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Bolívia + Chile + Peru (26 dias - abril/2015) TUDO por 1.600 dólares!


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Boa noite Rodrigo

 

Olha eu de novo enchendo sua paciência, minha viagem se aproxima, falta exatamente um mês, partirei dia 26/03, porém ainda tenho algumas lagunas no meu roteiro, se puder me ajudar, agradeço muito.

Vamos lá...

Quantos dias você ficou em La Paz?

Qual local se hospedou em La Paz? Indicaria o local e qual foi o valor da diária?

Você fez o Chacaltaya? Se fez, foi por qual empresa, e o valor pago? Quanto tempo dura o passeio?

De La Paz para Sta. Cruz como você se deslocou, de ônibus ou avião?. Se for de ônibus qual empresa utilizou, e o valor da passagem, e o tempo de percurso?

 

Desculpe tantas perguntas...mais sabe né...bate aquela ansiedade e tenho que me planejar ainda para esse trecho, valeu obrigado...

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Olha, se isso daria um livro (como comentado anteriormente) eu não sei, mas um baita blog daria, com certeza!!!

 

Cara, relato sensacional!!! Acompanhando e ansioso pelos próximos capítulos!!!

 

Hehehe Valeu, Vitor. O Tanaguchi (que tem um relato fenomenal aqui também) já cantou essa pedra, da galera se reunir pra montar um blog. Quem sabe um dia vinga? rs. Abraço!

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Boa noite Rodrigo

 

Olha eu de novo enchendo sua paciência, minha viagem se aproxima, falta exatamente um mês, partirei dia 26/03, porém ainda tenho algumas lagunas no meu roteiro, se puder me ajudar, agradeço muito.

Vamos lá...

Quantos dias você ficou em La Paz?

Qual local se hospedou em La Paz? Indicaria o local e qual foi o valor da diária?

Você fez o Chacaltaya? Se fez, foi por qual empresa, e o valor pago? Quanto tempo dura o passeio?

De La Paz para Sta. Cruz como você se deslocou, de ônibus ou avião?. Se for de ônibus qual empresa utilizou, e o valor da passagem, e o tempo de percurso?

 

Desculpe tantas perguntas...mais sabe né...bate aquela ansiedade e tenho que me planejar ainda para esse trecho, valeu obrigado...

 

Fala, Denilson! Ajudo sim, é claro. Vamos lá...

- Em La Paz foram: uma noite (chegada) + 2 dias inteiros + meio dia (saída).

- Eu me hospedei no Loki. Indico sim, hostel bem típico e organizado. Acho que foram 35 bolivianos pelo quarto compartilhado e 90 por um quarto privado para duas pessoas.

- Fiz o Chacaltaya, não lembro o nome da empresa agora. Mas foi algo em torno de 90 bolivianos e inclui o Valle de la Luna, querendo ou não. O passeio dura até umas 15h, mas você pode optar por não fazer o Valle de la Luna, ficando direto no centro de La Paz depois do Chacaltaya, nesse caso ele duraria até a hora do almoço mais ou menos.

- De La Paz pra Santa Cruz eu fui de ônibus, porque a grana já tava curta pra avião. Não lembro o preço com exatidão (logo mais a frente no capítulo de La Paz eu detalho tudo), mas a viagem foi a mais longa do mochilão, umas 17 horas, eu acho. Só pra não te deixar muito perdido, eu chutaria uns 150 bolivianos o preço da passagem de ônibus,mas depois confirmo isso.

 

Espero ter ajudado. Abraço!

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Capítulo 22: Os encantos da Isla del Sol.

 

21/04/15

 

Acordamos por volta das 7h. Já havíamos pseudo-arrumado nossas bagagens na noite anterior, separando o que levaríamos na mochila de ataque e o que deixaríamos no mochilão guardado no hostel. Fizemos uma última conferência e partimos.

 

Uma dúvida que muitos têm me perguntado é "onde você deixava os mochilões?". Em todas as vezes que precisamos deixá-los "para trás" e usar apenas a mochila de ataque, eles ficavam guardados no próprio hostel de onde partíamos. Exemplos: em Arequipa, deixamos guardado no Wild Rover e fomos pro Cañon; em Cusco, deixamos guardado no Pariwana e fomos pra Machu Picchu; em Copacabana, deixamos nesse hostel em que estávamos e fomos pra Isla del Sol. É um serviço gratuito, e uma prática comum, todos fazem isso. Mas é sempre válida aquela dica de sempre manter documentos importantes e objetos de valor com você.

 

Chegamos ao píer de Copacabana a tempo de tomar um rápido café da manhã. Havia uma cholita vendendo o que pareciam ser uns salgados assados. Eram as famosas empanadas (semelhantes ao nosso pastel), com um delicioso recheio de melhor-não-saber-o-que. Para acompanhar, um péssimo café solúvel, que a essa altura do mochilão já tinha se tornado habitual. Custo do rango: 9 bolivianos.

 

Fomos verificar qual seria o nosso barco. Um rapaz olhou nossos vouchers e nos apontou qual seria. Ainda não podíamos embarcar, então ficamos aguardando o aviso que nos seria dado. Mas o único aviso que tivemos foi o da fila imensa de turistas se formando em frente ao barco. "Será que já é o nosso?". E era. Com isso, acabamos lá pra trás na fila. Resultado: todas as cadeirinhas mais confortáveis (com encosto) foram ocupadas, e nos restou umas cadeiras laterais muito incômodas. Teve gente que ficou em pé, o que foi muito chato e motivo de uma breve discussão com o guia. Mas sem muito o que se fazer, seguimos viagem.

 

A dica então é: seja um dos primeiros a entrar no barco e garantir um lugar mais confortável, porque serão 1h30 da viagem de barco mais lenta da sua vida!!!

 

Sério, o barco vai muito devagar, chega a dar agonia. Não sei por qual motivo eles não podem ir mais rápido (talvez pela estrutura do barco considerando o número de pessoas a bordo), mas pra quem já tinha experimentado aquela lancha mega rápida em alto mar no passeio das Islas Ballestas, aquilo ali tava sendo uma tortura, ainda mais num assento desconfortável.

 

Por volta das 10h, o barco fez uma parada no lado sul da ilha. Alguns turistas desceram, mas a maioria permaneceu no barco. Seguimos viagem para o lado norte, mas antes fizemos uma parada na parte central. Lá pudemos descer, ir ao banheiro, comer ou beber algo, coisas desse tipo.

 

24795376414_32b97d9025_k.jpg01_parte_central_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

Nosso barco não era esse grande bonitão, não rs. Era o menorzinho do lado dele.

 

Voltamos pro barco e, agora sim, seguimos pro lado norte. Por volta das 11h40, estávamos lá. Logo que descemos, o guia do barco nos apresentou para o guia local, e disse que eles nos auxiliaria dali pra frente. Esse novo guia disse que nos mostraria a ilha "voluntariamente" (ao final, eles pedem gorjeta, o que é natural), num tour de aproximadamente 40 minutos. Não é obrigatório seguir com ele, mas achamos necessário para conhecer melhor a ilha. Do contrário, ela não teria o mesmo encanto.

 

Ele então nos levou para fazermos a compra do ticket obrigatório de entrada no lado norte da Isla del Sol. Pagamos 10 bolivianos, e logo em seguida fomos conhecer o Museo del Oro, que ficava ao lado. Nesse museu, ele nos mostrou artefatos retirados de uma cidade submersa que ficava ali perto, achei bem interessante.

 

25058374179_7e95df58cd_k.jpg02_museo_del_oro_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

Museo del Oro, Isla del Sol.

 

Continuamos o passeio, e no caminho ele foi nos mostrando os hábitos dos povos da ilha, o que cultivavam (muita quinoa, muita batata, etc), nos dava coisas como raízes e ervas locais para experimentar, falava sobre curiosidades diversas e etc. A paisagem a essa altura já estava d-e-s-l-u-m-b-r-a-n-t-e!

 

25399788716_051fbf4013_k.jpg03_lado_norte_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

Isla del Sol, lado norte.

 

Seguimos então rumo às atrações finais: a Roca Sagrada (Pedra Sagrada), local de onde a lenda inca diz ter surgido os primeiros de seu povo; a mesa de sacrifícios, usados em cerimônias e rituais aos deuses incas; e as ruínas do templo Chincana, popularmente conhecida como El Labirinto.

 

Como de costume, não vou detalhar muito sobre as histórias e explicações contadas pelo guia, porque acho que isso deve ser uma surpresa vivenciada por cada um de nós mochileiros, mas adianto que é bem interessante. É um lugar muito sagrado para esse povo.

 

25399777106_e2c3da94b1_k.jpg04_roca_sagrada_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

La Roca Sagrada, Isla del Sol.

 

25058345989_cb8801454f_k.jpg05_el_labirinto_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

El Labirinto (Templo Chincana), Isla del Sol.

 

No Labirinto, o guia terminou o tour e fez um breve discurso falando que aquilo era uma das formas de sustento do povo da ilha, e que cada guia tinha um dia da semana para andar com os turistas, e que o dinheiro das gorjetas era toda a renda que eles tinham. Nos pediu 20 bolivianos, mas disse que poderíamos pagar o quanto quiséssemos.

 

Logo após esse momento, pude avistar a que, pra mim, foi a parte mais linda dessa ilha, e sem dúvidas uma das mais lindas de toda a viagem. Desde que eu comecei a pesquisar esse roteiro, eu fiquei encantado por um determinado pedaço da Isla del Sol, e prometi a mim mesmo que iria lá de qualquer forma.

 

Ali de cima do El Labirinto dava para avistar o que eu apelidei de "A Praia", porque provavelmente deve ter sido a mesma sensação de quando o Leonardo DiCaprio deu de cara com a Maya Bay na Tailândia naquele filme. Um píer de pedra e um barco parado, meio que propositalmente, como se quisesse dar o toque final à uma das mais belas paisagens que eu já vi.

 

25130263240_468926dd27_k.jpg11_lado_norte_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

"A Praia", Isla del Sol.

 

25307568122_db51c67b24_k.jpg06_lado_norte_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

"A Praia", Isla del Sol.

 

Mesmo ao custo de ter que subir tudo aquilo novamente estando numa altitude de 3.800m, não exitamos em descer. Valeu muito a pena. Aquela calmaria, um ventinho suave, água de um azul transparente que quase te convence de que você está à beira-mar. Lindo demais!

 

25332919521_4904663d13_k.jpg07_lado_norte_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

É muito lindo esse lugar!

 

25307544782_56bb3c1c56_k.jpg08_lado_norte_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

As águas cristalinas do lago sagrado.

 

25332898651_30cf612428_k.jpg09_lado_norte_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

A foto que virou capa deste relato, simbolizando bem tudo aquilo que eu estava vivendo.

 

24799164493_0720d2cfb9_k.jpg10_lado_norte_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

"A Praia", Isla del Sol.

 

Ficamos tão extasiados que quase nos esquecemos de um detalhe básico: TÍNHAMOS UMA TRILHA DE PRA FAZER. O resto do nosso grupo já tinha partido há muito tempo (ainda não acredito como ninguém mais desceu até ali), e nós precisávamos nos apressar para que não anoitecesse no caminho.

 

Depois de subir de volta para a Pedra Sagrada, começamos a trilha. Ela é bem sinalizada, então qualquer um pode fazer. Requer um mínimo de condicionamento físico, porque a) você está numa altitude bem elevada, e b) são cerca de 3 horas ou mais (entre paradinhas para descansar e tirar foto) com longas subidas e descidas. Mas vale muito o esforço.

 

trilha_isla_del_sol.jpg.ce849112084b788169fc867cbd5ca532.jpg

 

Na parte central da ilha, paramos para pagar a taxa da comunidade Challa (15 bolivianos). Mais 1 hora e meia de caminhada e chegamos à parte sul, onde pagamos a taxa de 5 bolivianos. Acredito que essas diferenças de valores sejam pra equilibrar um pouco a renda da ilha, uma vez que a parte sul é a que mais recebe visitantes, seguida pela parte norte e, por fim, a parte central, que poucos visitam.

 

25332872711_36947bf029_k.jpg12_taxa_parte_central_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

Entrada na parte central (comunidade Challa).

 

25425839185_55bfe1a068_k.jpg13_taxa_lado_sul_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

Entrada na parte sul (comunidade Yumani).

 

Na parte sul, fomos direto para o hostel que queríamos, o Inti kala. Não me lembro por que escolhi este hostel, mas sei que sempre o achei interessante pelas fotos. Um estilo diferente do que estava acostumado a ver. Lá a simpática dona nos atendeu muito bem, e ficamos num quarto para dois com banheiro privado por 90 bolivianos.

 

hostal-inti-kala.jpg.bd7d5182d8e963cc73c8eeb61fabe4be.jpg

 

Nos acomodamos e fomos tomar uma ducha antes de sair pra comer algo. O chuveiro é elétrico, então a água custou a esquentar. Uma dica importante: tome banho enquanto o sol ainda dá as caras, porque depois esfria MUITO.

 

Fomos atrás de comida e encontramos vários restaurantes, todos bem simples, rústicos e agradáveis. Entramos em um com uma vista bonita e pedimos uma deliciosa truta com acompanhamentos + refrigerante (35 bolivianos cada). Na volta para o hotel, compramos água e uns chocolates (16 bolivianos).

 

25332848081_34dc82b206_k.jpg15_truta_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

Truta com arroz ao maracujá e legumes. Bão demás!

 

Obs.: nada fica aberto à noite na ilha, tampouco tem iluminação. Coma o que quiser comer e compre o que quiser comprar antes dos estabelecimentos fecharem, senão só no outro dia.

 

A Isla del Sol também é muito famosa por seu por do sol e seu nascer do sol. Não é à toa que tem esse nome. O que presenciamos ali, enquanto caia a noite, em meio às nuvens carregadas ao fundo, foi um belo show da mãe natureza.

 

24799124683_58859d4a7e_k.jpg14_por_do_sol_lado_sul_isla_del_sol by Rodrigo Alcure, no Flickr

Por do sol na Isla del Sol, lado sul.

 

Só que o que começou a cair também foi a temperatura. Cair, não... despencar! Estávamos muito cansados e tentamos dormir logo. Mas só tentamos. Levou um tempo até nos acostumarmos com aquele frio. Mesmo com trezentos e doze edredons e cobertores, o frio era imenso. Eu nunca passei uma noite sentindo tanto frio assim. Meus joelhos, meu nariz, minhas orelhas, tudo doía. Não sei se foi uma noite atípica (acredito que não), ou se sempre é assim por ali nessa época, mas o frio que senti em Puno ficou parecendo o verão de Salvador perto do frio que eu tava sentindo ali. Foi noite mais congelante do mochilão, sem dúvidas. ::Cold::

 

SALDO DO DIA:

Bs.9 café da manhã

Bs.10 taxa lado norte Isla del Sol

Bs.20 guia lado norte

Bs.15 taxa centro da Isla del Sol

Bs.45 hostel Intikala

Bs.35 refeição + bebida

Bs.8 água + chocolate

 

TOTAL: Bs.142 (US$ 21)

 

Próximo capítulo: O adeus à Isla del Sol. É chegada a hora de conhecer a caótica La Paz.

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Na Bolívia, de trem só é possível fazer o trajeto Puerto Suarez / Sta Cruz e Uyuni / Oruro?

Até La Paz tem como ir de trem?

 

Tiago, não saberei te dizer porque não fiz/pesquisei nenhum trajeto de trem. Os viajantes que fizeram este percurso poderão falar melhor sobre isso. Mas eu particularmente nunca ouvi falar de trem de passageiros para La Paz.

 

Abraço!

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  • Colaboradores
Rodrigo, muito legal seu relato! Me bateu uma saudade imensa de quando fiz essa trip em 2013

 

As fotos estão incríveis! Qual tripé vc levou na viagem? Ele cabia na mochila de ataque de boa? To querendo comprar um para as mochiladas, mas tá difícil decidir o modelo.

 

Abraços!

 

Bom demais, né?! Também tô com muita saudade já.

 

Rapaz, o nome do que eu comprei é "tripé telescópico profissional onlaser F-6873", que vai até 1,80m mais ou menos. Gostei bastante dele. É feito de alumínio, então não pesa tanto. Não cabe na mochila de ataque, não. Ele retraído deve ter uns 60cm. Eu o carregava nas costas, na bolsa própria dele. Abraço!

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