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  1. Salve Mochileiros, tudo bom com vocês!!! Quero compartilhar neste relato algumas dicas sobre uma viagem de casal ao Chile que fiz em Outubro de 2023, mas especificamente entre os dias 19 e 25. O motivo maior de escrever este relato é que neste site geralmente não vemos aqueles textos vendidos de blogs de viagem que no final sempre tem uma indicação de agência ou um link patrocinado. PLANEJAMENTO Durante o mês de agosto de 2023, na semana do dias dos país vi no Melhores Destinos promoção de passagens ao Chile e no texto indicava valores da cia aérea SKY, porém resolvi olhar o site da JetSmart (concorrente e low cost) e vi que os preços eram melhores e ainda havia um cupom de desconto de 35% referente ao dia dos pais. Haviam trechos para várias datas e outubro que era o mês que eu tinha disponibilidade estava um preço ótimo. Paguei R$ 1.406,00 para duas pessoas, preço muito bom. Após isso passei a ler bastante sobre o destino, já que seria nossa primeira vez neste país. Meu cunhado morou lá por muitos anos e acabou passando algumas dicas básicas. Neste meio tempo decidimos que alugar um carro seria uma boa opção. Faltando 1 mês comecei a olhar hospedagens e os preços estavam bem salgados, diárias sempre acima de 200 reais. Até que achei um Hotel no Booking que o preço era bom e parecia interessante (precisa de hospedagem com garagem), fechei via app, também comecei a pesquisar locação de veículos e depois do muita pesquisa o Booking apresentou o melhor preço, também fechei. No dia 6 de outubro, faltando menos de 20 dias a JetSmart enviou um e-mail comunicando que o voo de volta que seria no dia 24/10 havia sido cancelado e me deu várias opções, devolução integral via Gift Card, remarcação para outra data ou devolução do valor pago. Claro que eu não queria cancelar a viagem e aceitei remarcar a volta, passando do dia 24 para o dia 25, mas isso afetaria as minhas reservas de Hotel e carro. O hotel era com cancelamento grátis e o veículo também, então via app mesmo, fiz tudo e foi tudo tranquilo. NOVO PLANEJAMENTO Após a mudança de data, havia ganhado 1 dia de viagem e já havia aprendido várias coisas sobre o Chile, então ao invés de hotel, achamos um airbnb com garagem e preço muito bom e localização boa (como teria um carro, a localização deixa de ser tão essencial), sobre o carro, novamente o Booking apresentou o melhor preço e fechei por lá novamente, desta vez a locadora foi a Budget, paguei via App direto ao Booking. SOBRE A VIAGEM (JETSMART) A JetSmart é uma cia de baixo custo, ou seja, tudo é pago, meu bilhete não permitia nem o uso dos bagageiros internos do avião, apenas uma item pessoal de 10kg, ou seja, bagagem de mão que tem que ir embaixo do assento. Isso foi um problema, pois limita a quantidade de roupas, mas nada que vá tirar a graça da economia no valor da passagem. Fiz o check-in online e ganhamos assento na janela que dentro da aeronave foi facilmente trocado por uma janela e um corredor juntos. O voo sai de SP as 10:35, horário bom, saí de casa bem cedo, as 6 da manhã, cheguei em GRU as 6h30, o embarque é no T2 e foi tranquilo, pouca fila no controle de passaportes e raio-x, as 7h dentro da sala de embarque e com muito tempo de sobre deu pra ver os preços do Duty Free e também aproveitar as mordomias da sala vip da Amex (isso salva o bolso e o estômago), pena que fica no terminal 3 e a caminhada entre os terminais é longa. O voo chegou no horário e o embarque foi organizado e tranquilo. Era 10h20 e já estavam finalizado o embarque, aeronave um A321 foi com lotação de uns 80%, o espaço é curto e as poltronas não reclinam, praticamente todos respeitaram o seu bilhete e os bins foram vazios, muitas bagagens embaixo dos assentos. (tripulação em nenhum momento conferiu nada). Decolagem no horário e voo tranquilo, chegou 14h35. Serviço de bordo pago e bem caro. Mesmo com os jogos panamericanos, a imigração foi rápida e as 15h já estava na rua procurando como ir até o local de retirada do veículo. SOBRE O CARRO ALUGADO Ao chegar no quiosque da Budget no Terminal 2 não havia ninguém, o funcionário da cia ao lado, falou pra ir até o outro terminal e pegar o transfer pro pátio das locadoras, isso demandou uma caminhada e uma espera. No pátio das locadoras procurei a Budget e já tinham minha reserva separada, foi tudo rápido, não tentaram vender seguros e nenhuma outra coisa. Apenas um calção no cartão de crédito de 600 mil pesos, algo em torno de R$ 3.200, eu também havia emitido pela AMEX um seguro. O veículo era o mais básico possível, porém me deram um Peugeot 208 ano 2023, carro muito bom, com ótimo conforto o itens, como central multimídia e teto solar. Aqui no Brasil sempre entregam com o tanque cheio, lá o carro veio com 3/8 e era pra entregar do mesmo jeito. O veículo já vem com a tag do pedágio. Continua...
  2. Estou planejando uma viagem de carro ao chile em maio. Saio de Porto Alegre com mais dois yorkshire. Após algumas pesquisas na internet, vi alguns passos de documentação necessária para entrar na argentina com os dogs. Mas se alguem tiver alguma dica, ou passo a passo do que fazer antes da viagem pra não haver problemas na estrada. Desde já, agradeço.
  3. Olá. Estou planejando uma viagem de carro no mês de maio até San Pedro de Atacama. Quero aqui, dicas de quem já foi, e também se cinco dias é o suficiente para visitar os locais que coloquei na listinha abaixo. A minha ideia é fazer a maioria dos passeis com meu próprio carro, com isso, já salvei mapas e orientações de como chegar e entrar nos parques. Até chega lá o meu roteiro está assim: Porto Alegre > São Borja (pernoite) > Saenz Penha (pernoite) > San Salvador de JuJuy (pernoite) > San Pedro de Atacama (5 dias?). Lembrando que só eu dirijo, por isso, vou parando. ROTEIRO: Pesquisei bastante e cheguei a estes locais aqui, e quero pedir dicas de vocês porque a maioria farei sem agência. E se vocês acham que consigo fazer tudo em cinco dias. O que posso fazer no mesmo dia? SEM AGÊNCIA - COM MEU PRÓPRIO CARRO - LAGUNAS ALTIPLÂNICAS, PIEDRAS ROJAS E SALAR DE ATACAMA - LAGUNAS ESCONDIDAS (Baltinache) - VALLE DE LA LUNA E VALE DE LA MUERTE - LAGUNA CEJAR - TERMAS PURITANAS (pode ser descartado) - LAGUNA CHAXA (pode ser descartado) APENAS VIA AGÊNCIA: - GAYSER EL TÁTIO -SALA DE TARA - TOUR ASTRONÔMICO Muito obrigado.
  4. Em breve iniciarei o relato da aventura que está acontecendo neste momento. Estou hoje em Chile Chico, Chile. Seguindo para a Carretera Austral. Muitos perrengues, problemas da viatura, mas lugares maravilhosos para compensar tudo isso. Vou tentar fazer um relato com os custos de quase tudo que eu lembrar.
  5. Após a minha última aventura quando fui sozinho para a Carretera Austral no Chile eu fiquei sem viajar nas minhas férias seguinte. Sou professor e sempre tenho férias em dezembro/janeiro. Fiquei os 45 dias de férias triste e desanimado. Eu vendi a minha Ranger pois ela estava com um problema que poderia estragar o motor. Em seguida eu comprei a minha Toyota Hilux SW4 4Runner 2.7 a gasolina em outubro. Fiz a revisão inicial, troquei os pneus e isso tudo deu uns 5 mil. Não poderia viajar sozinho naquelas férias. Tentei de todo modo buscar companheiros para a viagem, porém não consegui. Ainda bem que não consegui... Um mês depois das férias o motor da Toy queimou a junta do cabeçote como que por mágica. Em nenhum momento ele ferveu ou esquentou a ponto de acontecer isso. Arrumei o problema e lá se foram mais $$$$$. Em julho coloquei um anúncio no grupo de professores do Parana do facebook procurando companheiros para a viagem. Inicialmente várias pessoas se interessaram, mas uma apenas fechou que iria. Depois essa professora, a Beatriz Goes, conseguiu mais um amigo professor para ir junto, o Edmar Lucas, ambos de Ponta Grossa - PR. A coisa complicou pq em outubro a Toy deu problema de novo. Queimou a junta do cabeçote outra vez. Dai eu ga$$$tei muito mais que da primeira vez para ver se não acontecia novamente. Aproveitei e fiz a embreagem, mandei revisar e limpar o radiador etc. Até o final do ano eu praticamente zerei tudo o que pudesse dar problemas na Toyota. Em outubro coloquei um anuncio aqui no Mochileiros para achar mais um companheiro de viagem. Em novembro apareceu o santista Adriano Lizieiro e fechamos o grupo. E para melhorar mais ainda, O Glauber e a Érica com sua Chevrolet S-10 a gasolina se juntaram a nós para formarmos um grupo de duas viaturas na viagem. Muito mais seguro. Isso me ajudou muito quando tive um problema na Toy. Saímos no dia 28/12/2015. Segue o relato.
  6. Boa noite pessoal !! marinheiro de primeira viagem estou indo viajar de carro até o Chile em março , alguém sabe informar o melhor trajeto para chegar a Santiago, na volta passarei em Mendonza , e outras cidades da Argentina Obrigado
  7. CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO E depois de 7 meses da viagem e tanto postergar vou enfim postar o relato da nossa viagem. Contextualizando.. após conhecer esse site em algum momento da minha vida, comecei a ver os relatos de viagem do clássico mochilao América do Sul e desde então passei a me interessar sobre esse roteiro e após algum tempo, enfim surgiu a oportunidade perfeita de datas, comecei a planejar o passeio. Um dia que estava em casa com meus pais, comentei sobre a tal viagem, foi aí que recebi um pedido inusitado do meu pai “Posso ir com você filho?” e após a pergunta logicamente começamos a planejar juntos o mochilao, que agora era nosso!! A maior parte do relato foi escrita pelo meu pai, ele escrevia todos os dias um pouquinho, então acho que não deixamos o tempo apagar os detalhes. Espero que curtam e que possa ajudar de alguma forma e se tiver dúvida, sugestão ou se só quiser trocar uma ideia sobre responde aqui ou então manda uma mensagem la na nossa dm @celsobotelhos @danielbotelho23 MOCHILÃO PAI E FILHO Por: Celso Botelho da Silva e Daniel Gomes Botelho Em um belo dia num bate papo informal, meu filho Daniel, um jovem garoto, me confessa seu sonho de fazer uma viagem num estilo bem leve, sem protocolos, sem luxos, sem apegos, ir a lugares certos e incertos. Eu, um pai idoso e aposentado, com 61 anos, senti naquele momento vir a tona o meu espírito adormecido de também querer percorrer caminhos desconhecidos, novas culturas, novos povos. Naquele momento selamos nossos sonhos, começamos a traçar nossos roteiros e assim começou essa história de sair por aí. Os problemas começaram a surgir e por pouco quase desistimos. O roteiro era o tradicional mochilão Bolívia-> Chile -> Peru. Porém, às vésperas da viagem surgiram notícias sobre os protestos e manifestações por quase todo o Peru, principalmente na região que iríamos: o sul do país. Ficamos alguns dias na dúvida, mas decidimos seguir viagem com roteiro programado apenas até São Pedro de Atacama e de lá, dependendo da situação peruana, seguiríamos ao Peru ou então seguir no Chile, para Santiago. Pensando nisso, optamos por não comprar a passagem de volta. Decisão tomada, mochila arrumada e pé na estrada. DIA 01 - 29/01/2023: RUMO A CIDADE DE UYUNI E O MAL DA ALTITUDE. No Aeroporto de Guarulhos/SP - pai e filho Saímos do Aeroporto de Guarulhos/SP às 10:15 hs com destino a Santa Cruz de La Sierra na Bolívia e lá pegamos um vôo para a cidade de Sucre, onde chegamos por volta das 17:00 hs. Para nossa surpresa, ao desembarcar da aeronave e caminhar até a sala de espera, comecei a sentir um desconforto e imediatamente sentei-me numa cadeira. Era o mal da altitude - o tão famoso soroche. Daniel, que é médico, mediu minha saturação e deu 92. Então fiquei sentado e ele foi comprar água e medicamento. Ao retornar notou meus lábios ficando roxos e as extremidades dos dedos dessaturando e ficando também arroxeadas. A saturação já tinha caído para 85 em poucos minutos...tudo muito, muito rápido. Demos mais um tempo, pegamos um táxi e fomos ao centro de Sucre. Daniel comprou medicamento para evitar o soroche ( dexametasona 4mg e soroche pills) e tomamos ali mesmo. Fomos almoçar e eu já estava bem melhor. Dali seguimos caminhando para a rodoviária, pois nosso ônibus para Uyuni iria partir às 21:00 hs. Ficamos surpresos com o trânsito caótico e como uma rodoviária poderia ser tão pequena e confusa, mistura de embarque com desembarque, ônibus sem indicação nos painéis dos locais de destino e tem uns homens que ficam gritando o tempo todo pelos passageiros. Um verdadeiro caos. Nosso ônibus, da empresa Emperador, atrasou e saiu às 21:40 hs. O banheiro sem água e papel higiênico (ficou aquele cheirinho) e tinha uma criança dormindo no corredor, além de várias bagagens espalhadas pelo chão. Trânsito caótico nas proximidades da rodoviária de Sucre INN: O almoço em Sucre, restaurante simples, comida boa e barata. OUT: Soroche - o mal da altitude. DICAS: Começar a tomar o remédio para soroche um dia antes de chegar na Bolívia. Caso venha por Sucre, comprar as passagens do ônibus para Uyuni pela internet, assim passará menos sufoco na rodoviária. Trocar dinheiro já no aeroporto de Santa Cruz, cotação justa e facilita pagar o táxi e demais despesas em Sucre. FIQUE ATENTO: Ao fazer a imigração em Sucre, estavam exigindo comprovante de vacinação da COVID.
  8. Olá Mochileiros, Trazemos o relato atualizado pós-pandemia sobre o circuito W em Torres Del Paine, verão que fizemos ligeiramente modificado, mas acho que é também uma forma válida de fazer. Para melhor encontrar as informações que necessite, o índice do meu relato será: > Roteiro - Circuito W > Roteiro - Deslocamentos > Custos de Viagem > Alimentação de Trekking > Equipamentos Indicados > Equipamentos Contra-indicados ROTEIRO - CIRCUITO W Dia 01: Paine Grande > Mirante Pehoé Km total: 10 km Realizamos o deslocamento da cidade até o parque (descrito abaixo), ao chegar no Refúgio Paine Grande organizamos o acampamento, deixamos nossas coisas dentro da barraca (é seguro), pegamos apenas a mochila de ataque e fizemos um hike até o mirante Pehoé. O tradicional do circuito W é realizar a subida direta até o Refúgio Grey ou fazer um ataque até o Mirador Grey no primeiro dia, fizemos a escolha do Pehoé ao invés do Grey porque achamos imperdível, deixo abaixo os registros para tirarem suas preferências. Os mapas do parque possuem uma quilometragem incorreta das distâncias, abaixo deixo a correção com as distâncias aferidas e confirmadas com Wikiloc. Os mapas registram 3 km, mas na verdade são 5 km, somando ida e volta pelo Paine Grande de 10 km. Dia 02: Paine Grande > Camping Francês Km total: 9,5 km Acordamos bem, a barraca aguentou a noite, e nós o frio. A estrutura do Refúgio Paine Grande é uma das melhores, possui mercadinho que vende inclusive: ovo! A cozinha é bem estruturada, porém é necessário levar tudo, panelas, talheres, gás.. etc. Nesse trecho pegamos uma paisagem incrível, aconselho sair cedo para poder registrar bastante. Nos mapas esse trecho está como 7,5km, mas são na verdade 9,5 km. Quando se chega ao Camping Italiano, a placa indica 2 km até o Francês, mas na verdade é apenas 1 km. Dia 03: Camping Francês > Mirador Britânico > Camping Francês Km total: 13 km No 3º dia escolhemos realizar um day hike, apenas mochila de ataque para aproveitar bem o dia. E sem exagero é um dos dias mais lindos de viver dentro do parque, você caminha todo o tempo margeando o Paine Grande e ele é cada vez mais esplêndido. Conselho para o dia: Saia cedo! Acabamos ficando tranquilos demais e perdemos muito tempo para sair. Como toda a trilha é muito linda, para-se muito para fotografar e você pode acabar perdendo o tempo de chegar até o final e voltar. Outro detalhe importante é que a trilha é sempre subindo, então cansa bastante. Camping Francês > Camping Italiano: 1 km (ida) Camping Italiano > Mirador Britânico: 5,5 km (ida) Dia 04: Camping Francês > Camping Chileno Km total: 17,6 km Esse trecho é o que requer sua maior atenção, muito longo, muita subida e descida, e onde irá encontrar a maior dificuldade de orientação. As placas de distâncias nesse trecho tem erros graves e acabam deixando trilheiros expostos ao anoitecer por acreditarem que irão percorrer 7km, quando na verdade são 11km, por exemplo. É um caminho com muito desnível. Aqui a dica também é sair cedo do Francês, para poder curtir a vista, principalmente dos primeiros km. Camping Francês > Camping Cuernos: 4 km (nas placas/mapas indicam que é 2,5 km, está incorreto) Camping Cuernos > Bifurcação Chileno/Las Torres: 11km Bifurcação > Camping Chileno: 2,6 km Refúgio Los Cuernos Dia 05: Camping Chileno > Mirante da Base das Torres > Camping Chileno > Saída do Parque Km total: 17,3 km Um dia memorável, acordem cedo! Madrugamos para desmontar a nossa barraca e empacotar as coisas para subir (visto que o check-out no chileno é até as 9h) Se você alugar a barraca nesse dia será mais fácil. Ou você só precisa acordar muito cedo, sugiro: 4h da manhã. Acordamos 5h e não chegamos a tempo pro nascer do sol. Aqui também irão se deparar com km erradas, indicando algo como 3,5 km até as torres, na verdade serão 5,5 km de subida íngreme e serpenteada desde o Chileno. Mas a vista é incrível e imperdível. Se conseguir chegar para o nascer do sol, é possível que esteja lotado, mas com um pouco de paciência, as pessoas vão saindo, se programe para ter esse tempo extra e poder registrar o local com calma. Refúgio Chileno > Base das Torres: 5,5 km + 5,5 km (Ida e Volta) Refúgio Chileno > Hotel Las Torres: 4,3 km (só descida) Hotel Las Torres > Centro de Bien Venidos: 2 km ROTEIRO - DESLOCAMENTOS Simplificarei a informação, visto que necessitamos ficar 2 dias a mais em Santiago na ida e na volta por conta dos resultados dos exames PCR, por conta do contexto da pandemia. Deslocamento residência > Puerto Natales Avião: Cuiabá > São Paulo (GRU) > Santiago Valor: R$ 1.200,00 por pessoa (ida/volta) - LATAM Avião: Santigo > Punta Arenas Valor: U$ 17,00 - SKY Airlines O valor final com compra de bagagem despachada (por conta dos bastões e barraca) ficou R$ 450,00 por pessoa (ida/volta) Ônibus: Punta Arenas (Aeroporto) > Puerto Natales O ônibus passa no aeroporto e busca no desembarque, mas é necessário comprar com pelo menos 1 dia de antecedência pelo site. Duração: 3h15 - Horários disponíveis a cada 3h. Valor: $ 7.500 (pesos chilenos) - Compre online antecipado Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Deslocamento Puerto Natales > Torres Del Paine Nosso objetivo era ir para Pudeto, aonde se pega o Catamarã para chegar no Paine Grande, mas você pode escolher a portaria que quiser. Duração: 3h - 2 horários disponíveis por dia (6h40 ou 7h) Valor: $ 6.000 (pesos chilenos) - Compre online antecipado! Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Catamarã Necessário para atravessar o Lago Pehoé, é possível chegar por trilha também, verifique os meses em que ela está disponível, algumas temporadas ela é bloqueada para esse percurso. Duração: 30 minutos. Disponível 2x por dia, 1x de manhã (10h) ida para Paine Grande e 1x de tarde às (17h) volta do Paine Grande. Valor: $ 23.000 ou U$ 35 (Pode-se pagar em qualquer uma das moedas, APENAS DINHEIRO, não aceita outras formas de pagamento). Não tem como reservar, então se for em meses de alta temporada, busque pegar o ônibus mais cedo possível. Site do Catamarã para consulta de horários e valores Transfer: Centro de Bien Venidos (Prox. Hotel Las Torres) > Portaria do Parque TDP (Laguna Amarga) Esse transfer é necessário para se chegar ao local aonde se pega o ônibus que levará de volta a cidade. Duração: 10 minutos - sai a cada 15 minutos aprox., último horário é aprox. 19h30. Valor: $ 3.000 (pesos chilenos) - Apenas em dinheiro, não aceita outras formas de pagamento. Deslocamento: Portaria do Parque TDP (Laguna Amarga)> Puerto Natales Os ônibus ficam enfileirados na Portaria, basta encontrar o seu. Duração: 3h - possui horários de retorno a cada 4h aprox. Valor: $ 7.000 (pesos chilenos) - Compre online antecipado! Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Deslocamento Puerto Natales > Brasil Ônibus: Puerto Natales (Rodoviária) > Punta Arenas (Aeroporto) Valores: $ 7.500 pesos Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Avião: Punta Arenas > Santiago Valor: R$ 450,00 por pessoa (ida/volta) c/ bagagem - Skyairlines Avião: Santiago > São Paulo (GRU) > Cuiabá/MT Valor: R$ 1.200,00 por pessoa (ida/volta) - LATAM CUSTOS DE VIAGEM Passagens Aéreas: R$ 1.900,00 por pessoa (com bagagem) Ônibus + Catamarã: R$ 346,86 por pessoa Ingresso do Parque Nac. Torres Del Paine: R$ 521.41/2 = R$ 260,70 por pessoa Estadia em Camping (sem equipamento/ sem extras) Parque Nac. Torres Del Paine: R$ 889,57 /2 = R$ 444,78 por pessoa Estadia Puerto Natales: Airbnb R$ 360,00 - 2 diárias / por pessoa (aprox.) Alimentação: R$ 623,00 por pessoa Seguro Viagem: R$ 955,00/2 = R$ 477,50 por pessoa Obs: obrigatório devido COVID-19, pode ser que em outro momento volte a ser opcional, reduzindo o custo. CUSTO TOTAL DE VIAGEM R$ 4.412,84 (por pessoa) Obs: realizei uma estimativa com uma viagem bem resumida apenas o mínimo para fazer o circuito W, mas meu roteiro foi bem mais estendido, incluindo o Torres Del Paine (Full Day) que realiza um tour pela estrada, por fora do parque, são outros cenários, e indico muito fazer, porém aumenta consideravelmente o custo com alimentação, estadia e o passeio custa aprox. $ 35.000 pesos por pessoa. Mirante do Full Day TDP ALIMENTAÇÃO DE TREKKING - Comida Liofilizada (LioNutri) R$ 38,00 por embalagem/refeição Indico os sabores: Batata doce, frango e brócolis e Risoto Primavera. - Barrinhas de Cereal/Proteína e Castanhas. - Flocão para cuzcuz (café da manhã) - Ovo (levamos em uma cápsula que construímos com cano PVC) - Café Solúvel (L'or ou Starbucks) - Chá Preto - Batata Chips Krizpo (produto local, compra-se nos abrigos/cidade) - Sal - Chocolate EQUIPAMENTOS INDICADOS - Barraca NatureHike CloudUp2 - Bastões de Trekking - Isolante Térmico/Colchonete: Therm-a-rest Neoair Xtherm (testamos alguns e esse foi o melhor em todos os quesitos: aquecimento; conforto; peso e volume) - Fleece (Marcas recomendadas: Conquista; Curtlo; Patagônia; Decathlon (Forclaz); The North Face; Columbia) - Jaqueta de Pluma ou Fibra (Marcas recomendadas: Rab (importada); Mountain Hardwear (importada); Columbia; Conquista (Chaltén); Patagônia; The North Face) - Anorak: Jaqueta contra vento e chuva (Marcas recomendadas: OR (importada); The North Face (importada); Patagônia (importada); Columbia (acha no BR, mas busque uma com boa coluna d'agua > 3.000mm); Decathlon (busque os modelos mais caros e com maior coluna d'agua.) Obs: Não economizem na sessão proteção contra vento e chuva, isso pode destruir a sua viagem, as marcas que recomendamos são aquelas que mais vimos por lá, e inclusive compramos depois. Fomos com um anorak da CONQUISTA e tivemos SÉRIOS problemas durante a trilha, foi o maior perrengue, então garantam que essa proteção será 100% confiável. - Poncho: fui resistente a levar porque quis economizar peso/volume, mas hoje recomendo levar! Vai ser uma proteção extra para você e as alças e costado da sua mochila, em um local com temperaturas < 5 graus, qualquer coisa molhada pode roubar muita temperatura sua. Dica de amigo: escolha com carinho seu anorak e leve um poncho! Equipamentos para Locação em Puerto Natales
  9. Olá mochileiros, vou fazer o mochilão Chile-Bolívia-Peru em janeiro. Vou começar visitando o deserto do Atacama, depois irei para Ayuni, aí gostaria de saber qual seria a melhor opção de deslocamento de Ayuni até Cusco (Machu picchu) sem ser um voo direto entre essas duas cidades, já que o preço é bem salgado KKK). Também vi na internet uma opção de deslocamento por meio de onibus que não sei se é seguro, alguém que já fez esse trajeto poderia me ajudar?
  10. Boa noite. Comprei passagem ida e volta para o Chile pela SKY, e comprei uma bagagem despachada pensando mais em trazer vinhos. Porem solicitei informação ma cia referente a quantidade de garrafas permitida e recebi a informação que permitem no máximo 03 litros na mala de mão ou despachada. Alguém sabe confirmar isto? Segue abaixo e-mail recebido: "Hola Marcio, Podrás llevarlo en tu equipaje de mano o en bodega teniendo en cuenta lo siguiente: Para vuelos nacionales dentro de Chile y Perú podrás llevar máximo 5 litros, los que pueden estar distribuidos, por ejemplo, en 5 botellas de 1 litro o 2 botellas de 2.5 litros. Para vuelos internacionales, no deben sobrepasar los 3 litros; por ejemplo, podrás llevar 3 botellas de 1 litro o 1 botella de 3 litros. En ambos casos cada botella debe estar debidamente rotulada y no debe superar los (medidas equivalentes): 70% de graduación de alcohol o 70° (Ej: Alc 70% vol) o 140 proof (sistema de medición norteamericano). Considera que, si compras en las tiendas al interior de aeropuerto, no deberás superar el límite de botellas de alcohol permitido para tu viaje."
  11. Fala, pessoal! Primeiramente queria agradecer aos inúmeros relatos e informações daqui que me ajudaram demais a organizar esta viagem 😃 Vou tentar deixar uma ideia geral sobre o planejamento, equipamentos, trajeto e uma sugestão de itinerário que eu faria caso tivesse mais tempo por lá. Espero poder ajudar (animar e inspirar tbm) de alguma forma a quem ainda está se preparando e pensando em ir. (foi o lugar mais bonito que estive na vida!) Antes de seguir com os detalhes, só um pequeno contexto para explicar o porquê de algumas decisões que tomei: Dois amigos de infância já tinham viagem marcada e estavam com tudo planejado a ir para TDP, fazer o W, e seguir para o Atacama. Todas as passagens estavam compradas e reservas de camping feitas. Como tenho dois filhos, sendo um bebê recém nascido, a ideia de me ausentar de casa neste momento para viajar era impossível. Mas minha esposa ao saber da viagem me deu o maior vale night da história hahahaha S2 e insistiu para que eu fosse, aproveitar ao menos a semana em TDP enquanto ela segurava as pontas em casa. Sem palavras. Divida eterna! =D Então acabei entrando na viagem deles, na janela de TDP, e me adaptando a proposta: 3 noites de camping e 4 dias de trilha. Nunca tinha tido uma experiência de trekking como essa, no máximo fiz as trilhas das Chapadas pelo Brasil e acampava com meus pais quando criança mas todos os pormenores eram organizados por eles. Já fiz o Caminho de Santiago, de bike duas vezes, mas tbm o processo era bem diferente, e me considero um noobie no assunto de trekking e camping. Então saibam que as dicas que eu der aqui são baseadas só nesta breve experiência e de alguém que não tinha conhecimento prévio algum 😃 Reservas As reservas para os campings precisam ser feitas com certa antecedência. Eu fui no final da temporada, am abril, e consegui fazer as reservas há pouco menos de um mês para a viagem. Como fiquei no Paine Grande, Francês e Central usei apenas estes sites: Paine Grande: https://reservas.verticepatagonia.cl/paso3.xhtml a 12$usd pra duas pessoas Francês: https://lastorres.com/en/camping/camping-frances/ a 50$ usd para duas pessoas e Central: https://lastorres.com/en/camping/camping-central/ tbm a 50$ usd para duas pessoas Além do camping, é possível alugar equipamentos e outras opções de acomodações tbm nestes sites. Ainda assim, caso não reserve, mas eventualmente precise, é possível alugar algo no dia diretamente no refúgio. Os preços são bem mais caros, como todo o resto das coisas vendidas no parque (por exemplo, pagamos uma cerveja longa neck no final do terceiro dia por 3000 pesos (+- R$ 26 - mas foi bem merecida hahahahaha) A entrada do parque pode ser reservada antes pelo site, mas tbm é possível comprar assim que chegar de ônibus por lá. O ônibus pára e as pessoas descem para comprá-la diretamente na "bilheteria". Entrada: https://www.aspticket.cl/paso1.xhtml 21000 pesos / +- R$130,00 Equipamentos Após pesquisar um pouco decidi alugar todos os equipamentos mais pesados diretamente na cidade de Puerto Natales. Havia a possibilidade de comprar no Brasil e despachar mala, alugar na cidade e/ou alugar no camping, mas fomos pelo o que achávamos o melhor custo X benefício. Como não tinha nenhum equipamento no Brasil eu ainda teria que comprá-los, e errar nesta hora podia sair muito caro. Então, alugar diretamente na cidade provavelmente seria de coisas já testadas e com especificações adequadas pra trilha. Assim, acabamos por alugar na cidade: saco de dormir, Isolante, barraca, bastão de trekking e kit com fogareiro e utensílios para cozinhar. O botijão de gás acabamos comprando na cidade (6000 pesos, +- R$ 37,00) (é fácil de achar e tem várias lojas que vendem). Tudo foi alugado no Nikos: https://www.nikostwoadventure.com/es/alquiler-de-equipo/ Conheci pessoas que conseguiram levar o bastão de trekking do Brasil na bagagem de mão sem problemas, mas entendo que foi questão de sorte conseguirem passar. Pelo menos no Chile há diversos locais nos aero com recados sobre a limitação de embarcar com o bastão. Um ponto de atenção aqui que sofremos muito pela pouca experiência é que estes equipamentos alugados foram escolhidos por serem os mais baratos e isso, acho, implicou em itens menos eficientes e mais pesados que possivelmente existiriam em outras opções. Então, sugiro tentar pesquisar um pouco mais e ver o real custo benefício na hora de definir o local do aluguel. Por exemplo, o nosso saco de dormir, barraca e Isolante apesar de darem conta do frio que pegamos (toda noite fez facilmente -5°) eram muito pesados e volumosos. O Isolante parecia um colchonete destes que vendem em supermercados no Brasil hahahaha. (Corcunda de Notre Torres passando com seus equipamentos por sua tineline hahahaha:) Para os quatro dias levei o seguinte: 4 cuecas 4 meias p trekking 4 camisetas manga curta 1 camiseta manga longa 1 calça/bermuda de trekking 1 calça fleece 1 blusa fleece 1 casaco fleece 1 anorak corta vento impermeável 1 boné 1 gorro 1 protetor de pescoço 1 par de luvas 1 toalha de microfibra 1 poncho impermeável 1 travesseiro (destes de pescoço de avião) 1 par de chinelos 1 mochila 40L 1 mochila de ataque 5L 1 lanterna de cabeça 1 óculos escuros 1 cantil para água 0,8L 1 cartela de clorim 1 kit garfo/faca/colher 1 kit primeiros socorros 1 kit higiene pessoal 1 kit farmácia (essencial: analgésicos, antitérmico, anti-inflamatório, anti histaminico, vaselina para evitar bolhas nos pés, protetor solar, protetor labial) + celular, carregador, powerbank Um parênteses sobre a bota: comprei a NH100 da decatlhon e de uma forma geral gostei bastante do modelo, bom custo X benefício, deu segurança nas terrenos, tem bom gripe e impermeabilidade. Mas eu nunca tinha usado uma e tentei ao máximo amacia-lá antes da viagem e acostumar os pés. Na maior parte dos dois primeiros dias não senti nenhum incômodo, mas a partir da subida do mirador Francês, quando machuquei meu tendão de aquiles, talvez por começar a pisar de forma a compensar a dor, comecei a sentir bastante ela pegar em outros pontos do tornozelo. No terceiro e quarto dia (e demais dias da viagem) foi só na sofrencia e dor constante a, literalmente, cada pisada. Então, de qualquer forma, não custa lembrar que a recomendação é sempre usar botas já rodadas e que tenham sido amaciadas por vc = ) Mantimentos As trilhas passam por diversas fontes de água que dizem ser muito puras e potável (basicamente é água de degelo né?). Contudo, a informação que recebemos é para não consumir de fontes do entorno e próximas aos campings, principalmente entre o Central e o Chileno, e que as demais são muito seguras. Optei por levar umas pastilhas de clorim mesmo assim para evitar qualquer coisa e foi super prático e passei muito bem. Por outro lado, dois de meus amigos consumiram água direto das fontes sem nenhum tratamento e passaram super bem tbm. 20230408_135431.mp4 Em relação às comidas, assim como os equipamentos, é possível comprar kits diretamente nos campings e alguns itens avulsos como salgadinhos, barrinhas e bebidas. Em razão do custo, optei em levar do Brasil o máximo de coisa que caberia em minha bagagem de mão e torcer para a alfândega do Chile deixar passar hahahaha. Mas o site deles é bem claro quanto a isso (https://www.sag.cl/ambitos-de-accion/productos-de-origen-vegetal) , e alimentos industrializados em geral passam sem problemas algum, bastando apenas declarar pelo formulário na entrada (a cia aérea vai orientar como fazer mas tbm é possível se adiantar e fazer pelo site). Decidi comprar algumas comidas da marca Vapza e gostei muito da facilidade, tempo de preparo e sabor (feijão, lentilha, mandioca, frango desfiado e feijoada - sim! comemos feijoada na trilha e vou te dizer foi a melhor janta de todas hahahahaha) Além disso, tbm levamos do Brasil, miojos, missô, sopao, barrinhas de proteína e paçoquinhas. Em Puerto Natales fomos no supermercado e compramos tbm alguns nuts, purê de batata em pó, farinha de pão (usamos muito pra dar liga nas coisas e fazer tutu) e coisas para fazer lanche no café e no meio da trilha: pão de forma, queijo, salame e geleia (montamos tudo antes de ir pro parque =)) Lógico que tudo isso pesa bastante na mochila e a dica pra quem tem condições e vontade é ou levar alimentos próprios pra isso (liofilizada por exemplo) ou mesclar e comprar os kits diretamente nós campings (mas não sei os detalhes de como funciona). Ah, um ponto de atenção: conhecemos um grupo que guardou as comidas dentro da barraca para um dia de ataque e tiveram as barracas rasgadas por roedores (esqueci os nomes/espécie dos meliantes kkkk, mas dizem que é comum acontecer). Para evitar isso, todos os dias deixamos as comidas (todas sem exceção) ou guardadas dentro da cozinha do refúgio ou penduradas em árvores próximas às barracas conforme orientação do pessoal e guias locais. Nos falaram que estes roedores têm dificuldades em subir em árvores e gostam mesmo é mais de trekking hahahaha (é sério!) Deslocamentos Cheguei no Chile por Punta Arenas de avião no dia 07/04. De lá até Puerto Natales fomos de ônibus, pelo empresa Bus-Sur e compramos a passagem assim que desembarcamos no aeroporto. A informação que tivemos, pelo menos no final de temporada, é que a disponibilidade dos ônibus é bem boa, e a recomendação de comprar as passagens com um dia de antecedência é bem ok. No balcão de informações ao turista do aero Punta Arenas tem uma plaquinha com a senha do Wi-Fi do aeroporto. Por lá conseguimos acessar e fazer a compra do próximo ônibus. Atenção aqui ao comprar a passagem para colocar a origem da viagem como Aeroporto de Punta Arenas e não apenas em Punta Arenas hahahah. Dois amigos e outro turista chegaram antes e acabaram comprando a passagem como se estivessem na cidade. O ônibus passou pelo ponto do aeroporto mas não esperou eles subirem pois não sabia que haviam outros passageiros naquele ponto do aeroporto. Parece meio óbvio, mas não custa avisar pra ter atenção na compra hahahaha. Na rodoviária de Puerto Natales tbm é possível comprar o ônibus para o Parque (ou pelo site mesmo) e é possível escolher o local de descida dentro do parque a depender da sua programação. Me parece que pela Internet há mais assentos disponíveis. Nós decidimos fazer o circuito inverso, partindo de Paine Grande com sentido às Torres. Para isso, vc tem que entrar no parque e descer do ônibus em Pudeto. Em Pudeto, pega-se um catamarã que atravessa o Lago que desembarca em Paine Grande. O catamara é pago na hora, diretamente dentro do barco. Atenção que só aceitam pagamento em efetivo/dinheiro e o preço foi de 30$ usd / 25000 pesos. Além disso, não percam o canhoto/comprovante que dão na entrada do catamara após o pagamento, pois só é possível sair do barco se apresentar o mesmo, caso contrário vc terá que pagar a passagem novamente. 20230408_111744.mp4 Período Fizemos no final da temporada, em abril, outono, e tivemos a benção de pegar todos os dias excelentes! Céu limpo na maioria dos dias, frio mas com pouca chuva e um pouco de neve pra dar aquela alegria pra quem nunca viu em apenas uma manhã de todos os dias. Foi muito bom mesmo! As montanhas estavam com poucas nuvens, muita visibilidade e o show de cores das árvores no outono estava espetacular. Além disso, as trilhas ficam bem menos movimentadas que outras épocas e os campings com bastante gente ao meu ver mas ainda assim com tudo dentro do controle e funcionando bem. Itinerário Como disse no início, tínhamos um período de tempo bem limitado para fazer o W e no final o itinerário foi o seguinte: Dia 8/4: iniciar em Paine Grande, montar barraca e deixar os equipamentos e mochila no camping. Subir até o mirador Glaciar Grey com ataque, voltar e dormir em Paine Grande; Dia 9/4: sair de Paine Grande, ir até o camping Italiano, deixar a mochila e equipamentos, subir até o mirador Francês com a mochila de ataque e voltar, e seguir com todos os equipamentos para o camping Francês; Dia 10/4: sair do camping francês com todos os equipamentos e ir até o camping Central; Dia 11/4: sair do camping Central só com mochila de ataque e subir até o mirador base das Torres e voltar. Pegar a mochila e equipamentos e voltar para Puerto Natales. Entre mortos e feridos hahahaha conseguimos cumprir o proposto, mas caso tivesse mais tempo e em outra situação eu optaria em fazer o seguinte: Dia 1: chegar em Paine Grande no meio do dia, montar barraca, dormir cedo Dia 2: fazer bate e volta no mirador do Glaciar Grey com mochila de ataque. Dormir em Paine Grande Dia 3: sair de Paine Grande e seguir direto pro camping Francês, levando todo o equipamento. Dia 4: fazer bate e volta no mirador britânico com mochila de ataque Dia 5: sair do camping Francês e seguir direto pro camping Central, levando todo o equipamento. Dia 6: fazer bate e volta no mirador base das Torres com mochila de ataque. Seguir para Puerto Natales no final do dia. Com esses dias a mais séria possível fazer tudo com mais calma, com tempo pra poder curtir os miradores e diminuindo o risco de lesão por todas as correrias. O revés aí seria o aumento do custo de aluguel e diárias, além de precisar levar pouco mais de comida no geral. Mas mesmo assim acho que valeria bem a pena 😃 Bom, é isso. Caso tenham alguma outra dúvida e precisem de mais detalhes podem me perguntar que tentarei ajudar =D
  12. Olá gente tudo bem? esse é meu roteiro , minha duvida é mesmo em janeiro , precisa se preparar tanto para o frio nesses destinos? oque recomendam de usar e onde comprar? Janeiro /2024 Foz do Iguaçu - Santiago Dia 04/01 - Santiago 07/01 - Mendonza Mendoza - 10/01 - Bariloche Bariloche - 17/01 - El calafate El calafate - 23/01 - Buenos Aires 26/01 Buenos Aires - Montevideu Buenos Aires - Iguazu. Não sei definitivamente oque levar , vou levar uma mochila de 40l é no maximo mais uma mochila de ombro , por isso não queria errar nas roupas porque não vou ter tanto espaço.
  13. Em março de 2023 finalmente realizamos nosso sonho de ir até o extremo sul do nosso continente de carro, conhecendo as belezas das paisagens da Patagônia. Fui eu e minha esposa em um jipe Suzuki Jimny, o carro foi muito valente, não deu nenhum problema. Os pneus mais parrudos (mud 215 75 r15) e a tração 4x4 ajudaram nos trechos de rípio (estrada de cascalho), dá pra andar um pouco mais rápido nesses trechos com esses recursos. Mas não é essencial, com calma dá pra ir com QUALQUER carro, inclusive a maioria dos viajantes que vimos percorrendo os mesmos caminhos eram até motoqueiros, de todas as partes do mundo. É uma viagem fantástica, que relatos ou fotos não podem descrever plenamente a sensação de fazer. Antes de começar, no planejamento, parece loucura, as grandes distâncias, horas dirigindo, possíveis perrengues. Mas depois que começa a viajar, a ansiedade vai sumindo, o roteiro vai se desenrolando naturalmente e a grande maioria dos trechos de estrada são muito prazerosos de percorrer. Faço esse relato para auxiliar na logística, planejamento e incentivar quem também está sonhando viver essa aventura. Se tiver esse sonho, faça o devido planejamento de tempo, finanças, documentação, esteja com a manutenção do seu carro em dia e simplesmente vá, não pense muito mais do que isso! Embarque na viagem que dá certo, se joga! DICAS GERAIS Dinheiro no Uruguai: país caro! Tudo lá é mais ou menos ⅓ mais caro que aqui. Trocamos reais em espécie por pesos uruguaios. Dinheiro na Argentina: país barato! Com a cotação blue sai tudo mais ou menos a metade do preço do Brasil. Fizemos 4 transferências grandes que sacamos tudo de uma vez na Western Union de Buenos Aires. Pagamos toda a alimentação e gasolina da viagem em espécie, e algumas hospedagens também quando não aceitavam cartão. Também levamos um cartão C6 Global com US$ para pagar as hospedagens. No dia 5 do relato explico melhor. Dinheiro no Chile: país caro! Tudo lá é mais ou menos ⅓ mais caro que aqui. Levamos dólares em espécie que trocamos por pesos chilenos. Alguns gastos no cartão global. Documentação: leve passaporte! Facilita muito os trâmites e ainda dá para carimbar nas fronteiras, Peninsula Valdes e Ushuaia. Versão impressa do documento (CRLV) do veículo e carteira de habilitação foram pedidos em todas as fronteiras e blitz policiais. Algumas vezes Carta Verde. Até fiz o Soapex do Chile mas não pediram nenhuma vez. Ítens do carro: levei dois triângulos, extintor novo e carregado, kit de primeiros socorros. Tenho cintas de reboque no carro também, mas nada disso foi pedido nenhuma vez. Mantimentos: como várias regiões remotas e isoladas são percorridas, sempre levávamos pelo menos 3L de água no carro e comida para um dia pelo menos, no caso de algum problema com o carro e demora no socorro, mas ainda bem que nada ocorrreu. Dia 1 - Campinas(SP) => Tubarão(SC) (880 km) Dia de iniciar o deslocamento ao sul, pegamos muito trânsito na Régis Bittencourt na serra do Cafezal devido a um tombamento de carreta, e também na BR101 próximo da divisa PR/SC devido à obras. Depois tudo parado também em Itajaí(SC), viagem longa e desgastante de aproximadamente 12h, o que já era previsto. Dia 2 - Tubarão(SC) => Barra do Chuí(RS) (840 km) Dia mais legal que o anterior, praticamente sem trânsito. Entre Porto Alegre e Pelotas já começam os trechos de pista simples, mas sem muitos caminhões. De Pelotas até o Chuí, estrada linda, retas sem fim e passagem pela reserva ambiental do Taim. Nos hospedamos em Barra do Chuí porque queríamos ver a divisa no litoral entre Brasil e Uruguai, são apenas 10km a mais, acredito que vale mais a pena, é muito mais bonito, em Chuí não tem muita coisa pra ver. Ficamos em uma pousada de chalés simples mas que proporciona uma vista sensacional do arroio Chuí, do farol e dos molhes, se chama El Faro del Pajarito, fica literalmente na rua mais ao sul do Brasil. Dia 3 - Barra do Chuí(RS) => Montevideo (420 km) Antes de sair do Brasil, ENCHA O TANQUE de combustível. A gasolina no Uruguai tá muito cara, praticamente o dobro da nossa. Atravessamos a rua que divide os dois países, trocamos reais por pesos uruguaios em uma casa de câmbio e seguimos até a aduana. Estava sem filas, fizemos a migração com os passaportes, nos pediram também o documento do carro impresso (CRLV), habilitação e o seguro carta verde. Depois da fronteira a primeira parada foi a fortaleza de Santa Teresa, fica perto da estrada e é muito bonita. Depois seguimos para conhecer Punta del Diablo e a Playa de La Viuda, uma praia com lindas dunas antes do mar, bem tranquila. A próxima parada foi Valizas, uma vilinha bem roots, com várias casinhas direto na areia da praia. Nos mantivemos na ruta 10, uma estrada menor e mais próxima do litoral, até chegar em La Paloma. É uma cidade maior, com vários restaurantes e um farol bem bonito. De lá seguimos, obrigatoriamente tivemos que voltar à ruta 9 passando por Rocha, mas assim que pudemos retornamos até a ruta 10 em Las Garzas. De Las Garzas até José Ignacio passamos por um trecho bem bonito e deserto da estrada, beirando o mar e percorrendo área de reserva ambiental. Em José Ignacio já começam a aparecer mais casas modernas e de alto padrão, só paramos para ver o farol e seguimos até Punta del Este. Pegamos um pouco de trânsito, não gostamos de praias urbanas assim, só tiramos uma foto no monumento da mão e fomos até a Casapueblo. O ingresso é um pouco caro, mas vale muito a pena para quem gosta de arquitetura e arte. E se estiver com o tempo aberto, o pôr do sol lá com a recitação da poesia é um momento muito bonito. De lá fomos até Montevideo, onde chegamos já anoitecendo, estrada muito boa até lá. Dia 4 - Montevideo => Colonia del Sacramento => Buenos Aires (200 km) Saímos cedo de Montevideo em direção a Colônia. A cidade é bem charmosa, chegamos próximos da hora do almoço, tem bastante opções de alimentação, mas lembrando que o custo de vida lá para nós do Brasil é um pouco mais alto. Demos um rolê ali no Barrio Historico até chegar o horário da balsa Buquebus, que aliás está bem cara (aproximadamente R$1000 duas pessoas mais o carro até Buenos Aires). Chegando em Buenos Aires só chegamos na hospedagem e saímos pra jantar por perto. Dia 5 - Buenos Aires => Bahía Blanca (650 km) Já tínhamos reservado a manhã para os procedimentos de câmbio de dinheiro. Sei que dá para pegar os pesos próximos da cotação blue na Calle Florida, mas preferimos a segurança da Western Union, já havíamos feito as transferências anteriormente e fomos sacar os valores em uma agência grande e oficial, localizada nesse endereço (Perú 160-118, C1067AAC, C1067AAD CABA). O horário de abertura era às 09h, chegamos lá umas 08h45 e já havia uma pequena fila. Fizemos o primeiro saque bem rápido, mas devido aos diversos relatos de falta de dinheiro nas agências e limites para saques, acabamos fazendo por precaução duas transferências menores de um para o outro. Isso nos fez perder mais 1h30 de fila para sacar de novo, acho que se tivesse feito apenas 1 transferência grande teria dado certo nessa agência, chegando cedo para garantir. Pela praticidade, acabamos sacando já o dinheiro suficiente para a viagem inteira, deu um calhamaço de notas, ocupando duas pochetes grandes inteiras. Apesar do risco, não queríamos perder tempo com os saques novamente, fora a disponibilidade limitada em cidades menores. Para complementar o dinheiro da viagem, levamos também um cartão C6 Global carregado em dólares, utilizado basicamente apenas para pagar as hospedagens. Antes não valia a pena, mas desde dezembro de 2022 está em vigor uma nova modalidade de conversão de moeda quando se utiliza cartão estrangeiro na Argentina, chamada popularmente de dólar tarjeta. Não chega a ser o dólar blue praticado pela Western Union mas chega próximo, e pagando o hotel com cartão você tem a isenção do imposto por ser estrangeiro. Então esta agora é a melhor forma de pagar hospedagens na Argentina, com cartão. Gasolina e alimentação foi tudo no dinheiro vivo, vale mais a pena. Saímos de Buenos Aires já era umas 13h, é uma distância considerável até Bahía Blanca, começamos a descer pela Ruta 3, depois da cidade de Azul pegamos a RP51, é o caminho mais curto pelo pampa, asfalto um pouco ruim em alguns trechos mas bem menos caminhões. Dia 6 - Bahía Blanca => Puerto Madryn (717 km) Ao invés do caminho sugerido pelo Google Maps, pela ruta 22 e depois 251 até San Antonio Oeste, fizemos tudo pela Ruta 3, passando por Viedma, acrescentando uns 70km ao trajeto, mas queríamos percorrer a Ruta 3 o máximo possível. E valeu a pena, entre Viedma e San Antonio Oeste é um trecho bem deserto e com duas retas gigantescas, foi legal ter passado por esse trecho. Chegamos em Puerto Madryn no final da tarde, já com o frio e o vento patagônico dando as caras. Dia 7 - Puerto Madryn => Península Valdés => Gaiman (300 km) Nesse dia amanheceu chovendo, nosso plano seria percorrer toda a Península Valdés (Punta Delgada, Caleta Valdés e Punta Norte), mas quando chegamos já na porteira de entrada da península, no istmo, nos informaram que as estradas poderiam estar intransitáveis devido às chuvas. Quando chegamos em Puerto Pirámides fomos informados que um ônibus havia derrapado na lama e bloqueado a estrada para acessar a Caleta Valdés. Havia uma viatura da polícia informando para não passar para o interior da península, porque as estradas estavam péssimas. Mesmo com nosso 4x4 e pneu mud, não autorizaram. Mas mesmo assim foi um passeio muito bonito, conhecemos Puerto Pirámides, fomos nos miradores. Haviam alguns brasileiros de motorhome por lá, nos deram a dica de ir na loberia próxima de Puerto Madryn, para não perdermos o dia e vermos os lobos marinhos. No caminho de volta a Puerto Madryn ainda passamos no mirador Isla de los Pajaros, a 2km do centro de visitantes da península, lugar sensacional, vale a pena esse desvio pequeno de rota. Em Puerto Madryn almoçamos e fomos no mirador da Loberia Punta Loma, haviam muitos animais lá, bem legal. Depois um pouco mais a frente fomos até a Playa Cerro Avanzado, totalmente deserta, onde acaba a estrada. De lá seguimos até Gaiman, uma cidadezinha galesa bem legal perto de Trelew, infelizmente chegamos tarde para o tradicional chá da tarde, mas vale conhecer essa cidadezinha. Dia 8 - Gaiman => Trelew => Punta Tombo => Comodoro Rivadavia (500 km) Chegamos em Trelew para ir no Museu dos Dinossauros, mas infelizmente estava fechado para reformas por tempo indeterminado, a previsão de reabertura é em junho/23. Seguimos para Punta Tombo, uma das maiores colônias de pinguins de Magalhães do mundo. É uma reserva muito bem estruturada com um centro de visitantes legal, que dá um contexto da reserva antes do passeio pelas passarelas. O passeio é bem bonito, dá pra ver muitos animais e chegar bem perto. Depois do asfalto um pouco de rípio até chegar na Punta Tombo, inclusive na volta percorremos o mesmo caminho de ida até a ruta 3, o Google Maps estava sugerindo voltar pela ruta 32, o que seria um caminho mais curto mas totalmente de rípio e provavelmente bem deserto. ATENÇÃO: esse trecho de Trelew até Comodoro Rivadavia é um dos mais problemáticos da viagem em questão de postos de combustível, principalmente se incluir a visita até Punta Tombo, que acrescenta uns 100 km no trajeto. Também começa a ventar muito, o que aumentou bem o consumo de nosso carro, em mais de 1 km/L. Na ruta 3 aparece um posto YPF Alamo no Google Maps que simplesmente não existe. Depois de Estancia La Concepción também havia um posto no meio do nada que não dá pra confiar se vai estar aberto ou se vai ter combustível, no nosso caso estava aberto mas só tinha diesel. O posto essencial para abastecer nesse trecho é um YPF que fica em Garayalde, o que dá uns 350 km de Trelew, incluindo a Punta Tombo. E mesmo lá há relatos de falta de combustível, mas conseguimos abastecer tranquilamente lá. Como a autonomia de nosso carro é baixa (400 km, talvez menos dependendo do vento), por segurança levamos um galão de combustível extra de 20L que abastecemos em Trelew e amarramos no bagageiro de teto. Também já começam a aparecer bastante animais na beira da pista, guanacos e nhandus (uma espécie de ema patagônica). Tem que ter precaução nos pontos sem visibilidade da estrada (curvas e ladeiras), eles ficam bastante no meio da pista, e correm às vezes para frente do carro, principalmente os guanacos. Chegando em Comodoro Rivadavia vale a pena conferir o El Farallon, uma formação rochosa gigantesca próxima da costa, que tem uma colônia com muitas aves marinhas, ali é bem bonito no pôr do sol. Dia 9 - Comodoro Rivadavia => Rio Gallegos (778 km) Dia de muita estepe patagônica. Nos primeiros quilômetros após Comodoro o caminho da estrada é lindo, vai beirando o mar, no começo da manhã estava bem bonito. Depois é um caminho com muita estepe deserta, muitos guanacos atravessando a pista e o vento patagônico fazendo jus à fama. Em alguns momentos é absurdo, chega a interferir na direção e frear bastante o carro em alguns momentos, o consumo de combustível sobe. Mas é um trecho mais tranquilo em questão de combustível, tem mais opções e são mais confiáveis, por segurança abasteci em Fitz Roy, Três Cerros e Comandante Piedrabuena, sempre quando abaixava de meio tanque. Dia 10 - Rio Gallegos => Rio Grande (375 km) Muitas pessoas vão direto para Ushuaia nesse dia, mas acredito que a parada em Rio Grande é a melhor estratégia. Os procedimentos das duas fronteiras podem demorar se tiver fila, e tem a fila da balsa do estreito de Magalhães também, ficamos mais de 1h. Fora que o trecho entre Rio Grande e Ushuaia é muito bonito e merece ser feito com calma, com a luz do dia boa. E ainda ganha um tempo livre de manhã em Rio Gallegos para visitar o Barco Marjory Glen, um barco enorme encalhado na praia há mais de um século. Vale muito a pena ir lá ver esse barco, dá uns 50km ida e volta da ruta 3. Os trâmites na fronteira Argentina/Chile foram tranquilos, sem filas. Depois da fila da balsa, a travessia do estreito de Magalhães é rápida. Entrando novamente na Argentina, abastecemos no posto YPF que fica ao lado da aduana argentina em San Sebastian (não vale a pena abastecer no Chile em Cerro Sombrero, após a travessia de balsa, a gasolina no Chile em geral é caríssima). De San Sebastian até Rio Grande, uma estrada boa, asfaltada. Chegando lá o frio já estava forte. Dia 11 - Rio Grande => Ushuaia (212 km) Trecho de estrada lindo, a estepe patagônica vai dando lugar às montanhas e bosques andinos, lagos maravilhosos no caminho (Fagnano e Escondido), vimos raposas zorro em um dos mirantes e até fizemos um pequeno off-road em uma estradinha beirando o lago Escondido. Ela começa em um dos mirantes do lago, vai beirando o lago e começa a subir, paramos no meio do caminho de subida e demos meia volta, mesmo de jipe. Não era seguro prosseguir até o final, estávamos sozinhos e pelo visto a estrada subia uma pirambeira de serra com erosões até o Paso Garibaldi. Voltamos pro asfalto e subimos a serra, a vista lá de cima do Paso Garibaldi é sensacional. A estrada volta a descer para um vale bem bonito entre as montanhas e finalmente chegamos em Ushuaia, nem dá pra descrever a emoção e sensação de ver o portal da cidade, depois de todo o caminho percorrido até lá. Almoçamos um cordeiro patagônico delicioso e ainda deu tempo de fazer o passeio de barco, já que o tempo estava bom tinha que aproveitar. Fomos com a empresa Três Marias, que faz o roteiro tradicional e mais o trekking na Isla H, a ilha mais ao sul da Argentina, mais até que a própria Ushuaia. O legal é que com eles o passeio é feito em um barco menor, não igual as outras empresas com catamarãs e grupos enormes de turistas. Fora o capitão e o guia que eram muito simpáticos e explicaram com detalhes tudo sobre o passeio. Demos a sorte de ver baleias respirando e mergulhando. As ilhas no caminho até o farol Les Eclaireurs são lindas, cheias de lobos, leões marinhos e aves. O farol é fantástico, e o trekking na Isla H foi o ponto alto, ver uma paisagem e vegetação que só existe lá, parece cenário de filme. Voltamos para o porto de Ushuaia já bem no final da tarde, com vento e muito frio. Dia 12 - Ushuaia => Parque Nacional Tierra del Fuego => Ushuaia (80km) É uma atração imperdível de Ushuaia, reserve um dia para passar lá, principalmente se estiver um clima bom. Um parque muito bem estruturado e nem dá pra descrever a beleza dos bosques, rios, montanhas, só indo e fazendo as trilhas para sentir isso. Fizemos apenas trekkings curtos (cascata Rio Pipo, mirador Lapataia, Castorera), de carro passamos pela agência do Correio do Fim do Mundo para carimbar os passaportes, almoçamos no Centro de Visitantes Alakush e finalizamos indo até a placa do final da ruta 3 na Bahia Lapataia, após 3045 km desde Buenos Aires. Dia 13 - Ushuaia => Rio Grande (212km) Aqui a dica de mais uma parada estratégica em Rio Grande. Em meu roteiro original estava para chegar em Puerto Natales no Chile nesse dia, mas sentimos que seria extremamente cansativo pela grande distância e a demora de mais um trâmite de fronteira e balsa novamente. Pudemos curtir a manhã tranquilos no centro de Ushuaia, compramos pesos chilenos, umas lembranças nas lojinhas e almoçamos. Estava chovendo e muito frio, quando estávamos saindo da cidade ainda demos a sorte de ver a neve caindo ali no portal da cidade. No caminho para Rio Grande, muita chuva, chegando lá frio e um vento absurdo. Dia 14 - Rio Grande => Puerto Natales (564km) Enchemos o tanque em San Sebastian e entramos no Chile, tudo rápido na fronteira. Chegamos na balsa e embarcamos logo em seguida. No caminho entre a balsa e Puerto Natales não tem quase nada de civilização, é uma região remota. Tem a vila abandonada de San Gregorio com o naufrágio do Vapor Amadeo, prédios em ruínas, um pouco depois o único posto de combustível no caminho, um Petrobras minúsculo na entrada do Puerto Sara, abastecemos lá (ATENÇÃO: o posto só funciona de dia e só aceita pesos chilenos em espécie). Segue pela ruta 255 até o entroncamento com a ruta 9, onde tem mais um posto. De lá muitos retões e vento até Puerto Natales. Dia 15 - Puerto Natales => Parque Nacional Torres del Paine => Puerto Natales (350km) O Parque Nacional Torres del Paine é famoso por seus circuitos de trekking, mas é perfeitamente possível conhecer as principais atrações percorrendo o parque de carro, intercalando com trilhas curtas a pé para chegar nas atrações. Fizemos tudo em 1 dia devido ao tempo apertado da viagem, mas o ideal seria ter mais um dia no parque para percorrer com mais calma e fazer mais algumas trilhas a pé. A logística de voltar todo o caminho para Puerto Natales de novo (mesmo pelo asfalto da ruta 9) também não foi a ideal. Seria melhor ter encontrado uma hospedagem no parque ou em Cerro Castillo, já perto da divisa com a Argentina no Paso Rio Don Guillermo, mas eram caríssimas e escassas. Então percorremos todo o parque sentido sul -> norte -> leste e voltamos para Puerto Natales. O ideal é percorrer o parque de carro nesse sentido, entrando pela Portaria Serrano (ATENÇÃO: SÓ ACEITAVAM PAGAMENTO DO INGRESSO EM CARTÃO), porque assim você fica boa parte do caminho indo de frente para as montanhas icônicas Cuernos del Paine. Dentro do parque existem apenas estradas de rípio, alguns trechos em bom estado, outros nem tanto, mas todos os veículos passam tranquilamente. Após a portaria fomos ao Lago Grey e fizemos a trilha até o mirador do lago (1h a pé). É um lugar lindo, o contraste do lago cinza com os icebergs de azul bem vivo é fantástico, estava muito frio, vento e começou a chover. O clima do parque é imprevisível, tem que ir preparado com luvas, touca e casaco impermeável. Depois almoçamos umas empanadas que levamos (tem opções de alimentação dentro do parque mas são bem caras), o tempo melhorou e fomos até o mirador do Lago Pehoé, vista linda, mas os Cuernos del Paine ainda estavam encobertos. De lá seguimos para a vista da Hostería Pehoé e sua ponte, e depois até o Mirador do Salto Grande, depois de fazermos uma trilha curta a pé. A cachoeira Salto Grande é absurda de bonita, a cor da água impressiona, e lá também enfrentamos os ventos mais fortes de nossa viagem, às vezes até desequilibrava um pouco. De lá já dava pra ver bem as torres, que pudemos ver melhor um pouco mais adiante no caminho para o mirador do lago Nordenskjold, outro lugar fantástico. Seguimos então para a portaria Laguna Amarga, e de lá para a Laguna Azul. Nesse último trecho o rípio estava um pouco pior, talvez por ser um caminho menos percorrido. Essa laguna é vazia, bem tranquila e tem uma vista linda das torres se o tempo estiver aberto. Saímos do parque em direção a Cerro Castillo para pegar a ruta 9, fomos surpreendidos com mais rípio do que esperávamos nesse trecho, a estrada quase toda está em reformas e com desvios. De Cerro Castillo voltamos tranquilamente para Puerto Natales pela ruta 9. Dia 16 - Puerto Natales => El Calafate (355km) Saindo de Puerto Natales rápido chegamos em Cerro Castillo (o bar/café da fronteira parece cenário de filme de velho oeste) e o Paso Rio Don Guillermo. Passando pelo trâmite de aduana chileno, em poucos km chegamos à fronteira com a Argentina, onde começa uma estrada de rípio em bom estado. Em 1 ou 2 km passamos pela aduana argentina, de lá mais um pouco de rípio até chegar na Ruta 40. ATENÇÃO: a rota padrão do Google Maps entre Puerto Natales e El Calafate pega o caminho mais curto, e de forma irresponsável manda os viajantes pelo antigo traçado da ruta 40, entre Estancia Tapi Aike e El Cerrito. É um trecho totalmente de rípio, deserto e que dizem estar em péssimo estado, há muitos relatos de viajantes que sofreram para passar por lá. Também inexistem postos de combustível indo por lá. Faça a rota colocando Esperanza como parada. É uma volta longa, acrescenta mais de 100 km ao caminho, mas é o traçado atual da Ruta 40, totalmente asfaltado e com abastecimento seguro em Esperanza no posto EPA (Energia Patagônica). A partir de Esperanza, as belas paisagens da Ruta 40 com muito vento até El Calafate. Dia 17 - El Calafate => Parque Nacional los Glaciares (Glaciar Perito Moreno) => El Calafate (160 km) O Parque Nacional los Glaciares é fantástico, ver o glaciar é uma experiência emocionante. DICA: não faça o passeio de barco a partir do primeiro porto (puerto Bajo las sombras), de lá o passeio percorre o lado do glaciar que a água fica menos bonita, meio acinzentada. Continue a estrada até o final, deixando o carro no estacionamento perto do Restó del Glaciar, já compre ali perto os ingressos para o passeio de barco que sai pelo Canal de los Tempanos. Esse canal é um dos que dá origem ao grande lago Argentino, estava um dia ensolarado e a cor da água estava incrível. Por ali além do porto do passeio dá pra fazer também um dos roteiros de passarelas, se quiser fazer os outros com os mirantes mais altos e principais dá para subir a pé pelas passarelas ou então pegar um ônibus circular que passa constantemente, não dá pra ir de carro na parte de cima do parque. Ver o glaciar de todas as formas e ângulos, andar por todas as passarelas, é um passeio sensacional que deve ser feito com calma, dedicando um dia inteiro, é um lugar incrível. Dia 18 - El Calafate => El Chaltén (220km) Provavelmente o dia com as melhores paisagens da viagem. De El Calafate seguimos pela ruta 11 e ruta 40 até o entroncamento com a ruta 23, o caminho para El Chaltén. Beirando o lago Viedma, a estrada percorre uma paisagem linda, pegamos também ventos fortíssimos contrários nesse trecho, o carro mal desenvolvia 90km/h em 4a marcha, o consumo subiu bastante. Conforme vai se aproximando de El Chaltén, o monte Fitz Roy se faz cada vez mais presente. Alguns trechos com longas retas e a visão do Fitz Roy ao fundo com certeza devem ser alguns dos mais bonitos trechos de estrada do mundo. Mais alguns mirantes fantásticos no caminho, passamos pelo portal do Parque Los Glaciares e então chegamos a El Chaltén, uma das cidades mais novas da Argentina, que mantém o clima pacato de vila de trilheiros e mochileiros. A atmosfera da cidade é bem legal, certo contraste com o turismo já um pouco massificado em El Calafate. Almoçamos lá, fizemos check-in em nossa hospedagem e já saímos em direção ao camping Lago del Desierto, onde começa a trilha para o glaciar Huemul. De El Chaltén até lá, são 35km de estrada rípio em condições razoáveis. Pagamos o ingresso da trilha na entrada do camping e começamos a subida, é uma trilha curta mas com um forte aclive, bem cansativa, estávamos sedentários na época e fomos devagar na subida, demoramos mais ou menos 1h, no trecho final mais inclinado tem o auxílio de algumas cordas, mas é bem seguro, sem exposição à queda ou risco algum. É uma trilha muito bonita, que percorre os bosques e vai beirando o riacho que drena a água do lago do glaciar. A chegada até o lago e a vista do glaciar depois do esforço da subida é recompensadora e impressionante, a cor da água é inacreditável, misturada com cor da vegetação no início do outono, com certeza uma das paisagens mais bonitas que já vimos na vida. É um passeio um pouco fora do radar de quem só vai para El Chaltén focando nos acampamentos e trilhas, devido à distância do centro da cidade. Mas na minha opinião, pela paisagem da trilha, do lago e do glaciar, é um passeio obrigatório para fazer por lá, e que pode fazer ser feito rapidamente e com pouco esforço em apenas meio período. Dia 19 - El Chaltén - Parque Nacional los Glaciares - Trilha Laguna Capri e Mirador Fitz Roy (10km a pé ida e volta) A trilha começa no final da avenida principal da cidade, tem uma subida menos inclinada mas com o dobro da distância da trilha do Glaciar Huemul, haviam pessoas de todas as idades fazendo a trilha, a subida é cansativa mas é tranquila se fizer sem pressa. O caminho da subida é bonito, e a vista do maciço do Fitz Roy a partir da Laguna Capri e do mirador é fantástica, as fotos não conseguem transmitir aquela beleza. De lá dá pra continuar a subida para ir mais perto do Fitz Roy, até a famosa Laguna de los 3, mas aí já seria uma trilha de nível difícil fisicamente, mais íngreme e demorada, não estávamos preparados, ficou para a próxima. Almoçamos na beira da laguna Capri e fizemos a descida de volta à El Chaltén. Dia 20 - El Chaltén => Perito Moreno (652km) Após curtir mais uma vista estonteante do Fitz Roy na ruta 23 saindo de El Chaltén, foi dia de enfrentar a ruta 40 em seu estado mais bruto. Após a cidade de Tres Lagos existe um trecho de 73 km de rípio, conhecido como “Los 73 Malditos” pelos motociclistas e viajantes. Não é incomum esse trecho ficar interditado e intransitável quando chove muito, porque o pavimento é de rípio com uma terra bem fina, que se transforma em uma argila quando molhada. Se tiver chovido nos dias anteriores, é bom perguntar no posto YPF de Tres Lagos como está a estrada. Não havia chovido, e quando chegamos no rípio, foi até tranquilo, os automóveis não estavam tendo maiores dificuldades, já as motocicletas estavam sofrendo mais, tem uns trechos com o rípio bem solto e fofo que elas desequilibram bastante. Esse trecho aliás atravessa uma das paisagens mais desertas e desoladas que percorremos na viagem, é bonito. Demoramos um pouco mais de uma hora para chegar de volta ao asfalto. ATENÇÃO: o trajeto entre El Chaltén e Perito Moreno também é problemático em questão de abastecimento de combustível e tem mais uma armadilha do Google Maps. Ele indica o caminho mais curto por um antigo traçado de rípio da ruta 40, deixando de fora a cidade de Gobernador Gregores, que depois de Tres Lagos é a única com posto de combustível até Perito Moreno. Não vá por lá que a falta de combustível será certeira. Então faça a rota incluindo Gobernador Gregores como parada. Mesmo assim, de lá até Perito Moreno são 360 km sem nenhum posto pelo caminho, a não ser as bombas de gasolina no meio da rua do pitoresco vilarejo de Bajo Caracoles, que dizem que muitas vezes não tem combustível ou ninguém para atender. Não dependa desse posto. Esse foi mais um trecho que utilizei o galão de combustível extra para ter mais segurança, devido a baixa autonomia do Jimny. Não precisou usar o galão, mas chegamos com o combustível piscando na reserva em Perito Moreno, o vento mais uma vez aumentou bem o consumo. Dia 21 - Perito Moreno => Esquel (537km) Mais um dia de muita estepe patagônica entremeada por morros na Ruta 40. Trecho mais tranquilo para abastecimento, paramos nas cidades de Rio Mayo e Gobernador Costa. É o dia de retorno à civilização, cidades maiores, chegamos tranquilamente em Esquel no final de tarde, lá tem muitas atrações para conhecer, como o parque nacional Los Alerces, pena que não tínhamos mais tempo de viagem. Se puder reserve um tempo para conhecer por lá também. Dia 22 - Esquel => Bariloche (284km) Deixando Esquel após um curto trecho a estrada já começa a mudar, ficando mais sinuosa e subindo as montanhas até Bariloche, passando por El Bolson. O trânsito de veículos e caminhões aumenta bastante, tem que percorrer esse trecho com mais cautela. O caminho passa por lindos lagos e mirantes até chegar em Bariloche. Chegando lá fizemos check-in, almoçamos e fomos percorrer o circuito Chico, com as várias atrações turísticas tradicionais. Gostamos muito de conhecer a sede da cervejaria Patagonia que tem lá, ótimo lugar para passar o final de tarde curtindo a vista para o lago e uma cerveja muito boa. Dia 23 - Bariloche => San Martin de los Andes (191km) Dia de percorrer a Ruta dos 7 lagos, provavelmente um dos trechos mais bonitos da Ruta 40. Paramos para almoçar em Villa La Angostura e começamos a percorrer os lagos, tem placas explicativas em cada parada e mirante, com as distâncias até o próximo ponto. Caminho sensacional, lindas vistas dos lagos, na maioria deles dá para acampar próximo, também é outra região onde dá para passar dias explorando e curtindo. Dia 24 - San Martin de los Andes => Parque Nacional Lanin => Neuquén (553km) Chegando em Junin de Los Andes nos dirigimos ao parque nacional Lanin para ver de perto o gigante vulcão Lanin. Pagamos o ingresso na portaria e logo chegamos em um mirante no lago Huechulafquen, vista sensacional, lago transparente com o vulcão nevado ao fundo. O parque é grande, percorremos mais de 30km no rípio até chegar ao final do parque, nos pés do vulcão, com outra vista sensacional dele mais próximo. Tem muitas áreas para camping bem estruturadas por lá, ficamos com vontade de passar semanas só curtindo ali dentro do parque. De lá tomamos o caminho para Neuquén, já deixando a Patagônia. Não fizemos o caminho do Google Maps, nós nos mantivemos na ruta 40 até Zapala. Foi a melhor decisão, é um caminho belíssimo, no começo bem árido com paisagens desérticas, depois sobe para um platô de onde podemos continuar observando o vulcão Lanin ao longe, mesmo a mais de 100 km de distância. Depois de Zapala entramos na ruta 22 e seguimos pelas retas enormes até Neuquén. Dia 25 - Neuquén => Bahía Blanca (534km) No roteiro original estava que nesse dia chegaríamos em Buenos Aires, percorrendo mais de 1000 km. Mas percebendo melhor a dinâmica da estrada e o cansaço pelo final da viagem, resolvemos não forçar a barra e incluir essa parada em Bahía Blanca. Nesse trecho a ruta 22 sai das estepes patagônicas e alcança os pampas argentinos, retas enormes, depois da cidade Choele Choel percorremos uma reta com pelo menos 130 km de extensão. Chegamos no final da tarde à Bahía Blanca. Dia 26 - Bahía Blanca => Buenos Aires (636km) Mesmo caminho da ida, chegamos umas 16h em Buenos Aires, ainda deu tempo de curtirmos um show de tango de noite. Dia 27 - Buenos Aires => Uruguaiana(RS) (674km) De manhã fizemos um tour rápido por BsAs, Plaza de Mayo, San Telmo, Caminito, saímos de lá meio dia em direção a Uruguaiana. Estrada ótima, caminho todo duplicado na ruta 14 até Paso de los Libres e a fronteira brasileira. Mesmo atravessando as províncias de Entre Rios e Corrientes, conhecidas pela corrupção policial, não tivemos problema algum e não fomos parados nenhuma vez. Percebemos que já no sentido contrário, em direção à Buenos Aires, haviam muitas blitz e muitos carros sendo parados. Dia 28 - Uruguaiana(RS) => Osório(RS) (724km) Atravessamos os pampas do Rio Grande do Sul pela BR 290, o dia mais cansativo de toda a viagem, pista simples e muitos caminhões. Trecho para fazer com calma e paciência nas ultrapassagens porque é perigoso. Pista dupla só a partir de Porto Alegre, chegamos em Osório já de noite. Dia 29 - Osório(RS) => São José dos Pinhais(PR) (627km) Dessa vez demos sorte na BR101, a viagem fluiu muito bem até São José dos Pinhais, última parada antes de casa. Dia 30 - São José dos Pinhais(PR) => Campinas(480km) Viagem tranquila até finalmente chegar em casa, depois de aproximadamente 13800 km rodados incluindo todos os passeios nos parques. Sonho realizado!
  14. Bom dia pessoal! Alguém sabe ao certo a exigência de documentação para viagem de carro financiado (alienado) ao banco? Solicitei ao banco uma declaração de viagem ao exterior com o bem financiado e fiz apostila de Haia conforme o consulado argentino e Chile informaram. Porém junto a esse documento o banco enviou uma procuração autorizando a assinatura daquelas pessoas do banco a assinarem a declaração, está reconhecido em cartório, porém não consegui realizar a apostila de Haia para essa procuração, por ser emitido por outro cartório que não é da minha cidade. Será que é uma exigência esse documento também ser apostilado? Obrigado!
  15. Bom dia mochileiros! Quero compartilhar com vocês aqui minha viagem realizada de 29/06 a 07/07 para o Chile. Ao final pretendo adicionar algumas fotos e valores então vamos lá. Observação: os valores que eu informar basta dividir por 153 para obter o valor em reais que eu paguei. 29/06 Meu rolê até chegar em Calama foi um parto pra falar bem a verdade kkk. Essa viagem eu fiz comprando todos os trechos separados, no entanto o trecho Floripa até Santiago foi uma maratona: Florianopolis > Congonhas Congonhas > Santos Dummont Santos Dummont > Galeão Galeão > Santiago Santiago > Calama Cheguei em Santiago super cansado eram 2 da manhã, não fui selecionado para fazer o teste aleatório do PCR e fui direto para imigração onde o guarda apenas perguntou de qual voo eu vim e aonde estava indo, super-rápido e tranquilo. Consegui achar uma sala da lounge key para poder dormir um pouco e comer, mas confesso que não deu para descansar muito não porque o tempo máximo de estadia é de 2hrs então usei 1hr pra dormir e o restante para comer. Santiago é um aeroporto frio e barulhento, para dormir nele é um caos. Peguei meu voo para Calama as 9hrs da manhã e cheguei perto das 11hrs. Lá eu já havia reservado o transfer Pampa com a agência de passeios chamada Araya. Então assim que peguei minha bagagem na saída as cias de transfer estavam todas esperando no desembarque e lá estava uma moça do transfer pampa com meu nome na relação de passageiros. Já paguei ida e volta 24.000 CLP assim que cheguei em San Pedro de Atacama fui resolver as burocracias que seriam pagar os passeios nas agências que eu havia escolhido, trocar dinheiro nas casas de cambio (consegui uma cotação de 153. Cada R$1 vale 153 pesos) e o mais importante: Me alimentar e dormir! Foi uma pena porque eu cheguei no dia de São Pedro a cidade estava em festa, mas eu estava com uma puta amigdalite e muito cansado para aproveitar a festança. O hostel que fiquei hospedado foi o hostal Mamatierra a mais ou menos uns 10 minutos da caracóles (rua principal do centrinho de San Pedro) um hostel muito bom, limpo, a proprietária falava português o que facilitou bastante a comunicação. O café da manhã sempre tinha ovos ou panqueca feitos na hora, além de salada de frutas, pão e um monte de coisa para passar no pão (Nutella, pasta de amendoim etc.) eu podia encher minha garrafinha de água no hotel e com isso economizar uma média de 1.200 CLP por litro de água mineral. 30/06 Vallecito e Lagunas Escondidas (Araya) Esse foi meu primeiro passeio, eu estava meio acanhado por estar sozinho, mas não demorou muito para os brasileiros que entraram na van dessem uma animada e logo começou o falatório, em pouco tempo estávamos todos entrosados. O guia foi espetacular paramos um instante do lado de um paredão de rocha e sal, ele nos pediu para fazer um minuto de silencio na qual era possível ouvir a estrutura estalando 😮 coisa de louco. É nesse passeio que tem aquele famoso ônibus abandonado no meio do nada e é nas lagoas escondidas que a concentração de água é tão grande que a gente literalmente não afundamos. Vale a pena comentar que a paisagem é linda demais as lagoas têm uma cor azul esverdeada cristalina, andamos por uma passarela de madeira cerada de rochas misturadas com sal uma coisa difícil de explicar. Esse passeio contou com um lanchinho ao pôr do sol próximo a última lagoa e alguns copos de uma sidra bem gostosa que o guia chamou de “suco de malícia”. A noite fomos todos cantar num karaokê que tem num pub chamado Lola, foi muito especial dividir palco com os chilenos, enquanto eles cantavam as músicas deles, a gente mandava de CPM22 até Michel Teló. Esse passeio custou: 85.000 CLP 01/07 Valle Arco-iris e Garganta Del Diablo (Araya) Esse passeio foi uma verdadeira viagem na geologia do deserto, nossa guia nos explicou o porquê das cores das montanhas, a origem das rochas que formam o vale arco íris, passamos pelos petróglifos do povo atacamenho onde eram retratadas a existência de animais, como lhamas, vicunhas, raposas-andinas (que chamam de zorro) entre outros. O passeio finalizou regado a frutas e um aperitivo feito com cream cheese shoyo e gergelim torrado, uma delícia! o vinho foi um tinto carmenere. Como eu tinha a tarde livre combinei com um casal que conheci durante o passeio para pedalarmos pela garganta do diabo, no vale do Catarpe. O guia desse passeio talvez tenha sido o mais apaixonado pela história do povo atacamenho e o que explicou com mais efusão como os Incas o território de San Pedro e logo foram subjulgados pelos espanhóis. Foi uma verdadeira aula de história olhando a história de perto. Para concluir esse passeio escalamos em torno de uns 300metros para termos uma vista 360 graus do vale do Catarpe e do imponente vulcão Licancabur. Os passeios custaram: Bike: 38.000 CLP Vale arco-iris: 35.000 CLP 02/07 Laguna Cejar (Atacama Magic) Passei a manhã livre dando rolê no centro da cidade, que é muito pequeno e praticamente resumido a rua Caracóles, mas eu precisava de uma bota descente para o que estava por vir e de uma jaqueta dessas insulated, para servir de opção de segunda camada. Na Caracóles há somente 3 lojas onde é possível comprar esses tipos de roupas/acessórios que é a Adidas Terrex (uma fortuna tudo), a Ricon del viajero (não tem muitas opções) e a RFK (que foi nessa que eu comprei minha bota da Columbia, no entanto nessa tinha poucas opções para o meu tamanho) saiu uns R$ 200 mais barato do que se eu comprasse no Brasil. Bota Columbia impermeável – 90.000 CLP. Os mercados são super pequenos e não tem muita opção de snacks e bebidas, o melhor que encontrei foi o Valimports que fica próximo da saída da cidade numa transversal que fica no final da caracóles, lá encontrei vários vinhos interessantes, garrafas de pisco e até vinhos de 2 litros nessas caixinhas de papelão longa-vida. A tarde tive meu primeiro passeio com uma agência local, a Atacama Magic. Fomos para laguna cejar e ojos del salar em 3 brasileiros e o resto do grupo eram chilenos. Esse passeio foi muito especial pelas amizades que fiz e também porque decidi entrar na água gelada e salgada da lagoa que fica no meio do deserto de sal e tive a experiência da flutuação (e do frio congelante também), vimos flamingos e tivemos uma explicação de como se formaram essas lagoas de sal e sobre o porquê de termos a impressão de estar cercado pelas cordilheiras. Depois fomos visitar os ojos de salar perto do final da tarde, que são literalmente buracos no meio do deserto em formato de cone, são formados pelos rios subterrâneos e são imensos! Mais uma paisagem linda para a conta. E para fechar com chave de ouro tivemos nosso café da tarde regado a muito pisco sour em frente as cordilheiras dos andes iluminadas pelo dourado dos últimos raios solares do dia, comemos bem, demos muitas risadas com nosso grupo de chilenos, uma lembrança que vou guardar com muito carinho. Esse passeio com as entradas dos parques custou um total de 55.000 CLP 03/07 Tour Astronomico (Space Obs) O meu tour para pedras rojas e lagunas altiplânicas foi cancelado por conta do parque onde estão situadas as lagunas altiplânicas ainda está fechado, então acabei ficando com a manhã e a tarde livre. Digo de passagem que não ter nada para fazer em San Pedro é meio chato. Combinei com um brasileiro que conheci no dia anterior para trocar e ideia durante a manhã e depois almoçar, fomos naquela sorveteria Babalu (que é conhecida por ter os sabores de sorvete exóticos), lá provei um sorvete de chañar (uma frutinha da região) bem gostoso. Comemos empanada do empório andino (melhor empanada que comi na viagem). As empanadas custam uma média de 2.300 a 2.700CLP. O sorvete com duas bolas (simple) custa 2.500. A noite era o dia do meu tão esperado tour astronômico, escolhi a Space Obs porque li aqui no blog que era uma agência especializada em astronomia e que tinha os maiores telescópios e um tour ser mais técnico, voltados aos nerds kkkkk. Fomos num grupo de 3 brasileiros 1 casal norte americano 1 casal francês e 1 indiano. Confesso que fiquei meio desapontado por não conseguir ver o céu tão nítido como a gente vê nas fotos, e pelo fato do local aonde fomos ainda dava para ver postes de luz e carros da cidade. A guia Valeria (que deu um show de explicação e tinha um inglês muito fácil de compreender) me explicou que vários fatores faziam com que o céu não estivesse nítido o suficiente, como o fato da lua estar crescente já ilumina muito o céu, o fato de estar cedo ainda tem resquícios de raios solares na atmosfera. Fizemos a observação a olho nu de alguns objetos como a lua, nebulosas planetárias, aglomerado de estrelas, sistema binário de estrelas etc. Pode parecer inicialmente frustrante ter que ter que espremer o olho para conseguir enxergar esses objetos, mas só de pensar que o céu está lotado de estrelas e galáxias e ali a gente consegue ver essas maravilhas a distancias absurdas torna a observação amadora mais nobre e vale sempre aquela reflexão em relação ao que somos nós diante da grandiosidade do espaço. O tour dá direito a uma foto perto de um dos telescópios, que em contato com conhecidos que fizeram o tour com outras agencias achei a foto da space obs bem fraquinha por sinal. O custo do tour astronômico é de 40.000 CLP 04/07 Ruta de Salares (Atacama Magic) Sei que é redundante falar, mas o tour dos salares é um dos mais bonitos, está no meu top 3 passeios. Começamos com café da manhã na frente do vulcão Licancabur a 3500m depois vamos para a lagoa diamante (que fica congelada no inverno) a 4500m de altitude, foi sem dúvida o momento mais frio da minha viagem. A força do vento e a baixa temperatura me obrigaram a usar meu cachecol como uma balaclava. Deveria ter investido numa pescoceira ou ter usado uma das máscaras que tinha na mochila para não receber o vento gelado direto na minha garganta. Em seguida vamos passar próximo a fronteira da Bolívia, e paramos nas formações rochosas gigantes que a guia nos explicou que os geólogos divergem entre eles, uns falam de um processo evaporatório e outros falam de um depósito de sedimentos que fez com que essas rochas tivessem essa disposição vertical. Uma coisa é certa, pela erosão dos ventos, talvez logo não tenhamos mais essas belezas para admirar. Em seguida visitamos mais duas lagoas que ficam literalmente no meio do nada, ainda tinha neve que caiu no início do mês de junho, simplesmente não derreteu! O passeio finalizou com um almoço no restaurante La picada del índio, aquele famoso por ser bom bonito e barato (e é mesmo). O custo do tour é de 50.000 CLP 05/07 Geysers del Tatio / Valle de la luna (Araya e Atacama Magic) O passeio dos geiseres é o que sai mais cedo, as 5hrs a van da Araya passou no hostel para me pegar. Fomos em 7 brasileiros, a galera tava meio sonolenta e com frio não foi tão animado como os demais passeios. Chegamos lá no parque geotérmico a -6 graus, consideravelmente quente em vista da temperatura que o pessoal estava relatando nos últimos dias (coisa de -15 graus). O frio é de doer, apesar de eu ter me vestido em camadas (superior: segunda pele de inverno, fleece e anorak, inferior: segunda pele e calça) não foi o suficiente! Tive que colocar mais uma calça moletom por cima da jeans e mais uma meia por baixo da meia térmica. A altitude deixou uma menina do nosso grupo muito mal então tivemos que parar por várias vezes porque ela estava zonza e não conseguia andar direito. O gêiser é mais um espetáculo da natureza e é impressionante aqueles que são cíclicos, pois eles obedecem ao ciclo certinho de 5 em 5 minutos para entrar em erupção. As bactérias que se formam próximo a saída da água colorem o redor do gêiser, lindo demais. Tomamos café no topo do parque com vista para os gêiseres (o café esfriava em segundos, era só sair da térmica kkkk). Saindo do parque geotérmico fizemos várias paradas por mais paisagens maravilhosas, vimos vicunhas, viscachas e alguns flamingos. Vimos lagos semi-congelados rodeado de uma vegetação amarela, que serve de alimento para fauna local. A tarde meu último passeio em San Pedro foi o Valle de la luna que dá para fazer até de bike, pois fica super próximo da cidade. Lá passamos por várias formações rochosas, dunas, rochas chamadas de evaporitas que são constituídas de sal (lá que tem uma formação bem conhecida chamada as três marias), a guia era brasileira e falava um espanhol bem fácil de entender (por conta do sotaque português). Ambos os guias dos passeios foram os mais fracos, não conseguiam engajar o grupo e não tinham o conhecimento e paixão dos guias dos passeios anteriores. Custo dos passeios: Geyser del tatio: 60.000 CLP Valle de la luna: 35.000 CLP A noite tomamos várias cervejas num bar chamado Chelacabur que mais parece um pub irlandês, muito rock, som alto, galera cabeluda, tipo clube de moto Harley Davison. Estava passando jogo da libertadores e assim que o Atletico Mineiro fez um gol no Emelec a gente levantou da mesa e começou a gritar gol (ainda bem que o Emelec não é chileno :D). Depois fomos todos bebaços comer na picada del índio (porque fim de rolê de bêbado sem lanche não rola kkk) 06/07 No meu último dia em San Pedro reservei para comprar algumas lembrancinhas para alguns amigos próximos, como estava no esquema “travel light” não pude trazer muitas bebidas na minha mala de 10kg pois ela somente com minha bagagem já estava com 9kg então as cervejas que comprei para dar de presente acabei tendo que fazer o sacrifício de bebê-las esperando o transfer para calama. Cheguei em Santiago e ai posso assumir aqui para vocês que fiz a maior idiotice dessa viagem, que foi me hospedar no Holiday inn (por conta do medo de passar algum perrengue e pela praticidade de estar no aeroporto) além de ter me custado uma fortuna, o hotéis.com fez a cobrança da diária antes de eu fazer o checkin (e eu havia optado por pagar na acomodação) e chegando no hotel me foi cobrado uma diária de “garantia” que até o momento não foi estornado do meu cartão. Já liguei 3x no hotel, já entrei em contato por email, twitter e a situação não foi resolvida. Paguei US$144 2x praticamente, acompanhe para cenas dos próximos capítulos (emoticon do whats chorindo). Achei que 8 dias somente para San Pedro foi mais que suficiente, poderia ter sido menos até. Talvez se eu fizesse o salar do Uyuni esses 8 dias seriam a conta perfeita, mas tive vários momentos ociosos que tive que me virar com as pessoas que conheci durante a viagem, ou até fazer igual uma paulista que conheci que foi somente com a passagem de ida para o deserto e resolveu o que ia fazer por lá (totalmente espírito livre). O deserto faz a gente ficar pensativo, a imensidão das paisagens, ver os vulcões, as cordilheiras, a dinâmica da natureza (exemplo, os ventos que levam sedimentos de rochas da cordilheira de domeyko para formar dunas no valle de la luna, os salares que são formados pela evaporação da água, as luzes do por sol que iluminam as cordilheiras mesmo após o sol desaparecer do horizonte). Essas coisas me fizeram por diversos momentos, parar de tirar fotos, olhar respirar, agradecer, pensar como eu era privilegiado de estar ali e poder ver aquilo com meus próprios olhos. Mais fotos dessa viagem vão estar no meu insta @eduretxt, um abraço e boa viagem a todos!
  16. Queridos mochileiros. É com grande alegria que faço esse relato, pois ele se refere a um dos trekkings que eu mais desejava na vida: Torres del Paine. A minha viagem ao Chile, foi exclusivamente para fazer o Circuito O (deveria ter reservado mais dias para ir a Cafalate e El Chaltén...) e mais dois dias de intervalo em Punta Arenas e Puerto Natales. Em todos os relatos eu falo sobre a facilidade e aprendizado de se viajar sozinho. Mas essa foi minha primeira viagem fora do Brasil sozinha, e estou ainda meio sem palavras para conseguir expressar aqui o que significa. Eu não quero dizer que em alguns momentos realmente não possa se sentir sozinho, isso acontece. Mas eu posso dizer que em 90 % do tempo está cercado de pessoas muito abertas para conversar e trocar ideias. Bom, a primeira coisa que precisa para fazer o Circuito O sem stress é a organização. Pois se pretende vir entre Dezembro e Fevereiro, é alta temporada (bom tempo), e os campings e refúgios ficam cheios. No Circuito O, quase todos os lugares em que você fica tem duas opções para dormir: Camping (com sua própria barraca, ou alugada) ou Refúgio (cama quentinha para quando sentir que merece). Coisas importantes: * Imprimir suas reservas, * Ter comida suficiente. * Um bom saco de dormir e uma barraca com boa camada para chuva. * Uma bota que seja sua amiga. * Como eu estava sozinha, e tendo que levar todo o peso (cerca de 14 kg), eu optei por comprar algumas refeições. Nos refugios'campings, eles fazem almoco-cafe-janta (sim, é caro), mas depois de um dia de muitos kms isso vale ouro. Aqui vai o meu roteiro em Torres Del Paine: 1 dia: peguei um ônibus em Puerto Natales as 07:15 para Torres del Paine (chegamos umas 09:45 na entrada principal). Na primeira portaria você precisa assistir um video sobre as normas do parque, mostrar seu ticket de entrada (ou comprar), é melhor já comprar no site da CONAF e levar o comprovante. Recebe o mapa do parque, e pode pegar um tranfer (3.000 pesos) até o cientro de bien venida (sao 07 km você pode ir caminhando também, eu fui de transfer porque nessa primeira parte não tem nada de mais e você vai precisar de mais energia em outros dias, acredite). No transfer já é possível ver algumas montanhas. Depois de tudo isso, iniciei os primeiros kms do circuito. Camping Serón. Nesse primeiro dia a vista das montanhas ainda é bem restrita, porem passa por florestas e rios com água cristalina. A cor é como se fosse um azul royal, lindo. O terreno em si é tranquilo. Como cheguei cedo no parque e logo comecei a travessia, eu não encontrei ninguém no caminho, tipo nem uma pessoa nos primeiros kms. Ai teve um misto de satisfação com preocupação haha. Mas logo aparecem alguns (poucos). Nesse camping nao há refúgios, quando cheguei era umas 14:00 ainda, normalmente os check in s{ao as 14:30. Começou a chover e ventar um pouco quando estava arrumando minha barraca (chamam carpa aqui). Foi uma noite difícil pois choveu muito e fez frio (cerca de 5 graus). Nesse primeiro dia, eu passei muito frio, no outro dia as montanhas aparecerem branquinhas, nevou. 2 dia: essa caminhada você já começa a ficar mais perto das montanhas, chegando no refúgio Dickson a vista é fantástica. Fiquei em refúgio, porque algo me disse que quando fui fazer a reserva, fiquei muito feliz pois chovia e estava uns 2 graus. 3 dia:ida até los perros, nesse lugar que você começa a sentir os ventos fortes. Nesse camping não tem refúgio , e só tem banho gelado! O camping fica do lado do rio e abaixo da montanha, tem como ser ruim isso? 4 dia: foi o dia mais cansativo, porque precisamos passar pelo Paso John Garden, que é uma montanha de gelo. É fantaaastico. Nesse dia tem que sair cedo tipo 6 da manhã, porque no Paso o tempo muda muito e depois das 11 da manhã o pessoal fala que tem um tipo de chuva e vento que não se pode passar, muito perigoso. Até o topo do Paso demora umas 4 horas. E depois a descida mais 4. Eu fui direto ao camping Grey, então foi bem cansativo, mas todo o caminho é maravilhoso. Nesse dia tem a visão do glaciar. 5 dia: indo para o camping paine grande, contato com a civilização. Aqui você pode se dar ao luxo de uma comida diferente, tem várias pessoas, que chegam aqui e ficam apenas para fazer a trilha até o mirador britânico. 6 dia: aqui você encontra muitas pessoas no caminho também, ida até o Francés, o Mirador Británico fica no caminho. Você pode deixar a mochila no Italiano e subir mais leve. 7 dia: ida até o Central. 8 dia: trilha base de las torres. A trilha em si é linda, muitos rios e pontes. Você passa pelo acampamento chileno e depois desse ponto a trilha fica mais pesada, porque ganha elevação muito rápido. Resumo : 1. Cientro de bienvenida p/ Seron: 13 km, 4 horas. 2. Seron p/ Dickson: 18 km, 6 horas. 3. Dickson p/ los perros: 12 km, 4.5 horas. 4. Los perros p/ Grey: 15 km, 11 horas. 5. Grey p/ Paine grande : 11 km, 3.5 horas. 6. Paine grande p/ Francés : 9.5km, 3,5 horas. 7. Francés p/ Central : 15 km, 6,5 horas 8. Central p/ ida e volta base das torres: 20 km, 7 horas Total de 114 km apx, considerando que essa distância distribuída em 8 dias, não é nada de outro mundo. As trilhas são suuper bem demarcadas, então mesmo se estiver sozinho não vai se perder não. Com certeza a Patagônia é o lugar mais fantástico que já estive, porque a energia das montanhas e a conexão com a natureza é algo que não se consegue assim tão fácil. Em Punta Arenas cidade vizinha de Puerto Natales, você pode fazer um passeio com empresa especializada e chegar até a Ilha Magdalena e Marta, onde tem os pinguins e Lobos marinhos, é obrigatório pra quem passa por aqui. Depois de 3 dias de volta, ainda não consegui voltar, é como se eu ainda estivesse lá. Meu corpo e minha alma ficaram conectados as montanhas de Torres del Paine.
  17. Oi! Estou procurando dicas de como encontrar apoio artístico e estudar arte em outros países. Se você tem uma experiência artística e sabe de locais e formas de conseguir contatos e lugares que envolvem o foco nos estudos artísticos, me dá uma moral aqui. Procuro escolas, coletivos, grupos, trabalhos voluntários e qualquer coisa que possa me agregar intelectualmente no campo das artes, de preferencia no Chile, Argentina...
  18. Boa noite gente, estou fazendo Bolivia - Chile em Setembro de 23 , e acabei de ver que atravessarei o Salar de Uyuni bem no feriado nacional Chileno. Será que corro o risco de não conseguir vaga, esperando para fechar lá? Visto que farei o menos tradicional (Bolivia - Chile- e ficarei na fronteira.)
  19. Atualizei um post do meu blog Experiências na Mala sobre Santiago do Chile, com dicas do que fazer em qualquer estação do ano. Viajei pra lá em 2019, no verão, e ao atualizar esse post, lembrei de como tem muita coisa pra fazer! 😍 Leia aqui: https://experienciasnamala.com/2023/08/08/o-que-fazer-em-santiago-do-chile-roteiro-6-dias/ IG: @experienciasnamala
  20. Galera, comecei meu mochilão pela América do Sul em 2017 e durante um ano só faltou equador pra conhecer... fiz todo o trajeto de carona, usando Couchsurfing e gastando praticamente só com a minha alimentação. Compartilhei aqui alguns relatos inclusive... Hoje eu moro no atacama, ele realmente me atrapou. hahahaha Trabalhei em mais de 10 agencias aqui, recebi varias pessoas que me mandaram mensagem pelo site do mochileiros e hoje eu faço meu trabalho sozinha, monto cronograma e gestiono os passeios com operadores de acordo com a qualidade do serviço que cada um oferece de melhor Como todo mundo sabe, tem muita agência aqui, existem umas mais conhecidas e outras locais que não se encontram em pesquisa na internet, mas que são tão boas quanto (ou até melhores). Se você estiver vindo pra cá e quiser ajudar uma mochileira hahaha, fala comigo E claaaro, a gente sai pra tomar um café ou uma cerveja quando chegar por aqui. deixo meu WhatsApp, meu insta e o site que saiu do forno agorinha e que eu to no maior orgulho. 😁 whatsapp: +56971477844 Insta: @jevalcazara Site: https://www.atacamaporjevalcazara.com
  21. Preparativos pré-roteiro Minha passagem para Santiago foi pela Latam, saindo de Guarulhos 23h10. Como o voo chegaria de madrugada em Santiago, reservei uma hospedagem que não ficasse longe do aeroporto, para onde fui usando o táxi oficial que tem guichê no saguão do aeroporto. De maneira geral, os blogs de viagem informam que não é indicado pegar Uber no aeroporto, já que o serviço não é autorizado na cidade. E eu também havia lido que pegar táxi na rua também não seria bom negócio, porque é muito comum os taxistas darem golpe em turista, seja com confusão no troco, seja com cobranças além do negociado. Peguei Uber algumas vezes na cidade e não tive nenhum problema. Os passeios a partir de Santiago deixei comprados antes de partir em viagem. Pesquisei muitos sites, alguns com preços bem parecidos, e as agências que escolhi vou colocando no detalhe do dia específico em que fiz o passeio. A princípio, várias agências fazem a venda pelo website ou mesmo por Whatsapp, algumas ofereciam desconto quando pagamos por PIX (5%). De modo geral, achei o preço dos passeios bem salgadinhos, daí para circuitos cobertos pelo transporte público, fiz por conta própria usando Google Maps no celular e o vale transporte. Através do metrô da cidade dá pra visitar bastante lugares, basta comprar previamente o cartão específico, chamado ‘tarjeta BIP’, que é vendida no guichê das estações. A gente compra o cartão e já pede um valor em crédito, de acordo com a estimativa de uso para o período que a gente vai precisar. Inicialmente pedi a soma de 10 mil pesos, considerando o preço do cartão e o crédito inserido nele, que deu para quase uma semana de andanças. O valor da passagem pode variar de acordo com o horário que a gente usa. Na maioria das vezes que peguei, o metrô estava cheio, mas achei bem eficiente e me orientei sempre pelo Google Maps para saber a plataforma correta de acordo com o destino. Para os passeios em San Pedro de Atacama, eu havia pesquisado agências online e também vi que os valores eram bem caros. Em alguns blogs informava que na cidade tem bastante agências na rua principal e disponibilidade imediata, sendo mais fácil entrar em algumas para conferir os preços praticados. Foi o que fiz e os preços locais foram menos onerosos do que pela internet. Para a expedição a Uyuni, alguns relatos informavam que muitas agências terceirizam o passeio, sem muito critério da qualidade do serviço. Li blogs de viagem que recomendavam algumas agências, mas nem sempre era unânime. Peguei referências, cheguei na empresa Denomades e fiz uma reserva prévia pelo website deles, que cobram uma parte do valor online e o restante é pago na agência local que eles informam após a compra. Para câmbio, levei dólares e euros que eu já tinha e troquei na calle Agustinas, no centro perto do Paseo Bandera, onde tem muitas casas de câmbio que já divulgam a cotação em painel externo. Os valores eram bem próximos, às vezes com uma diferença irrisória, dependendo do montante a ser trocado. As empresas que eu havia anotado e que fiz a troca foram Afex e JM Cambios, que foram indicadas por outros viajantes. Para a maior parte dos gastos na cidade usei o cartão da Wise, que pedi um certo tempo antes da viagem. Ele funciona como uma conta internacional multimoeda, que a gente transfere de real para a moeda da nossa escolha usando o aplicativo, com a vantagem da cotação ser menor do que em banco ou em casa de câmbio, com spread bancário mais baixo. De maneira geral, o cartão foi aceito na maioria dos lugares, foram poucos lugares que ele não passava, daí é bom verificar antes ou ter outra forma de pagamento para não ter problema. O chip para celular é fácil comprar no comércio em geral. Comprei o da Movistar pertinho da hospedagem, em um mercadinho, por mil pesos, e já incluía 2GB para uso de internet. Foi bem fácil instalar, não precisou de dados pessoais, só coloquei, reiniciei o aparelho e já tava funcionando. Para compra de recargas de saldo, os mercadinhos também vendem, assim como bancas de jornal, farmácias... Onde comprei a recarga, só aceitava pagamento em dinheiro em espécie, en efectivo. Para quem vai a esses lugares na época de seca, é recomendável levar colírio e hidratante para pele e lábios, porque a umidade é excessivamente baixa e pode irritar a pele e os olhos. Na expedição a Uyuni, a gente deve iniciar cada dia com suprimento de água para o dia inteiro, já que nem sempre há comércio pelo caminho, mas as pousadas vendem garrafas grandes, só o preço que é elevado. Se usar muito o celular, é bom ter um carregador portátil para não ficar sem bateria antes de chegar na hospedagem. E como a distância entre as refeições é grande, pode ser interessante ter lanchinhos rápidos para consumir nos trajetos. Em San Pedro tem lavanderia na rua principal, usei duas vezes e gostei do serviço. Para quem tem urgência para pegar as roupas lavadas no mesmo dia, eles têm essa possibilidade pagando um pouco mais. Mas eu paguei o preço regular mesmo, pegando 24 horas depois de deixar a sacola de roupas sujas, cobrada por quilo em dinheiro vivo. Na expedição a Uyuni, achei as acomodações confortáveis de modo geral, apesar de bastante frio na época em que fui. Como a rotatividade de turistas é grande e provavelmente a roupa de cama só seja trocada a cada muitos dias, talvez seja recomendável ter um lençol para ter um tecido confiável em contato direto com a pele. Eu voltei de viagem com as pernas cheias de coceira e desconfio que tenha pegado sarna na viagem. O roteiro para os dias de viagem foi distribuído da seguinte forma: 1) Santiago: 8 dias 2) San Pedro de Atacama: 7 dias 3) Uyuni: expedição de 3 dias Dia 1 – Santiago Primeiramente, fui fazer o câmbio e aproveitei a proximidade para conhecer a Paseo Bandera, que é uma rua de pedestres com o chão bem colorido, com muitas lojas e vendedores ambulantes no meio da semana. Ali perto está a Plaza de Armas, que é o ponto central da cidade, cercada por vários prédios importantes ao seu redor, como a Catedral Metropolitana, o Museu Histórico Nacional, o edifício dos Correios, a Prefeitura, o letreiro da cidade. Nas vezes que passei pela praça, tinha policiamento e não me senti inseguro, mas é bom ter precaução devido haver ali moradores de rua e usuários de drogas. Bem perto da região, a pé, está o Bairro Lastarria, que dá pra ir conhecendo na caminhada os lugares que inspiram uma parada para uma refeição. E nessa mesma região está o Cerro Santa Lucia, morro que é atração turística com vários níveis de escada até o topo, com muitas coisas legais para ir parando para apreciar, além da vista da cidade do alto, que sempre vale a pena. Eu tentei ir por duas vezes no cerro em dias diferentes, mas estava fechado sem motivo aparente. Foi somente na terceira tentativa que ele estava aberto. Na frente do cerro, do outro lado da rua, tem uma feira de artesanato bem bacana, onde dá pra achar todo tipo de lembrancinha que a gente procura em viagem. Dia 2 – Santiago Para o segundo dia, fui para La Chascona, uma das casas-museu do poeta Pablo Neruda, com um cenário bem conservado lembrando um barco, com diversos cômodos mantidos com os pertences do poeta e de sua mulher. Minha visita só deu certo na terceira tentativa, já que no primeiro dia em que fui informaram que faltou energia e não poderiam abrir, e na segunda tentativa estava fechada sem motivo aparente. Ali pertinho, está o Cerro San Cristóbal, outro grande morro da cidade, com várias atrações bacanas. No guichê de ingressos, o funcionário informou que havia o ticket turístico que podia ser usado durante o dia inteiro, sem limite de subidas e descidas, por um preço mais em conta do que o ticket de ida e volta. No horário que fui, não tinha fila, mas com o tempo vi que os visitantes foram chegando, aumentando o movimento. A subida até o topo pode ser feita de funicular, com uma parada intermediária para quem quiser visitar o zoológico. Lá no topo fica uma grande estátua da Virgem Maria, além de ter uma bela visão da cidade. Dá pra gastar muitas horas caminhando pelo lugar, parando nos mirantes, nos jardins, no letreiro do Chile, vendo ciclistas e desportistas se aventurando nas subidas e descidas, e finalmente pegando teleférico para um passeio panorâmico por cima da cidade. Foi um passeio que eu curti muito. A região aos pés do cerro é muito bem servida de restaurantes, inclusive ali perto está o Patio Bellavista, um shopping térreo com ampla praça de alimentação, de maneira geral com preço acima da média. À tarde, peguei um ônibus para a direção do Templo Bahá’í e lá próximo da colina onde ele fica, chamei um Uber para completar o percurso. A entrada é gratuita mas não é permitido tirar foto no interior. O templo é bem diferentão, lembrando um casulo gigante, construído com um material que lembra resina moldada em forma de pétalas gigantes. Do alto da colina, dá pra ter uma bonita visão da cidade. O percurso de ônibus para chegar e sair de lá achei bem demorado, já que é transporte público com paradas infinitas ao longo do caminho. Mas com o tempo que eu tinha à disposição na cidade, acho que foi bem válido o passeio. Para quem não tem tempo a perder, pode ser melhor um transporte mais ágil se resolver incluir o Templo no roteiro. Dia 3 – Santiago Como nesse dia seria feriado nacional e tudo na cidade estaria fechado, agendei o passeio para Cajón del Maipo e Termas de Colina. Comprei o bilhete pela internet no site Chilenjoy, com pagamento do total do valor no ato da compra. Na noite anterior à data do passeio, eles enviaram mensagem pelo Whatsapp para informar o horário que deviam passar na hospedagem. Me pegaram às 06h00 e foram bem pontuais no horário estimado. Depois de pegar todos ao longo nas suas hospedagens, teve uma parada para café da manhã numa loja de conveniência de posto de combustível na saída da cidade. O passeio tem uma parada no Tunel Tinoco, onde podemos atravessar andando através de um túnel abandonado e muito escuro. No lugar aconteceu uma tragédia e muita gente o visita para prestar homenagem a um jovem que foi encontrado morto ali. Outra parada incluída é no vilarejo de San José de Maipo, onde existe uma feira de artesanato na praça principal, em que podemos encontrar roupas e acessórios para frio, se precisarmos de mais camadas de proteção. A principal atração do dia são as águas termais na montanha, com pequenas piscinas em diferentes níveis de altura, da mais baixa e menos quente, para a mais alta e pelando o couro. O caminho que usamos para subir na direção das piscinas é íngreme e a gente faz umas paradinhas para recuperar o fôlego até chegar lá no alto. Lá em cima tem banheiro sujo e ducha fria. Nos arredores tem um pequeno restaurante que dá pra chegar a pé, onde tem comida local feita por povos originários a preços inflacionados. No passeio está incluído um piquenique, servido ao lado de onde a van fica estacionada, mas é um lanchinho que acho que não substitui uma refeição. Como esse é um passeio de dia inteiro, muita gente acaba levando sanduíches ou comprando alguma outra coisa por lá. No caminho de volta, tem parada na Casa de Chocolate, que me lembrou aquelas casinhas bonitinhas de Gramado, na Serra Gaúcha. Achei tudo bem caro, além de ter fila demorada para tudo, inclusive se paga para usar o banheiro. Teve parada também numa barraca no meio do caminho que vende artigos feitos de pedras e cristais extraídos da montanha, com preços bem salgados para badulaques que não valiam tanto. O guia foi bastante camarada e deu o tempo que o pessoal pediu para aproveitar o passeio, até parando ao longo do caminho para fazer fotos. Com exceção dessas duas paradas no caminho de volta, achei que o tour é muito bem aproveitado. Dia 4 – Santiago Esse foi o dia de explorar a região central, iniciando pelo Museu de Arte Precolombino. O museu tem exposições temporárias e permanentes, contando um pouco da história dos povos que habitaram o nosso continente, com artigos feitos de cerâmica, tapeçaria, madeira, dentre outros tantos que compõem o grande acervo. O museu não é grande, mas tem bastante informação sobre a cultura da região, inclusive com uma seção dedicada à região amazônica. Ali pertinho fica o Mercado Central, com muitos restaurantes servindo pratos diversos e garçons insistentes querendo ganhar clientes. Há também várias barracas com frutas, peixes, frutos do mar e outros artigos facilmente encontrados em feiras livres. Acho que o mercado acaba sendo uma atração para quem quer comprar ou comer alguma coisa ali, mas não é um passeio imperdível para somente visitar, já que tem muito assédio dos restaurantes aos turistas e com preços que nem são lá convidativos. Ainda nessa região central, está o Barrio Paris-Londres, tendo como atração uma charmosa rua com cara europeia, com calçamento de ladrilhos e arquitetura característica, um ponto para algumas fotos, sem atrativo maior que esse. E finalmente, bem pertinho está o Palácio La Moneda, a sede do governo ocupando um quarteirão inteiro. O Palácio oferece visita guiada gratuita, que deve ser agendada uns dias antes da visita. Estão disponíveis dois horários à tarde em dias úteis. Fiz a reserva cerca de 3 semanas antes e no dia precisei levar passaporte e deixar o documento retido na entrada. A visita dura cerca de uma hora e dá pra conhecer muitos espaços dentro do Palácio, com uma guia bem camarada e didática, que respondeu dúvidas, mesmo a gente perguntando em português, e deu tempinho para tirar fotos. Eu achei bem válido e agradável. Uma outra atração no Palácio, do lado de fora, é a troca de guarda, que acontece em dias intercalados na parte da manhã e atrai muita gente para assistir. Eu particularmente não fui ver, daí fiquei com essa pendência para quando voltar na cidade um dia num futuro próximo, hehe. Dia 5 – Santiago Esse foi o dia que reservei para ir na Vinícola Concha y Toro, que resolvi fazer por conta própria, sem intermédio de agência de turismo. Comprei o ingresso antes de partir em viagem e escolhi um horário dentre os vários disponíveis, daí no dia saí com boa antecedência de metrô até a estação mais próxima (Las Mercedes) e peguei Uber para completar o percurso. Na hora de pico, vi que essa linha de metrô intercalava as estações de parada a cada trem que partia, mas há estações de parada em comum que a gente pode pegar a composição certa se a nossa não parar onde a gente pretendia descer. Da estação até a vinícola é bem ruim de trânsito, uma confusão de carros, ônibus, pedestres, ainda bem que estava com margem de tempo antes do horário do tour. O tour é bem instrutivo e organizado, em que são mostradas as instalações, a plantação, com direito a poder explorar os pés de uvas para tentar encontrar cachos remanescentes pra gente experimentar. O ponto alto do tour é a aula que o guia oferece sobre as características dos tipos de vinho, com direito a bebericar cada um dos rótulos mostrados. A taça que recebemos é cortesia para levar para casa. Depois disso, conhecemos a adega que deu origem ao Casillero del Diablo, onde tem uma projeção da história que virou a famosa lenda da Concha y Toro, tudo em português para quem reservou o tour nessa língua. Ao fim do tour, podemos explorar a lojinha e gastar nosso rico dinheiro para levar lembranças do lugar. Saindo de lá, fiz o caminho de volta em direção ao Barrio Italia, que é um lugar gostoso de andar, com bastante restaurante, cafeteria, lanchonete, bar, enfim, muitas lojas bonitinhas para um passeio sem muita pretensão. Logo depois, fui ao Parque de las Esculturas, um lugar aberto com várias obras de arte espalhadas e estudantes deitados no gramado, foi uma passada rápida. Ali pertinho, a pé, está o Sky Costanera, que oferece o mirante na torre mais alta da América Latina. O preço para subir em fim de semana é mais caro do que na semana. A subida é bem rápida, que até sentimos uma pressão no ouvido e lá do alto temos uma bela vista da cidade em 360 graus. O final do dia é o horário mais popular para visitar o mirante, com um pôr do sol que vai colorindo de vermelho o horizonte, rendendo belas fotos. Dia 6 – Santiago Nesse dia planejei ir a Valparaíso e Viña del Mar por conta própria, sem contratar tour guiado. O tour resolve tudo pra gente de forma prática, mas além de ser caro, eu queria visitar outra casa-museu de Pablo Neruda em Valparaíso, e o guia não dispõe de tempo para os turistas entrarem na casa. No fim, achei que é um tipo de passeio facilmente arranjado sem precisar de guia. Várias empresas de ônibus fazem o trajeto, com passagens que podem ser compradas no guichê ou nas várias máquinas de autoatendimento pelo mesmo preço. Eu comprei ida e volta, partindo do Terminal Alameda, que fica próximo da Estação Central. A passagem de volta fica com o horário em aberto, bastando apresentá-la no guichê da rodoviária de Valparaíso para ser emitido o bilhete com o horário que a gente definir perto da hora do retorno. Em Valparaíso é possível se deslocar de metrô, ônibus e vans. A partir da rodoviária, peguei ônibus para La Sebastiana, a casa-museu de Neruda que fica na cidade. É uma região cheia de morros e ladeiras íngremes, com ruas mais sujas e com bastante vendedor ambulante nas calçadas. La Sebastiana fica em um ponto alto, de onde se avista o mar a partir das várias janelas da casa. São vários andares, com cômodos pequenos remetendo à arquitetura de um barco, com muitos objetos em exposição usados por Neruda. Assim como nas outras casas-museu do poeta, o ingresso dá direito a áudio-guia enquanto a gente vai percorrendo os ambientes. Depois da visita, andei um pouco pelas ruas da cidade e logo peguei uma van para Viña del Mar, em uma distância como se fosse um bairro vizinho, algo como uns 10 minutos. Desci no Relógio das Flores, um cenário bonito e colorido que é símbolo da cidade, um dos pontos de parada turística. Caminhando pela cidade, cheguei no Castillo Wulff, erguido sobre as pedras na beira do mar, mas ele estava em reforma, indisponível para visita. Andando um pouco mais, cheguei no Museo Fonck, lugar com um belo acervo sobre a Ilha de Páscoa no térreo do prédio, e uma ótima coleção de animais empalhados no primeiro andar. Na frente do museu está instalado um Moai original da Ilha de Páscoa, o único disponível fora da ilha. Dia 7 – Santiago Para completar o tour pelas casas-museu de Neruda, eu queria conhecer a que fica em Isla Negra, mas, quando pesquisei, não achei muito fácil fazer esse por conta própria a não ser alugando carro. A minha escolha foi contratar passeio guiado e fiz reserva ainda no Brasil com a empresa Chilenjoy, que oferecia os melhores preços dentre os que pesquisei. Na noite anterior ao passeio, informaram por Whatsapp o horário que passariam na hospedagem e foram pontuais, às 07h00. O tour passou pela vinícola Undurraga, com uma guia falando português e conduzindo o grupo pela estrutura do lugar, algo parecido com o tour da Concha y Toro, e terminando com a degustação dos variados rótulos escolhidos, podendo ao final também levar a própria taça para casa. Comparando os dois tours das vinícolas, o da Concha y Toro tem um impacto maior, além de ser mais espetaculoso pela visita à adega com a projeção sobre o lendário Casillero del Diablo. A próxima parada do tour foi na casa-museu de Isla Negra, que está instalada na beira do oceano Pacífico, com vários cômodos dispostos no térreo. Essa é a casa de Neruda mais ampla das três, com muitas esculturas grandes em seu interior, algumas bem curiosas, como um cavalo em tamanho natural que pertenceu a uma loja que o poeta frequentou quando criança. Isla Negra é a casa onde estão enterrados os restos mortais de Neruda e da sua última esposa, Matilde. A última parada do dia foi em Algarrobo, onde fica a maior piscina do mundo, um lugar realmente muito lindo. A piscina gigante fica entre um complexo de resorts de luxo e o mar, e o lugar rende fotos bem inspiradas. O almoço foi em um restaurante ali do lado, já no meio da tarde, praticamente sem outros clientes além do grupo do tour. Dia 8 – Santiago O último passeio na cidade foi a Portillo, contratado pela internet com a empresa Descobrindo Chile. A saída da hospedagem foi às 07h00, previamente informada no celular, com parada para café da manhã. A viagem tem parada para tirar fotos do Aconcágua, com a estrada passando à beira do precipício onde já ocorreram acidentes feios com caminhões. Esse é o caminho que leva a Mendoza, na Argentina, e a van leva a gente até a placa que divide os dois países, com parada para fotos, mas sem atravessar a fronteira. Para chegar nesse ponto, passamos pela Estrada de Los Caracoles, com suas impressionantes 29 curvas muito fechadas subindo a montanha. Depois, o passeio chegou na estação de esqui de Portillo, que fica do lado da Laguna del Inca, mas quando fui não era temporada de neve. Na estação funciona um restaurante/café, e como é frio lá fora, a gente quer ficar refugiado ali dentro, mas se não houver consumo, o banheiro é cobrado. A atração é a própria Laguna del Inca, com águas coloridas refletindo as montanhas ao seu redor, uma paisagem muito bonita, com um percurso meio cansativo entre o restaurante e a margem da lagoa, já que é uma ladeira irregular que está a mais de três mil metros de altitude. Descendo a montanha, o último ponto de parada é em um restaurante/lanchonete na beira da estrada, onde há várias lhamas para entreter os turistas, enquanto o guia prepara um lanche para o grupo. Esse dia não foi preenchido até o final da tarde, deu tempo de chegar na cidade ainda no começo da tarde, com tempo para almoçar ainda no horário normal. Dia 9 – San Pedro Peguei um Uber até o aeroporto de Santiago para ir para Calama, a cidadezinha com aeroporto próxima a San Pedro de Atacama. Eu já havia reservado com certa antecedência o traslado de Calama até San Pedro, um trajeto de cerca de 1h20, no site da empresa Transfer Pampa. No saguão do pequeno aeroporto, havia uma funcionária com os nomes dos passageiros na plaquinha, bastou eu segui-la e fazer o pagamento do transfer no guichê da empresa. De maneira geral, os valores que pesquisei eram bem parecidos, e a gente obtém desconto se reservar os dois trechos de ida/volta. O centro turístico de San Pedro é pequeno, com ruas de terra e construções simples de um pavimento. A rua principal, Caracoles, é somente para pedestres e é onde está concentrado grande parte do comércio. Há muitas agências de passeios ao longo da rua, entrei em algumas delas para verificar os preços, que eu já tinha referência na pesquisa prévia da internet. Escolhi fazer os passeios pela empresa Andes Travel, que tinha preços melhores entre os que encontrei. Vários tours têm taxa de entrada cobrada no local, mas é possível verificar se a agência pode deixá-los já pagos na reserva. Antes de cada passeio, o guia do dia incluía quem iria fazê-los em um grupo de Whatsapp para que fosse possível saber a hora que a van passaria na hospedagem correspondente. Achei a empresa organizada e os guias sempre simpáticos. Dia 10 – San Pedro O primeiro passeio na cidade foi ao Valle del Arcoiris, saindo às 07h00 e retornando cerca de 13h00, e incluía café da manhã. É um passeio menos procurado, então o grupo era muito pequeno, quase exclusivo. O guia levou a gente para percorrer um sítio arqueológico com inscrições rupestres nos paredões de pedra, além de formações rochosas com enormes monumentos naturais esculpidos pelas intempéries. É um passeio com pequenos trechos de caminhadas leves, que achei tranquilo e instrutivo para um primeiro momento na cidade. Para a parte da tarde, havia reservado o passeio para a Laguna Céjar, entre 14h30 e 18h30. Nos passeios iniciados à tarde, o ponto inicial de encontro foi sempre no escritório da agência. O passeio passou por algumas lagoas protegidas e onde não se pode entrar, porém mais adiante na última delas é permitido entrar por cerca de meia hora para experimentar o efeito de flutuação nas águas com elevada concentração de sal. O lugar tem banheiros e chuveiros de água muito fria para tirar o sal do corpo. Na sequência, fomos levados aos Ojos del Salar, dois grandes poços de água doce que têm um efeito espelhado bem bonito. Na parada mais adiante, a guia conduziu por uma trilha leve às margens da Laguna Tebinquinche, em uma paisagem linda com vista para montanhas e vulcões refletidos nas águas da lagoa. O tour foi finalizado com um piquenique a céu aberto e com um pôr do sol muito bonito colorindo o horizonte. Dia 11 – San Pedro O passeio reservado para esse dia foi o Valle de la Luna, entre 15h00 e 19h00. No início do passeio, fizemos uma caminhada com dificuldade de leve a moderada, andando sobre dunas de areia fina e subindo um pequeno aclive para uma vista bem bonita de cima do morro. Para onde se olha, encontra-se um horizonte com formações rochosas muito diferentes, esculpidas pela ação da água e do vento, parecendo que a gente tá em outro planeta. Perto do pôr do sol, a van nos levou para um ponto mais alto, onde tem uma grande plataforma rochosa que serve de mirante para uma linda vista do vale, e a gente pode explorar o lugar até o escurecer, mas com precaução por causa da altitude, que faz a gente cansar rápido. Ao final do tour, foi servido um piquenique em outro ponto, onde pudemos contemplar o espetáculo do lugar com a passagem do dia virando noite. Dia 12 – San Pedro O tour reservado para esse dia foi Piedras Rojas, entre 06h00 e 14h00, com café da manhã no meio da estrada num frio de bater o queixo. O trajeto desse dia foi um pouco mais demorado, com elevação de altitude, passando próximo a vilarejos, montanhas, vulcões, além vermos com frequência animais, como lhamas e vicuñas. Creio que esse foi o passeio com mais turistas que fiz, e é mesmo um dos que mais recomendo. A parada inicial foi na Laguna Chaxa, hábitat de variados tipos de flamingos. Mais adiante, o ponto alto do tour foi em Piedras Rojas, onde fizemos uma trilha de dificuldade moderada, já que estamos a uma altitude bem mais elevada e é recomendável andar devagar e beber água sempre. O ápice do passeio foi à beira de um lago que estava parcialmente congelado, margeado por um caminho de enormes rochas avermelhadas sobre as quais podemos andar e contemplar a vista deslumbrante ao redor. No caminho de volta, ainda passamos pelas lindas Lagunas Altiplánicas entre as montanhas. No tour estava incluído almoço para o grupo em um restaurante em San Pedro. Dia 13 – San Pedro Dia de visitar Geysers del Tatio, entre 04h30 e 12h00, com uma viagem de quase duas horas por estradas de terra para chegar no lugar. Por causa do horário e da elevada altitude, esse foi o passeio mais frio na cidade, com temperaturas negativas nos primeiros momentos de caminhada, cerca de - 8 graus Celsius. A área onde ficam os gêiseres é demarcada para os turistas andarem, sendo proibido sair das trilhas, já que a água que borbulha nas crateras é muito quente. O espetáculo natural consiste nesse choque de temperatura, que faz levantar uma densa e fedida coluna de vapor perto dos pontos de água borbulhante. Depois da leve caminhada, a van nos levou a outro ponto para o café da manhã, onde presenciamos uma raposa (zorro) tentando roubar a comida disposta na mesa montada para o grupo. No caminho de volta, ainda paramos numa região mais pantanosa para contemplar diversos tipos de aves do lugar. Dia 14 – San Pedro Esse foi o dia da Ruta de los Salares, entre 08h00 e 14h00, um tour que não é muito procurado, daí a van era quase exclusiva. O passeio segue na estrada que margeia o impressionante vulcão Licancabur, divisa natural entre Chile e Bolívia, com um café da manhã tendo essa paisagem ao fundo, em meio a muito vento e frio. Nesse passeio, fizemos caminhadas leves e os banheiros são improvisados onde é possível, chamados baños incas. Em certo ponto chegamos nas margens de um salar, que podemos avistar de mirantes próximos da estrada. Passamos por lagoas aos pés das montanhas, com um lindo reflexo do horizonte, e paramos nos incríveis pilares de pedra Monjes de la Pacana, formados na região onde já houve atividade vulcânica em outros períodos geológicos. No fim do passeio, estava incluído almoço na volta a San Pedro, no mesmo restaurante do dia de Piedras Rojas. Dia 15 – San Pedro Para esse dia, reservei o tour Vallecito, entre 15h00 e 19h00. Ele leva para a região próxima ao Valle de la Luna, com parada para contemplar a geografia impressionante, em caminhadas leves. O ponto alto do passeio foi o icônico ônibus mágico (autobús mágico), alvo de especulações sobre como ele teria parado ali. Uma das teorias diz que antigamente os jovens o usavam para fazer festas clandestinas, já que no povoado de San Pedro é proibido dançar ainda hoje. Ao final do tour, o guia montou uma mesa para piquenique em um descampado para contemplar o sol de pondo no horizonte. Escolhi o último dia na cidade para fazer o tour astronômico, com a lua nova para não atrapalhar a visão do céu, não sendo muito recomendável fazer em fase de lua cheia porque as estrelas são ofuscadas. Havia dois horários disponíveis para o tour, 20h00 ou 22h00, podendo haver algum ajuste de horário de acordo com a proximidade do dia e a previsão astronômica mais precisa. Eu escolhi o primeiro horário com vários dias de antecedência, mas no dia me ligaram 19h30 informando que a van iria sair naquele momento, daí tive que ficar para o próximo turno, por isso recomendo certificar sobre a saída no próprio dia. A van leva o grupo até um terreno bem próximo à cidade, onde estão instaladas poltronas a céu aberto, com mantas individuais para gente usar e se proteger do frio. É bom ir agasalhado, eu senti frio no lugar. O guia explicou sobre as constelações que era possível ver a olho nu e depois conduziu o grupo para ver alguns detalhes através de telescópios ali instalados. Depois da exposição, ele nos conduziu a uma sala fechada e mais protegida do frio para ficarmos aguardando a vez de cada um tirar suas fotos com aquele céu espetacular. No tour estavam incluídas duas fotos profissionais, que foram tratadas e enviadas no dia seguinte. Para quem tinha celular potente que capturasse com qualidade o céu, estava livre para fazer fotos à vontade. Dia 16 – Uyuni Como eu já havia feito uma reserva a Uyuni pela internet, alguns dias antes da expedição passei no escritório da empresa indicada no e-mail, World White Travel, para fazer o pagamento do restante do valor. Um dia antes da viagem já é possível preencher o documento de imigração para entrada na Bolívia, para isso é necessário pegar com a empresa de turismo a placa do carro que vai nos levar. É bom preencher enquanto ainda tem internet à disposição, porque depois que atravessa a fronteira, pode ser mais difícil. Não é necessário imprimir o documento, basta salvá-lo no celular para mostrar no guichê da imigração. Também é necessário comprar um pouco de pesos bolivianos para as despesas, como entrada no parque nacional, água, lanches, souvenirs, banheiros. No escritório da agência, a atendente recomendou levar 350 bolivianos, mas ao longo da viagem achei que podia ser um pouco mais, que não sobrou quase nada para comprar badulaques. Peguei o tour coletivo de quatro dias e três noites, para 6 turistas em um carro 4x4. Para quem senta no banco do fundo, achei um pouco mais apertado se tiver pernas longas. Se estiver levando bagagem volumosa, ela é amarrada no teto do carro. Eu viajei somente com mochila, carregando a roupa necessária para os dias da expedição, tendo combinado com a hospedagem de San Pedro para eles guardarem minha mala pelos próximos três dias. A van passou na hospedagem às 07h00, foi pegando o restante dos companheiros de viagem e nos levou para a imigração chilena para a burocracia de saída, em uma fila de carros meio demorada e não havia banheiros. Passada a imigração chilena, é servido café da manhã e o motorista da van nos repassa ao motorista do 4x4 responsável pela expedição. Do lado da Bolívia, só é permitido a operação do passeio por guia boliviano. Passados os trâmites burocráticos, tivemos que comprar o ingresso da reserva nacional que já custou boa parte do dinheiro reservado, 150 bolivianos. O ingresso é válido por quatro dias e deve ser guardado para ser apresentado em outros momentos. A partir do meio da manhã finalmente a expedição começou, passando pela Laguna Blanca e Laguna Verde, aos pés do vulcão Licancabur. Mais adiante está o Deserto de Dalí, com um terreno montanhoso de cores que parecem pinceladas em um quadro. Já perto da hora do almoço, paramos nas Termas de Polques, sendo possível comprar ingresso para entrar na piscina natural de água quente, enquanto o guia preparava o almoço. O lugar oferece banheiro pago. Ao longo da tarde, paramos nos gêiseres Sol de la Mañana, com fontes de água em ebulição levantando colunas de vapor com fétido cheiro de enxofre. Visitamos também a Laguna Colorada, que tem uma impressionante cor avermelhada devido às algas que servem de alimento para a infinidade de flamingos que vemos por lá. Ao fim do dia, fomos instalados em uma pequena pousada, Hostal Tierra Oculta, no minúsculo povoado de Villa Mar, onde foi servida refeição cerca de 20h00. O alojamento era com quartos compartilhados de três camas e banheiros coletivos e nem sempre tinha água quente no chuveiro. Alguns casais preferem pagar um pouco mais para não precisar dividir o quarto. Achei as camadas de cobertas suficientes para suportar todo o frio que fazia. Durante todo o dia, nenhum lugar oferecia sinal de wi-fi. Dia 17 – Uyuni No segundo dia da expedição, foi servido café da manhã cerca de 08h00 e em seguida partimos para a incrível Italia Perdida, lugar que parece ter sido uma cidade de pedra abandonada, com formação rochosa impressionante e enormes paredões se equilibrando de formas variadas. Exploramos alguns lugares da imensa cidade de pedra e depois seguimos para a Laguna Catal, em meio a uma imensa formação de rochas vulcânicas, em uma região com maior vegetação e onde pudemos ver alguns animais típicos da região, como lhamas pelo pasto, patos selvagens no lago e vizcachas, pequenos roedores do tamanho de coelhos que vivem em meio às rochas. O almoço foi servido ali em um pequeno casebre e o banheiro é pago. À tarde seguimos para o Cañon de Anaconda, a parte de cima de um cânion que pudemos explorar e ter uma linda vista dos paredões rochosos, mas com cuidado, já que ficamos bem na beira do precipício enquanto outras pessoas ficam passando próximo da gente. No caminho para a hospedagem, percorremos o Salar de Chiguana, em uma superfície de sal misturado a terra, uma prévia do ponto alto da viagem. Ao fim do dia, chegamos na hospedagem, uma construção estruturada com blocos de sal, no povoado de Colcha K, com quartos de casal e banheiro individual. Foi servido vinho e um delicioso jantar cerca de 20h00, mas desta vez achei a quantidade de comida meio regrada para o grupo. A hospedagem tinha wi-fi ao custo de 20 bolivianos, mas com sinal fraquíssimo que praticamente não abria nada. Dia 18 – Uyuni No último dia da expedição, deixamos a hospedagem cerca de 05h00 em direção ao belo Salar de Uyuni. Depois de percorrer o Salar por um tempinho, o guia parou em um lugar estratégico para apreciarmos o espetáculo do nascer do sol naquele lugar. Depois, foi o momento das fotos com efeito de perspectiva, o guia tinha boas técnicas pra gente fazer umas imagens criativas. Tivemos um bom tempo para tirar fotos em grupo e individuais, e depois fomos para a Isla Incahuasi, onde compramos ingresso para explorar o lugar, enquanto o guia preparava o café da manhã. O lugar se trata de uma área rochosa elevada no meio do Salar, onde estão espalhados cactos gigantes milenares de crescimento super lento. Depois do café, percorremos o Salar na direção do Museo de Sal, um hotel desativado com esculturas de sal em seu interior e banheiro pago. Do lado de fora, está a praça das bandeiras e o monumento Dakar, lembrança de quando foi realizado o famoso rali na região. No fim da manhã, fomos nos despedindo do Salar em direção ao povoado de Colchani, onde tivemos um tempo para ver e comprar artesanato típico do lugar. Quase todas as bancas e lojinhas só vendem com dinheiro em espécie e foi aí que eu senti falta de ter um pouco mais de dinheiro sobrando. O último ponto turístico foi o curioso cemitério de trens, onde estão abandonadas várias carcaças de locomotivas antigas que serviam como transporte na região. O guia levou o grupo para almoçar em Uyuni e logo depois ficamos no escritório da agência até cerca de 15h30, horário em que outro guia iria fazer o caminho de volta para os remanescentes do grupo que retornariam para San Pedro. Como o escritório possuía wi-fi, aproveitei para preencher o formulário da imigração com a saída da Bolívia, sendo necessário pegar o número da placa do carro usado na viagem. O percurso de volta tomou o resto da tarde até chegar na mesma hospedagem do primeiro dia, em Villa Mar, para pernoite. A saída no dia seguinte foi às 04h30, fazendo a rota inversa de maneira expressa, com parada já próximo da fronteira para tomar café da manhã. Na imigração para sair da Bolívia, os funcionários cobraram 15 ou 20 bolivianos de cada turista de maneira ilegal. Comentei com o guia e ele disse que é difícil prever se irão ou não cobrar, mas realmente a cobrança não está prevista e pode ser contestada. Entre as duas fronteiras, deixamos o 4x4 e chegamos a San Pedro um pouco depois de meio-dia.
  22. Bom dia, Boa tarde ou Boa Noite! Pessoas, fev/2024 irei fazer mochilão de bicicleta na américa do sul junto a um amigo meu. Sairemos de Estância Velha/RS com destino ao Ushuaia, iremos passar por diversas cidades antes de chegar ao destino. O percurso, a princípio, levará 7.000 quilômetros de ida, e como vai ser nossa primeira viagem, agradeceríamos de receber algumas dicas em relação a dinheiro, acampar, alimentação, cuidados, o que levar/não levar, COMO DEIXAR AS ROUPAS LIMPAS?!!, etc. Serão 120 dias pedalando, passando desde Punta del Este, Buenos Aires, Villa Epecuén, Futaleufú, Rio Baker, Río Gallegos até chegar ao Ushuaia. Agradeço desde já, Bons ventos!
  23. Oi gente, eu estou considerando há algum tempo ir para o Chile nesse inverno. Na verdade, tenho disponibilidade para viajar nos meses jul e ago e como é inverno, o Chile parece uma boa opção. Como o tempo é razoável, gostaria de aproveitar bastante tentando conhecer outros lugares, de forma mais economica possível. Daí vem a minha dúvida... É possível ficar viajando por terra durante esse período na região (Chile/norte argentina)? Não sei se o transporte funciona normalmente ou se há impedimentos... Ainda não tenho destino 100% definido, muito menos roteiro. Cheguei a pensar em sair de Foz, passar por Asunção e... tomar um voo a Santiago, ou seguir por terra pela argentina... não sei. Alguma dica? Obrigado! ps: Outras sugestões de destinos também são bem aceitos.
  24. Planejo fazer uma viagem com destino ao Chile em julho/2019, e desejo visitar os dois destinos que estão no título do post. Gostaria de saber se há possibilidade de comprar as passagens para a Ilha de Páscoa no aeroporto de Santiago, pois aqui no Brasil elas são absurdamente caras - leia-se R$5.000 em alguns sites - e não cabem no meu orçamento inicial. Por favor, me ajudem! Desde já, agradeço!!!
  25. Esse é o meu relato de viagem sobre meu mochilão de 17 dias pela patagônia argentina e chilena. Não liguem pro tempo verbal, tem coisa que estou escrevendo ao vivo e tem coisa que estou escrevendo depois que aconteceu. Roteiro: 18/10 - Rio x Santiago (escala de madrugada em Santiago) 19/10 - Santiago x Punta Arenas x Puerto Natales 20/10 - Punta Arenas x Torres del Paine 21/10 - Torres del Paine 22/10 - Torres del Paine 23/10 - Torres del paine x Puerto Natales 24/10 - Puerto Natales x El Calafate 25/10 - El Calafate 26/10 - El Calafate x El Chalten 27/10 - El Chalten 28/10 - El Chalten 29/10 - El Chalten 30/10 - El Chalten x El Calafate 31/10 - El Calafate x ushuaia (avião) 01/11 - Ushuaia 02/11 - Ushuaia 03/11 - Ushuaia x Brasil A escolha do roteiro: Por que vou fazer nessa ordem, já que começar pela Argentina é mais barato? Meu motivo principal da viagem é conhecer Torres del Paine, então minha ideia foi começar por lá, já que eu chegaria com o corpo descansado pra fazer as trilhas do parque. Por que eu não vou direto para El Chalten depois de Torres, daí vou pra El Calafate de uma vez e pego o voo direto? Como calafate não tem trilhas seria o meu descanso entre as duas cidades que mais vou fazer trilhas. Então preferi colocar no meio para descansar (entre torres del Paine e El Chalten). O que eu reservei antes? Quanto paguei? Por que? 1 - Reservei os campings em maio, pq sou ansiosa e fico com medo de não conseguir depois. Reservei no cartão de crédito em única parcela (não lembro se dá pra parcelar), com a cotação pro real de 4,60 aproximadamente. Farei o circuito W, optei por 4 dias e escolhi reservar a barraca com eles. Camping Central - 25 dólares (21 dólares barraca alugada e montada) Camping Francês - 25 dólares (21dólares barraca alugada e montada) Camping Paine Grande - 11 (30 dólares barraca alugada e montada) Total aproximadamente: 611,80 reais. 2 - Paguei o mini trekking com a hielo y aventura no Brasil também: 6500 pesos argentinos, que no cartão de crédito veio por uma cotação de 4,60 e no final paguei 543,83 reais. Esse valor está incluso apenas o transfer e o mini trekking. Chegando no parque tenho que pagar minha entrada: 800 pesos argentinos. 3 - Paguei o passeio que vou fazer em ushuaia com a Piratur. Tá sentado? Total de 746,26 reais. Está incluso o transfer e pelo preço pensei que eu poderia levar um pinguim pra casa. Além do transfer tem a navegação do canal beagle e a entrada na estância. O nome do passeio é: caminhada + navegação. Os passeios 2 e 3 eu reservei com antecedência pelo motivo de eu ter pouco tempo nas cidades e roteiro apertado e eu não queria correr o risco de não ter vaga (apenas essas empresas fazem estes passeios, então não tem a opção de pesquisar preços). 4 - Ônibus que faz o trajeto Punta Arenas Aeroporto - Puerto Natales. Paguei 7400 CLP = 47 reais. Ou seja, se você não pretende ficar em Punta Arenas, faz esse caminho direto, o valor é o mesmo caso você pegasse o ônibus na rodoviária. Quanto estou levando de dinheiro? Troquei meu dinheiro duas vezes: 1 vez = 1684 reais = 400 dólares 2 vez = 1281 reais = 300 dólares O dólar estava super em alta esse ano então eu juntei o dinheiro e fiquei de olho na cotação todo dia, toda hora em desespero mode on. O site que eu uso pra acompanhar a cotação é melhorcambio.com e lá eu faço a proposta de quanto eu quero pagar no dólar. Planejamento Antes de iniciar a viagem eu fiz uma planilha com todos os gastos de hospedagens e transportes que eu achei na internet, fiz o câmbio pra dolar e decidi levar esse valor citado. Início do relato: 18/01 - A caminho Meu vôo tava marcado pra 17:10. Cheguei no aeroporto com bastante antecedência, pois eu tinha que consertar meu nome no bilhete de embarque do voo que eu faria no meio do mochilão (calafate-ushuaia). Separei meu líquidos no zip lock, mas como sempre ninguém viu. Tava na tensão sem saber se conseguiria embarcar com meu bastão de caminhada e meu pau de selfie, segundo as regras é proibido, mas coloquei eles na parte de dentro da minha mochila (50l _quechua) e deu tudo certo. Como meu voo estava cheio a companhia ofereceu despachar as bagagens, eu aceitei, não tava querendo procurar vaga pra ela no avião mesmo. Comi um bolinho Ana Maria na sala de embarque e esperei meu momento. Embarquei. Tô levando comigo alguns itens de comida, dizem que no Chile é um pouco chato a imigração. Então no papelzinho de imigração que a gente ganha no avião eu declarei que estava levando coisas de origem vegetal e/ou animal. O que eu levei de comida: 1 pacotinho de chá mate 1 pacote de cappuccino em sachês 2 pacotes de amendoim grandes 12 barras de proteína com bom valor nutricional 09 snickers 04 latas de atum 02 pacote de cookies integral 12 bananadas 03 pacotes de bolo Ana Maria 02 sopas com bom valor nutricional da essential nutrition (soup lift) 03 barras de cereal 01 pacote traquinas 01 pacote de biscoito de arroz 01 pacote de Club social 01 caixa do chocolate talento versão mini 09 quadradinhos de polenguinho 05 geleinhas estilo cesta de café da manhã 02 pacotinhos equilibri, estilo torradinhas Rolou tudo bem. Passei na parte de itens a declarar, a moça perguntou o que eu levava, eu contei, ela mandou passar no raio x e me liberou. Simples assim. Troquei 150 dólares no aeroporto de Santiago, pq tô com medo da cotação na patagônia ser pior. 150 dólares = 101.574 CLP Gastos do dia (a partir do momento que entrei no aeroporto): "Janta" de Mc donalds: 5640 CLP Dica: Sempre comprar voo com uma conexão grande, pra dar tempo de se alimentar, trocar dinheiro, fazer tudo sem pressa. Meu voo aterrissou as 21:50 e terminei de fazer tudo as 23:40. Agora estou aguardando o próximo voo no aeroporto.
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