RIO AREADO é um velho conhecido meu, já que muitos anos atrás eu estive numa expedição que explorou as suas duas vertentes, já que em um dia de caminhada, subindo o rio, ele se bifurca em “ Y”, sendo a perna da esquerda de onde despenca a CACHOEIRA GRANDE DO AREADO, a maior da Ilha (150 m) e na perna da direita, outra meia dúzia de cachoeiras enormes. Junto ao grande poço, atravessamos o rio para sua margem esquerda e ganhamos a pequena parede para ganharmos altura e saímos em outra CACHOEIRA, com mais um poço sensacional. Ainda é cedo, mas eu já estou molhado faz tempo, então não me furto em me atirar em mais esse espetáculo natural e aproveito para ir ganhando terreno e subir meio que escalando as rochas do lado esquerdo da queda d’água. O Dema e o Thiaguinho vêm junto comigo, hora me seguindo, hora eles mesmos tomando a frente e ditando o ritmo da caminhada. Um pouco mais acima e não tendo passado nem 40 minutos de andanças aquáticas, tropeçamos no GRANDE TOBOGÃ NATURAL, outra laje perfeita, de onde se pode escorregar e se esbaldar com uma queda dentro de um poço profundo, um verdadeiro parque de diversões, que te envia direto para o túnel do tempo, te fazendo voltar a ser criança. A temperatura da água está incrível, Thiaguinho é o primeiro a virar passageiro do rio, desce sem controle e explode para dentro do poço, inaugurando a diversão e logo atrás, vamos nós, homens barbados, crianças adultas a desafiar a lei da gravidade, sem nos preocuparmos com nada, apenas entregues a nossa própria capacidade de transformarmos uma expedição séria, numa verdadeira brincadeira de jardim da infância. E por lá ficamos um bom tempo, entregues ao ócio, nos maravilhando com os pocinhos de águas incrivelmente translúcidas e cristalinas, curtindo cada segundo daquele rio maravilhoso, um rio intocado, num fim de semana de céu azul, onde o sol reina em todo seu esplendor, mas a gente sabe para o que veio , estamos cientes de que o que nos espera não é para brincadeira não , então é hora de voltar para o mundo dos adultos, jogar as mochilas nas costas e partir, abandonar o rio, cair nas florestas e montanhas, definitivamente , porque é chegada a hora da aventura começar. A bem da verdade, era que eu não havia estudado quase nada daquela expedição, tão somente havia olhado o projeto pouco tempo antes de sair de casa e salvo a traklog riscado a mão pelo Thiaguinho. Mas sabia que cerca de uma hora depois que subíssemos o Areado, abandonaríamos o rio e empreenderíamos uma diagonal em direção ao PICO DO BONETE, aliás , é bom deixar claro que nem o nome desse pico rochoso sabíamos direito, então começamos a chama-lo com esse nome , já que nem nas cartas constava nada sobre ele e mesmo os moradores da Praia do Bonete, souberam nos dizer o seu nome, confundindo ele com o Pico do Papagaio, outro pico ali de Ilhabela, mas bem mais distante do que o nosso objetivo. Portanto, abandonamos o Rio Areado e ganhamos uma subida para a direita, nos metendo em meio a um vale seco, atravessando mato e nos esquivando das grandes rochas. Varar mato na Ilhabela não é tarefa muito fácil, tamanha a quantidade de vegetação fechada, composta por plantas espinhudas, cipós e bambuzinhos que nos fecham a passagem, se agarrando à nossas mochilas. Ainda estamos na parte da manhã, mas o calor e o mormaço vai tentando derreter os nosso miolos, sorte que água é coisa que não falta, pelo menos nessas baixas altitude. Falando em altitude, sabemos nós que o que está por vir não será moleza, já que estamos pouco acima da cota 100 de altitude e teremos que vencer mais de 1.000 metros de desnível, tudo isso enfrentando uma floresta quase intransponível, tendo que atravessar vale atrás de vale, num dos lugares onde se encontra cobras uma atrás da outra. A navegação é lenta e somos obrigados a mudar de direção constantemente, porque acabamos virando refém do terreno, que nos joga para onde ele quer. Mais um pequeno vale é cruzado e serão dezenas até conseguirmos ganhar o vale principal e começarmos a subir a rampa definitivamente, mas surpreendentemente, em meio ao mar de florestas e montanhas, numa janela, avistamos o mostro que nos acena quase mil metros acima das nossas cabeças, nos chamando para a mais pura e autentica aventura, nos desafiando a continuar subindo e essa é a primeira vez que eu boto meus olhos sobre ele, hora de fazer uma pausa, comer alguma coisa, tomar um gole de água e nos pormos a contemplação. Não consigo nem contar quantos foram os riachos e afluentes que cruzamos até ganharmos a rampa definitiva, mas quando embicamos nosso nariz para cima, aí o morro não parou mais de subir. A temperatura fez ferver nossos radiadores e a sede bateu de vez. Do nosso lado esquerdo, uma cadeia de montanha nos empurra para a direção correta, a fim de achar uma passagem entre esse espigão e o próprio rochoso do Bonete, mas é um caminhar vagaroso, penoso, estafante e a língua já arrasta no chão, quando finalmente encostamos no vão que nos dará a passagem que almejávamos e ali, escorrendo no fundo de um pequeno vale e brotando embaixo de algumas raízes, conseguimos encontrar nosso preciso liquido, hora de mais uma parada, beber até não aguentar mais e colher uns 2 litros para o acampamento no topo. Nosso caminho vira radicalmente para a esquerda e agora vamos galgar uma parede de mato quase em pé, que nos leva ao rumo do topo. Vamos seguindo e acompanhando o domo de pedra que vez ou outra, surge no meio das árvores. Um olhar mais apurado, encontra um vestígio de trilha, onde marcas de facão são encontrados, mas já podemos notar que há muito tempo ninguém vem ao cume. O caminho vai curvando lentamente a direita até nos depararmos coma rampa final, que já nos mostra estarmos bem nas costas do DEDO DE PEDRA DO BONETE. Nessa hora, o grupo se dispersa, como se cada um tentasse alcançar seu próprio cume. Thiaguinho segue à frente com o Dema fungando no seu cangote e eu virei cu de tropa, fico para trás tentando ver se encontro alguma passagem que possa nos levar ao cume, mas logo meto marcha e colo nos dois. É aquele momento de euforia e excitação, que só expedições como essas podem nos causar, é a esperança de nos encontrar com o surpreendente, o novo, aquilo que nunca se viu ou que foi visto por quase ninguém, é a recompensa do nosso esforço, da nossa dedicação, é o pagamento pela nossa ousadia. E lá está ele, um gigante solitário, um monstro que aponta como um Dedo de Pedra para o céu e entre ele e nós, um abismo profundo. Não estamos no seu cume, muito porque, é uma parede inescalável sem que se grampeie antes. Subimos numa rocha e pulamos para o seu dorso, que mais parece uma carranca voltada para o interior da ilha, como um sentinela a zelar por um tesouro . Estamos há 926 metros de altitude, mas essa é apenas a altitude do DOMO DE PEDRA, o cume da serra ainda não é esse, mas mesmo assim, foi ali que nos cumprimentamos calorosamente, abraços apertados e braços erguidos como a marcar território, que por hora nos pertence. A visão lá de cima é ARREBATADORA, com a vista da Praia do Bonete e todo o azul do oceano, com o contorno da ilha. Pegamos uma janela de tempo perfeita, poucas nuvens no céu, temperatura alta e quase inexistência de ventos. Ficamos lá por um bom tempo, inebriados com a paisagem, mas quando o relógio bateu quase cinco da tarde, nos despedimos do ROCHOSO e saímos a procura do CUME, o ponto mais alto da serra, onde pretendíamos acampar. Continuamos a galgar o espigão a procura do cume e de alguma área para montarmos nossas barracas, mas nem precisou ir muito longe, menos de 10 minutos e o terreno se aplainou e foram surgindo pequenas clareiras, com vistas espetaculares e numa delas, largamos nossas mochilas definitivamente e tomamos posse do lugar onde montaríamos nossas casas, mas antes era hora da conquista final. Essa não é uma montanha qualquer, há um que de especial em sua estrutura. É como um platô, uma espécie de “tepui “, como aquelas formações na divisa do Brasil e da Venezuela que formam montanhas como o Monte Roraima, guardada as suas devidas proporções. E para ser melhora ainda, encima dela, uma pedra reta de um 5 metros de altura, não deixa dúvida que ali é o ponto mais alto e enquanto o Thiaguinho e o Dema investigam a continuação do platô, eu ganho as costas dessa elevação, escalo a rampa traseira me valendo de um arbusto e subo na aderência das minhas botas até me ver completamente no CUME, formado por um tapete de musgos e vegetação rasteira a mais ou menos 982 metros de altitude, o PICO DO BONETE. ( cume do PICO DO BONETE) Logo chamei o Thiaguinho para fazer parte do meu mundo, mas o Dema acabou dando bobeira e nem subiu. Ficamos lá, contemplando aquele cenário de sonhos, nos entregando ao deleite, ao prazer de poder estar numa montanha ainda selvagem, ficamos a ver o mundo lá de cima, a apreciar e a desfrutar de uma paz poucas vezes vista, ouvindo os murmúrios dos Papagaios Moleiros, nos deslumbrando com tantos outros picos ao nosso redor, uma floresta quase que intocada, onde rios de águas selvagens desfilam vales à dentro, algum onde pés humanos pouco tocaram. Nesse dia mágico, o vento resolveu não aparecer, a calmaria reinava por todo canto, o sol indo morrer a oeste, vagarosamente se escondendo atrás do Pico do Papagaio, com aquela preguiça de nos deixar e enquanto nosso fogareiro cozinhava nossas jantas, nos pomos a montar nossas barracas e jogar conversa fora vendo a escuridão chegar e as luzes da Praia do Bonete surgirem diante dos nossos olhos, que às 8 horas, se fecharam para o mundo, numa noite de sono tranquila, pra lá de merecida. Antes mesmo do dia ameaçar nascer, Thiaguinho já estava de pé, urrando lá fora, nos chamando, nos convidando para o espetáculo. Isolados do mundo, sobre uma montanha que era pura magia, o grande astro foi aos poucos nascendo, devagar, preguiçosamente, enchendo a Terra de luzes coloridas, avermelhando nossas vidas, iluminando nossos olhos. Parecia ser um show especial só para nós, um público de três pessoas, que lotavam as arquibancadas do cume e não economizavam aplausos. Enquanto a água para o café fervia, desmontamos tudo e assim que engolimos nosso desjejum, jogamos as mochilas às costas e partimos pelo mesmo caminho que chegamos. Mas o projeto inicial era tentarmos descer varando mato direto para um vale atrás do Pico do Bonete e ao intercepta-lo, descer por ele , que acreditávamos ser um afluente do Rio Nema e caindo no próprio Nema, descer até o mar, mas como havíamos encontrado um vestígio de trilha meia hora antes de atingirmos o cume, mudamos nossos planos e preferimos tentar ver se aquele arremedo de trilha pudesse nos levar de volta à civilização, mas nossa caminhada acabaria por ter uma reviravolta, como conto a seguir. Passamos novamente pelo DEDO ROCHOSO e nos despedimos dele, ganhando a rampa que desce até interceptarmos a tal picada e por ela tomamos o rumo da praia do Bonete. No começo parecia uma trilha até consolidada, mas bastou o terreno aplainar um pouco, para ele começar a sumir, como se estivesse a brincar de esconde-esconde com nossa cara. Era preciso um bom faro de trilheiro para achar os vestígios, que vez ou outra, se perdia em tocas e matacões gigantescos, até que do nada, ela simplesmente desapareceu e nunca mais foi encontrada. Nessa hora, sem ter muito o que fazer, resolvemos estudar o relevo topográfico e tentar mirar nosso nariz para a praia, mas os malditos bambus foram nos jogando cada vez mais para um vale e quando nos demos conta, já estávamos no fundo dele e aí não há bom humor que resista quando se tem que escalar uma parede íngreme cheio de vegetação quase impassível, então resolvemos mandar aquele caminho a merda e decidimos retomar o projeto original, que era o de descer pelos rios, ainda mais que o calor havia transformado aquela floresta úmida na sucursal do inferno. O primeiro objetivo era encontrar água, porque a goela já estava seca e quando vimos o precioso liquido escorrer de dentro da terra, abrindo um pequeno valezinho, nos detemos por um bom tempo para beber até não aguentar mais. Olhando nas cartas topográficas, notamos que aquele vale era um subafluente do Rio Nema, ou seja, se navegássemos por ele , cairíamos direto para um grande afluente do Nema, então nos agarramos nessa possibilidade e não largamos mais dela, mas não era um valezinho qualquer , era um vale profundo e escarpado, que tivemos um enorme trabalho para desescalar suas paredes até nos vermos no seu leito aquático, cheio de pequenos poços e piscininhas naturais , até que uns 40 minutos dentro dele, interceptamos de vez O RIO NEMINHA, que por hora o chamamos por esse nome , por ser um rio desconhecido, sem nomes na carta. Estamos há 550 metros de altitude e apesar de já termos caminhado quase 3 horas desse o cume do Pico do Bonete, ainda são 10 horas da manhã, mas o calor continua forte, mesmo assim, não há previsão de chuvas, o que nos dá uma segurança para nos enfiarmos definitivamente dentro dos grandes cânions que se apresentou a nossa frente. Por meia hora, vamos descendo, aproveitando pequenos poços e cachoeirinhas para nos refrescarmos, vamos perdendo altitude aos poucos até nos vermos diante de um poço deslumbrante, uma água totalmente translúcida com alguns bons metros de profundidade, espremido entre duas paredes, formando o que a gente chamou de POÇO DA RAIA, por se parecer com uma raia olímpica. Ali estacionamos, nos entregamos ao ofício de nadar, aproveitando que o sol já havia esquentado a água e quando cansamos de nadar, descansamos, comemos alguma coisa e nos preparamos para nos enfiarmos garganta abaixo. Mesmo emparedados, a descida continua suave, pontilhada por alguns bons poços e algumas pequenas quedinhas d’água. Vamos perdendo altitude, pouca coisa, mas é uma caminhada gostosa e até um tanto descontraída, tendo à frente o Thiaguinho como homem batedor, mas eu e o Dema nos mantendo no seu raio de visão, quando de repente, o Thiaguinho começa a gritar em meio a uma abertura do rio, onde uma árvore conseguiu nascer dentro do leito, quase como se fosse uma pracinha. Mas a gritaria toda se deu porque ele viu que estava diante de um espetáculo único, onde uma cachoeira lateral, vindo de um afluente, despencava para dentro do rio, formando um cenário sensacional, mas não era só isso, tinha mais e se já não bastasse aquela composição cinematográfica, aquele pequeno rio, fez questão de nos jogar na cara algo ainda mais INACREDITÁVEL. Quando ouvimos os gritos do Thiaguinho, nos apressamos e assim que o rio se abriu para a gente, nos demos conta do achado, mas nossos olhos conseguiram alcançar muito mais do que o Thiaguinho conseguia enxergar, na verdade, ele ficou tão cego com o achado inicial, que esqueceu de olhar mais à frente: Ali, agora diante de nossos olhos, quase incrédulos, uma garganta profunda, com a água do rio se jogando para dentro dela, formando um poço comprido e com profundidade incalculável, fechada por duas paredes rochosas com 2 dezenas de metros, esprimida dentro de uma vale com uma centena de altura, num lugar isolado do mundo. Encima das paredes do cânion , se equilibrando bem na entrada, uma grande rocha forma um PORTAL , que mais parece ser a entrada para outro mundo, uma das coisas mais inacreditáveis que a gente já viu na Serra do Mar Paulista até hoje. Ficamos hipnotizados, olhos parados, procurando adjetivos para aquele monumento natural. Eu me aproximei do buraco e vi que seria impossível descer por dentro, ainda mais porque não tínhamos corda suficiente para ancorar na grande árvore. Do lado esquerdo era uma parede intransponível por conter uns noventa graus de inclinação. A única solução, seria tentar uma escalada do lado direito, subir o barranco e passar por cima da parede da garganta, quase raspando a barriga na pedra suspensa e depois ver se conseguiríamos baixar com a corda até o fundo do cânion e foi com esse plano, que abandonamos a GARGANTA DO PORTAL DA PEDRA SUSPENSA e partimos. Fizemos conforme o planejamento inicial e com a ajuda da corda, conseguimos descer ao fundo do cânion, mas antes ficamos preocupados porque vimos que havíamos nos enfiado numa enrascada, mas esse era um problema para resolver depois, por hora não tinha como não nos determos para aproveitar mais um POÇO com águas translúcidas. Aquela GARGANTA, é daqueles lugares para a gente guardar na memória para sempre, principalmente por saber que ali naquele lugar, dificilmente alguém tenha pisado e se pisou, guardou para si, além do mais, acessar por baixo, vindo do litoral é algo tão penoso, que talvez passe décadas sem que ninguém bote os pés lá. Então o que tínhamos a fazer, era contemplar ao máximo, fazer aquele momento valer a pena. Mais uma vez, caímos para dentro do poço e para incrementar, os meninos resolverão subir pela parede lateral e se jogarem lá de cima, indo conhecer as profundezas do paraíso e vindo à tona cheios de felicidades. Retiramos a corda que havíamos descido. Baixamos mais alguns metros, mas não fomos muito longe, porque fomos barrados por outro despenhadeiro. Agora foi a parede da direita que se elevou num grau totalmente inescalável e a parede da esquerda não estava longe disso, mas continha uma vegetação. Analisamos previamente e resolvemos ariscar subir escalando, para depois tentar uma diagonal e ir perdendo altura, mesmo sem saber o tamanho da encrenca que havíamos nos metido. Eu e o Thiaguinho nos agarramos à rocha e fomos subindo na unha, centímetro à centímetro, ganhando terreno, mas sempre subindo. Chegamos ao limite e vimos que jamais sairíamos por cima, já que tratava-se de algo impossível de escalar, então fomos para a diagonal até que a vegetação foi interrompida por uma língua de pedra lisa, com uns dois metros de extensão. Tentei achar algo que pudesse me sustentar para eu dar o bote e fazer a passagem, alguma ranhura em que eu pudesse apoiar um pé e tentar um impulso, mas se por acaso algo desse errado, seria uma queda suicida. Por fim, a situação quase que ficou fora de controle, porque ficamos eu e o Thiaguinho presos na parede, sem ter como voltar em segurança, não dava para seguir e nem para voltar. Nessa hora chamamos o Dema para se fuder também, já que como ele tinha uma perna um pouco mais longa, talvez pudesse dar conta dessa passagem. O Dema se apresentou, passou a gente e também achou que o risco de cair não compensava a tentativa e o mais sensato, seria fazer uma descida, não menos arriscada, se segurando numa vegetação que, por si só já ameaçava desprender da parede e ganhar um arbusto e lá estudar uma possível descida. Esse arbusto estava a uns 10 metros da gente, desescalamos a parede e quando lá chegamos, contatamos que não havia corda suficiente para descer de volta para o rio, que agora estava esprimido entre duas paredes estreitas. Não havia o que fazer, estávamos presos, voltar não era mais possível. Sacamos uma fita de escalada da mochila, enrolamos nessa arvore, que se sustentava sobre as rochas da parede, o que nos fez ganhar mais um metro, mas sem saber o quanto faltava para chegar ao rio. Mesmo assim o Dema se jogou na corda, para um tudo ou nada e foi deslizando na mão mesmo, até passar dentro de um tronco de árvore na beira do abismo e se soltar até que explodiu dentro da água e gritar que ainda estava vivo, dando o aval para fazermos o mesmo. Me posicionei na corda, que é claro, não tinha um diâmetro favorável, uma grossura que nos desse uma sustentação descente, por ser fina e lisa. Vou sustentando meu peso e minha mochila no braço, ralando a cara na pedra, arrastando tudo que tem pela frente, procurando algo que possa sustentar meus pés, até conseguir alcançar um tronco deitado e me apoiar nele, passar entre ele e a parede, agora totalmente negativa. Os pés já não apoiando em mais nada, mãos carcomidas pelo atrito da cordinha, mas mesmo assim, me mantendo com os dentes cerrados, não tem como cair, não tem porque cair, na verdade, não quero cair, até que a própria corda acaba e só me sobra o nada sobre meus pés e então, me precipito no vazio até encontrar a dureza da água, num poço de não mais de um metro, mas o suficiente para me amparar sem que eu quebre uma perna. O Thiaguinho veio, assim como eu, também não teve moleza, pior ainda, por ser mais baixo, acaba por sofrer ainda mais e quando chegou junto ao negativo, achou melhor se livrar da sua mochila. O salto não água por causa da corda curta, não passava de uns dois metros, mas para quem vem ralando a cara na rocha, sem ver nada, se jogar no vazio às cegas é uma sensação não muito boa e o alivio só termina quando já estamos lá embaixo, estourando na lamina d’água. Juntos e com os pés no chão, no caso, dentro da água, seguimos perdendo mais altura, desescalando o leito do rio para mais uma vez, nos vermos completamente sem saída novamente. Abaixo de nós, mais uma garganta impossível de continuar descendo. Lá embaixo, um grande poço de águas verdes nos chama atenção, nos desperta o desejo de ir conhece-lo, mas antes teremos que sentar, estudar o terreno e descobrir uma maneira de sair dentro dos cânions. Ao nosso lado esquerdo, uma parede gigantesca, onde pedras desmoronam só de olhar para elas parecia ser a única saída de lá e como não nos pareceu que acharíamos outra solução, nos pomos a escalá-la , vagarosamente, lentamente, para não rolarmos pedras em quem vinha atrás de nós e para que nós mesmos, não rolássemos para o abismo. Chegamos onde daria pra chegar e enveredamos para a direita até podermos ganhar a mata definitivamente e nos afastarmos do perigo. Voltar ao leito do rio naquela altura era algo impossível, então traçamos um plano que nos fez afastarmos, para depois encontrarmos uma passagem por um pequeno afluente e varar mato por dentro dele, até desembocarmos numa maravilhada de cachoeira, uma queda d’água que escorria pela parede rochosa e formava mais um grande tobogã, com um poço de águas verdes e transparentes, mais uma joia perdida do submundo da ilha, algo surpreendente, hora de parar, e reverenciar esse espetáculo da natureza. Estamos há pouco mais de 400 metros de altitude e já passamos das 13 horas da tarde e o sol quase a pino, ainda ilumina o poço, transformando suas águas num encantamento só. Subi a cachoeira escalando pela lateral, enquanto isso o Thiago se deleita a escorregar no tobogã e o Dema fica no poço, imerso nas águas quentinhas e cada qual se aproveita daquele momento único, num lugar que a gente vai guardar para sempre. Mas como o tempo passa e o dia não espera, quando cansamos de nadar, jogamos as mochilas às costas e partimos, descendo tantos outros poços e marmitas, fazendo valer cada minuto dentro daquele rio incrível, até que perdendo mais uns 100 metros de desnível, encontramos com o RIO NEMA e aí o rio se alargou definitivamente e mesmo as águas ficando um pouca mais amareladas, o cenário ainda assim, continuou deslumbrante. A descida pelo Rio NEMA , agora em definitivo, vai nos enchendo os olhos, onde pequenas cachoeirinhas despencam para dentro de grandes poços e a gente vai desescalando muitos outro matacões, passando por baixo de pequenas grutas , subindo e descendo uma infinidade de pedras, atravessando piscinas naturais a nado até que na COTA 100 DE ALTITUDE, resolvemos abandoná-lo, em favor de um vestígio de trilha que nos levou para final de uma estradinha e por ela seguimos até que uns 200 metros da praia, resolvemos parar e nos entregarmos a comilança num barzinho que nos serviu um prato feito de peixe frito de lamber os beiços. Alimentados, partimos a procura de algum barco que pudesse nos levar de volta para a Sepituba, onde poderíamos pegar um ônibus de volta para a cidade, já que por estarmos num estado já deplorável, não passava pela nossa cabeça voltar pela trilha. Conversamos com vários moradores ali da PRAIA DO BONETE e nenhum deles soube nos dizer como se chamava aquele pico, que até então estamos chamando de PICO DO BONETE, por desconhecermos seu verdadeiro nome, se é que tem um. Alguns chamaram de Papagaio, mas sabemos que esse nome é dado a outro pico, bem atrás desse rochoso. Assim a gente já consegue chegar à conclusão que já é mais que sabido, que nativo não se interessa por montanha nenhuma, por isso essa montanha incrível, largada ao esquecimento. Enquanto o barco que vai nos levar não está pronto, ficamos ali, naquela praia linda, observando a montanha que acabamos de descer, com todo seu esplendor. Sendo observados por outras pessoas, que não entenderam nada ao verem três indivíduos de colete, perneira e capacete na areia da praia, somos quase extraterrestres naquele lugar, viemos de um lugar desconhecido, atravessamos caminhos inimagináveis, fomos a lugares tão escondidos quanto os confins das galáxias, por certo, somos mesmo só um vulto, que passou, e sem deixar rastros, vamos carregar na memória esses dias de aventuras intensas, vividas com simplicidade , num mundo ainda por ser descoberto. JANEIRO/2017
  2. No sábado de carnaval chegamos em Ilhabela por volta de 11h, na travessia da balsa vimos golfinhos, bom pressagio.... pegamos um ônibus para o bairro do Borrifos, R$5,00 o valor da passagem e acredito que uns 40min de viagem até o ponto final, ja numa estrada de terra. Ai é apenas seguir em frente por volta de 3km até a portaria do parque onde se preenche uma ficha e adentra a real trilha onde os carros ja não passam mais. Para quem vai de carro tem estacionamento mas não faço ideia do valor. Andamos uns 2,5km até chegar na placa que indica a direção da fazenda da lage, 500m após a placa. Na metade desse caminho tem uma entrada do lado esquerda que vai dar na Cachoeira da Lage, muito legal tem uma pedra para escorregar, bastante agua e o sol bate com força em cima das pedras então da pra se refrescar bastante. Depois de 1h ali na cachoeira seguimos até a fazenda onde iriamos passar a noite, acertamos o camping no valor de R$50,00 por pessoa, aceitam cartao, pois iriamos seguir para a praia do Bonete na manha seguinte, disseram que se fosse ficar mais tempo seria R$70,00 por pessoa. Estava com a cozinha para o camping em construção entao após os visitantes que estavam apenas passando o dia irem embora deixaram a gente usar a cozinha do restaurante. Na fazenda voce tem acesso ao lago dourado, uma parte da mesma cachoeira de antes que continua descendo até encontrar o mar, do alto da pra ver o rio desembocando na agua salgada porem ja estavamos um pouco cansado e nao descemos até o fim, ficamos apenas na parte de cima mesmo num poço onde colocaram um slackline com cordas para quem nao sabe se equilibrar conseguir ficar em pé tranquilamente. Outro ponto legal é o buraco do cação tambem pertinho do restaurante onde se pode apreciar um desfiladeiro enorme e o oceano batendo nas pedras, uma vista bem legal, quem nao vai dormir la pode apenas pagar R$10,00 e visitar esses dois atrativos, acredito que vale a pena ja que esta la mesmo. Não fomos dormir muito tarde e no dia seguinte logo cedo acordamos, tomamos café e partimos 10km rumo a praia do bonete, a trilha é tranquila no quesito navegação, para os mais sedentarios a caminhada pode ser chatinha mas nada impossivel, passa por duas cachoeiras nao muito chamativas, fomos direto e chegamos antes do meio dia na praia. Bonete é legal, o fato dos quiosques não ficarem na areia deixa com um ar mais natural a praia, mas bastante movimentada muitos turistas, acredito que 99% das pessoas vao pra la de barco a minoria encara a trilha. Tem a opção de ir de trilha e voltar de barco tambem. Chegamos na praia e um rapaz abordou a gente oferecendo camping, disse que ficava um pouco mais pra dentro da vila nao na beira da praia, falamos que iriamos pensar e ele simplismente sentou perto da gente, fiquei incomodado pois na nossa frente tinha um camping chamado OUTRO CANTO e ficou uma situação chata largar ele ali e ir la perguntar valor mas fui mesmo assim. O valor era o mesmo porem nao tinha chuveiro quente, o diferencial era que ficava a beira mar, mas no calor que estava nao faria diferença. Quando entramos para montar a barraca percebemos que ao lado fica um hostel bem famoso da galera que curte festas e naquela noite de carnaval teria um evento, pra gente que queria descansar pra pegar uma trilha de 18km era inviavel perder noite de sono com som alto na orelha. Fomos entao para o camping que o homem ofereceu, acampamos no camping da vargem pagamos R$50,00 por pessoa no pix. Tem cozinha tambem, chuveiro quente e clima tranquilo, foi uma boa escolha. Bonete é uma vila, tem alguns comercios até mercadinho, pizzaria, lanches, etc... pagamos R$35,00 no PF a heineken estava R$11,00 longneck no mercadinho R$7,00 a skol açai 20,00 500ml adicional R$2,00, todos aceitavam cartão. Saimos bem cedo para a praia de castelhanos, usando o app wikiloc, a trilha é de navegação moderada e fisicamente dificil ainda mais levando as cargueiras, passamos pela praia das anchovas e indaiatuba, depois atravessamos mata adentro saindo na praia vermelha, fizemos em umas 6h 7h parando algumas vezes, pelo caminho. O uso do tracklog trouxe muita segurança em algumas partes da trilha mais fechadas rapidamente conseguimos corrigir erros e voltar para trilha principal. Chegamos no castelhanos e procuramos o camping do leo pagamos R$30,00 por pessoa no dinheiro. Camping simples mas contava com fogao a gas tambem, na beira da praia. almoçamos por R$40,00 PF heineken R$15,00 long neck R$20,00 600ml pastel camarao R$15,00 e a famosa caipirinha de folha de tangerina R$25,00, recomendo a de saque. skol fininha R$5,00 na barraca da fofoca. Acordamos na terça e fizemos a trilha da cachoeira do gato, começa no fim da praia e sobe 2km mata adentro chegando numa cachu bem legal, vale a pena. Querendo economizar decidimos fazer apé a estrada castelhanos x centro, pior decisão da viagem, em 2km subimos 400m, um morro interminavel e seriam 22km se quiséssemos chegar até a balsa, o horario funciona assim : sentido Centro-Castelhanos é das 7h às 14h O retorno é a partir das 15h. os carros só desciam e a subida nunca saia do lugar, ja sofrendo bastante passou um anjo num caminhao e deu carona pra gente, no final dexei R$20,00 de agradecimento mesmo sabendo que ele parou por pura gentileza, os jipes estavam cobrando R$60,00, R$70,00 por pessoa para fazer o trajeto, depois do que eu vi acredito que valha a pena, o caminho centro>>castelhanos parece ser menos cansativo mas mesmo assim pensaria duas vezes antes de ir apé. saindo do parque fomos apé até o praia do pereque e almoçamos num restaurante R$70,00kg acho que nunca comi tanto na vida. ficamos na praia ali descansando até a hora de atravessar a balsa e pegar onibus em sao sebastiao de volta pra casa num quiosque o valor da heineken esta R$11,00 agua de coco R$10,00 Nunca vi um lugar com tanto borrachudo quanto Ilhabela, foi tanto que talvez eu nao volte por conta disso, uma vez até vai mas é realmente traumatizante. Mas vale a pena conhecer ainda mais essas praias do sul que sao mais naturais com menos turistas. Só funciona o repelente deles, citroilha, paguei R$25,00 no frasco, na farmacia no centro estava por R$20,00 escrevi correndo mas é isso qualquer duvida manda ai, vou deixar algumas fotos, valeu
  3. Trilha da Praia do Bonete - Ilhabela - São Paulo Praias: Praia do Bonete, Buraco do Cação e Praia das Enchovas Cachoeiras: Cachoeira da Laje, Cachoeira do Areado e Cachoeira do Saquinho Dificuldade: Média Distância: 15 km Salve salve mochileiros! Segue o relato desta famosa trilha situada em Ilhabela no litoral Norte de São Paulo, iniciada na parte sul da ilha a aproximadamente 9Km da balsa entre São Sebastião e Ilhabela. A trilha é de nível fácil/moderado com muitas subidas e descidas na maior parte caminhando dentro da mata, passando por três lindas cachoeiras, com alguns mirantes e sempre caminhando com o som do mar. Partida - 13/09/21 - Ida 9:00am - São Paulo x São Sebastião -> BlablaCar R$60,00 - Balsa x Ponta da Sepituba -> Ônibus R$5,00 Partimos do Terminal Rodoviário do Tietê na zona Norte de São Paulo por volta das 9:00hrs da manhã de carona que conseguimos pelo aplicativo BlablaCar pagando R$60,00 cada um até a Balsa entre São Sebastião e Ilhabela. A viagem foi tranquila e em aproximadamente duas horas e meia chegamos na Balsa do lado de São Sebastião. Tivemos a sorte de chegar e já pegar a balsa/catamarã até Ilhabela que durou menos de 30 minutos a travessia. Chegando do lado de Ilhabela caminhamos por alguns metros até um pequeno terminal de ônibus à esquerda onde pegamos o ônibus com nome de Borrifos. O ônibus logo saiu e seguiu sentido sul da ilha passando por praias como a Praia da Feiticeira, Praia do Julião, Praia do Veloso entre outras até parar no ponto final. A trilha começa basicamente neste ponto pois após descer do ônibus começamos caminhando por 3 km até a entrada da trilha. Na entrada da trilha existe uma guarita onde fica um monitor passando algumas instruções, informações e dicas da trilha. Enchemos nossas garrafas d'água na guarita, checamos nosso equipamento, passamos o repelente e iniciamos a trilha por volta das 13:00hrs. Já no início da trilha se tem uma ideia de como será difícil todo o percurso com todo o peso das mochilas nas costas. Já começamos com uma subida daquelas onde o filho chora e a mãe jamais vê ahahahahha. Mas como quase toda subida tem uma recompensa no final ahuahauha, fomos presenteados também com o primeiro mirante com vista para o mar da trilha. Depois de alguns minutos contemplando aquele lindo visual do mirante, seguimos em frente por mais uns 2 quilômetros até chegar na entrada da Fazenda da Lage. O local tem uma estrutura boa e simples onde oferecem camping, pousadas, restaurante, wi-fi, cozinha compartilhada, cachoeiras, linda vista do mar e uma linda vista de cima do famoso Buraco do Cação. Para quem quiser passar o dia só para visitação será cobrado o valor de R$10,00 Reais e para camping o valor e de R$60,00 Reais por pessoa. Existem também opções de quarto compartilhado e suítes. Como tínhamos tempo e provavelmente iríamos chegar quase à noite na Praia do Bonete naquele dia, resolvemos ficar na Fazenda da Lage e curtir os atrativos naturais do local e seguir a trilha até o Bonete no dia seguinte. Conseguimos acampar por R$50,00 Reais em um camping com um visual de tirar o fôlego. Com o sol ainda alto no céu deixando o tempo abafado e muito quente dando um cenário ideal para curtir uma boa cachoeira de águas geladas da Mata Atlântica, resolvemos nos refrescar primeiramente na Cachoeira da Laje. Após uma trilha de 5 minutos logo chega em um complexo com diversas cachoeiras e corredeiras chamada de Cachoeira da Laje. Depois da alma lavada nas águas geladas da cachu, retornamos o mesmo caminho e fomos para a outra trilha que leva para o mar. A trilha também é de 5 minutos e leva para a costa do mar. Não existe praia neste local e sim um costão onde o mar encontra as rochas fazendo do local ótimo para contemplação dos elementos da natureza. Com o sol quase se pondo atrás das montanhas, corremos para fazer a trilha do Buraco do Cação. Retornamos ao camping e de lá partimos para a trilha que leva ao local. A trilha é rápida, fácil, sinalizada e em poucos minutos estávamos em cima da fenda do Buraco do Cação. A vista é fantástica! O buraco do Cação é um paredão de rocha de aproximadamente 80 metros de altura e devido as altas marés existe uma caverna esculpida nas rochas de quase 50 metros de comprimento. A vista de cima é surreal e ao mesmo tempo muito perigosa. O acesso ao final da trilha onde da uma visão exatamente de cima da fenda e extremamente perigoso e com muita exposição a altura. Mas o visual é de tirar o fôlego e vale muito a pena! Antes do sol se por retornamos para o camping para tomar um bom banho quente, comer alguma coisa e jogar um pouco de conversa fora com alguns locais e campistas que estavam no local. A noite estava linda e estrelada com o som forte das ondas contra as rochas e com um clima muito agradável. Fomos dormir cedo para descansar e acordar com disposição para ai sim fazer toda a trilha até a Praia do Bonete. Assim que os primeiros raios de sol saíram nós despertamos para comtemplar o seu nascer. Fizemos um bom café da manhã reforçado para encarar a trilha e como o tempo amanheceu muito bom, não podíamos perder tempo para começar a caminhar. Desmontamos acampamento, despedimos do pessoal e partimos para trilha rumo à Praia do Bonete por volta das 9:00hrs. Saindo do camping Fazenda da Laje caminhamos por poucos metros e já atravessamos por meio de uma ponte a Cachoeira da Lage. Logo após atravessar a ponte ou pela água mesmo, em poucos metros existe um pequeno desvio que leva a algumas cachoeiras e poços d'água para nadar e mergulhar que fazem parte do complexo de cachoeiras da Lage. Continuamos a caminhada sem ficar muito tempo nas cachoeiras, pois pelos relatos o trecho a seguir entre as cachoeiras da Laje e do Areado seria o mais complicado da trilha. E realmente foi. Neste trecho existem muito sobe e desce, muitas pedras escorregadias pelo caminho e o clima estava muito quente e úmido que nos desgastou um pouco. Após aproximadamente umas duas horas e meia caminhamos até chegar na Cachoeira do Areado, que também contém uma ponte para travessia sem necessidade de atravessar pelas águas. Fizemos uma breve parada para fazer um lanche, encher as garrafas d'água e partimos. Após a Cachoeira do Areado o caminho se torna um pouco melhor rendendo mais na caminhada. Neste trecho encontramos o primeiro mirante que da vista para a praia do Bonete, uma dose de ânimo para chegar logo à praia. Andamos por aproximadamente mais uma hora e chegamos na Cachoeira do Saquinho. Na minha opinião a cachoeira mais bonita das três da trilha. , Passando pela Cachoeira do Saquinho já se vê uma placa informando que faltaria somente 1 km para praia. É um dos trechos mais bonitos da trilha, pois existem diversos mirantes com a vista completa da Praia do Bonete. A Praia do Bonete realmente é fantástica. Suas areias claras, águas claras azuladas, rio de água doce, praia vazia, as pessoas da comunidade são super receptivas com turista e muita natureza para sair explorando, foi a combinação perfeita para um dos lugares mais bonitos de Ilhabela. Colocar os pés naquelas areias foi como ganhar um troféu! Ficamos por algumas horas sentados debaixo de uma sombra na areia da praia comtemplando aquele paraíso. Assim que chegamos vimos uma placa de um camping com uma vibe bem legal e de pé na areia. Fomos até lá onde fomos recebidos pela proprietária Valéria extremamente simpática conosco e resolvemos ficar lá mesmo. O camping se chama Outro Canto e fica no canto da praia assim que se chega pela trilha. Fechamos por R$45,00 para cada um. Neste dia havia somente dois lugares de camping disponíveis, o outro chamado de Camping da Vargem ou Camping do Eugênio é muito bom também porém fica um pouco mais para dentro da comunidade mas com chuveiro quente, já o Camping Outro Canto estava só com ducha fria, mas resolvemos ficar mesmo assim. O camping disponibiliza banheiros com ducha de agua fria, cozinha compartilhada, área para camping na areia ou grama e fica de frente para o mar. Para quem gosta de mais conforto o espaço também disponibiliza quartos compartilhados e individuais. Depois de uma boa proza com a proprietária, estávamos aptos para desbravar aquele paraíso com algumas opções para fazer. Como o dia estava de sol, ficamos aproveitando a praia, pois pelas previsões dos locais o tempo iria mudar ainda naquela tarde. Andamos por toda a praia até a outra ponta onde fica o Rio Nema de água doce e que desagua no mar. É onde também ficam todos os barcos que chegam e voltam com os turistas. Caminhamos voltando por dentro da comunidade do Bonete para conhecer. A comunidade do Bonete é muito charmosa e seus moradores muito simpáticos. Fui muito bem recebido por todos que encontrei. Deu tempo só de voltar para o camping ahahaha, a previsão dos locais estava muito certa e o tempo deu uma grande reviravolta trazendo muito vento e chuva para aquele finzinho de tarde. Retornamos para o camping e algumas barracas de campistas estavam todas reviradas pelo vento. A noite chegou fizemos um rango e descansamos para acordar bem no dia seguinte. Acordamos bem cedo, preparamos um bom café da manhã e partimos para a trilha do Mirante da Barra e para a Praia das Enchovas. A trilha inicia dentro da comunidade ao lado da Pousada da Rosa ou vá seguindo as placas. Caminhamos por aproximadamente 40 minutos cruzando toda comunidade do Bonete e subimos até o Mirante da Barra que tem uma visão muito bonita da Praia do Bonete de um lado e da Praia das Enchovas do outro. Ficamos por um tempo contemplando aquele lugar e logo descemos para a Praia das Enchovas. A trilha para a Praia das Enchovas ou Anchovas levou uns 15 minutos partindo do Mirante da Barra até a praia. O lugar e maravilhoso com praia de areia clara e em alguns pontos negra por causa das diversas pedras de formatos redondos que se encontram na praia. Existe também um rio de água doce que desagua no mar e somente uma residência. Um lugar muito paradisíaco! Após um tempo de contemplação tivemos que retornar pois o tempo estava se fechando outra vez. Retornamos toda trilha e ao chegar na comunidade resolvemos passar em algum lugar para comer e achamos o Restaurante Camping da Vargem onde ficamos para almoçar. Foi o tempo de entrar no restaurante e a chuva começou a cair sem piedade ahahha. Ficamos um bom tempo conversando com alguns nativos e turistas e logo fomos para o camping onde ficamos o resto do dia. A chuva veio e ficou o dia e a noite toda. Acordamos com o tempo ainda muito fechado e chuvoso. Tomamos café da manhã ainda no camping e saímos um pouco pela praia para tentar achar alguém para negociar a ida até a Ponta da Sepituba de barco. Conversando com alguns moradores descobrimos que o mar estava um pouco mexido e com previsão de ressaca e que talvez poderia ser difícil a saída da praia de barco naquele dia. Até nos indicaram uma pessoa que faria o trajeto, mas o valor ficaria um pouco alto por ir somente duas pessoas no barco. Devido a esse imprevisto resolvemos ficar mais um dia no Bonete e gastar esse valor na estadia. Retornamos ao camping e no meio do caminho resolvemos mudar de lugar para passar a próxima noite. Entramos em uma pousada e perguntando por quartos mais em conta descobrimos uma pousada que ficaria só cinco reais mais caro que o valor do camping e ainda tinha o café da manhã incluso. Como o tempo estava muito chuvoso e não estava com cara de que o sol iria abrir e o mar acalmar, decidimos sair do camping e ficar hospedado na pousada até o próximo dia. A decisão foi muito boa, pois ficamos na pousada mais tradicional e antiga da Praia do Bonete. A famosa Pousada da Rosa. O valor de um quarto duplo com banheiro particular fora do quarto com café da manhã incluso ficou por R$90,00 Reais. Fizemos o check-in na pousada e logo saímos para fazer a trilha da Cachoeira do Poço Fundo. A trilha se inicia pelos fundos da comunidade, foi só seguir algumas placas e perguntando para as pessoas que logo chegamos ao Poço Fundo. Chegando lá vimos que não existe uma grande cachoeira e sim pequenas quedas d'água e um grande poço para mergulhar e nadar. Ficamos pouco tempo pois os mosquitos estavam com armamento pesado este dia. Fomos bombardeados pelos famosos mosquitinhos da Ilhabela, os Borrachudos ahahuahauha. Retornando a trilha resolvemos passar novamente no restaurante que almoçamos no dia anterior, (Restaurante Camping da Vargem) pois além da comida ser ótima tem o fator economia que cabia no nosso bolso e ainda ganhamos uma ótima conversa com a proprietária do lugar que nos contou diversas histórias do lugar. Foi muito interessante e acolhedora essa conversa. Passamos o resto do dia tentando encontrar algum barqueiro ou mais pessoas que queriam fazer a travessia de volta à Ponta da Sepituba mas não obtivemos sucesso nessa missão. O dia estava nublado mas sem chuva com poucos turistas na praia, um cenário perfeito para desligar de tudo e de todos. Este cachorro muito fofo na praia que ficava trazendo vários cocos para brincar com ele. Ficava latindo o tempo todo para alguém jogar o coco para ele ir correndo buscar. Foi engraçado! Retorno - 17/09/21 - 11:00am - Praia do Bonete x Porto de Borrifos -> Barco R$80,00 - Borrifos x Balsa -> Ônibus R$5,00 - São Sebastião x São Paulo -> BlablaCar R$50,00 Retornamos para a pousada e fomos informados que possivelmente na manhã seguinte um barqueiro iria fazer o trajeto que precisávamos para retornar. Acordei bem cedo e entrei em contato com o barqueiro mas a mensagem não tinha chegado pelo Whatsapp. Então tomamos um belo café da manhã da Pousada da Rosa com direito à frutas, bolo, pães, suco, leite, café e cereais e retornamos ao quarto até chegar o nosso check-out às 13:00hr e ai iriamos resolver o que fazer. Foi quando umas das funcionárias da pausada nos chamou e informou que o barqueiro já estava na lá nos aguardando para retornar com ele. Arrumamos as mochilas bem rápido, fizemos o check-out na pousada e negociamos com o barqueiro que já estava na pousada nos aguardando por R$80,00 para cada um até Borrifos nos fundos do Restaurante Nova Iorqui. Saímos da pousada direto para o Rio Nema onde estava o barco. Arrumamos nossas mochilas para não molhar com uma lona que o barqueiro já tem para isso, nos acomodamos no meio da embarcação e partimos. O mar ainda estava mexido mas conseguimos passar pela praia onde tem as maiores ondas e após 30 minutos chegamos no ponto de Borrifos. O local onde ficamos é uma espécie de porto onde possui um local para pequenas embarcações. Descemos com segurança e seguimos por uma trilha subindo até a rodovia onde estava o ponto de ônibus para retornar à balsa. Seguimos a trilha por algumas placas e depois de aproximadamente uns 15 minutos chegamos na estrada e no ponto de ônibus. Assim que chegamos no ponto já tinha um ônibus saindo para a balsa. O trajeto levou aproximadamente 20 minutos e custou R$5,00 Reais. Descemos no ponto e caminhamos por 5 minutos até a balsa de Ilhabela para São Sebastião. Aguardamos por volta de 20 minutos até pegarmos a balsa e a travessia levou aproximadamente o mesmo tempo. Já em São Sebastião conseguimos um Blablacar às 15:00hr por R$50,00 Reais para cada um até o Terminal Rodoviário do Tietê em São Paulo onde desembarcamos por volta das 19:30hr e terminamos esse rolê incrível de baixo custo e muito próximo da cidade de São Paulo. Vlw Galera, espero ter ajudado em algumas dicas... qualquer dúvida fico a disposição de vocês! Vlwwwww Facebook: https://www.facebook.com/tadeuasp Instagram: https://www.instagram.com/tadeuasp/
  4. Decidi super em cima da hora com um casal de amigos a passar a virada em um camping em Ilhabela. Um grupo de amigos desse casal tinha fechado o Camping da Lage e iria conseguir um lugar para nós no dia primeiro depois de passar a virada na praia e subiriamos de trilha, o único problema é que esse grupo de amigos não nos informou em que praia iria virar. Calculando o tempo que levaria para chegar na praia do Bonete, que é a praia que tem uma trilha que sai desse Camping, e pensando no trânsito da virada, resolvemos que era melhor ir no dia seguinte, dia 30 e resolveriamos lá no Bonete onde iríamos ficar. Com fé e coragem pegamos um Blablacar às 5h30 lá do Tietê depois de quase virar a noite tentando lembrar de pegar tudo para o camping, chegamos na balsa para Ilhabela às 10h devido o trânsito de pessoas indo para o litoral. Até aí bem tranquilo, o pedestre não paga e ela sai de 30 em 30 min. Chegando lá fui tentar sacar dinheiro, mas me informaram que não tinha banco na Ilha (o que é mentira, pois depois achei vários na região central, inclusive o meu banco) e esse casal ficou me apressando para ir direto para o ônibus da trilha pois estavam com medo chover, parei só para comprar 2 águas e gelo para mantê-las geladas em minha sacolinha térmica. Já começamos a ser atacados pela fauna local e meu repelente parecia tempero de mosquito, é bom comprar o repelente da ilha que eu fiz mais tarde na viagem e é caro, mas é a unica coisa que salva. Fomos então pegar o ônibus que vai a parte Sul da ilha com meus poucos reais em espécie, comprei a ida e a volta (5 reais cada passagem e em tempos de não pandemia a passagem de domingo sairia por 1 real), foi a pior besteira que poderíamos ter feito. Chegando no ponto final desse ônibus não existe nada, nem sinal de celular (na verdade o sinal e qualquer mercado ou farmácia estão a mais de 5Km de onde o ônibus para) Nos informamos com o motorista que disse que a entrada da trilha estava um pouco a frente pela estrada de terra, andamos cerca de 40 min até a porteira do Parque Estadual, usualmente eles pedem que você marque um horário para a trilha, porém como nossa viagem foi super repentina nem pesquisamos sobre. (Recomendo que façam exatamente o contrário de nós e tente marcar.) Após assinar um termo de responsabilidade pudemos entrar, e o guardinha foi super simpático quando contamos que estávamos indo pra Lage e por isso podíamos entrar e avisou que por causa do COVID o parque estaria fechado nos dias 1, 2 e 3. Finalmente iríamos começar a trilha de 12 Km de subidas e descidas ao meio dia em ponto. O guardinha comentou que tinha atleta que fazia em 1h mas a maioria em 5h, calculamos que em umas 3h já estaríamos lá (Claro que desconsideramos a falta de sono, fome e o peso das mochilas e a geladeira, até alí estava tudo bem) e também comentou que passando a Lage já era 20% do caminho. Já no começo da trilha tem bastante subidas, uma em principal que é bem íngreme e asfaltada dá em uma vista linda, onde o céu e o mar se confundem em dias de céu limpo, eu comecei a passar bem mal de fome. Depois de vomitar toda água que tinha no meu estômago, pois não comia desde a noite anterior (o erro gigantesco, sempre coma algo leve, mas que te sustente antes de fazer a trilha) paramos para comer bananas que deram aquela revigorada de leve, mas ainda sentia falta de uma alimentação. Voltamos a trilha e chegamos na bifurcação indicando o camping da Lage e a praia do Bonete. O Camping era o único local da trilha que teria WiFi, mas como a Bonete estava bem longe e eles realmente estavam com medo da chuva fomos direto. Chegando na cachoeira da Lage previsão era de chuva fomos tentar a sorte com sinal na praia do paramos para comer e relaxar um pouco, tirar umas fotos do lugar , eram já 13h . Revigorados voltamos a trilha 30 min depois, foi o trecho mais longo da trilha, o bom é que é quase impossível se perder na trilha do Bonete não tem bifurcações ou trilhas paralelas e você sempre vai estar acompanhado de um calango, em um momento avistamos uma cobra e eu não esperei muito para tentar descobrir mais sobre ela ( depois nos informaram que é bem comum mordida de cobra por lá, principalmente de Jararaca, mas a que vimos não matava, só necrosava a pele). Após uma longa subida seguida de uma descida, chega-se a segunda cachoeira apenas nos molhamos para tirar o suor e seguimos para o Bonete, já eram 15h40 e ainda não havia chovido, uns banhistas nos disseram que era mais 1h de atleta (to até agora tentando entender essa medida deles). Daí o trajeto spo sobe e você fica sem entender nada como vai chegar na praia só subindo, até chegar em um descampado que dá pra avistar a praia e deu aquela animada na nossa alma acabada, finalmente começam as descidas, mas fomos tomando bastante cuidado pois essa parte da trilha estava bem castigada pelas chuvas anteriores e sofreu horrores de erosão, tinha que ir prestando bastante atenção. Finalmente chegamos às 17h30, um tempo até que ok pela quantidade de coisas e nosso cansaço. Na escada que dava acesso a praia uma mulher nos recepcionou e comentou que tinha um grupo que tinha acabado de chegar e tinha saído às 8h da entrada do parque. Mas quem vai só com a água deixando as malas virem de barco geralmente demora umas 2h Tempo total gasto de SP até a praia do Bonete: 12h Tempo total gasto na trilha: 5h30 Blablacar: R$ 66 pra cada Água e comidinhas: R$ 40 pra cada
  5. Chegando na praia do Bonete todas as nossas esperanças de sinal foram por água abaixo lá só chega Wi-Fi para as maquininhas de cartão e a luz vai até as 18h, então estejam preparados para ficarem incomunicáveis já chegando em Ilhabela, na parte Sul quase não tem sinal. Assim que pisamos fui no primeiro restaurante que encontrei e esqueci de pegar o nome pra tomar um Coca, como uma boa viciada, todos os atendentes foram super gente boa e me emprestaram o celular só para avisar que estava viva. reparamos que tinha uma ducha na porta desse restaurante e um camping do lado. Nos afastamos e assistimos ao pôr do sol, em menos de meia hora a praia ficou vazia e um breu que só. Tomamos banho naquela ducha mesmo apenas iluminados pelas estrelas (dava pra ver a constelação das três marias inteirinha, o céu de lá é perfeito) e nos dirigimos para a outra ponta da praia para ver se havia possibilidade de armar a barraca. Já de aviso NEM TENTE, os moradores viram a noite com lanternas procurando se tem alguém com barraca e são bastante mal educados, chegam totalmente na ignorância só de te ver com as coisas se você não está se dirigindo a um dos campings. Mas felizmente uma mulher de São Sebastião veio nos pedir um isqueiro emprestado e disse que era super tranquilo só dormir na praia, ela e o marido estavam nessa a dois dias. Estendemos a barraca debaixo de umas árvores perto deles e fomos atrás de comida no outro comércio que tinha na praia e tinha a aparência de estar aberto, a barraca do Cacau, assim que nos viram passando nos trataram muito, mas muito mal mesmo, com respostas vagas e sem olhar na nossa cara, até indicaram um lugar na vila que poderia estar aberto, mas depois de toda essa recepção decidimos não ir e comer o resto do que tínhamos levado para a trilha. Capotamos de cansaço às 20h, um pouco depois fui acordada pela luz da lua cheia que iluminava a praia inteira como uma lanterna em nossas cabeças, o céu de lá realmente não tem explicação e tirando os mosquitos não tivemos muitas preocupações de noite. No outro dia acordamos com o nascer do sol e um grupo de golfinhos bem na nossa frente, se tivesse bateria teria sido uma foto perfeita. Nos lavamos no rio que encontra o mar bem na beira da praia e estendemos as roupas com uma corda entre as árvores. O comércio abria no final da manhã e compramos mais água e apenas salgadinhos, os preços eram bem fora do nosso padrão. Lá na vila descobrimos que havia uma trilha para outra cachoeira, mas no dia anterior um menino tinha morrido de picada de cobra, o que nos desencorajou totalmente de explorar. Acabamos ficando pela praia mesmo pois o dia estava lindo, ao meio dia a orla se encheu de lanchas e jet skis e fomos almoçar no bar do Cacau mesmo que prometeu um PF que alimentaria 3 pessoas. Nossa sorte foi que pedimos dois, pois a porção dava para um pouco mais de uma pessoa, mas estávamos felizes de estar comendo comida dessa vez. Já eram 14h30 e tínhamos acabado de comer, literalmente do além surgiu uma ventania muito forte, daquelas de tirar as pessoas do chão. Corremos para guardar tudo e nos abrigamos no bar do Cacau enquanto observamos os barcos do tinham virado e estavam sendo arrastados, logo mais começou uma chuva forte de 2h. Nos informaram que iriam fechar e não poderíamos ficar abrigados lá, nem passar a noite na praia como no primeiro dia pois chovia, e barraca nem pensar se não irão destruí-la. Ficamos um tempinho debaixo de uma árvore e fui procurar o gerente do bar que conhecemos no primeiro dia e contei toda a história e que não tínhamos dinheiro para o camping se poderíamos dormir no chão do bar e tentariamos pagar um barco bem cedinho no dia seguinte. Ele até deixaria, mas tinha uma confraternização de Ano Novo com o dono do bar, mas a sogra dele nos deixaria ficar nos bancos na frente do bar dela que tinha um pouquinho de cobertura. Eu já estava super contente, mas fui encontrar o casal de amigos que estava abrigado no bar da praia esperando sermos desalojados novamente e contei tudo o que o gerente havia me falado. Resolvemos tentar a sorte até a confraternização começar, umas 20h dois casais chegaram para arrumar as mesas e estávamos nos dirigindo ao bar da D. Rosinha que fica no povoado. O C. (vou chamá-lo assim para preservar a identidade, mas serei eternamente grata) dono do bar se compadeceu da nossa miséria e salvou nosso ano novo, além de nos abrigar em seu quintal para montar a barraca, oferecer banho quente, ofereceram uma ceia maravilhosa e passamos o Ano Novo com sua família super gente boa, até me fez voltar a ter fé no pessoal de Bonete que tinha sido extremamente rude até o momento conosco. Os sobrinhos dele nos levaram para um bar que tocava música ao vivo no povoado e pulamos as ondinhas na praia. No outro dia acordamos às 8h e conseguimos um barco de volta para ilha por “apenas” R$60 (por causa do ano novo o mínimo seria R$80 ou R$90, mas o cara nos fez preço de temporada, pois era amigo do C. ) Por causa da tempestade no dia anterior os golfinhos não apareceram, mas o barqueiro nos levou para conhecer o buraco do cação, que mesmo muito profundo dá pra ver o fundo de tão cristalina a água é Resumo: o Bonete é um lugar maravilhoso para visitar, uma das praias mais lindas que fui e dá pra dormir na areia tranquilamente, mas vá preparado financeiramente para imprevistos, pois não é sempre que almas boas aparecem. E se for de trilha se prepare pois o clima lá muda em dois segundos, sempre bom levar o dinheiro do barco e não conte com o cartão sempre, pois lá o wi-fi é bem limitado o barqueiro só aceita dinheiro por exemplo Almoço: R$ 30 por prato + 10% Cerveja: R$ 6 skol Coca cola R$ 6 na mercearia e no bar do Cacau R$ 5 no primeiro restaurante Fofura R$ 5 Shot de pinga da ilha R$7 Barco para Ilhabela R$ 60 por pessoa
  6. E aí pessoal. Pretendo contornar Ilhabela, saindo de Sepituba, na parte sul da Ilha, passando pelo Bonete e chegar na Praia de Castelhanos. Porém, quero ir até a Ponta do Diogo, se houver alguma trilha p/ se chegar lá. De Castelhanos irei até a Praia da Serraria e de lá se houver alguma outra trilha, chegar até a Praia do Jabaquara completando o contorno da Ilha. Alguém tem algumas infos sobre essas praias e essas trilhas p/ q possa me ajudar, pois só conheço a Trilha de Sepituba ao Bonete? Pretendo fazer isso em Janeiro. Abcs.
  7. Eu cheguei a ser inocente quando pensei que todo o meu roteiro seria cumprido a risca do jeitinho que eu o planejei. Muito pelo contrário, foi desde o início uma surpresa. "Eu consegui" recrutar duas pessoas para me acompanhar nessa aventura (uma novata e uma experiente), mas como na hora de por o pé na estrada as coisas mudam de maneira quase prevista. Ninguém foi. Mas uma delas me falou sobre um amigo que desceria pra Ilha e precisaria de uma carona. O destino da minha viagem já começou a mudar por aí. Combinamos por telefone o lugar e horário para encontro, ele levou uma amiga e seguimos tranquilos até o pé da serra de Caraguatatuba. Ainda na rodovia, em trecho de serra recebi uma ligação da Gerente da loja na qual trabalho, a pedido do patrão, pra que eu voltasse adiantado das férias para atender as novas mudanças que estavam fazendo na loja. Se eu voltasse, esse relato não teria nem início hehehe. A minha intenção era ficar no lado sul da ilha, mais especificamente no Camping do Veloso (o menor preço Q achei) na praia do mesmo nome. Atravessando a balsa o Cadu me disse: Você tem que conhecer a Nadya, ela oferece o quintal como Camping e também tem quartos para hospedagem. De repente ela te faz um bom preço e você fica por lá mesmo. Fiquei surpreso quando fomos recepcionados por uma senhora com dread Looks abrindo o portão pra nós receber. Entrando na casa, vi que se tratava de uma residência multicultural (Ateliê 13 luas), onde ela faz mosaicos com cacos de azulejos, lembrancinhas com papel marchê, dá aulas de capoeira e ainda têm, cuida e ensina a montar hortas orgânicas. Há trabalhos artísticos por toda a casa. E foram tantos trabalhos assim e cinco minutinhos de conversa tomando um cafezinho que decidi ficar acampado lá, Ja que puder usar a cozinha dela pra fazer os rangos (isso economiza muito). Cheguei na ilha depois de um fim de semana chuvoso, bem chuvoso mesmo. As águas caíram fortes nas montanhas trazendo várias trombas d'água pelas cachoeiras, vários bairros com casas e pousadas alagadas. Eu ainda peguei um resquício dessa chuva na segunda feira, isso fez com que meu primeiro dia fosse um pouco menos proveitoso daquilo que eu imaginava. Mas foi ótimo. Depois de montar acampamento e alimentar a alma ao som de Ponto de Equilíbrio, tive um longo tempo de conversa com a Nadya, pra depois que a chuva parasse eu poder ir fazer meus roteiros. Só que antes algo me chamou a atenção sobre a mesa, era um livrinho de orações da SEICHO-NO-IE aberto na pág.17. Curioso como sou, resolvi ler e achei o trecho bem a ver com o que eu estava por viver ali. "Eu não temo, pois sei que Deus é tudo, que nada existe além de Deus. Deus é Bem; portanto, o mal não existe. Deus me protege; Ele me nutre e me acolhe em Seus braços; Ele me ama. Por isso, nenhum mal me sucede, nem praga alguma chega à minha casa. Aonde eu vou, Deus zela por mim, enviando seus anjos para me proteger. Sou livre, pois despertei para a verdade. Sigo pelos caminhos da vida em companhia de Deus. Vejo somente o bem e a Verdade. Deus é tudo. O dia todo, ouço dentro de mim a vigorosa afirmação: Jamais penso em doença ou carência. Penso exclusivamente na verdade, no amor e na Vida. Tudo pertence a Deus. Sou filho de Deus. E tudo que é do pai é do filho também. Somente a força de Deus é força verdadeira. Tudo que Deus possui pertence também a mim. Por que recebo tudo de Deus, sou completo. Agradeço a Deus-pai, com toda sinceridade". Fui para o lado sul da ilha ver como estava a situação do Camping e vi que a melhor coisa foi ter ficado no bairro do Perequê. O acesso com o carro estava muito ruim, é uma subidinha de terra entre pedras e cascalhos. Eu judiaria do meu guerreiro toda vez que fosse sair pra algum lugar. Por isso, fui obrigado a deixar o carro numa rua pavimentada e seguir até o início da trilha (que é dentro do Camping). As infos da placa diz nível médio / 2h (ida/volta). Mas eu já fiz essa trilha duas vezes, e não durou mais dos que 1h (ida/volta). Pois bem, depois da Cach do Veloso_60 mts de queda d'água, no caminho de volta já entrei no sentido da Cach dos três tombos. Trilha fácil, de uns 250 mts de extensão que pode ser vencido fácil fácil por quem não gosta de longas caminhadas. A primeira queda d'água tem uma piscina natural bem agradável para banho, a segunda queda tem seus 2,5 mts e não tem piscina e a terceira queda tem sua aproximados 6 mts de altura (também sem piscina). Quando eu estava pra entrar no carro, abriu um sol forte do nada, então não tinha como eu sair dali sem um bom banho pra eliminar o cansaço do dia. 2° dia Sai do Camping na intensão de ir até Castellanos com o meu carro mesmo já que me informaram que veículos baixos também estão tendo permissão para pegar a estrada, mas devido a chuva da madrugada somente os 4x4 estavam passando. Então pra não perder viagem, decidi fazer a trilha da Água branca que começa ali na entrada do Pq Estadual de Ilhabela. A trilha oferece 5 poços grandes para banho em um percurso de 2 km's e pode ter a volta pela mesma trilha ou pela estrada, que tem 3 km's para retornar. Pena que começou a chover na metade do caminho, dificultando uns bons "clicks". Depois de uma caminhada tranquila eu segui de volta com o carro bem devagar procurando entradas na mata, e não é que achei!? rsrsrs uns 200 mts depois da guarita, na esquerda escutei barulho de água caindo. Parei, desci e rapidinho cheguei na Cach da Barragem, administrada pela Sabesp. Para banho estava perigoso, então só admirei e bati umas fotos. Na volta procurei pelo Pq Min das Cachoeiras para visitar a Cachoeira do Bananal, aquela que se vê da Balsa, mas que não verdade se chama Cach da Água Branca, ela é linda, mas não é permitido banhar-se nela, pois não tem piscina natural, só rochas escorregadias. Ali está a antiga usina que captava a água da cachoeira através de cinco motores movidos a diesel para gerar energia elétrica para os moradores da ilha. Meio sem ter o que fazer, depois do almoço fui até a Praia do Jabaquara, no extremo norte, segui por 10 km de asfalto e 8 km de estrada de terra pra chegar numa visão fantástica que se tem do alto ante de pisar na areia e ser atacado pelos devoradores voadores (único lugar que os vi). Na volta parei na praia de Pacuiba pra uma breve visitação e acabei atolando o carro num tipo de areia movediça, às 17:30h, sozinho num lugar onde não passava quase ninguém e sem sinal de celular. Pensei: TÔ FUDIDO! daqui a pouco escurece e quero ver como vou sair dessa. Um cara parou mas nem se moveu pra ajudar. Disse que tentaria ajuda mais a frente; Um outro filho de Deus surgiu de uma chácara e tentou tirar no braço mesmo. Não conseguimos; Um caminhão parou e me rebocaria depois que pegasse uma mercadoria num condomínio mais a frente. Nesse meio tempo apareceu um caminhão da prefeitura que coleta lixo, e na solidariedade tirou meu" parceiro" do buraco. Depois do SOCORRO fui conhecer a praia, pois eu não poderia sair dessa sem conhecê-la, e ali era só ela e eu. Minutos depois eu já estava voltando e parando em varias orlas pra banhos e fotos (Pacuiba, Pedra do Sino, Itaquanduba, Viana e Perequê). O planos era dormir cedo e descansar bem pra mais uma tentativa de ir ate CASTELLANOS. 3° dia (eu nem imaginaria) Era o dia de mais uma tentativa de eu ir a Castellanos, mas no início da madrugada caiu um temporal, e às 5h da manhã quando acordei a chuva voltou a cair. Pensei então, vou pelo menos até a Cach da lage (sentido Bonete) . Separei algumas coisa pra comer e beber, e fiquei deitado no atelier esperando o tempo melhorar, isso só aconteceu bem depois das 10h. Foram 20 km até a Ponta de Sepituba, e quando parei pra conversar com o Sr. Zé (do estacionamento) , caiu mais uma chuva pra me fazer crer que não era pra eu fazer nenhuma dessas duas trilhas nesse dia. Na volta, avistei uma mulher aparentando seus 50 anos, caminhando sob a chuva e sozinha na estrada. Parei, ofereci carona e ela aceitou (5 min depois parou de chover rsrsrs). Seguimos papeando, jogando conversa fora, ela é disse que tem uma filha que tem um quiosque em Castellanos, coisa e tal. A deixei num ponto de ônibus bem próximo de onde ela queria ir, e fui a Praia Grande passar um pouco o tempo, tomar banho de mar pra aproveitar o dia. Horas depois eu estava procurando mais uma Cach pra tomar aquele banho gelado hehe. Passei no Poço da pedra e também na Cach da Pedra lisa. Meio chateado por não estar conseguindo fazer as principais caminhadas que planejei, voltei pro ateliê pra almoçar e dar risada com os residentes. Não estava mais fim de sair. No comecinho da noite recebi uma ligação de um brother meu que mora em Caraguatatuba e que a anos atrás trabalhamos juntos. Marcamos de tomar alguma coisa (desculpas pra nos vermos), e nos divertimos bastante. Mas retornei cedo, pois no dia seguinte tentaria novamente ir ao encontro do meu objetivo...hehehe (persistente né? ) 4° dia (Deus na ajuda) Acordei determinado, recolhi minhas coisas e decidi ir até Castellanos em que fosse a pé (4h ida e 4h volta). E foi isso que fiz. Chegando novamente na guarita, mesmo depois de dois dias sem chuva forte não permitiram que eu passasse com meu carro, mas me deram uma dica de onde entrar na mata e cortar caminho economizando 3 km's, então peguei minha cargueira com o básico (barraca, isolante térmico, saco de dormr, água e itens de higiene) e iniciei a caminhada de inacabáveis 22 KILOMETROS / ida. Os únicos obstáculos da estrada são os km's a vencer e a subida. Procurei andar sem parar o quanto eu aguentasse e isso me rendeu 9 km's em 1:40h direto. Foi quando, depois de passarem poucas motos e Jeep's que uma caminhonete parou e me ofereceu carona, lógico que aceite rs, eu ainda estava na metade do caminho. Entre conversas acabei contando ao Zé que eu havia dado carona a uma senhora em certo certo lugar e que ela tem uma filha em Caste, coisa e tal. E por coincidência ou vibração divina, essa mulher é Sogra do Zé, o mesmo que estava ali me dando carona no dia seguinte. Com o pé na areia logo fui procurar o Camping do Léo, me instalei e dormi um soninho gostoso numa sombra de árvore. Levantei perto do meio dia e fui na busca do objetivo e real motivo dessa investida > A Cachoeira do Gato, que se esconde no cantão esquerdo da praia e é acessada por trilha de 40 minutos ida e + 40 min pra voltar. É uma trilha de fácil nível e navegação que não exige muito de quem a encara, mas quando eu estava bem perto de chegar na cachu (uns 7 min), ouvi uns roncos, tipo uns rugidos de onça, vindo de trás de uma rocha arborizada mais alta de onde eu estava "GELEI, NÃO PASSAVA NEM AGULHA". Eu tava quase pra borrar as calças. Nessa hora o suor de calor se misturou com o suor do medo, o coração batendo a mil, parei por um tempo imaginando o quê poderia aparecer e pedi proteção divina. . Segui em frente e logo me surpreendi com tamanha beleza, que, é difícil descrever, mesmo pra quem vê por fotos. obs.: não descobri o que era o ronco ou rugido. Ainda bem rsrs. Me senti realizado por superar o desafio e ter tomado um bom banho gelaaaaaado numa das cachoeiras que mais desejei conhecer., e ainda tendo só ela como companheira na mata. Na volta eu já estava menos apreensivo e sem adrenalina exalando do corpo do que na ida. Estranho entender... Por volta das 17h os Jeep's começam a deixar esse lado da ilha levando os turistas embora (a maioria gringos), e é pelo fato de ser uma vila caiçara tão pequena 'que nesse horário o cenário ganha um ar místico, parece que você é o único habitante do lugar e que forças ocultas não querem sua presença ali. Tudo muito estranho, por que eu sentia isso? Não queria passar aquela noite lá de jeito nenhum, isso fez com que eu me sentisse um invasor, um intruso. Mas se eu pegasse a estrada de volta, antes mesmo de chegar na metade a escuridão me abraçaria. Não seria nada bom. Na manhã seguinte acordei bem cedo, pois minha intenção era sair de lá antes do Sol começar a arder. Às 05:30 a.m. eu já comecei a arrumar minhas coisas, fiz uma pausa pra assistir um nascer do sol, lindo como a tempos eu não via, e às 06:15 a.m. eu estava andando rumo a estrada. Quando eu estava na casa dos 3 km's percorridos, escutei ao longe o barulho de um motor (parecia Jeep), mas eu nem imaginava que ganharia uma carona tão cedo e logo no primeiro veículo que passasse, mas ganhei rsrs, e na conversa amistosa que é sempre bem vinda, o cara que meu deu essa carona (o Alemão), é irmão do Zé que me deu carona um dia antes. Eita como Deus é maravilhoso, colocou tudo entre família. Depois de uma hora e vinte de estrada de terra, lá estava eu na guarita respondendo as perguntas sobre a via e de como fora minha aventura. Na volta ao camping conheci pessoalmente Alexandra, uma integrante do grupo que inicialmente viajaria comigo para trilhar, mas não tinha dado certo, então veio depois. Tomamos um bom café da manhã juntos, conversamos bastante, e depois das afinidades expostas partimos. No meio do caminho uma senhorinha discretamente fez sinal de carona e eu parei, quando ela desceu fomos para o lado sul da ilha tomar um banho na cachoeira da Lage. Foi lá que minha máquina fotográfica decidiu dar um mergulho também rsrsrs. Quando chegamos no Ateliê tinha um novo hóspede (Rincon), que logo se enturmou fácil. Na noite do mesmo dia reunimos todos os envolvidos da semana pra bater papo, foi quando o Cadú fez o convite de irmos ao veleiro dele na manhã seguinte. Foi tudo muito engraçado, uma nova e ótima experiência remar um bote a distância pra chegar onde a embarcação estava ancorada. Finalizamos com um bom almoço, e perto das quinze eu já estava atravessando o canal de São Sebá voltando pra casa. Fim. Dicas: Lugares para almoçar é jantar > Pimenta de Cheiro, Bahia e Pomar. Todos com excelentes refeições entre R$13,90 à R$21,90. Onde? na avenida principal no sentido norte da ilha; A balsa tem preços diferentes entre os dias de semana (ida R$14,10) e final de semana (ida R$21,20). Na volta é sempre cobrado uma taxa de preservação ambiental > R$6,20; Se for até Castellanos vá um pouco preparado, pois só se acha algum lugar pra comer no horário do almoço, e é caro (na casa dos R$30,00). De dia e a noite é tudo fechado; No Camping do Léo você tem duas opções: levar sua barraca e pagar $10,00 a diária ou alugar uma barraca dele e pagar $15,00 na diária; Contato do Camping do Sítio: (12) 3894-1677. Atualmente a diária está R$25,00 possui cozinha comunitária e banheiros para os dois sexos; O Ateliê 13 luas (casa da Nadya) , onde campeia é muito bem localizado. Não vou deixei o fone dela aqui pois ser um contato pessoal mas caso alguém queira é só me pedir em mensagem privada; Espero ter ajudado. Abraços.
  8. Olá, pessoal! Passei dois meses em Ilhabela fazendo voluntariado e as piscinas naturais se tornaram meu cantinho preferido na ilha! Eu amo o contraste da água verde na piscina e azul no mar! Sem contar que a energia lá é incrível! Passo 1: Para chegar lá, basta colocar Piscinas Naturais Ilhabela no google! A entrada fica ao lado desse caminho que aparece (marquei com a seta)! Há estacionamento ao lado por R$10,00 e o ônibus que sai do terminal com destino à Borrifos passa por esse caminho! Passo 2: Essa é a entrada da trilha, não tem sinalização! Mas é só abrir o portão e entrar. A trilha é bem fácil, dura uns 5 minutos e o caminho é reto. Você vai sair em um condomínio, continue descendo reto e verá o início de mais uma trilha ao final do caminho... Essa trilha também é bem curta e reta! Passo 3: A trilha te levará para essas pedras... Fique atento à esse ponto, pois terá que seguir o caminho por cima das pedras e é um pouco alto. De qualquer forma, o caminho é bem curto, menos de 10 min e você chegará! Finalmente você vai chegar e aproveitar esse paraíso! Se você conseguir ir durante a semana é ótimo, pois é mais vazio! Às vezes, a maré está alta, assim, o nível da água está maior e não tem pé!OneDrive-2019-07-06.zip Faço o passo a passo de todas as trilhas no insta: https://www.instagram.com/derikdemochila
  9. Olá, pessoal! Passei dois meses em Ilhabela fazendo voluntariado e as piscinas naturais se tornaram meu cantinho preferido na ilha! Eu amo o contraste da água verde na piscina e azul no mar! Sem contar que a energia lá é incrível! Passo 1: Para chegar lá, basta colocar Piscinas Naturais Ilhabela no google! A entrada fica ao lado desse caminho que aparece (marquei com a seta)! Há estacionamento ao lado por R$10,00 e o ônibus que sai do terminal com destino à Borrifos passa por esse caminho! Passo 2: Essa é a entrada da trilha, não tem sinalização! Mas é só abrir o portão e entrar. A trilha é bem fácil, dura uns 5 minutos e o caminho é reto. Você vai sair em um condomínio, continue descendo reto e verá o início de mais uma trilha ao final do caminho... Essa trilha também é bem curta e reta! Passo 3: A trilha te levará para essas pedras... Fique atento à esse ponto, pois terá que seguir o caminho por cima das pedras e é um pouco alto. De qualquer forma, o caminho é bem curto, menos de 10 min e você chegará! Finalmente você vai chegar e aproveitar esse paraíso! Se você conseguir ir durante a semana é ótimo, pois é mais vazio! Às vezes, a maré está alta, assim, o nível da água está maior e não tem pé!OneDrive-2019-07-06.zip Faço o passo a passo de todas as trilhas no insta: https://www.instagram.com/derikdemochila OneDrive-2019-07-06.zip
  10. Olá mochileiros! Essa é a primeira vez que eu escrevo aqui, ainda não entendi muito bem como funciona, mas achei muito legal a ideia do site e acho que deveria compartilhar com vocês a minha experiência desse último fim de semana (28/07/18) em Ilhabela. Eu e o Lucas resolvemos fazer a trilha que eu sempre sonhei até a praia de Bonete em Ilhabela, considerada uma das praias mais bonitas do Brasil. Pelo que eu tinha lido na internet não era uma trilha muito fácil de ser feita, então combinamos que teríamos um mês para nos preparar para andar com nossos mochilões com os utensílios necessários para acamparmos em um camping na praia. Ou seja, teríamos que aguentar 15km com bastante coisa nas costas. Foi a melhor decisão que tomamos, porque realmente seria difícil fazê-la totalmente sedentária. Enfim, vamos ao que realmente importa! Partimos de São José dos Campos às 4h30 da manhã com destino a balsa pela Tamoios. Estava bem vazia, então foi tranquilo chegar em São Sebastião. Demoramos algo em torno de 2h20 para chegar e mais 30 min para realmente iniciar a travessia da balsa. O preço para fazer a travessia é um pouco salgado, R$28,00, mas vale muito a pena. Chegamos em Ilhabela 7h30 e seguimos rumo extremo sul da ilha, onde lemos na internet ter um estacionamento do Zé da Sepituba. Para chegar la tivemos que andar alguns metros em uma estrada de terra bem tranquila e lá pelas 8h estávamos estacionados. O pernoite custou R$30,00. Fizemos um último xixi, comemos uns pãezinhos que preparamos para o fim de semana (foram ao todo 8 sanduíches com requeijão e presunto, 10 ovos cozidos e algumas tapiocas e sardinha, que acabamos não comendo) e iniciamos a trilha 8h30. A trilha é muito bem demarcada e não tem dificuldade nenhuma para seguir. Seguimos em um ritmo bem tranquilo, por mais ou menos 1h, quando alcançamos a primeira cachoeira. Nesse primeiro momento o cansaço ainda é pequeno, tem algumas subidas e descidas, mas não foi suficiente para nos deixar muito cansados. Porém, foi muito gostoso parar o esforço físico para entrar nas águas gelaaaadas da primeira cachoeira: cachoeira da Laje. Tem uma ponte bem bonitinha para atravessar, que é igual nas três cachoeiras seguintes. Primeira cachoeira (cachoeira da Laje). Depois de nos refrescarmos bastante seguimos nosso caminho, chegando na segunda cachoeira (cachoeira Areado) depois de mais ou menos umas 2h. Nesse ponto já havíamos subido e descido bastante então estávamos mais cansados. Tentamos entrar nela, mas os borrachudos que até então não tinham nos atormentado tornaram impossível ficar sem calça e blusa, o pouco de tempo que fiquei de biquini para entrar na água tomei algumas picadas no tornozelo. Resolvemos ficar com a roupa mesmo e apenas molhar os pés. Seguem fotos dela. Segunda cachoeira (cachoeira Areado). Depois dessa cachoeira, andamos por mais um tempo, não sei ao certo quanto, e vimos pela primeira vez a praia ao longe. Nesse momento, tente procurar por uma trilha secundária que dá em um mirante muito bonito da praia, como na foto abaixo. Já dava para ouvir o barulho da queda da última cachoeira o que significava que realmente estávamos chegando. Tiramos algumas fotos nesse mirante (até subimos em uma das pedras!) e depois seguimos para os últimos km até a maravilhosa praia do Bonete. Primeira vista da praia durante a trilha. Mirante incrível um pouco antes da última cachoeira. Por fim, chegamos na última cachoeira, cachoeira Saquinho, mas estávamos tão ansiosos para chegar a praia que tiramos algumas fotos rápidas e seguimos até o destino final. Última cachoeira (cachoeira Saquinho). Chegamos na praia por volta das 14h30, totalizando 6h de trilha. Assim que chegamos já fomos direto procurar por um camping. Tinha um logo no início da praia, bem próximo da areia que a princípio gostamos muito, mas tínhamos lido bastante sobre o camping do Eugênio e resolvemos procurá-lo para decidir qual era o melhor. O camping do Eugênio era muito mais longe da praia e não encontramos ninguém para nos informar quanto ao preço , banheiro, etc, então decidimos voltar para o primeiro que tinha banho quente e um espaço bom para colocar nossa barraca, por R$30,00 cada um. Montamos tudo e fomos para a praia. Nesse momento tivemos o primeiro vislumbre do que são os borrachudos e o poder que eles tem para incomodar. Passe muito repelente quando for e de preferência tente comprar o da ilha que na minha opinião é o único que funciona. Fui tão picada nessa viagem que minha perna está inchada até agora e estou tendo que tomar antialérgico de 8 em 8 horas. Depois de nos banharmos um pouco nas águas cristalinas do mar do Bonete (um mar bastante bravo), tomamos um banho e resolvemos descansar. Dormimos até 20h30 quando sentimos muita fome e fomos no restaurante ao lado do camping. Pedimos um prato comercial de 30 reais cada um, com filé de frango, farofa, arroz, feijão e salada. Muito bem servido, geralmente não aguento comer muito, mas nesse dia a fome tava gigante e comi até o último grão de arroz que tinha no prato. Depois dessa refeição maravilhosa fomos passear na praia a noite, sob uma lua cheia incrivelmente bonita. A praia era praticamente nossa, foi uma sensação gostosa passear por ela. Sentamos um pouco e depois quando sentimos sono voltamos para a barraca para dormir. No dia seguinte tínhamos combinado de acordar cedo para ver o nascer do sol, mas como ele não nasce no mar ficamos com preguiça e fomos acordar somente 8h30. Colocamos uma roupa para fazer trilha, pegamos uma mochilinha menor com apenas água, câmera e uns pãezinhos e partimos rumo ao mirante do outro lado da praia. a trilha é um pouco difícil de achar, mas é só perguntar para os moradores que indicam para você. Tem bastante subida, depois de andar até o Bonete pode ser bastante cansativo, mas vale muito a pena. Depois de alguns km, acredito que no máximo 2, você chega ao mirante. Tem várias pedras que você pode tirar fotos, é só continuar andando. Mirante da praia do Bonete. Vista do outro lado do mirante. Depois de tirarmos bastante foto resolvemos seguir a trilha que daria até a praia das Enxovas que, de acordo com a placa, ficava a 3,3km dali. Para chegar é bem fácil, apenas descida, mas para voltar pode ser bastante cansativa. A praia das Enxovas é maravilhosa também, mas sofremos um grande ataque de borrachudos quando chegamos lá. O mar possui bastante pedra, então tem que tomar cuidado para não machucar os pés. Praia das Enxovas. Depois de voltarmos para o Bonete, agendamos às 16h com um dos locais para voltarmos de barco, porque, confesso, minhas pernas já estavam muito cansadas para fazer a trilha de volta. Tomamos banho, arrumamos nossas coisas e fomos para o barco. Nesse momento foi quando mais tomei picadas em toda a viagem, por estar de shorts e não calça. Não façam isso! Essa última parte da viagem foi um pouco conturbada. O moço que nos levou de barco nos deixou em um lugar cheio de pedras muito escorregadias e nos pediu para seguir por uma trilha de uns 10 minutos até o estacionamento do Zé. Para mim foi muito ruim, porque escorregava muito e a minha mochila pesada me atrapalhava mais ainda, me deixando um pouco irritada. Lucas teve que me ajudar levando não só a mochila dele, mas a minha também, porque eu não conseguia subir sem escorregar. A trilha toda até o estacionamento foi assim, o que foi um pouco irritante. 17h estávamos no carro pronto para irmos comer em Ilhabela. Aproveitamos o fim de tarde para passear na praia do Julião e depois seguimos para a vila tomar um sorvete do Rochinha. Para completar a gordisse, passamos no restaurante "O caminho da pizza" para comer uma pizza deliciosa de massa fina na pedra. É isso! Foi um passeio incrível, com certeza farei de novo. Um dos lugares mais bonitos que já estive. Apenas os borrachudos poderiam ficar de fora. Até mais!
  11. Namorar grandes Morros, Pedras, Picos e seus cumes é algo normal para quem se identifica com esportes ao ar livre. Cada qual em sua modalidade acredita saber o quanto lhe faz bem a prática frequente da atividade que gosta. Onde a paz de espírito é alcançada quando lhes vem aos olhos novidades que os fazem se sentir bem consigo mesmo. E, particularmente, é em cima desses pensamentos que venho mantendo minhas raízes fixas e fortes no mundo do trekking (creio que com meus companheiros não é diferente). Não para me adequar aos padrões de federações, grupos e blogs de renome, ou coisas do tipo. Buscar pela novidade é algo que venho executando há algum tempo com o único e exclusivo intuito: SUPERAR EU MESMO. Já fazia algum tempo que eu vinha almejando o cume do Pico São Sebastião - ponto mais alto de Ilhabela, com seus 1.375 metros de altitude. Junto a vontade de alcançar tal objetivo estava a intenção de ascender o Pico Baepi (1.048 mts), o famosinho que guarda as portas de entrada da cadeia montanhosa do arquipélago. Quem chega na ilha, mesmo sem saber quem é ele, logo o identifica quando sai do continente. Mas, nesta ocasião, o anfitrião ficou em segundo plano. A gana era Um pouquinho maior rumo ao "teto." Chegamos em Ilhabela (Adilson Silva, Rafael S. Lima, Silvester Natan e Eu) às 8h30 da manhã do sábado, 11 de Junho de 2017, e fomos caçar algo para acalmar as lombrigas que já estavam alvoroçadas. Paramos no supermercado mais próximo da balsa, escolhemos alguns comes e bebes para acrescentar nosso menu, tomamos o café da manhã e partimos rumo ao início de nosso martírio. Tocamos para o sul da Ilha, e um pouco perto da praia da feiticeira saímos da via principal para adentrar um condomínio residencial onde tive que "jogar um verde" no porteiro que abre a cancela, dizendo que estaríamos indo visitar as cachoeiras. Não sei como não houve suspeitas. Pois eramos quatro marmanjos vestindo as mais espessas roupas de frio, usando toucas, e querendo visitar quedas d'água àquela hora da manhã. rs. Estacionei o carro no final da estrada/início da trilha, arrumamos nossas cargueiras e começamos a pernada. Com menos de 250 metros de caminhada já estávamos fotografando a primeira e única cachoeira que oferece uma piscina natural para banho, sendo a mais bela dentre as três pequenas quedas do conjunto que iríamos encontrar pelo caminho. No quesito beleza, a segunda cachoeira não agrada em hipótese alguma, não chega a medir 2 metros de altura, não possui poço nem para enfiar as mãos e coletar um gole d'água. Sendo assim, acaba deixando tal consideração para a próxima pancada d'água, que não oferece piscina para banho mas permite o desfrute de uma ducha de aproximadamente 6 metros direto na cachola. Até alí não foram nem 400 metros percorridos e tudo era passeio no parque - pique Turistão mesmo. Já estive ali outras vezes, e estava ciente de que até uma pessoa da terceira idade chega ali sem dificuldades, bastava meus amigos conhecerem. Quando viramos para esquerda após o terceiro tombo para ver o que nos aguardava..., nooossa... dava medo só de olhar a inclinação da trilha. Um forte aclive em meio a vegetação, característica de Mata Atlântica, repleta de raízes, troncos e árvores que iam servindo de agarras e/ou degraus conforme íamos subindo. Era como se estivéssemos rastejando em pé sob um esforço demasiado que fez um amiguinho do grupo colocar seu dejejum goela a fora. O que facilitou o nosso avanço nesse trecho foi ver que a trilha passou por uma recente manutenção e estava completamente roçada pelos moradores locais que captam água para abastecer o condomínio. Claro que não teríamos aquela "avenida" aberta por muito tempo! Uma hora iria se estreitar feito um corredor, e a mamata iria acabar. Os moradores não sairiam abrindo caminho até o topo para deixar tudo bonitinho para os caminhantes que por ali se aventuram. "Cada qual que lasque para melhorar aquilo que escolheu para ter como lazer." rs Após passarmos por um lindo mirante na cabeceira de uma cachoeira, ainda seguindo os canos de captação, um pouco desatentos, olhamos sem dar atenção para uma picada bem aberta que segue subindo para a esquerda e acabamos saindo fora do caminho que deveríamos seguir, mas acabamos encontrando um quinto e último ponto de água com fácil acesso para abastecer nossas garrafas. Voltamos ao caminho correto para enfrentarmos mais um lance de forte aclive, a partir dalí fomos obrigados a ligar o radar, limpar as narébas e farejar a trilha que sumia com frequência diante nossos pés. Mesmo com essa e outras adversidades pelo caminho fomos tocando em um ritmo de poucas pausas, na verdade quase nenhuma. A lentidão só começou dar as caras quando apareceu o primeiro obstáculo de respeito: um emaranhado de bambus que barrava nossa passagem e impossibilita qualquer tipo de contorno por ambos os lados. A única solução foi arrancar as mochilas das costas, tacar o peito no chão e rastejar feito lagarto sob o baixo túnel que os bambus ofereciam. Nessa hora a tensão despertou nossa atenção, pois seria fácil encontrar alguma cobra camuflada entre as folhagens no solo já que a região é cheia delas, e se isso acontecesse nosso final não seria dos melhores. O céu estava aberto com o sol à pino, ideal para esquentar o sangue dos répteis. A inclinação não dava trégua por um segundo se quer, e aliada com a Mata, que ora vinha fechada, ora se mostrava aberta, deixava a via dispersa complicando a navegação. Por conta de tanta luta entre a caminhada com pouco ganho de altitude, vendo o suor gotejar das barbas do Rafa, com duas horas de pernada em 2,5 km decidimos parar por uns minutos e descansar. Pois acreditávamos que alí seria a metade do caminho, e na parte restante teríamos dificuldades semelhantes com as que passamos até alí e gostaríamos o mesmo gasto de tempo para concluir a subida. Coitadinhos de nós, puro engano. rs Depois de mordiscar algumas frutas e tomar breves goles de água, sem deixar o sangue esfriar, já retomamos a peleja em um terreno que ficava cada vez mais íngreme, mais acidentado e com a Mata mais confusa. Só nos restava impor um ritmo favorável à situação para que não houvesse desgaste em demasia, tampouco paradas sucessivas. Com 1h20 após o descanso já chegamos na primeira área de acampamento sob uma grande rocha de corte diagonal onde é possível, com jeitinho, armar de 3 a 4 barracas para um pernoite. E olhando no GPS, sabendo o quanto faltava até o cume, nos precipitamos com duas observações: 1 - alí seria um ótimo lugar para passar a noite. Mas não compensaria por saber que existe outra área de acampamento mais a frente (mesmo sem saber sobre o espaço). 2 - com um curto trecho restante (+ou- 1,7 km), levaríamos pouco tempo para concluir a trilha. Estimamos 1 hora, mas não foi bem assim. O que aparentava ser breve de concluir, na verdade, foi nosso maior calvário. Tudo aquilo que deixamos para trás achando que era forte aclive se tornou quase um planalto se comparado ao que vinha surgindo aos nossos olhos, e para intensificar a brincadeira o obstáculo/bambuzal que tinha dado as caras apenas uma vez, decidiu marcar presença e mostrar que aquele era seu território. Era hora de comer bambu. Novos emaranhados de bambus entrelaçados escondiam o caminho e pelas laterais, onde fica mais espesso, não foi possível contornar. O que restou? - cair de cabeça mais uma vez nas grandes gaiolas para ver o quão complicado seria vencer tudo aquilo. Arrancamos as mochilas das costas mais uma vez e partimos para mais uma batalha com sessões de agachamento e rala peito. O mais alto que conseguimos avançar foi engatinhando feito vira-latas, e rolar para os lados se fez necessário para esquivar de bambus que tinham espinhos ferozes feito unhas de gato. O desgaste muscular era ferrenho, e uma nova pausa se fez necessária quando a cãibra começou a contorcer as pernas do Rafa enquanto estávamos engaiolados. E assim fomos conquistando nosso objetivo: ganhando arranhões pelo rosto, testa e pescoço, e sentindo o sangue e o suor escorrer pela pele. Quanto mais próximo do fim pensávamos estar, maior parecia o caminho, e quando pensávamos não existir mais inclinação, mais escalaminhadas eram expostas às nossas caras. Estava sendo UM VERDADEIRO TESTE DE RESISTÊNCIA física e psicológica que transformava o sofrimento em uma súplica que almejava o término de tudo aquilo. O único pensamento que ainda nos confortava um pouco era o de estarmos fazendo a subida sob a "baixa temperatura" de inverno, por que fazer uma subida dessa com as altas temperaturas que faz no verão seria como perambular pelo inferno. Graças à Deus por nenhum castigo dura para sempre, e entre magros e feridos conseguimos vencer aquela maldita vegetação. Ou melhor, achávamos que sim. Chegando no segundo acampamento, lugar que nos disseram restar 15 minutinhos de subida até o topo para aqueles que passam a noite alí, vimos que na realidade a subida perdura por mais 40 minutinhos (pelo menos para nós) numa vegetação mais dura e trabalhosa que as anteriores. Estávamos prestes a tirar a dúvida: o ponto mais alto de Ilhabela possui ou não possui amplo visual? A única referência que tínhamos quanto a isso era uma foto, tirada dois anos antes, na qual Vivi Mar (que muito nos ajudou com infos e tracklog) está sentada à beira de uma pedra de frente para o canal de São Sebastião. Ao chegarmos na parte alta do Pico, às 15h30, deixamos nossas mochilas na área de acampamento e fomos às pressas subir a rocha que detém o ponto culminante de todas as ilhas do Brasil, onde foi revelado aos nossos olhos um mirante ESPETACULAR com 360 graus de puro visual sobre a Ilha e toda a extensão da Serra do Mar Paulista, desde a Jureia - extremo sul do litoral, até os limites de Ubatuba com Parati, e se prolongando até a Ilha Grande/RJ. A euforia foi instantânea, pois, graças ao tempo de céu aberto conseguimos visualizar grande parte da Serra da Mantiqueira e, também, a Serra da Cantareira. Ao leste fazíamos reverências às ilhas em alto mar que nossos olhos alcançavam: Montão de Trigo, Búzios, Alcatrazes... Faltou ver a África rs. Aquele cenário estava fazendo valer todo e qualquer sofrimento que tivemos com o desnível acumulado e o bambuzal que cruzamos pelo caminho. Cada corte na pele, cada dor pelo corpo, o sangue e o suor derramado já não eram mais lembrados, apenas satisfação e alegria estavam estampados no rosto de cada um do grupo. E a sessão de privilégios estava apenas começando. Encantados com o lugar, ficamos presos ao cume até o pôr do sol chegar. E observa-lo fazendo seu espetáculo diário, se deitando por trás da Pedra da Boraceia e colorindo o céu de um tom alaranjado que puxa o crepúsculo e a escuridão da noite, foi gratificante demais. Antes de escurecer por completo descemos para armar nossas barracas e fazer o jantar. No decorrer desses afazeres, entre as copas das árvores, conseguimos ver a lua cheia numa coloração avermelhada surreal emergir do horizonte, e quando voltamos ao cume para observar o teto estrelado novamente fomos surpreendidos pela beleza das cidades locais iluminadas por uma infinidade de lâmpadas enquanto a lua dava seu show refletindo sua imagem no oceano. Passamos algumas horas lá em cima vivenciando cada minuto e tremendo de frio. Nosso gran finale ficou por conta de um bom vinho tinto suave e muitas risada entre amigos. No amanhecer fomos presenteados por um nascer do sol incrível, que banhou de luz os picos locais e os que tanto já palmilhamos no continente. Aquela manhã estava favorável para mais uma longa sessão de fotos. O que não deixou aflorar nenhuma vontade de desmontar acampamento e descer montanha abaixo. Nos prolongamos o quanto quisemos mas tínhamos que voltar à realidade, e, por pura coincidência ao dia anterior, às 9h30 batemos em retirada. Era certo que não iríamos gastar 6 horas para vencer o mesmo caminho (na descida todo santo ajuda). Tiramos o pé do freio e descemos em ritmo forte, e se não fosse pelos VÁRIOS PERDIDOS que a trilha nos dava quando sumia diante nossos narizes, teríamos gasto menos do que as 4 horas para finalizar a descida. E como estava cedo, ainda nos restou tempo para uns tibuns na Praia Grande de Ilhabela. Particularmente, sai de lá extasiado por ter vivido um episódio ímpar e tão completo num único lugar, onde eu só estava acostumado apenas com praias e cachoeiras. Sem sombra de dúvidas o Pico São Sebastião ofereceu o mais incrível mirante que meus olhos já viram! E tudo que foi me apresentando fez despertar minhas atenções aos demais picos da ilha. Os quais estão isolados, sabe-se lá quanto tempo, esperando que alguém lhes deem a honra, ou o desprazer de uma visita. Espero que nosso retorno não demore, pois preciso buscar meus pensamentos que ficaram aprisionados em cada cume da Ilha mais bela de SP. FIM.
  12. Divanei Goes de Paula 04/02/2018 02:20 com 1 participante EXPEDIÇÃO ALTO AREADO: ILHA BELA -SP Expedição às maiores cachoeiras de ILHA BELA , pela primeira vez grupo de exploradores conseguem chegar ao topo das nascentes do RIO AREADO. Relato Rox 7 0 EXPEDIÇÃO ALTO AREADO Quando meu espírito atravessa aquele portal mágico que costumamos chamar de floresta, deixo para trás exatamente tudo que fui antes, não sou mais o mesmo eu, sou outro eu, mas agora travestido de mim mesmo. Descarrego ali a minha barbárie civilizatória e passo a viver com a pureza de outrora, sou uma criança a me deslumbrar com os sons, com a beleza das águas, com o cheiro do mato, sou o aventureiro descobridor das coisas, sou menino vivendo num outro mundo. ILHA BELA sempre me fascinou desde os primórdios da minha vida aventureira. Os relatos que envolviam aquele arquipélago no Litoral Norte de São Paulo sempre atiçavam o meu espírito de aventura e não foram poucas as vezes em que me vi tentando explorar coisas na ilha da magia. Mas já ia longe a última vez em que havia pisado meus pés lá, desde a Volta Completa feita em 2012. De tudo eu já havia feito um pouco e se não fiz mais é porque alguns lugares não me apeteceram e porque achei que seria muita energia gasta para pouca coisa, mas quando começaram a surgir os mapas de satélites, minha alma já se levantou do estado de letargia e voltou a deslumbrar uma grande aventura nos confins das florestas fechadas no sul da ilha. O rio Areado até então era somente um bucólico córrego de águas cristalinas que cruzava a trilha para a praia do Bonete, uma simpática praia de pescadores distante a não mais que uns 12 km de Borrifos, último lugarejo habitado no sul da Ilha Bela. Olhando a ilha de cima, do espaço, o tal rio Areado nascia no interior da ilha a uns 800 ou 900 m de altitude e começava a despencar em impressionantes quedas d’água de dezenas de metros e em uma das suas vertentes me chamou a atenção uma grande queda que poderia passar facilmente de uns 150 metros de altura, uma coisa impressionante para uma ilha que intitulava como sua maior queda d’água a Cachoeira do Gato que mal tinha 40 metros de altura. Juntamente com outros amigos, fui tocando outras expedições, algumas inéditas, mas aquele rio nunca saiu da minha memória, um dia eu ia pegar minha mochila e ia lá naquele fim de mundo desvendar aquele mistério que sempre martelou na minha cabeça. Os anos foram passando e o plano de exploração nunca conseguia sair do papel, até que um dia me deparei com um artigo na net sobre um grupo que havia se aventurado pelo vale. Senti-me meio desolado pela demora, bobeei, alguém chegou primeiro, méritos para o pessoal da “viagem ecológicas.com.br”. Mas ao ler o artigo logo notei que o tal grupo mal aranhou o local e haviam chegado apenas até aos pés da grande queda do qual eles deram o nome de CACHOERIA GRANDE DO AREADO e aí foi a deixa que me faltava para retomar meu plano. Chegar até as paredes da Cachoeira Grande é sim um grande feito, mas a grande cereja do bolo era a vertente da direita, mais de um km de paredes aonde outras 4 ou 5 cachoeiras gigantes despencavam em abismos colossais e cânions quase que intransponíveis e com todo respeito aos outros grupos que por aí andam, se houvesse alguém capaz de desvendar esse grande mistério, esse grupo seria o nosso, justamente pelos vários anos nos dedicando a expedições como essa , então seria preciso juntar 4 ou 5 corajosos e novamente , como sempre digo, botar as faca nos dentes e ir lá tirar aquela lenda do papel e botar no mapa de vez. Voltando de férias às barrancas na foz do Rio Grande, no interior Paulista, me vi ainda com quatro ou cinco dias de ociosidade e nas curvas do destino acabei por relembrar novamente deste projeto, mas como eu poderia encontrar um grupo que pudesse esticar o fim de semana por mais uns dois dias, sendo que todo mundo da nossa equipe estava voltado aos afazeres e obrigações trabalhista? Eis que esses caras apareceram: Paulo Potenza, Felipe Asheley e Anderson Rosa se apresentaram por ter trabalhos autônomos. Daniel Trovo estava de férias com a família em São Sebastião e quando ouviu falar a palavra EXPEDIÇÃO SELVAGEM, largou sua boia de pato, sogra, filhos, mulher, cachorro , papagaio e picou a mula para Ilha Bela, rsrsrsrsrsrsrsrs. Formada a equipe, embarquei de Sumaré, no interior de São Paulo e me encontrei com o grupo lá nos confins da zona Leste, na capital do Estado e antes mesmo que o Potenza e o Asheley comessem todo o bolo de cenoura da mãe do Anderson Rosa, tratamos logo de arrastar os dois para dentro do carro e partimos numa tarde de sábado para o litoral Norte, aonde chegamos por volta de dez da noite. Comemos um pastel de vento no centro da Ilha e nos dirigimos para o sul aonde nos encontraríamos em Borrifos com o Trovo, mas ao chegarmos ao lugarejo não encontramos ninguém, então tocamos para o estacionamento, no fim da estrada, já na boca da trilha que vai para a PRAIA DO BONETE. O plano era deixar o carro no estacionamento do pescador, mas como já era tarde da noite, resolvemos dormir numa cobertura de lona enfrente da propriedade porque não queríamos acordar ninguém. Estendemos uma lona no chão e jogamos nossos sacos de dormir e o Rosa dormiria no carro mesmo. Já passava da meia noite quando ele chegou. Quase havíamos pegado no sono e ele veio com aquele portunhol horrível, nos indagando o porquê de estarmos dormindo ali em frente da propriedade. Estava meio zuado de cachaça e por isso não demos muita atenção, apenas dissemos que não queríamos incomodar o pescador e descansaríamos até o dia amanhecer. Ele continuou a nos encher o saco, dizendo que a família dele morava ali na propriedade agora e que ali não era lugar para playboy acampar. Era um chileno todo tatuadoe dizia que tinha estudo, que falava quatro línguas e outras balelas que a gente não queria ouvir, falou outro tanto de coisas inúteis e se foi na escuridão da noite. Logo depois o Daniel Trovo surgiu e veio alegrar nosso mocó, pegou seu saco de dormir e se juntou a nós naquele chão duro, daquela noite quente de verão. O chileno voltou, desta vez espumava raiva pela boca. Ficou lá, novamente a nos atazanar as ideias. Pedíamos para ele nos deixar dormir, mas ele não arredava pé até que déssemos o fora de lá. Nossa paciência já foi chegando ao limite até que o Anderson Rosa saiu do carro e veio ver o que estava acontecendo. Imploramos para o chileno folgado se retirar, mas não teve conversa e o que a gente tentou evitar aconteceu: O Rosa já peitou o cara e aí começou o quiproquó. Todo mundo se levantou e cercou o estrangeiro safado, já meti a lanterna no olho do meliante, enquanto outros já ameaçavam chutar ele para o outro lado da Cordilheira dos Andes, mas foi o cangaceiro de ilha Bela quem deu a cartada final. Paulo Potenza das Candangas já sacou seu facão e passou nas ventas no dito cujo que arregalou os olhos e murchou na hora, estava instalado uma crise diplomática. O facão só assustou o chileno, que vendo que o negócio havia esquentado, tratou logo de se retirar da nossa presença para nunca mais voltar. O dia amanhece quente, mas embaçado. Guardamos o carro no terreno do pescador, arrumamos as mochilas e adentramos na larga trilha que antes já fora uma estrada até a Praia do Bonete, mas que a floresta tomou de volta, impondo assim uma derrota acachapante ao governo militar, que tentou construir o caminho na década de 80. No começo parece mesmo que iremos caminhar por uma estrada, passamos por dois mirantes de onde se pode avistar o mar sem fim e menos de uma hora depois estacionamos na famosa CACHOEIRA DA LAGE para um gole de água. Nesse intervalo o tempo já melhorou e o sol já brilhava forte, mas como ainda era muito cedo, ninguém se atreveu a entrar na água ou brincar nos poços e escorregador que marcam a atração. Atravessamos a ponte pênsil e continuamos nossas andanças, mas agora o caminho já vai se enfiando numa voçoroca enorme e 4 km depois chegamos ao RIO AREADO com mais uma ponte pênsil para atravessar. É um rio com uma beleza sem igual, a água de uma transparência única e alguns metros acima da ponte, um poção lindo para um mergulho, mas ao chegar ao rio a gente já sabia que a brincadeira havia terminado, era chegada a hora da aventura começar, era hora de discutir a estratégia e deixar todo mundo ciente de que naquela expedição selvagem cada qual estaria por conta própria e cada um teria que assumir os riscos. Logo de cara me chamou a atenção o peso da mochila do Anderson Rosa, achei que poderia estar levando muitas coisas desnecessárias, mas não gosto de ficar cagando regras, muito porque cada um sabe o que aguenta carregar e quais suas necessidades. A única coisa que procurei deixar bem claro, inclusive antes de sair de casa, era a necessidade de todo mundo estar munido de perneiras anti-cobra e isso faria toda a diferença no decorrer daquela expedição. Decidimos que subiríamos o rio por dentro do seu curso e ao chegarmos à bifurcação onde ele se divide em dois, montaríamos um acampamento fixo e exploraríamos as duas vertentes, da esquerda que é de onde despencaria a cachoeira gigante de mais de 150 m e o da direita, por onde despencaria várias cachoeiras em uma parede COLOSSAL de mais de 1 km. Num primeiro momento tentamos achar um caminho pela direita de quem sobe o rio, prestando atenção para ver se não achávamos uma trilha perdida nesse início de expedição, mas surpreendentemente encontramos um mato totalmente fechado, denunciando assim que, mesmo sendo uma trilha turística, ninguém se atreve a subir o leito do rio. Abandonamos o mato e nos enfiamos por dentro do rio mesmo, pulando de pedra em pedra, mas não deu nem cinco minutos e nos deparamos com uma parede intransponível, num amontoados de pedras grandes Eu até pensei em escalar por dentro da água, mas os meninos acharam cedo para se molhar e o Asheley foi à frente e encontrou um buraco no meio dos matacões, aonde você tem que se enfiar e atravessar como se tivesse saindo do útero da sua mãe. Demos a volta nessas grandes pedras e voltamos ao rio novamente e logo nos deparamos com uma cachoeirinha incrível, com um poço profundo e como eu era o único que portava uma mochila totalmente estanque, os meninos optaram por passar e subir ao lado dela e fizeram um grande malabarismo para não se molharem, mas eu não me fiz de rogado e logo cedo já me joguei na água. Escalada essa pequena cachoeira, surgiu à nossa frente, mais uma cachoeira muito parecida com a anterior, mas com um poço gigante, esverdeado, daqueles de cair o queixo. Já me joguei para dentro dele e fui nadando até ela, enquanto o resto do grupo bordejou pela esquerda, mas somente depois de cada um se esbaldar dentro do lago esmeralda. Não havíamos caminhado nem três quartos de hora e já havíamos nos apaixonado pelo rio e ficávamos a todo o momento nos perguntando por que um lugar daqueles, tão perto da trilha principal, não havia sido descoberto pelos turistas. Escalei a cachoeira e me encontrei novamente com a galera e juntos pulamos pedras e quinze minutos acima chegamos ao POÇO DO ESCORREGADOR, uma grande atração desse roteiro, uma pedra inclinada e extremamente lisa, de onde o rio se precipitava. Escalamos a rocha pela esquerda e largamos nossas mochilas do lado direito do rio, hora de comer algo e nos lançarmos de volta ao passado, hora de viramos crianças novamente e escorregarmos nossa felicidade para dentro da água. Aquele lugar era incrível, sentado ali naquela grande rocha plana aonde seria possível até montar uma barraca, fico a apreciar aqueles meninos felizes da vida se jogando cachoeira a baixo e mergulhando de cima de uma rocha oposta para dentro do poço, mas logo me esqueço de que já vou me encaminhando para quase meio século de vida, me levanto e despinguelo rio abaixo também e vou me juntar à criançada como quem vai brincar no jardim de infância. A brincadeira estava boa , mas logo nos lembramos para que viemos, é hora de retomar a caminhada porque aquela ainda era uma expedição séria e havíamos traçado um objetivo de atingir a confluência dos rios até o anoitecer. Jogamos as mochilas nas costas e partimos novamente rio acima, hora pulando pedra, hora varando mato ou escalando ao lado do barranco. Meia hora acima, talvez um poço mais, outra cachoeira nos fecha o caminho novamente e obriga parte do grupo a se pendurar pela esquerda, enquanto eu aproveito para mais um mergulho, me jogando em mais um poção incrível e depois escalando por dentro da cachoeira de rocha lisa como mármore polido. Já é sabido que tenho um grande problema com água gelada, mas por incrível que pareça o rio Areado naquele dia estava com uma temperatura agradabilíssima e desta vez eu tinha decidido me divertir muito no rio. A subida do rio realmente não é complicada. Mas o esforço que se faz acaba por ir aos poucos minando a energia da gente. São várias as pequenas escaladas feitas com a água batendo de frente e logo notamos que o Anderson começava a definhar de vez, não porque fosse mais fraco que qualquer um de nós, mas porque havia mesmo escolhido mal os equipos e exagerado no peso. Eu e o Potenza começamos a monitorá-lo e já havíamos confabulado entre nós que se fosse preciso, dividiríamos um pouco da sua bagagem entre o resto do grupo. Não demora muito e a primeira queda um pouco maior se apresenta à nossa frente, na verdade, são três cachoeiras, uma ao lado da outra e com mais um poço maravilhoso ao seu lado. Sem demora parte do grupo já estava lá, se esbaldando em suas águas translucidas. O próximo trecho nos leva para um rio mais estreito, com várias ilhas e alguns afluentes do lado direito até nos depararmos com outra cachoeira, não muito alta, mas com mais uma piscina natural para ninguém botar defeito, aonde mais uma vez tivemos que experimentar a incrível sensação de nadar onde praticamente ninguém nunca nadou. A caminhada estava avançando bem, mas a gente sabia que se não apertasse o passo poderíamos ser pego pela noite sem chegar ao entroncamento dos rios . Grandes matacões começaram a surgir e depois de enfrentarmos uns trepa- pedras dos infernos , nos deparamos com mais uma grande cachoeira e bem que tentamos escala-la pela esquerda , mas foi mesmo o Rosa que encontrou o melhor caminho pela direita, varando mato até sairmos em mais uma ilha, onde o rio volta a se afunilar. Já passava das 17 horas e nada da gente chegar a tal confluência, então decidimos que avançaríamos por mais uma hora e acamparíamos no primeiro lugar decente que encontrássemos. Como o rio não deixava avançar, resolvemos varar mato pela direita e nos enfiando numas grotas e paredes de pedra que iam formando uma espécie de cânion seco, um lugar muito bonito , com uma paisagem diferentes das que estávamos acostumados na Serra do Mar no continente. Passado esse trecho, o barulho de uma grande queda nos chamou a atenção, então abandonamos o vara- mato e voltamos ao rio para nos encontrarmos com a maior queda até então. Aquela sim era uma cachoeira de respeito e aquele poço era algo para agradecer e fazer esquecer os perrengues passados até agora. Ficamos todos encantados com aquela queda e as caras amarradas pela ultima hora passada no mato, sendo estraçalhados por espinhos e cipós, se abriram num sorriso de felicidade e juntos decidimos que era mais que hora de descansar os esqueletos e mais que depressa retomamos a caminhada, sempre de olho em algum lugar plano para montarmos nossas redes. Subimos o rio por mais uns 15 minutos e ao encontrarmos uma laje plana e boa, jogamos nossas mochilas ao chão para tentar conferir nossa localização, já que a tal confluência não chegava nunca e para surpresa de todos, o nosso GPS nos mostrou que já havíamos passado faz tempo do entroncamento e por incrível que pareça , havíamos pegado o rio da direita e já estávamos uns 100 metros de desnível acima da confluência. Logo descobrimos o erro: Havíamos passado direto quando começamos a varar mato entre as paredes rochosas e sem nem perceber, adentramos ao rio da direita e o seguimos montanha acima. Antes mesmo que algum de nós começasse amaldiçoar o erro, alguém grita ao voltar seus olhos para cima: “- olha lá gente, a grande cachoeira do areado despencando do outro rio que acabamos por passar direto”. Sim , lá estava o monstro a despencar de uma parede colossal entre as árvores, que nos fechava parcialmente a visão. Sem querer, tínhamos avançado bem e agora, pelos cálculos do Trovo, poderíamos chegar à base dela em não mais de meia hora varando mato e interceptar novamente a vertente esquerda do rio. Ficamos felizes de termos cumprido com o objetivo do dia e não havia mais o que fazer, encontramos um terreno favorável para montarmos nossas redes e demos por encerrado esse primeiro dia de expedição. Parar ali foi mesmo fundamental porque o dia ensolarado já havia partido e no alto da serra ,uma tempestade já se avizinhava. Parte do grupo se apressou em montar suas redes, enquanto a outra parte ficou moscando à beira do rio e o Asheley ainda escapou por pouco de tomar uma picada de jararaca. O tempo virou numa velocidade inesperada e a tal tempestade chegou de vez. Eu havia já montado minha rede e meu toldo, mas não deu nem tempo de esticar todas as cordinhas antes que o dilúvio desabasse. Pulei para dentro da rede e fiquei segurando a cobertura para o vento não levar e torcendo para que minhas coisas continuassem secas. Choveu desgraçadamente durante quase 2 horas e a turma que demorou em montar abrigo, acabou por pagar o seu preço e depois de se lascarem todos, foram dormir sem janta. Quando a chuva deu um tempo, minha rede estava meio unida, mas nada do que eu já não tivesse acostumado, mesmo assim eu estava feliz porque os famosos borrachudos de Ilha Bela não haviam dado as caras com aquela voracidade já conhecida e isso já era algo para comemorar e eu e o Potenza resolvemos fazer uma janta e saborear um bacon com arroz, pra fechar a noite e alegrar a alma. Foi uma noite espetacular. Na madrugada bateu um vento tão quente que secou até as meias jogadas ao chão. Às seis horas da manhã já estávamos de pé preparando nosso desjejum e já conversando e discutindo a estratégia para a conquista final das CACHOEIRAS GIGANTES DE ILHA BELA. Eu achei que levaríamos mais de uma hora varando mato na diagonal para atingirmos a base inferior da grande cachoeira do areado, situada no outro rio, mas o Daniel Trovo insistia em dizer que em uns 15 minutos estaríamos nos regozijando embaixo da queda, mas o Potenza não contente , quis apostar com o Trovo que o tempo seria infinitamente maior que o que ele insistia em dizer, mas o instrumento da aposta vou me dar ao direto de omitir pelo bem da moral e dos bons costumes, rsrsrsrsrsrssr Bom, como a nossa intenção era explorar os dois rios apenas com mochila de ataque, deixando o nosso acampamento montado, apenas enfiei na minha cargueira os equipos de emergência, caso algo desse errado, isso me daria um conforto maior pra sobreviver por uma noite ao relento. Plano traçado, aferimos o azimute e partimos atravessando o rio, subindo o barranco e já descendo a um vale com um córrego de águas cristalinas. Galgamos terrenos em nível por menos de 15 minutos e já nos deparamos com o véu da grande cachoeira. Ninguém disse nada, cada qual procurou se livrar do mato que nos fechava a passagem, cada qual se apegou ao seu espírito desbravador e no fundo todo mundo sabia que aquele momento era de pura magia e encantamento e quando a paisagem se abriu de vez, cada um correu para onde achava melhor e de onde estávamos ficamos lá parados a contemplar o GIGANTE despencando da pedra. A GRANDE CACHOEIRA DO AREADO se apresentou ao nosso grupo, mas se recusou a se mostrar por inteira porque seu gigantismo é tão imenso que não é possível vê-la por completo. Aquilo que a gente esperava se confirmou diante dos nossos olhos e aquela era de longe, mas de muito longe a maior cachoeira de Ilha Bela. Sua altura passava fácil de 150 metros, mas de tão grande mal podíamos ver um terço dela. A gente tinha a plena certeza que não éramos o primeiro grupo a por os olhos nessa cachoeira, como eu havia dito no começo deste relato, mas estávamos dispostos a sermos os primeiros, até que se prove o contrário, a chegar até o seu topo, mas também sabíamos que a conquista não viria de graça, haja vista o tamanho do paredão que teríamos que escalar. Num primeiro momento pensamos na possibilidade de seguir pelo lado esquerdo, mas ao analisarmos melhor o terreno, a possibilidade pela direita nos apresentou mais viável. Começamos a empreitada nos distanciando da queda e aproveitamos uma rampa inclinada, mas bem protegida pelas arvores para avançarmos montanha acima. Cada um se segurou e seguiu por onde achou melhor, sempre tentando se livrar dos inúmeros espinhos que guardam esse patrimônio. Os pés e as mãos sempre grudados na rocha e na vegetação que parecia que despencaria a qualquer momento e nos jogaria no vazio astronômico. A chegada ao topo da Grande Areado foi marcada por muita comemoração e para nos presentear, a visão se abriu para um horizonte de frente para o mar azul, naquela manhã ensolarada de janeiro. Embaixo dos nossos pés uma pedra lisa e abaulada de onde a cachoeira despencava no vazio infinito. Estar ali é fazer história, é se sentir grande diante de tamanho feito e ao mesmo tempo minúsculo diante de tamanha beleza colossal. Depois de nos inundarmos de tamanha satisfação, chegou a hora de dar continuidade a nossa Expedição e dessa vez iríamos tentar ir aonde provavelmente ninguém jamais havia botado os olhos antes. Chegar até a maior cachoeira da ilha já era um feito incrível, mas chegara as cabeceiras do ALTO AREADO, como vínhamos chamando o outro rio, era a grande cereja do bolo na Ilha Bela. Iríamos explorar 1 km de paredes de onde possivelmente despencariam outras cachoeiras gigantes. Voltar ao nosso acampamento era uma decisão que poderíamos ter tomado e de lá poderíamos partir subindo o rio até sua cabeceira, mas ao invés disso, decidimos apontar nosso GPS de onde estarmos e vararmos mato nos aproveitando da crista da serra, onde já sabíamos por experiências anteriores que a vegetação é mais espaçada, podendo nos dar um corredor rápido até o alto do outro rio e depois era só descermos por dentro da água, explorando as grandes cachoeiras. Então foi o que fizemos, tocamos para cima , escalando num primeiro momento uma parede inclinada até ganharmos o topo da crista e seguimos por ela sempre subindo, num terreno gostoso de caminhar e a passos largos e por nos entretermos com a caminhada tranquila, por pouco não fomos apanhados por mais uma jararaca que nos encurralou no canto de uma árvore. Deixamos a serpente em paz e seguimos nosso caminho e quando paramos para ver nossa localização no GPS do celular foi que ficamos sabendo que havíamos andado fora da rota estabelecida e já estávamos praticamente paralelos ao rio da grande cachoeira do Areado. Já havíamos subido bastante e para corrigir o curso resolvemos pegar uma diagonal para a direita e não nos desgrudarmos mais do GPS até que pudéssemos atingir o outro rio. Portanto, abandonamos a crista que não estava mais servindo ao nosso propósito e voltamos a varar mato lateralmente, nos mantendo meio em nível e nos dirigindo para o outro rio, mas antes já sabíamos que teríamos que passar por dentro de um grande vale para depois escalarmos uma parede íngreme que nos deixaria na cumeada da parede esquerda do vale do Alto Areado. Quando chegamos nesse vale intermediário tivemos que abrir mão de uma corda para podermos descer em segurança, mas os mais ousados trataram logo de se jogarem morro a baixo apenas se valendo de alguns troncos e alguns cipós e ao tropeçáramos no riacho, aproveitamos para uma breve pausa para um gole de água. À nossa frente agora, uma parede íngreme, que logo conseguimos chegar ao seu topo e vendo que estávamos na calha do rio buscado, partimos para uma diagonal definitiva, descendo de vez até as margens, aonde fomos parar bem no meio de uma cachoeira que nem chegamos a ver seu topo de tão grande que era. Nesse momento vimos que o melhor a fazer era nos distanciarmos do leito do rio e ganhar mais altitude, numa tentativa de alcançar o seu patamar superior e foi o que fizemos e mais uma vez nos deparamos com uma cachoeira ainda maior onde o Daniel Trovo achou que ali seria nossa ultima parada antes de nos jogarmos dentro do próprio rio e descê-lo, explorando todas suas cachoeiras até interceptarmos de novo nosso acampamento perto da confluência. Mas foi aí que um pequeno impasse se instalou entre o Trovo e eu e o Potenza. O Trovo achava que deveríamos atravessar por ali e eu e o Potenza insistíamos que o topo das cachoeiras ainda não havia chegado, mas depois de uma conversa mais demorada, chegamos a um consenso e convencemos o Daniel de que deveríamos continuar escalando. O Asheley tomou à dianteira e Foi puxando a fila até que nosso caminho chegou ao fim, barrados por uma parede intransponível e que mais uma vez nos deixou travados no meio de uma queda d’água. Agora o caldo havia entornado de vez, ou a gente voltava e tentava uma volta gigante para retomar nosso rumo pela direita até o topo ou dávamos por encerrado aquela exploração, tentando voltar a descer até que pudéssemos passar para o outro lado rio. Mas ainda havia uma terceira opção, tentar uma escalada suicida pelas bordas do abismo. O Trovo que havia perdido a contenda anterior, só de sacanagem já foi empurrando o Asheley e fazendo o menino escalar o paredão, se segurando numas vegetações cretinas que nem os calangos selvagens estavam querendo se ariscar. Com a ponta do pé sobre uma raiz que ameaçava se descolar da parede e jogar todo mundo no vale , pegaram impulso e foram se elevando como dava, deixando a gente para trás e o Paulo Potenza, com um olho arregalado, já pensando que havia se fudido por desafiar o mestre Trovo e agora era caminho sem volta. Eu até que tentei subir pela vegetação, mas quando Trovo e Asheley passaram, levaram tudo com eles e como o Potenza já tava xingando horrores pelo caminho escolhido, pedi para que os meninos do topo que nos jogasse a corda e tinha que ser logo porque meus pés já não estavam mais aguentando se segurar naquela raiz mequetrefe. Com a corda instalada todo mundo foi ao alto da parede e aí foi só nos agarrarmos a mais uma rampa e varar uma pouco mais de mato até que nos posicionamos no topo das cachoeiras que vínhamos buscando, mas a comemoração pela conquista foi logo abreviada porque alguém olhou para cima de outro ângulo para simplesmente descobrir outra monstruosa cachoeira despencando em duas quedas enormes com uns 70 metros de tamanho. Agora sim estávamos de cara com a queda d’água que havíamos nos proposto a alcançar, enfim o início do ALTO AREADO acabara de ser descoberto e essa era, muito provavelmente, até que se prove o contrário, a primeira vez que uma equipe de exploradores botou o os olhos nela. A expedição não havia terminado, muito porque ainda tínhamos mais de um km de rio e cânions para descer até o nosso acampamento, mas cada um já estava ciente de que havíamos agora de completar todo o nosso planejamento. Despedimos-nos da GRANDE CACHOEIRA DO ALTO AREADO , atravessamos o rio para o lado direito de quem desce e começamos a perder altitude, nos valendo de um corredor mais aberto até vinte minutos a baixo voltarmos novamente ao rio para apreciar mais uma queda de uns 60 metros, justamente aquela que tivemos que ir escalando pelo lado esquerdo do rio. Verdade mesmo que tudo fazia parte de uma parede extraordinariamente gigante, que quase formava uma só cachoeira. Continuamos descendo até a base dessas paredes aonde encontramos um patamar e lá nos instalamos para apreciar mais um espetáculo de águas despencando de cima das pedras onde no topo, uma cachoeira de uns 50 metrosemendava com mais uns 50 de paredes. Esse nos pareceu ser o final das grandes cachoeiras da parte superior do Alto Areado, que juntando com a cachoeira mais próxima da confluência, formavam assim um total de quatro grandes quedas d’água gigantes, num dos roteiros SELVAGENS mais incríveis de Ilha Bela. Seguimos bordejando o rio, mas agora só olhando os vários poços que iam se formando. Estávamos com muita fome e havia chegado a hora de retornarmos para o nosso acampamento, foi um dia de muitas conquistas e muito esforço físico e quando lá chegamos, já tratamos de colocar nossos fogareiros para trabalhar, fizemos um almoço tardio, mas ninguém arredou o pé até que não aguentasse comer mais nada e aí ficamos jogando conversa fora à sombra de um grande pico em forma de tetas que guarda do outro lado do outro afluente, a maior cachoeira da ilha. Havíamos deixado nosso acampamento montado, então era algo com que não tínhamos que nos preocupar. A noite estava linda, mas todos estavam bem cansados, então logo que escureceu cada qual caçou seu rumo e foi descansar o esqueleto nas suas redes. Todos foram dormir cedo e para nossa alegria, novamente os borrachudos vorazes da ilha não deram as caras e ninguém reclamou de nada e logo que o dia nasceu já tinha gente de pé preparando o café. Desmontamos tudo vagarosamente e partimos de volta para a civilização, mas ao invés de voltarmos por dentro do rio, decidimos que ganharíamos a crista do lado esquerdo e vararíamos mato nos mantendo uns 100 metros afastados do rio para evitarmos as grandes pedras. Portanto, subimos o barranco e avançamos muito rapidamente ao encontrarmos uma vegetação mais espaçada, que só se fechava quando tínhamos que descer para cruzarmos os inúmeros afluentes. Achar essa rota foi realmente sensacional porque acabou nos economizando umas três horas de pernadas e mesmo a gente tendo encontrado umas passagens com alguns amontoados de pedras, inclusive formando arcos rochosos, mesmo assim foi um caminho feito na metade do tempo de ida. Mas ao chegarmos ao rumo de onde estavam os grandes poços e a cachoeira do Escorregador, apontamos nosso nariz para lá e jogamos nossas mochilas ao chão para mais uma rodada de ócio, brincadeira e descontração infantil, onde todo mundo resolveu se atirar na água e saltar de cima das pedras e escorregar na tal cachoeira. Ninguém queria ir embora daquele lugar, mas ainda tínhamos uma caminhada longa até Borrifos, onde estava o nosso carro. Fomos descendo, mas dessa vez ninguém quis mais abandonar o rio, eu mesmo fui me atirando em tudo quanto é poço e de cima das pequenas cachoeirinhas, dava para ver o azul do mar, se contrastando com o verde da floresta, numa visão realmente muito bonita. Quando chegamos de volta à ponte pênsil, aonde uma galera que voltava da Praia do Bonete estava, todo mundo olhou espantado para o nosso grupo e ninguém entendeu nada do que estava acontecendo e ficaram surpresos ao saber que havia malucos que vararam mato por três dias, subindo o rio para procurar algo que eles nunca ouviram falar. Ao chegarmos à trilha e a ponte do Rio Areado, a gente se cumprimentou e comemoramos de vez o sucesso daquela Expedição, tudo que havíamos planejado, havíamos cumprido. Retomados novamente a trilha e 4 km depois paramos novamente na pequena cachoeira da Laje para mais um banho e para comermos a única coisa que havia sobrado nas nossas mochilas: dois gomos de calabresas com limão e um suco em pó, para brindar a vida, a amizade e a conquista inédita e em seguida apertamos o passo até desembocarmos de vez no estacionamento do pescador e finalmente encerrar aquela jornada incrível. ILHA BELA é um dos lugares nesse país com o maior numero de enigmas e mistérios. A segunda maior ilha marítima do Brasil, com histórias de piratas, trafico clandestino de escravos, naufrágios memoráveis como o Navio Príncipe das Astúrias, considerado o Titanic brasileiro. Histórias de tesouros escondidos e animais exóticos. Fez fama por ser a capital da vela, tem os maiores picos insulares do país, o mosquito mais voraz da via Láctea e é claro, a grande fama de hospedar em seu território mais de 300 cachoeiras. São muitos os mistérios, mas a partir de agora o misterioso Rio Areado deixou de ser lenda e essa expedição veio para jogar uma luz definitiva nesse acidente geográfico e colocá-lo em definitivo no mapa das grandes descobertas do Estado de São Paulo. Divanei Goes de Paula – janeiro/2018
  13. Começando aos poucos minhas primeiras palavras aqui no site, vou relatar sobre um dos lugares mais incríveis que eu já tive o prazer de conhecer e até mesmo morar por alguns meses. Um cantinho de sossego, cheio de energia, pessoas boas e de uma natureza sem igual. A experiência que tive nesse lugar, o privilégio de conhecer as pessoas, as histórias que vivi e ouvi, sem dúvidas vão me acompanhar sempre em minha jornada. O que vou escrever aqui, de certa forma irá ajudar vocês a conhecerem alguns pontos importantes, para que possam aproveitar melhor sua estadia; Ilhabela fica localizada no litoral norte de São Paulo, conta com aproximadamente 35 mil habitantes e 85% de sua área é de preservação ambiental, além de 42 praias, 12 comunidades caiçaras, mais de 300 cachoeiras e muita história local. Quem gosta de histórias, lendas sobre piratas e muita cultura. Ilhabela é o lugar certo! Quem vem de São Paulo, o trajeto é em média 4h de viagem, chegando até a cidade de São Sebastião, parada obrigatória para continuar a viagem até Ilhabela. Ali existe uma empresa de travessias DERSAque são balsas que transporta veículos e passageiros até a Ilha. Aqueles que optam em viajar de carro, o indicado é comprar a opção de hora marcada, que é vendido pelo site da empresa que faz a travessia. Vale lembrar que depende muito da data, pois em baixa temporada o tráfego é bem menor, o que dispensa a compra de hora marcada. Já na alta temporada, se prepare! O movimento é bem intenso. Os viajantes que estão de carona ou ônibus podem ficar tranquilos. A travessia é gratuita e funciona 24 horas, durante o dia é de 30 em 30 minutos e na madrugada é de 1h em 1h. A empresa que faz o trajeto vindo de São Paulo é a Litorânea. Assim que chegar na cidade de São Sebastião, o motorista faz a primeira parada na rodoviária e depois de alguns minutos no ponto da balsa. O lugar exato para iniciar a travessia. Aos que viajam pensando em baratear os custos (assim como eu), existem diversas maneiras de chegar até o local, uma delas é o BláBlá Car o aplicativo de caronas. Com algumas idas e vindas de São Paulo, conheci pessoas que vivem na ilha e fazem esse trajeto quase todos os dias, e oferecem carona com o preço acessivo. Deixarei o contato para os interessados. Chegando em Ilhabela, é a hora de procurar uma acomodação, certo? Se for em alta temporada, procure reservar com antecedência, pois já vi casos de pessoas chegarem em cima da hora e não ter lugar para ficar ou até mesmo pagarem um valor muito acima do normal. Aos que curtem acampar, existem as opções de camping em vários pontos da cidade, mas acampar nas praias da ilha é extremamente proibido, de acordo com a Lei Municipal nº 1.224, de 02/10/2017. Vale ressaltar que a localização é primordial na sua viagem e, na minha opinião, um bom lugar para se hospedar é no Bairro do Perequê, que é conhecido como o centro comercial da ilha, onde tem a maioria dos bancos, farmácias, agências de passeios e o mercado principal. O Perequê fica próximo ao ponto da balsa, onde tem todas as saídas dos ônibus para as praias de norte a sul. E, claro, se for ficar vários dias na ilha e for utilizar o transporte público, faça o cartão cidadão da empresa Fênix, que além de fácil é o melhor modo de conhecer as praias andando muito e gastando pouco. No quesito hospedagem, irei deixar o contato do hostel onde fiquei, que na minha opinião é o mais bem localizado da ilha, 20 metros da Praia, 10 minutos da balsa, esquina com o mercado e também contém sua própria operadora de passeios. É claro que, quando falamos em hospedagem, precisamos de um local onde vamos ser bem recebidos, teremos informações turísticas e contamos também com uma staff legal, não é? Então minha indicação, sem dúvidas é o Hostel Central Ilhabela. Pronto! Falamos sobre como chegar, sobre a travessia e onde se hospedar. Agora é hora de falar um pouco sobre as praias e seus pontos turísticos. PRAIA DE CASTELHANOS Castelhanos ou Castê, como é chamada por alguns moradores, é famosa por suas histórias de piratas. Ela tem uma extensão de areia de 1,7km (sendo a maior da ilha) e é um dos poucos cenários do mundo com o formato de coração. É também a segunda maior comunidade tradicional caiçara do arquipélago. Vale pena conhecer Castê! Aos adeptos do surf ela é ideal e rola alguns circuitos maneiros no local. Uma dica de bebida é a Caipirinha de Folha de Mixirica. Dizem que ela foi criada ali na região do Saco do Eustáquio, uma praia próxima a Castelhanos. É muito saborosa. Prove! Só não esqueça… Beba com moderação! O passeio para a Castelhanos pode ser feito de duas maneiras: A mais econômica, ida e volta de jipe pelo parque estadual (parada para conhecer uma parte da trilha, da Cachoeira da Água Branca). Ou de Flexboat, incluindo as praias da Fome e do Saco do Eustáquio, e voltando de jipe. As duas opções incluem a Cachoeira do Gato, por uma trilha que leva em média 2h de caminhada (ida e volta). Ela tem uma queda d’água de 65 metros de altura e conta com um visual incrível. Aqueles que querem curtir um pouco mais de tempo na praia, evite a trilha, pois até então a caminhada varia em média 3h de duração. Aos que gostam de caminhar e estar em meio a natureza, aproveite. Pois mergulhar ali é revigorante! Se for ficar na praia, não deixe de conhecer o Mirante do Coração, fica no final da praia, no lado direito, e tem uma vista fantástica. Fazer fotos ali admirando a beleza, é o “clichê” de Castelhanos. Dando sequência, chegou a vez de: PRAIA DO BONETE Considerada por muitos uma das melhores praias de Ilhabela! Já foi citada como uma das 10 praias mais bonitas do Brasil pelo Jornal The Guardian. Com uma extensão de 600 metros de areias claras e mar agitado, Bonete é o lar da maior comunidade tradicional caiçara do arquipélago. E ainda preserva a riqueza de sua cultura local. Estar no Bonete é estar, de certa forma, conectado ao passado. Sem sinal de celular e sem grandes estruturas. O ideal é ouvir as histórias dos moradores, ir a cachoeira do Poço Fundo, apreciar os pescadores em sua tarefa diária no Rio Nema, subir o mirante e ver a imensidão do mar até o pôr do sol. E a noite nesse lugar? Sem palavras! Precisam ficar ao menos um dia e apreciar as estrelas. Não deixem de conhecer a comunidade do Bonete, é exatamente feito para os amantes da natureza e o paraíso para aventureiros. O acesso à praia pode ser feito de Flexboat, que custa em média R$150 a R$200 por pessoa, e em alguns casos o passeio também inclui a Praia de Indaiaúba. É sempre bom ressaltar que em alta temporada tem que estar antenado devido à grande procura nesse período. O outro acesso é feito por trilha, a partir da Ponta da Sepituba, localizada no sul da ilha. Uma caminhada de 15km que varia em média de 02 a 04 horas. No caminho vai se surpreender por duas lindas cachoeiras; da Lage e do Areado. Além de todo o percurso em meio a mata atlântica. Lembrando que a trilha tem um nível médio de dificuldade, dependendo muito do preparo físico. CACHOEIRA DO PAQUETÁ Conheci várias cachoeiras em Ilhabela, mas nenhuma se compara com a querida Paquetá, famosa por sua borda infinita com vista para o mar. O acesso é feito por uma trilha leve, com duração média de 30 minutos. Localizada no Bairro do Bixiga sentido sul da ilha – Praia Grande. A cachoeira não faz parte do Parque Estadual, e por isso não há demarcação na trilha. Porém é acessível e considerada nível fácil. Fui sozinho, prestando bastante atenção e chegando a primeira queda em alguns minutos. A cachoeira é formada por três partes: a primeira é bem rápida, e ali mesmo já consegue dar um tchibum ou pausa para se refrescar. A segunda conta com um paredão rochoso de onde água cai diretamente sobre um poço, é um local tranquilo e com um bom espaço para mergulho e até mesmo parada para recuperar o fôlego. Na terceira e última parte, requer um pouco mais de cuidado, pois até então a subida é um pouco íngreme e escorregadia. Todo o esforço é recompensado ao chegar lá em cima, o local é exato para fazer as fotos na borda infinita e também aproveitar o tobogã natural. Prepare para apreciar o visual! PISCINAS NATURAIS Considerada o Secret Point de alguns moradores é uma piscina formada na costeira da região sul da ilha, conhecida como Caminho das Flechas. A piscina é ideal para banho e fica lado a lado com o mar, quando a maré sobe ou lança suas ondas nas pedras, a água invade pelas fendas e adentra a piscina trazendo peixes coloridos para nadar. É bem legal! Para chegar à piscina não é muito difícil, é só ter cuidado, pois boa parte da caminhada é pela costeira sobre as pedras. Tenha atenção com as crianças no local. Sua localização fica à 3km da Praia do Veloso, sentido sul, no condomínio particular nº 12.300, chamado de Condomínio das Flechas. Tem entrada permitida para visitantes, em sua lateral direita, num portão pequeno que dá acesso uma escadaria para dentro do condomínio. O ideal é visitar pela manhã, em dias de sol, assim irá aproveitar a piscina com tranquilidade e sossego. PICO DO BAEPI Agora vem a parte boa para os aventureiros que curtem caminhadas desafiadoras. Prepare-se para uma das vistas mais bonitas que tem na ilha. Baepi tem seus 1.048 metros de altitude com vista panorâmica do arquipélago e de toda mata atlântica da região. É possível avistá-lo em quase todas praias do canal, só que exige um bom preparo físico. Não tem nenhuma espécie de rio ou riacho no caminho, o importante é levar água para se hidratar e algo para comer. A duração média de 3h de subida e 2h de descida no total de 7,5km. O caminho é todo demarcado e inicia em área aberta e logo adentra na mata atlântica. Prepare-se para os degraus, em uma trilha pesada e acidentada. É aconselhável estar fazendo o percurso com outras pessoas, ou até mesmo um monitor credenciado. O importante também é ver se o clima está agradável e se não há previsão de chuva. Não é nada bom subir até o cume com o tempo instável. Em relação as praias do canal que são de fácil acesso, vou deixar uma lista de norte a sul, que bem são bacanas e que vale a pena conhecer! Praias do Norte: Praia de Pacuíba e Jabaquara (acesso de trilha, bicicleta ou carro), Praia da Armação e Pedra do Sino (acesso de ônibus) Praias do Sul: Praia do Curral, Julião e da Feiticeira (acesso de ônibus) Aqueles que tiverem oportunidade de ir até Castelhanos, Bonete e Jabaquara, existem opções de praias próximas e fantásticas para se visitar: Praia de Enchovas (trilha depois do Bonete, em média 40 minutos); Praia de Indaiaúba (trilha depois do Bonete, em média 3h); Praia da Fome (trilha depois de Jabaquara, em média 3h); Praia Mansa (trilha depois de Castelhanos, em média 1h); Praia Vermelha (trilha depois de Castelhanos, em média 2h) Sobre cachoeiras, tenho que destacar as Cachoeiras: dos Três Tombos; do Veloso e da Água Branca, todas com a entrada gratuita e de fácil acesso. Consulte um receptivo local para maiores informações. Ao visitar o Centro Histórico da cidade, conhecido como Vila, não deixe de passar pela Igreja Matriz Nossa Senhora D’Ajuda, um dos cartões postais da cidade! A construção foi erguida entre 1697 e 1728, por escravos, que utilizaram pedras, conchas e óleo de baleia em sua constituição. Ela está localizada ao lado do antigo Fórum e Cadeia, atual sede do Parque Estadual de Ilhabela. Além da Igreja, a Vila conta com vários restaurantes, bares e comércio local. Há também uma praça e um píer, ótimos locais para fazer uma caminhada com a família. Uma das opções de bares na Vila é o Estaleiro Bar, famoso pelo forró que acontece todas às quartas-feiras. Aos finais de semana também rolam outros estilos musicais, além de apresentação de bandas e DJ’s. Ilhabela atrai turistas e profissionais de diversos setores o ano todo e os motivos vão além da natureza deslumbrante que a cerca. Um exemplo é a Semana Internacional da Vela, o maior festival do gênero realizado na América Latina, que acontece em julho aqui na Ilha. Tem ainda o Festival da Tainha e, em agosto, o Festival do Camarão. A lista de festivais não para por aí: Jazz, Cerveja Artesanal, Shows Nacionais, Forró, são só alguns exemplos do que rolou em 2017 na cidade. Para terminar meu relato sobre Ilhabela, deixo aqui um aviso importante: usem repelente! Isso mesmo, a Ilha mais charmosa do litoral norte de São Paulo é também lembrada por quem a visita pelos borrachudos que dividem o espaço com os moradores e turistas. Em algumas épocas chega a ser impossível ficar em determinados locais sem usar o produto. Uma dica interessante é começar a tomar um complexo de Vitamina B alguns dias antes da viagem, ele é vendido em farmácias, ou, assim que estiver na cidade, comprar o repelente nativo, CITROILHA, feito com óleo e citronela, o mais eficaz que experimentei até então. A Ilha é um lugar mágico, rodeada pela natureza e conta muito com o bom senso de seus visitantes para se manter limpa e preservada! Respeite os moradores, a fauna e flora local. Empresa de Travessia – São Sebastião x Ilhabela www.dersa.sp.gov.br Empresa de Ônibus – São Paulo x São Sebastião www.litoranea.com.br Trajeto São Paulo x São Sebastião – BláBlá Car Andy (11) 93807-5821 Hostel Central – Localizado Bairro Perequê www.hostelcentral.com.br Empresa de Passeios – Jipe e Flexboat www.jipeaventura.com.br
  14. carolramiro

    Ilhabela

    No endereço abaixo está um mapa de Ilhabela com as praias, trilhas e pontos de mergulho: http://www.trilhaecia.com.br e clicar na seção de mapas. Lá digite ILHABELA. Vão aparecer varios mapas. -------------------------------------------------------------------------------------- Postado pelo usuário carolramiro em 02/11/2004 00:41:45 Mensagem: Gostaria de algumas dicas para o final do ano, pretendo ir para Ilha Bela ou mareias, quero um bom camping e boas ondas, para aproveitar em familia. Valeu. ------------------------------------------------------------------------------------- Postado pelo usuário Naine em 06/11/2004 15:45:09 Mensagem: Olá Carol, estive esse feriado percorrendo o litoral norte de SP. Em Maresias (minha paixão, amo akele lugar) estive somente "de passagem" pois estava hospedada em outra praia, entaum qto a camping ñ poderei lhe indicar, mas se vc for associada dos Albergues em Maresias tem um hotel que é filiado e esse feri tive sabendo q a diária tava saindo por $20 (mas requer reservas antecipadas). Ñ deixe de frequentar "A Firma" e "O Sindicato", dois barzinhos ótimos, excelentes, com um atendimento de 1º!!! Qto a Ilha Bela, lhe indico, recomendo e assino embaixo, procure pelo camping Canto Grande (ótimo tb, tem uma área de camping excelente, restaurante e fica praticamente na areia da praia mesmo), Ah, ele fica na Praia Grande...se quiser o tel. pra ver sobre reservas, anota aí: (12)3894-1506 ou 9423. >>Ilha Bela ñ conta com mtas ondas ñ....mas só a natureza d elá é impressionante!!!! Em Ilha Bela, ñ deixe de conhecer A Praia do Jabaquara, linda!!! Tem tb a Praia dos Castelhanos e Bonete, essas porém ñ pude ir, pois carro normal ñ tinha condições de chegar... Boa Viagem Volta aí depois pra contar como foi, ok? Mais info é só gritar!!! ----------------------------------------------------------------------------------- Postado pelo usuário jumedeiros em 10/11/2004 01:52:53 Mensagem: Oi gente! Gostaria muito de dicas de hospedagem em Ilhabela: qual parte da ilha é melhor, preços, etc... Desde já, muito obrigada, Ju Medeiros ---------------------------------------------------------------------------------- Postado pelo usuário LOUCO22 em 17/11/2004 20:26:14 Mensagem: bom umna boa dica é vc levar uma armadura ou um bom repelente !!!!! -------------------------------------------------------------------------------- Postado pelo usuário Pablo Surf em 18/11/2004 09:00:06 Mensagem: Os preços de hospedagem na ilha são muito altos, o negocio lá é ficar em camping, que variam de 10 a 15 a diaria. ---------------------------------------------------------------------------------- Postado pelo usuário jumedeiros em 18/11/2004 11:16:50 Mensagem: Oi meninos! LOUCO22, tô sabendo e já tô me preparando. Valeu! Pablo, é isso mesmo que tá pegando... Só que eu vou com meu namorado e a gente queria um pouco mais de conforto, entende? A pousada mais barata que achei tá setenta reais, mas é no norte da Ilha e eu queria ficar no sul. Vc sabe de alguma pousada ou chalé barato no sul? Quero dizer, é melhor mesmo ficar no sul? Ah! Quanto tempo leva pra ir na Praia do Bonete caminhando? E na Castelhanos? Além dessas duas, quais são as mais bonitas? E as cachoeiras? Quais valem mais à pena? Já chega, né!!! Aguardo respostas. Beijos, Ju Medeiros ------------------------------------------------------------------------------------- Postado pela usuária Naine em 18/11/2004 11:53:25 Mensagem: Olá Ju... Ñ deixe de ir na Praia do Jabaquara...é lindinha!!! Gostei tb da Pedra do Sino... Me disseram q pra Praia dos Castelhanos são 4 horas de caminhada só de ida....ñ posso lhe afirmar, pois ñ tive disposição para encarar a trilha....rs* Bjin's ------------------------------------------------------------------------------------ Postado pelo usuário jumedeiros em 19/11/2004 09:32:19 Mensagem: Oi Naine! Muito obrigada pela informação. Se eu não for andando pra Castelhanos, alguém sabe qual a outra forma e quanto custa? Vou ficar perto da Feiticeira... Bjs! ------------------------------------------------------------------------------------ Postado pela usuária Naine em 19/11/2004 19:46:53 Mensagem: Ju, sou eu de novo...rs* Nesse feriado de 02/11 q estive lá, o pessoal dos jipes estavam cobrando 45,00 por pessoa pra levar até lá...e tinha tb os veleiros q estavam 300,00 e contornava toda a Ilha... Tentamos até procurar um precinho mais em conta com os jipeiros, mas ñ rolava mesmo pq eles são uma associação e tal...entaum era tudo o mesmo preço! E como fomos despreparados para tal, desencanamos de ir até lá....mas eu ainda volto....hehehe Bjin's ------------------------------------------------------------------------------------ Postado pelo usuário jumedeiros em 19/11/2004 21:02:50 Mensagem: Êba! Já sei um monte de coisa... E restaurante, bar, lanchonete. Alguém me dá alguma dica? ------------------------------------------------------------------------------------ Postado pelo usuário viajandu em 22/11/2004 02:45:58 Mensagem: Gente!!! To supercurioso... Essa ilha do peladinho. Pode ficar pelado mesmo por la? To afim de me sentir super a vontade nessa ilha. Gostaria de maiores informacoes a respeito. Como faco pra chegar la. ------------------------------------------------------------------------------------- Postado pela usuária Carol Mensagem: E aí galera mochileira !!!!Estou precisando de ajuda. Depois de tantas dúvidas optei por ILHABELA acredito que será um viagem e tanto.Estou apenas impressionada com a quantidade de dicas e observações para se usar repelente e complexo B. Tem tantos insetos assim por lá? Vou viajar com marido e filho e tenho que estar preparada para tudo. Será que tem MOCHILEIROS que já tenham explorado esta ilha que possam me dar toques importantes para que consiga aproveitar este passeio sem stress.Também tenho tido dificuldades para encontrar campings por lá, só encontrei o da Pedra do Sino e o Palmar alguém conhece estes ou outros pra saber se posso encarar esta com minha familia? Somos aventureiros mas também cuidadosos Carol carolaine
  15. Veja como foi nosso segundo dia em Ilhabela! Muita trilha, mosquitos e alguns arranhões até chegar tanto na Cachoeira dos três tombos quanto na cachoeira do Veloso e um gran finale: almoço no DPNY Ilhabela! Espero que gostem, qualquer dúvida me respondam aqui que eu tiro e se gostarem, não se esqueçam de se inscrever no canal pq tem muita coisa boa por lá kkkk
  16. Viajei com meu namorado para Ilhabela e nesse vídeo eu dou algumas dicas e mostro como foi nosso primeiro dia por lá. Carona até Jabaquara, diversão na pedra do sino e uma das melhroes refeições que já fiz no litoral paulista, no restaurante Marakuthai. Espero que gostem, qualquer dúvida me respondam aqui que eu tiro e se gostarem, não se esqueçam de se inscrever no canal pq tem muita coisa boa por lá kkkk
  17. A comunidade do Bonete, localizada no sul da Ilhabela está separada da civilização moderna não só pela sua cultura ímpar, más também por uma longa travessia por trilha para quem tem disposição de andar mais de 15KM entre subidas e descidas ou por um mar de águas agitadas e ondas grandes para quem tem a disposição para chegar de barco. Essas são as formas mais fáceis de chegar ao Bonete, ou seja, por tantas dificuldades, o local mantém seu aspecto bucólico em pleno litoral paulista. Sem acesso ao mundo externo, com poucas televisões, rádio que não pega muito bem as estações e raro sinal de wifi, esse é o lugar para quem realmente pretende esquecer os problemas mundanos, se isolar e não ser localizado. Com algumas pousadas, restaurantes e camping, o Bonete é a certeza de praia vazia, céu estrelado e muitos borrachudos sugadores de sangue. Impossível não parar no tempo lá, esquecer dos problemas deixados no inicio da trilha e se maravilhar por uma das paisagens mais bonitas do litoral paulista. O acesso ao Bonete via Trilha: O inicio é no bairro da Sepituba que fica a 17KM da balsa onde se tem acesso a Ilhabela. Para chegar até lá é necessário pegar o ônibus de nome Borrifos que fica atrás da delegacia logo na saída da balsa e custa R$3,50. O trajeto dura aproximadamente 1 hora e irá deixar o viajante a +ou- 3km da porteira onde a trilha se inicia. Outra opção é ir de carro e deixá-lo estacionado no Zé da Sepituba, uma figura local com uma grande história de vida e que irá lhe cobrar R$10 a diária. Levando uma garrafa de pinga é provável que ele abaixe esse valor, além é claro de criar um vínculo com esse senhor que saiu de casa aos 8 anos de idade com um peixe seco, farinha e rapadura para servir o exército e que não vê a hora de largar aquele estacionamento e ir morar no mato. No próprio estacionamento do lado esquerdo existem dois elefantes de cimento que jorram água pela boca, água vinda da cachoeira e potável, ideal para abastecer a garrafa e iniciar a jornada. A trilha: Na verdade é uma estrada que começou ser aberta com o intuito de ligar a Sepituba ao Bonete, porém por algum motivo o projeto foi cancelado. Pelo que pude apurar na época os “Boneteiros” que impediram a construção dessa tal estrada. Nos dias atuais carro nessa estrada só dos proprietários da Fazenda da Laje que fica localizado próximo a cachoeira do mesmo nome e que está localizada em um ponto estratégico ao qual falarei mais em breve. Entretanto, mesmo sendo bem larga não deixa a travessia menos difícil. A trilha é de nível difícil e não indicado para pessoas que não tem por prática caminhar bastante. Sedentários até podem chegar más irão sofrer e com alto risco de desistência no meio do caminho, além é claro dos perigos naturais que a trilha oferece. Para tentar ser o mais detalhista possível iremos dividir o relato da trilha em 3 partes sendo a primeira da Sepituba a Laje, a segunda da Laje ao Areado e por último do Areado ao Bonete e esperamos auxiliar os viajantes a atravessá-la da melhor forma possível. Parte 1 – Da Sepituba a Fazenda da Laje. Após atravessar a porteira que é o ponto inicial da travessia já esteja preparado para uma subida tensa com metade dela de terra e a outra metade de cimento “cimento para facilitar a subida do jipe que leva mantimentos para a fazenda”. Essa subida é um teste para a sua determinação de chegar ao Bonete e prévia do que virá pela frente. Caso encontre dificuldades em subir essa ladeira, seja por peso demasiado, seja por outras dificuldades essa é a hora de abortar a missão, pois, pela frente a tendência é piorar. Ao término dessa ladeira existe a primeira recompensa. Um visual fantástico do oceano que vale aquela foto da primeira vitória. A partir do topo do morro até a cachoeira da laje a trilha se acalma, ou seja, subidas e descidas, porém, nada de algo muito difícil. Em um determinado momento você terá que se decidir se vai seguir pela trilha principal e ir direto pela cachoeira da laje ou se vai pegar um trilha secundária a direita e que irá para o mirante do Cação e Fazenda da Laje tendo assim acesso ao Lago Dourado. Sobre a fazenda em específico falarei mais a frente. Essa primeira parte tem como principal dificuldade a subida de cimento, o demais é bem tranqüilo e movimentado, o que impede de avistar a fauna local. Parte 2 – Cachoeira da Laje ao Areado. Essa segunda parte já é um pouco mais técnica e com desníveis maiores. Muitas árvores estão caídas pelo caminho sendo que algumas delas chegaram até o chão e para ultrapassá-las é necessário pular, outras ficaram presas em outras árvores sendo necessário abaixar para vencê-las. Os desníveis são caracterizados por enormes fendas e buracos causados pela erosão do solo fazendo com que a atenção seja redobrada para não ser sugado abaixo, torcer o pé em uma das fendas ou qualquer outro tipo de acidente. Nesse trecho o viajante já está longe da Sepituba e longe do Bonete, o sinal do celular não funciona, então, se acidentar nessa região seria catastrófico. Duas partes posso caracterizar como de extrema dificuldade: 1) Uma enorme pedra cheia de detritos que lembra farelo de cimento e deixa e pedra lisa, para transpor esse obstáculo é necessário passar pelo lado por uma pequena faixa de terra que cabe apenas um pé a frente do outro e que beira uma dos enormes buracos com mato alto e se arriscar em um esqui-bunda. A pedra tem aproximadamente 2m de altura, porém está localizado no meio do único lugar que dá para passar. 2) Uma enorme descida que leva ao areado. A ladeira é completa de fendas profunda com alto risco de torções e muito inclinada fazendo com que todo o peso do corpo se concentre nos joelhos. Devido ao terreno é impossível descer em linha reta, então o melhor a fazer é zigue-zague o que prolonga a caminhada. Ao término você estará no Areado, parabéns! Para atravessar o Areado e continuar a trilha você terá duas opções: Pela ponte antes da curva ou por dentro do rio mesmo, porém varia de acordo do nível da água. Parte 3 – Do Areado ao Bonete. Esse é o trecho mais difícil. O areado está numa espécie de vale, tudo o que você desceu para chegar até lá irá subir novamente. Pelo tempo da caminhada o corpo já está cansado e o terreno é o mais difícil da trilha. Logo no inicio da trilha, lá na porteira existe uma placa de aviso sobre riscos de deslizamentos nesse trecho, isso porque a trilha é cheia de pedras e se uma rolar ira fazer um movimento em cadeia das outras. Logo saindo do Areado tem uma ladeira, más, perto das que estão por vir ela é bel tranqüila. Ao término dessa primeira subida outra te espera, essa sim, maior que a primeira antes de chegar na Laje, com pedras, fendas e limo. É nessa subida onde existe o maior risco de encontrar com cobras. A subida faz +ou- 3 curvas longas e pelo caminho encontramos várias pessoas sentadas se recuperando para continuarem a subida que parece não ter fim. Após terminar essa o terreno fica um pouco reto e depois outra subida do mesmo nível e após o término dessa existe outra, ou seja, saindo do Areado são no mínimo 4 subidas que exigem muito da pessoa que quer vencer essa trilha. Após todas essas subidas você estará na curva da mentira, nome dado porque nessa curva é possível ver a praia do Bonete, será a primeira vista da praia e da a falsa impressão de que está chegando, porém não se iluda, dali até o Bonete será mais 1 hora de caminhada. Nessa curva tem uma pequena entrada que dá acesso ao Mirante do Bonete que fica a +ou- 150M fora da trilha e é parada obrigatória. Voltando a trilha o terreno muda completamente, as copas das árvores já não fazem mais sombra, então é sol na cabeça, por uma estrada de terra batida típica de cidades do interior. A descida é aguda e constante, tudo que foi subido do Areado agora será descido para voltar ao nível do mar. Durante o trajeto existe outra curva com uma vista bem bonita da praia. A marca de que se está chegando é outra cachoeira, a do Saquinho e que o visitante também terá duas opções de transpor: Se o nível da água estiver baixo é possível ir por baixo, atravessar as pedras e fazer uma pequena escalaminhada, se o nível da água estiver alto, na placa é necessário subir o morro a esquerda, subida bem íngreme e também no melhor estilo escalaminhada para chegar a ponte, porém, pela ponte é mais difícil, não chega nem a ser uma trilha, é uma pequena caminhada pelo meio do mato mesmo cheia de troncos de árvores e pedras, tirando a subida muito íngreme e que não tem auxílio nenhum para subir. Observações da trilha: Trilha de nível difícil, não pela navegação, más sim pelo terreno. Muito sobe e desce, com desníveis absurdos, cheia de fendas, rochas, árvores caídas e com a enorme variedade de fauna que o local possui. Toda atenção com cobras é essencial, principalmente do trecho da Laje até o Bonete onde menos pessoas se aventuram e é mais fácil localizá-los. As cachoeiras são uma grande fonte de água, porém sempre é bom ter algo para purificar a água, no nosso caso levamos cloro que leva 30 minutos para deixar a água potável. Outra observação importante é com relação a temperatura. Não se iluda pela trilha ser em sua grande maioria sombreada pelas copas das árvores. A alta umidade faz com que o trajeto seja uma sauna a céu aberto. Você vai suar o tempo todo o que aumenta consideravelmente o risco de desidratação. Os borrachudos já fazem um estrago considerável na trilha e qualquer repelente que não seja o “citro ilha” é perfume, então nossa recomendação é que faça a trilha de calça e camiseta de manga longa. O peso da sua mochila fará toda a diferença de tempo e o esforço físico dedicado, então reavalie o que irá levar para a trilha, a primeira parte fizemos com as cargueiras pesadíssimas e pagamos caro por isso. Use botas confortáveis e bastões de caminhada. Leve no mínimo 2 garrafas de 500ML e economize água, por mais que exista vários pontos para se reidratar existe um tempo para que o produto usado para purificar reaja com a água. Fazenda e Cachoeira da Laje – A fazenda da laje é uma propriedade particular que segundo a proprietária dona Nice vai dá porteira até o Areado. Se a opção for passar por dentro dela é necessário pagar uma taxa de manutenção no valor de R$5 que podem ser consumidos. A água custa R$5, cerveja e refrigerante R$6, lanche natural R$12, porém corre o risco de chegar lá e não ter muitas coisas principalmente cerveja já que a dona Nice vende 1 e bebe 5. A fazenda também é camping e hostel. R$40 a diária do camping e R$80 a do Hostel. Banheiro com ducha quente, banheiro sem iluminação e uma área de confraternização bem aconchegante. O visual é um caso a parte, a fazenda está no alto do morro e em cima de uma rocha, as barracas são montadas de frente para o oceano e não tem preço acampar com essa vista, porém, um tanto perigoso acampar no caso de descargas elétricas proporcionadas pelos raios. A fazenda também é ponto de acesso ao Lago Dourado, lago esse que é a continuação da Cachoeira da Lage. Pela manhã com o sol incidindo direto sobre o lago ele fica amarelado, daí o nome. Para acessá-lo são aproximadamente 10 minutos de descida que depois terá que ser subido novamente. É proibido acampar lá, porém conversando direitinho com a dona Nice quem sabe. Como nossas cargueiras estavam demasiadamente pesadas resolvemos acampar por lá e pudemos deixar o peso extra para pegar na volta. O contato é difícil devido a localização, então vou deixar o telefone do filho da dona Nice que é um dos administradores também. Fiz um acordo com a “veia” e quem ao chegar lá falar que foi indicado pelo “William/Márcia do Na Barraca” receberá um desconto “espero que ela cumpra com isso”. 12 981217759. Acima da fazenda fica a cachoeira que possui alguns níveis. O mais alto é onde está a ponte, o mais baixo de onde se chega vindo da fazenda. No nível intermediário fica a pedra que escorrega. A cachoeira é muito bonita e grande, porém, por ser a primeira muitas pessoas vão até lá, passam o dia e voltam, então costuma ficar cheia e com “farofa”, o ideal é se refrescar e caso opte em acampar na laje voltar para o lago dourado, caso siga para o Bonete parta para ficar um pouco mais de tempo no Aerado. Aerado: Essa sim, com poucas pessoas. Quem chegou é acostumado a estar na natureza e sabe como lidar com ela “mesmo com algumas exceções”. O local é mais vazio e a parte na qual se cruza pela trilha é cheia de pedras, porém, para quem chega vindo da Laje, pouco antes do término da descida tem uma pequena trilha que dá acesso a parte de cima das pedras com um grande lago para banho. É preferível ficar por lá. Assim que termina a descida também, do lado esquerdo se tem acesso a ponte que leva ao outro lado e do lado direito uma área já reservada para acampar. Um grande quadrado com troncos de árvores um de frente para o outro e vestígios de fogueira. Cabem bem acomodadas 2 barracas. Nessa mesma área tem uma pequena trilha que leva a parte de baixo do Areado e que aparentemente também ao “banheiro”. Vale aqui salientar que qualquer necessidade deve ser feita a no mínimo 100m da água e as fezes devem ser enterradas. Mirante do Bonete. Nada mais do que uma montanha na trilha que propicia a vista da praia de frente e por cima. Como o trajeto é curto vale a pena deixar as mochilas na entrada e ir até lá. Nesse local também existe indícios de acampamento, sendo assim quem quiser pode acampar por lá e acordar com uma vista maravilhosa sem pagar nada. Cachoeira do Saquinho: Em outros tantos relatos dizem que a cachoeira é sem graça. Acredito que esse veredicto seja dado pelo fato de não haver possibilidades de se banhar, porém, para contemplação ela é tão linda quanto às outras. A queda fica em uma formação rochosa de uns 15M que lança a água abaixo fazendo a passar por baixo da ponte acima citado. Um pouco antes dessa cachoeira há uma bica de água com a mangueira. Cachoeira do Poço Fundo: Nos fundos da vila do Bonete, a aproximadamente 15 minutos andando fica o Poço Fundo. Não chega a ser uma cachoeira nessa parte e é possível nadar caso não se incomode mais com os borrachudos uma vez que nessa parte da vila o ataque é intenso. Vale a pena esticar até lá, e é o mesmo caminho que leva ao outro mirante e as praias das Enchovas e Indaiaúba. Bonete: Como dito anteriormente é um lugar bucólico. Ruas estreitas e de terra/areia a vila é bem pequena. A beira mar estão os comércios mais caros, porém, os preços com exceção de um ou outro lugar são tabelados. Não existe uma grande variedade de produtos comercializados, apenas o básicos, por isso a necessidade de levar seja de trilha ou barco. Os preços são bem salgados. O prato feito custa em média R$25 e serve 2 pessoas. A cerveja a beira mar custa R$6 e na rua de trás na mercearia do Sr. Américo custa R$5, pode parecer uma diferença pequena, más depois que tomar várias a diferença é grande. Na pousada da Rosa vende o repelente local “Citro Ilha”, o pequeno custa R$20 e o grande R$28 lembrando que é o único que neutraliza em partes as ações dos borrachudos. À noite tudo fecha cedo com exceção do bar que fica logo após a ponte da igreja onde rola música ao vivo. Os lanches também são bem carinhos, um cachorro quente somente pão e salsicha custa R$7. Os locais são chamados de “Boneteiros”, más parece que eles não gostam muito desse nome, então é bom evitar chamá-los assim. É um povo que luta a anos contra a especulação imobiliária, então são bem aguerridos e de opinião forte. 90% da população é formada por protestantes, existem 2 igrejas na vila, então, algumas práticas é bom serem evitadas em qualquer lugar como por exemplo o consumo de maconha no meio da vila e a fala de palavrões em demasia. As mulheres em sua maioria são casadas, então nada de ser espertinho e chegar dando em cima das caiçaras loiras de olhos verdes “esse é o biótipo dos locais”, por informações dos moradores, o navio que naufragou na região e deu origem a vila era holandês. O céu do Bonete é espetacular, vale à pena ir a noite à praia para contemplar. Muitos moradores costumam ir dormir na praia com seus colchões, não é proibido fazer isso, más, é proibido montar a barraca e a lei lá é muito clara para isso: Montou barraca na praia ela será quebrada e jogada no mar, além é claro de comprar uma briga desnecessária com os locais. Você é fumante? Leve seu cigarro, lá custa R$15. O mar é grande e a praia de tombo, não é um lugar apropriado para ficar brincando na água, atenção redobrada. No canto oposto ao que se chega da trilha há um rio de águas geladas, ali é aconselhável para ficar de bobeira na água. Macarrão e enlatados vendem lá e com preços similares aos de qualquer lugar, então é um peso a menos na mochila. Eles não vendem gelo, o gelo é para o comércio local. Camping: Há dois campings no Bonete. O primeiro fica em frente à igreja e a impressão não é boa. Todo aberto sem muito controle e com muito lixo a vista. A única coisa que chama atenção é que é na frente da praia, porém não me senti atraído por ele e conversando com um rapaz que ficou por lá foi a melhor decisão. O outro camping é o da Vargem. Esse fica aberto também, porém as casas dos donos ficam na frente, então não é qualquer um que entra, o banheiro é limpo de hora em hora, tem ducha quente, cozinha comunitária com fogão a lenha e limpa constantemente também, espaço para até 70 barracas “segundo informações do Jairo “dono””, os eletrônicos ficam carregando na casa dos moradores e é bem familiar. As 23 horas é silêncio total e tem luz 24 horas, diferentemente do restante da ilha. O valor é de R$30 a diária e a Deloira, mãe da família e responsável é super gente fina. O Jairo também faz a travessia de barco e para quem fica no camping rola um preço especial. https://www.facebook.com/Restaurante-Camping-da-Vargem-Praia-do-Bonete-Ilha-Belasp-684963794985428/?fref=ts. Borrachudos: Sim, esses insetos é o que impedem do lugar ser perfeito, porém os locais me convenceram da importância deles. Os borrachudos se reproduzem em águas limpas e correntes, como o local é cercado por cachoeiras o dia em que os insetos sumirem é porque a água já não é mais limpa e a vila estará na iminência de não mais existir. O único repelente que segura o ímpeto desses bichinhos cara de pau é o “Citro Ilha”, então você terá que comprar. Se for alérgico a borrachudos não vá, a Márcia saiu de lá direto para o PS, pois estava toda inchada e tomou duas injeções de Fenergan. A coisa é séria. Os locais usam meias de futebol porque o principal alvo deles é o tornozelo. Eles picam até 1,5m do chão, sendo assim aja pernas e pés. Chega a cortar o barato do local dando vontade de ficar intocado dentro da barraca. A noite não há ataque, anoiteceu eles somem e é hora de usar bermuda, saia, shortinho e afins. Caso precisem de maiores informações nos procurem pelo e-mail ou zap. Talvez alguma informação tenha passado batido más que possamos ter para ajuda-l@s. Mais imagens no: https://www.facebook.com/william.mendes.182/media_set?set=a.1550555714968391.1073741847.100000419323243&type=3 Trilha gravada pelo Wikiloc: https://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=16057066 https://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=16057050 Leia mais: http://nabarraca.webnode.com/news/bonete-ilhabela-bucolica-linda-e-lar-dos-borrachudos/
  18. 30/10/16 - São Paulo - Ilhabela Fomos de carro próprio. Saímos às 10h30min de casa e chegamos em Ilhabela ali pelas 15h. Paramos para almoçar no caminho por uns 30 minutos. A estrada é tranquila, quanse toda duplicada, tirando da serra em diante (uns 100 km), onde o trânsito é mais lento e exige mais cuidado. Quando chega na praia há os 25 km finais de cidades litorâneas, que tb é lento. O percurso feito foi pela Ayrton Senna e Rodovia dos Tamoios. Chegamos e fomos direto para a barca. Era domingo, quase não tinha gente. O valor para ingressar era R$ 22,50. Um dia antes olhei no site (http://www.dersa.sp.gov.br/) a situação da travessia, visto que havia um ciclone e o mar estava com muita ressaca. Mas chegando vimos que estava bem tranquilo. Na ilha pra voltar a situação estava caótica. Havia uns 3 km de fila. Depois na pousada nos falaram que houve vários casamentos no sábado, e tinha muita gente indo embora mesmo. Ficamos hospedados na Pousada Carolina (http://www.pousadacarolina.com.br/). Verificando o Booking vi que eles estavam com um valor bem em conta (R$ 200,00 a diária). Não queria utilizar muito o carro, pois estacionar por lá não é fácil, então ficamos no centrinho comercial. Próximo da praia e próximo de várias agências de turismo. A pousada é muito agradável. Fomos bem recebidos, a cama é imensa. Nosso quarto contava com split novo. No box do banheiro da pra fazer uma festa (é grande até demais) e o chuveiro é daquelas duchonas gigantes, bem agradáveis. Pra quem veio de uma viagem pra Campos do Jorão onde o chuveiro não esquentava e pingava água, isso era um sonho De tardezinha fomos tomar um chimarrão e caminhar na areia, à espera de catar um pôr do sol. Mas as nuvens vieram e nada de sol. Barcos atracados em São Sebastião e uma réstia de sol Durante à noite fomos jantar na Creperia N'Areia. Fica na avenida principal bem na areia no Perequê. Primeiramente não é um crepe, mas sim uma panqueca. E segundo, é relativamente caro pela quantidade que é servida (entre R$ 20 e 28,00 cada). Pedimos 2 salgadas e 1 doce. Estavam boas, mas contando com os 10% deu R$ 80,00. E se for com fome vai ficar com fome, então só vá se não estiver com muita fome mesmo. GASTOS Combustível - R$ 50,00 Almoço - R$ 70,00 Balsa - R$ 22,50 Janta - R$ 80,00 Hospedagem - R$ 200,00 TOTAL = R$ 422,50 OBS.: Quanto aos gastos, vou colocando de hospedagem por dia, assim como combustível. Os gatos também são aproximados e para 2 pessoas 31/10/16 - Cachoeiras e passeio de caique A princípio eu queria ir pra Bonete pela trilha nesse dia, mas o mar ainda estava um pouco agitado (o que prejudicaria a volta) e tinha chovido uns dias antes, então falavam que a trilha estaria escorregadia. Diante disso fomos fazer outras coisas que eu teria deixado pra terça (dia seguinte). De manhã tínhamos em mente visitar 3 cachoeiras. Indo em direção ao sul fomos parando nas praias do caminho. São bem bonitas. Ilha de Carneiros (se não me falha a memória) Praia Grande (a praia não aparece na foto) Nos deslocamos para a Cachoeira do Veloso, que seria a mais distante. Seguindo o Google Maps ele indicou a entrada em um condomínio fechado. Fiquei meio receoso e não entrei, visto que tinha visto placas indicando outra direção. Voltei e segui as placas. Chegamos em um local muito estranho, uma estrada semi destruída. Hmm... vamos voltar. Desistimos dela. Seguimos para a Cachoeira dos Tres Tombos. Essa é fácil, você também entra em um condomínio e só falar que vai ir na Cachoeira, o guardinha vai t falar pra sempre pegar a direita. O Google Maps indica ela direitinho. Mas eu fiquei mega descontente. São 3 tombos bem fraquinhos, e quase não tinha água. Depois de conhecer as cachoeiras gigantes de Prudentópolis, custa pra vc se maravilhar com outras quedas de água. Nem tirei foto. A trilha é uma piada, tinha várias crianças e até uma grávida fazendo. A próxima cachoeira seria a Cachoeira da Toca. Indo em direção a ela paramos na Secretaria de Turismo, para se informar acerca de Bonete. A pessoa bem mal informada deu algumas dicas, mas nada que eu não sabia. Vi um panfleto com a próxima cachoeira e decidi: não vou perder meu tempo. Uma porcariazinha. Voltamos para a Pousada e fomos almoçar. Mapa da ilha ao lado da Secretaria de Turismo Almoçamos no Restaurante Pimenta de Cheiro. Alguns pratos relativamente caros, mas o prato executivo era R$ 27,50 e servia muito bem uma pessoa. O suco natural acho que era R$ 7,00 cada, e também era bem servido. Voltamos pra Pousada dormir um pouco. Ali pelas 16h fomos para a praia andar de caiaque. Valor de R$ 30,00 para o casal por 1h (pedalinho duplo). A água estava tranquilo e ficamos remando ali. Logo surgem tartarugas próximo a nós. Elas colocam a cabeça para respirar, muito bacana. Não consegui fotografar nenhuma, é questão de segundos. Mas a todos momento surge alguma. Também vimos um animal morto boiando, parecia um pinguim, mas não quis me aproximar. Passeio de Caiaque Fomos comer um açaí (R$ 12,00 a porção média de 350g) numa espécie de shopping que tem ali em Perequê. Depois fomos no mercado comprar algumas coisas para a trilha do dia seguinte. À noite fomos comer Temaki também nesse mesmo Shopping. Nesse dia pifou nossa Sky da Pousada e ela só foi voltar na quinta de noite. Tenho pena do pessoal da Pousada que brigou por tantos dias para ver reestabelecido o serviço (e era em vários quartos) GASTOS Combustível - R$ 10,00 Almoço - R$ 69,00 Açaí - R$ 28,00 Janta - R$ 70,00 Hospedagem - R$ 200,00 TOTAL = R$ 377,50 01/11/16 - Trilha Bonete Acordamos às 7h e comemos no quarto iogurte e grãos variados (café só depois das 8h). Seguimos em direção ao inicio da trilha. Foram quase 45 min de carro, e no final são 2km de estrada de chão meio ruizinha, mas factível. Deixamos o veículo em um estacionamento no incício da trilha (R$ 15,00). Passamos muito protetor e muito repelente (eu comprei aquele Extreme Exposistis que custa uns R$ 50,00 o vidrinho pequeno. Os bichinhos são muito rápidos, nunca fique sem repelente). A trilha é média. Demoramos uns 40min pra chegar até a primeira cachoeira. Depois não marquei mais o tempo. Ela é tranquila pois é no meio da floresta, então não tem o sol pra cansar tanto. Mas tem umas subidas que exigem uma forcinha extra. Cachoeira da Laje e ponte Todas as cachoeiras possuem ponte. Antigamente tinha que passar no meio de rio, hoje não mais. Vimos uma cobra verde, ouvimos alguns lagartos fugindo e o tempo inteiro pássaros cantando e as ondas batendo nas rochas. Depois de umas 3h de caminhada chegamos ao mirante que dá para ver Bonete. Mirante Bonete Dali são mais 2km de quase só descida e muito sol e terra vermelha. Aqui judia um pouco. Demoramos 30min e estávamos colocando o pé na areia. Andamos e encontramos uma bar (não lembro o nome). Deixamos as coisas ali e fomos nos banhar um pouco. Voltamos e pedimos 2 peixes grelhados (R$ 25,00 cada) que acompanhavam arroz, feijão e salada. Ali já fomos devorados pelos pernilogos (molhados e eles atacam). Nos secamos e metemos repelente. Depois de comer e agendar a volta para as 16h (chegamos na praia era umas 12h) fomos caminhar e tirar umas fotos. É bacana aquela praia semi deserta. Tomamos mais um banho e ficamos esperando nosso barquinho. Eles chamam de "Lancha", mas é esses barquinhos de pesca de fibra. Aqui a aventura é intensa. O mar estava calmo, maso que pica aquela lanchinha. A Neila quase teve um troço (porque ela tem medo de água). Mas o pessoal é bem treinado. Legal ver tudo o que se caminhou. Parece muito mais quando você está no barco. O barqueiro no deixou nas rochas, que dão direto na casa onde deixamos o carro estacionado. É a tal Ponta do Sepituba (algo assim). Ali só pode parar quando o mar está calmo, senão ele te deixa num restaurante que fia no fim do alfalto, aí tem que voltar os 2 km de estrada de chão a pé. No nosso caso são uns 500m de trilha numa subida forte. O valor da volta de barco foi R$ 150,00. Se forem 4 pessoas ele cobra R$ 50,00. Se for de manhã, quando eles normalmente precisam ir pra cidade, aí eles cobram menos (ouvi falar em R$ 35,00). Mas isso é mais pra quem vai e passa a noite. Depois da aventura queríamos algo especial: Camarão na Moranga. Tinha pelo valor "módico" de R$ 120,00 no Restaurante Pimenta de Cheiro. Porém o restaurante estava fechado, então fomos comer comida mexicana naquele Shopping novamente. GASTOS Combustível - R$ 20,00 Estacionamento da Trilha - R$ 15,00 Almoço - R$ 60,00 Barco retorno Bonete - R$ 150,00 Janta - R$ 70,00 Hospedagem - R$ 200,00 TOTAL = R$ 515,00 02/11/16 - Mergulho Eu tinha agendado previamente um mergulho nesse dia pela Alpha Mergulhos (http://www.alphamergulhoilhabela.com.br/). Fomos bem atendidos e foi tudo muito bem explicado. Nunca tínhamos mergulhado, então foi bem bacana. É tudo ali na praia mesmo, entra pela areia, aprende a fazer. Fomos comidos pelos borrachudos, pois pensamos que não iria ter ali, mas tem. TEM EM TODO LUGAR!!! . Mentira, na Pousada e na praia do Pereque não vi nenhum. O mergulho batismo custa R$ 290,00 por pessoa (parcelado ou crédito) e R$ 250,00 pago com débito. O curso de mergulho (16mts acho) chsuat R$ 1.400,00 por pessoa e tem duração de 3 dias. Acho que iremos fazer depois do verão Mergulho Nós tivemos azar porque o mar tinha passado por uma ressaca e estava bem ruim. Segundo o instrutor tem dias que se vê longe, parece uma piscina. Pena... Fomos almoçar novamente o Restaurante Pimenta de Cheiro e descobrimos que eles NÃO ABREM À NOITE DURANTE A SEMANA. Mas, como era feriado (finados), eles abririam naquela noite. Depois do almoço fomos dormir e de tarde fomos para a praia. Interessante, o mar estava MEGA agitado. Tava até criando ondas ali no Pereque (minúsculas, mas não tínhamos visto até agora). E tb é tudo muito raso. Dá pé até muito longe. À noite voltamos no Restaurante Pimenta de Cheiro e fomos experimentar o Camarão na Moranga É bom, mas podia vir mais camarão. Tá mais pra uma "moranga com camarão". E o preço tb é bem salgado, mas é pra experimentar. Camarão na Moranga GASTOS Combustível - R$ 5,00 Almoço - R$ 70,00 Mergulho - R$ 500,00 Janta - R$ 150,00 Hospedagem - R$ 200,00 TOTAL = R$ 925,00 03/11/16 - Praia de Castelhanos Nesse dia havia agendado previamente com a Maremar Turismo (http://www.maremar.tur.br/) o passeio Terra e Mar (R$100,00 por pessoa na baixa temporada; R$ 150,00 na alta). Vai de jipe 4x4 até Castelhanos e volta de barco, dando uma paradinha pra nado na Praia da Fome. Porém, um dia antes me ligaram avisando que não voltaríamos pelo mar, mas sim de Jipe, pois ele estava muito agitado. Realmente, as ondas que havíamos visto tinham uma razão. Saímos da agência às 10h30min. Foi cerca de 1h30min até a praia, com várias paradas no caminho para algumas curiosidades e alguns sustos naquela estrada ruim. NÃO VÁ SE TEU CARRO NÃO FOR 4X4!!! No meio do percurso começou a chover e a esfriar. Chegamos na praia com tempo ruim e chuva Fomos fazer a trilha da Cachoeira do gato. Muito bom. A cachoeira é sensacional, e na trilha (2km, fácil) dá para ver 3 paus-brasil. Não imaginava que eram tão vermelhos. A cachoeira é show. Dá pra tomar banho e ela tem uma queda bem violenta. Mas as fotos que tirei ficaram ruins por causa dos pingos (esqueci de cuspir na lente da GoPro, ai dá nisso). Voltamos para a praia e fomos almoçar (já era 14h). Pedimos camarão frito (R$ 50,00). É uma porção bem generosa, deu para 2 pessoas. Também pedimos uma caipirinha feito com folha de bergamota (R$ 20,00). Prefiro a de limão, mas é boa. Caipirinha local Às 16h o jipe volta e veio todo fechado, pois estávamos com muito frio. Chegando na cidade não tinha caído uma gota de água. Sacanagem... Fomos para um museu marítimo. Bem bacaninha. Se não for fazer o passeio vale a pena ir visitar o Museu. Acredito que a entrada seja gratuita. Atrás dele tem uma cachoeira bem bacana. À noite voltamos par a Creparia (adorei aquele "crepe" de Nutella com Morango hahaha). Mas o de carne seca com requeijão é bem ruinzinho. Dos que comemos nos 2 dias o melhor ainda foi o de Frango com creme de milho. GASTOS Almoço - R$ 70,00 Passeio Terra-Terra - R$ 200,00 Janta - R$ 100,00 Hospedagem - R$ 200,00 TOTAL = R$ 570,00 04/11/16 - Ilhabela - São Paulo Ali pelas 10h fizemos check in e fomos na fila da balsa. Se paga um valor de uns R$ 7,00 de preservação ambiental. Dessa vez esperamos uns 15min pela balsa, rapidinho. No mais é o mesmo caminho da ida. GASTOS Balsa - R$ 7,00 Combustível - R$ 50,00 Almoço - R$ 70,00 TOTAL = R$ 127,00 IMPRESSOES GERAIS Achei bem interessante Ilhabela. Acredito que seja bom ir na baixa temporada, nesses meses quentes de outubro/novembro ou março/abril. Além de pegar a cidade com pouca gente, os preços são bem acessíveis. Tivemos muita sorte, pois só pegamos 1 dia ruim, e mesmo assim não estragou nosso passeio. Dá para ver que os gastos não são padrão mochileiros, mas existem vários hostels e tb dá para acampar por preços módicos. GASTO TOTAL = R$2.937,00 + pedágios
  19. Bom dia! Esse é meu primeiro relato de viagem. Vejo que os tópicos sobre a praia do Bonete em Ilhabela estão meio desatualizados então vou contribuir um pouco com a minha experiência por lá. O tópico vai estar sem fotos porque estou no trabalho e não tenho acesso a elas, mas tentarei ser o mais detalhista possível. Ida: comprei a passagem pra São Sebastião pela internet e foi tranquilo, é só chegar no guichê da Litorânea no Tietê e trocar, bem prático. Paguei R$ 58,57 na passagem de ida e R$ 56,72 na passagem de volta. Peguei o ônibus por volta das 23:00, chegando em São Sebastião quase 4 horas da manhã. A travessia da Balsa para Ilhabela demorou uma meia hora e lá esperei o ônibus que leva para o começo da trilha, umas 5:15 da manhã. Saindo da Balsa, terá um posto policial à esquerda, o ponto de ônibus é atrás deste posto policial. O ônibus sai em direção a Borrifos e custa R$ 3,75 se não me falha a memória. O trajeto demora uma meia hora e chegando no ponto final é o começo da trilha. Cheguei lá por volta de 10 pras 6 da manhã e esperei até 6:15 para amanhecer um pouco e começar o dia. Do ponto final do ônibus é só seguir a estrada em frente, depois de uma meia hora de caminhada você chega de fato no começo da trilha para a Praia, que tem por volta de 12km. A trilha continua bem aberta e é 99,9% impossível de se perder. Depois de 1 hora de caminhada cheguei à cachoeira da Laje e fiz uma pausa pra um lanche rápido e segui o rumo. A cachoeira da Laje tem ponte para passar e pra quem quer dar um mergulho tem um poço bem legal no fim de um escorregador natural. Vale a pena! Seguindo o trajeto, após muitas subidas e poucas descidas, apertei o passo pois estava começando a chover e a cachoeira do Areado quando sobe a água fica intransponível. Depois de 1 hora e meia mais ou menos cheguei na cachoeira do Areado e, para minha surpresa, fizeram uma ponte para cruzá-la também! Então agora pode cair o mundo que você passa da cachoeira do Areado também! Fiz mais uma pausa aqui e daqui pra frente as subidas ficam tenebrosas, a subida depois da cachoeira do Areado deve ser a pior de todas, se não for, é a segunda pior, então daqui pra frente um trajeto que seria de meros 4km eu demorei umas três horas mas segui firme e forte. Depois de um tempo você já tem a visão da praia do Bonete e isso empolga bastante, dando forças pra continuar. Daqui pra frente é só descida praticamente mas em área aberta, então se tiver um sol forte desgasta ainda mais. Andando mais um tempo você chega na cachoeira do Saquinho, onde fiz mais uma pausa e daqui pra praia do Bonete é bem rápido. Cheguei na praia por volta das 12:30, bem cansado, então fui andando por dentro da vila e achei um camping do lado da Pousada Canto Bravo e do lado da igreja. A diária custou R$ 20,00 e eles servem um bom prato feito por R$ 25,00. Devem ter opções mais baratas mas eu estava exausto, então montei a barraca, tomei um banho gelado, comi e tirei um cochilo bom. Ainda aproveitei o resto da tarde e começo da noite, depois dormi novamente. No outro dia (domingo), como eu levei comida e fogareiro, cozinhei pra mim e para mais umas pessoas que conheci lá e fiz amizade, então economizei na comida durante o resto do carnaval. Ficamos na praia mesmo. A praia é demais! Um baita visual, você tem vista pra trilha e pro mirante à esquerda, é deslumbrante e aí você vê que o esforço valeu a pena demais. Dentro da vila, tem o Poço Fundo, é uma queda d'agua que tem um poço legal para nadar, mas os borrachudos castigam sem piedade. Mas vale a pena! Teve show à noite também, um bar atrás do camping teve música ao vivo. Na segunda resolvemos ir até a praia de Enchovas, o acesso à trilha é do lado da Pousada da Rosa (ou Camping da Rosa, não lembro), é uma casa com parede amarela e da trilha até a praia demora por volta de 1 hora e meia. Tem um mirante bem legal também quando você está chegando na praia. A praia é DESERTA, tirando uma casa que tem um senhor e uma senhora até onde vi e outra casa, na ponta da praia, que está abandonada. Meu colega entrou lá, fez uma filmagem, enquanto eu e outra colega ficamos na praia curtindo um pouco das ondas. Tava muito sol então não dava pra ir até Indaiauba, então voltamos e ficamos num rio que deságua no meio da praia, água MUITO boa! Nessa praia os borrachudos são em bando, se você ficar parado 5 segundos no mínimo já tem uns 15 te rodeando. MESMO COM REPELENTE. Como já estava descendo o sol, voltamos pela trilha (o começo da volta é uma subida bem desgastante também, mesmo sem nada) e antes de descer a trilha de volta pra praia do Bonete, fomos até o mirante para ver o pôr do sol. QUE VISTA! Sério, não deixe de ir no mirante, é fantástico. Quando o sol desceu atrás da montanha, ainda tinha um pouco de luz, e como tava sem lanterna, eu e minha amiga voltamos praticamente correndo pra aproveitar o máximo de luz que dava. Quando chegamos perto da entrada da vila do Bonete já estava um breu, mas também não tem como se perder. A noite, deitamos para ver as estrelas, é indescritível aquele céu! Nunca vi tanta estrela assim, era surreal! Dava vontade de dormir na praia, de tão bonito que era. NÃO DEIXEM DE VER O CÉU!! Na terça, fiz almoço e logo depois comecei a desmontar o acampamento. Decidi voltar de barco, porque tava um sol castigante e eu acabei ficando com cãimbra em uma das pernas, então eu ia sofrer na trilha. O barco saiu por R$ 50,00 por pessoa e vale a pena a aventura, é bem legal e demora uma meia hora também pra chegar no ponto de desembarque. Ele te deixa num pseudo pier e você pensa "pô, paguei barco pra isso?", porque você tem que subir um belo barranco até chegar no restaurante "Nova Iorqui" (com I), uns 20 minutos de subida no meio do mato também. Cheguei lá e tomei uma boa coca-cola geladassa (me dei esse direito) e logo em frente tem o ponto de ônibus que te leva pra balsa. A volta eu não voltei de ônibus porque um desses caras que eu conheci lá me deu uma carona de carro até SP, o carro dele estava em Caraguatatuba então fomos até lá buscar o carro e voltamos. Então minha passagem de volta não foi usada, vou tentar reaproveitá-la. Preços: Passagem ida e volta: R$ 115,29 (58,57 + 56,72) Ônibus para Borrifos - Ida e volta: R$ 7,50 Camping (sáb, dom e seg): R$ 60,00 Comida: R$ 35,00 (R$ 25,00 do PF e R$ 10,00 de duas coca-colas) Barco: R$ 50,00 Total: R$ 267,79 Dicas: - Vá leve!! Eu levei bastante peso e me desgastei muito na trilha! A trilha é exigente, mais ainda quando pesado. Mas não é impossível. Eu fui pesado meio que "de propósito" para me provar que sou capaz. Não me arrependo hoje, mas na hora me arrependi! - Leve repelente! É obvio, Ilhabela é pesado nos borrachudos e eles castigam mesmo com repelente. Pulseira de citronela tem pouca eficácia contra eles e mesmo com o Exposis eles acham onde picar. - Respeite a praia! Em um dia, quase 5 pessoas se afogaram porque as ondas estavam puxando muito. A água está no seu joelho e depois da onda já tá no seu pescoço, te puxando sem dó pro fundo. Mas tem salva-vidas na praia. É isso, eu recomendo firmemente essa praia! A jornada foi desgastante mas muito, MUITO gratificante. Valeu a pena cada passo! Abraços!
  20. Dias perfeitos e com pedido de bis (Feriado de São Sebastião RJ x SP). Primeiro dia: Eu e meu marido saímos do Rio de Janeiro (Zona Norte), por volta das 8h. Paramos bastante para abastecer o gás, ir aos banheiros dos postos e lanchar, por isso demoramos e acabamos levando 8h de viagem. Chegamos na cidade de São Sebastião e sem erro, seguimos até o ponto das balsas, e em poucos minutos, chegamos ao hotel de Ilhabela, às 16h. Ficamos no Hotel da Ilha (diária em torno de R$ 300,00), ele é um pouco distante do Centro da cidade, mas é ótimo, café perfeito, com preço acessível para a região e com piscinas maravilhosas. Então, como chegamos tarde na cidade, aproveitamos para curtir a piscina do hotel. A noite, fomos jantar no espaço Ardenthia, no restaurante Kalango. Segundo dia: Acordamos cedo e fomos até a agência Ilhabela Jeep Tour (12-97402-2040), para fazer o passeio de 4x4 para o Parque Nacional de Ilhabela, que leva até a praia de Castelhanos e a trilha da cachoeira do Gato. O passeio foi legal, durou o dia inteiro, (R$ 80,00 por pessoa). Subimos a trilha, que apesar de tranquila, não é recomendada para crianças. Ao chegar na cachoeira, infelizmente começou a chuviscar. Deu para aproveitar a cachoeira assim mesmo, mas na descida, por conta da trilha que ficou muito molhada, a lama começou a ficar escorregadia, o que ficou perigoso até mesmo para adultos. Obs: o ideal é fazer esta trilha de tênis ou descalço, de chinelo não é seguro. Ao voltarmos da trilha, paramos na praia de Castelhanos, que infelizmente não deu para aproveitar, por conta da chuva, mas lá tinha alguns restaurantes para almoçar e trocar de roupa, até dá a hora do jeep retornar para a cidade. A noite, fomos comer uma pizza no restaurante Copacabana, que fica na Vila, um centro histórico muito bonito de Ilhabela. Depois comemos o famoso prensado e um delicioso churros, típicos de São Paulo. Terceiro dia: Fomos para a Praia Grande, quase em frente ao hotel em que estávamos hospedados. Lá fizemos um sensacional passeio de lancha (R$ 35,00 por pessoa). E depois optamos pelo passeio de caiaque (R$ 10,00 por pessoa). Para fechar, almoçamos num restaurante que tinha em frente, o Dona Malagueta. Na parte da tarde, estávamos bem cansados, e por isso ficamos apenas passeando para conhecer algumas praias como por exemplo a Feiticeira, pois como tem diversas praias e cachoeiras em Ilhabela, não deu para conhecer tudo por completo. A noite, compramos algumas bobagens para comer, num mercado próximo ao hotel e não saímos mais, ficamos por lá mesmo comendo. Quarto dia: Saímos cedo do hotel, e fomos para a cidade de São Sebastião encontrar alguns amigos que moram por lá. Passamos o dia com eles, e saímos de SP às 16h mais ou menos, e mesmo com chuva pela estrada, a descida da serra foi mais rápida, e chegamos por volta das 22h em casa. Foram dias maravilhosos neste lugar, recomendo tudo e faria tudo novamente.
  21. Boa dia mochileiros mais fodas dessa rede chamada internet!!! Comprado pelo groupon (200$), um fim de semana para duas pessoas na pousada Feiticeira Praia Hotel, como o nome sugere, próximo à praia da feiticeira. Porém, a praia mais próxima de la foi é a praia do Portinho. Cheguei na sexta a noite e estava frio, portanto fui descansar... Sábado acordei bem cedo, tomei o café na pousada ( uma delícia ), e me dirigi as praias próximas.. Passei pela Praia Grande, Praia da Feiticeira e Praia do Portinho, que foi a praia que mais gostei e decidi passar o Sábado.. SENSACIONAL! que ambiente lindo, o pier propícia um mergulho gostoso, as pedras ao lado te deixam bem próximo da água que é extremamente cristalina, uma coisa de outro planeta mesmo. Outra coisa a se notar é o atendimento do seu Carlão, que alma.. A cerveja estava com preço acessível e meu almoço foi uma porção de batata (25$) Na noite de sábado fui ao centro da cidade comer um pastel, caldo de cana ( o melhor ), e um açaí, fiz tudo isso com 30 reais, e voltei satisfeito para dormir.. Acordei cedo no domingo também, tomei um bom café, e fui procurar uma agencia para mergulhar, logo em frente a praia do portinho tinha uma, entrei para saber os preços. O mergulho de 45 minutos estava a 290 pratas, mas chorei e consegui por 200. Bom, nem tem o que falar desse mergulho, perfeito! Vi 3 tartarugas imensas, uma raia, milhares de peixinhos e muitos seres, inclusive existe alguns navios naufragados na ilha, perfeito. O nome da empresa é ALPHA MERGULHOS. Passei o resto do dia na praia do portinho, a tarde fui às praias do centro, aproveitei pra comer mais um pastel rs ( o caldo de cana me atraiu de verdade ) E depois segui estrada rumo a minha casa.. Simples o passeio, porém muito bom para o auto-conhecimento, fui muito bem atendido por onde passei, e espero voltar logo pra essa ilha que ganhou meu coração <3
  22. Bom dia pessoal, Sou novo aqui no mochileiros, moro em Piraquara (região metropolitana de Curitiba) e gostaria de relatar nossa viagem, que eu e minha esposa fizemos à Maresias e Ilhabela SP entre os dias 04/08 e 10/08. Eu e minha esposa (Dani) sempre curtimos o contato direto com a natureza, sempre liamos relatos de viagens, trilhas, trekking aqui no mochileiros e sempre ficávamos entusiasmados e empolgados com as paisagens de cada região, com a natureza exuberante, a cultura local, etc... Para o planejamento da viagem; pesquisei muito a respeito das trilhas que existem nas regiões, o nível de dificuldade, o que levar; quais cuidados essenciais, etc...escolhemos o litoral norte de SP pela diversidade da natureza da região, é um misto de mata atlântica, cachoeiras e praias e como seria nossa primeira experiencia tinha que ser inesquecível...e graças a Deus foi inesquecível!!! 1 DIA: Saída de Piraquara PR a Maresias SP. Saimos dia 04/08 as 05:45hrs, via BR 116 sentido litoral de SP, conseguimos 2 promoções para hospedagem através do hotel urbano e escolhemos ficar em Maresias no chales do Paulo, ótimo lugar...3 diarias R$ 165,00 para o casal!!! Chegamos a maresias as 14.00hrs, mortos de fome; deixamos as mochilas e demais apetrechos na pousada e fomos "caçar" um local bom para comer...ai veio a primeira surpresa da viagem, andamos beirando a praia e avenida principal e sentamos num restaurante chamado "BADAUE" local show de bola..pedimos o cardápio eu com uma sede de matar pedi uma gelada...quando abrimos o cardápio e olhamos os valores...quase caímos de costas; pois o prato mais barato para o casal ficava em torno de R$ 140,00, pensei comigo..putz, nossas ferias vão virar tudo em alimentação aqui..rsrs...tomei a gelada mais cara da minha vida, R$ 10,00, e fomos embora; havíamos matado a sede mais a fome tava revirando nossa cabeça, resolvemos sentar num quiosque nativo em frente a praia e comer alguma coisa pra aliviar a fome e pedir informações sobre a trilha que íamos fazer no segundo dia..o nativo responsável pelo quiosque foi muito gente boa e nos passou todas as informações sobre a trilha entre MARESIAS x PAUBA. A noite resolvemos comer uma pizza e fomos descansar na pousada. FOTOS DO PRIMEIRO DIA: 2 DIA: Trilha entre MARESIAS x PAUBA. Nível de Dificuldade: Fácil. Tempo de travessia: 1.00hrs ida e volta. Informações históricas: Caminho de passagem entre a comunidade caiçara. Informações para chegar a trilha: Seguir em direção ao final da praia de maresias, avista-se um rio que desemboca no mar, atravessa, contorna a propriedade particular (liberado para visitantes) que delimita inicio da trilha e sobe o morro seguindo a demarcação da trilha. Eu e minha esposa acordamos as 08.00hrs tempo nublado com cara de chuva; mesmo assim resolvemos arriscar e iniciar a trilha, tomamos um cafe na padaria próxima a pousada e outro susto tomamos..2 cafés com leite e 2 mistos R$ 25,00, deveria ter almoçado logo no cafe da manhã..rsrsrs...mas seguimos em direção ao inicio da trilha, botas na areia e seguimos para atravessar um riacho que deságua no mar, atravessei primeiro e ao invés de tirar a bermuda e a bota e atravessar de sunga, resolvi seguir de bermuda mesmo; no meio do riacho a água bate na cintura e acabei molhando toda a bermuda...minha esposa mais esperta foi com uma bermuda que seca mais rápido e não teve o mesmo problema; mas isso faz parte e bora subir o morro, a trilha não tem dificuldade nenhuma, é uma subida íngreme mas tranquila de se fazer, no alto do morro avista-se as 2 praias, PAUBA e MARESIAS, um visual deslumbrante e melhor teria sido se o sol tivesse dado as caras, atravessamos e chegamos a praia, uma praia tranquila para quem busca sossego e com mais ou menos 700mts de extensão, mar agitado e cercado de rochas e montanhas...sentamos um pouco, descansamos e fomos dar um volta na vila que fica em torno da praia, um local tranquilo com algumas casas de moradores locais e residencias de praia, voltamos para MARESIAS e fomos passear pelos arredores da praia, tentando procurar algum local mais barato param almoçar, apos algumas dicas chegamos num hostel 3 quadras para baixo da avenida principal, para minha surpresa e da minha esposa essa rua era muito mais agitada com bares e restaurantes que a avenida principal, almoçamos no restaurante em frente ao hostel e retornamos a pousada. Fomos informados que no hostel funcionava um barzinho estiloso que servia uma das melhores caipirinhas da região, chegando a noite fomos lá para conferir....e que grata surpresa...ambiente bem simples; com uma excelente decoração, ótima musica e como era domingo a noite só eu e minha esposa curtindo nossas 5 caipirinhas..rsrsr..(3 minhas e 2 da minha esposa). FOTOS DO SEGUNDO DIA: 3 DIA: Trilha da PRAIA BRAVA DE BOIÇUCANGA. Nivel de dificuldade: medio/dificil tempo de travessia: 3hrs ida e volta. informações para chegar a trilha: na rodovia que liga boiçucança a maresias, tem uma placa sinalizando inicio da trilha bem ao lado de uma pousada, tem estacionamento para deixar o carro R$ 10,00. Após 5 caipirinhas no barzinho do hostel, dormimos igual crianças...rsrsr...Acordamos cedo e dessa vez preparamos nosso próprio café, a pousada disponibilizava a cozinha comunitária e pagar R$ 25,00 todos os dias não estava nos nossos planos. Reabastecidos, preparamos as mochilas com bastante agua; doce de banana (alta caloria); bolachas; colocamos as botas e rumamos direto para o inicio da trilha da PRAIA BRAVA DE BOIÇUCANGA. Deixamos o carro no estacionamento do seu zé R$ 10,00 e iniciamos a trilha, com subidas ingremes, bastante pedras no caminho....no meio da trilha escuta-se bastante o grito dos bugios (macacos da região) mas não tivemos sorte de encontrar nenhum pelo caminho, no meio da trilha chega-se a um mirante que avista-se toda a praia deserta de boiçucanga, quando digo deserta é deserta mesmo, não há nada na região....esse mirante foi um caminho criado pela Petrobras que corta as montanhas da região, descemos na parte final da trilha rumo a praia brava, chegando a praia nos deparamos com um cenário belíssimo..uma das praias mais bonitas que já visitei, não há civilização em volta da praia, apenas montanhas de um lado e outro da praia que tem mais ou menos uns 400mts de extensão, mar agitadíssimo e com boas ondas para os surfistas, dizem que quando a maré sobe demais fica impossível chegar a praia, ficamos ali sentados na areia da praia eu e minha esposa admirando o cenário que Deus criou, foi nessa hora que tive a certeza que fizemos a escolha certa para nossa viagem, retomamos o folego e voltamos pra trilha pois a maré já estava começando a encher, almoçamos em boiçucanga e retornamos para pousada, a noite fizemos umas porções de camarão a milanesa na cozinha comunitária da pousada, 1lt de jurupinga, algumas duzias de skol e já estava virando os olhos de sono..rsrs. FOTOS DO TERCEIRO DIA: 4 DIA: Maresias x Ilhabela Após 1 lt de jurupinga e algumas duzias de skol, descansamos bastante a noite e no dia seguinte pegamos uma praia como bons e tipicos farofeiros..rsrsrs...final da manhã arrumamos as coisas e levantamos acampamento rumo a Ilhabela, a rodovia que liga as 2 regiões é cortada pela serra do mar e quem tiver com carro 1.0, como o nosso vai sofrer um pouco, mas a paisagem que contorna a serra é sensacional e vale a pena. Chegamos para travessia da balsa que vai ate ilhabela umas 12.30hrs, aguardando na fila para entrar na balsa fomos abordados por uma figuraça que fica vendendo amendoim ali na fila da travessia, um cara gente boa e que nos empurrou 2 pctes de amendoim por R$ 14,00 e que nem chegamos a experimentar..mais isso eu vou contar mais um pouco a frente, chegamos em ilhabela as 13.30hrs e fomos direto para pousada, nos assustamos um pouco quanto à ilha devido ao transito e quantidade de carros e motos que circulavam pela região e se tratando de ilha imaginávamos o local um pouco mais pacato. Ficamos hospedados na pousada da agua branca, compramos o pacote pelo hotel urbano e pagamos R$ 199,00 para 3 diarias o casal, a pousada é show de bola, um riacho que desce da cachoeira corta a pousada e todos os dias dormíamos com o som da água caindo atrás do nosso chalé. Apos deixarmos as mochilas e demais apetrechos, fomos passear pela ilha e procurar algum local para almoçar, como Ilhabela é bem procurada por artistas, etc...não era de se espantar que os preços das refeições fossem baratos, mas pesquisando um pouquinho encontra-se bons lugares para almoçar sem pagar caro. Ilhabela é considerada a capital da vela, é uma cidade em uma ilha. Almoçamos e fomos procurar informações sobre as trilhas tão famosas na ilha, pegamos o carro e seguimos a praia da ponta da praia de sepituba, onde inicia a trilha do bonete, informações mapeadas retornamos a pousada para descansar e no dia seguinte encarar a tão famosa trilha do bonete. FOTOS DO QUARTO DIA: 5 DIA: TRILHA DO BONETE: Descansados e munidos de bastante agua, bolachas, bananas, doces, etc...arrumamos as mochilas e seguimos para o inicio da trilha do bonete, 09.00hrs chegamos no inicio da trilha, deixamos o carro no único estacionamento antes da entrada do parque. A trilha tem 12km de extensão com subidas e descidas que aparecem não acabar mais, a trilha corta 2 cachoeiras sensacionais e bem delimitada e não há risco de sair da trilha, a água das fontes naturais são pura e limpa...ao longo de 12km um misto de barulho do mar e das cachoeiras nos davam o ar da graça do local, andamos e andamos....parecia não ter fim...ate que chegamos a primeira cachoeira, a cachoeira da lage, um local maravilhoso com piscinas naturais e uma queda de agua show de bola, fizemos a travessia da cachoeira por uma ponte de madeira e seguimos por mais 4km ate a segunda cachoeira, a cachoeira do areado, atravessamos pelas pedras com as mochilas nas costas e botas nas mão, aproveitamos e descansamos um pouco, tomamos um banho nas águas geladíssimas da cachoeira e retornamos a trilha rumos ao mirante da praia do bonete. Novamente andamos e andamos pelo meio da mata fechada, desanimados pelo cansaço avistamos no fundo da trilha um clarão..seguimos em frente e o clarão se abriu com uma vista que jamais iremos esquecer da praia do bonete, do alto de quase 500mts podíamos ver a praia do bonete, considerada a segunda praia mais bonita do Brasil, atrás apenas de Fernando de noronha, renovados pela vista paradisíaca da praia, descemos por mais uns 2km ate o final da trilha e pisamos nas areias da praia mais bonita que pude conhecer na minha vida. Exaustos e mortos de fome...eram 14.00hrs..não havia condições de voltar pela trilha devido ao horario e não tinhamos levado barraca de emergencia para acampar no local, eu e minha esposa resolvemos procurar os nativos na praia e ver as condições para volta de barco (R$ 30,00/pessoa), acertamos retornar de barco as 16.00hrs com um nativo pescador da região e fomos procurar algum local para tentar almoçar. A praia do bonete é uma vila com cerca de 150 moradores locais caiçaras e foi em uma dessas casas que cheguei para pedir informações sobre alguém que servisse almoço, lanches, etc...pois a fome já estava grudando em nossas costelas..rsrs...umas das nativas nos ofereceu almoço a R$ 15,00/pessoa com arroz, feijão, peixe da região e salada, e cerveja itaipava, eu e minha esposa fizemos uma cara de agradecidos e aceitamos a oferta, a moça montou uma mesa de frente para praia e sentamos para descansar e esperar ela trazer o almoço, foi uma das melhores refeições que fiz na minha vida. Logo após o almoço fomos andar pela praia e esperar o retorno de barco, notei nesse momento que o mar estava muito agitado, ondas de mais ou menos 2,5mts quebravam na praia e eu com aquele sentimento estranho, fomos ate o fim da praia onde desemboca um rio que desce da serra e serve de ancoradouro para os barcos nativos... uma paisagem de filme. Quando o nativo começou a trazer o barco para entrada da praia, notamos que seria dificil entrar naquele mar agitado com aquele barco, enrolamos nossa mochila, camera fotografica, botas, etc...e deixamos dentro do barco, com agua pela cintura, estava ajudando o nativo a entrar com o barco no mar; ele todo confiante estava dando as coordenadas de quando empurrar o barco contra a onda pra sair da arrebentação, num momento de calmaria ele disse para entrar no barco que seria a hora de sair, quando entramos no barco eu e minha esposa, olhamos para frente e vimos uma onda gigante se formar a nossa frente, uns 2,00mts de onda quebrou bem em cima do barco jogando o para longe, inundando o barco e quase nos afogando..rsrsrs..um experiencia unica, o nativo acostumado com a situação, ajeitou o barco novamente e conseguimos entrar no mar agitado e seguir para praia de sepituba, um belo passeio, sem coletes salva vidas, sem segurança alguma no barco, com o mar agitado, mas valeu a pena. Retornanos a pousada com o sentimento que aquilo realmente foi uma das melhores coisas que aconteceu em nossas vidas, um misto de loucura e realização, a noite na pousada fizemos algumas porções de iscas de peixe regado a muita skol gelada. FOTOS DO QUINTO DIA: 6 DIA: TRILHA DE JEEP CASTELHANOS. Haviamos programado fazer a trilha de castelhanos a pé, são 22km de ida ate a praia de castelhanos, mais 2km ate a cachoeira do gato, a mais alta de ilhabela, porém como havíamos feito a trilha do bonete a pé, 12km, mais todo o cansaço de volta de barco ate sepituba, resolvemos ir caminhando ate a entrada o parque de castelhanos e prucurar algum jipeiro que nos levasse ate a praia de castelhanos, andamos cerca de 5km ate a entrada do parque e nada de jeep pela região, resolvemos retornar e procurar algum jipeiro no caminho, encontramos varios porém todos lotados e sem condições de nos levar, quase desistindo fazer essa trilha encontramos o seu Neri, jipeiro experiente, com mais 2 casais ( 1 casal de SP e outro da HOLANDA) e nos ofertou ir junto com ele para castelhanos, aceitamos na hora e seguimos ate castelhanos. Inicio da trilha parecia ser tranquila, não imaginava toda aquela preocupação em somente veiculos 4x4 trafegarem por ali....mais adiante..quase 1/2 da trilha começou a complicar e ai sim tive a certeza que somente jeeps poderiam fazer esta trilha, era um sobe e desce por meio de pedras e riachos que não parecia ter fim, a trilha é bem demarcada e tem 11km de subida e 11 km de descidas, depois de 1,30hrs chegamos a praia de castelhanos, um verdadeiro paraiso, praia cercada de mata atlantica, com infraestrutura para camping e aluguel de chales, chegamos e fomos conhecer a trilha que levava a cachoeira do gato, a mais alta da região, apos 40min de caminhada mata adentro começamos a ouvir o barulho da cachoeira, andamos mais um pouco e avistamos a cachoeira mais bonita da região, são 40mts de caida livre de agua, ficamos ali descansando deixando a agua cair sobre nossas costas e curtindo o visual, retornamos a praia, almoçamos, curtimos a praia e retornamos pela trilha ate a pousada. FOTOS DO SEXTO DIA: 7 DIA: RETORNO PIRAQUARA PR: 1227 km ida e volta da viagem.
  23. Estivemos em Ilhabela em janeiro/2014, estávamos em 10 pessoas, fomos de carro, alugamos uma casa. USE REPELENTE EM GEL ou CREME. Eu usei o EXPOSIS em gel, excelente, em uma semana tive apenas uma picada de borrachudo num momento de distração após o banho. Do grupo, quem não usou se danou... rsrs Visitamos a praia Grande, muito boa, água tranquila e limpa, dá para fazer flutuação, tem peixinhos, as crianças gostaram muito. No dia seguinte resolvemos pagar por um jipe para visitar a Baía de Castelhanos, R$80,00 por pessoa, como estávamos em 10, fechamos o jipe só para nós. A estrada é boa, dá para ir de automóvel de passeio, desde que NÃO tenha chovido. Tem horário para ir e para voltar. Fizemos um passeio de escuna até a praia da Fome e Jabaquara, R$60,00 , lindas praias, muito boas para flutuação, na Fome vimos tartarugas... emocionante! Estivemos na praia do Curral, bem badalada, cheia de quiosques e atrações aquáticas. A Vila é bonitinha, boas lojas e restaurantes. |Na praça tem uma espécie de chafariz onde as pessoas podem se refrescar. O pôr do sol, em qualquer ponto da cidade é lindo... próximo do final da estrada do lado sul tem um pôr de sol DESLUMBRANTE !!! Ilhabela é um lugar único, certamente voltarei muito mais vezes! NÃO DEIXE DE VISITAR O MUSEU NÁUTICO !
  24. Bom pessoal ano passado, 2009, resolvi ir para Bonete Ilha Bela passar a virada para 2010 lá. Bem, foi um sacrifício encontrar informações básicas para a viajem mas garimpando muito na net consegui e tudo acabou dando certo, se você esta pensando em ir para a praia do Bonete Ilha Bela aqui vão todas as informações necessárias para essa aventura. Como chegar lá: Ônibus para São Sebastião é uma opção, a passagem custa em torno de R$50,00 com saídas do Tiete pela Litorânea. Carro até São Sebastião ou Ilha Bela. Depois disso para chegar até a praia ou você vai pela famosa trilha ou de barco. É agora que a coisa complica um pouco, então vamos por partes. A trilha: Se for de ônibus você atravessa a balsa para a ilha pega um ônibus sentido Frades sul da ilha, desce no ponto final, dai para frente são 4 a 6 hrs de caminhada com pouco peso. De carro é só dirigir no mesmo sentido, quando começar a estrada de terra dirija mais 1 quilometro mais ou menos, você vai encontrar um estacionamento que cobra de R$15 a R$20 a diária. A partir desse ponto são 2 a 4 hrs de caminhada. Ao chegar em São Sebastião informe-se sobre o tempo. Se tiver chovido nos últimos dias ou parecer que vai chover, esqueça a trilha. O problema não é a lama, é que não dá para atravessar os rios. De barco: Chegando em São Sebastião vá até o Tebar, fica próximo a balsa, lá você tem duas opções, canoa ou lancha, a primeira custa R$35 por pessoa e leva 1:40 mais ou menos ( nessa o maior problema é a famosa "dor na bunda" ) a segunda R$50,00 e faz em 40 min. Finalmente Bonete: Casa para alugar e Pousada tem com os mais variados preços ( ideal procurar na net e reservar ), mas camping eu recomendo o " Camping do Bó " esse não é o nome certo mas é assim que todo mundo conhece. O camping custa R$15,00 a diária por pessoa, serve um ótimo P.F por R$10,00 e tem uma boa estrutura. Em Bonete você encontra: Um mercadinho, dois telefones publico, uma lanchonete ( que nem sempre serve lanche ), alguns restaurantes e bares. Obs: O comércio lá depende dos barcos, pode acontecer dos barcos não irem para São Sebastião e os bares e restaurantes ficarem sem estoque. Espero que tenha ajudado e divirta-se em Bonete pois vale a pena. Sinho
  25. Cheguei na ilha com um tempo estupendo - 100% de sol, melhor mesmo, só se tivesse uma nuvenzinha básica pra sofrer menos na trilha em momentos sem sombra. Mas, ao que tudo indicava do que tinha lido sobre a trilhaparecia ser uma onde quase sempre haveria sombra. No primeiro dia conheci a Cachoeira do Veloso, na parte sul da ilha, mas com trilha simples, só pra me ambientar, ver em que solo estva pisando e qual clima estava respirando, no fim das contas, um passeio pra relaxar mesmo e concentrar para o primeiro dia da meia volta do outro dia. Eu acordei cedo, mas decidi esperar o café da manhã do Albergue Bonnsventos onde fiquei hospedado, pra sair com o bucho cheio e preparado para o primeiro dia. O primeiro dia estava no papo, não ia ser dificil, mas queria fazer essa primeira parte bem tranquilo, sem pressa e aproveitando as paradas que sabia que havia durante a trilha. Eu sabia que ia ser tranquila, porque não era uma distância absurda (aproximadamente 10km) e porque sabia que era uma trilha bem marcada, na verdade, uma antiga estrada que acabou virando uma trilha larga até Bonete (ja não passam [ou nunca passaram (?)] carros por ali). Tomei o café no hostel, e as 8:30 como planejado, rumei para o ponto de ônibus. Achei chato, na ilha, que não haja linhas de ônibus que passem tanto na parte Norte como na Parte Sul da Ilha (em um itinerário só) então isso me obrigou a caminhar 1,7km do Albergue (que fica na parte Norte) até o ponto da Balsa, onde saia o ônibus para a parte sul da ilha. Dei uma certa sorte, pois o ônibus passou em 10 minutos depois que cheguei no ponto, sendo que a linha que leva até Borrifos (último ponto onde o ônibus chega) só passa de 1 em 1 hora. A tarifa era de R$3,40, paguei e fiquei de boa no ônibus , primeira fase mega light da trilha, hehehe. São aproximadamente 18km de deslocamento, desde o ponto da balsa até o fim da estrada asfaltada - inicio da estrada de terra, no meio do nada. Quando desci do ônibus, percebi que a trilha que eu havia pegado na internet marcava o início da trilha um bocado mais pra frente, no fim da linha para carros. Isso aumentava em 2km a minha caminhada daquele dia, passando de 10 pra 12km, mas tudo bem. Comecei a andar tranquilo e com tempo bom pela estrada de terra até chegar ao início da trilha. Entrada do parque? Não sei muito bem se aquela entrada é mantida pelo parque ou se por particulares. Na hora que cheguei havia duas pessoas familiares da Fazenda da Laje, particular que fica ao lado da cachoeira. Eles me informaram que eu poderia pegar um atalho na trilha se passasse pela fazenda, só não me informaram que eu iria pagar por isso. É importante salientar que a Trilha até o Bonete é livre, grátis, não se paga. Mas é que próximo a Cachoeira da Lage existe uma cachoeira, e parte do leito do rio passa ao lado de uma fazenda. Realmente passando pela fazenda você corta uma parte do caminho, pagando R$5,00 por isso. Eu decidi pegar o atalho, eram só R$5,00 mesmo. FIquei um pouco incomodado com a mulher tendo falado para eu pegar o atalho mas sem avisar que eu teria que pagar. Mas por outro lado, a placa que indicava o atalho para a fazenda deixava muito claro que se passasse por ali deveria-se pagar uma taxa, então achei ok. Eu ficaria muito puto se a placa não informasse isso. A descida para a Fazenda era bem forte, se comparada a trilha em que eu estava andando até então e fiquei um pouco receoso de ter recebido uma informação errada, e depois ter que subir aquilo de volta. Mas enfim, eu já tinha andado uma boa centena de metros e então decidi ir até o fim. Acabei chegando em uma casa com uma varanda e vista incríveis. Já gostei de lá, já tinha esquecido toda aquela descida forte. Buraco do Cação É um canion-aquático, digamos. Um canion, mas onde la embaixo a água do mar entra, causando sulcos. Na Trilha do Bonete você vê esse canion por cima, tendo uma bela visão. Mas não dá pra ir na parte debaixo dele aqui não. Altura: ? Ficabilidade no Local: Não é um lugar pra se ficar. é tipo um mirante mesmo, você tira umas fotos, vê o local de cima e continua a jornada. Vista perto do Buraco do Cação - nessa foto não dá pra ver o canion em si, mas ele está bem pertinho daí. Eu não cheguei a ver o Buraco de perto (passei direto por causa de tempo) Logo fui avistado pela dona Nice, a simpática felizarda dona daquela casa que recebia hóspedes e visitantes. A Fazenda da Lage. Lá nada mais é do que a morada dessa simpática senhora, ela aproveita pra ganhar um sustentinho oferecendo bebidas e lanches e para os mais afortunados, acomodação: camping ou suites (estas últimas por R$50,00). São quartos compartilhados tipo albergues. O Lugar é mágico, vale a pena uma parada por ali, além do que você vai poupar um trechinho da trilha (mais detalhes de distancia no artigo deste relato - acima). Logo percebi que a Dona Nice gostava de uma prosa, eu papeei com ela enquanto secava minhas longas gotas de suor, apesar de ainda ater andado poucos quilometros do total do dia. Ela comentou sobre as grandes chuvas que vinham acontecido e como ela ficava isolada nesses tempos, a luz acabava, e a estrada ficava intransitável para os esparsos 4x4 que se aventuravam por ali (como o de seu filho que vinha lhe trazer bebidas, cigarros e mantimentos em geral ) Nice me falou o que eu poderia visiar ali perto da sede da fazenda, e enquano isso me contava alguns casos, me contava de seus filhos, me contava de como foi o natal isolado do mundo depois uma forte chuva que acometeu o litoral norte de SP e por aí ia. Eu não pude escutar tudo que ela teria a contar, pois isso renderia pelo menos uma noite por lá, tive que pausar nossa prosa, para descer, então, até o Lago Dourado, uma das atrações da Fazenda. Comprei uma água geladinha para recompor o suor perdido, deixei o mochilão aos olhos de Dona Nice, cuidados na varanda da Fazenda, e fui conhecer o Lago Dourado. Que lugar? Lago Dourado É mais poço que queda. A queda é bem singela, baixinha e rasteira. O poço também é pequeno. O que vale mais aqui mesmo é a bela visão do rio encontrando com o mar, por entre as pedras. Belo e calmo local. Altura: 1m Tamanho do Poço: 5mx3m Profundidade do Poço: 1,5m Pulabilidade no Poço: Básica. É um poço pequeno, não é pra pular muito. Nadabilidade: Boa. Poço pequeno, mas bem agradável pra entrar e refrescar. Ficabilidade debaixo da queda: Não. A queda é quase inexistente. Ficabilidade no Local: Muito boa. Consideramos esse o melhor lugar pra você gastar um tempinho, dentre os atrativos, de todos os conhecidos indo pra Bonete. Capacidade: 6 pessoas Eu não sei o que foi, se foi o tempo abafado, ou se já esstava muito cansado do peso da mochila, mas aquele lugar pra mim foi paixão a primeira vista. Assim, talvez nada demais mesmo frente a tantas cachoeiras que já conheci, tratava-se apenas de uma porção do leito do Rio da Cachoeira da Laje (mas essa porção ficava mais abaixo da cachoeira), e ali tinha alguma quedinhas (pequenas) e poços MUITO agradáveis para se nadar. Além disso, dava pra ver lá embaixo o rio se encontrando com o mar. Que lugar insanamente bonito. Eu já havia visto outros encontros de rio com o mar, só que esse era diferente, porque o rio encontrava lá embaixo tipo , seguindo um rio de pedras até o fim, uma cena bem diferente e muito bela mesmo. Rendeu algumas fotos legais. Eu me recuperei 100% com aquele banho em temperatura muito agradável, de água doce, e depois de 40minutos voltei a sede da Fazenda. Estava um pouquinho atrasado, segundo o meu plano, por causa daqueles 2km iniciais. Comprei mais uma água com Dona Nice e botei a mochila nas costas. Ela me perguntou então, quantos dias eu iria passar em Bonete? Eu respondi: -Só 1, porque no outro dia vou pra castelhanos. -O queee?? Não vai não. É muito periogoso você não pode fazer isso você é doido e a chuva e os raios não faz isso [desatou a falar sem parar] -Nossa... mas é tão perigoso assim? -Faz o seguinte, tinha 3 caras acampados aqui hoje de manhã eles sairam também em direção a Bonete, procura eles lá, que eles também vão a Castelhanos! Não vai sozinho não! Os raios são muito perigosos! Confesso que fiquei um pouco abismado com o tanto de medo que a senhora demosntrou quando disse que iria encarar sozinho a trilha para Castelhanso. Realmente eu sabia que era uma trilha com uma erta dificuldade, pois todos os relatos que tinha lido falavam sobre um trecho confuso com bambuzais e que havia muitas travessioas de rio. A chuva poderia complicar tudo de fato. Eu tinha um protocolo a ser seguido , no entanto, eu só iria se não chovesse. Com chuva eu cancelaria o plano. Não queria passar mal bocados em travessias de rio. Depois de um pouco dei adeus a Dona Neide, com certeza voltaria ali, mas se tudo desse certo, seria apenas numa próxima oportunidade, pois eu daria meia volta na ilha, não voltando por ali. Sai e continuei a trilha, muito bem refrescado depois de um banho no Lago Dourado, cortei a Cachoeira da Laje onde havia muitas pessoas escorregando pelo tobogã e segui as orientações de Neide para cortar reto o rio , segundo ela eu pouparia mais uma parte da trilha. Eu tive certa dificuldade para ver onde a trilha continuava do outro lado do rio . Na verdade não continua mesmo, é porque a estrada está bem próxima à cachoeira, depois de alguns poucos passos estava de volta à estrada, feliz com a parada que valeu demais os R$7,00 que gastei comprando duas águas e segui adiante com o mochilão nas costas. A Cachoeira da Lage é uma cachoeira simples e de fácil acesso, com uma queda pequena (corredeira pequena), e um poço bacana pra se nadar. Altura: 1m Tamanho do Poço: 5mx3m Profundidade do Poço: Raso Pulabilidade no Poço: Básico. Poço pequeno. Nadabilidade: Média. Ficabilidade no Local: Boa. FIca próxima da Fazenda da Lage, bom local. Eu tinha caminhado a primeira parte dessa trilha de forma bem tranquila, apesar do tempo muito abafado que fazia. Logo depois da Cachoeira da Lage, a trilha dá uma pequena ~esquentada~. Cachoeira da Lage Convencionei chamar o trecho entre Cachoeira da Lage e Cachoeira Areado de "Montanha Russa de Pedras". Não é que tenha nada demais nesse trecho, mas é um trecho que apesar de não parecer, é bem cansativo. Uma sequencia de subidas e descidas agora com muitas pedras pelo caminho vão te levando sem erro, mas com cansaço visível até Areado. São aproximadamente 3,63km de distância entre as duas cachoeiras. 3,63km de muita pedra sobes e desces. Não há inclinações que requeiram escalaminhaa não, nada disso. mas são subidas e descidas que vão te deixar bastante morto. Acho que esse foi um dos passeios em que mais suei em toda a trilha. É sério: tinha alguns trechos da trilha que eu tinha uma CACHOEIRA de suor nas minhas costas e nas minhas laterais. Sério. Era muita água saindo do meu corpo. Eu tinha a impressão eu ia secar a qualquer instante. Uma coisa que me chamou muito a atenção na Ilhabela foi a quantidade de água doce que descia das montanhas. Talvez eu tenha descoberto o mistério desse fenômeno. Com tanta água perdida através de suor, eu não duvido nada que um lençol freático seja formado só com o suor dos trilheiros que seguem por ali... Cheguei bastante extenuado em Areado, confesso, já com bastante vontade de chegar à Bonete. Mas eu tinha feito uma pernada muito boa e recuperado todo o tempo que tinha atrasado nas paradas anteriores. é por isso que me dei ao luxo de parar 1h inteirinha em Areado. havia um casal de mulheres com um guia por ali, mas que logo sairam. Eu aproveitei o rio de Areado e fiquei lá saboreando seu frescor enquanto examinavan seus arredores, principalmente um pouco pra cima. Eu tinha lido em um site que recentemente haviam encontrado uma cachoeira muito alta (mais de 100m) subindo esse rio, mas com certeza isso é um mito a ser desvendado em outra época. não tinha tempo e nem plano de parar ali pra subir aquele rio pouco conhecido. Rio Areado A região do Areado é conhecida por muitos como Cachoeira Areado, fato é que essa porção do rio em que se atravessa não tem cachoeira, só o leito do rio mesmo, mas é um ponto muito bom pra se nadar. Eu aproveitei bastante a 1h ali, comi um lanche reforçado (meu almoço) pra então sair dali bem refrescado. Quando eu estava explorando parte do Rio Areado um pouco acima da linha da trilha, avistei chegando um cara, parecia também um trilheiro solitário como eu. Vi que ele estava procurando um jeito de atravessar sem molhar. Eu não tive essa paciencia, molhei os pés e atravessei (com certa dificuldade). Enquanto ele passava o alcancei e trocamos uma rápida ideia. areadoComo todos ali, ele também estava indo para Bonete, forte sotaque paulista. Nos cumprimentamos, mas ele ainda saiu antes que eu, pelo que se via, estava com pressa de chegar à Bonete. Devido a sua busca de um ponto pra se passar sem molhar, eu percebi que ele tinha uma boa experiência em trilhas. Mais alguns minutos, e saí de Areado, um pouco atrás de Alan, o outro trilheiro solitário. Foto tirada na volta de Bonete O Rio tinha subido significativamente. Na ida a água batia no joelho, nesse dia estava batendo na cintura. Depois de Areado, a trilha volta a ficar um pouco mais fácil, com os mesmos sobes e desces de antes, mas com menos pedras, pelo menos essa era a minha impressão, ou talvez fosse apenas o sol começando a ficar mais fraco. Eram 15h, o pior tinha passado. Um pouco mais adiante no topo de uma subida, encontrei com o ALan, que estava fazendo um lanche improvisado, depois de muito suor. Como eu já tinha descansado bastante em Areado, só troquei uma ideia rapida com ele, desejei bom resto de trilha , mesmo porque mais tarde provavelmente iriamos nos esbarrar em Bonete mesmo. Não demorei muito pra chegar até um mirante que tem um pouco fora da trilha, com uma excelente vista da praia. Fiquei ali por alguns instantes, tirei algumas fotos e depois voltei pra trilha. Mirante de Bonete, ao fim da trilha (chegando) Era a descida derradeira. Fui tranquilo, até, agora com o tempo meio nublado. Passei pela Cachoeira do Saquinho, uma cachoeira de passagem mesmo, sem poço, bem no finzinho da trilha, E agora às XXX horas pisava na areia de Bonete. Praia do Bonete A Praia do Bonete é uma praia isolada da civilização, só acessível via trilha ou via embarcação. Possui uma vila de moradores, vila muito simples. A Luz elétrica não chegou a Bonete, e a vila tem energia elétrica através de um gerador, que funciona apenas em alguns horários determinados. A vila possui algumas vendinhas simples e alguns poucos restaurantes. A praia possui em seu lado esquerdo (quem está olhando para o mar) um rio que desemboca em sua praia. Rio muito limpo. A primeira impressão da Praia não é tão bonita assim. Não é uma praia com areia clarinha, e você tem a impressão de que é uma praia suja. O que ocorre é que o rio que desagua na praia é bem largo então ele desemboca muitos "restos de natureza" e então as ondas trazem esses restos pra areia. Fica impressão de que a praia é suja, mas não é. Ela não é , apenas 'visualmente limpa'. Placa graciosa em Bonete Assim que pisei na praia, vi que a vila era maior do que eu achava. Eu achei que lá tinha tipo só 2 campings e uma pousada e pronto, mais nada de casas, mas a vila até que era grandinha (pro que eu estava esperando). Pequei em não ter anotado o nome dos campings que eu tinha lido a respeito. É porque eu queria ficar no camping "mais seguro" segundo diziam. E não queria correr o risco de chegar no camping "menos seguro" , não gostar de lá e ter que dar alguma desculpa esfarrapada pro dono pra sair de lá. Essa situação é meio chata. Chegando na vila, avistei de novo sem querer o Alan, lendo uma placa na entrada da vila, na verdade um mapa informativo da região, com alguns pontos marcados. Ele me perguntou onde eu iria ficar e eu disse que estava como ele, sem saber direito. poderia ser uma pousada, poderia ser um camping. A principio eu estava querendo mais uma pousada, mais caro, mas eu ia descansar melhor para o próximo dia que era a parte mais dificil da trilha. Mas com o Alan ali como novo companheiro "sem querer", acabou que a animação pra camping aumentou um pouco. Apesar disso, nos separamos novamente e combinamos que se alguém descobrisse alguma coisa sobre o camping, falaríamos um pro outro. Perguntando um pouco pelas vielas da vila, acabei descobrindo o Camping do Sr. Eugenio, que ficava mais escondido, lá pra trás, e mais pra parte esquerda da vila (esquerda de quem está olhando para o mar de desde a faixa de areia). Eu entrei no camping, estava vazio. Não tive uma excelente impressão de lá, não porque era feio. Estava organizado, na verdade uma casinha simples com um grande quintal, mas um quintal sem grama, e isso foi que me desanimou um pouco.. mas oferecia banho, inclusive com banho quente (teoricamente) e uma pequena área coberta com fogão a lenha (nem usei). Perguntei o preço, era R$10,00 por pessoa, assim que terminei de perguntar, Alan também já havia descoberto o caminho das pedras para chegar até ali. Ele perguntou algumas coisas também e logo começou a olhar um lugar pra montar sua barraca (mais rápido que eu). Visivelmente o Alan estava muito mais determinado do que eu pra dormir em um camping, hehehehe. É que aquele solo de areia estava me incomodando um pouco, ainda mais com nuvens no céu. Só que a certeza do Alan de ficar por ali me deu força de vontade de também ficar por ali. Afinal de contas, depois de uma troca de ideia, ele também comentou que pensava em ir a Castelhanos, então não seria nada mal ter um backup ao lado, mesmo porque eu não havia encontrado o trio que a Nice havia comentado que estava indo para lá no outro dia. Depois de cerca de meia hora no Camping com tudo montado já, chega um trio de caras no camping em que estávamos. De alguma forma, nao sei muito bem como, o trio que a Nice tinha me comentado chegou depois que nós (se perderam em algum lugar (?)) e montaram por ali também. Eram mais jovens e estavam mais da doideira que eu e Alan, Trocamos alguma ideia, mas logo vi que os grupos Alan , Diego, Trio era de alguma forma individualistas (se tratamos o trio como um indivíduo também ). Eu aproveitei a luz do dia do horário de verão para conhecer uma Cachoeira que havia na vila, que descobri que existia por acaso, vendo algumas plaquinhas informativas dentro da vila mesmo (nenhum relato tinha citado-as). Andei conforme as indicações e em 15 minutos estava no ponto dado como Cachoeira. Mais uma vez, não é uma cachoeeeeeira mesmo, é apenas uma parte do leito do rio que banha a vila (e que desemboca lá no mar deixando a praia 'visualmente suja'). Mas tinha um poço muito bom. Mais uma vez, assim como Areado, mais um rio surpreendentemente largo para uma ilha (algo que não tinha visto nem em Florianópolis nem na Ilha Grande e nem em Morro de São Paulo, as 3 ilhas que já havia conhecido). Deu pra curtir o bom poço (Poção) de lá, e voltar para o Camping. Como sempre, como não consigo deixar de cumprir, aproveitei estar numa vilhinha e decidi comer um prato fora. Sempre é bem mais caro do que fazer a própria comida, mas eu realmente não resisto a esse nível de preguiça, adoro sentar numa mesa e pedir um pratão. Acontece que em Bonete as coisas são bem , digamos..... SALGADAS no preço. Eu pesquisei toda a vila, passei pelo restaurante da Pousada Canto bravo (o mais caro do local), passei pelas duas vendinhas que vendiam pasteis e finalmente na Pousada da Rosa (a mais famosa por ali), e era tudo beeeeem carinho mesmo. Apesar do preço, fui pedir uma pizza la na Pousada da Rosa mesmo (não tinha PF, só pizza). O pior que eles vendiam só uma pizza inteira de oito pedaços. Eu pedi pra ser meia mas não aceitaram. Não sou um bom pechinchador, então acabou ficando por isso mesmo. Pedi uma pizza inteira mesmo e uma coca, aaaah... uma coca gelada, como isso é bom, em um dia tão calorento e abafado... A pizza saiu por não-bagatelas R$24,00 (!!! muito caro - eu já comprei sabendo do preço, não resisti) e o refrigerante (uma latinha) temíveis R$6,00. O mais barato que vc conseguia achar ali era R$5,00 (não tinha mais barato ue isso). Água? R$4,00 - cartel, isso mesmo, (só 4 lugares vendiam comidas e bebidas, todos com preços iguais nas bebidas). Chutei o balde pro bolso, e gastei pelo bel prazer de comer uma comidinha e uma coquinha no restaurante. É muito bom chutar o balde de vez em quando hehe. além do mais, eu planejava ficar na pousada da rosa, ia gastar no mínimo R$60,00 por um quarto (NO MINIMO) então tinha um dinheiro "sobrando" pra aquela janta. Comi agradavelmente por ali e lá para umas 21h30min voltei para o Camping. Hora de dormir! Deitei até que confortavelmente na minha barraca, cama de areia e me preparei pra dormir, mas quem disse? Exatamente as 22h começou a chover, fraco por enquanto mas...... pouco depois estava caindo só um diluvio, só. Eu estava tranquilo porque sabia que a minha barraca estava preparada para o que desse e viesse. Mas.... Quem disse?? EM dado momento tanto chovia que a água começou a passar debaixo da barraca. "Bem, é impermeável" - pensei, não vai dar galho. Mas....... Barracas são semi-impermeáveis, aprendam essa lição! Elas tem um limite de quantidade de água que podem aguentar. E vcs podem imaginar que o limite da minha foi testado, e ultrapassou o limite. A água ultrapassou a barraca e começou a molhar.... MUITO. Rapidamente guardei tudo dentro da mochila, não depois de ter bastante coisa molhada, a primeira coisa que salvei foi meu saco de dormir, unico item dormível que eu possuia. EM dado momento não dava mais pra ficar dentro da barraca, não estava só umido, estava com alguns milimetros de água já la dentro. Tirei tudo da barraca e me salvei em um teto, local da churrasqueira, no camping. Imaginei que daqui a poucos minutos o Alan e o trio das outras barracas iriam sair de suas respectivas também, né possível ue a minha poderosa barraca seria a única a ficar inundada. Foi por isso que rapidamente verifiquei onde seria o melhor pra dormir fora da barraca. ENcontrei um cantinho debaixo da churrasqueira, o lugar mais protegido da água possível. não que fosse super, o teto tinha apenas uns 6 metros quadrados, ali era o unico local intocado. Com sorte, ia dar pra espremer 5 pessoas debaixo daquele teto. Passa 1 minuto, 2, 5, 10. NInguem sai das barracas! Pelo jeito, só a minha cara e top barraca ficou inundada, enquanto que as outras que pareciam barracas comuns não ficaram inundadas, bela merda hein! Mais alguns minutos a chuva diminui um pouco. Eu estou sentado no banco só vendo a chuva e me lamentando pela barraca inundada, mas ia dar pra dormir bem debaixo daquele tetinho. Eu só tinha um medo de alguma cobra vir a noite. Aí, no escuro, eu acendo a miha lanterna de testa e miro para o saco de dormir ali no cantinho no chaõ e vejo o que??????? Um siri do tamanho da minha mão, azul, bonito, mas é um SIRI, em cima do meu saco de dormir, PQP!!!!!!! Com um cabo de vassoura assustei o bicho e ele saiu de cima, mas comé dormir com siris vindo em cima de voce???? Mais alguns outros minutos e o Alan chega correndo, ele estava num bar com os caiçaras, heuaheuaheuaheua. todo molhado, falou que tava ilhado la no bar. Os riozinhos cercando a vila encheram e ele teve que se molhar bastante até chegar ao camping. Falei dele da barraca inundada. ele foi correndo ver como a dele estava. A dele estava intacta!!!! Maldita minha barraca cara a única que não aguentou nada! Grandes merda hein ~~ O Alan fez uma janta ali, ficamos conversando bastante e por sorte a chuva diminuiu muito, ficou apenas chuviscando. eu fui lá ver qual era o estado da minha barraca: Dormível. Úmida mas dormível. O Resultado dessa brincadeira foi quase que a totalidade da minha roupa molhada (ou úmida) com exceção da roupa de emergencia colocada em um saco plastico. Livro molhado e amassado, carregador solar todo molhado e mp4 perda total. Ao menos agora dava pra dormir na barraca. Prefiria trocar o chão 100% seco mas com riscos de siris mordendo meu nariz pela minha barraca um pouco molhada mas mais segura, heheheh. Deu pra dormir até umas 4h. quando...começou a chover muito forte de novo. Tive que recolher o saco de dormir (o resto ja tava na mochila preparado pra esse tipo de momento) e ficar de cócoras, a posição em que eu fazia o menor contato possível com o chão da barraca, minimizando a quantidade de água entrada. Pelo menos ja eram 4h, mesmo se a chuva não parasse, eu já teria descansado um minimo possível pra ser alguem na vida no outro dia. Pra minha sorte, o chuvão durou só uns 20 minutos, possibilitando depois de um tempinho que eu deitasse novamente com as minimas condições e dormisse até umas 7h.. Rio cheio após uma forte chuva O dia amanheceu muito feio, muito nublado e com muita chuva. O passeio para Castelhanhos era um incógnita. Eu, na verdade, nme teria cogitado ir pra la, mas tendo conhecido o Alan, talvez ainda poderiamos tentar. Ele acordou e falou que até tentaria, mas teriamos que perguntar para os caiçaras primeiro pra ver o que eles sugeririam. O trio acordou com um de seus componentes passando muito mal, muito pálido, febre e vomitando muito. O Alan era médico, deu algumas recomendações e deu um remédio a tiracolo que ele tinha levado. O menino tomou, enquanto isso Alan e eu olhavamos para o céu e para o relógio, nessa corrida conttra o tempo até ver onde o céu nos permitiria deixar sair para Castelhanos. Só que o dia não melhorou, ficou muito chuvoso e bem dificil o dia. Quando bateram os relógios às 11h30min, nós declaramos oficial o cancelamento da empreitada até lá, ficaria para a próxima. Eu já havia desmontado minha barraca, pois mais uma noite dormindo numa piscina é que eu não ia passar. Precisava de uma boa noite. Estávamos isolados na ilha. Não dava nem pra ir pra Castelhanos, nem voltar - muito provavelmente - pra vila, pois o Rio Areado já era meio dificiinho de se passar no tempo bom, imagina com chuva? O dia foi quase que todo parado, devido a chuva. Eu ainda fiz uma pequena investida até a Praia de Enchovas (a próxima depois de Bonete). A praia estava muito feia (não sei se é sempre feia?) sem faixa de areia e o tempo totalmente nublado. Fui ao mirante de Bonete pelo lado esquero tirei belas fotos, exatamente na hora em que começou a cair um novo temporal. Paciencia. Mirante do Lado Esquerdo Eu tinha achado uma vaga na Pousada Margarida (a mais barata da vila Bonete). Um quarto simples, com luz e banho quente, servindo o café da manha. Mais do que suficiente para eu tirar uma bela noite de sono naquela vila isolada. O relato termina mesmo, inacabado. A empreitada até Castelhanos não foi completada, ficando suspensa até a proxima tentativa pra la. No outro dia eu não tinha mais tempo disponivel suficiente para ir a Castelhanos, mas só mesmo de voltar para a Vila pela trilha do Bonete. O tempo não estava bom, mas um pouco melhor do que no dia anterior. Encontrei com Alan no camping e combinamos horário para voltar juntos. VOltamos num ritmo bom, o tempo estava mais agradável pra fazer a trilha. Foi muito bom termos voltado juntos, pois o Rio Areado estava na altura do peitoral. Seria possível voltar sozinho, mas bem complicado. Para atravessar o rio, passamos uma mochila por vez. Um de nós pegava a mochila "no colo", enquanto o outro se posicionava 2 passos mais a frente, pegava a mochila das mãos do outro, no colo, e esperava o outro passar mais 2 passos adiante repetindo o processo até chegar do outro lado com segurança. Deu pra suar, o rio tem cerca de 10 metros de largura a serem atravessados. Foi uma bela expedição, com alguns bons desafios, bastante chuva no meio e uma boa parceria com o Alan, trilheiro solitário paulista, quem sabe na próxima não nos encontraremos pelo mundo pra conquistar a famosa Castelhanos, via trilha. É minha primeira contribuição de relato ao fórum. Um agradecimento ao forum Mochileiros, que ajudou com bastante informação em minha primeira visita à Ilha. Link do relato no blog dos Caçadores de Cachoeira: http://trilhados.blogspot.com.br/2015/06/trilha-do-bonete-do-centro-da-ilha-ate_20.html
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