Pesquisar na Comunidade
Mostrando resultados para as tags ''carro''.
Encontrado 48 registros
-
Olá viajantes do Mochileiros Minha esposa e eu acabamos de chegar de uma viagem que, definitivamente, valeu demais a pena. Nada seria mais justo do que depois de ler dezenas de excelentes tópicos aqui, eu também deixar minha contribuição. Meu intuito primordial não é descrever tudo que fiz, mas sim, é deixar meu roteiro para que outros viajantes possam utilizá-lo como um esboço para suas viagens e também comentar sobre alguns pontos em que eu tinha dúvida antes de viajar. Dessa forma outras pessoas que pesquisarem aqui poderão se beneficiar assim como eu me beneficiei de outros relatos. Enfim, fizemos essa viagem saindo de Lages - SC em 18/10/2025 e retornamos agora em 17/11/2025. Foram 31 dias muito bem aproveitados pelas Patagônias argentina e chilena. Fomos até Ushuaia, descendo principalmente pela Ruta 3, e passamos por Puerto Natales, Torres del Paine, El Calafate, El Chaltén, Chile Chico, Puerto Rio Tranquilo, Parque Queulat, Futaleufú, Bariloche e Pucón. Montei o roteiro dessa forma, depois de muito pesquisar, para que ele conseguisse, com o tempo que tínhamos disponível de férias, englobar quase todos os principais focos de turismo na região, com uma passada pela famosa Carretera Austral, além de um plus em Pucón, já que era um grande desejo conhecer o vulcão Villarica. E saiu melhor do que a encomenda. Com uma pitada de sorte, já que quase não pegamos chuva (pegamos chuva mesmo apenas 3 dias, sendo a ida e a volta no Brasil e o dia de deslocamento entre Bariloche -> Pucón), nem tivemos problemas com o carro, conseguimos fazer tudo que estava planejado e mais um pouco. Durante os deslocamentos sempre parávamos para tirar fotos e aproveitar a paisagem. Cada cidade em que chegávamos para dormir ou fazer atividades/passeios, caminhávamos por suas ruas para conhecer seus encantos e sentir a sua "vibe". Fizemos o trajeto de ida até Ushuaia com bastante calma, aproveitando o caminho. A volta, partindo de Pucón, fizemos com mais pressa e períodos mais longos de deslocamento. Nosso roteiro e principais atividades: 18/10 - DIA 1: Lages -> São Borja -Visita às Ruínas de São Miguel das Missões 19/10 - DIA 2: São Borja -> Lujan (Travessia pelo Paso Santo Tomé) -Visita à Basílica de Lujan 20/10 - DIA 3: Lujan -> Mayor Buratovich 21/10 - DIA 4: Mayor Buratovich -> Puerto Madryn -Observação de baleias em Puerto Madryn 22/10 - DIA 5: Puerto Madryn -> Rada Tilly -Observação de pinguins na Reserva de Punta Tombo 23/10 - DIA 6: Rada Tilly -> Rio Galegos -Observação de lobos marinho em Caleta Olivia 24/10 - DIA 7: Rio Galegos -> Ushuaia (Travessia pelos Pasos Monte Aymond e San Sebastian) 25/10 - DIA 8: Ushuaia -Navegação no Canal Beagle -Trilha Glaciar Martial 26/10 - DIA 9: Ushuaia -Trilha Glaciar Vincinguerra e Laguna Encantada 27/10 - DIA 10: Ushuaia -Trilha Laguna Esmeralda 28/10 - DIA 11: Ushuaia -> Puerto Natales (Travessia pelo Paso San Sebastian) 29/10 - DIA 12: Puerto Natales (Torres del Paine) -Trilha Mirador Base Torres 30/10 - DIA 13: Puerto Natales (Torres del Paine) -Passeio de carro pelas estradas do Parque Torres del Paine -Visita à Cueva del Milodon -Trilha Glaciar Gray 31/10 - DIA 14: Puerto Natales -> El Calafate (Travessia pelo Paso Dorotea) -Caminhada pela cidade de El Calafate 01/11 - DIA 15: El Calafate (Parque Nacional Los Galciares) -Mini trekking Glaciar Perito Moreno 02/11 - DIA 16: El Calafate -> El Chaltén -Trilha Chorrillo del Salto em El Chaltén 03/11 - DIA 17: El Chaltén -Trilha Base Fitz Roy (Laguna de Los Tres) 04/11 - DIA 18: El Chaltén -> Chile Chico (Travessia pelo Paso Rio Jeinemeni) 05/11 - DIA 19: Chile Chico -> Coyhaique -Passeio de barco pelas Capillas de Marmol em Puerto Rio Tranquilo 06/11 - DIA 20: Coyhaique -> Futaleufu -Visita ao Parque Nacional Queulat 07/11 - DIA 21: Futaleufu -> Esquel (Travessia pelo Paso Futaleufu) -Rafting (Seção All Day) em Futaleufu -Visita ao Campo de Tulipanes em Trevelin 08/11 - DIA 22: Esquel -> Bariloche -Caminhada pela cidade de Bariloche 09/11 - DIA 23: Bariloche/ Villa la Angostura/ San Martin de Los Andes -Rota dos 7 Lagos 10/11 - DIA 24: Bariloche -Circuito Chico -Cerro Campanário -Cerro Catedral 11/11 - DIA 25: Bariloche -> Pucón (Travessia pelo Paso Cardenal Antonio Samoré) 12/11 - DIA 26: Pucón -Subida à cratera do vulcão Villarica 13/11 - DIA 27: Pucón -Parque Cuevas Volcánicas -Passeio ao Ojos del Caburgua 14/11 - DIA 28: Pucón -> General Acha (Travessia Fronteira - Paso Tromen/Mamuil Malal) 15/11 - DIA 29: General Acha -> Fray Bentos (Travessia pelo Paso Gualeguaychú - Fray Bentos) 16/11 - DIA 30: Fray Bentos -> Pelotas -Free Shop em Rivera 17/11 - DIA 31: Pelotas -> Lages Principais Considerações: Estradas/Carros/Trânsito: Nosso carro é um VW T Cross 1.4. Com 27 mil km no início da viagem. Levei um kit de “macarrão” e dois daqueles sprays que enchem os pneus para me precaver contra algum furo. Graças a Deus, não tivemos nenhum problema mecânico, de acidente, ou com os pneus. Apenas uma trincadinha no para-brisas em virtude de uma pedrada na Carretera Austral. Tirando alguns trechos da Ruta 40 entre Gobernadores Gregores e Perito Moreno e da RN 152, próximo a Puelches, que estavam bem esburacados, as demais rodovias que trafegamos estavam ótimas. E o rípio? Achamos muito parecidos com as nossas estradas de chão do interior. Mas sinceramente, muitos trajetos são melhores que nossas rodovias brasileiras. A cada poucos kms encontrávamos máquinas fazendo manutenção. O trecho que me pareceu mais abandonado foi o tal dos “73 malditos” da Ruta 40. Ainda assim, quando trafegamos por ali estava um dia seco e dava para andar tranquilamente entre 50-70 km/h. Com barro a situação pode mudar. O trecho que pegamos para ir até Punta Tombo era de excelente qualidade. Nos trechos da Carretera Austral e arredores (trajetos de Chile Chico e Futaleufu) a qualidade da via é razoável para boa, a estrada só é mais estreita. Nem sempre passam dois carros juntos sem que um precise parar e tirar para a “valeta”. Conseguimos andar numa média de 60 km/h. Novamente, tive sorte e sempre peguei dias secos, com barro pode ficar mais difícil. É bom dar uma murchada (4 a 5 libras) nos pneus para ficar mais confortável rodar. Quando terminar o rípio calibra novamente. Eu levei junto uma bomba manual de encher pneu e uma caneta daquelas que mede a pressão (para os carros que não tem sensor que mostra a pressão por pneu, como o meu caso). Achei bem útil e recomendo levar. Um bom site para saber se determinado trecho da Carretera está pavimentado ou não é o https://carretera-austral.cl/ripio-y-pavimento-en-carretera-austral/ Na Carretera os motoristas locais tendem a andar mais rápido, principalmente com suas caminhonetes e o perigo está nas pedras soltas que eles jogam para trás, principalmente nas ultrapassagens. Geralmente quem anda por lá é bem consciente e faz a manobra de ultrapassagem bem longa, entrando bem distante na frente do veículo ultrapassado, para evitar que as pedras atinjam o carro. E o veículo ultrapassado freia para evitar o dano também. Eu levei azar por que numa dessas manobras uma caminhonete voltou da ultrapassagem bem pertinho na minha frente e nisso voou uma pedra que trincou um pouco o para-brisa, mas foi bem no alto e bem pequeno, não atrapalhou a viagem. Quando cheguei em Coihaique, por precaução, consegui achar um senhor que fez um reparo no vidro para não abrir mais o trinco. Achamos os motoristas argentinos e principalmente chilenos muito educados e sensatos nas rodovias. Sempre guardam boa distância entre os veículos, fazem ultrapassagem longas e seguras e não ficam costurando nas filas. O trânsito dentro das cidades é um pouco mais difícil de entender, principalmente o sentido das vias (geralmente não tem placa própria iguais as nossas que apontam o sentido que você pode dobrar. Você precisa olhar naquelas placas que têm os nomes das ruas nos cruzamentos. Ali estão pintadas umas setas que dizem o sentido de cada via). Ainda mais difícil de entender são as preferenciais. Muitos cruzamentos não possuem placa de pare ou de dê a preferência. Teoricamente a preferência seria de quem está na direita, mas nem sempre é assim. Há vias que aparentemente são preferenciais mesmo sem ter indicação. Durante os deslocamentos, muitas vezes preferíamos pernoitar em cidades menores, pois se perdia menos tempo para entrar e sair da cidade e o trânsito era mais tranquilo. É bom sempre saber as rotas que você vai seguir e as principais cidades onde passará. Acontece muito do app de mapas (Google Maps por exemplo) traçar uma rota que para economizar um pouco de tempo te leva para estradas não pavimentadas ou rodovias menores que frequentemente estão em piores condições. Pedágios: Na Argentina e na região do Chile que andamos, pagamos em espécie, são baratos. Não cheguei a reparar ou perguntar se aceitava cartão ou outra moeda que não a local. Na divisa em Fray Bentos(URU) paguei com cartão e na divisa em Santo Tomé (ARG) paguei com reais. No Uruguai os pedágios são todos automatizados. Para quem é turista faz o cadastro em https://telepeaje.com.uy/paseturista, pode passar e depois pode pagar/recarregar com o cartão de crédito. Em algumas regiões do Chile parece que é automatizado também, o turista passa e depois paga através do https://pasastesintag.cl/ Postos de Combustível: Em alguns trechos ficam bem distantes uns dos outros, mas sempre conseguimos abastecer a cada meio tanque. Quando chegava próximo a meio tanque já parava em um posto para abastecer. Não recomendo ficar com a autonomia menor do que isso. Os postos são bem estruturados com boas conveniências. Recomendo na Argentina YPF, Axion, Puma e Shell. No Chile Copec, Shell e Aramco. YPF e Copec são os que tem as melhores conveniências. Trâmites nas aduanas: Era algo que eu tinha muita dúvida. Na travessia Brasil/Argentina em São Borja o trâmite é unificado. Em Fray Bentos (Argentina/Uruguai) e Rivera (Uruguai/Brasil) também. Detalhe que a aduana em Rivera fica num shopping. Tive que pesquisar no Google para descobrir onde era. Já entre Chile e Argentina não havia processo unificado. Fazíamos o trâmite no lado chileno e no lado argentino separadamente. O processo nas fronteiras Argentina/Chile resumidamente é assim: 1-Você chega, estaciona o carro (quase sempre tem um estacionamento, senão você para no acostamento mesmo) e vai a pé até o controle migratório. 2-Faz o controle migratório com seu passaporte ou documento de identidade (usamos passaporte porque lemos antes de viajar que era mais fácil e realmente aparentou ser) e documento do carro. Fazem algumas perguntas sobre o seu destino e geralmente perguntam qual o endereço em que ficará hospedado e quantos dias ficará. Te remetem para aduana. 3-Na aduana vai o proprietário do veículo e apresenta o documento do mesmo e o passaporte/RG. 4-Esse passo é só para entrada no Chile, onde é obrigatório preencher o formulário (SAG). Para ganhar tempo, é melhor preencher no dia anterior e levar pronto em pdf. Cada ocupante precisa preencher. Site: https://dj.sag.gob.cl/declaracion-jurada 5-Você volta até o carro e vai para fila (se tiver) para a revista do veículo e das malas. Do lado argentino, não tivemos o carro revistado em local nenhum. Só mandavam a gente seguir. Já para entrar no lado chileno, são mais rigorosos. As vezes só olham “por cima”, as vezes pedem para passar as malas no raio X, as vezes pedem para abrir. E sempre vão perguntar sobre produtos de origem animal e vegetal. Na dúvida melhor não passar com nada e se você tiver algo, melhor dizer ao agente. E pronto. Não tivemos nenhum problema. Sempre fomos bem tratados. Nunca pediram seguro viagem e nunca pediram certidão de antecedentes. Meu carro está no meu nome, mas tem alienação e também, nunca me pediram autorização de viagem. No Chile nunca pediram o SOAPEX. E na Argentina só pediram carta verde na primeira vez que entrei no país (São Borja/ Santo Tomé). Já sobre o endereço do hotel ou hospedagem foi bem comum perguntarem. Sempre consultávamos os horários dos Pasos em: https://www.argentina.gob.ar/seguridad/pasosinternacionales Polícia: Nas províncias de Corrientes e Entre Rios é bem comum pararem todos os veículos. Para nós só perguntavam de onde vínhamos, por onde tínhamos imigrado e para onde íamos. Nem documento nos pediram. Em Bariloche tive que fazer bafômetro uma vez (era uma blitz). Nos demais lugares só faziam sinal para prosseguirmos. A única vez em que tive que mostrar CNH e documento do veículo foi em uma blitz que estava tendo a noite dentro da cidade de General Acha. Percebi que o policial conferiu se o veículo estava em meu nome e se o ano de exercício do documento do carro estava 2025. Depois de olhar, nos pediu desculpas pelo transtorno. Nenhum problema com a polícia e aquela história de desonestidade. Pesquisamos um pouco antes de viajar e resolvemos nos precaver. Levamos: extintor preso embaixo do banco de carona, 2 triângulos, colete refletivo, kit de primeiros socorros e até um cambão. Além do seguro do veículo com extensão de perímetro, carta verde, Soapex. Os policiais nunca me pediram nada disso. Importante lembrar que nos 2 países é obrigatório transitar com a luz baixa acesa a todo momento. Segurança: Nos locais onde estivemos, tudo parecia muito seguro. Nosso carro passou várias noites na rua e nunca tivemos problemas. Custos: No que diz respeito ao combustível, na Argentina percebemos que o preço varia na região da Patagônia e fora dela. Na média a Nafta Super estava 1200 pesos na Patagônia e 1500 pesos fora dela. A Nafta Premium (Infinia, Quantium, etc) estava 1500 pesos na Patagônia e 1800 pesos fora dela. No Chile é mais cara, pagamos em média 1400 pesos chilenos, com relativamente pouca variação de preço entre os diferentes tipos de gasolina (93,95,97). Quanto as acomodações e pernoites, tem hotéis, hostels, B&Bs para todos os gostos e bolsos. Mais caros no geral do que no Brasil, mas vai depender muito do que cada pessoa procura. Supermercados e alimentação, na média, convertendo em Reais, dá para dizer que o custo se aproximou do dobro do que gastaríamos no Brasil. Achamos os restaurantes mais caros na Argentina do que no Chile. No supermercado, os preços ficam equilibrados entre Chile e Argentina, algumas coisas mais caras em um país e mais baratas em outro. Os passeios e as entradas nos parques também achamos mais caros na Argentina. Câmbio/Cartões/Dinheiro em espécie: Levamos dólares e reais em espécie para trocar por pesos chilenos e pesos argentinos. Levamos também cartão Wise carregado em dólares e cartão de crédito Visa. E fomos preparados para utilizar Western Union, mas não usamos. Fizemos as trocas em casa de câmbio quando entramos na Argentina (no próprio complexo da Aduana de São Borja/Santo Tomé) e no Chile (em Puerto Natales). Não trocamos pesos uruguaios. Sinceramente, não fizemos o cálculo do que compensava mais financeiramente, mas sem dúvida não depender de dinheiro em espécie é muito mais prático. O “efectivo” acabamos utilizando nos pedágios e em algumas reservas pelo Booking nas quais o anfitrião era pessoa física. No mais, o gastamos em coisas onde poderíamos ter utilizado cartão. Alguns estabelecimentos na Argentina estavam cobrando acréscimo de até 10% no pagamento em cartão de crédito. Outros ofereciam desconto de até 10% no pagamento em espécie. Mas na ampla maioria dos locais, o cartão foi aceito normalmente sem diferença de preço. O cartão Wise carregado com dólares funcionou perfeitamente em todos os estabelecimentos da Argentina nos quais o utilizamos. Nenhuma recusa ou erro. Parques: Em todos é necessário comprar o ingresso. Atenção que alguns não recebem em espécie. Comprávamos sempre antecipadamente pela internet em: https://www.pasesparques.cl/pt https://www.argentina.gob.ar/interior/parquesnacionales Trilhas: Muita variedade e quantidade. Do que fizemos era obrigatório ter guia no Minitrekking no Perito Moreno (apenas a Agência Hielo e Aventura opera) e na subida ao vulcão Villarica. Dependendo da época do ano, há exigência também na trilha do Mirador Base Torres no Parque Torres del Paine. Nos demais trekkings que fizemos não era obrigatório ter guia. As trilhas são bem batidas, com caminho bem definido, bem sinalizadas e bem movimentadas. Para se sentir mais seguro, recomendo ter também um app de navegação em trilhas como Wikiloc ou AllTrails. Utilizar uma boa bota impermeável, uma mochila confortável, um bom bastão de trilha e ter sempre na mochila uma corta vento e uma calça impermeável. Clima: Outra grande dúvida era como estaria o clima e a paisagem, principalmente para as trilhas. Em resumo: Dia 28/10 pegamos nevasca em Ushuaia e -2 graus de temperatura. Nos outros dias ficou numa média de 5 a 10 graus. As montanhas ainda estavam bem nevadas. Das trilhas que fizemos, a laguna Esmeralda estava descongelada, já a laguna de Los Tempanos estava congelada (caminhamos sobre ela) e os glaciares Martial e Vincinguerra estavam cobertos pela neve, nós não conseguimos os observar. Em Torres del Paine (29 e 30/10) a temperatura estava amena e a laguna que fica na base das torres estava parcialmente congelada (diria que 50%). Em El Chalten (03/11) a Laguna de Los Tres, na base do Fitz Roy, ainda estava congelada. Em Púcon (12/11) havia bastante neve no vulcão Villarica, A maior parte do trecho de subida efetivamente ainda estava coberto. Subimos a maior parte com grampões nas botas e conseguimos descer um baita trecho de “esquibunda”. Interessante que enquanto voltávamos para casa (14/11), enquanto passávamos pela região dos arredores de Neuquén o termômetro do carro chegou a marcar 35,5 °C. Conectividade: Ao invés de procurar chip de celular internacional ou comprar durante a viagem, resolvi adquirir uma Starlink Mini e instalar ela sob o teto solar do carro. Utilizei uma fonte estabilizadora na tomada 12 volts para alimentá-la. Funcionou perfeitamente em toda a viagem, independente do local ou velocidade. Só não funcionava quando a antena não tinha comunicação com o céu. Embaixo de um posto de combustível por exemplo. O que já era de se esperar, é claro. Recomendo muito. Até por segurança. Você estará todo tempo "comunicável", a não ser que fique sem bateria no carro, o que seria um desastre de qualquer forma. E esse era o relato pessoal. Espero que seja útil e peço desculpa por alguma falha na escrita. A gramática e a produção de textos nunca foram um ponto forte meu. Se alguém tiver alguma dúvida ou curiosidade sobre o roteiro, alguma atividade ou passeio que fiz, ou alguma particularidade, fico a disposição para ajudar. Um abraço.
- 2 respostas
-
- 4
-
-
-
- patagônia chilena
- patagônia argentina
- (e 11 mais)
-
Fiz uma viagem de férias de 14 dias com minha mãe para Portugal em abril desse ano. Essa foi nossa primeira vez no país e focamos nas cidades mais conhecidas pelos turistas entre Porto e Lisboa. Espero um dia voltar para conhecer a região do Douro e do Algarve, além das aldeias mais pro interiorzão do país. Começamos por Porto, alugamos um carro e viajamos até Lisboa passando em algumas cidades. Acho que ficou bem corrido o roteiro, se fosse hoje talvez faria algumas alterações, mas no geral conseguimos aproveitar os destinos. O que mais gostamos foi da gastronomia, comemos e bebemos muito bem, eu que não gostava de bacalhau voltei com outra opinião sobre esse prato. A simpatia dos portugueses também nos surpreendeu, fomos sempre bem tratados em quase todos os lugares que fomos, sempre foram comunicativos e dispostos, tínhamos aquele preconceito que portugueses são mais grosseiros, mas na realidade são o completo contrário disso. Roteiro dia a dia Dia 19/04 - Sábado - Chegada em Portugal Dia 20/04 - Domingo - Porto Dia 21/04 - Segunda - Porto | Bate-volta para Braga Dia 22/04 - Terça - Porto Dia 23/04 - Quarta - Porto | Bate-volta para Guimarães Dia 24/04 - Quinta - Retirada do carro no Porto | Aveiro Dia 25/04 - Sexta - Aveiro | Coimbra Dia 26/04 - Sábado - Coimbra | Tomar | Fátima Dia 27/04 - Domingo - Fátima | Pia do Urso | Batalha | Nazaré Dia 28/04 - Segunda - Nazaré | Óbidos | Devolução do carro em Lisboa Dia 29/04 - Terça - Lisboa Dia 30/04 - Quarta - Lisboa Dia 01/05 - Quinta - Lisboa | Bate-volta para Sintra Dia 02/05 - Sexta - Lisboa Dia 03/05 - Sábado - Volta para o Brasil Roteiro detalhado Dia 1 - 19 de Abril de 2025 – Chegada em Portugal Embarcamos em Viracopos rumo a Lisboa no dia anterior e chegamos no aeroporto de Lisboa por volta das 6h30. O desembarque foi rápido e logo seguimos para a imigração. Chegando na área de imigração, levamos um susto com o tamanho da fila logo cedo, já estava saindo para fora da área delimitada. Estava bem caótico, havia somente dois ou três guichês abertos, ficamos mais de 3 horas na fila. Depois de finalmente passar pela imigração, fomos pegar nossas malas. Como já havia passado muito tempo desde a chegada do nosso voo, as esteiras já estavam recebendo as bagagens de outros voos, então todas as bagagens não recolhidas tinham sido postas em um canto, por isso perdemos um precioso tempo procurando pelas nossas. Saímos para a área de desembarque do aeroporto e seguimos direto para a estação do metrô. Eu tinha planejado comprar um chip de internet no quiosque da Vodafone do aeroporto, mas por causa do atraso na imigração, decidi deixar para comprar no Porto. Pegamos o metrô até a Estação Oriente (pagamos com o nosso cartão da Wise) e depois fomos até o terminal de ônibus da estação para pegar o ônibus da Rede Expresso para o Porto, mas infelizmente o ônibus já tinha saído. Eu comprei a passagem alguns dias antes da viagem, fiquei com medo de chegar na hora e não ter mais disponível. Eu ainda a comprei com um intervalo de 5 horas entre a chegada do avião e a saída do ônibus achando que seria suficiente, mas não foi. Não conseguimos trocar a passagem e precisamos comprar outra para o próximo horário. Chegamos no Porto às 15h30, pegamos o metrô na Estação Campanhã até o Mercado do Bolhão (também pagamos com o nosso cartão da Wise) e caminhamos até o nosso Airbnb na Rua de Sá da Bandeira. O apartamento é muito confortável, ele tem uma cozinha completa e todas as utilidades que precisávamos. O apartamento está muito bem localizado em um grande complexo de apartamentos recém-construído, dentro do complexo há uma Starbucks, um supermercado Continente e outras lojas. Depois de descansar um pouco, saímos para conhecer o Mercado do Bolhão e a região. Caminhamos pelos corredores do mercado observando as lojas e fomos até a Confeitaria do Bolhão para comer. Pedimos um Pastel de Bacalhau e depois fomos na Manteigaria para provar nosso primeiro Pastel de Nata da viagem. Antes de voltar para o apartamento, caminhamos pela Rua Santa Catarina, compramos o chip de internet na loja da Vodafone do Shopping Via Catarina e passamos no supermercado para comprar o nosso café da manhã dos próximos dias. Dia 2 - 20 de Abril de 2025 – Porto O dia amanheceu chuvoso e bem frio, por isso precisamos comprar um guarda-chuva antes de começar a explorar a cidade. Devidamente protegidos da chuva, fomos até a Avenida dos Aliados para conhecer alguns pontos importantes da cidade. Começamos pelo belo edifício neoclássico da Câmara Municipal do Porto e depois fomos visitar o prédio do McDonald's, considerado um dos mais bonitos do mundo, que funciona no antigo Café Imperial. Depois de caminhar pela avenida, subimos a Rua da Fábrica para ir conhecer a Igreja do Carmo e a Igreja dos Carmelitas, as famosas igrejas que são separadas pela estreita Casa Escondida. Ambas as igrejas são bem bonitas por fora, infelizmente só pudemos visitar o interior da Igreja dos Carmelitas. Saindo da igreja, caminhamos pela região que é bem agradável e interessante. Há muitos restaurantes, lojas e outros pontos importantes da cidade como a Universidade do Porto, a Livraria Lello, a Igreja dos Clérigos e o Centro Português de Fotografia. Visitamos o interior da Igreja dos Clérigos, mas não subimos na torre. Como estava chovendo, acredito que a visão seria prejudicada, além disso há outros mirantes que iríamos visitar no Porto. Depois da Igreja dos Clérigos, caminhamos pelas ruelas da região até a Rua das Flores, uma rua charmosa repleta de prédios históricos, cafés e restaurantes. Resolvemos parar na Fábrica da Nata para comer um Pastel de Nata (não chegou nem perto do pastel da Manteigaria) e beber um café. Visitamos o interior da Igreja de Santo António dos Congregados e depois voltamos a caminhar pela Rua das Flores, paramos em algumas lojas, passamos pela Igreja da Misericórdia e por fim subimos as escadarias até o Mirante da Vitória. Do mirante é possível ver o Rio Douro e Vila Nova de Gaia na margem oposta, a Ponte de Dom Luís e também a Catedral da Sé. Saindo do mirante, começamos a caminhar rumo ao Cais da Ribeira, mas antes visitamos mais três atrações importantes do Porto: o Mercado Ferreira Borges, o Palácio da Bolsa e a Igreja de São Francisco. O mercado é bem pequeno, nesse dia estava rolando uma feira de artesanato, discos de vinil, jóias e roupas. Ao lado do mercado está o Palácio da Bolsa, há visitas guiadas pelo interior e funciona com horário marcado, mas não a fizemos. Colada no palácio está a Igreja de São Francisco, compramos o ingresso na hora na bilheteria que funciona na Casa do Despacho. Começamos a visita pelo interior da igreja que é um dos mais bonitos que já vi, a decoração é dominada pela talha dourada, esculturas em madeira folheadas a ouro que revestem quase todas as superfícies, como pilares, o teto e os retábulos. Segundo a história, foram usados aproximadamente 600 quilos de ouro trazidos (roubados) do Brasil. Continuamos a visita pela Casa do Despacho, lá visitamos a Sala do Tesouro, a Sala das Sessões e um Cemitério Catacumbal. Enfim chegamos no Cais da Ribeira, uma das regiões mais animadas e bonitas do Porto, repleta de restaurantes, bares, lojas de artesanato e claro, turistas. Depois de caminhar bastante pelo cais, paramos para almoçar (já tinha passado das 15h) no Restaurante Porto Escondido. Eu pedi um Bacalhau à Brás, uma mistura de bacalhau, batatas e ovos, e minha mãe pediu um Bacalhau com Natas, camadas de lascas de bacalhau, nata e batatas, gratinadas no forno, e uma taça de vinho verde para beber. Cada um comeu a metade do seu prato e depois trocamos, eu não gostei do Bacalhau à Brás, já o Bacalhau com Natas estava muito mais saboroso. Logo após almoçar, atravessamos a Ponte Dom Luiz pela parte inferior para conhecer o Cais da Vila Nova de Gaia. Caminhamos bastante pelo Cais, observando as caves, os restaurantes, passando pelas diversas lojas de artesanatos, escutando os músicos tocarem e apreciando a bela vista do Porto na margem oposta do Rio Douro. Como o tempo não estava tão bom, pensei em trocar o passeio do barco que estava planejado para esse dia pela visita a uma das caves, mas como já era tarde, as caves já estavam encerrando os tours, então fizemos o passeio de barco. Compramos o Passeio das 6 Pontes na hora no quiosque da Manos do Douro. O nosso barco estava para sair, então fomos até o ponto de partida para garantir um bom lugar. O passeio durou cerca de 1 hora, o barco vai até a Ponte do Freixo, faz a volta e vai até a Ponte da Arrábida antes de retornar para Vila Nova de Gaia. Apesar da paisagem ser bonita, achei o passeio fraco, talvez o tempo ruim tenha prejudicado minha avaliação, mas durante o passeio há somente uma gravação em vários idiomas que fala um pouco de cada ponte, não agrega muito pelo preço pago. Terminado o passeio, fomos até a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau para provar o famoso Pastel de Bacalhau com Queijo da Serra da Estrela, mas o lugar estava bem cheio, além disso achamos o pastel um pouco caro, então só observamos a arquitetura da loja que é bem bonita e resolvemos voltar para o nosso apartamento. Atravessamos a ponte novamente pela parte inferior e pegamos o Funicular dos Guindais até o Largo da Batalha, de lá fomos caminhando até o apartamento. Passamos no Supermercado Continente e compramos uma garrafa de vinho verde e uma pizza pré-assada para jantarmos no apartamento. Dia 3 - 21 de Abril de 2025 – Porto e Braga Fomos bem cedo para a Estação São Bento para pegar o trem para Braga, compramos as passagens de ida e volta na bilheteria (nosso cartão da Wise não foi aceito nos totens de autoatendimento) e enquanto esperávamos nosso trem, aproveitamos para observar o belo trabalho de azulejaria no saguão principal. Antes de entrar no trem é importante lembrar de validar a passagem. Chegamos em Braga e pegamos um Uber na saída da estação para ir ao Santuário de Bom Jesus do Monte, ele nos deixou na parte alta do mosteiro, na altura da igreja. Visitamos a igreja, os jardins e o lago do Parque Bom Jesus. Vimos ainda um grande coreto acima de um gruta, um mirante com uma ótima vista de Braga, a fonte Casa do Freixo, além de belos prédios como a Casa das Estampas e os hotéis do santuário. Depois de visitar a parte alta, descemos as famosas Escadarias do Bom Jesus parando algumas vezes para observar a igreja lá no alto e as diversas fontes e capelas no caminho. Quando chegamos na base das escadarias, pegamos um Uber para voltar ao centro histórico. Descemos na agradável Praça da República e visitamos algumas atrações importantes nas proximidades como a Basílica dos Congregados, a Igreja da Lapa e a Igreja dos Terceiros de São Francisco. Continuamos a nossa caminhada pela região, e passamos ainda pela antiga Torre de Menagem, pela florida Avenida da Liberdade, pelo Theatro Circo e pelo Palácio do Raio, uma antiga casa de um rico comerciante, com arquitetura barroca do século XVIII. Próximo ao palácio, visitamos outro ponto importante e muito bonito da cidade, o Largo Carlos Amarante, é aqui que está o letreiro de Braga, além disso a praça é repleta de bares e restaurantes. A Igreja de São Marcos e a Igreja de Santa Cruz são os destaques da praça, visitamos somente o interior da Igreja de Santa Cruz. Continuamos nosso passeio pelo Largo São João do Souto e caminhamos rumo à Catedral da Sé. Infelizmente a catedral estava fechada para visitação, ela só iria abrir para uma missa às 17h. Então fomos almoçar no Pregos da Sé, na rua logo a frente da catedral, para provarmos o tradicional sanduíche do norte de Portugal. O Prego é um sanduíche bem simples feito com uma carne bem fina, queijo e molho de mostarda no pão, com batatas fritas. Depois do almoço fomos visitar a Rua do Souto, uma das principais ruas do centro histórico, passamos por diversos restaurantes e lojas de artesanato, conhecemos o Largo do Paço e a Praça Municipal, e visitamos o Jardim de Santa Bárbara e a Igreja do Pópulo antes de voltar para assistir à missa na Sé. Conseguimos entrar na Sé, dessa forma tivemos a oportunidade de pelo menos conhecer o interior da igreja. Há visitas regulares e pagas pela igreja, além do interior, é possível visitar o tesouro-museu, o coro alto e as capelas, mas esses infelizmente não pudemos visitar. Saímos um pouco antes do fim da missa e voltamos caminhando para a estação para pegar o trem de volta para o Porto. Validamos a passagem e entramos no trem que estava prestes a sair. Também é importante mencionar que a passagem é válida para qualquer horário nesse trajeto. Chegando na Estação São Bento no Porto, caminhamos até o nosso apartamento, e passamos mais uma vez no supermercado para comprar comida e fazer a janta no apartamento. Dessa vez compramos uma sopa de abóbora e um vinho tinto Esteva do Douro da Casa Ferreirinha. Dia 4 - 22 de Abril de 2025 – Porto Com o céu limpo e ensolarado, saímos cedo para visitar a Capela das Almas, famosa pelo exterior repleto de azulejos azuis e brancos pintados com imagens sobre a vida de santos. Depois de visitar o interior da capela, caminhamos pela Rua Santa Catarina até o Largo da Batalha. No largo, visitamos o interior e o pequeno museu da Igreja Paroquial de Santo Ildefonso, vimos o bonito prédio do Teatro Nacional São João e caminhamos pela feirinha que estava rolando na praça, aproveitamos para comprar uma ginjinha em uma das lojas. No outro extremo do Largo da Batalha, visitamos o interior da Igreja de Santa Clara, um dos mais bonitos do Porto, assim como a Igreja de São Francisco, o interior é ricamente ornamentado com a talha dourada. Compramos o ingresso na bilheteria da igreja, e além do interior, visitamos o Coro Alto, espaço reservado para os membros mais relevantes do convento. Saindo da igreja, fomos ao Terreiro da Sé para admirar as belas vistas do Porto proporcionada pela sua posição elevada, ainda vimos o Paço Episcopal e o Pelourinho e depois visitamos o interior da Sé do Porto. Compramos os ingressos na bilheteria da catedral, após poucos minutos na fila. Começamos a visita pelo interior da igreja que se parece mais com uma fortaleza e depois caminhamos pelo belo claustro gótico. Visitamos ainda o tesouro-museu e subimos na torre que nos proporcionou uma vista de 360° da cidade. Depois da Sé, descemos uma escada que liga o terreiro a Rua das Aldas, ali há outro mirante com boas vistas do Porto e da Igreja de São Lourenço. A partir da Rua das Aldas começamos a descida até o Cais da Ribeira, passamos pelo Largo da Pena Ventosa, pela Igreja de São Lourenço e refizemos o caminho do primeiro dia até Vila Nova de Gaia. Neste dia, tinha duas opções de restaurantes para almoçar, ambos eram indicações de amigos, o Sancho Panza e a Taberninha do Manel, mas infelizmente estavam fechados. No fim acabamos parando para almoçar no Micha, minha mãe e eu pedimos o Bacalhau com Natas que estava super delicioso, foi o melhor que comi na viagem. Saímos muito satisfeitos de lá e fomos até a Cave Adriano Ramos Pinto para comprar o ingresso para o tour pela cave. Compramos o tour com degustação de 3 vinhos que começaria dentro de 1 hora, e para passar o tempo, fomos conhecer o Mercado Beira Rio e paramos para comer um doce e beber um café. Voltamos para a cave uns 10 minutos antes do nosso horário e logo nossa guia portuguesa nos chamou para iniciar o tour. Começamos visitando os escritórios da cave, a guia nos contou um pouco da história da vinícola e do seu fundador, de como eles cresceram exportando para vários países, inclusive para o Brasil, e também mencionou a importância que eles davam para o design dos seus rótulos. Antes de descer para a cave, visitamos o escritório particular do Adriano Ramos Pinto, onde ele recebia os clientes mais importantes. A visita continuou pela cave, entre os diversos tonéis armazenados em incontáveis fileiras e terminou no Centro de Visitas com a degustação em porções generosas dos vinhos da categoria Reserva, o Adriano White Reserva, o Collector Reserva e o Adriano Tawny Reserva. A guia nos contou sobre como cada vinho que experimentamos era envelhecido, com que tipo de alimento cada um harmonizava e no fim nos deixou à vontade para prová-los no nosso próprio tempo. Gostamos muito de todo o tour, os vinhos são ótimos, e no fim ainda compramos alguns para trazer para casa. Depois da visita à cave, subimos de teleférico para o Jardim do Morro, e de lá caminhamos até a Igreja do Mosteiro da Serra do Pilar. O Miradouro da Serra do Pilar na minha opinião tem a melhor vista do Porto entre todos os mirantes que visitamos. Voltamos para o Jardim do Morro para ver o pôr do sol, achamos um espacinho livre para nos sentar, compramos algumas cervejas do vendedor ambulante e esperamos. Apesar de algumas nuvens atrapalharem, o pôr do sol foi legal de se ver, a luz alaranjada refletindo no rio e nas casas deixou a cidade ainda mais bonita. Continuamos no jardim e esperamos anoitecer por completo para ver a cidade do Porto iluminada, a Igreja do Mosteiro da Serra do Pilar e as Muralhas Fernandinas ficam bem bonitas iluminadas. Atravessamos a Ponte Dom Luís, desta vez pela parte superior, e caminhamos até o nosso apartamento. Passamos no Starbucks e compramos uns salgados para jantarmos no apartamento. Dia 5 - 23 de Abril de 2025 – Porto e Guimarães Fomos bem cedo para a Estação São Bento para pegar o trem para Guimarães, o processo foi o mesmo do dia que fomos para Braga, compramos as passagens de ida e volta na bilheteria, validamos e entramos no trem. Chegamos em Guimarães e fomos caminhando para o Largo do Toural, é aqui que está parte da antiga muralha da cidade com o letreiro “Aqui Nasceu Portugal”. Guimarães é considerada o berço de Portugal, pois foi lá que nasceu e cresceu D. Afonso Henriques, que viria a ser o primeiro rei de Portugal. No largo, também visitamos o interior da Basílica de São Pedro. A partir do Largo do Toural começamos a explorar o centro histórico de Guimarães. Depois de caminhar por algumas das ruelas do centro chegamos no Largo das Oliveiras, local de uma das atrações mais importantes da cidade, a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira. Visitamos rapidamente o interior da igreja e vimos o Padrão Comemorativo da Batalha do Salado, na frente da igreja. Além da igreja e do monumento, o Largo da Oliveira está rodeado por vários restaurantes e lojas de souvenirs. Em uma das extremidades estão os Antigos Paços do Concelho, que liga o largo à Praça de São Tiago, atravessamos sob os arcos dos Antigos Paços do Concelho e conhecemos essa praça charmosa que também está cheia de restaurantes. Paramos para almoçar no Restaurante Solar dos Arcos, na Rua de Santa Maria, aos pés do Arco do Amor. Eu pedi um prato com Lulas Grelhadas e minha mãe pediu um Salmão Grelhado, para beber pedimos uma garrafa de vinho rosé Mateus. Depois do almoço, continuamos caminhando pela Rua Santa Maria, passamos pelo belo Antigo Convento de Santa Clara, pela Igreja de Nossa Senhora do Carmo, e seguimos até o Paço do Duque e o Castelo de Guimarães. Compramos o ingresso combo para conhecer o paço e o castelo na bilheteria do paço. O Paço dos Duques de Bragança foi a residência medieval construída por D. Afonso. A visita oferece uma visão do estilo de vida luxuoso da nobreza portuguesa no século XV, durante o percurso visitamos a Sala de Armas, o Salão dos Banquetes, a Capela, entre outros ambientes. Saindo do paço, no caminho do castelo, passamos pela Igreja de São Miguel do Castelo, uma igreja medieval simples. Depois da igreja, visitamos o Castelo de Guimarães, construído no século X, é considerado o local de nascimento de D. Afonso Henriques. Não há muito o que ver, o castelo consiste em um pátio com uma torre de menagem ao centro e as muralhas que a rodeiam, só caminhamos por toda a extensão da muralha do castelo, onde dá para ver um pouco da cidade do alto. Caminhamos em direção ao Largo da Condessa Mumadona Dias, aqui há uma grande parte da muralha medieval ainda preservada. Subimos na muralha e caminhamos por ela até a extremidade oposta, próxima ao Largo da Oliveira. Esse trecho da muralha é gratuito e rende boas fotos. Descemos da muralha e seguimos para o Jardim do Largo República do Brasil, uma bonita praça, cheia de flores, e com a Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos ao fundo, forma uma bela paisagem. Caminhamos até a igreja e visitamos o seu interior, é possível visitar a varanda da igreja pagando ingresso, de lá é possível ter uma vista por outro ângulo do jardim e da cidade, mas optamos por não pagar. Voltamos para a Rua Santa Maria e fomos à Casa Costinha para provar o Toucinho do Céu e a Torta de Guimarães, dois doces típicos de Guimarães. O Toucinho do Céu é um bolo denso feito com ovos, açúcar, amêndoas e tradicionalmente com banha de porco, já a Torta de Guimarães é um pastel com massa folhada e recheio de ovos, amêndoas e doce de abóbora-gila. Depois de provar os deliciosos doces com um café, voltamos caminhando para a estação para pegar o trem de volta para o Porto. Chegamos em cima da hora e na pressa esquecemos de validar a passagem, e justo nessa viagem a fiscal passou conferindo as passagens. Quando a fiscal conferiu nossas passagens, ela nos deu uma bela bronca, nos falou da multa, como deveríamos pagar, mas nos devolveu o bilhete e foi embora sem dizer mais nada. Ficamos super chocados no primeiro momento, mas passado o susto, percebemos que ela não tinha nos dado nenhum recibo ou algo parecido, uma brasileira que estava sentada no banco ao lado nos tranquilizou e nos avisou que ela não aplicou a multa, e ainda que tivemos sorte pois eles costumam ser bem rigorosos. Muita sorte, afinal seriam duas multas. Chegando na Estação São Bento no Porto, caminhamos até a Praça dos Poveiros para jantar na Casa Guedes e experimentar a tradicional Francesinha, que é um sanduíche de prato composto por fatias grossas de pão de forma, presunto (fiambre), linguiça, salsicha, bife e queijo. O sanduíche é então coberto com mais queijo, levado ao forno para derreter e por último é adicionado um molho levemente picante, pode acompanhar um ovo frito e batatas fritas. Pedimos somente um, minha mãe e eu dividimos pois o prato era bem grande e estava muito bom, voltamos para o apartamento bem satisfeitos. Dia 6 - 24 de Abril de 2025 – Porto e Viagem para Aveiro Acordamos bem cedo e fomos para o Mercado do Bolhão comprar alguns presentes e depois no supermercado para comprar mais um vinho. Voltamos para o apartamento para arrumar as malas e seguir para o próximo destino. Pegamos um Uber para ir a loja da Budget próximo a Casa da Música, nós alugamos um carro para viajar por 5 dias até Lisboa. Vou falar como foi o processo de aluguel, da retirada a devolução, ao fim do meu relato. Já com o carro, saímos do Porto em direção a Albergaria-a-Velha, fomos lá para encontrar uma amiga. Chegamos na casa dela e entramos para tomar um café, conhecemos o marido dela e a filhinha deles. Minha amiga Clara, minha mãe e eu saímos juntos para ir conhecer Aveiro e região. Começamos pela Costa Nova, estacionamos o carro na avenida principal e caminhamos pela Ria de Aveiro, é aqui que ficam as casas coloridas típicas da Costa Nova. Depois de caminhar bastante pela região, fomos almoçar no Restaurante Clube da Vela. Comemos um Peixe Frito com o tradicional Arroz de Tomate, e para beber pedimos uma jarra de sangria. A comida estava muito saborosa, o peixe era fresco, retirado direto dos aquários do restaurante. Saindo do restaurante passamos no quiosque do Zé das Tripas para provar o doce típico da região, as Tripas de Aveiro, que são feitas com uma massa fina e crocante, recheada com chocolate, ainda é possível adicionar morango, doce de leite, entre outros recheios conforme o gosto do freguês. Pedimos a tradicional e fomos comendo enquanto caminhávamos pela Praia da Costa Nova, e depois voltamos para pegar o carro e seguir viagem. Nossa próxima parada foi na Fábrica de Cerâmica Vista Alegre em Ílhavo. A fábrica está localizada em uma antiga fazenda com belos prédios históricos e uma capela. É possível visitar a fábrica-museu pagando ingresso, mas como tínhamos pouco tempo na cidade, resolvemos visitar somente a capela e a loja oficial, mas para quem tem mais tempo em Aveiro, é um ótimo lugar para ser visitado. Então seguimos para a cidade de Aveiro, estacionamos o carro no estacionamento do Fórum Aveiro (pago) e exploramos a cidade a pé. Começamos pelo Canal Central, passamos pela Ponte dos Laços de Amizade e o Largo do Rossio, onde compramos o Passeio de Moliceiro pelos canais da Ria de Aveiro. O passeio foi muito interessante e muito informativo. O guia era ótimo, ele explicou muito bem a história de Aveiro e a relação com os canais em várias línguas, e ele falava com muito entusiasmo diretamente com você ou com seu grupo, e não de forma genérica e mecânica. O passeio durou cerca de 50 minutos, o barco sai do Largo do Rossio e vai até o Cais da Fonte Nova, depois o barco dá a volta e segue pelo Canal Central até entrar no Canal de São Roque, o barco passa pelo Cais dos Botirões e vai até quase o final do canal antes de retornar para o ponto de partida. Fizemos o passeio com a Aveiro Emotions, indicação da Clara. Após o fim do passeio, fomos presenteados pela Clara com alguns Ovos Moles da Confeitaria Peixinho. Os Ovos Moles de Aveiro são um doce tradicional português, feito de gemas cruas de ovo e calda de açúcar, eles são tradicionalmente envolvidos em uma massa fina, como o das hóstias, em formato de conchas e peixes. Depois de comer e caminhar um pouco mais pelas ruas de Aveiro, voltamos para pegar o carro e ir até a Feira de Março. A Feira de Março de Aveiro é um grande evento que ocorre todo ano, ela conta com exposições de produtos e serviços, parques de diversões, shows musicais e uma enorme variedade de comidas típicas. O recinto de exposições de Aveiro estava superlotado, rodamos muito tempo até conseguir estacionar o carro. Quando enfim conseguimos entrar na feira, fomos direto provar o Sanduíche de Leitão à Bairrada, um prato típico da região da Bairrada, no qual um leitão é assado inteiro no espeto até a pele ficar crocante e a carne macia. Nos reencontramos com o marido da Clara e a filhinha deles na fila para comprar o sanduíche, que estava bem grande, depois de um tempo, conseguimos comprar os nossos e nos sentamos em uma das poucas mesas disponíveis para comer. E para a sobremesa, fomos em outra barraca para provar a Fartura, que é a versão portuguesa do nosso churros. Já era bem tarde e estávamos bem cansados, acordamos cedo e andamos bastante nesse dia, e ainda nem tínhamos feito o check in no hotel, então nos despedimos da Clara e sua família e fomos para o hotel. Estacionamos o carro no Telpark do Mercado Manuel Firmino (pago) ao lado do hotel e fomos para o nosso quarto. A recepção já estava fechada, porém como havia avisado o hotel que chegaríamos tarde, eles gentilmente nos instruíram para entrar por uma porta dos fundos usando um código que eles forneceram. Ficamos uma noite no Hotel Mercado, o hotel é bem simples, o quarto é pequeno, mas bem confortável. Dia 7 - 25 de Abril de 2025 – Aveiro e Viagem para Coimbra Depois de tomar um ótimo café da manhã no hotel, fizemos o check out, levamos nossas malas para o carro e saímos para explorar um pouco mais da cidade de Aveiro. Começamos visitando o Mercado Manuel Firmino, caminhamos pela rua ao longo do Canal Central, passamos pela Praça das Arcadas e visitamos a Igreja de Nossa Senhora da Apresentação. Caminhando despretensiosamente pelas ruas, encontramos uma loja de um casal brasileiro que personaliza os azulejos típicos portugueses. Minha mãe sempre teve vontade de fazer um com o nome da nossa família, e por sorte encontramos essa loja. Escolhemos o formato do azulejo, o design da moldura e a tipografia para o nome Freitas, e eles montaram a arte na hora, junto com a gente. Depois de aprovar o design eles enviaram para produção, enquanto esperávamos ficar pronto, fomos caminhar pelo Mercado do Peixe e pelo Cais dos Botirões, passamos ainda pela Capela de São Gonçalinho antes de voltar para a loja, que se chama Azulejus. Saindo da loja, caminhamos até a Praça General Humberto Delgado e depois pela Rua de Coimbra e a Praça da República, onde está localizada a Câmara Municipal. Paramos para almoçar na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau e finalmente provar o famoso Pastel de Bacalhau com Queijo da Serra da Estrela. Depois de comer, voltamos ao estacionamento para pegar o carro e seguimos para Coimbra. Chegamos em Coimbra e fomos direto para o Hotel Oslo, fizemos o check in e estacionamos o carro no estacionamento do hotel. Gostamos bastante do hotel, os funcionários foram atenciosos e o quarto é bem confortável. Começamos o passeio pelo Mosteiro de Santa Cruz, é possível visitar o claustro e os túmulos reais pagando ingresso, mas optamos por visitar somente a igreja que é gratuita. Depois da igreja fomos até a parte de trás do mosteiro para conhecer o Jardim da Manga, um claustro com paredes amarelas e que antigamente pertencia ao mosteiro. A cidade estava muito animada, as ruas bem cheias de turistas e estudantes, estavam rolando várias manifestações e apresentações culturais ao redor do mosteiro. Presenciamos uma batalha de rap, assistimos um coral de estudantes da Universidade cantando músicas típicas, e até uma grande passeata contra a ditadura, contra o fascismo e pelo fim das guerras. Dia 25 de abril é feriado nacional, essa data comemora a Revolução dos Cravos, um levante militar e popular que aconteceu em Portugal, em 1974, e que encerrou o longo período de ditadura salazarista. Depois de assistir essas manifestações, caminhamos pela Rua Ferreira Borges, uma das principais ruas do centro histórico de Coimbra, até a Praça do Comércio. Conhecemos rapidamente a praça e voltamos para rua principal para começar a subida até a Sé Velha e a parte alta da cidade. Atravessamos a Torre de Almedina e subimos a Rua Quebra Costas, cujo nome já entrega a dificuldade que foi subir até a Sé. Infelizmente a catedral já estava fechada, então resolvemos parar em um boteco ao lado para descansar e beber umas cervejas. Devidamente descansados, continuamos a caminhada pela parte alta da cidade, passamos por alguns dos prédios da Universidade de Coimbra, como o Laboratório Chímico, os prédios da Faculdade de Medicina e da Biblioteca, além das Escadarias Monumentais. Depois de caminhar pela região, atravessamos a Porta Férrea e entramos no Paço das Escolas, o espaço mais famoso e bonito da Universidade. O paço é quase todo cercado por belos prédios, como o Palácio Real e a Torre, na extremidade oposta ao palácio, há um terraço com lindas vistas da parte baixa da cidade e do Rio Mondego. Saindo do paço, voltamos para a parte baixa da cidade, caminhamos por pequenas ruas e ladeiras até o Largo da Portagem, uma florida praça nas margens do rio e rodeada de belos prédios. Fomos jantar no Restaurante Solar do Arco, pedimos um Bacalhau à Lagareiro, que consiste em uma posta de bacalhau assado e regado de muito azeite, acompanhado de batatas ao murro, e para beber pedimos uma garrafa de vinho verde. O restaurante é bem grande e fomos muito bem atendidos, eu gostei do prato, mas achei muito forte de azeite, ficou um pouco enjoativo no final. Terminamos o jantar e voltamos para o hotel, subimos ao terraço, onde há um área de convivência com cadeiras e uma bela vista da parte alta da cidade. Dia 8 - 26 de Abril de 2025 – Coimbra e Viagem para Tomar e Fátima Depois de tomar o café da manhã no hotel, fomos novamente para o Paço das Escolas para visitar o interior dos prédios da Universidade de Coimbra. Compramos os ingressos com antecedência e com hora marcada para visitar a Biblioteca Joanina, a capela, o palácio e os demais prédios podem ser visitados a qualquer momento do dia. Começamos a visita pela Biblioteca Joanina, e na hora marcada, entramos no primeiro piso onde antigamente funcionava a Prisão Acadêmica, essa parte da visita é bem rápida e não há muito o que ver. Depois de uns 10 minutos o acesso ao piso intermediário é liberado, essa sala foi usada como apoio aos guardas que vigiavam a prisão e depois como depósito de livros, hoje a sala é reservada para o trabalho de limpeza, restauro e catalogação dos livros antigos. Mais uns 10 minutos se passaram, e finalmente pudemos acessar o Piso Nobre, o principal e mais bonito da biblioteca. O espaço é composto por três salas revestidas por estantes de dois níveis e com varandas, ornamentadas com lindas talhas douradas, a comunicação entre as salas é feita através de arcos de madeira pintados de tal forma que aparente ser mármore. A beleza da sala realmente impressiona, o teto também é lindamente decorado, a Biblioteca Joanina é um daqueles lugares que você entra e fica sem reação, impactado por tanta beleza. Infelizmente (ou não), fotos são proibidas e o tempo dentro do Piso Nobre é limitado. Saindo da biblioteca fomos direto para a Capela de São Miguel, a capela é bem pequena, mas muito bonita, ela era usada como oratório privativo do antigo Palácio Real. Por fim, visitamos o antigo Palácio Real, construído no final do século X, foi a primeira residência real portuguesa. Começamos a visita pela Sala de Armas, utilizada para guardar as armas da antiga Guarda Real Acadêmica e depois na Sala Amarela, que funcionava como uma sala de reuniões onde os membros da universidade discutiam os mais variados assuntos. Continuamos pela Sala dos Atos Grandes, a sala mais importante da Universidade de Coimbra, foi a Sala do Trono na época do Palácio Real, e com a instalação da Universidade no palácio, este espaço se tornou o local onde se realizam as cerimônias mais importantes da vida acadêmica. Terminamos a visita pela Sala do Exame Privado, antigo aposento do rei, essa sala foi convertida no local onde os licenciados realizavam as suas provas. Nas paredes da sala é possível observar os retratos de 38 reitores, do século XVI ao século XVIII. Há outros prédios que podem ser visitados com o ingresso, mas como tínhamos pouco tempo na cidade, optamos por visitar somente esses três mais importantes. É uma visita imperdível, o ingresso valeu cada centavo. Visitamos ainda a Sé Nova e depois passamos rapidamente pelo pátio interno do Museu Nacional Machado de Castro, antes de visitar a Sé Velha. Compramos o ingresso na bilheteria da Sé Velha e visitamos o claustro e o interior da catedral, que assim como a Sé de Porto, se parece mais com uma fortaleza. Voltamos para hotel, fizemos o check out e pegamos o carro no estacionamento, ainda demos uma volta por algumas ruas da cidade antes de seguir para Tomar, passamos pelo Mosteiro de São Francisco, pelo Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e pelo Mosteiro de Santa Clara-a-Nova. Chegamos em Tomar e estacionamos o carro no Largo da Várzea Grande. Caminhamos até a Praça da República e exploramos um pouco da cidade, foi uma visita bem superficial, mas pelo pouco que vimos, achamos a cidade bem agradável e bonita. Seguimos pela Rua Serpa Pinto e paramos em um café para comer um lanche rápido, já que ainda tínhamos muitas atividades planejadas para esse dia. Depois de comer, subimos a pé até ao Castelo de Tomar, a sede da Ordem do Templo em Portugal. O castelo foi construído em 1160 por D. Gualdim Pais, mestre templário e fundador da cidade de Tomar. O castelo é gratuito, lá dentro, caminhamos pelos jardins, dali é possível observar as paredes externas dos claustros e da Charola do Convento de Cristo, e depois subimos nas muralhas que proporcionam ótimas vistas de Tomar. Saindo do castelo, seguimos para o Convento de Cristo. Com a extinção da Ordem do Templo em 1319, decretada por bula papal, D. Dinis transformou-a em Ordem de Cristo, integrando também grande parte dos seus bens, assim o Castelo de Tomar deu lugar ao Convento de Cristo. Compramos os ingressos na bilheteria do convento e começamos a visita pelo Claustro da Lavagem e pelo Claustro do Cemitério, logo depois seguimos para o espaço mais bonito de todo o convento, a Charola, o oratório privativo dos Cavaleiros. A Charola é uma obra de origem românica e é uma das poucas igrejas europeias de planta centrada, em formato octogonal. O interior impressiona, as paredes e os tetos são todos decorados com esculturas, pinturas e talha dourada. Continuamos a visita pelo Claustro Principal e pelo Claustro de Santa Bárbara, é daqui que conseguimos observar a Janela do Capítulo, a janela manuelina do coro é um dos maiores ícones do convento, ela é decorada por diversas esculturas dedicadas às Descobertas e com as insígnias da Ordem. Visitamos ainda os aposentos dos cavaleiros, a cozinha, a sala de refeições e a cisterna no Claustro dos Corvos, que era abastecida pelo Aqueduto do Convento. A visita ao convento é imperdível, foi um dos melhores passeios da viagem. Voltamos para o Largo da Várzea Grande, pegamos o carro e seguimos viagem à Fátima, por sorte conseguimos ver alguns trechos do aqueduto pelo caminho. Chegamos em Fátima bem no horário da missa na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima que minha mãe tanto queria assistir, por isso a deixei no santuário e fui fazer o check in no hotel. Ficamos uma noite no Hotel Avenida de Fátima, o hotel é grande e os quartos são confortáveis, no geral o hotel tem uma ótima estrutura apesar do cheiro de cigarro nos corredores. Após fazer o check in, estacionei o carro no estacionamento do hotel e levei as malas para o quarto, depois fui até o santuário encontrar a minha mãe. Assistimos à missa até o fim e depois caminhamos pelas diversas lojas de souvenirs ao lado do santuário e fomos jantar no Restaurante Arcos de Fátima, perto do hotel. Eu pedi o Bitoque de Vaca, a versão portuguesa do nosso PF, já minha mãe pediu um Salmão Grelhado, e para beber pedimos uma jarra de sangria. Dia 9 - 27 de Abril de 2025 – Fátima e Viagem para Batalha e Nazaré Acordamos bem cedo, tomamos o café da manhã e saímos para comprar alguns souvenirs para o padre poder benzer na missa. Fomos ao santuário e assistimos a missa na Basílica da Santíssima Trindade, e depois ainda pegamos uma parte do rosário na Capelinha das Aparições e o começo da missa no Recinto de Orações, que iniciou com uma procissão carregando a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Voltamos para o hotel, fizemos o check out e pegamos o carro para ir a Batalha, no caminho fizemos uma parada na aldeia de Pia do Urso, uma típica aldeia serrana, com várias habitações em pedra. A vila é bem pacata, bonita e pequena, não tem muito o que fazer além de caminhar pela rua principal, mas nesse dia a vila até estava animada pois era o ponto de chegada de uma maratona. Visitamos também o Eco-parque Sensorial, um parque com um conceito interessante, durante o percurso pelo parque há instalações educativas e interativas sobre a fauna e flora local, mas infelizmente o local estava bem malcuidado. Então pegamos o carro e fomos para Batalha, estacionamos no bolsão de estacionamento na frente do Parque de Eventos Santa Maria da Vitória e seguimos até o Mosteiro da Batalha. Caminhamos por algumas ruas próximas ao mosteiro, passamos em algumas lojas de artesanato e paramos em um café para comer um lanche na Praça de Mouzinho Albuquerque. Depois de comer, visitamos somente a igreja do Mosteiro da Batalha que é gratuita. É possível visitar o mosteiro pagando ingresso, mas optamos por não visitar, preferimos seguir viagem e chegar mais cedo em Nazaré. Chegamos em Nazaré e estacionamos o carro na rua atrás do Santuário de Nossa Senhora da Nazaré e saímos para explorar a parte alta da cidade a pé. Começamos visitando a igreja e a Capela de Nossa Senhora da Nazaré, depois fomos ao Miradouro do Suberco, que oferece vistas espetaculares da Praia a Nazaré, e por fim caminhamos pela Estrada do Farol até o Forte de São Miguel Arcanjo, no caminho paramos em mais dois miradouros com ótimas visitas, um deles, o Miradouro das Ondas da Nazaré, tem vistas para a Praia do Norte, mas infelizmente a temporada de ondas gigantes já tinham acabado. Compramos o ingresso para o forte na bilheteria e visitamos a sala que conta a história de alguns surfistas além de uma exposição de pranchas e depois a sala com informações sobre a geografia da região e de como as ondas gigantes são formadas. Na parte de fora, visitamos também uma pequena sala com uma exposição fotográfica e subimos no topo do forte para ver o farol e a vista panorâmica de Nazaré. No fim da tarde, pegamos o carro e fomos até a parte baixa da cidade para fazer o check in no hotel. Levamos as nossas malas para o quarto e fomos estacionar o carro no estacionamento do hotel, que funcionava em um hotel parceiro. Ficamos uma noite no Hotel Mar Bravo, o hotel é muito bom e o quarto bem confortável, o destaque foi para a linda vista que tínhamos da nossa janela. Depois de estacionar o carro, caminhamos por algumas ruas de Nazaré, assistimos ao pôr do sol na praia e fomos jantar no restaurante do hotel. Eu pedi um Bife de Atum com Batata Doce que estava muito bom e minha mãe pediu um Risoto de camarão. Fomos super bem atendidos pela equipe do restaurante que era quase toda brasileira. Dia 10 - 28 de Abril de 2025 – Nazaré e Viagem para Óbidos e Lisboa Depois de tomar um ótimo café da manhã no hotel, fizemos o check out e fomos até o estacionamento pegar o carro para seguirmos viagem a Óbidos. Estacionamos o carro no Estacionamento do Campo da Bola e começamos a visita atravessando a Porta da Vila e caminhando pela Rua Direita, rua cheia de restaurantes, lojas de souvenirs e artesanato, visitamos também a Igreja de Santa Maria de Óbidos e a Igreja de São Pedro. A vila estava bem cheia e animada, o legal de Óbidos é andar sem pressa e sem rumo. Depois de caminhar despretensiosamente pelas ruas, nos deparamos com uma das escadas que dão acesso à muralha, subimos e começamos o percurso que circunda toda a vila. Porém caminhamos somente por um pequeno trecho, precisamos descer pois minha mãe não estava se sentindo segura em caminhar por um caminho irregular e sem muita proteção, apesar da calçada ser bastante larga. Então descemos perto da Porta da Senhora da Graça e continuamos a caminhada pelas ruas de Óbidos. Caminhamos até o Castelo de Óbidos e visitamos a Livraria de São Tiago, que funciona dentro de uma antiga igreja. A livraria estava no escuro, pois não tinha energia, saindo de lá começamos a escutar os boatos que a falta da energia era no país inteiro. Paramos em uma loja de souvenirs para comprar alguns presentes, o funcionário nos confirmou que realmente Portugal inteiro estava sem energia. Nessa hora nossa internet também já não funcionava. Ainda não tínhamos noção do tamanho real do problema, mas caminhando pelas ruas ouvimos de tudo, desde que a falta de energia foi causada por um ataque ciberterrorista até que era culpa do anticristo que estava voltando depois da morte do Papa Francisco (ele tinha morrido 7 dias antes). Por sorte, encontramos um grupo de brasileiros que moravam em Lisboa e nos avisaram que o problema era sério, que o país todo estava parado, semáforos desligados, metrôs paralisados, voos cancelados, um verdadeiro caos. Então resolvemos ir almoçar e comprar água e comida para mais tarde, para pelo menos garantir algo caso o problema não fosse resolvido, pois só estávamos com cartão (tínhamos tentado sacar antes de vir para Óbidos, mas não conseguimos). Entramos em alguns restaurantes e perguntamos se eles ainda estavam atendendo e passando cartão (maquininha com bateria ainda funciona e recebe pagamento mesmo sem energia e conexão com internet), mas quase a maioria nos diziam que não seria possível, alguns até de maneira muito grossa. Depois de algum tempo, entramos no Restaurante 1148 O Restaurador, lá a máquina de cartão ainda estava funcionando e pudemos fazer o pedido, compramos também algumas águas extras para levar e já pagamos a conta por segurança. Infelizmente, o cardápio estava reduzido, pois a falta de energia impossibilitou os cozinheiros de usar o fogão, então eles estavam servindo somente pratos frios, como saladas, sopas e lanches, e mesmo assim, eles precisaram improvisar com alguns ingredientes. Mesmo com todas as dificuldades, fomos muito bem atendidos e no fim eles nos ofereceram salada de frutas e ginjinha de cortesia. Durante o almoço, conversamos bastante com o funcionário do restaurante e com outra família brasileira que estava no restaurante, ficamos sabendo que a falta de energia também tinha afetado a Espanha e o sul da França, que tinha sido uma falha geral na rede de abastecimento da Península Ibérica e que não havia nenhuma previsão para o reabastecimento da energia. Com todas essas informações, resolvemos ir para Lisboa mais cedo. Estávamos com o carro (tínhamos que devolver o carro nesse dia) e não queríamos chegar a noite e dirigir no meio do caos em uma cidade que não conhecíamos. Além disso, estávamos sem GPS (erro meu de não ter baixado o mapa offline), então tivemos que ir para Lisboa à moda antiga, seguindo placas e a intuição. Pegamos o carro no Campo da Bola e saímos em direção a Lisboa, seguimos sempre as placas para o aeroporto, foi bem tranquilo chegar lá, mas acabamos entrando em um grande congestionamento na avenida ao lado do aeroporto. Com tudo parado, imaginamos que a Budget não iria conseguir receber o carro, então paramos em um posto de combustível e esperamos o trânsito dar uma acalmada enquanto pensávamos como prosseguir, não queríamos arriscar ir para o hotel com esse trânsito caótico e sem saber o caminho. Ficamos no posto por um bom tempo, pelo menos conseguimos usar o banheiro e relaxar um pouco. E tivemos a felicidade de encontrar dois senhores super simpáticos que estavam voltando para casa do trabalho, e também pararam ali no posto para aguardar o trânsito dar uma diminuída. Conversamos bastante sobre a situação e sobre onde pretendíamos ir, eles nos informaram da situação do centro e nos sugeriram que não seria uma boa ideia ir para lá no momento. Depois de um tempo conversando eles voltaram para o carro deles e nós para o nosso, mais tarde eles voltaram com um papel na mão e nos chamaram, eles tinham desenhado um mapa com a rota para chegar até a Praça Martim Moniz, nos deram várias referências e explicaram detalhadamente o que teríamos que fazer para chegar lá. Nos sugeriu também, pedir mais informações no Hotel Mondial da praça, para poder chegar até o nosso hotel. Já estava quase anoitecendo e o trânsito tinha diminuído bem, então decidimos arriscar, nos despedimos dos nossos amigos portugueses e fomos para a Praça Martim Moniz. Seguimos certinho o mapa, passamos por todas as referências e chegamos na praça em poucos minutos e sem problemas (melhor que o Google Maps). Paramos o carro na frente do hotel e fui atrás de alguém para perguntar o caminho para nosso hotel. Uma funcionária do hotel gentilmente me indicou o caminho com ajuda de um mapa turístico do hotel. Seguindo essas novas instruções, conseguimos chegar finalmente no nosso hotel. Parei o carro na rua do centro histórico e fui até o hotel fazer o check in, meio improvisado pela falta de energia. Ficamos cinco noites no Hotel The 8 Downtown, o hotel aparenta ser recém inaugurado, a estrutura é muito boa e o quarto super confortável e bem grande. Subimos com as malas para o quarto, e depois eu fui tentar estacionar o carro, o pessoal do hotel me indicou estacionar no Estacionamento do Supermercado Pingo Doce Chão do Loureiro, que era bem perto e fácil de achar. Realmente o estacionamento foi fácil de achar, mas a entrada não, acabei passando por ela (duas vezes) e acabei entrando nas ruelas estreitas de Alfama, sem GPS ainda, fiquei preocupado de me perder no meio desses inúmeros becos na encosta da colina do castelo, mas felizmente consegui achar o caminho até a Praça Martim Moniz, aí só precisei refazer o trajeto de mais cedo. Foi nesse momento que a energia voltou, isso me ajudou a acertar a entrada do estacionamento e conseguir finalmente estacionar o carro. Voltei caminhando para o hotel, aproveitei para sacar dinheiro e passar em um mercado para comprar água e algo para comermos a noite. Cheguei no hotel, minha mãe estava me esperando preocupada na recepção, subimos para o quarto, comemos e enfim descansamos, mas não antes de responder às dezenas de mensagens dos familiares e amigos querendo saber o que tinha acontecido. Dia 11 - 29 de Abril de 2025 – Lisboa Acordamos bem cedo, tomamos o café da manhã no hotel e fomos pegar o carro no Estacionamento do Supermercado Pingo Doce Chão do Loureiro (pago) para ir até o aeroporto e devolvê-lo. Fizemos exatamente o caminho inverso do dia anterior, só pegamos congestionamento já perto do aeroporto, devolvemos o carro e pegamos um Uber para voltar ao centro histórico. Vou falar como foi o processo de aluguel, da retirada a devolução, ao fim do meu relato. O Uber nos deixou no hotel e de lá fomos ao Castelo de São Jorge. Subimos o Elevador do Castelo e depois no Elevador do Supermercado Pingo Doce Chão do Loureiro para encurtar o caminho, e de lá caminhamos mais um pouco até a entrada do castelo. No último andar do supermercado tem um terraço com boas vistas para a Baixa e o Chiado. Compramos os ingressos online no dia anterior, o que nos permitiu entrar com mais tranquilidade e evitar a grande fila que se formava na bilheteria. Começamos a visita pela Praça das Armas, um baluarte de defesa construído no período da União Ibérica. Além do monumento a D. Afonso Henriques, a praça conta com uma coleção de 15 peças de artilharia dispostas ao longo das muralhas e uma bela vista de Lisboa e do Rio Tejo. Nos jardins, ainda avistamos vários pavões indianos que caminhavam tranquilamente no meio dos turistas. Depois de caminhar pela praça, entramos no Complexo Museológico do Castelo, instalado no Paço Real da Alcáçova, a antiga residência dos reis portugueses. Nestas salas expõe-se o acervo arqueológico mais representativo das diversas culturas identificadas no decurso de várias escavações arqueológicas dentro das muralhas da Alcáçova do Castelo. Atravessamos o portão principal do castelo, que se encontra protegido pela Torre de Ulisses, visitamos os dois pátios internos e depois caminhamos pelas muralhas. O castelo tem uma planta quadrangular com uma torre ao centro do muro que divide os dois pátios de armas e mais dez torres anexadas à muralha. É possível subir em quase todas as torres, cada uma oferece vistas de diferentes pontos de Lisboa. Em uma das torres funciona a Câmera Escura, no interior da torre há um periscópio que permite observar em tempo real a cidade de Lisboa em 360º, a atração está incluída no ingresso do castelo, mas a entrada é controlada e limitada, nós decidimos não entrar. Por fim, visitamos o Núcleo Arqueológico que apresenta os testemunhos mais antigos da ocupação da colina do castelo, começando na Idade do Ferro, e passando pela época Islâmica, pela Idade Média e pela Idade Moderna. Anexada às muralhas, mas já fora do castelo, visitamos a Igreja de Santa Cruz do Castelo e depois caminhamos pelas ruas de Alfama até chegar no Miradouro de Santa Luzia, famoso pelo seu deck pergolado e florido com lindas vistas para Alfama e o Rio Tejo. Depois de admirar a vista do miradouro, pegamos o Elevador de Santa Luzia e descemos para a parte mais baixa de Alfama, o plano era almoçar no Restaurante Lisboa Tu & Eu, mas como o restaurante tem poucas mesas e estava lotado e com lista de espera, resolvemos procurar outro lugar para comer. Então continuamos nossa caminhada por Alfama e acabamos parando no Restaurante Olá Sardinha, convencidos pelo simpático funcionário que nos mostrou o cardápio. Eu pedi o Frango Piri-Piri, o frango picante assado no churrasco à portuguesa, mas estava bem sem tempero, e minha mãe pediu o Bacalhau à Lagareiro. O atendimento foi bom e rápido, mas a comida deixou a desejar. Saindo do restaurante, visitamos a Igreja de São Vicente de Fora que é gratuita. É possível visitar o mosteiro pagando ingresso, mas resolvemos continuar explorando a cidade. Fomos então até a Feira da Ladra, mas infelizmente muitas das barracas já estavam sendo desmontadas então não ficamos muito, aproveitamos que estávamos perto e passamos pelo Panteão Nacional. Continuamos a caminhada pela Av. Infante D. Henrique, observando os grandes navios de cruzeiro estacionados à margem do Rio Tejo e os belos edifícios de Alfama, até chegar na Praça do Comércio. Andamos bastante pela praça, observando os restaurantes, os monumentos e paramos um pouco no Cais das Colunas para ver o movimento dos barcos no Rio Tejo. Atravessamos o Arco da Rua Augusta e caminhamos pela rua pedonal mais famosa de Lisboa, cheia de lojas e restaurantes e muitos turistas. Paramos na Manteigaria para comer mais alguns Pastéis de Nata e depois seguimos até a Praça do Rossio. Na praça, entramos em algumas lojas de souvenirs, vimos o Teatro Nacional D. Maria II e fomos ao bar histórico A Ginjinha para provar a ginjinha local. Antes de voltar para o hotel, passamos na Praça da Figueira, onde visitamos mais lojas de souvenirs e no supermercado para comprar algo para comer no quarto mesmo, o cansaço da viagem já estava batendo então preferimos descansar mais. Dia 12 - 30 de Abril de 2025 – Lisboa Depois do café da manhã, fomos caminhando para o ponto de ônibus na Praça do Comércio para ir ao Mosteiro dos Jerónimos. Pegamos o ônibus 728, pagamos com o nosso cartão da Wise e saímos na frente do mosteiro. Compramos os ingressos para o mosteiro online e com hora marcada no dia anterior, mas mesmo com hora marcada precisamos enfrentar uma fila gigantesca e na chuva para piorar, entramos cerca de 1h30 após o nosso horário. O Mosteiro dos Jerónimos é oficialmente chamado de Real Mosteiro de Santa Maria de Belém, é uma obra-prima da arquitetura manuelina. Começamos a visita pelo piso superior do claustro e depois continuamos no piso inferior, onde conhecemos o antigo refeitório dos monges. Tanto o exterior quanto o interior do mosteiro são muito bonitos, as paredes e colunas são todas talhadas na pedra, mas lá dentro não há nenhuma informação sobre a história do local e poucas salas podem ser visitadas, pelo valor do ingresso, eu esperava mais. Para visitar a Igreja de Santa Maria de Belém, que é gratuita, precisamos sair do mosteiro e enfrentar outra fila (essa pelo menos foi rápida), infelizmente o interior estava passando por reformas então não conseguimos ver muita coisa além dos túmulos de Luís de Camões e Vasco da Gama, e um pedaço do altar. Saindo da igreja caminhamos em direção à Torre de Belém. A torre já estava fechada para restauração, portanto só pudemos observá-la por fora, logo depois seguimos para o Padrão dos Descobrimentos. O Padrão dos Descobrimentos foi construído em comemoração aos 500 anos da morte do Infante D. Henrique. O monumento tem a forma de uma caravela estilizada, levando à proa o Infante D. Henrique e alguns dos protagonistas da expansão. É possível subir até o topo pagando ingresso, mas resolvemos não entrar e aproveitar melhor a região que é bem agradável. Depois do padrão, atravessamos o Jardim da Praça do Império e fomos finalmente provar os famosos Pastéis de Belém. Na entrada da confeitaria, precisamos aguardar para nos levarem até nossa mesa, mas foi bem rápido, o lugar é imenso, são diversas salas com diversas mesas. Para matar a fome pedimos alguns salgados e um café e depois pedimos alguns Pastéis de Belém, nosso pedido veio rápido apesar da alta demanda, mas a educação não era o forte da garçonete que nos atendeu. E o nosso veredito? Gostamos mais do pastel de nata da Manteigaria, a massa é mais crocante e o creme mais saboroso, no ponto certo, o de Belém achamos mais forte e enjoativo. Continuamos o passeio pelo Jardim Vasco da Gama, passamos pelo Pavilhão Tailandês e caminhamos até o MAAT, uma antiga estação termoeléctrica situada na região ribeirinha da zona histórica de Belém, que foi revitalizada e hoje abriga o MAAT: Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia. Não visitamos o museu, mas a bela arquitetura do museu à beira do Tejo já faz valer a pena ir até lá, ainda aproveitamos o terraço acima do museu para observar a região do alto, com destaque para a Ponte 25 de Abril. Nossa próxima parada foi o LxFactory, um antigo complexo industrial que hoje abriga algumas galerias de artes, lojas de artesanato e restaurantes. A caminhada do MAAT até lá foi bem longa, então depois de andar mais um pouco pelas galerias e lojas, paramos em uma cervejaria para descansar e aproveitar o happy hour. Descansados, pegamos o ônibus perto da LxFactory e fomos até a Praça do Marquês de Pombal, de lá caminhamos pela Av. da Liberdade, a avenida das lojas de grife de Lisboa, muitas vezes comparada à Champs-Élysées de Paris, até a Praça dos Restauradores. Na praça, tiramos fotos no letreiro de Lisboa, nos bondes do Elevador da Glória e caminhamos pela Rua das Portas de Santo Antão, uma rua muito movimentada, cheia de restaurantes e lojas de souvenirs. Nessa mesma rua, provamos a ginjinha da Ginjinha Sem Rival. Caminhamos bastante pela região, entramos em bastantes lojas de souvenirs para comprar presentes e terminamos o dia jantando na Tapas Mia Pizzaria, pedimos uma pizza para dividirmos, que estava ótima, e duas taças de vinho, o atendimento também foi muito bom. Dia 13 - 01 de Maio de 2025 – Lisboa e Sintra Saímos bem cedo do hotel, e como ainda não tinha iniciado a servir o café da manhã, compramos um café e um croissant na Starbucks e comemos enquanto caminhávamos para a Estação do Rossio. Compramos a passagem de ida e volta para Sintra na bilheteria e fomos para o nosso trem. Nessa viagem não precisamos validar o ticket, só passamos na catraca mesmo. Chegamos em Sintra junto com milhares de outros turistas, a saída da estação parecia o metrô de São Paulo em horário de pico, era uma multidão espremida no corredor lutando por espaço. Mal saímos da estação e fomos abordados por várias pessoas vendendo tours. Nosso plano era pegar um Uber até o Palácio Nacional da Pena, mas uma senhora brasileira nos abordou e resolvemos escutar a oferta dela, mas ela falava tanto que não conseguimos despistá-la. Eu estava ficando bem nervoso e preocupado com o horário, precisávamos chegar logo no palácio para não perder nosso horário marcado. Eu não sabia se iria encontrar um Uber ou ainda se ele iria demorar para chegar, e a mulher não parava de falar, no fim acabamos sendo vencidos pelo cansaço e fechamos com ela para nos levar até o Palácio Nacional da Pena por 20 euros. A viagem até o palácio demorou uma eternidade, o tráfego de carros em Sintra é limitado, então acredito que nossa motorista precisou fazer um caminho alternativo para escapar da fiscalização. Ela foi tagarelando a viagem inteira, falando sobre sua vida (alguns fatos eram difíceis de engolir) e como ela foi parar em Portugal, de vez em quando ela contava algum fato interessante sobre Sintra e os lugares que passamos. Quando finalmente chegamos na portaria do palácio, mostramos nossos ingressos na entrada e fomos até o ponto de embarque do ônibus que leva os turistas até o palácio. Compramos os ingressos online, com hora marcada e com alguma antecedência. É importante mencionar que a hora marcada é para a entrada no palácio e não na portaria do Parque da Pena, nós não conseguimos chegar antes do nosso horário, mas felizmente nos deixaram entrar na fila para conhecer o interior do Palácio Nacional da Pena. Começamos a visita pelo Claustro Manuelino, depois visitamos a sala de jantar e nos aposentos reais, conhecemos ainda o salão nobre, o gabinete da rainha, a capela e algumas outras salas antes de sair para o exterior. Há um audioguia que explica a função de cada sala e alguns fatos importantes que ali ocorreram, mas foi muito difícil de acompanhar, pois não podemos caminhar livremente por cada sala, precisamos seguir a rota estabelecida e a quantidade de turistas faz com que você seja obrigada a seguir em frente involuntariamente. Já do lado de fora, caminhamos pelos terraços e varandas para observar a fachada do palácio e a vista de Sintra e região. Depois voltamos andando para a portaria principal e pegamos um Uber para ir ao centro histórico. O palácio é bonito, principalmente a decoração da fachada, mas quem já visitou outros palácios, acho que não vai se surpreender muito, principalmente com o interior. Minha experiência visitando o Palácio Nacional da Pena não foi tão boa, foi estressante chegar lá e caro, além de estar sempre muito cheio de turistas. O Uber nos deixou bem perto do Palácio Nacional de Sintra e de lá conhecemos o agradável e charmoso centro histórico de Sintra. Caminhamos pelas ruas, entramos em algumas lojas de souvenirs e visitamos a Igreja de São Martinho antes de parar para almoçar no Restaurante Bacalhau na Vila. Eu pedi uma Caldereta de Bacalhau que consiste em um ensopado de bacalhau com camarão, legumes e muito azeite e minha mãe pediu um Bacalhau à Brás. Depois do almoço fomos até a Casa Piriquita, uma das confeitarias mais tradicionais de Sintra, para provar alguns dos doces mais típicos da cidade, os Travesseiros e as Queijadas. O Travesseiro de Sintra é uma massa folhada com recheio de amêndoas, ovos e canela, já a Queijada é uma torta feita de queijos frescos, ovos e canela. Pedimos para viagem e comemos enquanto caminhávamos para a Quinta da Regaleira. Assim como no Palácio Nacional da Pena, compramos os ingressos online, com hora marcada e com alguma antecedência, mas dessa vez chegamos na Quinta da Regaleira antes do nosso horário de entrada. A Quinta da Regaleira é uma vasta propriedade construída no início do século XX pelo empresário luso-brasileiro António Augusto Carvalho Monteiro, a propriedade é uma fusão de estilos arquitetônicos, incluindo o neomanuelino, gótico, renascentista e clássico e foi concebida como um espaço com forte simbolismo, refletindo os interesses de Monteiro por esoterismo, filosofia, maçonaria, alquimia e a Ordem dos Templários. Começamos a visita pela Gruta da Leda e pela Torre da Regaleira, é possível subir na torre e de lá ver o centro histórico de Sintra, o Castelo dos Mouros e um pedacinho do Palácio Nacional da Pena. Depois passamos pelo Portal dos Guardiões e fomos até o Poço Iniciático, a principal atração da Quinta da Regaleira. O Poço Iniciático é uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, constituída por nove patamares, invocando referências à Divina Comédia de Dante, por onde se desce até o fundo do poço. A fila para visitar o poço estava bem grande, porém não demoramos muito para entrar, lá dentro uma funcionária gritava incessantemente para os turistas não pararem e continuarem andando, então você é meio que obrigado a seguir em frente e não sobra muito tempo para observar os detalhes e tirar boas fotos. O poço está ligado por várias galerias e túneis a outros pontos da Quinta, assim que chegamos na base do poço seguimos pelos túneis e passamos pelo Poço Imperfeito, pelo Lago da Cascata e saímos pela Gruta do Oriente. Continuamos a visita pela Fonte da Abundância e pela bela Capela da Santíssima Trindade antes de visitar o piso nobre do Palácio, o edifício principal da Quinta. A Quinta é bem grande e é quase impossível ver tudo em um dia, mas gostamos bastante do que vimos. Se eu precisasse escolher uma só atração para visitar em Sintra, seria a Quinta da Regaleira. Saindo da Quinta, voltamos caminhando para a estação de trem de Sintra para pegar o trem de volta para Lisboa, no caminho passamos novamente pelo centro histórico e pela Fonte Mourisca. De volta em Lisboa, fomos jantar no Restaurante Moderna, pedimos duas taças de vinho e duas Sardinhas Grelhadas, mas não estavam muito saborosas. Quando a conta chegou, levamos um susto com o valor do couvert, estávamos acostumados a pagar entre 2 e 4 euros, neste restaurante pagamos 8 euros, quase o valor das Sardinhas (para ser justo, os valores do couvert estavam no cardápio, nós que vacilamos em aceitar sem verificar). Depois de jantar, voltamos para o nosso hotel. Dia 14 - 02 de Maio de 2025 – Lisboa Depois do café da manhã, fomos caminhando para a Igreja de Santo António de Lisboa, considerada o local de nascimento do santo. Visitamos o interior da igreja, o pequeno museu e depois descemos até a cripta, há também uma pequena loja vendendo terços e artigos religiosos relacionados ao Santo António. Logo ao lado da Igreja de Santo António de Lisboa, visitamos a Sé de Lisboa. Compramos os ingressos na bilheteria da igreja e visitamos o interior da igreja que se parece muito com o interior da Sé Velha de Coimbra, lá dentro visitamos as várias capelas, o batistério e a sacristia. Depois subimos o elevador até o segundo piso da igreja, e visitamos o coro alto, deste lugar é possível ver toda a nave central até a capela-mor, além de observar a enorme rosácea que ornamenta a fachada. Ainda no segundo piso, visitamos a Sala do Capítulo e o Tesouro. Saindo da Sé de Lisboa, pegamos o famoso Elétrico 28 no ponto ao lado da catedral, pagamos a passagem em dinheiro direto ao motorista e nos esprememos no único espaço livre disponível, apesar da lotação conseguimos aproveitar o percurso até a Praça Luís de Camões. Descemos na praça e caminhamos bastante pela região, começamos visitando a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação de Lisboa e a Igreja de Nossa Senhora do Loreto, depois caminhamos até a Rua da Bica de Duarte Belo para observar a rua famosa dos bondinhos, passamos pelo Café A Brasileira e tiramos foto com a Estátua de Fernando Pessoa, e visitamos a Livraria Bertrand, a mais antiga rede de livrarias de Portugal. Depois seguimos para o Largo do Carmo, lá caminhamos pelos arredores do Convento do Carmo e fomos até a plataforma de observação do Elevador de Santa Justa, onde é possível ter ótimas vistas da Baixa e principalmente do Castelo de São Jorge. Continuamos o passeio caminhando em direção ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, mas antes visitamos a Igreja de São Roque e já bem tarde paramos para almoçar no Restaurante Faz Frio. Fomos nesse restaurante para provar o Bacalhau à Zé do Pipo, mas infelizmente eles tinham tirado do cardápio (segundo o garçom nos informou, o Bacalhau à Zé do Pipo entra no cardápio somente em alguns meses do ano). Então eu pedi um Pica-Pau de Atum, um prato feito com cubos de bife de atum selados na frigideira com um molho de azeite, alho, vinho branco e mostarda, e um Croquete de Alheira com Mostarda, um croquete tradicional com recheio de alheira, que é um embutido defumado típico de Portugal, ambos estavam uma delícia. Foi uma das melhores refeições que fiz na viagem. Já minha mãe pediu um Bacalhau à Lagareiro. Após o almoço, finalmente fomos conhecer o Miradouro de São Pedro de Alcântara, nos sentamos em um dos bancos e ficamos por lá descansando e contemplando a bela vista de Lisboa, aproveitamos essa pausa para comprar o ingresso para o show de Fado a noite e comprar a passagem de ônibus de Campinas para Ribeirão Preto no dia seguinte. Então descemos até a Praça dos Restauradores pela Calçada da Glória, vimos os bondes históricos do Elevador da Glória e paramos para tirar algumas fotos. Já na praça, passamos em algumas lojas de souvenirs para comprar uma mala de cabine, então voltamos ao hotel para tomarmos banho antes de ir ao show de Fado. Compramos o ingresso para o show das 19h30 no Lisboa em Fado. A casa de show é bem pequena, com capacidade para um pouco mais de 40 pessoas, quando entramos recebemos um copo de vinho como boas-vindas e fomos nos sentar. O espetáculo começa com um vídeo sobre as origens do Fado e sobre os grandes fadistas e depois os músicos começam a sua performance. A apresentação é intercalada com outros vídeos sobre a guitarra portuguesa e clássica, além de comentários dos artistas sobre as músicas tocadas. Nós gostamos muito do show, tanto os fadistas quanto os guitarristas são muito talentosos, o ambiente mais intimista contribuiu também com a experiência, o preço é bem justo e é uma ótima opção para quem não quer ir naquela apresentação mais tradicional com jantar que fica bem mais caro. Saindo do Fado, caminhamos pelas ruas da Baixa, pela Praça do Comércio e pela Rua Augusta, paramos em algumas lojas de souvenirs e fomos comer na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau e depois nos despedir dos Pastéis de Nata na Manteigaria. Dia 15 - 03 de Maio de 2025 – Volta para o Brasil Acordamos por volta das 5h da manhã para terminar de arrumar as malas e fazer o check out no hotel, e por volta das 6h pegamos o Uber para o aeroporto de Lisboa. Chegando lá fomos direto para o guichê da Azul, e apesar de poucas pessoas na fila do check in, demoramos uma eternidade para sermos atendidos. Depois de fazer o check in, passamos pela segurança sem problemas e fomos para a imigração. Novamente a imigração de Portugal nos deu dor de cabeça. Como nossos passaportes têm chip, pudemos passar pelo controle automático de passaporte, porém somente o da minha mãe passou, depois de tentar passar o meu em outros scanners sem sucesso, a funcionária me mandou para a fila da imigração humana, que estava super cheia. Eu fiquei mais de uma hora na fila, quando finalmente passei pelo oficial, fui direto para o portão de embarque encontrar a minha mãe. O embarque já tinha começado, então só consegui ir ao banheiro, beber um café antes de entrar no avião. Saímos de Lisboa por volta das 10h30 e chegamos em Viracopos por volta das 17h (do mesmo dia). A imigração foi rápida, passamos pelo controle automático de passaporte, aqui o meu passou sem problemas, e depois de pegar as malas fomos até a Rodoviária de Campinas de Uber para pegar o ônibus de volta para Ribeirão Preto. Alugando carro em Portugal Alugamos o carro na Budget pela Rentcars alguns dias antes da viagem, pegamos um carro da categoria compacto por 5 diárias, com quilometragem ilimitada, proteção do veículo, proteção contra roubos e proteção contra terceiros, e pagamos por volta de R$ 1.000 parcelado no cartão de crédito. Chegando na loja, eu mostrei o voucher da reserva e usei o meu cartão da Wise para pagar os 256 euros do depósito de segurança (esse valor foi debitado da minha conta). O processo foi rápido, o funcionário me explicou as proteções do veículo e como solicitar ajuda na estrada caso precisasse, me explicou sobre o combustível e nos liberou para sair com o carro. Eles nos disponibilizaram um Audi Q2 manual bem judiado e riscado, no documento entregue estava detalhado todas as avarias no carro, mas fotografamos tudo por segurança, além disso o carro estava sujo, cheio de cagadas de pombo. Mas de resto o carro era ótimo, bem confortável e gostoso de dirigir. Para devolver o carro, fomos até o estacionamento do aeroporto de Lisboa, ao lado da estação de metrô, cada agência tem um espaço para receber seus carros, estacionamos o nosso na vaga da Budget e esperamos o funcionário vir para fazer a checagem. Ele fez uma checagem rápida pelo exterior do carro e depois conferiu o combustível e a quilometragem. Ele fez os cálculos e nos mostrou somente o valor total no celular dele, nos disse que a fatura detalhada chegaria em até 72 horas no meu e-mail, porém não chegou. Foi erro nosso não conferir certinho com ele na hora, mas depois do caos do dia anterior, estávamos loucos para encerrar essa etapa da viagem, devolver o carro e começar logo o passeio por Lisboa. Sobre o combustível, na retirada do carro no Porto, o funcionário nos informou que não era obrigatório devolver o carro com o tanque cheio, pois eles cobram um valor fixo por litro. Ele nos mostrou o contrato de locação onde estava o valor e nos deixou livres para escolher qual seria a melhor forma para nós. O valor deles era bom, estava na mesma faixa de preço da maioria dos postos de combustíveis que vimos, então preferimos não ter esse trabalho. Rodamos quase 550 quilômetros e gastamos quase um tanque durante toda a viagem, não precisamos abastecer no caminho e entregamos o carro com o tanque entrando na reserva. Sobre a fatura, entrei com uma reclamação pelo site da Budget no dia 12 de maio, mas eles só me responderam com a fatura no início de julho. Antes disso, no dia 21 de maio a Budget debitou 26 euros da minha conta da Wise e no dia seguinte debitou mais 122 euros, só fiquei mais tranquilo no dia 24 de maio, quando eles estornaram os 256 euros. Quando recebi a fatura descobri que os débitos eram referentes ao pedágio (26 euros) e ao combustível + a taxa da Via Verde (122 euros), o tag da Via Verde é necessário para passar nos pedágios sem parar.
-
Oi gente, preciso muito de ajuda, eu moro em Americana/SP, e preciso ir para São Paulo/SP duas vezes na semana para eu poder ir estudar, na sexta o horario da aula é das 18h30 as 23h30 e Sabado das 13h00 as 18h00. Seria só eu de passageira, e precisaria de ida e volta, a duração da carona é indeterminada, pois preciso de condições para conseguir um carro para eu poder ir, mas por enquanto conto com ajuda. Você poderia me ajudar?
-
Estarei de férias quero sair de moto ou carro pra conhecer vários lugares no Brasil e países vizinhos mas não queria ir sozinha, pode ser carro cheio eu acompanho de moto ou no meu carro
- 2 respostas
-
- 2
-
-
-
- agosto 2025
- moto
- (e 7 mais)
-
1º Dia - Cruzeiro do Sul a Epitaciolândia (866 km e 13h40min de Viagem) – 26 de Dezembro de 2024 Nossa grande aventura começou no dia 26 de dezembro de 2024, às 6 da manhã, sob uma chuva fina que nos acompanhou ao sair de Cruzeiro do Sul (AC). O Corolla XEi 2010 estava cheio: minha esposa, que estava grávida, nosso filho pequeno e meus sogros. Cinco a bordo, e a expectativa era enorme, mas confesso que a chuva trouxe uma leve preocupação sobre as condições da estrada. A ideia inicial era rodar com calma até Rio Branco para garantir a segurança da primeira pernoite. A estrada, que conhecemos bem no começo, estava molhada e em péssimas condições, o que exigiu atenção redobrada, mas o Corolla segurava bem. Nossa primeira parada para abastecer foi em Tarauacá, a aproximadamente 230 km de Cruzeiro do Sul. Depois, seguimos até Manoel Urbano, onde paramos para almoçar, a cerca de 420 km da partida. Mais tarde, fizemos uma breve parada em Sena Madureira para reabastecer o carro e tomar um café revigorante. Sena Madureira fica a cerca de 497 km de Cruzeiro do Sul, mostrando o quanto já havíamos avançado. Chegamos em Rio Branco às 15:30, marcando 635 km percorridos desde a partida. Depois de abastecer o carro e fazer um rápido café, decidimos que poderíamos seguir viagem. Para dividir a carga da direção, passei o volante para o meu sogro. Ele é um motorista experiente, e a ajuda dele seria essencial. Como não tínhamos certeza de onde iríamos parar, optamos por não agendar hotel em lugar nenhum, mantendo a flexibilidade da estrada. Isso nos deu a liberdade de esticar a viagem. Chegamos em Epitaciolândia às 19:40, onde finalmente decidimos parar para descansar. Nos hospedamos no Hotel Topias, um lugar simples, mas perfeito para recarregar as energias para o dia seguinte. Ao chegar no hotel, a tarefa de encontrar um lugar para comer se mostrou um desafio. Estávamos bem cansados para sair depois de tantas horas de estrada, então, felizmente, conseguimos pedir comida para entregar. Foi um alívio! O Dia 1 foi um teste de paciência e adaptação, com a paisagem mudando e a chuva teimando em nos seguir por boa parte do caminho, mas completamos um total de 866 km hoje. Dia 2: Epitaciolândia a Puerto Maldonado (345 km e 9h30min de Viagem) – 27 de Dezembro de 2024 Acordamos em Epitaciolândia no dia 27 de dezembro de 2024, e saímos do hotel às 7 da manhã, prontos para o segundo dia de estrada. Tomamos um café da manhã leve, sem exageros, já pensando na altitude crescente que enfrentaríamos nos Andes e buscando garantir o bem-estar de todos, especialmente da minha esposa grávida. Nosso objetivo inicial para o dia era chegar na cidade de Quincemil, no Peru, que tem uma altitude de aproximadamente 650 metros, para começar a aclimatação gradual. Nos dirigimos à fronteira. Chegando em Assis Brasil, um policial federal nos deu uma dica valiosa: ele recomendou encher o tanque do carro no Brasil e abastecer somente em Puerto Maldonado, já no Peru. Seguimos o conselho à risca, garantindo que não teríamos problemas de combustível na transição. Os procedimentos de saída do Brasil e entrada no Peru, embora relativamente tranquilos, tomaram mais tempo do que prevíamos. Finalmente, depois de toda a burocracia na fronteira em Iñapari, a primeira cidade peruana que encontramos, entramos oficialmente no Peru. Foi em Iñapari que aproveitamos para trocar dinheiro para soles peruanos e almoçar, sentindo o primeiro gostinho da culinária local. Somando todo o tempo gasto na fronteira, nas paradas e as condições da estrada, percebemos que chegar a Quincemil seria apertado e cansativo, principalmente com a minha esposa grávida e o filho pequeno. Por conta disso, resolvemos mudar o plano e dormir em Puerto Maldonado. Chegamos em Puerto Maldonado por volta das 16:30, após percorrer 345 km de Epitaciolândia. A Rodovia Interoceânica nos recebeu com um asfalto muito bom. Puerto Maldonado foi nosso porto seguro para a noite, uma cidade maior com boa infraestrutura. À noite, mesmo com o cansaço, saímos para retirar dinheiro e procurar remédios para a altitude e tanque de ar para ajudar na respiração. Encontramos o remédio para altitude, mas, infelizmente, minha esposa não podia tomá-lo devido a restrições médicas. Também aproveitamos para dar uma passeada pela cidade e sentir a atmosfera peruana pela primeira vez. Dia 3: Puerto Maldonado a Pisac (479 km e 13h00min de Viagem) – 28 de Dezembro de 2024 O dia 28 de dezembro de 2024 marcou o que eu sabia que seria o melhor (e mais desafiador) trajeto da viagem: a subida dos Andes! Depois de um café da manhã reforçado, mas consciente, partimos às 7h da manhã de Puerto Maldonado. Nosso destino era Pisac, no Vale Sagrado, uma escolha estratégica para começar a aclimatação em uma altitude um pouco menor que Cusco. A estrada, agora, começou a mudar drasticamente. As planícies amazônicas deram lugar a um cenário montanhoso espetacular, com curvas acentuadas e subidas constantes. A estrada era bem cuidada, com guard-rails nas curvas mais perigosas, o que nos deu um pouco mais de segurança. Passamos pela movimentada cidade de garimpo de Mazuko e várias outras localidades menores, observando a vida vibrante ao longo da rodovia. Almoçamos em Quincemil, que havíamos planejado como ponto de pernoite, e aproveitamos para abastecer o Corolla lá, garantindo tranquilidade para o restante da subida. A subida foi intensa. O Corolla sentia a altitude, e a velocidade não passava dos 40 km/h em muitos trechos. Nas descidas íngremes, fiz questão de usar bastante o freio motor (3). Lembrei-me da dica da polícia federal de não usar o freio frequentemente, pois há relatos de perda de freio nessas descidas prolongadas, e isso nos deixou ainda mais cautelosos. Chegamos ao ponto mais alto da nossa jornada: o Abra Pirhuayani, a impressionantes 4.755 metros de altitude! A temperatura lá em cima estava em 6 graus Celsius, e as montanhas com neve no topo eram um espetáculo. Quando saímos do carro para tentar apreciar a vista, sentimos imediatamente os efeitos da altitude. Já tínhamos iniciado a mastigação de folhas de coca e eu e meus sogros tomamos o remédio para altitude (minha esposa, por restrição médica, não pôde tomar), mas mesmo assim, o impacto foi forte. Minha sogra, infelizmente, não conseguiu sair do carro de tão indisposta. Para nossa surpresa e alívio, nosso filho pequeno não sentiu o mal de altitude, demonstrando uma resistência impressionante. Durante o trajeto, fizemos várias paradas não só para descansar, mas também para admirar as lhamas e ovelhas que cruzavam a pista, um charme a mais na paisagem andina. Após o pico, iniciamos a descida em direção a Pisac, que fica a aproximadamente 2.975 metros de altitude. Chegamos em Pisac por volta das 20h, depois de percorrer exatos 479 km. Na chegada ao hotel, a dor de cabeça ainda estava forte. Não tivemos ânimo para sair e explorar a cidade; estávamos exaustos. Por isso, pedimos comida para o jantar e fomos descansar bem cedo, esperando que o dia seguinte trouxesse mais adaptação à altitude. Dia 4: Pisac – Aclimatação e Surpresas Locais – 29 de Dezembro de 2024 No dia 29 de dezembro de 2024, nosso quarto dia de viagem, acordamos um pouco mais tarde, buscando nos recuperar. Apesar de ainda sentirmos poucas melhoras em relação à altitude, com uma leve dor de cabeça e alguma falta de ar, o descanso da noite ajudou. Ficamos hospedados no Hotel Pisonay, um local novo e bem econômico que achamos em Pisac. Definitivamente, recomendo pegar os quartos do fundo do hotel, pois tínhamos um quarto e um apartamento e pudemos notar a diferença no barulho. Os hotéis em Pisac, aliás, são bem mais em conta que os de Cusco, uma ótima alternativa para economizar e se aclimatar. No entanto, ainda no hotel, uma situação inesperada nos deixou um pouco apreensivos. Logo em frente, haviam dois bares, e presenciamos uma confusão grande, com brigas e até pedradas entre vizinhos. Fiquei bem receoso com o Corolla estacionado na rua bem em frente, mas, graças a Deus, nada aconteceu com o carro. Meus sogros, infelizmente, passaram a noite sem conseguir dormir, pois a agitação era bem na frente dos seus quartos. Apesar do contratempo noturno, decidimos tirar o dia para descansar e explorar Pisac a pé. O carro, o Corolla, permaneceu estacionado na rua em frente ao hotel durante todo o dia. Fomos passear pela cidade, nos perdendo pelas suas pequenas ruas incas, que são um charme à parte. Visitamos algumas lojas locais, exploramos a feira livre colorida, a praça principal, o mercado municipal e o mercado de artesanato. Foi um dia de imersão na cultura local, sem a pressão da estrada, permitindo que o corpo se adaptasse à altitude. Dia 5: Pisac a Ollantaytambo e Preparativos para Machu Picchu – 30 de Dezembro de 2024 No dia 30 de dezembro de 2024, acordamos cedo para aproveitar ao máximo a manhã. Depois de um café da manhã no hotel, saímos para conhecer as impressionantes Ruínas de Pisac. Pegamos o carro e, em cerca de 20 minutos de um percurso sinuoso, chegamos ao sítio arqueológico. Estacionamos o carro e, antes de entrar, compramos o Boleto Turístico, que nos daria acesso a diversas atrações no Vale Sagrado e em Cusco, incluindo a entrada para o próprio sítio de Pisac. Exploramos apenas o início das ruínas; o sítio é bem grande e exigiria um dia inteiro para ser percorrido por completo, o que ficou como um desejo para uma futura visita. O período da manhã foi ideal, pois as vans turísticas geralmente chegam no período da tarde, deixando o local mais tranquilo e agradável para a nossa visita. Após o passeio, retornamos ao hotel para fazer o check-out às 10h. Nosso próximo destino era Ollantaytambo. Antes de seguir viagem, decidimos fazer um pequeno desvio: subimos em direção a Cusco por aproximadamente 2 km para visitar o mirante da cidade de Pisac. A vista lá de cima, com o vale e as montanhas ao fundo, era muito linda e valeu cada minuto! Retornamos à rota principal e seguimos viagem para Ollantaytambo, passando por várias cidades interessantes como Calca, Urubamba e outras pitorescas localidades do Vale Sagrado. A paisagem do Vale Sagrado é surreal, com seus campos verdejantes e as montanhas imponentes. O trânsito era tranquilo, com a ressalva das inúmeras e muito altas lombadas que exigiam atenção constante. A distância de Pisac a Ollantaytambo foi de 57,7 km, e percorremos esse trecho em cerca de 1h30min. Chegamos ao hotel em Ollantaytambo e, exaustos, almoçamos no próprio hotel. Em seguida, todos fomos dormir um pouco, especialmente meus sogros, que estavam sentindo bastante o cansaço acumulado, em parte devido à noite anterior agitada. Por volta das 16h, fomos verificar onde ficava a estação de trem, nosso ponto de partida para Machu Picchu no dia seguinte. Descobrimos que ficava a apenas 10 minutos a pé do hotel, uma ótima notícia para a logística. À noite, saímos para a praça principal para conhecer a cidade e jantar, imersos na atmosfera local. Para garantir que estaríamos prontos para o grande dia, fomos dormir cedo novamente, pois precisaríamos madrugar para pegar o trem com destino a Machu Picchu. Dia 6: De Ollantaytambo a Machu Picchu – Virada de Ano Inesquecível – 31 de Dezembro de 2024 O dia 31 de dezembro de 2024 começou antes do amanhecer! Saímos do hotel às 5h40 da manhã, com a emoção de finalmente conhecer Machu Picchu. Para otimizar o tempo, o hotel teve a gentileza de preparar nosso café da manhã para levar e comer no trem. Pontualmente, pegamos o trem das 6h10, e o trajeto de Ollantaytambo até a cidade base de Machu Picchu, Aguas Calientes (também conhecida como Pueblo Machu Picchu), durou cerca de 1h30min. A viagem foi um espetáculo à parte, com paisagens fluviais e montanhosas fantásticas que nos preparavam para a grandiosidade à frente. Ao chegar em Aguas Calientes, nossa primeira providência foi comprar as passagens de ônibus que nos levariam até a cidadela inca. Aproveitamos para andar pela cidade, pesquisar sobre os preços de guias turísticos e organizar o restante do dia. Encontramos um restaurante onde não só almoçamos, mas também pudemos guardar algumas bolsas com roupas de frio, que não precisaríamos carregar para a subida, um alívio. Quando chegou a hora de pegar o ônibus para Machu Picchu, estava chovendo muito. A preocupação bateu, mas, felizmente, assim que chegamos à entrada do sítio arqueológico, o céu se abriu, revelando a maravilha de Machu Picchu sob um clima mais ameno – foi um verdadeiro alívio! Conseguimos um guia que falava português e tirava fotos muito bem, o que enriqueceu demais nossa experiência. Recomendo fortemente a visita com um guia, pois as informações e perspectivas que eles oferecem são inestimáveis. Escolhemos o passeio da Rota Clássica 2, que nos foi indicada como a melhor para uma visão abrangente do local. Mesmo depois de ter visto inúmeros vídeos e fotos, a cidade de Machu Picchu é impressionante, surreal. A energia do lugar, a grandiosidade da engenharia inca e a beleza natural ao redor são algo que precisa ser vivido para ser compreendido. Após horas de exploração e admiração, pegamos o ônibus de volta para Aguas Calientes. Lá, aguardamos até a hora do nosso trem de retorno para Ollantaytambo, que partia às 19h40. Chegamos de volta ao hotel em Ollantaytambo por volta das 22h. Para completar, tivemos a surpresa de que o chuveiro do hotel só tinha água fria, o que não foi o ideal depois de um dia longo e cansativo. Jantamos no hotel e, de tão exaustos, passamos a virada do ano dormindo profundamente, um final de ano diferente, mas inesquecível. Dia 7: Ollantaytambo a Cusco – Desafios na Estrada e Chegada à Cidade Imperial – 01 de Janeiro de 2025 No dia 1º de janeiro de 2025, nosso próximo destino era Cusco, a aproximadamente 75 km (cerca de 2h30min de viagem) de Ollantaytambo. Aproveitamos a manhã para conhecer o sítio arqueológico de Ollantaytambo, que, assim como Pisac, necessita do Boleto Turístico para acesso. O sítio é grandioso e impressionante, com suas construções incas bem preservadas. Após o passeio matinal, fizemos o check-out do hotel e partimos em direção à cidade de Cusco. A ideia inicial era seguir pela rota turística, passando por Urubamba e Chinchero, mas o GPS offline nos direcionou por um caminho alternativo, pela região de Anta. Para mim e minha esposa, essa mudança foi até proveitosa, pois já conhecíamos a região de Chinchero. No entanto, ficamos um pouco cautelosos, pois o fluxo de carros era pequeno e a estrada não estava em boas condições, com alguns deslizamentos de pedras em certos trechos. Dirigimos com atenção redobrada, mas, felizmente, não tivemos nenhum problema. Chegamos ao hotel em Cusco, o La Posada de Atahualpa, que fica um pouco distante do centro histórico (cerca de 20 minutos a pé). A chegada em Cusco foi feita cruzando o centro histórico, o que nos deu um primeiro vislumbre da beleza da cidade. O hotel não tem estacionamento, então o Corolla ficou estacionado na rua. Depois de nos instalarmos e desfazer as malas, saímos de carro em direção ao shopping de Cusco, pois queríamos experimentar algo diferente na culinária local. Dia 8: City Tour em Cusco e o Persistente Mal de Altitude – 02 de Janeiro de 2025 No dia 2 de janeiro de 2025, tiramos o dia para fazer um city tour pela cidade histórica de Cusco. Para nos locomover, pegamos um táxi, e confesso que fiquei um pouco receoso com o trânsito caótico da cidade. Começamos nosso passeio pela vibrante Praça Central, depois seguimos para o animado Mercado de San Pedro, um lugar cheio de cores, sabores e aromas. A tarde, visitamos o interessante Museu do Chocolate, onde aprendemos sobre a história do cacau e provamos algumas delícias. Nos perdemos propositalmente pelas charmosas ruas de pedra de Cusco, admirando a arquitetura inca e colonial. Apesar de todos os esforços e da beleza da cidade, ainda estávamos nos sentindo mal por conta do mal de altitude. Aquela sensação de falta de ar e uma leve dor de cabeça não ia embora, mesmo com o consumo de chá de coca, o uso de remédios e até a utilização do tanque de gás que havíamos levado. A aclimatação em Cusco se mostrava mais desafiadora do que imaginávamos. Dia 9: Decisão de Retorno e A Neve Surpreendente – 03 de Janeiro de 2025 No dia 3 de janeiro de 2025, tínhamos um dia adicional reservado em Cusco para explorar a região. No entanto, por uma questão de segurança e preocupação com a saúde da minha esposa grávida, resolvemos adiantar nosso retorno. Os persistentes efeitos do mal de altitude em Cusco, somados à gravidez, nos fizeram priorizar o bem-estar dela. Partimos de Cusco em direção a Puerto Maldonado, uma jornada de 477 km que levou cerca de 9 horas. Embora estivéssemos tristes por ter que voltar mais cedo e abandonar planos como passar pelo Lago Titicaca, essa decisão nos reservou uma surpresa inesperada. À medida que nos aproximávamos do pico da estrada, começamos a ver muita neve nas montanhas, e a quantidade aumentava cada vez mais. Fizemos várias paradas para admirar a paisagem, algo inédito para nós, pois era a primeira vez que víamos neve. Tínhamos uma esperança de que, ao chegar no ponto mais alto, encontraríamos o local nevado, e para nossa alegria, estava! A temperatura estava em 4 graus Celsius e nevava, transformando a paisagem em um cenário mágico. Essa experiência de ver neve pela primeira vez fez a decisão de adiantar a viagem valer a pena. Paramos em Quincemil para almoçar no mesmo local da ida. Depois, seguimos viagem até Puerto Maldonado, onde nos hospedamos no mesmo hotel que ficamos na vinda, encerrando um dia de despedida das altitudes peruanas.
- 1 resposta
-
- 4
-
-
- peru
- ollantaytambo
-
(e 2 mais)
Tags:
-
Ola pessoal, depois de muito tempo estou escrevendo novamente um relato de viagem. Viajamos para a Patagonia Argentina entre 01/05/24 e 10/05/24. Dessa vez fomos de aviao, ao contrario das nossas outras viagens pela Argentina e foi uma excelente experiencia. Fomos eu, minha esposa e nossa filha de 1 ano e 5 meses. Moramos em Florianopolis, mas encontramos passagens mais em conta saindo de Curitiba, de onde iniciamos a nossa viagem. Nosso roteiro foi o seguinte: 01/05/24 - Curitiba -> Buenos Aires -> El Calafate 02/05/24 - El Calafate - Visita ao Glaciar Perito Moreno 03/05/24 - El Calafate - Dia livre 04/05/24 - Bate e volta ate El Chalten 05/05/24 - El Calafate -> Ushuaia 06/05/24 - Ushuaia - Dia livre 07/05/24 - Ushuaia - Visita ao Parque Nacional Tierra Del Fuego e Glaciar Martial 08/05/24 - Ushuaia - Visita ao Tren del fin del mundo e passeios pela cidade 09/05/24 - Ushuaia - Passeio pela ruta 3 e pela cidade 10/05/24 - Inicio do retorno - Ushuaia -> Buenos Aires -> Curitiba Como viajamos com uma bebe, fizemos uma viagem bem calma, sem tentar visitar e explorar todos os pontos turisticos. Dia 01/05/24 O primeiro dia foi apenas de deslocamento, saimos de Curitiba as 09:40hs e chegamos em Buenos Aires em torno das 12hs. Aguardamos ate as 15hs e pegamos o voo para El Calafate, onde chegamos as 19hs. Nesse voo, ganhamos um upgrade de assento e nos colocaram na primeira fileira, onde havia mais espaco para a gente e para a bebe. Ponto para a Aerolineas Argentinas, que nos surpreendeu pelo excelente atendimento. Durante a parte final do voo para El Calafate, pegamos um lindo por do sol. O terreno abaixo estava todo branco de neve e ao fundo era possivel ver o Fitz Roy na chegada a El Calafate, foi simplemente demais! Deu um certo trabalho retirar o carro alugado, porque meu cartao de credito nao tem os numeros impressos nele e estavam relutando em aceitar pegar os numeros pelo app do cartao. Tive que tirar uma foto e mandar para eles. Pegamos um Etios Sedan, estava bem rodado, mas nao tivemos problemas. Alugamos tambem cadenas, por precaucao, porque estavam pedindo elas para entrar no parque Nacional Los Glaciares. Saimos do aeroporto perto das 20hs, uma escuridao total, mas ao olhar para o ceu, outro espetaculo. Ceu limpo e estrelado, sem nenhuma nuvem, porem devia estar uns -2c naquele momento. Dirigimos por uns 20 min ate a cidade, paramos em um posto ypf onde pegamos sanduiches, agua e medialunas para o cafe da manha do dia seguinte e logo chegamos no airbnb que alugamos. Foi um dia cansativo, mas deu tudo certo. Nossa bebe se comportou muito bem nos dois voos e foi bem tranquila a viagem. Algumas fotos: Aeroporto de Curitiba Decolando... Buenos Aires ao fundo Por do sol com o Fitz Roy ao fundo Apreciando a paisagem Muita neve! Mais neve!
- 20 respostas
-
- 10
-
-
-
- ushuaia
- el calafate
- (e 6 mais)
-
Vamos então a um relato da minha passagem pelo Peru entre 03/05 a 14/05 de 2024. Essa é a minha quarta viagem internacional e no minimo, posso dizer que metade delas foi muito problemática. A primeira foi em Dez/2018 para Santiago no Chile e tudo ocorreu bem, em 2020 fomos pra Argentina e ao Uruguai em março (sim, quando a pandemia explodiu) e, em 2022 fomos pro Peru mesmo, mas tendo Lima com destino inicial e Arequipa como final. Na semana que antecedia minha viagem rolou aquela tentativa de golpe que congelou o país em volta de violentos protestos, causando a impossibilidade de sair da Capital, onde nos vimos obrigados a sair de lá no proximo voo disponível, já que era impossível ter confiança para se fazer qualquer coisa. Mas, vamos a Cusco; #Dia 1 - Partida do Brasil e chegada em Cusco Nosso voo partiria dia 03 de maio às 03h30 da manhã, gosto de chegar nos países o mais cedo possível. Expectativa? Estar 10h05m em Cusco… Mas não foi assim. Segundo o piloto da aeronave, houve um problema com o computador e eles estavam o substituindo, a princípio pediu 30min, depois mais 30min, outros 30min e posteriormente mais 15min mas que desta vez iríamos, e de fato fomos. Claro que não eram exatos 30min, então tivemos um atraso aproximado de 135 minutos mas finalmente saímos de Guarulhos com destino a Lima. Ao chegarmos no aeroporto, claro, estava um caos. Havia uma muvuca de gente pra todo lado, as malas que os passageiros despacharam não funcionavam no auto atendimento, fazendo com que todo mundo tivesse que pegar uma fila e despachar manualmente, imigração, checagem das passagens… Só sei que quando nos vimos prontos pra embarcar, faltavam apenas 20min pro portão fechar. Lembrando que eu era muito familiar ao aeroporto de Lima (pela experiência anterior) e algumas pessoas até me seguiram pois estavam na mesma situação. Óbvio que o voo atrasou também, mas chegamos em Cusco com 2h de atraso total. Creio que por mais caótico que tenha sido, nossa conexão “normal” seria de mais tempo do que foi feito nessa situação, logo, tiramos uns minutinhos do atraso e ok, estávamos em Cusco. Nossa mala chegou quebrada, fomos ao guichê da LATAM e resolvemos lá mesmo (me ofereceram se eu não me engano 50 dolares) e saímos da área, o que logo fez um milhão de taxistas aparecerem de todos os cantos pra perturbar e sim, eles tentam aplicar um golpe em turista se você não ficar esperto. Jamais podemos subestimar esses momentos, achando "sou ligeiro, caio nessas não", meu caro, você pode cair sim, o ideal é irmos preparados para tal, afinal, chegamos exaustos no destino e por vezes "queremos apenas resolver logo" e é ai que a oportunidade deles aparece. Havia lido que os primeiros taxistas cobrariam bem mais caro do que alguns outros que ficam mais afastados (segundo o relato, facilmente 3x a menos) então, como havia visitado Lima em 2022, nem troquei dinheiro nenhum e levei 20 soles da viagem anterior em fácil acesso e quando o cara grudou na gente se oferecendo e cobrando $40, repeti diversas vezes que "só tenho 20 soles", ele foi baixando pra 35, 30... Até que aceitou os 20, era cerca de 5km de lá para nossa estadia. Mas enfim, pegou nossas malas, colocou no carro e iniciamos a viagem. Ao dar partida no veiculo, ele pediu 5 soles pra pagar o estacionamento (sim, sabia que a sacanagem começava ali) mas não se esqueça: Só tenho 20 soles; Eu confesso que sou uma pessoa que gosta da previsibilidade, estudo tudo que vamos fazer, principalmente em fases criticas mas desta vez, sei lá porque optei pela imprevisibilidade pois queria ver onde aquilo ia dar. Paguei a saída e misteriosamente os outros 5 soles sumiram, me devolvendo apenas 10. Ao invés de me levar pro endereço que queria, disse que me levaria a uma agencia conhecida, bem mediana por sinal (havia comentários na Internet de passeios ok mas outros desastrosos, do tipo “perdi o tour”, 3.2 estrelas), fui simpático, peguei alguns valores, simulei uns e bora pra casa. Quando finalmente chegamos no local onde iamos ficar e entreguei pra eles os 10 soles, retrucou "a gente combinou 20", disse "mas eu tinha os 20" e entreguei os 10. Ele ficou com uma cara muito feia mas foi embora. Ao chegarmos, fomos muito bem atendidos pela nossa host, nos deu folhas de coca, pegou um mapa em 3D de Cusco, apontou nossa localização e começou a fazer marcações de locais importantes, desde mercados, feiras, pontos turisticos importantes proximos, chip de celular, restaurantes... Tudo que iamos precisar. Nos entregou o mapa e nos direcionou ao quarto. Chegamos, tiramos o excesso de peso e já saímos pra resolver as coisas. Percebemos a altitude, eu e minha irmã nos cansavamos mais rápido, ela ficou um pouco enjoada, tomou um chá de coca e melhorou um pouco e depois um remédio de enjoo, mas tudo ok e dentro do esperado. Eu não sei se tive alguma coisa, pois como fiquei dormindo e acordando no voo e isso sempre me deixa com dor de cabeça, tomei um remédio pra isso (ainda indo para Lima) e não tive mais nada. Pelo cansaço, fomos apenas a praça de Armas, tiramos umas fotos, trocamos dinheiro, conseguimos um chip de celular, comemos alguma coisa e voltamos pra descansar. A grande base de crédito que usamos foi o cartão global da Inter, maravilha do senhor jesuis. Posso adiantar? Venha com dinheiro, mas você pode majoritariamente usar seu cartão global que é muito mais prático e na pior das hipóteses, sai igual a perda na melhor casa de câmbio que você encontrar. Fica a dica; #Dia 2 - Oficialmente, o nosso primeiro dia de tour em Cusco. Conhecemos os principais pontos de interesse que estavam mais proximo do nosso hotel, começamos pela pedra dos 12 ângulos que ficava "ao lado" e fomos abrindo mais a área. Fizemos também uma visita mais disposta a Plaza Mayor. Os efeitos sérios da altitude já não estavam mais presentes, como enjoo ou algum cansaço anormal. Mantendo um ritmo calmo e constante dava pra encarar todas as subidas sem muitas paradas, essa da foto exigiu pelo menos uma xD. O que não é nenhum problema, parado você vê mais ao redor e tivemos alguns cliques adicionais pois pra onde você olha, Cusco mostra sua beleza. #Dia 3 - Inicialmente, iriamos fazer um bate volta até Arequipa mas, durante os ultimos momentos de planejamento (além de pesquisas e perguntas, inclusive aqui mesmo no fórum) optamos por não irmos e trocamos pelo nosso primeiro tour nas montanhas. Tinhamos consciência que não era ideal e que estava cedo demais, quando contamos pra host do nosso ap que fomos lá ela ficou "mas vocês foram muito rápido", mas não havia outra opção pois parte do roteiro, principalmente Machu Picchu, já estava decidido e não haveria outra janela. Fomos de van até Pacchanta, onde tomamos café, nos aquecemos, recebemos o briefing e iniciamos. A principio, eu achei que acompanharia o grupo, pois estava indo no mesmo ritmo mas ficava pra não deixar minha irmã a uma distancia muito grande, mas eventualmente eu me equiparei ao ritmo dela e ficamos bem pra trás, BEM pra trás, deixamos o grupo ir e acabamos quase no final da ultima galera. É interessante salientar que em nenhum momento tivemos grandes problemas, trabalhávamos com uma alta margem de segurança e não estivemos em risco em nenhum momento, só parávamos por um ou dois minutos e seguiamos. Quando chegamos a primeira laguna, o grupo já estava lá espalhado e diria que tivemos até pouco tempo, mas a partir dali não ficamos tão pra trás, pois paramos um pouco e deu pra se recuperar bastante. O visual é impressionante, principalmente do entorno, você fica morrendo de vontade de ir ali sozinho só pra ficar o quanto quiser, mas infelizmente não é assim que funciona. Continuamos pela trilha seguindo um grupo que estava embaralhado por ali e só lá no finalzinho que fizemos uma parada pra comer algo, beber agua e tirar umas fotos com as lhamas (ou eram Alpacas?) e dai ficamos um pouco pra trás, mas não tanto. No final, não sei se nos empolgamos com a descida e aumentamos mais o passo ou eram os efeitos altitude, mas quando chegamos e paramos na cidadezinha me veio uma dor de cabeça que nunca havia sentido antes: Ela começava forte, incomodava bastante e simplesmente desaparecia poucos minutos depois e posteriormente retornava como se nunca houvesse sumido, almocei e tomei um remedinho e logo passou. Minha irmã foi um pouco mais grave, teve enjoo, o apetite foi embora, nem saiu muito lugar pra conhecer os arredores afim de se recuperar. Novamente, depois de tomar o comprimido de enjoo, bastou uns 20 minutos e antes da van partir já estavamos bem. O lugar é lindo e recomendo muito que vocês separem um dia para tal, ao mesmo tempo que sugiro deixar para depois, quando estiveres bem aclimatado. O local parece ser bem plano mas há pontos de subida consideráveis então não é moleza, principalmente se você chegou na cidade há pouco. Todo o caminho é incrível, não só a parte da trilha mas inclusive nas rodovias.
-
Olá, amigos mochileiros! Fiz uma viagem de carro com esposa e duas crianças, da maneira mais econômica possível, rodando mais de 26.500km de Miami/Flórida até Prudhoe Bay/Alaska, ida e volta em apenas 32 dias, passando por lugares incríveis dos Estados Unidos e Canadá. Dos 32 dias, apenas 4 foram pernoites em hotel. Nos demais dias, ou dormirmos no carro ou na barraca, em campings, wild campings, estacionamentos de Walmart e Cabelas, Rest Áreas. Fizemos nossos cafés da manhã, almoços e jantares em nosso pequeno fogão de camping, em lugares incríveis. Algumas vezes, de olho nas matas, florestas, lagos, com medo de algum coiote, lobo e até mesmo urso. Se quiserem acompanhar, estou postando os vídeos de todo o trajeto no Canal Viagens e Aventuras Família Bordini. Link do Canal: https://www.youtube.com/channel/UCgVQqobkMRRMrHQcbT1i5Fg Link da Playlist Partiu Alaska: Vídeo Novo: Primeiro Vídeo da Roadtrip: Ficaremos imensamente felizes com a companhia de vcs. Qualquer dúvida, podem deixar perguntas, que responderemos a todas.
-
Olá, amigos mochileiros! Fiz uma viagem de carro com esposa e duas crianças, da maneira mais econômica possível, rodando mais de 26.500km de Miami/Flórida até Prudhoe Bay/Alaska, ida e volta em apenas 32 dias, passando por lugares incríveis dos Estados Unidos e Canadá. Dos 32 dias, apenas 4 foram pernoites em hotel. Nos demais dias, ou dormirmos no carro ou na barraca, em campings, wild campings, estacionamentos de Walmart e Cabelas, Rest Áreas. Fizemos nossos cafés da manhã, almoços e jantares em nosso pequeno fogão de camping, em lugares incríveis. Algumas vezes, de olho nas matas, florestas, lagos, com medo de algum coiote, lobo e até mesmo urso. Se quiserem acompanhar, estou postando os vídeos de todo o trajeto no Canal Viagens e Aventuras Família Bordini. Link do Canal: https://youtube.com/@TonyWarlley Vídeo Novo: Ficaremos imensamente felizes com a companhia de vcs. Qualquer dúvida, podem deixar perguntas, que responderemos a todas.
-
Todos os Consulados Argentinos aqui no Brasil estão repassando informações erradas sobre o trânsito na Argentina, para mais informações acesse o post abaixo; https://www.mochileiros.com/topic/86202-leis-de-trânsito-américa-do-sul-argentina-chile-uruguai-bolívia-peru-colômbia/
-
As 5 melhores empresas e locadoras de veículos e automóveis com os melhores preços. Usando esses 5 sites você poderá comparar e reservar com todoas as locadoras possíveis e assim garantir o melhor negócio. Há também dicas sobre diferentes tipos coberturas de seguro e equipamentos opcionais extras para adicionar ao aluguel. Se você já leu o nosso artigo As 13 Mais Incríveis Viagens de Carro do Mundo você sabe o quanto uma viagem feita de carro pode te levar a lugares incríveis aos quais você não teria acesso de outra forma, seja ônibus, trem ou avião. Porém, caso você esteja viajando no exterior ou fora do seu Estado, você terá que alugar um veículo para fazer essas viagens de carro. Independentemente do modelo que você for escolher (econômico, van, 4×4, conversível), existem várias opções de locadoras de automóvel ao redor do mundo. Entre as maiores estão Avis, Europcar, Hertz, Budget, Alamo, Enterprise e por aí vai…. Continue lendo: Os 5 Melhores e Mais Baratos Sites para Comparar e Alugar Carros Pelo Mundo
-
Em março de 2023 finalmente realizamos nosso sonho de ir até o extremo sul do nosso continente de carro, conhecendo as belezas das paisagens da Patagônia. Fui eu e minha esposa em um jipe Suzuki Jimny, o carro foi muito valente, não deu nenhum problema. Os pneus mais parrudos (mud 215 75 r15) e a tração 4x4 ajudaram nos trechos de rípio (estrada de cascalho), dá pra andar um pouco mais rápido nesses trechos com esses recursos. Mas não é essencial, com calma dá pra ir com QUALQUER carro, inclusive a maioria dos viajantes que vimos percorrendo os mesmos caminhos eram até motoqueiros, de todas as partes do mundo. É uma viagem fantástica, que relatos ou fotos não podem descrever plenamente a sensação de fazer. Antes de começar, no planejamento, parece loucura, as grandes distâncias, horas dirigindo, possíveis perrengues. Mas depois que começa a viajar, a ansiedade vai sumindo, o roteiro vai se desenrolando naturalmente e a grande maioria dos trechos de estrada são muito prazerosos de percorrer. Faço esse relato para auxiliar na logística, planejamento e incentivar quem também está sonhando viver essa aventura. Se tiver esse sonho, faça o devido planejamento de tempo, finanças, documentação, esteja com a manutenção do seu carro em dia e simplesmente vá, não pense muito mais do que isso! Embarque na viagem que dá certo, se joga! DICAS GERAIS Dinheiro no Uruguai: país caro! Tudo lá é mais ou menos ⅓ mais caro que aqui. Trocamos reais em espécie por pesos uruguaios. Dinheiro na Argentina: país barato! Com a cotação blue sai tudo mais ou menos a metade do preço do Brasil. Fizemos 4 transferências grandes que sacamos tudo de uma vez na Western Union de Buenos Aires. Pagamos toda a alimentação e gasolina da viagem em espécie, e algumas hospedagens também quando não aceitavam cartão. Também levamos um cartão C6 Global com US$ para pagar as hospedagens. No dia 5 do relato explico melhor. Dinheiro no Chile: país caro! Tudo lá é mais ou menos ⅓ mais caro que aqui. Levamos dólares em espécie que trocamos por pesos chilenos. Alguns gastos no cartão global. Documentação: leve passaporte! Facilita muito os trâmites e ainda dá para carimbar nas fronteiras, Peninsula Valdes e Ushuaia. Versão impressa do documento (CRLV) do veículo e carteira de habilitação foram pedidos em todas as fronteiras e blitz policiais. Algumas vezes Carta Verde. Até fiz o Soapex do Chile mas não pediram nenhuma vez. Ítens do carro: levei dois triângulos, extintor novo e carregado, kit de primeiros socorros. Tenho cintas de reboque no carro também, mas nada disso foi pedido nenhuma vez. Mantimentos: como várias regiões remotas e isoladas são percorridas, sempre levávamos pelo menos 3L de água no carro e comida para um dia pelo menos, no caso de algum problema com o carro e demora no socorro, mas ainda bem que nada ocorrreu. Dia 1 - Campinas(SP) => Tubarão(SC) (880 km) Dia de iniciar o deslocamento ao sul, pegamos muito trânsito na Régis Bittencourt na serra do Cafezal devido a um tombamento de carreta, e também na BR101 próximo da divisa PR/SC devido à obras. Depois tudo parado também em Itajaí(SC), viagem longa e desgastante de aproximadamente 12h, o que já era previsto. Dia 2 - Tubarão(SC) => Barra do Chuí(RS) (840 km) Dia mais legal que o anterior, praticamente sem trânsito. Entre Porto Alegre e Pelotas já começam os trechos de pista simples, mas sem muitos caminhões. De Pelotas até o Chuí, estrada linda, retas sem fim e passagem pela reserva ambiental do Taim. Nos hospedamos em Barra do Chuí porque queríamos ver a divisa no litoral entre Brasil e Uruguai, são apenas 10km a mais, acredito que vale mais a pena, é muito mais bonito, em Chuí não tem muita coisa pra ver. Ficamos em uma pousada de chalés simples mas que proporciona uma vista sensacional do arroio Chuí, do farol e dos molhes, se chama El Faro del Pajarito, fica literalmente na rua mais ao sul do Brasil. Dia 3 - Barra do Chuí(RS) => Montevideo (420 km) Antes de sair do Brasil, ENCHA O TANQUE de combustível. A gasolina no Uruguai tá muito cara, praticamente o dobro da nossa. Atravessamos a rua que divide os dois países, trocamos reais por pesos uruguaios em uma casa de câmbio e seguimos até a aduana. Estava sem filas, fizemos a migração com os passaportes, nos pediram também o documento do carro impresso (CRLV), habilitação e o seguro carta verde. Depois da fronteira a primeira parada foi a fortaleza de Santa Teresa, fica perto da estrada e é muito bonita. Depois seguimos para conhecer Punta del Diablo e a Playa de La Viuda, uma praia com lindas dunas antes do mar, bem tranquila. A próxima parada foi Valizas, uma vilinha bem roots, com várias casinhas direto na areia da praia. Nos mantivemos na ruta 10, uma estrada menor e mais próxima do litoral, até chegar em La Paloma. É uma cidade maior, com vários restaurantes e um farol bem bonito. De lá seguimos, obrigatoriamente tivemos que voltar à ruta 9 passando por Rocha, mas assim que pudemos retornamos até a ruta 10 em Las Garzas. De Las Garzas até José Ignacio passamos por um trecho bem bonito e deserto da estrada, beirando o mar e percorrendo área de reserva ambiental. Em José Ignacio já começam a aparecer mais casas modernas e de alto padrão, só paramos para ver o farol e seguimos até Punta del Este. Pegamos um pouco de trânsito, não gostamos de praias urbanas assim, só tiramos uma foto no monumento da mão e fomos até a Casapueblo. O ingresso é um pouco caro, mas vale muito a pena para quem gosta de arquitetura e arte. E se estiver com o tempo aberto, o pôr do sol lá com a recitação da poesia é um momento muito bonito. De lá fomos até Montevideo, onde chegamos já anoitecendo, estrada muito boa até lá. Dia 4 - Montevideo => Colonia del Sacramento => Buenos Aires (200 km) Saímos cedo de Montevideo em direção a Colônia. A cidade é bem charmosa, chegamos próximos da hora do almoço, tem bastante opções de alimentação, mas lembrando que o custo de vida lá para nós do Brasil é um pouco mais alto. Demos um rolê ali no Barrio Historico até chegar o horário da balsa Buquebus, que aliás está bem cara (aproximadamente R$1000 duas pessoas mais o carro até Buenos Aires). Chegando em Buenos Aires só chegamos na hospedagem e saímos pra jantar por perto. Dia 5 - Buenos Aires => Bahía Blanca (650 km) Já tínhamos reservado a manhã para os procedimentos de câmbio de dinheiro. Sei que dá para pegar os pesos próximos da cotação blue na Calle Florida, mas preferimos a segurança da Western Union, já havíamos feito as transferências anteriormente e fomos sacar os valores em uma agência grande e oficial, localizada nesse endereço (Perú 160-118, C1067AAC, C1067AAD CABA). O horário de abertura era às 09h, chegamos lá umas 08h45 e já havia uma pequena fila. Fizemos o primeiro saque bem rápido, mas devido aos diversos relatos de falta de dinheiro nas agências e limites para saques, acabamos fazendo por precaução duas transferências menores de um para o outro. Isso nos fez perder mais 1h30 de fila para sacar de novo, acho que se tivesse feito apenas 1 transferência grande teria dado certo nessa agência, chegando cedo para garantir. Pela praticidade, acabamos sacando já o dinheiro suficiente para a viagem inteira, deu um calhamaço de notas, ocupando duas pochetes grandes inteiras. Apesar do risco, não queríamos perder tempo com os saques novamente, fora a disponibilidade limitada em cidades menores. Para complementar o dinheiro da viagem, levamos também um cartão C6 Global carregado em dólares, utilizado basicamente apenas para pagar as hospedagens. Antes não valia a pena, mas desde dezembro de 2022 está em vigor uma nova modalidade de conversão de moeda quando se utiliza cartão estrangeiro na Argentina, chamada popularmente de dólar tarjeta. Não chega a ser o dólar blue praticado pela Western Union mas chega próximo, e pagando o hotel com cartão você tem a isenção do imposto por ser estrangeiro. Então esta agora é a melhor forma de pagar hospedagens na Argentina, com cartão. Gasolina e alimentação foi tudo no dinheiro vivo, vale mais a pena. Saímos de Buenos Aires já era umas 13h, é uma distância considerável até Bahía Blanca, começamos a descer pela Ruta 3, depois da cidade de Azul pegamos a RP51, é o caminho mais curto pelo pampa, asfalto um pouco ruim em alguns trechos mas bem menos caminhões. Dia 6 - Bahía Blanca => Puerto Madryn (717 km) Ao invés do caminho sugerido pelo Google Maps, pela ruta 22 e depois 251 até San Antonio Oeste, fizemos tudo pela Ruta 3, passando por Viedma, acrescentando uns 70km ao trajeto, mas queríamos percorrer a Ruta 3 o máximo possível. E valeu a pena, entre Viedma e San Antonio Oeste é um trecho bem deserto e com duas retas gigantescas, foi legal ter passado por esse trecho. Chegamos em Puerto Madryn no final da tarde, já com o frio e o vento patagônico dando as caras. Dia 7 - Puerto Madryn => Península Valdés => Gaiman (300 km) Nesse dia amanheceu chovendo, nosso plano seria percorrer toda a Península Valdés (Punta Delgada, Caleta Valdés e Punta Norte), mas quando chegamos já na porteira de entrada da península, no istmo, nos informaram que as estradas poderiam estar intransitáveis devido às chuvas. Quando chegamos em Puerto Pirámides fomos informados que um ônibus havia derrapado na lama e bloqueado a estrada para acessar a Caleta Valdés. Havia uma viatura da polícia informando para não passar para o interior da península, porque as estradas estavam péssimas. Mesmo com nosso 4x4 e pneu mud, não autorizaram. Mas mesmo assim foi um passeio muito bonito, conhecemos Puerto Pirámides, fomos nos miradores. Haviam alguns brasileiros de motorhome por lá, nos deram a dica de ir na loberia próxima de Puerto Madryn, para não perdermos o dia e vermos os lobos marinhos. No caminho de volta a Puerto Madryn ainda passamos no mirador Isla de los Pajaros, a 2km do centro de visitantes da península, lugar sensacional, vale a pena esse desvio pequeno de rota. Em Puerto Madryn almoçamos e fomos no mirador da Loberia Punta Loma, haviam muitos animais lá, bem legal. Depois um pouco mais a frente fomos até a Playa Cerro Avanzado, totalmente deserta, onde acaba a estrada. De lá seguimos até Gaiman, uma cidadezinha galesa bem legal perto de Trelew, infelizmente chegamos tarde para o tradicional chá da tarde, mas vale conhecer essa cidadezinha. Dia 8 - Gaiman => Trelew => Punta Tombo => Comodoro Rivadavia (500 km) Chegamos em Trelew para ir no Museu dos Dinossauros, mas infelizmente estava fechado para reformas por tempo indeterminado, a previsão de reabertura é em junho/23. Seguimos para Punta Tombo, uma das maiores colônias de pinguins de Magalhães do mundo. É uma reserva muito bem estruturada com um centro de visitantes legal, que dá um contexto da reserva antes do passeio pelas passarelas. O passeio é bem bonito, dá pra ver muitos animais e chegar bem perto. Depois do asfalto um pouco de rípio até chegar na Punta Tombo, inclusive na volta percorremos o mesmo caminho de ida até a ruta 3, o Google Maps estava sugerindo voltar pela ruta 32, o que seria um caminho mais curto mas totalmente de rípio e provavelmente bem deserto. ATENÇÃO: esse trecho de Trelew até Comodoro Rivadavia é um dos mais problemáticos da viagem em questão de postos de combustível, principalmente se incluir a visita até Punta Tombo, que acrescenta uns 100 km no trajeto. Também começa a ventar muito, o que aumentou bem o consumo de nosso carro, em mais de 1 km/L. Na ruta 3 aparece um posto YPF Alamo no Google Maps que simplesmente não existe. Depois de Estancia La Concepción também havia um posto no meio do nada que não dá pra confiar se vai estar aberto ou se vai ter combustível, no nosso caso estava aberto mas só tinha diesel. O posto essencial para abastecer nesse trecho é um YPF que fica em Garayalde, o que dá uns 350 km de Trelew, incluindo a Punta Tombo. E mesmo lá há relatos de falta de combustível, mas conseguimos abastecer tranquilamente lá. Como a autonomia de nosso carro é baixa (400 km, talvez menos dependendo do vento), por segurança levamos um galão de combustível extra de 20L que abastecemos em Trelew e amarramos no bagageiro de teto. Também já começam a aparecer bastante animais na beira da pista, guanacos e nhandus (uma espécie de ema patagônica). Tem que ter precaução nos pontos sem visibilidade da estrada (curvas e ladeiras), eles ficam bastante no meio da pista, e correm às vezes para frente do carro, principalmente os guanacos. Chegando em Comodoro Rivadavia vale a pena conferir o El Farallon, uma formação rochosa gigantesca próxima da costa, que tem uma colônia com muitas aves marinhas, ali é bem bonito no pôr do sol. Dia 9 - Comodoro Rivadavia => Rio Gallegos (778 km) Dia de muita estepe patagônica. Nos primeiros quilômetros após Comodoro o caminho da estrada é lindo, vai beirando o mar, no começo da manhã estava bem bonito. Depois é um caminho com muita estepe deserta, muitos guanacos atravessando a pista e o vento patagônico fazendo jus à fama. Em alguns momentos é absurdo, chega a interferir na direção e frear bastante o carro em alguns momentos, o consumo de combustível sobe. Mas é um trecho mais tranquilo em questão de combustível, tem mais opções e são mais confiáveis, por segurança abasteci em Fitz Roy, Três Cerros e Comandante Piedrabuena, sempre quando abaixava de meio tanque. Dia 10 - Rio Gallegos => Rio Grande (375 km) Muitas pessoas vão direto para Ushuaia nesse dia, mas acredito que a parada em Rio Grande é a melhor estratégia. Os procedimentos das duas fronteiras podem demorar se tiver fila, e tem a fila da balsa do estreito de Magalhães também, ficamos mais de 1h. Fora que o trecho entre Rio Grande e Ushuaia é muito bonito e merece ser feito com calma, com a luz do dia boa. E ainda ganha um tempo livre de manhã em Rio Gallegos para visitar o Barco Marjory Glen, um barco enorme encalhado na praia há mais de um século. Vale muito a pena ir lá ver esse barco, dá uns 50km ida e volta da ruta 3. Os trâmites na fronteira Argentina/Chile foram tranquilos, sem filas. Depois da fila da balsa, a travessia do estreito de Magalhães é rápida. Entrando novamente na Argentina, abastecemos no posto YPF que fica ao lado da aduana argentina em San Sebastian (não vale a pena abastecer no Chile em Cerro Sombrero, após a travessia de balsa, a gasolina no Chile em geral é caríssima). De San Sebastian até Rio Grande, uma estrada boa, asfaltada. Chegando lá o frio já estava forte. Dia 11 - Rio Grande => Ushuaia (212 km) Trecho de estrada lindo, a estepe patagônica vai dando lugar às montanhas e bosques andinos, lagos maravilhosos no caminho (Fagnano e Escondido), vimos raposas zorro em um dos mirantes e até fizemos um pequeno off-road em uma estradinha beirando o lago Escondido. Ela começa em um dos mirantes do lago, vai beirando o lago e começa a subir, paramos no meio do caminho de subida e demos meia volta, mesmo de jipe. Não era seguro prosseguir até o final, estávamos sozinhos e pelo visto a estrada subia uma pirambeira de serra com erosões até o Paso Garibaldi. Voltamos pro asfalto e subimos a serra, a vista lá de cima do Paso Garibaldi é sensacional. A estrada volta a descer para um vale bem bonito entre as montanhas e finalmente chegamos em Ushuaia, nem dá pra descrever a emoção e sensação de ver o portal da cidade, depois de todo o caminho percorrido até lá. Almoçamos um cordeiro patagônico delicioso e ainda deu tempo de fazer o passeio de barco, já que o tempo estava bom tinha que aproveitar. Fomos com a empresa Três Marias, que faz o roteiro tradicional e mais o trekking na Isla H, a ilha mais ao sul da Argentina, mais até que a própria Ushuaia. O legal é que com eles o passeio é feito em um barco menor, não igual as outras empresas com catamarãs e grupos enormes de turistas. Fora o capitão e o guia que eram muito simpáticos e explicaram com detalhes tudo sobre o passeio. Demos a sorte de ver baleias respirando e mergulhando. As ilhas no caminho até o farol Les Eclaireurs são lindas, cheias de lobos, leões marinhos e aves. O farol é fantástico, e o trekking na Isla H foi o ponto alto, ver uma paisagem e vegetação que só existe lá, parece cenário de filme. Voltamos para o porto de Ushuaia já bem no final da tarde, com vento e muito frio. Dia 12 - Ushuaia => Parque Nacional Tierra del Fuego => Ushuaia (80km) É uma atração imperdível de Ushuaia, reserve um dia para passar lá, principalmente se estiver um clima bom. Um parque muito bem estruturado e nem dá pra descrever a beleza dos bosques, rios, montanhas, só indo e fazendo as trilhas para sentir isso. Fizemos apenas trekkings curtos (cascata Rio Pipo, mirador Lapataia, Castorera), de carro passamos pela agência do Correio do Fim do Mundo para carimbar os passaportes, almoçamos no Centro de Visitantes Alakush e finalizamos indo até a placa do final da ruta 3 na Bahia Lapataia, após 3045 km desde Buenos Aires. Dia 13 - Ushuaia => Rio Grande (212km) Aqui a dica de mais uma parada estratégica em Rio Grande. Em meu roteiro original estava para chegar em Puerto Natales no Chile nesse dia, mas sentimos que seria extremamente cansativo pela grande distância e a demora de mais um trâmite de fronteira e balsa novamente. Pudemos curtir a manhã tranquilos no centro de Ushuaia, compramos pesos chilenos, umas lembranças nas lojinhas e almoçamos. Estava chovendo e muito frio, quando estávamos saindo da cidade ainda demos a sorte de ver a neve caindo ali no portal da cidade. No caminho para Rio Grande, muita chuva, chegando lá frio e um vento absurdo. Dia 14 - Rio Grande => Puerto Natales (564km) Enchemos o tanque em San Sebastian e entramos no Chile, tudo rápido na fronteira. Chegamos na balsa e embarcamos logo em seguida. No caminho entre a balsa e Puerto Natales não tem quase nada de civilização, é uma região remota. Tem a vila abandonada de San Gregorio com o naufrágio do Vapor Amadeo, prédios em ruínas, um pouco depois o único posto de combustível no caminho, um Petrobras minúsculo na entrada do Puerto Sara, abastecemos lá (ATENÇÃO: o posto só funciona de dia e só aceita pesos chilenos em espécie). Segue pela ruta 255 até o entroncamento com a ruta 9, onde tem mais um posto. De lá muitos retões e vento até Puerto Natales. Dia 15 - Puerto Natales => Parque Nacional Torres del Paine => Puerto Natales (350km) O Parque Nacional Torres del Paine é famoso por seus circuitos de trekking, mas é perfeitamente possível conhecer as principais atrações percorrendo o parque de carro, intercalando com trilhas curtas a pé para chegar nas atrações. Fizemos tudo em 1 dia devido ao tempo apertado da viagem, mas o ideal seria ter mais um dia no parque para percorrer com mais calma e fazer mais algumas trilhas a pé. A logística de voltar todo o caminho para Puerto Natales de novo (mesmo pelo asfalto da ruta 9) também não foi a ideal. Seria melhor ter encontrado uma hospedagem no parque ou em Cerro Castillo, já perto da divisa com a Argentina no Paso Rio Don Guillermo, mas eram caríssimas e escassas. Então percorremos todo o parque sentido sul -> norte -> leste e voltamos para Puerto Natales. O ideal é percorrer o parque de carro nesse sentido, entrando pela Portaria Serrano (ATENÇÃO: SÓ ACEITAVAM PAGAMENTO DO INGRESSO EM CARTÃO), porque assim você fica boa parte do caminho indo de frente para as montanhas icônicas Cuernos del Paine. Dentro do parque existem apenas estradas de rípio, alguns trechos em bom estado, outros nem tanto, mas todos os veículos passam tranquilamente. Após a portaria fomos ao Lago Grey e fizemos a trilha até o mirador do lago (1h a pé). É um lugar lindo, o contraste do lago cinza com os icebergs de azul bem vivo é fantástico, estava muito frio, vento e começou a chover. O clima do parque é imprevisível, tem que ir preparado com luvas, touca e casaco impermeável. Depois almoçamos umas empanadas que levamos (tem opções de alimentação dentro do parque mas são bem caras), o tempo melhorou e fomos até o mirador do Lago Pehoé, vista linda, mas os Cuernos del Paine ainda estavam encobertos. De lá seguimos para a vista da Hostería Pehoé e sua ponte, e depois até o Mirador do Salto Grande, depois de fazermos uma trilha curta a pé. A cachoeira Salto Grande é absurda de bonita, a cor da água impressiona, e lá também enfrentamos os ventos mais fortes de nossa viagem, às vezes até desequilibrava um pouco. De lá já dava pra ver bem as torres, que pudemos ver melhor um pouco mais adiante no caminho para o mirador do lago Nordenskjold, outro lugar fantástico. Seguimos então para a portaria Laguna Amarga, e de lá para a Laguna Azul. Nesse último trecho o rípio estava um pouco pior, talvez por ser um caminho menos percorrido. Essa laguna é vazia, bem tranquila e tem uma vista linda das torres se o tempo estiver aberto. Saímos do parque em direção a Cerro Castillo para pegar a ruta 9, fomos surpreendidos com mais rípio do que esperávamos nesse trecho, a estrada quase toda está em reformas e com desvios. De Cerro Castillo voltamos tranquilamente para Puerto Natales pela ruta 9. Dia 16 - Puerto Natales => El Calafate (355km) Saindo de Puerto Natales rápido chegamos em Cerro Castillo (o bar/café da fronteira parece cenário de filme de velho oeste) e o Paso Rio Don Guillermo. Passando pelo trâmite de aduana chileno, em poucos km chegamos à fronteira com a Argentina, onde começa uma estrada de rípio em bom estado. Em 1 ou 2 km passamos pela aduana argentina, de lá mais um pouco de rípio até chegar na Ruta 40. ATENÇÃO: a rota padrão do Google Maps entre Puerto Natales e El Calafate pega o caminho mais curto, e de forma irresponsável manda os viajantes pelo antigo traçado da ruta 40, entre Estancia Tapi Aike e El Cerrito. É um trecho totalmente de rípio, deserto e que dizem estar em péssimo estado, há muitos relatos de viajantes que sofreram para passar por lá. Também inexistem postos de combustível indo por lá. Faça a rota colocando Esperanza como parada. É uma volta longa, acrescenta mais de 100 km ao caminho, mas é o traçado atual da Ruta 40, totalmente asfaltado e com abastecimento seguro em Esperanza no posto EPA (Energia Patagônica). A partir de Esperanza, as belas paisagens da Ruta 40 com muito vento até El Calafate. Dia 17 - El Calafate => Parque Nacional los Glaciares (Glaciar Perito Moreno) => El Calafate (160 km) O Parque Nacional los Glaciares é fantástico, ver o glaciar é uma experiência emocionante. DICA: não faça o passeio de barco a partir do primeiro porto (puerto Bajo las sombras), de lá o passeio percorre o lado do glaciar que a água fica menos bonita, meio acinzentada. Continue a estrada até o final, deixando o carro no estacionamento perto do Restó del Glaciar, já compre ali perto os ingressos para o passeio de barco que sai pelo Canal de los Tempanos. Esse canal é um dos que dá origem ao grande lago Argentino, estava um dia ensolarado e a cor da água estava incrível. Por ali além do porto do passeio dá pra fazer também um dos roteiros de passarelas, se quiser fazer os outros com os mirantes mais altos e principais dá para subir a pé pelas passarelas ou então pegar um ônibus circular que passa constantemente, não dá pra ir de carro na parte de cima do parque. Ver o glaciar de todas as formas e ângulos, andar por todas as passarelas, é um passeio sensacional que deve ser feito com calma, dedicando um dia inteiro, é um lugar incrível. Dia 18 - El Calafate => El Chaltén (220km) Provavelmente o dia com as melhores paisagens da viagem. De El Calafate seguimos pela ruta 11 e ruta 40 até o entroncamento com a ruta 23, o caminho para El Chaltén. Beirando o lago Viedma, a estrada percorre uma paisagem linda, pegamos também ventos fortíssimos contrários nesse trecho, o carro mal desenvolvia 90km/h em 4a marcha, o consumo subiu bastante. Conforme vai se aproximando de El Chaltén, o monte Fitz Roy se faz cada vez mais presente. Alguns trechos com longas retas e a visão do Fitz Roy ao fundo com certeza devem ser alguns dos mais bonitos trechos de estrada do mundo. Mais alguns mirantes fantásticos no caminho, passamos pelo portal do Parque Los Glaciares e então chegamos a El Chaltén, uma das cidades mais novas da Argentina, que mantém o clima pacato de vila de trilheiros e mochileiros. A atmosfera da cidade é bem legal, certo contraste com o turismo já um pouco massificado em El Calafate. Almoçamos lá, fizemos check-in em nossa hospedagem e já saímos em direção ao camping Lago del Desierto, onde começa a trilha para o glaciar Huemul. De El Chaltén até lá, são 35km de estrada rípio em condições razoáveis. Pagamos o ingresso da trilha na entrada do camping e começamos a subida, é uma trilha curta mas com um forte aclive, bem cansativa, estávamos sedentários na época e fomos devagar na subida, demoramos mais ou menos 1h, no trecho final mais inclinado tem o auxílio de algumas cordas, mas é bem seguro, sem exposição à queda ou risco algum. É uma trilha muito bonita, que percorre os bosques e vai beirando o riacho que drena a água do lago do glaciar. A chegada até o lago e a vista do glaciar depois do esforço da subida é recompensadora e impressionante, a cor da água é inacreditável, misturada com cor da vegetação no início do outono, com certeza uma das paisagens mais bonitas que já vimos na vida. É um passeio um pouco fora do radar de quem só vai para El Chaltén focando nos acampamentos e trilhas, devido à distância do centro da cidade. Mas na minha opinião, pela paisagem da trilha, do lago e do glaciar, é um passeio obrigatório para fazer por lá, e que pode fazer ser feito rapidamente e com pouco esforço em apenas meio período. Dia 19 - El Chaltén - Parque Nacional los Glaciares - Trilha Laguna Capri e Mirador Fitz Roy (10km a pé ida e volta) A trilha começa no final da avenida principal da cidade, tem uma subida menos inclinada mas com o dobro da distância da trilha do Glaciar Huemul, haviam pessoas de todas as idades fazendo a trilha, a subida é cansativa mas é tranquila se fizer sem pressa. O caminho da subida é bonito, e a vista do maciço do Fitz Roy a partir da Laguna Capri e do mirador é fantástica, as fotos não conseguem transmitir aquela beleza. De lá dá pra continuar a subida para ir mais perto do Fitz Roy, até a famosa Laguna de los 3, mas aí já seria uma trilha de nível difícil fisicamente, mais íngreme e demorada, não estávamos preparados, ficou para a próxima. Almoçamos na beira da laguna Capri e fizemos a descida de volta à El Chaltén. Dia 20 - El Chaltén => Perito Moreno (652km) Após curtir mais uma vista estonteante do Fitz Roy na ruta 23 saindo de El Chaltén, foi dia de enfrentar a ruta 40 em seu estado mais bruto. Após a cidade de Tres Lagos existe um trecho de 73 km de rípio, conhecido como “Los 73 Malditos” pelos motociclistas e viajantes. Não é incomum esse trecho ficar interditado e intransitável quando chove muito, porque o pavimento é de rípio com uma terra bem fina, que se transforma em uma argila quando molhada. Se tiver chovido nos dias anteriores, é bom perguntar no posto YPF de Tres Lagos como está a estrada. Não havia chovido, e quando chegamos no rípio, foi até tranquilo, os automóveis não estavam tendo maiores dificuldades, já as motocicletas estavam sofrendo mais, tem uns trechos com o rípio bem solto e fofo que elas desequilibram bastante. Esse trecho aliás atravessa uma das paisagens mais desertas e desoladas que percorremos na viagem, é bonito. Demoramos um pouco mais de uma hora para chegar de volta ao asfalto. ATENÇÃO: o trajeto entre El Chaltén e Perito Moreno também é problemático em questão de abastecimento de combustível e tem mais uma armadilha do Google Maps. Ele indica o caminho mais curto por um antigo traçado de rípio da ruta 40, deixando de fora a cidade de Gobernador Gregores, que depois de Tres Lagos é a única com posto de combustível até Perito Moreno. Não vá por lá que a falta de combustível será certeira. Então faça a rota incluindo Gobernador Gregores como parada. Mesmo assim, de lá até Perito Moreno são 360 km sem nenhum posto pelo caminho, a não ser as bombas de gasolina no meio da rua do pitoresco vilarejo de Bajo Caracoles, que dizem que muitas vezes não tem combustível ou ninguém para atender. Não dependa desse posto. Esse foi mais um trecho que utilizei o galão de combustível extra para ter mais segurança, devido a baixa autonomia do Jimny. Não precisou usar o galão, mas chegamos com o combustível piscando na reserva em Perito Moreno, o vento mais uma vez aumentou bem o consumo. Dia 21 - Perito Moreno => Esquel (537km) Mais um dia de muita estepe patagônica entremeada por morros na Ruta 40. Trecho mais tranquilo para abastecimento, paramos nas cidades de Rio Mayo e Gobernador Costa. É o dia de retorno à civilização, cidades maiores, chegamos tranquilamente em Esquel no final de tarde, lá tem muitas atrações para conhecer, como o parque nacional Los Alerces, pena que não tínhamos mais tempo de viagem. Se puder reserve um tempo para conhecer por lá também. Dia 22 - Esquel => Bariloche (284km) Deixando Esquel após um curto trecho a estrada já começa a mudar, ficando mais sinuosa e subindo as montanhas até Bariloche, passando por El Bolson. O trânsito de veículos e caminhões aumenta bastante, tem que percorrer esse trecho com mais cautela. O caminho passa por lindos lagos e mirantes até chegar em Bariloche. Chegando lá fizemos check-in, almoçamos e fomos percorrer o circuito Chico, com as várias atrações turísticas tradicionais. Gostamos muito de conhecer a sede da cervejaria Patagonia que tem lá, ótimo lugar para passar o final de tarde curtindo a vista para o lago e uma cerveja muito boa. Dia 23 - Bariloche => San Martin de los Andes (191km) Dia de percorrer a Ruta dos 7 lagos, provavelmente um dos trechos mais bonitos da Ruta 40. Paramos para almoçar em Villa La Angostura e começamos a percorrer os lagos, tem placas explicativas em cada parada e mirante, com as distâncias até o próximo ponto. Caminho sensacional, lindas vistas dos lagos, na maioria deles dá para acampar próximo, também é outra região onde dá para passar dias explorando e curtindo. Dia 24 - San Martin de los Andes => Parque Nacional Lanin => Neuquén (553km) Chegando em Junin de Los Andes nos dirigimos ao parque nacional Lanin para ver de perto o gigante vulcão Lanin. Pagamos o ingresso na portaria e logo chegamos em um mirante no lago Huechulafquen, vista sensacional, lago transparente com o vulcão nevado ao fundo. O parque é grande, percorremos mais de 30km no rípio até chegar ao final do parque, nos pés do vulcão, com outra vista sensacional dele mais próximo. Tem muitas áreas para camping bem estruturadas por lá, ficamos com vontade de passar semanas só curtindo ali dentro do parque. De lá tomamos o caminho para Neuquén, já deixando a Patagônia. Não fizemos o caminho do Google Maps, nós nos mantivemos na ruta 40 até Zapala. Foi a melhor decisão, é um caminho belíssimo, no começo bem árido com paisagens desérticas, depois sobe para um platô de onde podemos continuar observando o vulcão Lanin ao longe, mesmo a mais de 100 km de distância. Depois de Zapala entramos na ruta 22 e seguimos pelas retas enormes até Neuquén. Dia 25 - Neuquén => Bahía Blanca (534km) No roteiro original estava que nesse dia chegaríamos em Buenos Aires, percorrendo mais de 1000 km. Mas percebendo melhor a dinâmica da estrada e o cansaço pelo final da viagem, resolvemos não forçar a barra e incluir essa parada em Bahía Blanca. Nesse trecho a ruta 22 sai das estepes patagônicas e alcança os pampas argentinos, retas enormes, depois da cidade Choele Choel percorremos uma reta com pelo menos 130 km de extensão. Chegamos no final da tarde à Bahía Blanca. Dia 26 - Bahía Blanca => Buenos Aires (636km) Mesmo caminho da ida, chegamos umas 16h em Buenos Aires, ainda deu tempo de curtirmos um show de tango de noite. Dia 27 - Buenos Aires => Uruguaiana(RS) (674km) De manhã fizemos um tour rápido por BsAs, Plaza de Mayo, San Telmo, Caminito, saímos de lá meio dia em direção a Uruguaiana. Estrada ótima, caminho todo duplicado na ruta 14 até Paso de los Libres e a fronteira brasileira. Mesmo atravessando as províncias de Entre Rios e Corrientes, conhecidas pela corrupção policial, não tivemos problema algum e não fomos parados nenhuma vez. Percebemos que já no sentido contrário, em direção à Buenos Aires, haviam muitas blitz e muitos carros sendo parados. Dia 28 - Uruguaiana(RS) => Osório(RS) (724km) Atravessamos os pampas do Rio Grande do Sul pela BR 290, o dia mais cansativo de toda a viagem, pista simples e muitos caminhões. Trecho para fazer com calma e paciência nas ultrapassagens porque é perigoso. Pista dupla só a partir de Porto Alegre, chegamos em Osório já de noite. Dia 29 - Osório(RS) => São José dos Pinhais(PR) (627km) Dessa vez demos sorte na BR101, a viagem fluiu muito bem até São José dos Pinhais, última parada antes de casa. Dia 30 - São José dos Pinhais(PR) => Campinas(480km) Viagem tranquila até finalmente chegar em casa, depois de aproximadamente 13800 km rodados incluindo todos os passeios nos parques. Sonho realizado!
- 31 respostas
-
- 9
-
-
- patagonia
- viagens de carro
- (e 9 mais)
-
Viagem Argentina, Chile e Bolivia com carro financiado
bgiovane.rp postou um tópico em Perguntas Rápidas
Bom dia pessoal! Alguém sabe ao certo a exigência de documentação para viagem de carro financiado (alienado) ao banco? Solicitei ao banco uma declaração de viagem ao exterior com o bem financiado e fiz apostila de Haia conforme o consulado argentino e Chile informaram. Porém junto a esse documento o banco enviou uma procuração autorizando a assinatura daquelas pessoas do banco a assinarem a declaração, está reconhecido em cartório, porém não consegui realizar a apostila de Haia para essa procuração, por ser emitido por outro cartório que não é da minha cidade. Será que é uma exigência esse documento também ser apostilado? Obrigado! -
Boa tarde. Estou planejando ir para o norte de Argentina em setembro, devendo chegar por voo em Salta e ficarei em torno de 12 dias. Pretendo alugar um carro neste período, porém fazendo pesquisas nos itens de locação as diárias estão caríssimas, acima de R$400,00. Alguém locou carro nesta região? Tem alguma dica? Obrigado
-
Pessoal, to fazendo esse post pois cansei da tamanha desinformação que encontro na internet a respeito dos itens obrigatórios exigidos nos carros em alguns países da América do Sul. Já fui parado pela polícia argentina em diferentes estradas mais de 20 vezes, portanto vou falar principalmente da Argentina, mas o procedimento vale para qualquer país. Primeira coisa: NÃO acredite em blogs de viagens e nem nos consulados de alguns países estabelecidos aqui no Brasil, se você quer saber o que é obrigatório ou não para o seu carro brasileiro circular em outros países, procura no Google por Ley de Tránsito + o país desejado + o ano vigente se deseja procurar o mais atualizado, apenas isso já abre um leque de informações, e todas oficiais do governo ou orgão responsável de cada país já na primeira página. Digo isso pois aqui no Brasil eles estão de sacanagem ou brincadeira com a população; se você acessar o site do Itamaraty do governo brasileiro, que sobre a Argentina está super desatualizado, você encontrará como item obrigatório a lendária mortalha (lençol ou sabana em espanhol, pra cubrir morto), que sempre foi um mito, aparentemente muito tempo atrás em algumas províncias isso constava como obrigatório, e dos anos 90 pra cá passou a ser usado pelos policiais corruptos como forma de extorquir o motorista argentino e estrangeiro. O portal G1 informando a população que cambão é obrigatório para circular na Argentina, e um monte de baboseira que já ví por aí. Agora recentemente (Junho 2019), mandei e-mail para diversos consulados argentinos aqui no Brasil (SP, RJ, Curitiba, Porto Alegre, Uruguaiana, Foz do Iguaçu) perguntando quais itens eram obrigatórios para o meu carro brasileiro poder circular na Argentina, e TODOS, todos os consulados me responderam prontamente em até 24h com diferentes anexos (pdf e doc) que o cambão e kit primeiros socorros eram obrigatórios junto com o extintor e dois triângulos. Eu argumentei de volta com todo meu conhecimento adquirido com as viagens e com o link oficial do governo argentino com a Ley Nacional de Tránsito 24449 Artículo 40, onde informa que apenas extintor (matafuego) e dois triângulos (dos balizas de sinalizacíon) eram obrigatórios, além claro, do encosto de cabeça para todos os passageiros presentes e a carta verde pra estrangeiro. Não consta nada de obrigatório o cambão (linga, cable de remolque ou barra de tiro que eles chamam) e nem kit primeiros socorros (botiquín de primeros auxilios). E NENHUM consulado me respondeu mais, parece que não estão interessados em passar as informações corretas a população. Em todas as vezes (2016 e 2018) nenhum policial argentino me solicitou cambão e kit primeiros socorros, apenas carta verde e extintor. Certa vez perguntei a um policial sobre o cambão e kit primeiros socorros e ele me disse que é recomendado, e não obrigatório. Depois conversando com alguns argentinos deu pra entender melhor, entre eles esses itens são bastante recomendado no trânsito, e entre os próprios argentinos há também aqueles que acham que são obrigatórios justamente pela tamanha desinformação e o famoso boca a boca. Portanto, se não está na lei não é passível de multa. No caso de ainda encontrar policiais corruptos exigindo qualquer item sem estar na lei, faça-o confeccionar a multa, não tem essa de pagar na hora só pra se livrar do problema e seguir viagem. Se você realmente estiver errado, no caso de uma multa por falta de extintor ou extintor vencido por exemplo, o procedimento de pagar a multa na hora com desconto é uma ação verídica e praticada legalmente entre os oficiais de trânsito na argentina, cabe a você escolher pagar na hora com desconto ou receber o ticket com o valor integral para pagar no Banco de LaNacion. As famosas histórias dos policiais corruptos se concentra basicamente nas províncias de Entre Ríos, Corrientes e Misiones, que são aqui próximos a fronteira do Brasil, Uruguay e Paraguay. Atualmente a prática tem diminuído bastante, o próprio governo argentino já é ciente da situação, alguns jornais locais como El Clarín já desmascarou esse problema, e ferramentas como o formulário de incidente do Ministério das Relaciones Exteriores y Culto enviado no post anterior pelo eniobeier, ajudam o cidadão comum. Em minha última passagem por lá (Dezembro 2018) fui de Uruguaiana a Mendoza, e Mendoza a Dionísio Cerqueira, notei vários policiais camineros bem novos, inclusive mulheres, e todos foram cordiais e apenas solicitaram o que estava na lei. Essa renovação na polícia caminera já estão vindo ciente de seus antepassados corruptos e a mudança para melhor é bastante significativa. Agora em Julho 2019 estarei fazendo Dionísio Cerqueira a Bariloche, percorrendo toda a Ruta14, se algum policial me permitir, irei gravar um vídeo com ele explicando o que é obrigatório ou não nos carros, aí quem sabe só assim para pararem de passar informações errôneas nos blogs de viagens e consulados. Enfim, pra resumir; Trânsito na Argentina: Ley 24449 Artículo 40 Extintor com validade, dois triângulos (se precisar usar no acostamento tem que usar um atrás do carro e um na frente do carro), encosto de cabeça para os passageiros e Carta Verde para estrangeiros. Ao se deparar com policial corrupto, procedimento é o seguinte: Leve a Ley de Tránsito impressa e argumente com o policial, seja cordial sempre. Mostre que você entende das coisas, se ele te pedir kit primeiros socorros diga que ele é obrigatório no Uruguay para todos os carros e no Chile apenas para veículos de carga e transporte, na Argentina não é obrigatório em nenhum carro, apenas recomendado. Se ele te pedir o cambão, diga também que não consta na Ley de Tránsito que você está segurando ali na mão. O policial corrupto irá querer dinheiro na hora, diga que tem Pesos somente para o pedágio (peaje) e que está viajando somente com cartão de crédito (tarjeta). Se ele insistir na multa corrupta, peça-o que confeccione o ticket e diga que você irá recorrer, e apresente o formulário de incidente para que ele anote suas credenciais e dados da multa, ele vai acabar cedendo pois seu trabalho estará em risco. Se a multa vier por radar móvel (eles operam em um lugar com radar móvel e um pouco a frente outro policial te pára pois recebeu um walkie talkie que você estava acima da velocidade, isso é comum em pequenas cidades e vilarejos ao longo da estrada, onde toda a estrada é 100km e somente próximo alguma entrada de vilarejo tem uma única placa de velocidade a 60km e se você passar acima disso vão te pegar), peça a contraprova da velocidade se você achar que não estava acima da velocidade, se eles não tiverem a prova peça para confeccionar a multa e você irá recorrer. O procedimento de pagar na hora a multa com desconto é opcional, faça isso somente se você tiver certeza que está errado. No geral, seja qualquer País em que for visitar, minha dica é; sempre desconfie de informações em blogs de viagens, seja auto critico em relação a informações que consulados e outros órgãos te passam. Sempre busque na internet informações direto na língua do país desejado, pesquise em sites oficiais do governo, seja o assunto trânsito ou qualquer outra coisa. Na normativa do Mercosul é explicado que os carros estrangeiros em circulação em outro país do Mercosul, deve seguir as leis de trânsito do país vigente, então o que vocês estão procurando em blogs de viagens e no boca a boca? Procura a Ley de Tránsito de cada país, verifica se é válido por todo o país ou província/estado tem divergências, traduza no Google Tradutor se não souber ou não ter certeza, e seja feliz viajando corretamente e sem gastos extras. Vou deixar em anexo um email da Seguridad Vial, orgão oficial de trânsito da Argentina, me respondendo quando questionei sobre o cambão e kit first aid. Abaixo mais algumas imagens, da Ley 24449 em sí e do site do governo mostrando quais províncias aderiram a Ley Nacional de Trânsito. Aqui deixo o pdf da Ley atualizado e o mesmo formulário de incidente do post anterior: Ley 24449 a febrero 2019.pdf form_argentina-incident report (1).pdf
- 49 respostas
-
- 13
-
-
-
Estou planejando ir de carro de Porto Alegre (RS) até Bariloche, passando também pela rotas dos 7 lagos. A minha ideia inicial seria fazer essa rota em junho, porém fico receosa se neste época as estradas já se encontram congeladas e a dificuldade para dirigir aumenta. Gostaria de saber se alguém viajou de carro para lá neste período consegue me informar sobre as condições climáticas para dirigir. Obrigada!!!
-
Estou iniciando um planejamento para sair de Recife a Machu Pichu, no Peru, no mês de abril/maio. Gostaria de receber dicas de viagem, estadia e passeios.
-
Viagem de carro de Uberaba mg para João pessoa pb
Luciana Pimenta Nobrega postou um tópico em Viagem de carro
Gostaria de informações sobre o melhor percurso a se fazer de carro, entre Uberaba e João pessoa- 1 resposta
-
- uberaba
- joão pessoa
-
(e 2 mais)
Tags:
-
Bom dia, mochileiros! Espero que esteja tudo ótimo com vcs. Estou planejando uma viagem para Argentina (devo ir pra BUenos, mas ainda pensando se aproveito que BA é mais acessível de avião e vou pro lado de Jujuy). A ideia é: Sair de BH, dormir em Londrina Esticar até Foz, passar uns 2 dias lá Sair de Foz até Concórdia, dormir lá Concórdia BA. Ficar em BA uns 4 dias Voltar BA/ Montevideu/ Punta Del Leste Passar pelo Rio Grande do Sul, talvez Gramado, dps Floripa e por fim ir até o RJ. A ideia é fazer isso do dia 02/01/23 ao dia 22/01/23 Terminaria a viagem indo pro Rio, assistir o UFC Rio com família, rs Estou aceitando sugestões de bons lugares para passar, curtir, ver, no caminho e alguém que tenha feito a travessia Buenos/ Montevideu. Me pareceu muitoooo caro para fazer de carro, pelo ferryboat (R$ 3000). A outra opção seria sair de Buenos até Gualeguaychú e depois Montevidéu. Alguém com alguma ideia boa para incrementar a brincadeira? Abraço!!!
- 1 resposta
-
- montevideo
- montevidéu
- (e 7 mais)
-
Uruguaiana até Ushuaia, de carro e barraca, solito no más
vtorr Portela postou um tópico em Argentina
Bom pessoal, há muito tempo venho querendo realizar essa aventura, porém historia normal que se segue, trabalho, dinheiro e tempo, acredito que essas são os principais contra tempos para realizar viagens deste porte. Porém recentemente surgiu a oportunidade de tirar 20 dias de ferias, então realizarei o sonho de viajar até o Ushuaia de carro. (barraca, camping, roots), em 20 dias, sozinho. Venho aqui compartilhar e pedir a vocês dicas de roteiros, viagem, estrada... Como so fiquei sabendo agora que vou conseguir ir (motivo este também de eu ir sozinho), estou montando o roteiro agora, tenho praticamente menos de 2 meses para ver tudo oque preciso e conto com ajuda de vocês. A ideia é sair de Uruguaiana dia 20/12/2019 e chegar sem muitas estadias em 3 ou 4 dias até o Ushuaia (3.700km), de lá ficar alguns dias pela região (creio eu que uns 5 dias), após isso, ir viajando em direção a Santiago no Chile, fazendo estadias nas cidades mais interessantes, de Santiago volto a Uruguaiana. Que são 1700km. Conforme vou atualizando o roteiro e coisas da viagem vou postando aqui.. Agradeço.. -
Salve, pessoal. Minha noiva e eu estamos planejando uma viagem de carro do interior de São Paulo até João Pessoa. A viagem é só de ida pois estamos indo pra lá para morar. Vamos ainda neste mês de abril. Tenho aqui dois rascunhos de roteiro e gostaria de sugestões e pitacos de pessoas mais experientes e familiarizadas com essas estradas e destinos. A principal diferença entre os roteiros é que em um deles saíriamos de São Carlos, e iríamos por Minas Gerais até o Sul da Bahia. Já a outra opção começaria em Socorro, e íriamos pelos estados de RJ e ES até chegar ao sul da Bahia (a partir de Prado, os roteiros ficam iguais). A opção 1 por Minas, passaria por estas cidades: São Carlos > Capitólio > Ouro Preto > Santana do Riacho (ou outra cidade para acessarmos o Parque da Serra do Cipó) > Serro (ou talvez Diamantina) > Ouro Verde de Minas > Prado A opcão 2, por Rio e Espírito Santo ficou assim: Socorro > Paraty > Rio de Janeiro > Teresópolis > Búzios (ou Cabo Frio) > Vitória (ou Vila Velha) > Itaúnas > Prado A partir de Prado o roteiro por enquanto é: Prado > Arraial d'Ajuda (ou Trancoso) > Itacaré (ou Barra Grande) > Salvador > Imbassaí (ou Mangue Seco) > Coruripe (AL) > Maragogi > Olinda e Recife > João Pessoa Só minha noiva dirige, então gostaríamos de pegar no máximo 5h de estrada por dia (nos roteiros tem um outro deslocamento um pouco maior que isso, mas seriam exceções). Nossa ideia é estrada em um dia e parar ao menos um dia em cada destino para descansar e conhecer um pouco dos lugares. Uma informação importante é que temos uma cachorra de porte médio nos acompanhando nessa jornada, então ainda preciso verificar se teremos de fazer ajustes caso fique difícil em algum destino achar uma hospedagem que a aceite com a gente. Aceitamos sugestões entre a escolha dos dois roteiros. Estávamos mais inclinados a ir por Minas, mas pesquisando um pouco li que algumas estradas de lá estão em más condições. Entre a Serra do Cipó e a Bahia não consegui encontrar destinos de muito interesse (até por isso tem um deslocamento maior ali), Ouro Verde de Minas acabou entrando como um "quebra galho" mais para dormir e talvez já pegar a estrada no dia seguinte. No outro roteiro, alguns amigos me disseram que o Espírito Santo não valia muito a pena. Nunca fui pra lá e achei um pouco forte essa afirmação. Pensei tb em alguma cidade na região mais serrana do estado, mas acabei traçando esse rascunho de roteiro pelo litoral. Se alguem tiver outras sugestões no ES, agradeço muito. Bom, acho que por hora é "só" isso. O texto já ficou bem extenso. Obrigado!
-
Olá pessoal, após a leitura de muitos relatos de viajantes que foram ao Peru de carro ou moto e não tiveram maiores problemas, decidimos encarar uma viagem de carro até lá. Foram alguns meses de preparativos até a definição do roteiro final (que alteramos pouca coisa no decorrer da viagem), no qual pretendíamos visitar os principais pontos turísticos acessíveis com o nosso veículo, procurando realizar uma viagem econômica mas sem passar apertos. Decidimos ir pelo norte da Argentina e norte do Chile, assim passamos novamente por locais já visitados na viagem que fizemos em 2012 ao Atacama http://www.mochileiros.com/atacama-de-carro-video-com-a-filmagem-completa-da-estrada-pelo-paso-de-jama-t75603.html. Dentre os principais objetivos da viagem estavam: Salta, Tilcara, San Pedro de Atacama, Antofagasta, Iquique, Arequipa, Nasca, Lima, Cusco, Machu Picchu e Puno. Irei fazer um relato para cada dia da viagem, com fotos e gastos com hotéis e combustíveis. Filmei toda a viagem com uma câmera no parabrisa do carro, pretendo colocar em cada relato um video com o trecho percorrido. Nesse primeiro post vou colocar o mapa do trajeto percorrido, os documentos que levamos para cada país e algumas dicas. A planilha de gastos está disponível para baixar como anexo Documentos necessários: Argentina: Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro Carta Verde Chile - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes e seguro SOAPEX Peru - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro SOAT Dica: Não é obrigatório, mas recomendo levar a Carteira Internacional de Motorista (PID). Os policiais olham e já percebem que você está mais preparado. Recomendo levar também o passaporte, agiliza os trâmites na fronteira. Levamos também o manual do carro com o carimbo da última revisão para comprovar que revisamos antes da viagem e o CRLV do ano anterior para as abordagens policiais. Assim quando éramos parados entregávamos a PID e CRLV do ano anterior e deixamos o CRLV atual e a carteira de motorista guardadas para mostrar somente nas aduanas. Além dos documentos, levamos os seguintes equipamentos para o veículo: 2º triângulo, cambão e um kit de primeiros socorros. Nenhum desses itens foram solicitados (nessa e nas outras duas viagens que fizemos pela Argentina e Chile), mas como já tínhamos, levamos assim mesmo. Antes da viagem fizemos uma boa revisão no carro, trocamos o óleo, filtro de gasolina, óleo, ar condicionado, fizemos geometria, balanceamento e alinhamento das rodas e pedimos para dar uma olhada geral na suspensão e freios. Também compramos duas lâmpadas reservas para o farol baixo, já que é obrigatório circular com elas ligadas mesmo de dia nas estradas. O seguro Carta Verde adquirimos pela nossa seguradora, Porto Seguros sem custo adicional. Foi solicitado logo na entreda da Argentina, é possível fazer nas cidades fronteiriças também. Já o seguro SOAPEX para o Chile, emitimos online pelo site: http://www.magallanes.cl/magallaneswebneo/index.aspx?channel=8212 e o pagamento pode ser feito pelo Paypal e você escolhe o período de vigência. O seguro SOAT, obrigatório para o Peru, fizemos em Tacna (La Positiva no endereço Calle Apurímac 201 - 209), mas é possível fazer logo após a aduana de Santa Rosa, que faz fronteira com o Chile. Duzentos metros depois da aduana a direita há uma placa indicando o local onde é vendido o seguro. Por 30 dias pagamos o equivalente a 40 soles. É fundamental fazer esse seguro para não ter problemas nas estradas peruanas. No decorrer dos relatos vamos contando sobre as abordagens dos policiais nas estradas do Peru. O seguro do nosso carro só tem extensão de perímetro para os países do Mercosul e Chile, não conseguimos fazer a cobertura para o Peru, acabamos indo sem. Com relação ao dinheiro, preferimos levar dólares para trocar no Chile e Peru. Para a Argentina, levamos reais e fizemos o cambio na fronteira, a cotação estava AR$ 1,00 = R$ 0,27 ao passo que em Tilcara estava AR$ 1,00 = R$ 0,53. O ideal é trocar todo o dinheiro a ser usado na Argentina logo na fronteira. Para o Chile e o Peru íamos trocando conforme a necessidade. O real tem uma boa cotação am Arequipa, Lima, Cusco e Puno, nos demais locais a cotação estava péssima. Pagamos os hotéis em dólares e fazíamos as reservas pelo Booking durante o decorrer da viagem. No Chile e Peru ao efetuar o pagamento em dólares não é necessário pagar o imposto local os viajantes que ficam menos de 60 dias no país. Na Argentina, estava compensando pagar em pesos, por que na conversão ficava mais barato o hotel. Todos os hotéis que ficamos possuem estacionamento e no decorrer dos relatos vamos colocando o nome, localização e preço na data que ficamos. A viagem durou cerca de 30 dias e percorremos em torno de 11500km. Optamos por ir e voltar pelo Atacama e norte da Argentina por ser um trajeto conhecido e relativamente tranquilo, mas é cansativo ir e voltar pelo mesmo caminho. Segue abaixo os mapas com o trajeto da ida e da volta. Indice de postagens: Dia 01 - 25/12/2015 - Mais dicas importantes e primeiro dia da viagem Dia 02 - 26/12/2015 - De Curitiba a San ignacio[AR] Dia 03 - 27/12/2015 - De San ignacio a Salta Dia 04 - 28/12/2015 - De Salta a Tilcara Dia 05 - 29/12/2015 - De Tilcara[AR] a San Pedro de Atacama[CH] Como chegar ao posto Copec em San Pedro Dia 06 - 30/12/2015 - Passeios em San Pedro de Atacama Dia 07 - 31/12/2015 - Passeio nas Lagunas Antiplánicas Dia 08 - 01/01/2016 - De San Pedro de Atacama a Antofagasta Dia 09 - 02/01/2016 - De Antofagasta a Iquique Dia 10 - 03/01/2016 - De Iquique[CH] a Tacna[PE] Dia 11 - 04/01/2016 - De Tacna a Arequipa Dia 12 - 05/01/2016 - Passeios em Arequipa Dia 13 - 06/01/2016 - De Arequipa a Nasca Dia 14 - 07/01/2016 - De Nasca a Lima Dias 15,16 e 17 - 08-09-10/01/2016 - Passeios em Lima Dia 18 - 11/01/2016 - De Lima a Nasca Dia 19 - 12/01/2016 - De Nasca a Abancay Dia 20 - 13/01/2016 - De Abancay a Cusco Dia 21 - 14/01/2016 - Passeios em Cusco Dia 22 - 15/01/2016 - De Cusco a Ollantaytambo - Vale Sagrado Dia 23 - 16/01/2016 - Machu Picchu Dia 24 - 17/01/2016 - De Ollantaytambo a Puno Dia 25 - 18/01/2016 - Passeio as Ilhas de Uros e viagem de Puno a Tacna Dia 26 - 19/01/2016 - De Tacna[Peru] a Calama[Chile] Dia 27 - 20/01/2016 - De Calama[Chile] a General Guemes[Argentina] Dia 28 - 21/01/2016 - De General Guemes a Corrientes Dia 29 - 22/01/2016 - De Corrientes a Foz do Iguaçu Dia 30 - 23/01/2016 - Ida ao Paraguai e viagem de Foz do Iguaçu a Curitiba Trajeto da ida Trajeto da volta Vídeos das estradas percorridas na viagem, 12000km de filmagens: https://www.youtube.com/watch?v=YONvHjLMuvo https://www.youtube.com/watch?v=AQd5D_jPLTI https://www.youtube.com/watch?v=2_Rhrro_UxA https://www.youtube.com/watch?v=VyrmKHBqEyM https://www.youtube.com/watch?v=msWEf08eEK8 https://www.youtube.com/watch?v=SXT08k1E1MQ https://www.youtube.com/watch?v=Rr_F5LcxRuI https://www.youtube.com/watch?v=Bjxx2GfF4rw https://www.youtube.com/watch?v=_wt0e_PNv6g https://www.youtube.com/watch?v=sBM6Wdcmcr4 https://www.youtube.com/watch?v=O4e877RVuq8 https://www.youtube.com/watch?v=k969QIa3xTM https://www.youtube.com/watch?v=Th_ike28o7Q https://www.youtube.com/watch?v=AtL-UCZhvO8 https://www.youtube.com/watch?v=N1SJV43F1v0 https://www.youtube.com/watch?v=XQMlBuwxplw despesas.xls
- 286 respostas
-
- 3
-
-
- américa do sul de carro
- viagem de carro
- (e 20 mais)
-
Armação dos Búzios é um município brasileiro situado na região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro. Próximo a Cabo Frio e a famosa Arraial do Cabo, localizada a menos de 200 km do centro do Rio. É uma península com oito quilômetros de extensão e 23 praias, Entre as principais praias, destacam-se Geribá, Tucuns, João Fernandes, Ferradura, Ferradurinha, Marina, Armação, Manguinhos, Tartaruga, Ossos, Brava e Olho-de-Boi, esta última reservada para a prática do naturismo. Buzios tem uma fama de ser cara, pelo menos sempre foi essa visão que eu tive da região, ate posso acreditar que antigamente devia ser um lugar mais exclusivo para aqueles que tinham muita grana, mas hoje em dia com o turismo nacional crescendo, Buzios se tornou mais democrática, não é necesário ter muito dinheiro, ja existem opção baratas para se hospedar e para se alimentar sem ter que vender um rim. Assim, foram 3 dias passeando por Búzios e conhecendo suas belas praias e nesse post buscarei dar algumas dicas para você que esta pensando em conhecer essa bela região. Orla Brigitte Bardot - Hospedagem e Transporte Bom, Búzios tem hospedagem para todos os gostos, desde pousadas carissímas a hostel e campings, tudo vai na questão do seu bolso, o importante é você entender como funciona a região para saber o melhor lugar para se hospedar, por exemplo, se você esta de carro, é mais viável você ficar um pouco afastado do centro, ate para não ter que deixar o carro na rua e ficar pagando Zona Azul ou em algum estacionamento privado, então como eu estava de carro, tive a opção de escolher um bairro mais afastado do centro, com mais silêncio e contato com a natureza, assim fiquei hospedado na Praia da Ferradura, por ter ficado ali eu tinha a opção de ir de carro ate o centro a noite para jantar e deixar o carro em algum estacionamento ($10) ou ate ir e voltar de Uber (15$). Caso, você não vá de carro, seria mais interessante ficar próximo do centro de Buzios ou próximo a Praia dos Ossos, é de lá que existem taxis maritimos que te leva a outras praias, ou você também pode ficar mais afastado e acabar utilizando o serviço de Uber para chegar nas demais praias, dificelmente você conseguirá percorrer as melhores praias a pé, algumas ficam ate próximas, mas outras ficam mais afastadas, então é melhor usar algum transporte para se locomover, seja na água, seja na estrada. Rua das Pedras - Alimentação Buzios atende a todos os gostos, desde os mais refinados ao mais simples, desde quem quer comer pratos com camarão a hamburguer, empanada e crepe, ou então o famoso Prato Feito, a maioria dos restaurantes fica localizada na famosa Rua das Pedras, onde você encontra algumas lojas de artesanato e é tomada por bares e restaurantes. Um lugar que eu fui e gostei muito com um preço super acessível é o Chez Michou, foi o melhor crepe da minha vida, nunca comi algo igual em um lugar super bonito, bem decorado, o espaço antigamente era conhecido como Patio Havana mas que agora esta se tornando o Chez Michou, além dessa opção, fui na Empanaderia Argentina, onde vende empanadas a um preço de 7$ cada uma. - Atrativos Bom, vamos ao que interessa né, que são os passeios, você tem 23 praias a sua disposição, cada uma com sua caracteristica e servindo para todos os gostos, ate quem quer ficar peladão, sim, tem uma praia de nudismo em Buzios. *Passeio de Escuna Se você tem poucos dias em Buzios, você precisa fazer o passeio de escuna, antigamente pelo que os donos de agência falavam, era uma loucura, cada empresa fazia um preço e um roteiro diferente, ate que acabaram se organizando e assim todas as empresas fazem o mesmo roteiro e com o mesmo valor (60$), acabei decidindo pela empresa Água Viva, pois além de ter a melhor escuna, eles me pegariam na pousada pela manhã, assim não precisaria ir de carro ate o lugar do embarque. A dica que eu dou é depois do passeio de escuna, você aproveitar e ir ate a Praia Azeda e Azedinha e aproveitar o final do dia nessas duas praias, é de fácil acesso, feito por uma trilha de 20 minutos. Praia Azeda * Praias Existem outros passeios em Búzios, mas como só tinha 3 dias resolvi focar nas praias. Em um dos dias conheci a praia Geribá e a da Ferradurinha (gostei muito dessa praia, fiquei nela boa parte do dia, após conhecer as duas anteriores, existe bar na praia e no acesso da praia existem restaurantes que vendem Pratos Feitos por 20$, otima opção para passar o dia).Ao ir embora, estava indo em direção a pousada, mas acabei mudando a rota e fui conhecer a praia do Forno, da Foca e o Mirante do Forno, e digo que se você estiver de carro, vale dar uma passada por lá. O mirante é muito bonito. Mirante do Forno No terceiro e último dia fui conhecer a praia da Tartaruga, já tinha visto ela no passeio de escuna, mas resolvi passar o dia nela e fiz uma otima escolha, como era meio de semana ela estava totalmente vazia, sentei em uns dos bares na praia, pedi um bom drink e passei o dia relaxando e descansando, por estar vazia acabei alugando um caiaque (30$ por uma hora) e assim foi a minha ultima praia em Buzios. Nas praias de Buzios é normal se deparar com tartarugas, encontrei elas na Praia da Ferradurinha e na Praia da Tartatuga, foi sensacional. Praia da Tartaruga Espero que tenham gostado do relato, para qualquer dúvida só mandar mensagem pelas minhas rede sociais, estou presente no Instagram no rafacarvalho33 e no Facebook no Follow The Portuga. Follow me
-
BH - Barra grande de carro, dá pra fazer?
maria.clauver postou um tópico em Bahia - Roteiros de Viagem
Ei gente, estou planejando uma viagem em outubro para passar um mês em barra grande. Como por lá a locomoção é mais difícil, estou pensando em ir de carro. Meu carro é um palio novo 2013 1.4. Sairíamos de Belo Horizonte MG com destino a Barra Grande BA. 1- Vocês acham que dá? 2- Qual melhor roteiro? 3- Dormir na estrada? Se sim, qual a melhor cidade -
O vídeo acima explica quais são exatamente, todos os documentos necessários para entrar na Argentina com seu automóvel. Algumas informações e duvidas de muitas pessoas como: - Posso viajar com o automóvel financiado? - Qual seguro preciso ter para entrar na Argentina? - É exigido alguma vacina para entrar na Argentina? As perguntas acima são algumas de muitas outras que você não terá mais duvida depois de ver esse vídeo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comprando seu produto na Desacelerados Store, você me ajuda a continuar fazendo esses videos explicativos a fim de te ajudar a fazer sua viagem de forma tranquila ao exterior. E-commerce Desacelerados Store - De motociclista para motociclista. www.desaceleradosstore.com.br Equipamentos para viagens de moto e muito mais. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Direção Nacional de Imigração: Dirección: Av. Antártida Argentina, 1355, Ciudad de Buenos Aires Código postal: C1104ACA Teléfono: 54 (011) 4317-0234 Correo electrónico: info@migraciones.gov.ar ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Contatos importantes Em caso de emergência, recomenda-se que o brasileiro disque o número 107, serviço de pronto-socorro municipal que pode enviar uma ambulância ao seu domicílio ou hotel. Brasileiros que passem mal em Ezeiza, entretanto, ou fora da cidade de Buenos Aires, devem chamar o Serviço de Emergência da Província de Buenos Aires, pelo telefone 911. Os dados dos serviços de utilidade pública da Argentina são: Ambulâncias: 107 Bombeiros: 100 Defesa Civil (emergências): 103 Policia Federal: 101/911 Aeroportos: 5480-6111 Buetur (assistência ao turista): 0800 999 283887 Auxílio à lista: 110 Hora certa: 113 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Links uteis: OS LINKS ESTÃO NO PRIMEIRO COMENTÁRIO DO VÍDEO. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Se quiser qualquer informação sobre a viagem, será um prazer ajudar. Para acompanhar todas as fotos dessa trip espetacular entre no meu instagram: @mathverdan ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Gostou do Vídeo? Deixe aquele LIKE, não esqueça de COMPARTILHAR com seus amigos. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
- argentina
- documentos para argentina
- (e 4 mais)
