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Itinerário: Bangcoc (Tailândia), Siem Reap (Camboja), Battambang, Phnom Penh, Kampot, Sihanoukville, Koh Rong Samloem, Sihanoukville (Camboja), Trat (Tailândia), Ayutthaya, Chiang Mai, Chiang Rai, Bangcoc Período: 22/04/2025 a 13/06/2025 (49 dias de usufruto, sendo 21 dias na Tailândia e 28 dias no Camboja, acrescidos de 1,5 dias de ida e 2 dias de volta) Câmbio: Taxa de Câmbio Média, só usando cartão Wise para saques e compras, sem considerar tarifas: R$ 1 = 5,70 bahts tailandeses (THB) R$ 1 = 691,34 riels cambojanos (KHR) 1 US$ = R$ 5,8071 Gastos: Gasto Total: R$ 11.703,40 Gasto na Tailândia: R$ 1.508,48 - Média Diária: R$ 71,83 Gasto no Camboja: R$ 2.464,59 - Média Diária: R$ 88,02 Gasto Total no Exterior: R$ 3.973,07 - Média Diária: R$ 81,08 Gasto no Brasil: R$ 41,05 Gasto com tarifas de conversão de moeda: R$ 122,24 Gasto com Passagens Aéreas: R$ 7.567,04 Voo: Ida: Voo de Fortaleza a Bangcoc com escala em Paris Volta: Voo de Bangcoc a Fortaleza com escala em Paris. Companhia Aérea: Air France - https://wwws.airfrance.com.br Viagens de Longa Distância: - Bangcoc (Tailândia) a Siem Reap (Camboja) de vans por R$ 149,15, com duração de cerca de 8h, incluindo os trâmites de imigração para entrada no Camboja - Siem Reap a Battambang de van pela Siem Reap Angkor Express por R$ 46,29, com duração de cerca de 3h. - Battambang a Phnom Penh de van pela Vireak Buntham Express (https://vireakbuntham.com) por R$ 46,46, com duração de cerca de 5h. - Phnom Penh a Kampot de van pela Ekareach Express (https://www.redbus.com.kh/bus-tickets/operators/ekareach-express) por R$ 30,20, com duração de cerca de 3h30. - Kampot a Sihanoukville de trem pela Royal Railway Cambodia (https://royalrailway.easybook.com) por R$ 36,16, com duração de cerca de 2h. - Sihanoukville a M’Pai Bay em Koh Rong Samloem (ida e volta) de lancha pela Buva Sea (https://buvasea.com) por R$ 145,18, com duração de cerca de 30 minutos cada trecho. Na volta a lancha da Buva Sea quebrou e a viagem foi feita pela GTVC Speedboat (https://www.gtvcspeedboatcambodia.com). - Sihanoukville (Camboja) a Trat (Tailândia) de ônibus (VET Airbus Express) pela Vireak Buntham Express (https://vireakbuntham.com) até a fronteira e depois de van até Trat por R$ 119,05, com duração total de cerca de 7h. - Trat (Tailândia) a Bangcoc de ônibus com passagem comprada na rodoviária de Trat por R$ 50,88, com duração de cerca de 5h30 - Bangcoc a Ayutthaya de trem pela State Railway of Thailand (www.railway.co.th) por R$ 3,51, com duração de cerca de 1h. Como o website não estava funcionando quando escrevi o relato, coloco um alternativo, mas que cobra preços maiores pelas mesmas passagens - https://12go.com/pt. - Ayutthaya a Chiang Mai de trem pela State Railway of Thailand (www.railway.co.th) por R$ 38,77, com duração de cerca de 13h. Como o website não estava funcionando quando escrevi o relato, coloco um alternativo, mas que cobra preços maiores pelas mesmas passagens - https://12go.com/pt. - Chiang Mai a Chiang Rai de ônibus pela Green Bus (https://web.greenbusthailand.com) por R$ 34,39, com duração de cerca de 3h30. - Chiang Rai a Chiang Mai de ônibus pela Green Bus (https://web.greenbusthailand.com) por R$ 35,26, com duração de cerca de 3h30. - Chiang Mai a Bangcoc de trem pela State Railway of Thailand (www.railway.co.th) por R$ 40,35, com duração de cerca de 13h. Como o website não estava funcionando quando escrevi o relato, coloco um alternativo, mas que cobra preços maiores pelas mesmas passagens - https://12go.com/pt. Paradas: 24/4 a 29/4 - Bangcoc, capital da Tailândia: 4,5 dias 29/4 a 07/5 – Siem Reap, Camboja: 7,5 dias 07/5 a 10/5 – Battambang, Camboja: 2,5 dias 10/5 a 15/5 – Phnom Penh, capital do Camboja: 4,5 dias 15/5 a 18/5 – Kampot, Camboja: 3 dias 18/5 a 22/5 - Sihanoukville, Camboja: 4 dias 22/5 a 26/5 - Koh Rong Samloem, Camboja: 3,5 dias 26/5 a 27/5 - Sihanoukville, Camboja: 1 dia 27/5 a 29/5 - Trat, Tailândia: 1,5 dia 29/5 a 02/6 - Ayutthaya, Tailândia: 4 dias 03/6 a 06/6 – Chiang Mai, Tailândia: 3 dias 06/6 a 09/6 – Chiang Rai, Tailândia: 2,5 dias 09/6 a 10/6 – Chiang Mai, Tailândia: 0,5 dia 10/6 a 12/6 - Bangcoc, capital da Tailândia: 1,5 dia Hospedagens: - Bangcoc: JC home 刘 先 生 - https://www.booking.com/hotel/th/jchome.pt-br.html – Diária média de R$ 27,81. - Siem Reap: Sky Bar Capsule Hostel - https://www.booking.com/hotel/kh/backpackers-sky-bar-pub-street-and-capsule.pt-br.html – Diária de R$ 11,61. - Siem Reap: Platinum Haven Hostel - https://www.booking.com/hotel/kh/platinum-haven-boutique.pt-br.html – Diária média de R$ 10,49. - Battambang: Social Backpacker Hostel - https://www.booking.com/hotel/kh/the-real-place-hostel.pt-br.html - Diária de R$ 20,32. - Phnom Penh: Kn Hostel & Coffee - Spa - https://www.booking.com/hotel/kh/kn-hostel-amp-coffee-spa-phnom-penh.pt-br.html – Diária de R$ 28,93. - Kampot: Monkey Republic - https://www.monkeyrepublickampot.com/ – Diária de R$ 23,14. - Sihanoukville: Onederz - https://onederz.com/sihanoukville/index.html – Diária média de R$ 30,41. - Koh Rong Samloem: The Cliff Hostel - https://www.booking.com/hotel/kh/the-cliff-hostel.pt-br.html – Diária média de R$ 25,31. - Trat: NP Guesthouse - https://www.booking.com/hotel/th/np-guesthouse.pt-br.html – Diária de R$ 26,32. - Ayutthaya: Zleepinezz Hostel - https://www.facebook.com/zleepinezzayutthaya – Diária de R$ 43,98. - Chiang Mai: DD&B Hostel - https://www.booking.com/hotel/th/chiangmai-by-dd-amp-b-hostel.pt-br.html – Diária média de R$ 16,43 - Chiang Rai: Adchara Mansion - https://www.facebook.com/AdcharaMansion – Diária de R$ 18,95. Principais Atrações Visitadas (as sem preço foram gratuitas, salvo menção em contrário): Bangcoc: - Monumento à Democracia - Templos próximos à Rua Khao San - Rua Khao San e arredores - Museu Bang Lamphu (https://museumthailand.com/en/museum/Pipit-Banglamphu-Museum) e Fortaleza Phra Sumen associada - Forte Phra Sumen (https://audiala.com/pt/tailandia/banguecoque/forte-phra-sumen) e parque associado - Rio Chao Phraya - Galeria Nacional e Templo Pho somente por fora, sem entrar - Santuário do Pilar da Cidade (https://bangkokcitypillarshrine.com) - Sede da Meditação Internacional Budista (https://watmahathat.org) - O Grande Palácio e agregados (https://www.royalgrandpalace.th) - R$ 87,74 - Museu Nacional (https://www.museumthailand.com/en/museum/National-Museum-Bangkok-Phranakorn) - R$ 35,41 - Templo Arun, Templo Suthat, Templo Kanlayanamit por fora - Templo Prayurawongsawat (https://bkkthailand.com/wat-prayoon) - O Monte Dourado (https://www.tourismthailand.org/Attraction/wat-saket-and-the-golden-mount) – R$ 17,55 - Templos tailandeses, chineses, hindu e sikhi - Igreja Católica de Santa Cruz (https://www.thailandee.com/en/visit-thailand/santa-cruz-church-bangkok-540) - Monumento Giant Swing (https://www.nationthailand.com/life/art-culture/40052390) - Parque Rommaninat (https://thailandlife.info/rommaninat-park-bangkok) - Mercado de Flores (https://www.thatbangkoklife.com/bangkok-flower-market) - Palácios de Entidades Públicas e Governamentais - Forte Mahakan (https://seajunction.org/gallery/glimpses-of-southeast-asia/people-mahakan-fort) e parque lateral - Ministérios e similares, estádio de Muay Thai, edifícios das forças armadas e outros prédios públicos na Avenida Ratchadamnoen - Estátua do Rei Rama em frente ao Palácio Dusit - Templo Hindu Benchamabophit (https://www.tourismthailand.org/Attraction/wat-benchamabophit) - (este era pago, mas eu acabei não pagando) - Templo Ratchanatdaram Worawihan incluindo Templo do Castelo de Metal (Loha Prasat) (https://thisisbangkok.com/see-and-do/religious/buddhist-temples/wat-ratchanatdaram) - Museu do Poeta Sunthon Phu (https://www.museumthailand.com/en/museum/Info-Sunthon-Phu-Museum-Wat-Thepthidaram) - Sala de Teatro Real Chalermkrung (https://www.salachalermkrung.com) - Monumento e templos budistas e chineses em Chinatown - Estação de trem Hua Lamphong - Parque Lumphini (https://www.tourismthailand.org/Attraction/lumpini-park) - Parque Saranrom (https://www.tourismthailand.org/Attraction/saranrom-park) - Mercados populares - Santuário de Erawan (https://www.erawanbangkok.com/erawan-shrine) - Estádios esportivos - Estádio nacional Siem Reap: - Hospital Angkor para Crianças (AHC) (https://angkorhospital.org) - Templos budistas - Rio Siem Reap, calçadas e estabelecimentos laterais - Museu Nacional Angkor por fora (https://angkornationalmuseum.com) - Igreja Católica de São João - Mercados típicos locais - Pub Street - Parque do Patrimônio Histórico Mundial Angkor (https://www.angkorenterprise.gov.kh), (https://apsaraauthority.gov.kh/temples-new) - R$ 418,11 - Angkor Wat - Angkor Thom - Templo Bayon - Templo Baphuon - Terraço do Rei Leproso - Terraço dos Elefantes - Portão da Vitória (Leste) e Portão do Sul - Templo Ta Keo - Templo Ta Prohm - Templo Neak Poan ou Pean - Templo Preah Khan - Outros templos e atrativos naturais do Parque Angkor - Templos e atrativos naturais no caminho para os sítios de Angkor - Templo de Banteay Srei, exposições e áreas naturais anexas - Templo de Banteay Samre - Museu das Minas Terrestres, somente a parte externa (https://www.cambodialandminemuseum.org) - Templo de Bakong - Templo de Preah Ko - Templo de Lolei e mosteiro budista anexo - Outros templos históricos e monumentos do Grupo de Roulos do parque histórico - Mosteiros no caminho para o Grupo de Roulos do parque histórico - Centro de cerâmica e artes finas (https://www.khmerceramics.com) Battambang: - Monumentos, praças, parques, rio, mercado municipal e a casa dos governantes por fora na área central e turística - Templo do Elefante Branco (https://guiaportuguesdeangkorwat.com/temple-detail.html?name=wat-tahm-rai-swa-white-elephant-pagoda-battambang) - Templo Bahai (https://www.bahaiblog.net/video/holy-places/virtual-tour-of-local-house-of-worship-in-battambang-cambodia) - Templo Banan (https://www.asiakingtravel.com/attraction/wat-banan) - R$ 11,57 - Templo de Phnom Sampov (https://helloangkor.com/attractions/phnom-sampov-v) - Cavernas dos morcegos - Templo EK Phnom e pagoda ao lado (https://helloangkor.com/attractions/ek-phnom-v) - Museu da Tortura, campos de matança, pagoda com centro operacional do Khmer Vermelho - Templo Baset (https://helloangkor.com/attractions/basaet-pr) - Templos budistas nos caminhos para as atrações Phnom Penh - Museu do Genocídio Tuol Sleng (https://tuolsleng.gov.kh/en) - R$ 30,38 - Templo Langka (https://angkorfocus.com/phnom-penh-tourist-attractions/wat-langka-phnom-penh.html) - Vários outros templos budistas - Jardins, estátuas, monumentos, praças, parques, estação de trem, mercado central, embaixadas, universidades e prédios públicos - Rios - Templo Botum (https://helloangkor.com/attractions/botum-vodei-v) - Palácio Real e Pagoda de Prata (https://en.wikipedia.org/wiki/Royal_Palace_of_Cambodia) - R$ 57,86 - Templo Sarawan (https://en.wikipedia.org/wiki/Wat_Saravan) - Templo Ounalom (https://helloangkor.com/attractions/unnalom-v) - Sítio Histórico e Cultural do Templo Phnom (https://helloangkor.com/attractions/phnom-v) - R$ 5,79 - Centro de Genocídio (Campos de Extermínio ou da Morte) Choeung EK (https://www.responsibletravel.com/holidays/cambodia/travel-guide/the-killing-fields) – R$ 17,36 - Estádio olímpico - Museu Nacional do Camboja (https://www.cambodiamuseum.info) – R$ 59,31 - Instituto Francês do Camboja (https://www.ifcambodge.com) - Biblioteca nacional - Estádio militar - Parque da Liberdade Kampot: - Centro histórico - Rio, sua orla e suas praias - Praças, monumentos, construções, parques, templos, estádio, mercados, estação de trem, lago urbano - Parque Nacional Bokor (templos, monumentos, construções, áreas naturais) (https://southeastasiabackpacker.com/destinations/cambodia/bokor-national-park) Sihanoukville - Parque da Independência - Templo Leu (https://www.asiakingtravel.com/attraction/wat-leu) - Parque Nacional Ream (trilhas, monumentos, árvore gigante milenar, praias) (https://packtolife.com/travel-guide-visit-ream-national-park) - Templo Ream e anexos (https://wats.sihanoukville-cambodia.com/mainpages/wat-ream3.html) - Templo Krom (https://visitlocaltravel.com/blog/wat-krom-temple-sihanoukville-attraction) - Monumento da Vitória - Monumento do casal de leões - Praias - Igreja cristã ortodoxa - Igreja de São Michael (https://www.wikiwand.com/en/articles/St._Michael's_Church,_Sihanoukville) - Oratório de Yeay Mao Koh Rong Samloem - Baía de M’Pay - Cachoeira Little Waterfall - Praia da Baía Clear Water - Outras praias perto da Baía de M’Pay - Baía de Saracen - Praia Sunset - Praia Lazy - Farol na região da Baía de Saracen Trat: - Templo chinês - Templos budistas, um com carpas - Paço municipal, museu, estádio, universidade, lago, canal - Praça central em frente ao paço municipal - Jardim botânico (https://evendo.com/locations/thailand/trat/attraction/trat-provincial-botanical-garden) - Templo Bupharam (https://www.thailandtourismdirectory.go.th/en/attraction/101586) - Povoado de Ban Nam Chiao (https://www.tourismthailand.org/Attraction/ban-nam-chiao-community) - Ponte, templo chinês, mesquita, templo budista, rio e comunidade de Ban Nam Chiao Ayutthaya: - 6 Templos (Phra Ram, Phra Si Sanphet, Maheyong, Chaiwatthanaram , Ratchaburana e Mahathat) do Parque Histórico (https://ayutthaya-history.com/historical-park.html) – Cada um custou R$ 14,04, totalizando R$ 84,23 - Outros templos, monumentos, casa típica, local com elefantes, ruínas, riachos com pontes, lago com plantas e flores aquáticas no parque histórico - Templos, mosteiros, monumentos, represa, ruínas e atrativos fora do parque histórico - Rio e sua orla - Cidade dos elefantes - Entrada do mercado flutuante - Complexo do Templo e Mosteiro Maheyong (https://watmahaeyong.or.th) - Templo Yai Chaya Mongkol (https://www.ayutthaya-history.com/Temples_Ruins_YaiChaiMongkhon.html) – R$ 3,51 - Templo Phanan Choeng Worawihan (https://www.ayutthaya-history.com/wat-phanan-choeng.html) - Pavilhão dos Elefantes e praça na entrada - Igreja de São José (https://www.ayutthaya-history.com/Historical_Sites_StJosephChurch.html) - Forte Pom Phet (https://ayutthaya-history.com/pom-phet.html) Chiang Mai - Templo Rajamontean (https://forevervacation.com/chiang-mai/wat-rajamontean-temple) - Templos, parque, museu, partes das ruínas da muralha e monumentos da Cidade Murada - Templos e monumentos fora da Cidade Murada - Templo Chedi Luang Worawihan (https://www.chiangmaitraveller.com/wat-chedi-luang) – R$ 8,77 - Templo Phra Singh Woramahaviharn (https://www.chiangmai-alacarte.com/blog/wat-phra-singh) – R$ 8,77 - Templo Chet Yot (https://www.chiangmai-alacarte.com/blog/wat-chet-yot) - Mercados noturnos e arredores - Ringue de box tailandês - Templo Suan Dok (https://doorswindowsblog.wordpress.com/wat-suan-dok-chiang-mai) - Templo Umong (https://www.watumong.org) - Baan Kang Wat (https://www.facebook.com/Baankangwat) - Templo Ram Poeng (Tapotaram) (https://www.watrampoeng.com) - Universidade - Templo Phra Lat (https://gotothailand.com/wat-pha-lat-chiang-mai) - Templo Phra That Doi Suthep (https://www.chiangmaitraveller.com/doi-suthep-temple) Chiang Rai - Templos, praças, parque, monumentos e bazares noturnos - Torre do Relógio e Antiga Torre do Relógio - Templo Jed Yod (https://www.chiangmai-alacarte.com/blog/chiang-rai-wat-jet-yod-the-temple-of-seven-spires) - Templo Phra Kaew (https://mychiangmaitour.com/wat_phra_kaew_chiang_rai) - Templo Azul (https://www.chiangmai-alacarte.com/blog/wat-rong-suea-ten-the-blue-temple) - Templo e Complexo da Deusa da Graça ou Compaixão Chia (Templo Huay Pla Kang) (https://www.mundoasiatours.com/pt/destination/wat-huay-pla-kang) - Rio - Templo Branco (https://www.asiatica-travel.com.br/blog-viagem/wat-rong-khun.html) – R$ 17,55 - Arboreto Pong Sali e floresta urbana associada Espetáculos ou Cerimônias Vistos: Bangcoc: - Banda no jardim do Museu Nacional - Grupo de música no jardim do Museu Nacional - Teatro no jardim do Museu Nacional - Khon, dança clássica tailandesa com máscaras (https://www.royalgrandpalace.th/en/attraction/khon) - Meditação no Templo Prayurawongsawat - Danças e rituais no Santuário de Erawan Siem Reap e Arredores: - Ritual mântrico no anexo ao Templo Histórico de Lolei Phnom Penh: - Celebrações do Vesak, dia em que se comemora o nascimento, iluminação e descanso final de Buda, visto no Templo Langka (https://pt.wikipedia.org/wiki/Vesak) - Mantras em templo budista Ayutthaya - Cerimônia budista no Templo Phanan Choeng Worawihan Chiang Mai - Ritual de meditação com mantras no Templo Ram Poeng (Tapotaram) Chiang Rai - Show de música, imagens e luzes da Torre do Relógio Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o roteiro, preços, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar importantes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os pagos, os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em quase toda a viagem houve bastante sol. Houve várias pancadas de chuva isoladas geralmente nos fins de dia. Houve dias com chuva intermitente no litoral do Camboja. Em alguns locais houve raios, mas somente uma vez próximos a mim. As temperaturas estiveram bem razoáveis (para um paulistano), variando de 20 C a mais de 30 C. Somente no alto de uma montanha, creio que a temperatura caiu abaixo de 20 C, o que até me agradou, pois relembrou-me do clima mais ameno 😄. Gostei muito das atrações religiosas, históricas, culturais e tradicionais. Gostei também das praias, das florestas e das montanhas . Usei bastante o Chat GPT para descobrir as atrações das regiões. Usei também bastante o Google Maps, após configurar a opção de navegação offline, para encontrar caminhos e atrações, mesmo sem acesso à internet. Em Bangcoc vário/as atendentes e pessoas na rua usaram aplicativos em seus celulares para traduzir o que eu perguntava para sua língua e me dar as respostas. Isso funcionou muito bem 👍. Lembrando das minhas viagens há tempos atrás, percebi como a tecnologia tornou muito mais fácil algumas situações. Fiquei profundamente impactado em ver o genocídio cometido durante o período do khmer Vermelho 😧. É muito diferente ler e ver em livros, filmes e notícias e testemunhar no próprio local as pessoas reais e sua histórias. As fotos que coloco aqui têm o único objetivo de mostrar toda a brutalidade do ocorrido. Quem não se sentir bem vendo-as, sugiro pular as partes em que eu disser que estão a seguir. Não tive nenhum problema com minas terrestres no Camboja, que era algo que me preocupava antes da viagem, dado que gosto muito de andar a pé, às vezes por áreas naturais e desabitadas. Peguei mangas 🥭 no chão em vários locais. A maioria estava uma delícia. Achei US$ 0.50 na praia. Gostei muito da comida, mas fui pouco a restaurantes. Sou vegetariano quando viajando e tenho alimentação vegana em casa. Na maioria das vezes comprei almentos em mercados, feiras ou barracas de rua e fiz as refeições onde estava hospedado. Geralmente era arroz e/ou pão com legumes e frutas e, às vezes, verduras. No início não descobri em Bangcoc locais onde comprar alimentos vegetais a preço aceitável, e também não encontrei alimentos proteicos a preços que considerasse aceitáveis em quase toda a viagem, o que acho que contribuiu para eu perder uns 5 kg (talvez até mais no pico), sendo que eu não tinha este peso para perder 😄. A população de uma maneira geral foi cordial e gentil . No Camboja, em especial, o tratamento foi muito fraterno. Houve raras exceções, geralmente ligadas a estabelecimentos privados, quando imagino que acharam que eu, como mochileiro e andarilho, não estava a altura deles nem de seus clientes 😄. A viagem no geral foi tranquila. Não tive nenhum problema de segurança, nem nas grandes cidades, mesmo voltando a pé à noite de várias atrações. Achei ambos os países muito seguros. Houve um incidente entre militares do Camboja e da Tailândia um dia depois de eu cruzar a fronteira de volta para a Tailândia, o que fez com que a fronteira ficasse fechada por alguns dias, até onde eu soube. Depois houve até ameaça de guerra. Surpreendente ver como dois povos tão gentis poderiam chegar a um ponto destes. Alguns estabelecimentos aceitavam cartão de débito, mas vários com acréscimo. Fiz saques em caixas eletrônico obtendo diretamente as moedas locais. No Camboja aceitavam dólares para tudo. Meus gastos na Tailândia, já convertidos em reais, foram R$ 229,43 com alimentação, R$ 545,83 com hospedagem, R$ 21,58 com transporte local, R$ 352,35 com transporte de longa distância, R$ 263,52 com atrações, R$ 18,16 com outros gastos e R$ 77,21 com tarifa de dois saques no caixa eletrônico. No Camboja foram R$ 456,04 com alimentação, R$ 616,58 com hospedagem, R$ 157,66 com transporte local, R$ 423,33 com transporte de longa distância, R$ 600,37 com atrações, R$ 174,21 com o visto de 30 dias e R$ 36,40 com tarifa de um saque no caixa eletrônico. Além disso, gastei R$ 122,24 com tarifas de conversão de moedas e IOF. O gasto com compra de alimentos para viagem e após retorno ao Brasil foi de R$ 18,45 e o gasto com transporte entre o aeroporto e minha casa no Brasil foi de R$ 22,60. Mas considere que eu sou bem econômico. A Viagem: Minha viagem foi de Morro Branco, Beberibe, Ceará, a Bangcoc na 3.a feira 22/04/2024 pela Air France. Peguei uma carona com minha vizinha Pamela, que estava indo para Fortaleza e me deixou no aeroporto. Comprei um pacote de bolachas no Atacadão, em frente ao aeroporto, para comer no almoço durante a escala em Paris, pois imaginei que os preços lá seriam muito altos. O voo foi dentro do horário, estando previsto para sair às 19h35 e chegar às 9h20 de 4.a feira, com duração de 8h45. O voo foi tranquilo, mas passei um pouco de frio devido ao ar condicionado. Conheci um rapaz de Natal que trabalhava em Budapeste, na Hungria, na área de informática. Ficou um tempo trabalhando remotamente, mas tinham pedido para ele voltar ao presencial. Dado que não estava na janela nem consigo dormir em aviões, aproveitei para assistir três filmes biográficos de Oppenheimer, do General Charles De Gaulle e de Edith Piaf, contando os dois trechos de voo. Na 4.a feira 23/4, na fila inicial de triagem, um agente de segurança francês abordou-me e pediu para ver meus documentos. Verificou tudo, tratou-me bem e continuei na fila, que demorou um pouco. Passei pela triagem e fui para o interior do terminal, apreciando os quadros no caminho. Estava chovendo em Paris. Isso frustrou minha intenção de dar um passeio em Le Mesnil-Amelot, povoado que fica ao lado do aeroporto. Dada a situação, fui procurar alternativas a visitar no próprio aeroporto, que era enorme. Visitei a exposição no Museu do terminal 2E-M, o espaço de observação e relaxamento onde havia a escultura “O Farol”, exibida a seguir, e algumas outras atrações do aeroporto, como exposições e áreas comerciais. Almocei o pacote de bolachas cream cracker comprado no Brasil. O voo para Bangcoc foi tranquilo com câmera de bordo que permitia ver a paisagem à frente e atrás do avião. O voo foi dentro do horário, estando previsto para sair às 16h45 e chegar às 9h15 de 5.a feira, com 11h30 de duração. Novamente aproveitei para assistir filmes, conforme citado antes. Na 5.a feira 24/4, após desembarcar, passei pela imigração, onde me pediram para verificar meu certificado internacional de vacinação contra febre amarela no setor de saúde. Após a verificação, entrei na Tailândia sem problemas, tendo sido bem tratado no processo. Brasileiros não precisavam de visto. Fui então buscar informações gerais. Havia várias ATMs e procurei uma que tivesse taxa menor, sem sucesso. Todas tinham taxa para saque de cerca de R$ 37,88, o que achei muito alto. Mesmo assim, como eu precisava de dinheiro em espécie para comprar o bilhete de metrô que me levaria até perto de onde eu ficaria, saquei no aeroporto mesmo. Peguei o trem, que achei muito bom e fui observando a paisagem. Chamou-me a atenção como a cidade era bela, enorme, com muitos prédios altos e aparentemente linda, sem a quantidade de poluição a que estava acostumado em São Paulo. Após descer na última estação daquele ramal do trem, Phaya Thai, andei cerca de 4 km até o hostel. Chamaram-me atenção as avenidas largas arborizadas e alguns ministérios e palácios no caminho. No fim, acabei me perdendo um pouco e duas moças ajudaram-me localizando o hostel pelo celular. Receberam-me bem no hostel, que ficava próximo à Rua Khao San. Após instalar-me saí para dar uma volta e conhecer os arredores, apesar de cansado e com sono pela viagem. Visitei templos próximos e o Monumento à Democracia, cuja foto coloco a seguir. Visitei também a própria Rua Khao San e arredores, onde havia muitos estrangeiros, bares, estabelecimentos de entretenimento e demais serviços para turistas e viajantes. Na Tailândia a cannabis estava liberada, então havia vários pontos que forneciam vários produtos referentes a ela. Depois voltei para o hostel e conheci alguns colegas de quarto, dois chineses, um tailandês e um russo. Já havia conhecido antes um indiano. O hostel aparentemente era dirigido por chineses e tinha vários trabalhadores vindos de Myanmar. Deixaram-me usar a mesa do restaurante para minhas refeições compradas em mercados e aparentemente o patriarca deu-me uma Coca-Cola em lata de brinde 👍. Jantei arroz com vegetais, comprados num dos mercados 7Eleven próximos e em barracas de rua. Já no quarto, solicitei e paguei o visto online para o Camboja. O sono foi bom, apesar do ar condicionado forte. Na 6.a feira 25/4 os funcionários do hostel gratuitamente encheram minha garrafa de água potável. Visitei dois templos nos arredores pela manhã, um pequeno museu local e depois fui para o forte, com uma bela praça ao redor, e o rio, de onde tirei as fotos a seguir. Passei na Galeria Nacional, sem entrar. Fui ao Museu Nacional, Grande Palácio e Templo Pho sem entrar. Passei também no Santuário do Pilar da Cidade. Entrei em outros templos. Entrei na sede da Meditação Internacional. Segue foto de um templo do seu complexo. Durante o dia um rapaz emprestou-me uma garrafa pequena vazia para eu encher e beber no ponto de recarga na passagem subterrânea para o Grande Palácio. Devolvi embora ele dissesse que não precisava. Vi ensaio e depois espetáculo de banda local, que apresentou muitas piadas em tailandês que não pude entender. Jantei vegetais novamente numa mesa do restaurante, tendo sofrido um pouco ao tentar descascar mangas com uma faca sem corte emprestada pelos funcionários. No hostel funcionários encheram novamente minha garrafa de água potável. Já quando muitos estavam no quarto, o dono do hostel entrou e pediu para tirar sapatos e mochilas do quarto e deixar nos engradados externos, para não gerar odor. O nosso quarto do dormitório tinha ficado cheio, com várias pessoas de diferentes nacionalidades, Israel, EUA, Paquistão e outras. No sábado 26/4, após o café da manhã com pães, mangas e bananas, tendo aberto as mangas com os dentes, dado que os funcionários ainda não estavam lá para eu pedir a faca, levei uma garrafinha de água para reabastecer ao longo do dia e fui visitar o Templo do Buda Esmeralda e o Grande Palácio. Havia muita gente, a maioria acho que eram estrangeiros. Gostei do templo e associados, porém achei o preço desproporcional ao das outras atrações, principalmente porque os prédios do Grande Palácio estavam fechados. Demorei algumas horas na visita, porém considere que sou muito lento e detalhista. Seguem fotos do templo Tinha tanta gente que quase não encontrei meus chinelos e boné após sair do templo principal. Depois fui visitar o Museu Nacional, onde fiquei cerca de 4 horas, dado o número de salas e anexos e dada minha lentidão. Também gostei muito 👍. No fim do dia houve um espetáculo de música no jardim no Museu Nacional, posto que era uma semana de comemorações. Achei muito interessante. O jardim estava lotado. Jantei arroz, pão, pepino e mangas e já no quarto vi que meu pedido de visto para o Camboja tinha sido aprovado. Conversei com o chinês Niger, que pela primeira vez saía da China. Conversamos sobre nossas viagens, a China, o mundo, e descobri que ele precisou fazer uma entrevista com um agente do governo antes de viajar e justificar porque desejava conhecer outros países. Teve a maioria dos destinos aprovada, mas negaram sua ida para conhecer as Filipinas e ele não tinha entendido porque. No domingo 27/4 tentei logo de manhã comprar passagem para Siem Reap, no Camboja, pesquisando preços. O mais baixo foi em um agente de viagem na Rua Khao San. Mas resolvi esperar, posto que o ingresso para O Grande Palácio incluía um espetáculo de teatro, que só ocorria de 2.a a 6.a feira e que precisava ser visto no limite de uma semana. Assim sendo, imaginei que poderia pesquisar mais na 2.a feira, com mais estabelecimentos abertos. Visitei vários templos, incluindo tailandeses budistas, chineses budista e não budista, hindu, sikhi e igreja cristã, alguns somente por fora. No Templo do Monte Dourado fiquei contemplando a vista da cidade por bastante tempo. No templo sikhi precisei cobrir a cabeça com um lenço e ganhei doce, como é costume deles. No templo hindu assisti parte de uma apresentação. No templo Prayurawongsawat houve meditação e ainda assisti o fim de uma apresentação da comunidade. Visitei também o monumento Giant Swing, o Parque Rommaninat e por fora palácios de governo. No início do caminho descobri um restaurante vegano e perto do fim cruzei uma ponte antiga sobre o Rio Chao Phraya, de onde tirei esta foto. Retornando passei rapidamente pelo mercado de flores, mas mesmo assim pude apreciar como eram belas as flores locais, algumas das quais eu não conhecia bem. No fim do dia voltei ao Museu Nacional para assisitr um espetáculo de teatro, que encerrava a semana de comemorações. Durante o jantar conversei com rapaz que trabalhava no hostel. Ele contou que era de Myanmar e falou sobre a situação de guerra no país. Falou que não desejava ingressar no exército e por isso teve que interromper seu curso de Ciência da Computação e vir para Tailândia. Uma amiga dele fez o mesmo. Novamente à noite houve bastante conversa no quarto, desta vez um americando juntou-se a Niger, que partiria no dia seguinte. Estendi a minha estadia no hostel por mais um dia. Na 2.a feira 28/4 fui logo de manhã ao agente autônomo na Rua Khao San para comprar a passagem para Siem Reap. Depois fui conhecer algumas outras atrações antes de ir ver o espetáculo de teatro incluído no ingresso de O Grande Palácio. Visitei o Forte Mahakan e o parque ao lado, lateral a um pequeno curso de água. Depois passei pela avenida onde havia ministérios e similares, estádio de Muay Thai, edifícios das forças armadas e outros prédios públicos, que parcialmente eu havia percorrido na chegada, e cheguei até a estátua do Rei Rama em frente ao Palácio Dusit, cuja foto está a seguir. Pensei que poderia ir até o parque no palácio, mas seguranças sinalizaram para eu voltar. Saindo de lá fui ao Templo Benchamabophit, de linha hindu. Como entrei pela porta secundária, não vi que era cobrado ingresso. Só percebi quando tinha saído pela outra avenida, onde era a entrada principal. Voltei para ir ao teatro, mas como tinha atrasado para o primeiro horário do espetáculo, resolvi conhecer outros templos e o museu de um poeta. Depois cheguei à Sala de Teatro Real Chalermkrung. Achei-a muito bela e aproveitei para conhecer o teatro por dentro e por fora. O espetáculo de teatro era Khon, dança clássica tailandesa com máscaras, sobre provavelmente a versão tailandesa do Ramayana. Tinha legendas em inglês e chinês. Segue uma foto dele. Depois da peça fui a Chinatown. Visitei um monumento e vários templos, alguns budistas e outros chineses, porém não entrei no templo do maior Buda de ouro. Achei bela a estação de trem Hua Lamphong, cuja foto coloco a seguir. Depois fui ao Parque Lumphini, de que gostei bastante 👍. Um lagarto 🦎 cruzou minha frente quando eu caminhava na pista. Na volta ainda entrei e dei uma volta no Parque Saranrom. Jantei arroz, mangas, pão e vegetais e antes de dormir despedi-me de todos. Na 3.a feira 29/4 acordei 5h40, tomei café da manhã e cheguei 7h20 para pegar a van para Siem Reap. O agente de turismo havia me pedido para chegar por volta de 7h45, pois a saída seria por volta de 8h. Mas atrasaram. Eu fiquei esperando. Nisso chegou uma japonesa que havia comprado a passagem online e também iria pegar o transporte ali na Rua Khao San. Falei com ela e ela foi um pouco à frente verificar se encontrava sua van ou ônibus. Pouco depois das 8h o agente chegou para trabalhar. Fui ao encontro dele e ele disse que iria ver o que tinha ocorrido. Ligou para os responsáveis e disse que viriam em breve. Por volta de 8h45 chegou o motorista de um carro dizendo para eu embarcar que iria me levar até a van. Agradeci ao agente e fomos. O carro era muito bom, aparentemente novo, confortável e de 4 portas. Porém, pouco depois de sairmos ele disse que precisávamos voltar, pois havia mais um passageiro. Chegando de volta, vi que a passageira era a japonesa, que não tinha conseguido contato com quem havia reservado e tinha decidido ir conosco. Perguntei e ela confirmou que tinha perdido o dinheiro pago pela passagem online. Fomos procurar um caixa eletrônico, dado que ela não tinha dinheiro em espécie. Após sacar, ela pagou ao motorista diretamente, deixamos o agente de volta na Rua Khao San, pois havia embarcado conosco para acompanhar o pagamento, e fomos até uma espécie de estação, onde estavam vans para viagens. A van em que iríamos pareceu bem confortável e iria com mais 5 ou 6 pessoas. Partimos perto de 9h40. A estrada tinha muitas indústrias no começo, perto de Bangcoc, e depois bastante área verde. Paramos uma vez para ir ao banheiro e comer, onde comprei bananas. Chegamos na fronteira perto de 13h15. Os agentes de viagem tiraram uma foto nossa, pois as pessoas do outro lado que iriam nos levar identificavam-nos por fotos. Era necessário imprimir duas cópias do visto, como diziam as instruções do site oficial, em que eu não acreditei muito. Um soldado dispôs-se a fazer, mas cobrou R$ 17,55 em algo que teria custado cerca de R$ 3,51 em Bangcoc. Após encontrar a pessoa que iria nos levar até a van do outro lado, acompanhamo-lo até lá, onde esperamos cerca de meia hora ou talvez um pouco mais. A van era um pouco inferior à anterior, mas nada absurdo. Fomos somente eu e a japonesa. A van nos deixou a 2,5 km do centro. Pedi para a japonesa traçar a rota até a pousada em eu que pretendia ficar no celular e tirei uma foto do caminho. Fui andando. Um motorista de tuc tuc que esperava pelos passageiros da van ficou decepcionado com isso. Tive dificuldades para encontrar o hostel, pois havia mudado de nome e eu errei o final do caminho, dado que a foto era só da primeira parte do caminho. Encontrei depois de algum tempo, após perguntar a algumas pessoas, quando estava quase desistindo. O dono era espanhol e se chamava Javier. Saquei dinheiro local, jantei pizza e colhi informações para visita a Angkor Wat. Já no quarto achei o colchão muito fino, parecendo um colchonete para fazer atividades físicas. Mesmo assim, com um pouco de desconforto nas costas, consegui dormir bem. Na 4.a feira 30/4, após o café da manhã, saí para conhecer a parte central da cidade e obter informações para ir a Angkor Wat nos dias seguintes. Inicialmente visitei o Hospital Angkor para Crianças, guiado por Petra, que me apresentou detalhadamente as várias atividades e partes. Era uma instituição beneficente. Como eu estava um pouco resfriado, que acho que havia pego com uma hóspede do hostel de Bangcoc, usei máscara para não colocar os pacientes em risco. Depois visitei templos, incluindo alguns sem restauração. Num deles havia uma estupa com ossos de pessoas mortas pelo regime do Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot. Segue a sua foto. Dei um passeio ao lado do rio, que foi muito agradável e peguei informações sobre aluguel de bicicletas. Fui ao museu pedir informações sobre a visita a Angkor Wat, mas não o visitei. Alguns cachorros bravos 🐶 não me deixaram entrar na igreja católica, saindo correndo atrás de mim quando comecei a entrar. Visitei mercados locais, nos quais uma moça ofereceu-me várias opções de quadros e outros produtos. Jantei em restaurante cambojano. O resfriado estava melhorando. Comprei bananas e manga para as refeições no hostel. À noite fui dar um passeio na Pub Street, rua mais agitada da cidade, com bares restaurantes e similares. Seguem fotos dos dois lados da Pub Street. A rua era curta e ao chegar perto de seu fim alguns homens se aproximaram e perguntaram se eu desejava tuc tuc ou moças. Por mais de uma vez ao longo dos dias repetiram a pergunta, adicionando primeiro se eu desejava maconha e depois se desejava rapazes à pergunta. Diferentemente da Tailândia, a cannabis no Camboja era proibida. Na 5.a feira 01/5, após o café da manhã, fui a Angkor Wat a pé, num percurso de cerca de 6,5 km. Parte da estrada era no meio de uma floresta. Passei por vários templos no caminho. Um deles falava da história do genocídio feito pelo Khmer Vermelho. Fiquei algum tempo nele lendo os relatos e vendo as fotos. Seguem fotos de ossos e crânios de pessoas mortas pelo regime. Perto da entrada encontrei guias e validadores, que me disseram que só conseguiria comprar ingresso para um único dia com dinheiro ou cartão ali ou nos totens do escritório próximo. Esta informação estava errada. Chegando ao escritório descobri que era possível comprar os outros tipos de ingresso também. Depois de pensar e conversar com as atendentes, decidi comprar o ingresso de maior prazo, em que poderia visitar os templos por sete dias diferentes no prazo de um mês. Não me arrependi. Foi a melhor escolha para conhecer tudo o que desejava com calma. Elas me recomendaram tirar uma foto do ingresso impresso, pois se eu o perdesse, a central administrativa poderia emitir outro para mim. Seguem as fotos. Inicialmente achei os templos e construções espetaculares no meio da selva. Vários estavam em bom estado de conservação e outros não. Visitei detalhadamente. Percorri as paredes com cenas incrustadas da mitologia, remontando ao hinduísmo e ao budismo, adaptado à civilização khmer. Achei belas as vistas da floresta, do rio e dos outros monumentos a partir do alto dos monumentos. Seguem fotos de algumas delas. Achei todo o complexo magnífico e fiquei algumas horas lá. Segue a foto do interior de um templo budista anexo. Já no meio da tarde fui para Angkor Thom para conhecer os outros templos. Eram cerca de 3 km até o Templo de Bayon. Esta é a foto do pórtico de entrada com os guardiões enfileirados ao lado da ponte. Logo após entrar, segui placas indicando uma trilha ao lado do rio e no meio da selva que levava a outros monumentos, estes já em ruínas. Já perto do fim da tarde cheguei ao Templo de Bayon, o primeiro na entrada de Angkor Thom por aquele caminho. Ele era grandioso e tinha faces humanas enormes nas rochas no alto de suas paredes. Fiquei também bastante tempo nele, tanto que quando saí o dia já estava escurecendo e aí percebei que iria demorar muito mais para conhecer tudo do que havia planejado, o que me deixou feliz por ter escolhido o ingresso com maior número de dias possível. Em ambos os locais havia templos budistas nos arredores com devotos, o que fazia do local algo vivo e atual. Mesmo nos monumentos, havia locais em que devotos iam realizar suas preces e rituais. Perto do Templo de Bayon um macaco 🐒 ameaçou atacar-me, mas eu fiquei em posição de defesa e ele desistiu. Ainda pude assistir o belo pôr do sol no rio, mostrado na foto a seguir. Vi muitos visitantes ao longo do dia, em boa parte estrangeiros. E tanto antes de entrar no parque histórico como em seu interior, havia vários templos e monumentos secundários ao longo do caminho. Segue foto de Angkor Wat no entardecer. Ao fim do dia parei num restaurante na volta e jantei, depois comi uma deliciosa sobremesa ao lado, frutas com doce e gelo 😋. Já à noite, fiz novo passeio rápido na Pub Street, novamente recebendo as mesmas ofertas ao chegar perto do fim da rua. Na 6.a feira 02/5, após o café da manhã, fui a pé novamente para o parque histórico. Meu objetivo era concluir o circuito pequeno no dia, o que inicialmente eu imaginava ter concluído no dia anterior. Consegui (ou quase), mas levei o dia inteiro e quase não deu. Comecei por Baphuon. Descobri que havia muitos anexos nos arredores e procurei conhecê-los. Seguem algumas fotos desta área. Passei depois pelo Terraço do Rei Leproso, Terraço dos Elefantes e vários outros templos e construções menores. Acabei também visitando muitos outros templos e atrativos fora do circuito original. Vários templos tiveram e tinham projetos de cooperação internacional para restauro, principalmente com China e Índia. Novamente achei linda a vista da floresta. Passei pelo Portão da Vitória e fui aos Templos Ta Keo e Ta Prohm. Seguem algumas fotos de construções ou templos menores no meio da floresta vistos durante os caminhos. A floresta parecia já os estar retomando. Perdi-me procurando o Templo Don Mao. Achei impressionantes as árvores em Ta Prohm, que tomaram conta do templo, passando a fazer parte dele. Seguem várias fotos dele. Foi o último que visitei no dia, pois já começava a escurecer. Dois validadores do templo ofereceram-me carona de moto, mas como não tinham capacete para passageiro, eu preferi não aceitar. Voltei a pé cerca de 12 km, em boa parte já no escuro e acabei machucando o dedão do pé , que encheu o chinelo de sangue por algum tempo, deixando-o escorregadio. Chegando, fui ao Platinum Boutique Hostel ver viabilidade da troca, dado que o dono do hostel em que eu estava, Javier, não quis manter o preço para mim para mais 3 noites, alegando que a promoção era por 4 noites, o que achei absurdo , dado que já tinha ficado 4 noites e ao todo seriam 7, além do que estava pagando diretamente, sem as taxas para ele existentes nas plataformas digitais. Na volta passei pelo rio e tirei esta foto. Ainda dei meu passeio rápido diário pela Pub Street, mas procurando evitar ir até os extremos, para não receber as mesmas propostas. Jantei sanduíches. No sábado 03/5 percorri o circuito grande inteiro e um restinho do circuito pequeno. Cansei 😫. Sai às 8h e voltei mais de 20h, andando todo o percurso a pé. Inicialmente deixei minhas coisas no Hostel Platinum. Fui caminhando pela avenida que tinha descoberto na volta do dia anterior. Já perto de chegar ao entroncamento que dá acesso ao parque, um rapaz ofereceu-me frutinhas, semelhantes a damasco. Comecei visitando os templos menos famosos do circuito pequeno que tinham faltado do dia anterior e alguns outros anexos fora do circuito oficial, antes de pegar o outro ramal para o circuito grande. Segue foto de um deles. Gostei muito do grande lago e da exibição da casa típica dos cambojanos, que ficava perto do cruzamento das avenidas. Segue foto do lago. Estas são fotos de templos do circuito. Achei todos os templos belos, assim como as paisagens rurais. Vi um aparente foco de incêndio no meio do campo a razoável distância. O penúltimo templo visitado, Neak Poan ou Pean, era pequenino e incluía área com água ao redor. Havia flores lindas nascendo do lago caótico. Isso me lembrou a metáfora da flor de lótus, tão famosa no oriente. Seguem fotos da área. O último templo visitado, Preah Khan, era enorme, o que fez a visita demorar. Seguem fotos dele e entorno. Voltei em boa parte no escuro. Descobri caminhos alternativos laterais às estradas, o que tornou a volta bem mais segura do ponto de vista de trânsito, pois não andei mais pelo acostamento, e sim por trilhas laterais afastadas alguns metros da avenida. Quando passei em Angkor já estava escuro. Havia pessoas, talvez uma família, incluindo uma criança, coletando reciclável, o que me lembrou dos catadores do Brasil. A volta foi tranquila. À noite, passando pelo rio, ainda tirei esta foto. Quando cheguei ao hostel os dormitórios aparentemente estavam cheios, então me colocaram num quarto com duas camas, de que mudei no dia seguinte. Jantei sanduíches. No domingo 04/5, após tomar café, aluguei uma bicicleta comum 🚲 com cesto e farol, inclusos capacete e cadeado. Fiquei na dúvida se deveria alugar uma comum com cesto ou uma de montanha. Não costumo andar muito de bicicleta, por isso faltou experiência. O atendente também não sabia qual seria a melhor. Por causa do cesto e do preço um pouco menor, aluguei a comum, mas foi um erro , pois era muito mais lenta, pesada e frágil. Meu objetivo era ir até o Templo de Banteay Srei, aproveitando para conhecer possíveis atrativos existentes no caminho. Sai por volta de 9h. Cheguei perto de 11h52. Foram cerca de 36 km. Achei as paisagens do caminho lindas, mostrando a vida rural das comunidades do interior 👍. As pessoas trataram-me muito bem. Pedi informações algumas vezes, parei um pouco no Museu das Minas Terrestres. Achei o Templo Banteay Srei lindo, com suas cores diferentes dos outros e suas esculturas preservadas. Seguem fotos dele. Havia também uma área natural no entorno, com lago, vegetação e animais. Depois da visita, num local de descanso ao lado do lago, aproveitei para fazer um lanche. Surgiu um viajante chinês e ficamos conversando. Seguem fotos da área natural. Já na saída, visitei a exposição explicativa anexa. Na volta parei para ver mais detalhadamente os itens da entrada do Museu das Minas Terrestres 👍. Logo após sair de lá, furou o pneu da bicicleta 🛞. Uma família tentou ajudar-me, mas depois me indicou um borracheiro, que tudo resolveu por US$ 0.25 em alguns minutos 👍, após pequena espera devida a outro cliente. Desviei um pouco do caminho para visitar o Templo de Banteay Samre. Gostei também, mas já não era tão bem conservado, embora mantivesse a mesma filosofia. Um pouco mais tarde começou a chover e já na avenida, não tão longe da cidade, a chuva ficou forte, com raios ⛈️. Rapazes em bicicletas bem mais velozes passaram por mim e falaram palavras de ânimo misturadas com gozação 😄. Eu acho. Passei num buraco que desconectou o cabo do farol da bicicleta. Coloquei celular, carteira e passaporte em plásticos e nenhum deles ficou molhado. Cheguei com a loja ainda aberta, perto de 20h, em tempo de devolver a bicicleta. Jantei sanduíches. Na 2.a feira 05/5, após o café da manhã, fui aos templos do Grupo Roluos. Eram a cerca de 15 km de distância. Fui andando por quase 3 horas. Visitei vários mosteiros no caminho. O caminho foi fácil, com trechos quase desertos e belas paisagens rurais. Ao longo do caminho e no entorno dos templos históricos peguei mangas do chão 🥭. Vi primeiramente um monumento na estrada e outros três monumentos em ruínas, em que pude tocar nas escultura para aferir melhor sua textura e consistência. Achei o Templo de Bakong grande e belo. Gostei das estátuas de elefantes e leões na entrada. Segue foto. Conheci o suíço Lucas enquanto fazia um lanche com bananas 🍌 que havia levado e mangas que tinha pego do chão. Dei-lhe uma banana, algumas mangas que havia pego e informações sobre o Brasil, que parecia interessar a ele conhecer um dia. Achei os outros dois templos bons também, embora menores. Reencontrei Lucas depois em outro templo. Ele deu-me uma manga que encontrou no chão e que estava muito boa. Assisti a um ritual mântrico em um templo budista próximo. Ainda passei por um templo em ruínas antes de voltar, após uma trilha no meio da mata. Segue foto do local. Comi uma mini pizza na volta 🍕. Jantei sanduíches. Na 3.a feira 06/5, após o café da manhã, fui revisitar o templo de que mais tinha gostado, Ta Prohm. E revisitei também Angkor Wat no fim do dia. Aproveitei também para visitar itens que não havia visto, como alguns mosteiros no caminho, alguns pequenos templos e o centro de cerâmica e artes finas. Com mais vagar, pude ver Tá Prohm por outros ângulos, diferentes do da primeira ida lá. Durante a visita, conheci e conversei com a alemã Celina, de Frankfurt. Ela também tinha gostado muito do templo. Fiquei bastante tempo contemplando as árvores retomando o templo. Alguns mosquitos aborreceram-me um pouco, mas nada absurdo. Passei quase todo o dia lá. Seguem mais algumas fotos. Após o meio da tarde, comecei a voltar, porém pelo caminho que passava por Angkor Wat. Vi novamente Bayon de longe e errei levemente o caminho, o que me custou cerca de meia hora. Segue mais uma foto de Bayon. Mas isso não comprometeu minha revisitação a Angkor Wat, com menos gente, perto do pôr do sol. Fui revisitar com mais vagar as esculturas do Ramayana e do Mahabarata iluminadas pelo sol que se punha. Apreciei também a vista dos templos e a partir deles perto do pôr do sol, que mostrava nuances diferentes. Seguem mais algumas fotos de Angkor Wat Voltei a pé e quando cheguei comprei passagem para Battambang. No jantar de sanduíches, conversei com a italiana Martina, sobre viagem, situação na Itália e seu trabalho como professora de crianças com deficiência. Ela me contou que foi atacada por macacos 🐒 em visita a um dos templos e por isso a experiência não tinha sido muito boa. Conversamos também com os atendentes do hostel, que contaram que eram de Bangladesh e falaram sobre o trabalho deles e a imigração para o Camboja. Um pouco mais tarde a internet saiu do ar, o que complicou um pouco meu planejamento de hospedagem para o dia seguinte em Battambang. Na 4.a feira 07/5 a internet voltou pouco antes de eu sair, o que foi suficiente para eu ver os endereços das acomodações de que mais tinha gostado (com menor preço e sem avaliações que considero abaixo do meu padrão mínimo). Um tuc-tuc 🛺 pago pela companhia de transportes foi buscar-me para me levar até o ponto de partida da van. Pegou também outras pessoas no caminho. O ponto de partida da van era próximo. Havia vários estrangeiros na van, que demorou meia hora até engrenar a velocidade e parou 2 vezes para banheiro e alimentação. Nela conheci uma francesa que mais tarde reencontrei no hostel a que fui. Achei belas as paisagens rurais na estrada 👍. Chegamos perto de meio dia e meia, Fui andando até ó hostel pretendido, aproveitando para pesquisar preços de outras opções. Segue uma foto tirada no caminho. Após me instalar, fui dar um passeio pela cidade. Visitei o Templo do Elefante Branco, monumentos, a casa dos governantes por fora, o rio, parques, praças, o mercado central e encontrei um local para alugar bicicleta. Seguem algumas fotos. Uma vendedora deu-me cebolinha nas minhas compras no mercado. O hostel quase só tinha mulheres hospedadas, aparentemente todas ou em sua maioria europeias. Elas tinham feito uma excursão conjunta à tarde e compraram um jantar coletivo feito pela família à noite. O sono foi tranquilo e, apesar das francesas estarem no mesmo quarto, o ar condicionado estava bem suave, sem a temperatura fria que muitas vezes vejo o/as francese/as colocarem. Na 5.a feira 08/5, após o café da manhã, peguei a bicicleta 🚵♂️ para fazer algumas visitas a locais mais distantes. Desta vez aluguei uma bicicleta de montanha e foi bem melhor 👍. Comecei visitando o Templo Bahai. Uma atendente acompanhou-me para me dar explicações. Achei lindo e gostei muito . Vi a Galeria da Paz, o relato das missões com cambojanos no exterior, algumas resultando em mortes inclusive, instruções sobre minas terrestres, movimentos pela paz e todo o ambiente ao redor. Segue uma foto do templo principal. De lá fui para o Templo Banan, de que gostei. Dada a minha inexperiência, fiz um risco na bicicleta quando fui prendê-la num poste. A escadaria era longa. A vista lá de cima era muito ampla, cobrindo áreas de paisagens naturais, do tipo que eu gosto. Achei interessantes também as esculturas. Seguem algumas fotos. Seguem fotos da escadaria completa. Fiz um lanche na descida. Após chegar lá embaixo, visitei o mosteiro anexo. De lá fui para o Templo de Phnom Sampov e as cavernas dos morcegos. No nível da rua havia estátuas enormes de Buda e outros. Seguem fotos. Subi pelo que acho que era a trilha principal, que também revelou vistas belas a partir do alto. Achei lindo todo o complexo do templo , com muitos ambientes, cavernas, estátuas, templos variados e muitas outras atrações. Era um local de religiosidade atual, então havia muitos peregrinos ou fiéis fazendo visitas e rituais religiosos. Seguem fotos. Desci por uma outra trilha, que acho que era secundária. Antes de ir embora, resolvi ir ver as cavernas dos morcegos. Como já estava perto da hora deles saírem, decidi esperar para vê-los. Realmente, achei impressionante a quantidade. Se não me engano, eram cerca de um milhão que saíam todas as noites para se alimentar de insetos. Estimava-se que eles contribuíam de modo importante para eliminar pragas das lavouras ao se alimentarem de insetos, o que garantia aos cambojanos uma colheita mais farta. A saída começava perto de 17h30. Eram muitos, fazendo nuvens em diferentes direções. Seguem fotos. Um menino ofereceu-me um saco com alimentos enquanto eu esperava, que educadamente eu recusei. Na volta consegui chegar até a zona urbana antes da escuridão total. Devolvi a bicicleta, mostrei o risco, mas a dona não quis cobrar nada por ele. Comprei alimentos e fui dar uma passeio noturno ao lado do rio. Durante o jantar conheci um casal de belgas que conhecia o Brasil. As francesas deram-me biscoito de cogumelo de arroz com frutas e leite de coco, que adorei 😋. Já, quando eu estava quase terminando, crianças 🧒 entraram no hostel e fizeram bagunça. Pareciam não ter noção da situação. Colocaram tacos e bolas de bilhar no chão . O sono novamente foi tranquilo e eu decidi prorrogar a estadia em um dia mais. Na 6.a feira 09/5, após o café da manhã, fui comprar a passagem para Phnom Penh. De lá fui para o Templo EK Phnom. No início do caminho, ao pedir informações para uma moça, ela ofereceu-se para me levar ate lá e depois ofereceu-me dinheiro, o que educadamente recusei. Visitei outros templos no caminho. O Templo EK Phnom me pareceu desgastado, porém preservando detalhes de esculturas, Achei a pagoda ao lado bonita, com sua estátua enorme de Buda e seu ambiente natural ao redor. Seguem fotos de lá. Um menino ofereceu-me um isopor com alimentos após a visita, o que educadamente recusei. Depois de fazer um lanche rapidamente após a saída do templo, fui conhecer o Museu da Tortura, que ficava num centro do Khmer Vermelho em uma pagoda. Lá havia os campos de matança e a pagoda com ossos dos mortos no local. O centro operacional do Khmer Vermelho era na pagoda. Esta visita, assim como outras anteriores semelhantes, causou-me bastante impacto. Seguem fotos de lá, que em parte mostram os ossos e crânios de pessoas mortas no genocídio. Sugiro a quem não se sentir bem em vê-las pular para o próximo item. Saindo de lá peguei uma longa estrada até o Templo Baset, um templo desgastado, mas preservando detalhes de esculturas. Achei a pagoda ao lado bonita. Segue foto. Visitei também outros templos no caminho. Na volta, já em parte na escuridão, houve um lindo espetáculo de raios 🌩️ distantes no céu. Além disso era lua cheia 🌕 (ou quase) e como a estrada tinha muitos trechos desertos e sem iluminação artificial, o céu ficava ainda mais belo. A francesa que eu tinha conhecido no ônibus tinha ido embora. Reencontrei sua amiga que tinha ficado no hostel e tinha tirado o dia para descansar na cidade. Chegaram novos hóspedes. Jantei sanduíches. No sábado 10/5, comprei pão e banana de manhã e após tomar café da manhã saí para o local de embarque a Phnom Penh. Encontrei um esloveno na empresa de ônibus indo para Bangcoc. Conversamos rapidamente e ele foi para outro local embarcar. Fomos de van. Achei belas as paisagens rurais na viagem. Houve paradas para banheiro no meio do mato, duas paradas em local para alimentação e banheiro. A primeira parada demorou 1h para recarga das baterias, posto que a van era movida à eletricidade. Perto do fim da viagem um policial (foi o que ele disse) embarcou e sentou-se ao meu lado. Ele parecia levemente alterado. A estação de chegada era na região central. Caminhei cerca de 4 km até o hostel. Minha primeira impressão de Phnom Penh foi de uma cidade com amplas avenidas e belos monumentos, porém difícil para pedestres, dado que os carros ficavam estacionados nas calçadas. Kim, a dona do hostel, era vietnamita e me recebeu muito bem. Conheci também dois hóspedes que estavam lá há bastante tempo e eram amigos de Kim. Após me instalar, fiz compras em uma barraca perto da feira e no supermercado. Como o hostel tinha fogão que podia ser usado, foi o único local da viagem em que cozinhei. Fiz espaguete 🍝 com vegetais no jantar. Aproveitei que também fornecia um balde e lavei algumas roupas 🪣. Dei um pequeno passeio noturno nas redondezas, em que havia muitas construções, sendo que algumas pareceram-me com trabalho caótico, bloqueando a passagem em ruas, mesmo à noite. No domingo 11/5, após o café da manhã, fui ao Museu do Genocídio Tuol Sleng. Antes visitei o templo que ficava no caminho. A visita ao museu foi uma das mais impactantes da viagem. Quase chorei por várias vezes 😭, Fiquei lá cerca de 4 a 5h. Mesmo conhecendo a história superficialmente por livros e documentários, ver as histórias das pessoas reais e ver detalhes dos processos de tortura, os locais, os instrumentos usados e todo o processo foi muito diferente e causou muito mais impacto. Não tirei fotos de dentro do museu. Na saída, encontrei Chum Mey, um dos 7 que sobreviveram àquele centro de tortura pelo qual passaram mais de 20 mil, salvo eu ter entendido errado. Beijei sua mão 🥹. Segue sua foto, autorizada por ele. Saindo de lá, fui conhecer parte da área central; Fui ao Templo Langka. Iria haver uma cerimônia, então fiquei para assistir, aproveitando que estava começando a chover. Era Vesak, dia especial para o budismo, em que se comemora o nascimento, iluminação e descanso final de Buda. Bebi muita água lá, pois me deram garrafa e depois achocolatado. Isso foi desastroso para mim que costumo ir muito ao banheiro. No templo havia banheiro e eu fui várias vezes, mas depois passei apuros. Na cerimônia cantaram mantras. Um cambojano atendeu-me muito bem, parecendo gostar de saber que eu era brasileiro. Depois da cerimônia fui dar um passeio por monumentos e jardins próximos, chegando até a vista dos rios. Segue uma foto. Começou a chover novamente. Como tinha bebido muito, depois de algum tempo tive novamente vontade de ir ao banheiro, mas aí não encontrei nenhum banheiro público facilmente. Um homem tratou-me rispidamente quando fiz menção de pedir num restaurante. Mas depois achei uma zona comercial que tinha banheiro público, o que resolveu tudo. Voltei ao Templo Langka para ver outra cerimônia do Vesak, desta vez na área externa. Achei muito bela 👍. Meu amigo cambojano continuava lá. Seguem fotos. Saindo de lá comprei tomates para juntar com meu espaguete no jantar. No quarto havia um rapaz que permanecia o tempo todo deitado na cama acima de mim. Como ele ficava com o ventilador próximo ligado, que ao girar me atingia no rosto, isso me incomodava um pouco, mas nada absurdo. Apesar disso, o sono foi aceitável. Na 2.a feira 12/5, após o café da manhã, visitei o Templo Botum, onde reencontrei o homem do dia anterior do Templo Langka, que me reconheceu. Ao ver que o homem me conhecia, o monge deixou-me entrar na área reservada, depois um outro homem acendeu as luzes para eu ver o templo maior. Segue foto de lá. Saindo dali dei um passeio pelos jardins e parques e fui visitar o Palácio Real e a Pagoda de Prata. Havia algumas áreas com acesso não permitido. Gostei de todo o complexo, com muitos templos e estruturas, representações de animais diferentes, veados, araras, pombas e outros, e exposições ao final. Seguem fotos. Visitei também o Templo Sarawan e o Templo Ounalom. Alguns deles ainda tinham decoração usada nas celebrações do dia anterior. Caminhei na beira do rio e vi ao longe o encontro das águas dos dois rios, Tonle Sap e Mekong. Segue foto. Ao fim fui ao Templo Phnom, histórico. Achei-o pequeno, mas bem antigo. Ele tinha grande fluxo de pessoas, pois parecia ser bastante relevante na religiosidade local. Segue foto externa a partir de um monumento na praça abaixo. Quando voltava começou a chover 🌧️ e eu me abriguei inicialmente em uma cobertura na praça e depois ao longo do caminho. Passei na estação de trem, para visitá-la e saber se havia condições de ir a Sihanoukville de trem. Visitei por último o mercado central. Comprei alimentos, voltei ao hostel e jantei. Novamente o sono foi aceitável, com o pequeno incômodo do ventilador. Na 3.a feira 13/5, após o café da manhã, fui visitar os Campos de Extermínio Choeung Ek. Errei o caminho no início. O Google deu-me um caminho impreciso, em que cheguei a pontos em que não havia saída . Passei por bairros pobres, com muito lixo, esgoto, córregos poluídos, ruas em obras, lama, ruas bloqueadas e outras dificuldades. Se por uma lado foram desagradáveis o esgoto, lixo, lama, desvios, bloqueios e similares, por outro lado foi muito interessante conhecer este outro lado da cidade real, longe dos pontos turísticos, mostrando a vida real das pessoas mais pobres do povo. No caminho visitei alguns templos. Uma mulher ajudou-me quando o caminho sugerido pelo Google Maps levou a um local sem saída, que parou num córrego. Levei 3h para chegar. Este foi outro ponto que me causou grande impacto 😢 em relação ao genocídio. Ali estavam os locais reais em que foi assassinada a maioria das pessoas que eu tinha visto no museu, incluindo crianças e bebês, com as estruturas e itens lá descritos. Durante a visita as pessoas ficavam quase em completo silêncio. Demorei cerca de 3h na visita. Seguem fotos, algumas contendo ossos de crânios das vítimas, que sugiro pular aos que não se sentirem bem em vê-las. Após a visita, um atendente explicou-me o caminho de volta, muito mais fácil e em melhores condições 😄. No caminho havia embaixadas, universidades e prédios públicos com arquitetura diferenciada. Visitei ainda o estádio olímpico e seu entorno. Seguem fotos. Aproveitei e colhi informações ali perto sobre a viagem para Sihanoukville ou Kampot. Voltando para o hostel conversei com Kim, que falou sobre um jogador brasileiro que fez sucesso no Vietnã. Jantei e novamente o sono foi aceitável, com o pequeno incômodo do ventilador. Na 4.a feira 14/5, após o café da manhã, passei pelo centro de conferências e depois fui ao Museu National do Camboja. Levei 3h e meia visitando todas as partes do museu. Achei-o muito interessante 👍, com vários tipos de expressão artística de vários períodos e muitas informações históricas e culturais. Saindo de lá fiz uma visita ao Instituto Francês do Camboja, em que havia uma exposição sobre 50 anos da tomada de poder pelo Khmer Vermelho e o papel da embaixada da França, servindo de refúgio aos estrangeiros que estavam na região. Passei em um mosteiro e parei para ouvir os mantras sendo cantados, passei na biblioteca nacional, no estádio militar e na Praça Canon Rifle, que foi onde a van me deixou na chegada. Caminhei ao lado do rio, contemplando sua vista. Segue foto. Ainda fui ao Parque da Liberdade, pequeno e um pouco mais distante. Voltei pela avenida das embaixadas e prédios públicos, passando pelo Templo Phnom novamente. Seguem fotos iluminadas no entardecer. Peguei chuva no fim do dia. Abrigava-me em coberturas ao longo do caminho quando a chuva engrossava. Avisei Kim que iria embora no dia seguinte. Não me recordo se foi neste dia ou no anterior que ela me perguntou sobre a criminalidade no Brasil. Ficou espantada quando eu disse que o salário mínimo no Brasil era menor do que a metade do salário mínimo que ela disse que as pessoas ganhavam no Vietnã. Jantei, comprei passagem online pelo site RedBus para Kampot e fui dormir. Na 5.a feira 15/5, após o café da manhã, despedi-me de Kim, que aparentemente tinha levantado mais cedo para se despedir, e caminhei até o local de partida da van. Como cheguei com antecedência, aproveitei para passar na feira e comprar bananas 🍌. Um rapaz vomitou durante a viagem 🤮, mas usou sacolas e, quando conseguiu, colocou a cabeça para fora da janela. Numa parada na estrada eu atrasei, o que me deixou surpreso e constrangido, pois como eu pude não perceber que já era hora de partir . Chegamos pouco antes de 13h. Caminhei até o hostel, que era bem próximo, cerca de 10 minutos do ponto de parada. Depois de instalado dei um passeio pela cidade, que me pareceu muito bela 👍. Aproveitei para procurar bicicleta para alugar e comer uma torta de cebolinha típica numa barraca local. Mais tarde o hostel promoveu um passeio turístico gratuito pelo centro histórico, guiado por um canadense que vivia há três anos no Camboja, pelo que me lembro. Achei muito interessante, principalmente pelo que ele narrou da história do local e da região. Segue foto da orla do rio durante o passeio no pôr do sol. Fiz caminhada noturna no calçadão ao lado do rio, que tinha bastante atividade turística. Segue foto noturna da orla. Jantei sanduíches. O quarto pareceu-me muito bom e o sono foi tranquilo. Na 6.a feira 16/5, após o café da manhã, fui ao Parque Nacional Bokor. Eu acho que este foi o dia mais difícil da viagem 😫, mas adorei as paisagens e itens visitados . Inicialmente o dono de uma loja que só tinha motos ofereceu-me sua bicicleta para alugar, mas descobriu que o pneu estava furado e me direcionou para a loja de bicicletas. Antes o colaborador dele veio verificar o tamanho e forma da minha panturrilha, para ver se eu conseguiria subir a montanha. Ele riu, imagino que achando que eu iria ter dificuldades com minha forma física 😄. Numa outra loja a bicicleta que uma moça me ofereceu era para cidade, o que não era viável para ir à montanha onde ficava o parque. Aluguei uma bicicleta de montanha 🚵♂️ numa loja especializada, com um rapaz que me deu instruções de como chegar ao parque. Errei um pouco o caminho para pegar a ponte, mas logo encontrei a rota correta. Achei a subida difícil 😫. A cidade ficava a cerca de 5 metros acima do nível do mar e a área de visitação do parque ficava em média a cerca de 1.000 (mil) metros acima do nível do mar. Havia muito movimento na estrada, houve trechos muito íngremes, houve trechos com macacos 🐒 ao lado da pista, alguns comendo bananas, Alguns carros passaram por mim gritando mensagens de incentivo. A ida até o quadro de recepção do parque durou cerca de 3h30, sendo 2h30 só de subida, Durante a subida não houve chuva significativa. Ao longo do dia houve momentos de muita chuva 🌧️ e neblina 🌁. Sempre que pude, abriguei-me da chuva. Este era o quadro com mapa ds atrações na entrada da parte elevada. Achei espetaculares os templos, monumentos, construções históricas e vistas . Estas eram algumas das vistas lá de cima, com visibilidade um pouco prejudicada pelo clima.. Visitei todos os pontos históricos e culturais do mapa que desejava e até alguns a mais. Em especial, gostei muito do monumento de Lok Yeay Mao 💛, cuja história havia conhecido nos museus e na explicação do guia canadense e me comoveu, por seu desprendimento e coragem após a morte do marido. Não consegui ir à cachoeira por falta de tempo, devido aos períodos em que fiquei abrigado esperando a chuva passar. No Palácio Bokor (Antigo Hotel Cassino) um vigia ofereceu-me água. Após eu conhecer o último atrativo desejado, o complexo e arredores do Templo Sampov Pram, que achei espetacular, veio uma enorme tempestade. Houve raios ⛈️ próximos, que até me assustaram, dado que estava no alto da montanha e ali era o para-raios natural. Vi um raio cair perto de uma estátua de Buda na minha frente (acho que há menos de 100 metros de distância). Abrigue-me em diferentes locais do mosteiro até os raios diminuírem e a tempestade passar. Durou cerca de 1h. Após algum tempo veio uma moça acompanhada por um monge e perguntou se eu desejava dormir ali ou se voltaria para Kampot. Eu achei que era melhor arriscar e voltar, dado que os raios haviam parado. Porém seria uma descida de serra no escuro total. Mas, assim que a tempestade amainou e os raios desapareceram, resolvi ir. Agradeci a eles, despedi-me e fui. Peguei um pouco de chuva e neblina no início, empurrei a bicicleta em alguns poucos trechos, dado que na parte elevada também havia alguns trechos de subidas e descidas e eu acho que já estava cansado. Para minha sorte, por incrível que pareça, apesar de ser um parque para uso diurno, eu suponho, havia trechos com iluminação, e muito boa por sinal, principalmente na parte superior. Mas na descida da serra houve trechos muito escuros, ainda mais porque as árvores da floresta tapavam a iluminação da lua e das estrelas e porque havia um pouco de neblina. Nestes trechos eu precisava reduzir muito a velocidade e procurar guiar-me pelos reflexos na sinalização da pista e das laterais, quando existiam, ou então da água no chão. Fiquei preocupado em passar durante a noite no trecho de floresta onde tinha visto os macacos. Mas passei rapidamente e não houve nenhum problema. Mais para frente um motorista de um carro me viu e resolveu me ajudar, ficando atrás de mim e ligando seu farol alto para iluminar minha frente. Isso aumentou muito minha velocidade na descida, mas criou um risco que era que após as curvas, a minha frente de repente ficava toda escura e eu estava em velocidade alta. Isso também ocorria quando ele precisava diminuir o farol por cruzar com outros veículos, o que foi raro, mas assustava, pois, repentinamente tudo ficava escuro e eu não via nada na frente. Mas aprendi a prever isso e me adaptei. No fim da descida ele buzinou para se despedir e eu tentei sinalizar para agradecer 🙏. Voltei o resto do caminho pela estrada. A volta inteira durou cerca de 1h50. Ainda comprei vegetais incluindo folhosos (espinafre e rúcula), que encontrei pela primeira vez na viagem a preço e qualidade aceitáveis. Jantei e acho que foi neste dia que conheci um francês que reencontraria mais para frente na viagem. Dormi bem novamente. No sábado 17/5, após o café da manhã, fui visitar a cidade e arredores. Visitei templos, o estádio, monumentos, o lago urbano, mercados e praias do rio. Seguem algumas fotos. Pela manhã, entre as visitas, fui até a estação e comprei a passagem de trem para Sihanoukville. Atravessei a ponte a pé para visitar o templo do outro lado e aproveitei e andei pela orla do outro lado do rio. Voltando, perguntei ao atendente do setor de informações turísticas se podia nadar, se o rio não estava poluído, e se minha sunga era aceitável, dado que os costumes lá eram diferentes dos nossos. Ele disse que não havia problemas. Mesmo assim, preferi nadar numa praia mais distante do centro, para ter menor risco de poluição. Fiquei um tempo descansando na praia. Nadei três vezes na deliciosa água calma e morna. Fiz contemplação do anoitecer na beira do rio. Jantei sanduíches e dormi bem. No domingo 18/5, após o café da manhã, despedi-me das recepcionistas e caminhei até a estação de trem. Achei balas 🍬 no chão ao longo do caminho. Peguei o trem que estava previsto para 10h40, mas que só chegou por volta de 11h30. Achei belas as paisagens na viagem 👍 (montanhas, rios). No trem havia uma espécie de excursão que parecia ser de britânico/as ou americano/as. Chegando em Sihanoukville fui ao hostel que havia reservado, que achei muito bom 👍 e cuja piscina pude aproveitar durante a estadia. Após instalado, saí para visitar o Templo Leu e procurar por aluguel de bicicleta para ir ao parque nacional, aproveitando também para comprar alimentos. Segue foto. Achei muito bela a vista da cidade a partir das ruas e também do terraço do hostel. À noite nadei na deliciosa piscina 🏊♂️. Chegaram indianos de Punjabi no quarto. Pelas roupas creio que eram sikhis. Jantei sanduíches e tive um sono tranquilo. Na 2.a feira 19/5, após o café da manhã, fui ao Parque Nacional Ream. Inicialmente passei na padaria e comprei pão 🍞🥖 para dois dias e para o lanche do dia. A loja de aluguel de bicicleta 🚵♂️ estava fechada. Talvez o dono não tenha acreditado que eu voltaria no dia seguinte, como tinha dito. Era uma loja familiar, talvez improvisada. O vizinho ligou para o pai do dono, cujo irmão abriu a porta e me atendeu. Creio que ele não me ouviu chamando nem batendo na porta. O caminho para o parque foi por autoestrada e depois por estrada local, às vezes com acostamento. Achei a paisagem das estradas interessante, embora a autoestrada em boa parte ainda fosse muito urbanizada e com estabelecimentos comerciais, dada a proximidade da cidade. Achei muito belos os templos e arredores 👍. No momento em que estava chegando no Templo Ream houve uma pancada de chuva 🌧️. Abriguei-me provavelmente num cemitério japonês ou chinês. Por todo o percurso achei as paisagens naturais muito belas 👍, bem como outros atrativos, como a estátua ou escultura da tartaruga, na lateral do caminho. Foi possível ver e ouvir vários animais, principalmente pássaros 🐦. As estradas estavam em bom estado e não tinham subidas muito íngremes em sua maioria, o que facilitou os deslocamentos de bicicleta, apesar de às vezes as marchas estarem falhando. Cruzei duas vezes com um rapaz que trabalhava no resort, que na 2.a vez parou e pediu meu contato no Facebook. Fiz uma trilha de bicicleta no meio da mata. Visitei uma árvore gigante 🌳, que precisava de 17 pessoas para abraçá-la e tinha cerca de 2.000 (dois mil) anos de idade, medidos pelos seus anéis. Segue foto. Não subi na montanha por causa da entrada custar USD 11, o que achei que não valia a pena. Já no fim da visita fui para a parte costeira, que tinha uma praia linda com mulheres pescando com rede. Caminhei um pouco na praia usufruindo da paisagem. Segue foto. A volta foi quase toda com luz natural, só escurecendo já bem perto da cidade. Devolvi a bicicleta, peguei de volta os pães que havia deixado guardados na loja e voltei ao hostel. Nadei na piscina à noite, jantei sanduíches e tive um sono tranquilo. Na 3.a feira 20/5, após o café da manhã, fui dar um passeio pelas praias 🏖️. Fui desde o porto até a Praia de Otrés, excetuando-se os trechos privados ou inacessíveis. Abriguei-me de uma pancada de chuva debaixo de árvores e de uma ponte que ligava o continente a uma ilha, se não me engano. Em alguns pontos andei pelas pedras 🪨, algumas escorregadias e/ou cortantes, até funcionários do Hotel Independente não me deixarem passar, por ser área privada do hotel. Retornei, dei a volta e fui sair na próxima praia pública. Um trecho de alguns metros, que levaria uns 5 a 10 minutos e depois uma praia que levaria uns 15 minutos para percorrer acabaram resultando numa volta de cerca de 1h (ou mais) e alguns quilômetros. Quando fui sair da praia devido à ordem do funcionário do hotel, precisei passar por um condomínio, que talvez pertencesse ao complexo do hotel. Num outro trecho, quando fiquei preso por rochas e maré, o funcionário de um cassino deixou-me passar por dentro para ir a rua 👍. No caminho visitei também o Templo Krom, o Monumento da Vitória e o monumento do casal de leões, este último já na volta. Segue foto. Havia muitos edifícios em construção, muitos hotéis e cassinos, aparentemente empreendimentos chineses em sua maioria. Havia também muitos esqueletos de edifícios em construção aparentemente abandonados o que achei lamentável 🙁. Achei muito bela a vista das ilhas a partir da orla. Seguem fotos. No fim do dia pude admirar o magnífico pôr do sol. Segue foto. E também ver parte da orla iluminada à noite. Seguem fotos. De volta ao hostel, nadei na piscina, jantei sanduíches e tive um sono tranquilo. Na 4.a feira 21/5, comprei no próprio hostel as passagens de ida e volta para a Ilha Koh Rong Samloem 🏝️. Após o café da manhã fui à igreja cristã ortodoxa, que ficava próxima ao hostel e depois visitei a Igreja de São Michael, que foi um local de resistência à violência cometida durante o regime do Khmer Vermelho. Passei num pequeno oratório de Yeay Mao, que ficava numa grande avenida, talvez continuação da rodovia, e de lá fui rumo às praias de que mais tinha gostado no dia anterior, que não eram muito próximas do hostel. No caminho tirei uma foto do monumento do casal de leões. Quando o vi no dia anterior, pensei que eles estavam no ato sexual, mas considerando os costumes lá, achei que não era provável. Fui verificar de perto e realmente eles só estavam lado a lado. Segue foto. Cheguei no início da praia cerca de 13h. Desta vez, só caminhei um pouco, parei num local e fiquei contemplando a vista linda por bastante tempo. Nadei três vezes na deliciosa água quentinha 🏊♂️. Havia algumas pessoas usando jet ski, o que sempre me deixa preocupado ao entrar no mar, mas eu tomei cuidado para só entrar quando eles paravam ou estavam muito longe. Cambojanos ficaram com minhas coisas na areia enquanto eu nadava 👍. Voltei ao hostel no fim da tarde e cheguei já à noite, o que não me impediu de nadar na piscina. Jantei sanduíches e tive um bom sono. Na 5.a feira 22/5, como infelizmente só havia barcos para o porto que eu desejava à tarde, fiquei pela manhã no hostel, aproveitando sua infraestrutura. Deixaram-me ficar mesmo após a hora do check-out usando as áreas comuns. Nadei na piscina de manhã. Havia dois israelense (talvez mãe e filho) nadando, ela já tinha estado no Brasil como mochileira na década de 1980 e conhecia São Paulo e vários outros locais. Conversei também com outra israelense, que me sugeriu conhecer Pai, quando eu disse que iria posteriormente para o norte da Tailândia. Falei para ela dó Brasil, Foz do Iguaçu, Pantanal e outros locais, dado seu interesse. Almocei antes de sair. Um tuc-tuc pago pela companhia de transporte levou-me ao ponto de embarque no pier. Saímos por volta de 15h, com cerca de meia hora de atraso. Fomos num barco rápido 🚤 pequeno que saiu lotado. Eu não medi, mas acho que a travessia durou menos de meia hora. Fui de frente para um casal do Colorado e inglesas. Eu teria preferido ir num barco mais lento para apreciar mais detalhadamente a paisagem, mas não sabia que era possível usando o barco de carga. De qualquer modo achei belas as paisagens durante a travessia 👍. Após chegar, dei uma volta inicial por parte da vila e fui para o hostel. Parte do caminho era de terra. Após acomodar-me no hostel, fui para uma área de convivência, anexa ao restaurante, que tinha vista para o mar e o pôr do sol, mas tinha muitos mosquitos 🦟. Pouco depois uma excursão com cerca de dez pessoas chegou para ver o pôr do sol. Achei magnífica a vista do pôr do sol. Seguem fotos. Após escurecer, fui a mercados que achei que tinham preços aceitáveis para uma ilha 👍. O dono do hostel permitiu-me usar as mesas para comer meus sanduíches 👍. No dormitório, que era aberto e apenas tinha cortinas, uma espécie de cabana 🛖, reencontrei o francês que ficou hospedado no mesmo hostel que eu em Kampot e tinha vindo comigo no mesmo barco. Como havia mosquiteiro, o sono foi tranquilo. O único inconveniente era que o banheiro era fora da área do dormitório, sendo necessário passar por uma área descoberta. Na 6.a feira 23/5, após o café da manhã, comecei o dia indo à Cachoeira Little Waterfall. Funcionários do resort que ficava na entrada da trilha deram-me instruções de como chegar lá, dizendo que não sabiam se ela estava com água. Guardaram minha sacola para que eu pudesse ficar mais seguro e tranquilo na trilha, com as mãos livres. Escorreguei levemente, mas não me machuquei, pois com as mãos livres pude me proteger. Ao chegar lá vi que a cachoeira estava sem água, mas apesar disso segui um pouco seu leito para apreciar o local e achei o passeio interessante. Mas vi muito lixo no local. Depois fui para as praias próximas. Achei-as magníficas . Tomei banho de mar em vários locais. A água era transparente e mais quente do que em Morro Branco, no Ceará, onde eu moro. Porém, novamente vi muito lixo nas praias. Fui por uma trilha de 2h até Clear Water Bay, que na volta descobri não ser o caminho mais curto. Novamente tomei vários banhos de mar e achei as vistas magníficas . A água era mais clara ainda que a das praias anteriores. Seguem fotos. Na praia estava sendo construído algum tipo de condomínio ou hotel, provavelmente por chineses. O projeto parecia ser enorme. Vi a bandeira da China no alojamento do provável chefe do empreendimento. Perguntando para guias que estavam na praia, descobri que havia outra trilha muito menor, pela qual retornei em cerca de 1h, mas só por causa da chuva, pois imagino que duraria menos de meia hora com tempo e solo secos. Com a chuva 🌧️ que engrossou no meio da volta o piso ficou enlameado e ficou difícil andar por certos trechos, o que reduziu muito a velocidade. Ainda retornei a uma comunidade, por onde havia passado na trilha longa da ida, para saber se era possível ir a pé a Saracen, mas disseram que não, e percebi que começaram a ficar inquietos e nervosos por eu estar ali. Então resolvi ir embora e desistir de tentar uma trilha por terra no dia seguinte para lá. Novamente fui ver o pôr do sol a partir da sacada do hostel e mais tarde fui tentar ver plâncton bioluminescente, mas não tive sucesso. Um rapaz que estava mergulhando disse-me que eu precisaria ir para áreas bem mais escuras e que o ideal seria mergulhar com óculos ou máscara que eu não tinha levado e que achei que não compensava alugar. Jantei sanduíches e o sono foi bom novamente, com o mosquiteiro funcionando bem. No sábado 24/5, após o café da manhã bem cedo, fui ao pier esperar por transporte para a Baía de Saracen. No dia anterior, o barco de carga disse que não iria operar por alguns dias pela manhã, o que me desanimou, pois ele era o único que saía bem cedo. Mesmo assim cheguei às 7h45 para esperar por um barco. Mas realmente só existiam os barcos de linha naquele dia, que saíam mais tarde. Durante a espera vi uma tartaruga 🐢 ser capturada, fotografada e solta, numa cena que me emocionou. Aproveitei a espera e tomei um banho de mar na praia do pier. Acabei indo com o barco táxi de linha de Mr Han às 10h30. Preocupou-me o fato dele dizer que se não houvesse passageiros na hora do almoço ele não iria fazer a viagem de retorno no fim da tarde, mas que eu poderia pegar o barco de carga. Chegamos a Saracen perto de 11h. Houve um pouco de chuva inicialmente e depois o tempo ficou firme. Fui logo caminhando a Sunset Beach e depois a Lazy Beach. Achei as praias do dia anterior melhores. Achei o mar bravo, principalmente em Sunset, mas mesmo assim tomei um banho. A praia era curta, então caminhei por ela inteira rapidamente. A descida foi íngreme para Sunset e me perdi um pouco perto da chegada, mas logo consegui encontrar a entrada para a praia. Havia vários pássaros 🐦 na trilha, que era no meio da mata. Para chegar a Lazy a trilha foi fácil. Lá, mulheres ofereceram-me comida (acho que barra de cereal e manga) 👍, que educadamente recusei, mostrando minha sacola com meu lanche e água. Caminhei pela praia inteira, bem mais extensa, e tomei banho de mar lá também. Depois fui ao farol, de onde havia uma boa vista. Como estava pressionado pelo tempo, acabei não subindo, mas imagino que lá de cima a vista fosse ainda melhor. Peguei algumas mangas 🥭 do chão perto da entrada do terreno do farol. Achei linda a floresta na volta, depois caminhei pela orla de Saracen até o pier que era no extremo oposto. Achei 2.000 riels, equivalentes a US$ 0.25 na areia e no mar. Tinham-me dito que o barco de carga saía às 17h, então acelerei para não correr o risco de perdê-lo. Cheguei umas 16h40 e ele já estava lá carregando e descarregando. Ele saiu 10 minutos depois, pouco antes das 17h. Fui no 2.o andar, que tinha uma excelente visita . Contemplei peixes 🐟 pulando na frente do barco durante a viagem. Eu teria preferido ir do continente até as ilhas com ele. Era muito mais barato (um terço do preço) e a vista era muito melhor, embora demorasse muito mais (cerca de 3h). Mas para mim que queira apreciar a paisagem e a viagem, teria sido o ideal. Demoramos cerca de 1h para chegar, pois ele parou na Baía Clear Water para carga e descarga, onde pessoas, provavelmente trabalhadores do empreendimento, se atiraram ao mar 😮 a partir de outro pier para virem nadando com recipientes e pagarem suas cargas, de modo a economizar o caminho por terra, que seria bem maior. Seguem fotos desta viagem de retorno. Outro grupo visitou o hostel para ver o pôr do sol da sacada, que pelo visto era bem famoso. O francês que estava no dormitório comigo foi embora. Jantei sanduíches e o sono novamente foi bom. No domingo 25/5 houve chuva forte de madrugada e chuva leve de manhã. Tirei o dia para ficar nas praias de que mais gostei. Após o café da manhã, fui a Baía Clear Water, a praia de que mais eu tinha gostado . A trilha estava com lama, mas como eu já tinha experiência pelos dias anteriores, acabei conseguindo passar por ela sem grandes problemas. Como antes, achei a praia maravilhosa, com água transparente, quentinha, calma, deliciosa. Tomei quatro banhos de mar, vi peixes 🐟 pulando nas proximidades e vi vários barcos ⛵ no mar, alguns de passagem e outros poucos vindo ancorar para as pessoas descerem na praia. Abriguei-me em uma árvore nos momentos em que houve chuva moderada 🌧️. Alguns cachorros 🐕 hostilizaram-me. Eles eram de uma casa em direção à extremidade da praia. Voltei pela trilha mais curta que saía na praia do plâncton bioluminescente, onde tomei um banho de mar. À noite confirmei minha passagem de volta para as 6h30 da manhã, a pedido da própria mulher que era o ponto de contato da Buva Sea. Como comecei a fazer perguntas sobre a hora de chegada e estavam jantando em amigos ou família, dado que não era um escritório dedicado, creio que o marido irritou-se, levantou e tomou a frente da mulher tentando encerrar a conversa, dizendo que estava tudo certo, que era aquele o horário e se despedindo. Lembrei a ele que era necessário confirmar o bilhete, segundo o que ela tinha pedido pela manhã. Ele então escreveu o horário no bilhete e eu fui embora. Não consegui trocar riels por dólares no mercado. A moça que disse que trocava não estava e sua mãe, eu acho, disse que não tinha dólares para trocar. Na 2.a feira 26/5, após o café da manhã muito cedo, em parte ainda no escuro, desfrutei da vista do amanhecer, arrumei tudo e saí para pegar o barco das 6h30 da Buva Sea. Enquanto esperava chegou uma americana que desejava pegar o barco de carga. Ela aparentemente conhecia bem a região e me falou que realmente era o horário e o local do barco da Buva Sea, que às vezes atrasava. E disse que imaginava que eu chegaria por volta de 7h30 a 7h45 no continente, o que me deixava bem em cima da hora para pegar o ônibus de 8h30 para Trat. Cerca de 15 minutos a meia hora depois do horário programado chegou um representante da companhia dizendo que a lancha havia quebrado. Ele disse então que me transferiria para o barco seguinte, que estava previsto para sair as 8h45 operado pela GTVC. Falei com o representante da GTVC e ele disse que tudo bem, mas perguntou quem iria pagar, ao que respondi que provavelmente seria o representante da Buva Sea. E realmente ele pagou ou entrou em acordo com o representante da GTVC. A americana pegou o barco de carga e eu ainda estava esperando o barco para me levar. O barco atrasou alguns minutos. Pareceu-me melhor do que o barco da Buva Sea, maior e mais confortável. A travessia durou cerca de 20 minutos. Dado o atraso, perdi o ônibus para Trat. Ao chegar em Sihanoukville busquei informações de horários e preços para ir à Tailândia. Fiquei sabendo que estava havendo uma crise de COVID lá . Procurei local para trocar os riels por dólares, posto que pretendia ir para no próprio dia ou no próximo dia. Troquei US$ 20 numa agência de turismo no porto. Pedi a um rapaz acesso ao wifi de seu estabelecimento para avaliar as possibilidades online e ele gentilmente me concedeu. Analisei a possibilidade de viajar ainda naquele dia, mas desisti, pois achei que as opções tanto para Bangcoc quanto para a fronteira não eram as melhores e não havia mais opções para Trat. Voltei então ao hostel em que havia ficado hospedado antes e reservei mais uma noite. Comprei a passagem online para Trat, pois tinha quase US$ 5 de desconto pelo aplicativo da RedBus. Daí decidi ir e fui ao Templo Leu, que eu tinha visto já no entardecer do dia da chegada. Uma mulher que imagino cuidasse dos templos não me deixou acabar de ver um dos templos, pois eu não estava cumprindo o ritual esperado. No templo principal um rapaz ofereceu-me água. Uma menina pediu-me algo, que eu não entendi o que era e lhe ofereci e dei pão. Revisitei os monumentos do Parque da Independência, que eram perto do hostel. Esgotei todo o dinheiro de riels comprando pães e vegetais. A atendente da quitanda até falou que o preço de um determinado item deveria ser um pouco maior, mas que aceitava meu arredondamento para acabar o dinheiro. Voltei mais cedo para o hostel e fui ver a paisagem a partir do terraço no topo. Segue foto. Depois nadei na piscina. Já quase no fim da natação apareceu uma moça loira linda 👱♀️na piscina, que fiquei admirando. Depois de secar fui ver o pôr do sol no terraço. Segue foto. Jantei sanduíches. O sono foi tranquilo. Na 3.a feira 27/5, após o café da manhã cedo, despedi-me dos atendentes e fui andando cerca de 30 minutos até a companhia de ônibus. Ainda bem que cheguei cedo, pois o ônibus na realidade saía entre 8h e 8h15, sendo 8h30 o horário de outra parada na cidade. Era um ônibus airbus grande para Trat, bem confortável, com monitor de TV ou internet à bordo. Deram-me pão com chocolate, suco e café com leite na viagem. Achei a paisagem muito bela 👍 em toda a viagem, considerando os dois países, com muitas áreas naturais, inclusive florestas. Chegamos na fronteira por volta de 12h30. O ônibus deixou os passageiros locais na cidade e depois levou os outros até o posto de fronteira. Eu nem imaginava que no dia seguinte iria acontecer um incidente na fronteira, longe dali, em que um soldado cambojano foi morto e que levou ao fechamento de todos os postos de fronteira por alguns dias, pelo que me disseram, e posteriormente quase os dois países à guerra. Eu não tinha verificado nos requisitos de entrada na Tailândia que precisava preencher um formulário, então precisei preencher na hora . Assim sendo acabei sendo o último a chegar ao ponto de embarque na van do outro lado. De qualquer modo, ela ainda demorou um pouco a chegar. A qualidade da van era bem inferior à do ônibus e mesmo das outras vans das viagens anteriores. Os cintos de segurança do meu assento e do assento do lado não funcionavam. Chegando em Trat, caminhei até a parte central para ver se achava um hostel a preço razoável e se ficaria ali por um ou dois dias ou se pegaria o ônibus noturno para Bangcoc. Estava achando os preços altos, até que encontrei uma guesthouse com preços mais aceitáveis, em que a anfitriã indicou-me uma outra que poderia ter preços ainda melhores 👍. Agradeci e fui procurá-la. Realmente tinha preços bem melhores, 40% abaixo do dela, que tinha sido o menor que eu havia encontrado. Fiquei lá. O dono Jimi atendeu-me muito bem 👍. Depois de me instalar, já passado do meio da tarde, saí e ainda visitei um templo chinês, dois templos budistas, um com carpas, o paço municipal, que estava todo iluminado e parecia belo, e uma praça grande onde as pessoas caminhavam e praticavam esportes, em que havia muitos passarinhos. Num dos templos havia galos e outros animais Seguem fotos. Jantei sanduíches e o sono foi tranquilo. Na 4.a feira 28/5 Jimi forneceu café ou ovomaltine pela manhã, que não estava incluído no nosso acordo inicial 👍. Fiquei um pouco assustado com um acesso de tosse após engasgo da sua esposa , que aparentava ter idade avançada e a saúde não muito boa. Logo de manhã saquei dinheiro para o resto da viagem 💰, depois visitei um templo na cidade, fui ver a fachada do museu, passear no jardim botânico, onde caminhei bastante e onde havia peixes, pista de avião e helicóptero, além da vegetação. Saindo de lá fui conhecer o estádio. Encontrei uma bola ⚽ num campo secundário ao lado e não resisti a chutar algumas vezes em direção ao gol. Depois perguntei aos jovens jogadores se poderia entrar no estádio, algo com que concordaram. Achei o estádio interessante. Segue uma foto. Passei pela universidade, que era ali bem perto, quase em frente. De lá fui caminhando até o Templo Bupharam, que achei magnífico, com muitas atrações e uma espécie de torre com vista dos arredores. Segue uma foto. Tomei lanche numa mesa lá existente. Saindo de lá fui rumo a Ban Nam Chiao. Peguei mangas e outra fruta do chão ao longo do caminho. Passei por um grande lago. Segue foto. Seguindo em frente, fui caminhando ao lado de um canal e passei por um templo, que desviei para visitar. Segue foto. Visitei mais dois templos no caminho. Chegando ao povoado, fui inicialmente à ponte famosa, que dizem que testa o medo de altura das pessoas. Imagino que minha prima Bernadeth iria sofrer lá 😄. Seguem fotos dela e a partir do alto dela. Visitei também o templo chinês, uma mesquita, o templo Budista, apreciei a vista do rio e da comunidade. Seguem fotos. Não pude deixar de apreciar o pôr do sol a partir do alto da ponte. Segue foto. Pedi para atendentes do 7Eleven trocarem algumas notas do dinheiro que eu havia sacado em notas menores e gentilmente me atenderam. A volta foi no escuro, cerca de 8 km. Chegando na cidade ainda dei um passeio na praça, ouvindo o canto dos passarinhos. Avisei Jimi que partiria no dia seguinte. Um novo hóspede havia chegado no quarto ao lado e tossia bastante. Fiquei preocupado 😟 com a onda de COVID de que tinha ouvido falar. Jantei sanduíches. O sono foi tranquilo. Na 5.a feira 29/5, após o café da manhã cedo, fui para Ayutthaya. Jimi e sua mulher ainda estavam dormindo, então não pude me despedir pessoalmente. Houve chuva 🌧️ pela manhã quando eu estava indo ao terminal de ônibus e pela primeira e única vez na viagem precisei usar a capa para a mochila. Demorei a me convencer de que era necessária, o que molhou um pouco a mochila por fora, mas não atingiu seu interior. Se me recordo, saímos por volta de 7h30 ou 8h. Fui na janela em lugar diferente do comprado, pois disseram que não era problema. Achei belas as paisagens 💰. No fim da viagem houve uma conversa ríspida entre o motorista e uma passageira, talvez sobre o ponto de desembarque, mas tudo acabou se apaziguando. Chegamos por volta de 12h45. Caminhei até a estação de trem, que ficava a alguns metros de distância em linha reta, mas sem caminho direto. Dei uma volta de 3 km para chegar nela 🙄. Nesta primeira viagem curta achei o trem muito bom. Demorou 1h para chegar em Ayutthaya. E o preço era muito menor (menos de um terço) do que o do ônibus. Após desembarcar fui procurar um dos hostels que havia visto com preço menor. Atravessei uma ponte no acostamento, pois não tinha calçada para pedestre. Após pesquisar em alguns, decidi ir para outro, que tinha preço semelhante mas os comentários diziam ter bom café da manhã. O preço direto com ele era maior do que pelo Booking.com, mas a atendente concordou que eu fizesse a reserva pelo Booking.com. Acabei fazendo a reserva errada, no dormitório feminino, mas a atendente corrigiu, sem problemas. Após instalado, saí para dar um passeio. Já estava no entardecer. O Templo Ratchaburana era quase em frente. Enquanto eu olhava sua fachada vi alguns aparentes russos entrarem sem pagar. Aí percebi o vigia dizendo que eu poderia entrar também, se quisesse. Aproveitei para visitá-lo rapidamente, mas como era muito grande, deu só para ter uma ideia e preferi voltar em outro dia. Segue uma foto da região em frente aos dois templos próximos do hostel em que fiquei. Comprei arroz e vegetais para o jantar, em que conversei com o americano Sean sobre muitos assuntos. O sono foi tranquilo. Na 6.a feira 30/5 descobri que o hostel oferecia um excelente café da manhã para os meus padrões. Havia doces e outros itens típicos da Tailândia, além de pães, muçarela, presunto, geleias, pasta de amendoim, sucos e outros. Conversei com um chinês que estava no meu quarto do hostel antes de sair. Visitei os itens da área próxima do parque histórico, incluindo vários templos, monumentos, casa típica, local com elefantes e outros, dois pagos e os demais gratuitos. Seguem fotos. Havia muitas ruínas históricas, riachos com pontes, lago com plantas e flores aquáticas também. Segue foto. Num dos templos, achei interessante uma imagem de Buda só com a mão em posição horizontal e parte da cintura, parecendo mostrar resiliência. Encontrei muitas crianças visitando o templo da imagem de bronze de Buda. Segue foto do templo. A tira do chinelo começou a soltar durante o dia e eu fiz um improviso para remediar. Houve chuva na parte final da tarde. Após a pancada maior, ainda fui visitar alguns outros templos e monumentos, e apreciar a vista do rio, onde várias pessoas estavam pescando. Seguem fotos. Num deles achei linda a imagem de Buda reclinado. Segue foto. Mais tarde, ao ir comprar alimentos, reencontrei o francês que tinha conhecido no Hostel Early Bird, logo após a chegada, quando pesquisava preços de hostels. Ainda passei na frente de um dos templos próximos ao hostel e tirei estas fotos. Jantei arroz com vegetais, mas acho que cometi um erro que me custou caro, que foi comer uma banana verde e principalmente colocar chá tailandês cru sobre a comida . Cumprimentei brevemente Sean que estava saindo durante o jantar. O sono estava tranquilo até um rapaz tailandês, que havia chegado naquela noite ao quarto, acordar-me dizendo que havia insetos lá e me mostrando uma foto de uma aparente barata 🐞 em sua cama e depois na parede. Eu achei que era muito barulho por uma simples barata 😄. Ainda se fosse um inseto que picasse ou mais perigoso, mas uma barata. Tentei consolá-lo e disse a ele para falar com as recepcionistas no dia seguinte, mas acho que ele se decepcionou com minha reação tranquila. Fui ao banheiro e voltei a dormir. Eu mesmo não vi nenhuma barata ao vivo naquele hostel. No sábado 31/5, após novamente o delicioso café da manhã, melhorei o improviso e prendi a tira do meu chinelo com plástico duro cortado de uma embalagem. Fui visitar as atrações do outro lado da ponte por onde tinha passado no dia da chegada. A travessia novamente foi difícil, pois não havendo calçada, disputei espaço com as motos e bicicletas no acostamento, com os carros passando em velocidade ao lado. Comecei visitando a cidade dos elefantes, depois fui até a entrada do mercado flutuante. Não entrei porque havia ingresso pago e achei que não valia a pena. Dali segui para templos históricos e atuais. Achei magníficos tanto os históricos quanto os atuais . Um deles, o Complexo do Mosteiro Maheyong, ficava numa área com cascata, lago, locais para retiro, mini floresta, bosque, estátuas e vários outros itens. Segue foto. Já quase em sua saída senti vontade e ir ao banheiro e percebi que estava com diarreia, que me acompanhou ao longo do dia todo. Mas para minha sorte, sempre tive banheiros limpos próximos. Continuei visitando ruínas, monumentos e outros templos. Seguem fotos do complexo do Templo Yai Chai Mongkon. Seguem fotos do Templo Phanan Choeng Worawihan. A chuva engrossou e depois ficou bem forte 🌧️ cerca de 16h30. Como eu estava no Templo Phanan Choeng Worawihan, com banheiros à disposição, aproveitei para assistir a uma cerimônia budista durante a chuva. No fim dela um monge deu-me uma sacola com frutas, peras e maças. Devido à chuva, resolvi encerrar minhas visitas ali mesmo e após a cerimônia decidi voltar ao hostel. No caminho visitei este templo. A travessia da ponte de volta foi ainda mais difícil, pois, apesar de agora ser contra o fluxo, o que era mais seguro, o chão estava molhado e com poças. Quase levei banho de poças de água duas vezes, de um carro e de um ônibus na ponte. Chegando no hostel vi que o americano Sean tinha mudado para meu quarto, pois pelo que disse haviam reorganizado o quarto em que ele estava. O rapaz tailandês havia ido embora. Tive aparente febre baixa após o banho, mas que não perdurou. Tomei muito cuidado no jantar para não fazer experiências exóticas e tentar curar minha diarreia, o que deu certo 🙏. Tive um sono tranquilo. No domingo 01/6 tomei o café da manhã e verifiquei que aparentemente a diarreia havia terminado. Fui então visitar o Pavilhão dos Elefantes, cujos animais muito me encantaram . Impressionante como comiam da mão das pessoas, rápido e em enorme quantidade. Seguem fotos das estatuas na praça antes da entrada. Seguem fotos de dentro do pavilhão. Visitei também vários monumentos e templos. Como era domingo, havia muita gente nos templos, que estavam fazendo seus rituais e celebrações. Seguem algumas fotos dos templos. Usei bastante o Google Maps, na opção offline, que me levou a alguns caminhos passando por pontes estreitas. Num deles inclusive pedi autorização a um morador para atravessar o quintal de sua casa para sair na rua indicada 😄. Passei também por uma represa linda para chegar a um monumento nacional e a um templo próximo com vista ampla das redondezas. Seguem fotos. Voltei ao rio para conhecer mais alguns templos por lá e aproveitei para apreciá-lo, agora por outros ângulos, inclusive a partir de uma ponte. Segue foto de um templo visitado ao lado do rio. Segue foto da Igreja de São José. Quando estava quase no fim do dia, Bo e Pim (creio que os nomes são estes, mas não sei se a grafia no alfabeto ocidental está correta) chamaram-me ao me virem sair da visitação de um templo. Disseram que haviam me visto na visita à igreja católica e me ofereceram uma carona de volta . Eu disse que ainda pretendia passar no assentamento ou vila japonesa, mas eles disseram que estaria fechada. Peguei a carona com eles e me levaram lá para confirmar. Realmente estava fechado, pois era um museu, diferentemente do bairro que eu tinha imaginado. De lá me levaram até o 7 Eleven perto do hostel, onde comprei arroz. No caminho conversamos sobre minha viagem, a vida deles, que moravam em Bangcoc, e o Brasil. Na saída do 7Eleven nos reencontramos e me deram de presente uma bebida de Tofu, que achei deliciosa e me deu uma ideia de proteína que poderia consumir ao longo da viagem, pena que já perto de seu fim. Houve chuva forte logo após eu chegar, ou seja, a carona deles provavelmente poupou-me de um enorme banho de chuva 🙏. No jantar conheci a italiana Alexia, que tinha visto rapidamente pela manhã. Ela estava fazendo uma viagem grande pela Ásia. Procurei dar algumas informações dos lugares por onde havia passado. Ela me falou do norte, para onde eu pretendia ir. Conheci também uma turca. Conversamos os três bastante sobre assuntos variados. Quando Sean passou para sair, apresentei-o para Alexia. Realmente a diarreia tinha passado e não houve nenhuma intercorrência relacionada ao longo do dia 🙏. O sono foi tranquilo. Na 2.a feira 02/6, após o café da manhã, despedi-me de Sean no quarto, deixei a mochila no local apropriado do hostel, que permitia uso da infraestrutura comum até as 19h no dia da saída, e fui visitar os dois templos pagos que faltavam, que eram bem próximos ao hostel. Foram os templos de que mais gostei . Pude ver com calma Ratchaburana e o achei muito bem conservado e com estruturas enormes e belas. Igualmente Mahathat parecia bem conservado, não tão espetacular, mas com detalhes únicos. Segue foto de Ratchaburana. Seguem fotos de Mahathat, incluindo a cabeça de Buda na árvore. Depois fui visitar o Forte Pom Phet, que achei interessante, embora não muito grande, mas tinha uma boa vista do encontro dos rios. Antes de pegar a mochila de volta no hostel, dei mais uma passada no Templo Ratchaburana, de que tanto gostei. Despedi-me da turca e das atendentes e rumei para a estação, novamente tendo que atravessar a ponte. Visitei o templo que ficava no caminho da estação e cheguei com antecedência para pegar o trem das 15h19 para Chiang Mai. Estava prevista uma longa viagem que chegou ao destino por volta de 4h10 da manhã. Quando embarquei uma família saiu do lugar para eu sentar sem que eu tivesse pedido. Não sei se havia chegado a seu destino ou se estavam em local errado. Dentro do trem, um rapaz deu-me informações sobre a viagem e fechou a janela para mim por causa da chuva, pois eu ainda não tinha prática em como ela funcionava. Enquanto havia luz, achei belas as paisagens 👍, incluindo um arco-íris 🌈 que apareceu. O trem tinha muitas paradas, o que tornava a viagem mais desgastante. Esvaziou bastante um pouco antes do meio da viagem, mas mesmo assim eu não quis deitar no banco. Embora para o deslocamento de 1h da viagem anterior tivesse sido bem aceitável, para uma viagem tão longa na classe econômica a situação pareceu-me diferente. Passei uma noite desconfortável e quase sem dormir 😫. Na 3.a feira 03/6 chegamos em Chiang Mai cerca de 4h10, 5 minutos depois do previsto. Esperei até clarear e fui procurar um hostel. Passei num templo no caminho, que aproveitei para visitar. As ruas estavam com pouquíssimo movimento. Chegando no hostel, não havia ninguém na recepção. Falando com a dona da cafeteria anexa, sugeriu que eu entrasse em contato via whatsapp. Após combinar com a atendente remotamente, deixei minha bagagem e fui comprar comida para o café da manhã e o jantar. No mercado um homem deu-me duas bananas, ao que retribuí mais tarde dando-lhe um cartão postal que havia ganho. Após eu perguntar preços de várias frutas e não comprar nenhuma, a vendedora ofereceu-me duas (acho que bananas), que educadamente recusei. Pouco depois, após toda a pesquisa, voltei lá e comprei um mamão dela. Uma mulher pediu-me dinheiro na saída do Templo Rajamontean. Visitei vários templos gratuitos, parque, museu, partes das ruínas da muralha e monumentos. Seguem fotos. Um dos templos tinha imagens de 1800 e 2500 anos atrás. Salvo engano, esta região foi um dos raros locais em que vi a representação das presas de marfim nas estátuas dos elefantes. Estava muito cansado e com sono, principalmente entre 11h e 15h, após o café da manhã e antes do passeio no parque. Por isso não quis visitar os tempos pagos no primeiro dia, pois achei que não aproveitaria bem. Preferi deixá-los para o dia seguinte. Houve chuva leve no meio da tarde. Jantei arroz com vegetais. Conheci e conversei com um anglo-francês e uma chinesa durante o jantar. Houve um acidente à noite com uma moto na rua de trás do hostel, mas ninguém se feriu, pelo que entendi, apesar do barulho assustador. No refeitório também havia muitos mosquitos 🦟, então usei a mesma técnica de Koh Rong Samloem, que era colocar sacos plásticos (guardados após comer os pães) nos pés e início das pernas, o que funcionou bem. O sono foi tranquilo. Na 4.a feira 04/6, após o café da manhã, visitei o estádio, em que foi possível entrar. Segue foto. De lá fui ao terminal de ônibus para saber como ir a Chiang Rai. Descobri que tinha que ir a outro terminal, bem mais longe. Ao visitar a praça em frente ao terninal, um rapaz disse que eu parecia tailandês 😄. Prosseguindo, visitei os dois templos grandes pagos, Templo Chedi Luang Worawihan e Phra Singh Woramahaviharn. Visitei também vários outros gratuitos, entre eles o Templo Chet Yot. Seguem fotos. Encontrei o casal de brasileiros Pedro e Tássia na visita ao Templo Phra Singh. Pedro reconheceu que eu era brasileiro por estar usando a camisa do Juventus da Moóca, dado que eles viviam em São Paulo. Conversamos sobre a viagem e próximas paradas deles e minha. Houve uma pancada leve de chuva no meio da tarde. Acompanhei a meditação no entardecer no Templo Chedi Luang. A seguir fui visitar mercados noturnos, onde pesquisei preço de calça comprida tipo tactel para ver se compensava comprar em relação ao Brasil. No caminho, pude apreciar a vista do pôr do sol nas montanhas. Segue foto. Na região dos mercados noturnos, passei por um centro comercial, em que estava anunciada uma luta de boxe tailandês, eu acho. Segue foto do ringue. Voltei para ver os templos iluminados à noite e alguns atendentes falaram algumas palavras em português, quando souberam que eu era brasileiro. Seguem fotos. Quando estava dando a volta no templo, a tira do chinelo quebrou, no pé diferente daquele em que eu havia feito o improviso 😄. Voltei andando com um pé de chinelo só. Chegando no hostel, troquei pelo outro chinelo novo que eu tinha levado de reserva. Jantei macarrão de arroz e/ou arroz com vegetais. O sono foi tranquilo. Na 5.a feira 05/6, após o café da manhã, inicialmente passei pelo Templo Rajamontean, que ficava perto do hostel. Segue foto. Depois visitei o Templo Suan Dok, voltado à meditação. Seguem fotos. Saindo de lá comprei um doce de caramelo, que apesar disso tinha um leve sabor de fundo de especiarias ardidas, e fui rumo ao Templo Umong numa área de floresta. Foi um dos de que mais gostei . Havia muitos ambientes diferentes no meio de uma mini floresta urbana. Contava com museu, estátuas, monumentos, lago, templo, estupa, túneis antigos subterrâneos e centro educacional de meio ambiente em anexo com veados, pássaros e trilhas. Seguem fotos. Fiquei várias horas em todo o complexo. Houve uma pancada de chuva no meio da tarde. Saindo de lá fui para a Vila Baan Kang Wat, que era um local com lojas de artesãos e comerciantes locais. Achei muito interessante a proposta de vida alternativa, integrada à Natureza e os trabalhos artesanais. Já ia encerrar o dia e começar a voltar para o hostel, quando vi que havia um templo muito próximo. Era o Templo Ram Poeng (Tapotaram). Decidi visitá-lo. Achei-o muito belo 👍. Parecia dedicado à meditação, pois possuía vários espaços para isso, com alojamentos aparentemente para praticantes. Seguem fotos. Já estava escurecendo e ameaçando um pouco de chuva, mas eu não resisti e fiquei assistindo por um tempo ao ritual de meditação 🧘 com mantras, que sempre muito me agrada. Saindo de lá voltei caminhando para o hostel. O prato que peguei trincou sozinho enquanto eu jantava 😮, mas não pude avisar a recepção porque não havia ninguém lá no horário. Tive um sono tranquilo. Na 6.a feira 06/6 deixei o prato trincado em cima da mesa da recepcionista. Ao longo do dia avisei para a atendente sobre o prato trincado e ela me disse para pagá-lo quando voltasse. Mas após explicar que tinha trincado sozinho, ela me isentou do pagamento. Após o café da manhã cedo, saí rumo ao terminal onde estava previsto para o ônibus partir às 8h45 para Chiang Rai. Na correria no terminal para comprar passagem perdi minha toalha que tinha deixado pendurada no ombro para secar. A saída atrasou uns 10 minutos. Fui ao lado de um catalão que viajava pela Tailândia com foco em gastronomia, mas que também procurava registrar a viagem com fotografias. Disse-me como tinha ficado impressionado com a pobreza convivendo ao lado da riqueza em áreas urbanas, algo que na Europa não era comum. Comentei com ele que ficaria muito mais impactado se fosse à América Latina, onde aquilo era muito mais visível, gritante e dramático . Achei belas as paisagens na viagem, com montanhas e muitas áreas naturais 👍. Chegando lá fui a alguns hostels que havia pesquisado e decidi ficar no mais barato, que achei bem aceitável. Enquanto fazia um pequeno lanche, o dono do hostel deu-me coco com cobertura de durian, uma fruta típica do sudeste asiático. Estava delicioso 😋. Depois saí para visitar templos, praças, parque, monumentos e um bazar noturno. Seguem fotos. Houve uma pancada de chuva à tarde, mas nada que tenha atrapalhado significativamente o passeio. Passei também na Torre do Relógio. Segue foto. Ao conhecer uma mesquita conversei sobre religião, política e a situação conflituosa mundial com um jovem sacerdote (eu acho) muçulmano espanhol, que havia se convertido do cristianismo para o islamismo. Pareceu-me uma pessoa bastante equilibrada. Segue foto. No fim fui até a Antiga Torre do Relógio, onde havia uma feira em que comprei alimentos. Voltando ao hostel vi que um veterano de guerra americano chamado John tinha ficado no quarto comigo. Se me recordo ele estava esperando o visto para o Vietnã ou Laos. Jantei macarrão de arroz com vegetais. Novamente usei os sacos plásticos nos pés e pernas para impedir picadas dos mosquitos. O sono foi tranquilo. No sábado 07/6, após o café da manhã, visitei vários templos e o parque ao lado do rio. Achei os templos maravilhosos, especialmente o Templo Jed Yod, o Templo Azul e o Templo e Complexo da Deusa da Graça ou Compaixão. O Templo Phra Kaew, por exemplo, tinha sido o templo onde ficava o Buda Esmeralda, atualmente transferido para Bangcoc. Seguem fotos do Templo Jed Yod. Seguem fotos de outros templos. Achei belo o rio, durante minha caminhada a seu lado no parque e depois de cima da ponte. Havia mais uma pessoa e depois outras caminhando também, apesar do sol e calor. Segue foto. Seguem fotos do Templo Azul, que tinha um museu em anexo que não visitei. Achei bonita a paisagem no caminho para o último templo, da Deusa da Graça ou Compaixão, que tinha parte do trecho em estrada rural 👍. Este último complexo foi um dos de que mais gostei. Não pude subir na estátua, pois o horário do elevador já tinha terminado quando lá cheguei. Mas subi no prédio ao lado. Não sei se porque me achou um peregrino ou sem condições, o porteiro me falou para entrar no templo principal sem cobrar entrada. Não sei se era paga, mas havia uma pequena placa com um preço. Seguem fotos. Cachorros 🐶 molestaram-me várias vezes ao longo dos caminhos. Na volta, um deles escapou de sua casa e veio atrás de mim na estrada. O dono também foi atrás dele, mas o cachorro andava mais rápido. Eu cheguei a mudar de pista para ver se ele desistia, mas acho que me acompanhou por mais de 100 metros. Mais para frente um taxista ofereceu-me carona gratuita, mas aí só faltavam três quilômetros e educadamente eu recusei. Ainda passei na feira para comprar macarrão de arroz e mangas e depois no mercado de sábado a noite, onde se vendia itens variados. Vi a Torre do Relógio iluminada, conforme foto. Voltando ao hostel, aproveitei a grande pia do banheiro para lavar roupas. Jantei macarrão de arroz com vegetais. Conversei sobre a viagem com uma nova hóspede jovem israelense que havia chegado ao hostel. O sono foi tranquilo. No domingo 08/6, após o café da manhã, ao sair, vi que a israelense tinha alugado uma motorbike (uma moto com acento mais confortável, parecida com uma lambreta). Peguei o ônibus para visitar o magnífico Templo Branco e seus complementos, incluindo exposições. Achei todo o complexo do templo muito belo, com seus vários salões, galerias, jardins, torres, monumentos e prédios . Havia muitos visitantes, sendo que o número ia aumentando conforme ia ficando mais tarde, até dar uma pausa perto de 13h. Alguns visitantes pareciam falar português do Brasil. Havia instruções pelos altofalantes em várias línguas, incluindo espanhol. Fiquei várias horas na visita e comi meu lanche no Pavilhão de Relaxamento antes de voltar. Seguem fotos. Voltei a pé, pois tinha visto uma área verde na ida, que achei que poderia ser visitada. Realmente existia a área, era uma floresta urbana associada ao Arboreto Pong Sali, em que havia uma trilha de cerca de 3 km, de que muito gostei 👍. Na área havia também um instituto de pesquisa creio que ligado à companhia de água. Durante todo o percurso só encontrei um casal de moto. Na saída conversei com um vigia que encontrei no fim, que confirmou o comprimento do percurso. Segue foto. Saindo de lá decidi continuar a pé para ver se encontrava mais atrativos. E encontrei. Visitei mais alguns templos no caminho, um deles com mensagens da ética budista inscritas num quadro de uma estátua e outro um templo simples em um bairro, com estátuas de madeira de Buda. Comprei tomates 🍅 em uma feira num galpão de um deles. Seguem fotos. À noite assisti a um show de música, imagens e luzes da Torre do Relógio. Segue foto. Depois devolvi alguns potes vazios para a vendedora de macarrão de arroz reaproveitar, o que ela agradeceu. Voltando ao hostel jantei macarrão de arroz com vegetais e me despedi de John, posto que pretendia sair bem cedo pela manhã. O sono foi tranquilo. Na 2.a feira 09/6, depois do café da manhã cedo, saí para pegar o ônibus de 7h30 de volta para Chiang Mai. Novamente achei as paisagens muito belas 👍. Cheguei perto de 11h20. Fui procurar na bilheteria se alguém tinha ficado com minha toalha, mas disseram que não. Como desejava ir aos templos da montanha, decidi não gastar muito tempo com isso. Rumei para o hostel para me instalar. A atendente estava almoçando, então enviei uma mensagem para ela enquanto me instalava e comia rapidamente um lanche e ela chegou em poucos minutos. Paguei, lamentei pelo prato trincado e agradeci por tudo, despedindo-me, pois provavelmente voltaria depois dela ter ido embora e pretendia sair bem cedo pela manhã, antes dela chegar. Saí rumo aos templos para seguir o caminho dos monges, que era uma trilha pelo meio das montanhas ⛰️. Foi bastante difícil encontrar o início da trilha 😓. Poucas pessoas sabiam dar informações consistentes. Acho que fui um pouco ríspido com algumas pessoas a quem perguntei que respondiam indicando o caminho dos carros, que era muito mais longo. Até que num escritório da universidade, uma atendente pesquisou para mim no mapa, eu tirei fotos e consegui encontrar. Acho que fui um pouco ríspido também com as duas atendentes do local, pois estava vendo que o tempo passava e não iria conseguir. Pedi desculpas e peço aqui publicamente de novo 🙏. Havia várias pessoas na trilha, a maioria estrangeiros. Logo no início passou por mim um rapaz que havia perdido seu boné e eu disse que o tinha visto um pouco atrás e provavelmente ele o acharia com facilidade. Achei muito belas as paisagens da floresta, com grandes árvores e cachoeiras. Segue foto de uma cachoeira existente no caminho. Levei cerca de 35 minutos até o primeiro templo. Era o Templo Phra Lat. Apesar do tempo limitado e apesar de não ter levado roupa de banho, não resisti e tomei dois banhos de cachoeira mesmo com calça nas cachoeiras que ficavam pouco antes da entrada do templo. Seguem fotos delas e da vista a partir delas. Achei o templo simples, mas lindo e integrado com a natureza . Tinha diferentes ambientes. Seguem fotos. Após uma visita detalhada, rumei para o templo do alto, muito maior e mais famoso. Era o Templo Phra That Doi Suthep. Um rapaz japonês ou tailandês (eu acho) ajudou-me a encontrar a sequência da trilha após o cruzamento com a estrada, o que eu acho que teria tido grandes dificuldades em encontrar sozinho. A segunda parte da subida era ainda mais íngreme e difícil 😓, mas consegui chegar ao templo maior em cerca de 45 minutos. Perto da saída da trilha, quatro cachorros 🐶 ameaçaram atacar-me. Eu estava sem paus na mão e achei que de fato iriam avançar. Mas fiquei em posição de defesa, fui caminhando em direção à estrada e eles desistiram. Esta é a foto da escadaria de acesso ao templo. Achei o templo espetacular . Muita gente ia lá. Acho que era o mais famoso da região. Possuía muitos ambientes, com diferentes atrativos, além da vista ampla da região, apesar do tempo fechado. Era também local de religiosidade atual, viva, então muitos iam fazer suas preces ou peregrinações. Houve chuva leve durante parte da visita, mas nada que tenha comprometido. Seguem fotos. Acho que voltei da viagem apaixonado transcendentalmente pela Deusa da Compaixão e Graça Chia, por Lok Yeay Mao e por esta mulher da escultura acima, que salvo engano é Sujata, que serviu comida a Buda. Voltei pela mesma trilha. No início perguntei a um rapaz que estava chegando pela trilha, como estava a trilha depois da chuva. Ele disse que estava um pouco lisa e escorregadia, e, ao olhar para meus chinelos, completou que poderia ser problemático principalmente se não estivesse com calçados adequados. Saí perto de 18h e cheguei no fim da floresta perto de 19h10. Realmente a trilha estava um pouco enlameada pela chuva, mas nada extremo. Não levei nenhum tombo. Segue a foto de uma outra cachoeira vista na descida. Ainda parei para admirar um pouco a vista ao passar pelo templo menor, que já estava fechado, mas estava iluminado. Já perto do fim, quando já estava escuro, entrei numa área da floresta que tinha pulado na vinda, para ver uma indicação de monumentos. Não foi uma ideia muito boa 😄. Quase perdi o caminho para a trilha no escuro. Mas acabei conseguindo voltar. Já nesta parte final encontrei algumas pessoas subindo, talvez praticando exercícios, pois elas voltaram e me passaram mais para a frente. Saindo completamente da floresta, peguei o caminho de volta para o hostel e comprei bananas para o jantar. Já estavam quase todos os mercados locais fechados, então não consegui comprar arroz, mas comprei no 7Eleven perto do hostel. Foi um dia cansativo e fisicamente desgastante 😫. Jantei arroz com vegetais. O sono foi tranquilo. Na 3.a feira 10/6, depois do café da manhã muito cedo, ainda no escuro, saí para pegar o trem das 6h30 para Bangcoc. No caminho tentei comprar tomates, mas não quiseram me vender por se tratar de um mercado de atacado. Comprei mangas e ao lado da estação comprei arroz, que foram o meu almoço no trem. Novamente achei as paisagens espetaculares 👍 das montanhas e florestas. E desta vez quase toda a viagem foi com luz do dia. Seguem fotos. O tempo esteve bem fresco pela manhã, houve chuva rápida e depois muito sol e calor. Cheguei por volta de 19h30. Após me informar e contando com a ajuda de um passageiro que estava no ponto, peguei ônibus na porta da estação diretamente para bem perto do hostel, o que me surpreendeu positivamente. Quando lá cheguei os funcionários e ex-funcionário do hostel reconheceram-me, vieram me cumprimentar e aparentaram ficar felizes com meu retorno 😊. Aquele rapaz de Myanmar com quem havia conversado na primeira estadia havia deixado o hostel e estava trabalhando em outro local, mas naquele dia estava visitando seus amigos e veio conversar comigo. Eu agradeci por tudo. Saí para comprar arroz e bananas para o jantar. Fiquei num andar abaixo do andar em que havia ficado na primeira estadia. O sono foi tranquilo. Na 4.a feira 11/6 descobri um mercado que teria feito a minha alimentação muito melhor na cidade, se o tivesse descoberto no início. Comprei macarrão de arroz, vegetais e tofu a bons preços, já em quantidade para me alimentar na parada na França. Após o café da manhã fui visitar pontos que eu achava que haviam ficado faltando, ver se era possível comprar as calças que eu tinha pesquisado em outras cidades, comprar a passagem de metrô para o aeroporto e trocar os bahts restantes por dólares e euros. Se desse tempo, iria ao Parque Benchakitti, que Martina havia recomendado quando conversamos em Siem Reap, mas não deu. Fui a alguns templos indicados pelo Chat GPT, mas quando lá cheguei percebi que já os tinha visitado. De qualquer forma foi possível ter novas percepções sobre alguns deles. Segue uma foto do Templo do Castelo de Metal no Templo Ratchanatdaram Worawihan. Passei também na frente dos chafarizes do Palácio Real. Segue foto. Não consegui comprar a passagem de metrô para o dia seguinte, pois só eram vendidas passagens para uso no próprio dia. Acabei gastando muito tempo, cerca de 2h, pesquisando preço de calças, pois não conhecia as áreas comerciais com melhores preços, mas acabei conseguindo comprar duas calças compridas em estilo tailandês, com dois bolsos grandes, por R$ 17,55 cada, com recibo. Dei uma volta num pequeno parque no meio da área comercial de que gostei. Fiz câmbio para euros e dólares. Os euros seriam para pagar a passagem de ônibus numa possível visita a Paris, de que acabei desistindo. Para terminar o dia fui visitar o Santuário de Erawan, um pequeno santuário hindu, com cerimônias de dança e oferendas, no centro de Bangcoc. Havia muita gente lá, pois imagino que era a hora de saída do trabalho. Seguem fotos. Na volta visitei estádios grandes, em que havia pessoas treinando e correndo. Eu mesmo dei a volta em alguns deles. Visitei também o Estádio Nacional da Tailândia, em que um time de futebol, aparentemente profissional, estava treinando. Deixaram-me entrar em alguns. Seguem fotos. Por fim passei em alguns prédios públicos e monumentos para apreciar como ficavam iluminados à noite. Seguem fotos. Comprei bananas para o jantar e o café da manhã. Quando voltei ao hostel, reencontrei o dono, que me cumprimentou com expressão feliz 😊. Despedi-me de todos, pois provavelmente não os encontraria na manhã seguinte e os agradeci por tudo. Na 5.a feira 12/6, após o café da manhã, caminhei até a Estação de Phaya Thai. Peguei o trem para o aeroporto que tinha um grupo de alemães no mesmo vagão. Após chegar troquei os bahts restantes com que tinha ficado para o caso de alguma emergência por US$ 1 e dei o resto que não podia ser trocado para uma faxineira do aeroporto. Tirei a foto desta escultura na entrada. O voo saiu perto de 11h35. Fui ao lado de um francês que aparentava ter origem islâmica e morava no interior da França. Conversamos bastante sobre vários assuntos. Ele me alertou para o fato de que havia lanches complementares no fundo do avião após algumas horas do almoço. Quando passamos pelo Iraque ele falou brincando sobre atirarem no avião. Mal sabíamos que algumas horas depois o Presidente Donald Trump ordenaria o bombardeio das instalações nucleares do Irã, provavelmente muito perto da nossa rota. Explicou-me também que o aeroporto ficava fechado num determinado período noturno por causa dos moradores das proximidades. Como não estava na janela, assisti mais alguns filmes contando os dois trechos, que se me recordo foram um biográfico de Napoleão, outro sobre o cerco e evacuação de Dunquerque, de que eu ouvi falar desde adolescente e outro de ficção científica chamado “Gravidade”. Chegamos perto de 19h10. Eu fui procurar um local para dormir. Sem querer acabei passando pela imigração e tive que voltar. Porém não era possível ficar onde eu tinha imaginado que eram as espreguiçadeiras do espaço de relaxamento ao lado da escultura “O Farol” porque fazia parte da área que iria fechar. Os funcionários orientaram-me a ir a um outro local em que havia algumas outras espreguiçadeiras, não tão boas quanto aquelas, mas bem razoáveis, além de banheiros e água potável. Lá encontrei um casal de orientais e duas peruanas, que se me recordo iriam para a Austrália no dia seguinte. Havia uma espreguiçadeira sobrando e para mim tinha ficado ótimo. Jantei o que tinha trazido de Bangcoc e planejei o dia seguinte. Decidi não ir a Paris porque o ônibus que custava 2 euros sairia muito tarde, perto de 6h10, chegando lá perto de 7h40 e me deixando um pouco distante das principais atrações. E eu teria que pegar o ônibus de volta perto de 10h30 a 11h. Achei que não valia a pena. O trem que saía pouco depois das 5h era bem mais rápido e custaria 26 euros de ida e volta. Não quis pagar isso só por 5 horas de passeio. Este valor era suficiente para me manter por uma semana no Camboja ou Tailândia, contando hospedagem e alimentação. Achei que pagar isso por 5h de passeio seria um desrespeito a eles e a mim. Decidi ir pela manhã conhecer Le Mesnil-Amelot, que ficava nas redondezas do aeroporto. Quando estava pronto para dormir, perto de 22h, chegou uma equipe de manutenção e disse que precisaríamos sair dali, pois iriam fazer manutenção nas luminárias que ficavam em cima das espreguiçadeiras, que eram fixas no chão 😄. Precisamos então sair dali e fomos para os bancos no espaço próximo. Eles eram bem menos confortáveis e a noite não foi muito boa 😫. A manutenção acabou por volta de 4h. Após eles avisarem, as pessoas que estavam nos bancos voltaram para as espreguiçadeiras. Eu esperei um pouco para ver se sobrava vaga, mas não sobrou. Passei o resto da noite no banco mesmo. Na 6.a feira 13/6, comi o café da manhã que eu tinha comprado em Bangcoc. Como o povoado era perto, eu não acordei tão cedo quanto teria para ir a Paris. Foi um erro . Após o café da manhã fui para a fila da imigração para a saída. Mas quando cheguei na fila, estava enorme. Imagino que era horário de pico de chegada de voos. Fiquei cerca de meia hora na fila e vi que iria demorar provavelmente mais 1h. Já eram 8h30 e, por segurança, imagino que eu teria que chegar na imigração de volta 2h antes do voo. Era meia hora andando até o povoado e meu voo saía as 13h20. Ou seja, chegaria ao povoado por volta de 10h e teria que começar a voltar por volta de 10h30. Desisti 😞. Acabei ficando no aeroporto mesmo. Voltei à área de relaxamento onde ficava “O Farol”, apreciei a vista, fui novamente ao museu, que desta vez estava fechado para troca de exposições e por fim sentei para assistir um pouco do noticiário e atualizar mensagens na internet, além de tentar conseguir uma viagem de Fortaleza para minha casa pelo Blablacar, dado que chegaria após o último ônibus. O voo foi tranquilo. Fiquei ao lado de mãe e filha francesas que estavam vindo para conhecer parte do Brasil. Pretendiam ir a Jericoacoara, Lençóis Maranhenses e outras localidades de que não me recordo. Cheguei em Fortaleza por volta de 17h30. Após desembarcar vi que não tinham aceito meus pedidos de viagem e que não havia mais nenhuma disponível. Decidi passar novamente a noite no aeroporto. De novo em um banco 😄. Comprei alimentos no Atacadão que fica em frente, jantei sanduíches e tentei dormir desconfortavelmente nos bancos. No dia seguinte, tomei café da manhã com o comprado anteriormente e depois fui andando até a companhia de ônibus, onde peguei o ônibus das 7h50 para casa. Cheguei em casa perto de 10h30.
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Olá, algum grupo programando fazer o Vale do Pati em abril/maio deste ano? Com preferência para 15 de abril a 15 de maio. Sou de Vila Velha, penso em fazer a rota de 5 dias para aproveitar o entorno (paisagens e atrativos), pegar um voo até Vitoria da Conquista e, locar um carro de lá para Lençois. Alguém? Aceito opniões...
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Galera, sou de São Paulo Capital, terei as 2 primeiras semanas de Janeiro de folga e estou querendo fazer uma cicloviagem de baixo custo, preferencialmente acampando ao longo do trajeto. Sei que essa época chove, por isso optei por cicloviagem ao invés de travessia de montanha ( trekking), mas só tenho exatamente essas duas primeiras semanas de janeiro mesmo. Estou pesquisando qual roteiro fazer, esta bem dificil decidir, entao, caso alguém aí tenha algum conselho/dica, será um prazer estabelecer essa troca ! Por enquanto estou entre: - Estrada Real, iniciando por Diamantina e descendo até no maximo Tiradentes ( pois ja fiz de Tiradentes até Parati em uma outra viagem). - Chapada dos Veadeiros ( não faço ideia qual roteiro seguir, mais sei que é possivel) - Vale Europeu, por ele ser mais curto, talvez pudesse conectar com outros caminhos que levem a lugares legais. Iria pegar o onibus em São Paulo. então tem tudo uma questão de preço de passagem e se a empresa deixa eu levar bicicleta. Bom, a principio é isso, se alguem tiver mais dicas de roteiros legais com predominancia de estrada de terra e o maximo de natureza possivel...lago, cachoeira, etc..compartilha aqui que vai ser lega l!! Grato pelo atenção !! boa semana !
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Destinos naturais em Porto Alegre
miranlauberf postou um tópico em Rio Grande do Sul - Relatos de Viagem
Buenas galera! Agora me animei em escrever relatos hehe e nada melhor que ensinar a turistar na minha cidade querida... Então não é necessariamente um relato de viagem já que moro lá (digo lá porque agora to longe, aqui na Bolívia), mas sim relatos dispersos de passeios por espaços naturais urbanos e também unidades de conservação do meu Portinho. Vamos passar por duas praias e dois morros: Lami, Ponta Grossa, Morro do Osso, Morro Tapera, e como extra por Itapuã (fica em Viamão, a cidade do lado). Começando pelo Lami. Assim como os demais lugares, fica na Zona Sul da cidade. Do centro histórico, ali no Mercado Público, se pega o bus 267 ou R47 Lami e pede pra descer na praia. Sim, Porto Alegre tem praia e se pode tomar banho! é uma linha de costa no Guaíba, nosso rio/lago, com uma faixa de areia e atrás a vegetação de restinga. Infelizmente, assim como por todos os lugares, tão querendo conceder pra iniciativa privada estragar com a conservação da natureza que os ambientalistas tanto querem proteger. Enfim, ali se pode caminhar pela orla, tomar um banho, comer um pastel, tem gente que acampa, nunca passei a noite ali mas adoraria. Aí tem o morro da Ponta Grossa. Pra chegar lá se pega o 171 Ponta Grossa até o lugar onde era o antigo retiro dos funcionários da Varig. Ali tem uma casa com um portão onde a entrada é gratuita pra trilha no morro, a não ser que tu esteja de carro, aí tem que pagar 10 reais de estacionamento. O morro tem algumas trilhas diferentes, dá pra subir até o topo do morro (não cheguei a ir ali) e também chegar na beira da praia. No início da trilha tem uma antiga pedreira. É tudo lindo o caminho no meio do mato, as pedras, do nada chegar na prainha da pg. O Morro do Osso é uma Unidade de Conservação, um Parque Natural Municipal. Se não me engano, a entrada é gratuita e tem alguns ônibus que chegam lá perto, melhor pesquisar melo app Moovit pra ver qual o melhor de acordo com o lugar onde tu tá. Dá pra agendar trilhas guiadas ou fazer elas por si mesmo. Nesse morro tu pode conhecer o que é a formação dos morros graníticos de Porto Alegre, que são o último vestígio norte do escudo rio-grandense chamado também de Serra do Sudeste. Essa formação é composta por morros graníticos com mata nas encostas e campos nativos no topo, cheios de rochas e gramas maravilhosas. Assim dá pra sentar lá no topo e ficar mirando o Guaíba de cima. Já o Morro Tapera é mais roots, esse tem que se virar sozinho. Tem várias entradas diferentes, só fui com amigos que sabiam o caminho e fomos de carro, então não sei explicar como chegar. Fica pertinho de Ipanema, então não é muito difícil. Tem um app de trilhas que é o Wikiloc onde vocês podem encontrar o caminho. É um pico seguro, tem gente da comunidade que sobe lá pra tomar um chima no fim de tarde dos fins de semana, mas por alguns dos lados o acesso é meio difícil por causa da degradação do solo. Igual rola, só tem que tomar cuidado, ir com o calçado adequado e tal, e as trilhas são fáceis de seguir, são claras, então rola não se perder e passear tranquilo. Nesse também se consegue ter uma vista panorâmica da cidade. O Morro do Osso tem uns 190m de altitude, enquanto o Tapera tem uns 250. Lugares mais altos são o Morro São Pedro, com 280, e o Morro Santana, ponto mais alto da cidade com 310m. Os dois são acessíveis mas o São Pedro tem que entrar em contato como Econsciência, que faz as trilhas, e o Santana dá pra ir sozinho mas dizem que é perigoso, então se entra em contato com o grupo Preserve Morro Santana que faz trilhas por lá. Como já disse, todos esses lugares são na Zona Sul, com exceção do Santana que é na Zona Leste. Morro do Osso e Morro Tapera são pertinho de Ipanema, que é tipo o início da ZS, enquanto a Ponta Grossa e o Lami estão mais pro extremo sul, se afastando cada vez mais do centro, inclusive por isso que é possível tomar banho no Guaíba. Agora o extra, saindo um pouco de Porto Alegre e chegando em Viamão, a cidade do lado. O pico é Itapuã. Partindo do centro, de pega o bus Viamão (um azulzinho) Itapuã Colônia ou Itapuã Praia das Pombas, custando cerca de 10 reais. Tem dois destinos possíveis (ou três caso tu tenha carro), um deles é gratuito e na comunidade e o outro é pago dentro do Parque Estadual de Itapuã. Na vila o destino pode ser a Praia de Itapuã ou a Praia dos Passarinhos, que eu nunca fui então não tenho muito o que comentar. Para o parque, que a entrada é cerca de 20 reais mas vale cada centavinho pela maravilhosidade. Tem a sede com um museuzinho e uma apresentação que conta a história do parque, que é muito interessante como um episódio importantíssimo da luta ambientalista na cidade. Aí tu pode escolher entre as praias, a última vez que fui tinha só duas abertas ao público, a Praia das Pombas e a Praia da Pedreira. Só fui na das pombas também porque é a mais perto pra quem tá a pé, mas dizem que a da pedreira é maravilhosa também. Além das praias, no parque se pode combinar com um guia comunitário pra fazer a Trilha da Visão, com custo extra de 10 reais. Até agora falei só das praias do Guaíba, mas em Itapuã também se pode ir além e chegar na Laguna dos Patos indo na Praia da Varzinha. Aí precisa ir de carro porque é mais longe e lá tem um camping que cobra 30 reais a entrada, mas logo ao lado do camping tem um portão que dá pra comunidade e é só pular que tu chega no mesmo lugar de graça e sem ninguém te incomodar, bem tranquilo. Outro pico maravilhoso que vale muito a pena, mas essa é uma praia pequenininha e costuma estar cheia de gente. Imagino que as duas praias da vila também tenham bastante gente, então pra quem curte sossego melhor ir nas que são dentro do parque ou no Lami, que tem uma costa bem grande e se quiser pode se afastar do pessoal. Já sobre os morros, são passeios mais tranquilos e com pouca gente. Nas fotos, em ordem: 3 no Lami, 3 na Ponta Grossa, 3 no Tapera, 1 na Varzinha e 1 na Visão. Espero que curtam os cantinhos naturais da Porto Alegre que gosto tanto! Qualquer coisa podem pedir, coisas específicas desses lugares ou rolês pelo centro também- 8 respostas
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Salve, galera! Esse é o resumo de um mochilão radical que fiz há alguns meses, espero que gostem. Caso queiram mais informações, podem acessar meu blog Rediscovering the World ou o livro que acabei de lançar (Trekking Extremo no Himalaia: Acampamento Base do Everest + Gokyo). Dia 1 Em 17 de março de 2019, ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, tomei uma sequência de voos pela Air China, cujo destino final seria Mumbai, na Índia. Compradas quase 5 meses antes, as passagens de ida e volta custaram 734 dólares. Dia 2 Após breve conexão em Madri, o avião grande seguiu até Pequim. Ambos voos foram bem-sucedidos. Como a espera até o voo final levaria o dia todo, decidi aproveitar que o visto não é necessário para permanecer até 144 horas na capital chinesa. Dessa forma, passei pela fila da imigração em uma hora, saquei yuans (1 real = 1,75 yuans) num dos caixas automáticos e deixei o aeroporto no metrô que me levou até o centro da cidade. O trajeto de meia hora custou 25 yuans. Deixei a linha do aeroporto para pegar outra, ao custo de 4 yuans. Logo me impressionei pelo desenvolvimento e pela limpeza de Pequim, tirando a névoa permanente que quase esconde o sol. Só a falta de educação dos chineses que seguiu conforme o esperado. O primeiro monumento visitado foi o do conjunto Templo do Céu (28 yuans). Numa área grande, fica um parque com as estruturas erguidas em 1420 para orar em busca de uma boa colheita. A construção principal é o maior templo redondo de madeira da China. Depois de uma boa caminhada, comprei 4 bolinhos (dumpling) de carne por 2,5 yuans cada, mesmo sem saber antecipadamente o que viria dentro. Segui então caminhando até chegar à sequência de postos de controle policial de onde ficam as principais atrações de Pequim. Primeiramente, o museu nacional. É em sua maioria gratuito, num prédio bastante amplo, mas com conteúdo quase todo em mandarim e poucas exposições realmente interessantes. Entre essas, os presentes recebidos pela China de todo o mundo. Em seguida, caminhei ao redor da Praça Tian'nanmen, a Praça Celestial. É famosa por um massacre que aqui ocorreu durante protesto da população. Também não se paga e há espaço de sobra, com um memorial a Mao Tse-tung e um monumento aos heróis chineses. Por fim, entrei na Cidade Proibida. Como estava faminto e o corpo já se entregando de cansaço, tive que almoçar ali mesmo, pagando 32 yuans num prato raso. Mais uma atração enorme: são dezenas de palácios, muralhas e portais. Para visitar em baixa temporada (agora), custou 40 yuans. Mesmo assim, é difícil conseguir uma foto boa, tamanha a quantidade de chineses que visitam o complexo. Na saída, tentaram me aplicar o golpe de bater um papo num bar e ser extorquido, mas como eu já sabia dessa, escapei. Esgotado, retornei ao aeroporto no final da tarde. À noite, voei num avião menos novo pra Mumbai, tirando um belo cochilo a bordo. Dia 3 Desembarquei já na madrugada seguinte. Passei pela imigração com o eVisa feito antecipadamente na internet e troquei dólares por rúpias (1 dólar = 66 rúpias) logo após a imigração. Por fim, pedi pra chamarem um Uber pra mim, pois o táxi até o hotel próximo custava 500 rúpias, enquanto o Uber saiu por 210. O problema foi achar o danado, escondido numa viela. Somente às 3 e meia eu entrei no Ahlan Dormitory. Pra ficar num quarto coletivo, gastei 250 rúpias por noite. Só que o lugar não era muito agradável, pois era barulhento, fedia, estava sujo e quase sem água. Algo me picou na cama e me deixou com marcas por semanas. Pelo menos o wi-fi, o ar e o guarda-volumes funcionavam. Pra piorar, fui acordado antes das 8h pelos hóspedes e funcionários, não conseguindo mais dormir - o que já tinha dado bastante trabalho antes, vide o jet lag. Levantei, tomei o “chai” (na Índia, o chá é misturado com leite) e parti pra luta. Caminhando um pouco já notei a diferença colossal na (falta de) limpeza, em relação a Pequim. Peguei o metrô recém inaugurado, com ar condicionado, a partir de 10 rúpias. Para começar a preparar meu estômago, tomei um suco natural por 40. Em seguida, entrei na estação de trem suburbano. Que caos! Gente correndo e se empurrando por tudo que é lado, pendurada nas portas dos vagões como nos filmes, e tal. Para vivenciar um pouco disso, e porque eu queria economizar, comprei um bilhete da 2ª classe de Andheri a Churchgate. Apenas 10 rúpias até ponto final, 22 km adiante! Ainda que estivesse bem quente, os indianos vestiam quase todos roupa social, nenhum (além de mim) de bermuda. Da estação, fui até o principal museu da cidade, de nome complicado: Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya. Construído pra homenagear o príncipe do País de Gales, hospeda hoje num edifício de arquitetura indo-sarracena uma porção de artefatos relacionados a Índia e além, contando sua história. Pena que o ingresso seja meio salgado: 500 rúpias + 100 pra usar câmera. Nessa hora, começaram a pedir pra tirar foto comigo, como se eu fosse famoso. O almoço foi no renomado Delhi Darbar. Fiquei com um picante mas apreciável prato de “angara chicken” por 550 rúpias. Saí cheio. Acabei optando por fazer um city tour de 3h por 3500 rúpias, bem mais do que eu deveria pagar. Nele, passei por vários locais interessantes, como uma lavanderia a céu aberto, diversos prédios públicos e privados com arquitetura colonial britânica, o museu-casa do Gandhi (Mani Bhavan), a orla de Marine Drive, a colina de alto padrão Malabar e o templo da religião jainismo. Depois, fiquei no mercado de rua, onde não consegui caminhar em paz, indo então de volta pro hotel através de outra linha de trem da estação central. Retornei pendurado na porta aberta do trem. Comi um negócio, antes de conhecer dois jovens ucranianos no dormitório. Fiquei papeando e dei uma volta com eles, pra conferir o movimento das ruas poluídas. Aproveitei para provar a sobremesa quase sem gosto chamada “falooda” (40 rúpias) e levar umas bananas (6 por 1 real). Dia 4 Com o feriado do Holi, o qual me gerou uma pintura facial, o transporte público ficou bem menos cheio, ainda que sua frequência também tenha diminuído. Peguei os mesmos 2 transportes da manhã anterior, mas quando cheguei à estação final, pedi um Uber até o monumento Gateway of India, de onde partem os barcos até Elephanta Island, por 200 rúpias ida e volta. A baía até a ilhota é entulhada de estruturas. O translado leva cerca de uma hora; no total da minha hospedagem até a ilha eu levei quase 4 horas de deslocamento! Ao chegar, peguei um trenzinho da alegria (10 rúpias). Almocei no restaurante Elephanta Port, escolhendo um prato de “biryani” por 275 rúpias. O “biryani” de frango viria a se tornar meu prato preferido no país. Depois, subi o morro em meio a inúmeras barracas de souvenires. Para acessar as cavernas de Elephanta, patrimônio da UNESCO, paga-se atualmente 600 rúpias. São 5 delas, entalhadas diretamente na rocha durante 1300 anos do século 6 até a invasão e destruição parcial pelos portugueses. Há colunas, santuários e muitas estátuas em homenagem à deusa Shiva. Pena que com a quantidade de visitantes, praticamente todos indianos, fica difícil sacar boas fotos. O guia local Krishna me encheu tanto o saco que acabei aceitando uma explicação de meia hora por 500 rúpias. Quando ele me chamou pra ir num bar depois, meu sensor de golpe apitou. E eu estava correto, pois ele tentou fazer com que eu pagasse a cerveja dele e ainda tomar meu dinheiro com a desculpa de que iria pagar minha parte, mas não teve sucesso quando eu o peguei fugindo… Essa cerveja Kingfisher, a mais popular da Índia, não é boa. Só poderia ser assim, já que leva açúcar e xarope de arroz e milho na fórmula. Depois desse fato lastimável, subi as escadarias até o topo do morro, com vista para o mar e cheio de macacos fofos (Macaca radiata) - até eles roubarem sua comida. Ali fiquei famoso de novo, visto a quantidade de gente que pediu foto comigo. Retornei à hospedagem, chegando após escurecer. Só comi algo salgado e repousei. Dia 5 Acordei cedo pra pegar uma condução até o terminal 1 do aeroporto (110 rúpias), onde voei de SpiceJet até Bangalore. Que bom que mesmo as companhias de baixo custo da Índia permitem despachar até 15 kg gratuitamente, já que meu mochilão cheio dificilmente passaria por bagagem de mão. Em Bangalore, embarquei logo num segundo voo da GoAir até Port Blair, a capital maior cidade do arquipélago isolado de Andaman e Nicobar. Como se já não estivesse quente o suficiente em Mumbai, a temperatura de Port Blair na chegada estava em escaldantes 34 graus. Peguei um tuk-tuk (100 rúpias) até a estação de ônibus principal. Como perdi o ônibus das 15h e o próximo partiria quase 2 horas depois (somente mais tarde eu descobri que havia mais ônibus no outro terminal chamado Aberdeen), aproveitei pra fazer um lanche ali e comprar mantimentos no supermercado Mubarak. O ônibus saiu cheio. Levou cerca de uma hora e 24 rúpias para chegar ao vilarejo de Wandoor. Lá me hospedei no Anugama Resort, numa suíte privada bem razoável. Só que de resort o lugar não tem nada, nem sequer uma piscina, bar ou internet funcionando. Ao menos, os funcionários são gentis. Na hora do jantar, em que fiquei com um curry de peixe (190 rúpias) no restaurante da hospedagem, conheci uma família de belgas e holandês, com quem bati um bom papo. Dia 6 Acordei várias vezes durante a noite e levantei pelas 6, sendo que já havia sol um bom tempo antes. Eu e um dos companheiros da noite anterior fomos a pé cedo ao escritório do Parque Nacional Marinho Mahatma Gandhi para tentar conseguir a permissão para adentrá-lo, mais especificamente na ilhota de Jolly Buoy. Lá, descobrimos que os barcos já estavam cheios, e que precisaríamos tanto agendar o passeio quanto conseguir a permissão no escritório de turismo em Port Blair. Sendo assim, barganhamos um táxi para nos levar, esperar e trazer de volta por 2 mil rúpias. Emiti a permissão (mil rúpias) e o bilhete do barco para Jolly Buoy (885 rúpias) na mesma hora. Detalhe é que é necessária uma fotocópia do passaporte - mas há um xerox próximo que o faz por míseras 2 rúpias! Depois, fomos ao píer de Phoenix Bay, fechado aos domingos, para comprar nossas passagens à ilha Neil (510 rúpias). Regressamos a Wandoor e eu almocei no próprio hotel. Meu prato de “biryani” de frango (240 rúpias) demorou pra ficar pronto, mas foi uma baita refeição. Em seguida, caminhei até a praia. No caminho, topei com algumas aves, como o martim-pescador. A praia de Wandoor é peculiar por um motivo ruim; não é permitido entrar na água devido à presença esporádica do crocodilo de água salgada (Crocodylus porosus), o maior do mundo. Há inclusive uma tela de proteção. Alguns quiosques vendem souvenires, alimentos e bebidas. Fiquei ali com o pessoal por umas horas, até que eles partiram enquanto eu esperava o pôr do sol. Logo depois, caminhei os poucos quilômetros de volta ao Anugama Resort. Banho, janta e cama. Dia 7 Às 7 e meia embarquei rumo a Jolly Buoy, no Parque Nacional Marinho Mahatma Gandhi. A duração do translado foi de pouco mais de uma hora, em meio a ilhotas desabitadas com floresta nativa intocada. Chegando em Jolly Buoy, tive um grande desapontamento. Não é mais permitido praticar snorkeling! Dá pra acreditar nisso? Se tivessem dito antes eu já estaria a caminho da ilha Neil, e não num lugar minúsculo onde você só pode se banhar num cercado minúsculo. Fiquei lá conversando com a única outra gringa do barco, uma húngara. A única atividade extra é um passeio de 1h num barco sujo e desconfortável, com vidro no fundo para ver os corais e peixes, a um custo extra de mil rúpias… Ao regressar pelas 13h, almocei e parti para Port Blair num ônibus musical. Ao chegar, fui atrás de algum hotel, já que minha reserva para essa noite seria para a outra ilha. Usando a internet de uma acomodação já cheia, encontrei um tal de Lalaji Bayview, com um quarto individual por 800 rúpias. Então fui até lá caminhando, pelo meio de uma comunidade. A internet é paga (60 a hora), mas ao menos existente. Já a suíte é a mais básica possível, enquanto que o restaurante no topo da edificação é bacana. Jantei um enroladão de camarão (250 rúpias) e fui pra cama. Dia 8 Seguindo a tradição de acordar cada vez mais cedo, peguei a balsa das 6:30h para a ilha Neil. Duas horas depois, aportei. Deixei a mochila na acomodação Kingfisher Hotel e fui caminhando até a praia do norte, chamada Bharatpur. Com um bocado de gente, um tanto suja e cheio de barracas vendendo conchas, passeio aquáticos e etc, não é bem o que eu pensava. Atravessei e tive que nadar certo tempo até localizar os recifes de coral. Aqui vi alguma qualidade, até mesmo havia corais que nunca havia observado antes. O ruim foi voltar desviando dos barcos e motos aquáticas. Para almoçar, tentei achar um restaurante que fosse um meio termo entre os dos hotéis chiques e os pés sujos. Acabei parando no Port Canteen, onde fiquei com um arroz frito com camarão (220 rúpias). Com o dinheiro acabando, precisei sacar no único ATM da ilha, que para variar estava indisponível no momento. Contando com que a máquina estaria operando novamente dentro de algumas horas, o próprio funcionário do banco me emprestou seu dinheiro para que eu pudesse pagar o depósito do aluguel da bicicleta! A respeito disso, escolhi uma magrela para me deslocar por essa pequena ilha. A velha bike era pequena demais pra mim, mas por apenas 100 rúpias a diária eu não podia querer muito. Uma scooter custava um pouco a mais (400 rúpias + combustível). Pedalando, cruzei o interior cultivável de Neil até a bonita praia Sitapur, famosa pelo nascer do sol. Ali eu mergulhei novamente, mas no ponto onde fui a visibilidade estava ruim, devido às ondas. Vi menos do que no snorkeling anterior. Consegui sacar grana ao retornar. Assim, segui para outra beleza natural, um arco de rocha que fica no oeste da ilha. Cheio de turistas indianos, para se chegar nele há de passar por cima de poças de maré. Vi o sol se pôr neste lugar e retornei. Peguei dois dos salgados fritos picantes “samosas” (20 pila) e um caldo de cana (30) na parte mais central, onde havia movimento naquela hora. De volta ao hotel, meio velho e sem internet, para dormir. Dia 9 Mesmo que quisesse, não poderia demorar muito a acordar, pois o check-out é às 7:30h! E esse parece ser um horário normal dos hotéis das ilhas Andamã. Definitivamente, não entendem de turismo para estrangeiros. Ainda com a bicicleta, toquei para a praia Lakshmanpur, onde também mergulhei. Só que nessa praia só havia dois pescadores, que logo foram embora, e mais ninguém. Fiquei quase 2 horas e meia me deliciando com a vida nos corais. De especial, vi o maior peixe não cartilaginoso que já presenciei na vida. O peixe-papagaio (Bolbometopon muricatum) era tão grande que pude até tocá-lo. Na volta, fui comprar o bilhete da balsa a Havelock, vendido só no mesmo dia e de forma presencial, tudo para dificultar sua vida. Almocei o prato típico indiano thali (180 rúpias) e peguei a balsa. Em Havelock, pensei em andar apenas de ônibus, mas a frequência é tão baixa (1 a 1:30h cada) que decidi alugar uma scooter (500 rúpias a diária) pela segunda vez na vida. Meio cambaleando, fui até o Emerald Gecko, hospedagem na praia nº5 onde eu fiquei. Paguei 1600 rúpias numa cabana rústica de frente pra praia. Aqui finalmente tive contato com vários estrangeiros, todos europeus. Saí para dar uma corrida na praia, de maré baixa durante o pôr do sol. Só que essa praia não é boa pra nadar. Jantei no restaurante da própria acomodação, um pouco mais caro do que estava pagando. Então fiquei com uma pizza de frutos do mar (300 rúpias). Para variar, a internet não estava funcionando, então depois de um papo fui dormir, em mais um colchão finíssimo padrão Andamã. Dia 10 Tive que esperar o café da manhã incluído pra depois pegar a estrada. Dirigi até o começo da trilha para a praia Elephant, assim nomeada devido aos bichões acorrentados na praia para satisfazer a vontade de turistas que querem passear neles. Só que não foi dessa vez que a conheci, pois ela estava fechada devido a um óbito no dia anterior! Assim sendo, continuei na estrada até a praia Radhanagar. Seguindo a dica de um indiano, parei em frente ao Hotel Taj, onde ficaria um belo ponto de mergulho. Com o tempo fechado, não havia ninguém na praia quando cheguei pelas 8 e meia. Caí na água calma e clara, sobre um fundo exclusivamente arenoso. Nadei mais de 200 metros, sem ver nada. Eis que quando pensava em mudar a localização, comecei a vislumbrar uma maravilha atrás da outra. Cansei de ir atrás de arraias, de contar quantos cardumes e corais enormes diferentes apareciam, assim como polvos e muitas outras criaturas. No final, ainda tive o prazer de ver algumas tartarugas-marinhas e de sofrer comensalismo por uma rêmora! No total, fiquei nadando por 3 horas! Parei na entrada principal da praia, cheia de indianos, para almoçar num dos diversos restaurantes. Fiquei com um “thali” de camarão a conta gotas, por 300 rúpias. Depois, caminhei pela praia no sentido contrário ao anterior, encontrando nesse caminho separadamente os dois casais que eu havia conhecido nessa ilha. Ê mundo pequeno. Com a chuva, a pista estreita ficou um sabão só. Voltei devagar pra não deslizar na moto como um cara que estava à minha frente. Guiei até Kalapathar, a praia mais ao sul acessível por estrada. Legal ela, mas nada de excepcional. Regressei e parei no restaurante Golden Spoon, para comer um prato de peixe e usar a internet. Depois disso, voltei a minha hospedagem. Dia 11 Um bando de infelizes começou a bater panela pelas 5 e pouco. Dormi mais uma hora, tomei o café e segui pro início da trilha da praia Elephant - que ainda estava fechada… Só me restou voltar ao ponto de mergulho do dia anterior. Só que dessa vez não vi nada de novo, além de estar me borrando de medo, agora que eu estava ciente que ali é território do maior crocodilo do mundo. Almocei em Vijay Nagar, no restaurante vegetariano Biswas. Pedi um “paneer butter masala” por 200 rúpias. “Paneer” é o tradicional queijo coalho indiano, enquanto que “masala” é uma mistura de temperos. Depois, devolvi a moto e fiquei matando tempo até a saída do barco para Port Blair. Acabei embarcando no navio errado, e só me dei conta quando ele tinha partido - ainda bem que o destino de ambos era o mesmo. Só que esse estava infestado de baratas. Ao desembarcar já era noite, então só me restou ir pro hotel Sunnyvale, pedir uma janta a tele-entrega, lavar minhas coisas e dormir. Exceto pela barata no banheiro, foi a melhor suíte até então. Dia 12 Café da manhã, seguido pelo voo da IndiGo a Chennai. O voo atrasou, então pude conferir todas as atrações do aeroporto: banheiro, bebedouro, caixa eletrônico, lanchonetes e 3 checagens de segurança obrigatórias. Fazia um inferno de 36 graus quando aterrissei. Do alto e pelas ruas se vê que o forte aqui é a arquitetura. Além de muitos prédios em estilo colonial britânico, as moradias são coloridas com diferentes cores, e há uma infinidade de templos de hinduísmo. Mas também se vê muita sujeira e pobreza no meio. Peguei o metrô até a estação central (50 rúpias). Já na estação de trem, provei o suco de um fruto novo pra mim, o marrom arredondado sapoti. Depois, embarquei no trem (5 rúpias!) para o famoso templo hinduísta Kapaleeswarar, cultuado a Shiva. Não se paga nada pra entrar, mas além de uma torre cheia de ídolos do hinduísmo, não há mais muito o que ver. Na saída do templo, um motorista me abordou com o intuito do famoso golpe do tour barato de tuk-tuk, conhecido em Bangkok. Aceitei a carona de 100 rúpias que me levou primeiro à Basílica de São Tomé, uma das 3 únicas no mundo erguidas sobre a tumba de um dos apóstolos de Jesus. Depois ele me levou a duas lojas caríssimas onde ele ganharia combustível grátis por me levar. Obviamente eu não comprei nada. Por fim, me deixou na Marina Beach, a maior e mais movimentada de Chennai, onde eu caminhei um pouco e tomei um caldo de cana (20 rúpias) naquele final de tarde. A seguir, tomei outro trem e tuk-tuk para chegar ao albergue Elliot's 11 Beach. Um leito no dormitório coletivo me custou 610 rúpias incluindo café da manhã. Dei uma volta na rua cheia que leva à praia. Curiosamente, estava ocorrendo uma missa católica em tâmil (idioma do estado) a céu aberto. Parei para jantar num restaurante barato, Classy - de classe não tinha nada. Provei o tal de frango “tandoori”, assado, marinado, apimentado e avermelhado (160 rúpias). Caminhada noturna breve no calçadão da praia. Ali me desfiz dos meus chinelos que não tinham mais conserto e comprei um par por 150 rúpias. Depois fui pro albergue relaxar. Dia 13 Acordei pro café e o recepcionista estava vestindo uma camiseta de Floripa! Dá pra acreditar que o indiano já morou em minha terra, e adorou? Uber até o terminal, e lá próximo peguei o ônibus #588 até Mamallapuram (43 rúpias), onde fica o conjunto monumental de Mahabalipuram, que é um Patrimônio da Humanidade. Aqui eu finalmente vi turistas estrangeiros. Me esquivei dos guias e vendedores e entrei no complexo, sob um sol de rachar. São diversos monumentos com motivos hinduístas entalhados em granito, como baixos relevos, cavernas, mirantes e templos. Almocei no Moonrakers uma porção de lulas fritas (350 rúpias) e um camarão-tigre (300 rúpias) que foi desnecessário, como eu já estava satisfeito. Saí de lá explodindo - e acho que foi esse almoço que me deixou mal depois. Caminhei até os dois templos pagos, sob um único bilhete de 600 rúpias. O que fica na praia se chama Shore Temple, enquanto o outro é o Five Rathas. Ambos interessantes. Prossegui pelo Sea Shell Museum, uma coleção de 40 mil conchas! Há de diversas espécies, formas, tamanhos e cores de várias partes do mundo. Pelo ingresso que combina uma seção especial das pérolas e outra com aquários (alguns pequenos demais pros peixes que os habitam), paguei 150. Continuando, vi o restante das ruínas na colina cheia de rochas do conjunto central de Mahabalipuram. Cansado, retornei de ônibus no final da tarde. Tomei um milk shake premium no Shakos e me retirei ao albergue. Dia 14 Já estava me acostumando com o tumulto na Índia, mas se tem uma coisa que me tira do sério é a falta de educação deles, tanto a respeito de jogarem lixo no chão e na água, dirigirem como loucos, atravessando em qualquer lugar e buzinando o tempo todo, e também furarem filas descaradamente. Voos de turbo-hélice da SpiceJet a Kochi e de lá a Malé, capital do arquipélago das Maldivas. Estavam me negando o embarque internacional porque eu não tinha como mostrar as reservas dos hotéis de cada dia que eu ficasse nas Maldivas. Só fui salvo porque um funcionário compartilhou sua conexão, já que meu chip estava sem sinal. Imigração tranquila, troquei a grana na parte de fora do aeroporto (15 rufias por dólar), bati um rango superfaturado e peguei o ônibus (10 rufias) que passa pela nova ponte que liga à ilha de Malé. Do ponto final, caminhei meio km até o terminal de balsas de Villingili, onde comprei meu bilhete pra Rasdhoo (53 rufias). De lá, caminhei mais meio km até a hospedagem Nap Corner. Paguei 28 dólares para dormir numa cápsula tecnológica futurista! Como estava me sentindo meio enjoado, não saí mais. Dia 15 Às 9h encontrei meu amigo Vinícius no terminal de balsas. Junto com outros poucos gringos, pegamos a barulhenta até Rasdhoo. Como leva 3 horas e ela foi quase vazia (assim como as seguintes), tiramos um cochilo no caminho até o atol. Fomos recebidos por um representante do Ras Village, hotel onde ficamos. Logo saímos para almoçar no Coffee Ole. Pedimos miojo de frango (fried chicken noodles), o prato mais em conta (55 rufias). À tarde, mergulhamos na praia ao sul da ilhota, destinada aos turistas. Só ali é permitido usar roupa de praia, já que Maldivas é um país islâmico e Rasdhoo é habitada. Com a maré baixa, tivemos certa dificuldade em atravessar o recife interno muito raso, até chegar ao externo, onde a beleza se fez presente. Não tanto pelos corais, pois eles estavam um tanto descoloridos, mas os peixes que os cercavam eram abundantes. Além de grandes cardumes, vimos alguns tubarões-de-ponta-negra-do-recife, uma arraia-chita, uma lula, dois peixes-leão e mais uns extras. Deixamos a água quase 3 horas depois, quando o sol já se punha. Uma pena que, saindo do lado oposto, descobrimos um depósito de lixo que termina no mar, bem desagradável. Vimos o belo pôr do sol no Oceano Índico. Depois, caímos na água novamente pra um mergulho noturno, coisa que nunca havia feito antes. Com lanternas à prova d'água, mergulhamos na escuridão completa. Dá um certo medo, pois é nessa hora que os tubarões saem pra caçar - e nós vimos vários deles! Para completar, também avistamos uma tartaruga e uma sépia, que evadiu com um poderoso jato de tinta. Os lírios do mar também ficam mais bonitos à noite, pois se abrem totalmente para captar os nutrientes. Uma das vantagens de se mergulhar à noite é que, letárgicos pelo sono ou ofuscados pela lanterna, os peixes te deixam chegar bem mais próximo que durante o dia. Curti a experiência. Finalmente, jantamos no mesmo lugar, que tocava umas músicas de reggaeton animadas. Mas nada de álcool, já que fora das ilhas privadas dos resorts é proibido. Dia 16 Após café da manhã razoável, meu amigo foi fazer um passeio de 30 dólares para um banco de areia próximo, enquanto eu fui nadar até o recife Giri, mais afastado do que do dia anterior. O caminho até lá são 300 metros de profundidade inalcançável. De novo, vi os tubarões-de-ponta-branca-do-recife. Também avistei um cardume de peixes-anjo. Almoçamos em outro restaurante, o Lemon Drop. O cardápio é parecido com o anterior, sendo alguns itens mais caros e outros mais baratos. Aqui não tem som, mas há um terraço pra compensar. À tarde, praticamos mais snorkeling ao redor do lado sudoeste de Rasdhoo. Uma arraia diferente, alguns tubarões, cardumes e um peixe-leão no raso foi o que vimos. De vez em quando se misturavam correntes extremamente quentes com as um pouco frias, gerando turbulência na visibilidade. Após, assistimos o pôr do sol, com peixes saltando e morcegos sobrevoando a área. Depois da janta, meu mal estar provavelmente adquirido na Índia revelou-se uma diarreia. Duas semanas de comidas típicas super condimentadas e pouco higiênicas não tiveram um bom resultado. Ainda bem que não durou mais de um dia, talvez devido às leveduras (Floratil) que tomei. Dia 17 Na manhã seguinte, tomamos a balsa de uma hora de duração para a ilha de Ukulhas (22 rufias). Ukulhas é mais limpa e sua praia tem uma areia tão branca que ofusca a vista e o mar tão claro que a visibilidade atinge dezenas de metros! Logo ao cairmos na água, percebemos o quanto esse lugar é especial. O recife externo, junto com o da ilha seguinte, é o melhor que presenciei nessa viagem. Cardumes variados, corais em melhor estado, tubarões, arraia e 3 tartarugas dóceis, das espécies de pente e verde. Nem se preocuparam conosco enquanto comiam as algas dos recifes. Mas como já estava com o sol a pino, fomos nos abrigar. Almoçamos na hospedagem em que dormiríamos, a Olhumati View Inn (55 dólares), com a suíte mais bacana. Para comer, escolhi um espaguete com peixe em estilo das Maldivas (6 dólares) e um suco natural de maracujá (2 dólares). Tirei umas fotos da praia enquanto o Vinícius dormia. Às 3h, mergulhamos uma vez mais, pelo resto da extensão do recife externo da ilha. Os corais na direção noroeste estão em melhor estado. Cansamos de ver tartarugas por lá. Trinta-réis pescavam os infinitos peixinhos que abundam. De espécies novas, vimos uma ou outra. Pena que o lado menos frequentado por turistas tenha sua parcela de lixo. Depois do pôr do sol, partimos pro terceiro snorkeling do dia, ou melhor, já era noite. Só que dessa vez foi curto, pois minha lanterna entrou em colapso, então ficamos usando só a do meu amigo. O mais interessante que vimos foram diversos tipos de plâncton. Quando desligamos as luzes, descobrimos que eram aqueles tais bioluminescentes, que brilhavam ao nosso toque! Um tempo depois, fomos jantar no SeaLaVie, restaurante um pouco menos em conta, mas com um som legal. Pagamos 8 dólares cada num prato razoável. Dia 18 Após o café de panquecas e suco, seguimos ao último mergulho nessa ilha. Na tentativa de vermos as gigantescas arraias-jamanta, voltamos ao ponto da manhã anterior. Não conseguimos, mas em compensação, vimos o dócil tubarão-enfermeiro-fulvo tirando um cochilo sob um recife. Escolhi um prato da comida típica “kotthu roshi” (6 dólares) de almoço, feito com pedaços de chapati. Em seguida, por 22 rufias, subimos na balsa até Rasdhoo e até Thoddoo, a ilha final. Essa é caracterizada por produzir a maior parte dos vegetais do país, principalmente mamão. Só a faixa central é ocupada pela área urbana. Fomos caminhando à praia do pôr do sol, para em meio a muitos turistas russos, observar o fenômeno. No caminho vimos as plantações e alguns dos animais nativos, como os morcegos gigantes, os lagartinhos coloridos e as aves terrestres. Há uma mesquita no centro que fica bonita iluminada à noite. Jantamos próximo a ela, no Maracuya. Mas não recomendo, pois os preços não são os melhores, não há música, a iluminação é fraca e eles ainda tentaram nos passar a perna na hora de pagar a conta. Antes de voltarmos ao hotel, demos uma volta para tirar fotos. Dormimos no Amazing View Guesthouse, um nível abaixo dos outros. Mas ao menos também conta com wi-fi e ar condicionado. Dia 19 Tomamos o café da manhã e saímos a mergulhar na praia do nascer do sol. Em Thoddoo o recife externo é mais distante, então é preciso nadar um pouco mais para atingi-lo. Mas vale a pena, pois os corais aqui são os melhores que vimos nas Maldivas. Começando por um pequeno nudibrânquio, atravessamos cardumes enormes de peixes-papagaio, um polvo, um grupo de arraias-chita, além do que já havíamos visto antes. Não tivemos sorte em encontrar um lugar aberto pra almoçar. Depois de uma bela pernada, é que sacamos que era sexta-feira, o dia sagrado do islã, então os restaurantes só abririam depois das 13:30h. Ficamos pelo Coffee Moon, onde nos deixaram assistindo TV trancados no restaurante, enquanto os atendentes iam rezar. Na hora marcada, pedimos o rango, aqui mais barato. Cinquenta mangos por um pratão de miojo com frango e a partir de 20 pelo suco natural. Só que não tenha pressa, porque aqui o negócio é meio devagar. À tarde, largamos do mesmo ponto inicial, mas seguimos mergulhando no sentido inverso. Só que não foi proveitoso, pois já fomos um tanto tarde e um temporal estragou o mar. Para compensar, vimos o melhor pôr do sol. Surgindo entre as nuvens, o círculo desceu até ser absorvido pelo mar. Jantamos no restaurante e café Seli Poeli, bem próximo da hospedagem. Com luzinhas de natal, toca um som legal, mas os preços não são tão bons - apesar de não cobrarem os impostos que chegam a 16% (e você só sabe se são cobrados na hora que vai pagar a conta). Dia 20 Ficamos boiando na linda praia pela manhã. Para o almoço, escolhemos outro restaurante, o Mint Garden. O ambiente é agradável e os preços também, mas (sempre tem um mas) os peixes que pedimos levaram mais de uma hora para ficarem prontos! À tarde, fizemos o último mergulho. Contando os que fiz nas Ilhas Andamã, totalizei 16 mergulhos! Dessa vez, fomos ao lado oeste de Thoddoo. Tivemos que nadar por quase meia hora para chegar ao fim do recife externo. Nesse caminho, vimos coisas novas, como camarões, outras espécies de arraias, além de espécies incomuns, como moreias marrons e poliquetas. Foi bem proveitoso, mas teve que se encerrar com o sol se pondo. À noite, voltamos ao Seli Poeli pra rangar. Depois, finalmente encontramos a loja de souvenir Ufaa aberta, já que os horários são meio bizarros nessas ilhas - essa fica disponível só das 20 às 21:30h! Dia 21 Acordamos bem cedo pra pegar a balsa das 6 e meia para Rasdhoo. A hospedagem nos fez a gentileza de adiantar o café da manhã e nos conseguir uma carona até o porto. Tivemos que aguardar umas horas até a seguinte de volta a Malé. Ficamos no café e restaurante Palm Shadow. Ao chegar à capital, almoçamos na praça de alimentação que fica bem em frente ao terminal de balsas. Em seguida, pegamos um ônibus até o aeroporto (10 rufias) e outro até Hulhumalé (20 rufias). Para pegar um ônibus direto custaria 20 pelo cartão não retornável + 20 pelo transporte (e não poderia levar bagagem). Hulhumalé é uma ilha mais nova onde mora a população de Malé - há inúmeros blocos de condomínio padrão. Demos uma volta por lá, incluindo o parque central, mas não vimos nada de tão interessante para turistas. Antes de ir para o hotel, tomamos um suco no Juice Corner (a partir de 20 rufias) e uns salgados. Nos hospedamos no Loona Hotel, em frente à praia urbana. Pagamos 50 dólares por um quarto com café e ficamos vendo TV. Tomamos o pequeno-almoço na correria e dividimos um táxi (100 rufias) com um indiano até o aeroporto. Vinícius trocou suas rufias restantes na mesma cotação da compra (15 por dólar). Voamos com a IndiGo até Bangalore, onde tivemos que aguardar mais umas tantas horas para o voo consequente de AirAsia a Jaipur. De volta à burrocracia indiana. Mesmo com o visto dentro do prazo de validade, vou precisar pedir um novo pra minha terceira entrada na Índia, ainda que seja pra ficar menos de 1 dia e não sair do aeroporto. Outra coisa, em Bangalore (e possivelmente nos demais aeroportos) não é possível sair depois que entrar nele, mesmo sendo no saguão do check-in. Meia hora, muita desinformação e uma permissão especial depois, conseguimos nos ver livres; caso contrário, passaríamos fome, já que havia onde almoçar lá dentro… Depois desse rolo, almoçamos na praça que fica bem na saída da área coberta do aeroporto. Escolhemos o Wok Shop Para a refeição principal e o Frozen Bottle para a sobremesa (249 rúpias por meio litro de milk shake). Depois de certa turbulência, descemos em Jaipur já com a noite surgindo. Seguimos diretamente ao albergue Jaipur Jantar Hostel de Uber por 190 rúpias, devido ao trânsito. No Uber daqui há opção até de moto ou tuk-tuk. No caminho, vi o quarto acidente de moto na Índia em 10 dias. O albergue é bacana, num prédio de arquitetura interessante. Largamos a mochila no guarda-volume do dormitório com triliches e fomos diretamente ao restaurante da hospedagem comer um prato variado de “thali”. Dia 22 Por 250 contos comemos e bebemos à vontade no café da manhã; valeu a pena. Depois, seguimos de Uber (190 rúpias) ao Forte de Amber, nas colinas áridas ao norte da cidade. A entrada individual para estrangeiro adulto é de 500 rúpias, mas escolhemos o ingresso combinado de 1000 para incluir outras atrações. É um baita complexo palaciano, cercado de muralhas longínquas que mais parecem as da China. No interior, pátios, mirantes e cômodos. Altamente turístico. Ao retornar de tuk-tuk, seguimos ao Museu Albert Hall. É um prédio de 2 andares em estilo indo-sarraceno, com arte indiana nas mais variadas formas, como estátuas, pinturas, moedas e armas. Almoçamos num lugar meio caído, o restaurante Ganesh, já dentro dos portões da rosada cidade velha. Pedi um “paneer butter masala” (190 rúpias) e um “onion naan” (95 rúpias). Continuando, caminhamos no sol infernal até o palácio Hawa Mahal. Famoso por sua fachada, também é permitida a visita em seu edifício de 5 andares. Em sequência, Jantar Mantar. Patrimônio da UNESCO, é uma série de instrumentos astronômicos antigos e grandes, incluindo o maior relógio de sol do mundo. Às 18h, na avenida do portão Tripoli, começou o desfile do Festival Gangaur, que tivemos sorte em presenciar com vista panorâmica da laje de uma loja. O desfile religioso foi composto por pessoas fantasiadas tocando instrumentos e dançando, bem como animais, incluindo um elefante. No caminho de volta, tomei na rua o caldo de cana mais barato do universo (10 rúpias, ou seja, 55 centavos de real!). À noite, jantei e fiquei conhecendo gente no albergue. Dia 23 Nos levantamos tranquilamente para pegar o trem das 11h. Compramos os bilhetes (75 rúpias cada) alguns minutos antes na confusa estação, e nos empurramos pra dentro do vagão do Ranthambore Express na hora em que ele chegou. Cerca de duas horas depois, descemos em Sawai Madhopur. Pegamos um tuk-tuk (150 rúpias) até a C. L. Saini Guesthouse, mas acabamos sendo despachados pra outra hospedagem, a Paridhi Niwas. Neste lugar, ficamos num quarto sem ar condicionado e com internet intermitente. Almoçamos lá mesmo, o melhor “thali” da viagem, por 250 rúpias. Depois, fomos conhecer o Forte de Ranthambore, que fica dentro do Parque Nacional Ranthambore, onde faríamos safáris no dia posterior. Pelo transporte até o forte, com a espera, tivemos que desembolsar mil rúpias. Só havia indianos lá, além de muitos macacos do tipo langur. Passamos mais tempo os fotografando do que as ruínas do forte em si, que em conjunto com os demais do estado de Rajastão, formam um Patrimônio da Humanidade. À noite fomos dormir cedo, pois teríamos que estar de pé às 5h da madruga! Dia 24 Apesar da reserva paga pela na internet (~1800 rúpias) afirmar a necessidade de se obter o bilhete no escritório do parque na noite anterior, ele fica fechado, então às 5 e meia já estávamos lá, os únicos estrangeiros entre várias dezenas de guias e motoristas, pois os turistas pagam pros hotéis fazerem essa função. Com mais 4 belgas de meia idade, fomos de jipe até a zona 10 do parque, bem distante. O caminho até lá exige uma máscara contra poeira. O ambiente é semidecidual, com morros e matas baixas, bastante seco nessa época. Vimos diversos langures, veados-sambar, veados-manchados, antílopes-azuis e aves, como pavões (nativos da Índia), no trajeto irregular. Estávamos chegando ao fim do safári de 3 horas e meia, quando atingimos o objetivo máximo, um tigre! Mais precisamente uma tigresa de 2 anos, estava deitada pegando um solzinho ardente. No máximo ela deu umas lambidas e fez umas caretas, mas mesmo assim foi muito legal ver. Almoçamos no próprio hotel mais um gostoso “thali”. A única coisa que não conseguimos comer/beber é a amarga coalhada. À tarde, mais um safári, das 3 às 6 e meia, desta vez na zona 4, mas em um veículo de 20 lugares. Essa zona possui paisagens mais belas que a outra. Quanto aos animais, vimos tanto quanto antes e até mais: chacais, outras aves, crocodilos. E no finzinho já com o sol se pondo, outra tigresa! Jantamos em nosso hotel. Depois, ficamos assistindo vídeo-clipes na MTV indiana até dormir. Dia 25 Café da manhã meio esquisito. Depois, seguimos à estação de trem. Para variar, só conseguimos comprar pra segunda classe (a pior), por 100 rúpias para um trecho de 4 horas e meia até Agra Fort. Como os compartimentos dessa classe estavam entupidos, seguimos caminhando em direção aos vagões posteriores, que são melhores. Passamos por vários com camas e ar condicionado, todas lotadas, até que chegamos à classe superior dos assentos, também sem uma vaga sequer. Como resultado, só nos restou ficar no limbo, no espaço apertado e fedido do banheiro entre vagões, numa mistura de ar quente de fora e frio de dentro. No fim, apareceu um fiscal querendo nos cobrar a diferença dos bilhetes, como se estivéssemos na classe 3AC, que custava 815 rúpias a mais cada! O cara não falava muito inglês, então foi bem difícil argumentar com ele. O melhor que conseguimos foi pagar metade desse valor cada, já que não estávamos em assentos adequados… Ao chegar em Agra, combinamos com um tuk-tuk para nos transportar até a hospedagem e de lá até o forte, depois ver o pôr do Taj Mahal e retornar, por 700 rúpias. O Forte de Agra, patrimônio UNESCO do século 16, ocupa uma área grande, só que há poucas construções no interior, pois os britânicos as destruíram. Mesmo assim, os detalhes e o tamanho da obra de arenito vermelho são impressionantes. Entrada de 600 rúpias. Alguns sikh pediram pra tirar foto, então aproveitei para aprender um pouco sobre essa religião. Para o pôr do sol, ficamos num jardim bem atrás do Taj Mahal, mas do outro lado do rio que corta a cidade. Há que se pagar 300 rúpias para essa vista, mas se você gosta de amoras e vier nessa época, dá pra recuperar a grana catando as infinitas frutas que estão nos pés do jardim. Jantamos no Bob Marley Café. É tão autêntico que, além da decoração e das músicas, a bebida deles vem aditivada com aquele ingrediente que vocês devem estar pensando. O Special Bob Marley Lassi ("lassi" é um tipo de iogurte indiano) custou 180 rúpias. Umas duas horas depois, começamos a sentir os efeitos da bebida. Foi uma comédia só. Dormimos no Yoga Guesthouse, só no ventilador e cercado de mosquitos, por 350 rúpias cada. O ambiente não é tão limpo, mas a pessoa que cuida não poderia ser mais solícita, visto que até levou os tênis do meu amigo para costurar sem cobrar. Dia 26 Taj Mahal pela manhã. Quanto mais cedo melhor, mas não fomos tanto. Pra chegar lá, só caminhando ou de riquixá. A entrada pra estrangeiros é abusiva: 1300 rúpias. Dentro, plantas, águas, mesquita, muita gente e o imponente mausoléu de mármore com a tumba da mulher preferida que foi presenteada pelo rei mugal. Na saída, compramos um souvenir, tomamos o café da manhã e corremos pro ônibus refrigerado da Ashok Travels, que nos levaria a Délhi por 400 rúpias cada. Três horas depois, desembarcamos na estação de metrô Akshardham, onde fica o maior templo hindu do país. Almoçamos umas misturas boas num restaurante da estação, seguindo então para a do albergue Backpackers@CityCenter, por 30 rúpias. Deixamos as coisas lá, e como já era tarde e as atrações estavam fechadas, fomos às compras. Primeiro descemos no shopping Moments Mall, entrando no hipermercado More Mega Store. Lá eu pude comprar barras de proteína pro trekking no Nepal e o meu amigo alimentos típicos indianos (como a "chana") pra levar pro Brasil. Em seguida, o shopping Pacific Mall, para acessar a Decathlon (onde comprei meu calçado pra trilha) e jantar na praça de alimentação. Ao retornar pra dormir no quarto coletivo refrigerado de 635 rúpias cada, tive a maior ré da viagem. Meu voo para o Nepal com a porcaria da Jet Airways havia sido cancelado há alguns dias (falência da companhia) e eu nem tinha sido notificado! Para piorar, todos os voos de outras cias para os dias seguintes estavam absurdamente caros e não havia vaga nos ônibus que levam mais de um dia pra chegar! Acabei tendo que pagar uma fortuna no voo da IndiGo, caso contrário meu trekking no Everest ficaria comprometido... Dia 27 Havia levado minhas roupas na noite anterior pra lavanderia, ao custo de 30 rúpias por peça. Quase que fiquei sem elas, pois ficaram prontas no momento em que eu estava saindo, ainda que a lavagem tenha sido bem mal-feita. Para ir ao aeroporto eu fui de metrô, na linha expressa que custa 50. Na hora do check-in, conheci dois brasileiros (Lucas e Amanda) que fariam o mesmo trajeto que eu no Everest. Ao chegar em Catmandu, preenchi o formulário eletrônico, paguei o visto para um mês (40 dólares), passei a imigração e fiz o câmbio na cotação de 1 dólar pra 107 rúpias nepalesas. Estava chovendo ao deixar o terminal, mas isso não impediu que eu viesse caminhando até o hotel Sunaulo Inn, onde fiquei num quarto meia-boca por 1200 rúpias (doravante nepalesas). Jantei no próprio lugar, escolhendo um "biryani" de ovo por 280 rúpias. Apesar de ser mais barato que a Índia, cobraram sobre esse valor 23% de taxas! Depois das últimas pesquisas na internet, arrumei o mochilão pro dia seguinte e fui dormir cedo. Dia 28 Fui empolgado ao aeroporto, só pra descobrir que meu voo não sairia tão cedo. Cheguei às 9h e esperei… esperei… esperei, até que às 17h finalmente os voos para Lukla foram cancelados pelo tempo adverso e por um acidente fatal no dia anterior! Um dia inteiro perdido coçando o saco no saguão… Ao menos no final do dia consegui conhecer o complexo do templo hinduísta de Pashupatinath (mil rúpias). A arquitetura é interessante, com várias estupas e teto dourado. Ao longo de um rio, aqui ocorrem rituais de cremação como em Varanasi, na Índia. Tive sorte de presenciar uma dessas cremações, que começam com a cobertura do defunto com flores e o som de uma banda ao vivo. Em seguida, cobre-se de madeira e material inflamável e acende-se uma fogueira, que transforma o corpo em cinzas, que vão parar no rio. Meio macabro. Jantei um "chowmein" de frango, que é um macarrão chinês (250 rúpias), e repousei no mesmo hotel sujinho da noite anterior. Dia 29 Achei que não iria de novo, mas depois de 3 horas de tráfego aéreo (pra desafogar os atrasos dos dias anteriores), nos enviaram pro aviãozinho que recém havia pousado. E pensar que eu quase troquei por um caro helicóptero, como alguns dos turistas fizeram. Logo estávamos no ar, chacoalhando entre montanhas e terraços agrícolas. Pousamos uns 45 minutos depois, na pista minúscula e assustadora do aeroporto de Lukla. Dali já se vê um monte nevado. Comecei a caminhada às 13:40h pela cidade de Lukla a 2900 metros de altitude, onde se pode obter o que lhe faltou, como o dinheiro, que consegui sacar (ao contrário do aeroporto de Katmandu). Paguei as 2 mil rúpias pra entrar no parque rural de Khumbu, primeira etapa da trilha para o acampamento base do Everest. No começo, há muitos vilarejos, muitos turistas e carregadores (sherpas). E descidas, ao contrário do que se imagina. Essa região segue o budismo tibetano, então há muitos monumentos, como estupas, rochas com mantras e rodas "mani", além de alguns monastérios. Parei após duas horas, na metade do caminho que faria no dia, para pegar água duma bica e descansar por uns 10 minutos. Depois, foi só subida e descida. Suei um bocado. Algumas pontes pênseis cruzam um rio glacial turquesa lindo. Uma dessas, fica em Phakding, vilarejo badalado onde repousaram os demais trilheiros que largaram comigo. Eu prossegui até Monjo, onde cheguei no final da tarde, 4 horas depois do começo, e um tanto cansado. Fiquei com um quarto com banheiro, chuveiro quente e wi-fi por 500 rúpias, no Monjo Guesthouse. Estava vazio, então só encontrei um senhor francês pra conversar, enquanto esperava a janta vegetariana de "dal bhat", o prato mais típico nepalês, que consiste em arroz, lentilha, curry de vegetais aleatórios e um pedaço de algo salgado. É muito bem-servido, pois se pode repetir (500 rúpias). Após, continuei na sala comum com calefação, ouvindo músicas nepalesas e tomando "raksi", uma bebida alcoólica caseira de arroz e maçã, que o pessoal da pousada me ofereceu. Dia 30 Dormi relativamente bem. Comi uma barra de proteína e parti. Logo fica a entrada do Parque Nacional Sagarmatha. Mais 3 mil rúpias de pagamento. Depois de uma breve descida em Jorsalle, cercada por florestas de coníferas e cachoeiras, começa uma subida violenta até Namche Bazaar. Não há nenhum vilarejo no caminho. Quase 3 horas mais tarde, cheguei cansado da ascensão de 600 metros. Ao menos o tempo até então estava bom, tanto que eu ainda usava roupa de corrida - exceto pelo calçado. Namche Bazaar é a última cidade da trilha. No seu semicírculo de construções cravadas na montanha, há uma infinidade de hospedagens, restaurantes e lojas, onde se encontra de tudo para compra, a um certo preço. Entrei em 3 pousadas até encontrar uma que não estivesse cheia ou que cobrasse até para respirar. Fiquei na Pumori Guesthouse, por 500 rúpias, com banheiro compartilhado, recarga de aparelhos gratuita, bem como a internet. Só o banho é cobrado, mas nesse dia tomei na pia mesmo. Almocei ali uma pizza broto de cogumelo (550 dinheiros) e saí pra reconhecer a área. Só foi eu botar o pé pra fora que começou a chover e não parou mais. Rolou um fenômeno climático incomum também, uma precipitação monstruosa de granizo com neve! Enquanto isso, passei um tempo no bar The Hungry Yak, onde são transmitidos documentários sobre a montanha. Assisti a impressionante primeira ascensão do Everest, no filme "The Wildest Dream". Enquanto isso, tomei uma Nepal Ice, cerveja forte nepalesa, mas que chega aqui num preço salgado: 600 rúpias pelo latão de meio litro. Em seguida, passei por quase todas ruas, pelo Monastério Gomba, e, já escuro, voltei pra hospedagem para jantar. Ao comer meu bife de iaque (750 com acompanhamentos), gostoso mas meio fibroso, conheci um russo que quase chegou ao final da trilha com duas crianças de 8 e 6 anos! Fui dormir sob temperatura negativa, o que se repetiria até o retorno a Namche. Dia 31 Comi um omelete com pão tibetano (sem graça) e parti pra rua, para aproveitar o lindo dia ensolarado que fazia. Para ajudar na aclimatação, subi a íngreme rota que leva ao mirante do Monte Everest, mais de 400 metros acima de Namche. Lá em cima, coincidentemente, encontrei um grupo de trilheiros de Floripa, que estavam sendo guiados por nada menos que Waldemar Niclevicz, o maior montanhista brasileiro! Fiquei um tempo apreciando a vista do vale de Khumbu, por onde eu vim e para onde irei. Também estavam visíveis alguns dos picos mais elevados, como Ama Dablam e Lhotse. Infelizmente o Everest estava coberto por nuvens constantes. A temperatura não estava tão baixa, mas o vento estava de matar, então tive que descer. Visitei o Sherpa Cultural Museum & Mount Everest Documentation Center (250 rúpias). Há um modelo de residência Sherpa com seus utensílios típicos. Também há uma galeria com fotos, equipamentos e jornais a respeito das expedições ao Everest e sobre o povo das montanhas. Almocei lá mesmo um "dal bhat" (600 rúpias). A seguir, conheci o gratuito centro de visitantes do Parque Nacional Sagarmatha, onde fica essa trilha que estou seguindo. No centro há diversas informações a respeito do meio ambiente do parque. No final da tarde, fui em outro bar (Everest Burger & Steakhouse) para assistir outro filme, dessa vez "Everest". Também aproveitei pra provar outro prato típico, o "thukpa", que é uma sopa de macarrão com vegetais (450 rúpias). Jantei "momos" (bolinhos de massa fritos ou cozidos com recheio de vegetais ou carne em formato de meia-lua) em minha acomodação, agora cheia de chineses. Tomei um banho quente (400 rúpias), carreguei meus eletrônicos e fui dormir. Dia 32 Noite boa de sono, sinal da aclimatação funcionando. Café da manhã pago básico. Me livrei de 1 kg de roupa que não usaria adiante, deixando na hospedagem para pegar na volta. Às 9 e meia, comecei a leve subida e o contorno plano do vale de Khumbu, com vista pro Everest, Lhotse e picos vizinhos. Até aí tudo bem, mas quando o caminho desceu num bosque até a altura do rio no povoado de Phunki Thanga, começou uma subida chata de 550 metros em 2,4 km até Tengboche, onde pernoitei. Do final da subida, dá para ver uma morena, que são os detritos deixados por uma geleira que retrocedeu pelo aquecimento global. Já no topo, fica o pequeno povoado, centrado em um monastério interessante, que visitei. Lá reencontrei o grupo de Floripa, e troquei umas ideias com o Waldemar Niclevicz, um cara bem simpático e inspirador. Passei por 3 hospedagens até achar uma boa opção, pois a mais popular estava lotada, a que conta com uma padaria queria cobrar 1000 rúpias, mas a "teahouse" Tashi Delek cobrou 500 e até que era bacana. Para a internet, eu comprei um tal de Everest Link (2500 rúpias), que lhe dá direito a 10 GB em todas as hospedagens do caminho - e daqui pra frente o sinal do celular não pega. Dei um rolê pra passar o dia durante uma leve nevasca, e no final da tarde quando iria jantar em minha acomodação, encontrei um trio de brasileiros (Danniel, Samir e Felipe) descendo a montanha. Passei o resto do dia conversando com eles. Dia 33 Tomei o café junto, e logo nos despedimos, seguindo para lados diferentes. Às 9 e meia, desci um pouco dos 3860 metros até os povoados seguintes, ao redor do rio glacial Imja Khola. Fazia um baita frio, e às vezes o vento castigava. Botei um pano na cara para resolver essa questão. Ao passar Pangboche, que possui o monastério mais antigo da região, comi uma barra de proteína e recarreguei de água em Shomare, o vilarejo onde a maioria dos grupos almoçava. Com a diminuição de oxigênio disponível, meu ritmo de caminhada também decaiu. Outra coisa que decaiu foram as árvores. Ao passar dos 4 mil metros de altitude, só restaram arbustos. Passei por alguns campos só com plantas herbáceas e arbustivas até a bifurcação Pheriche-Dingboche, bem em frente aos restos de rochas brancas de uma geleira não mais visível. Após um esforço final de subida, cheguei 3 horas e 45 minutos depois na entrada de Dingboche, a mais de 4300 metros de elevação. Esse povoado é maior do que eu esperava. Novamente, minha hospedagem pretendida estava lotada, então acabei ficando com a Tashi Delek. Só que ao contrário desse hotel no vilarejo anterior, aqui não havia nem vaso sanitário… Paguei 500 mangos num quartinho duplo. Ainda bem que era duplo, pois precisei dos dois colchões, cobertores e travesseiros. Escolhi um restaurante aleatório para almoçar, e acabei me dando bem, pois os preços do Himalayan Culture Home Lodge, também hotel, são comparáveis com os de Namche Bazaar, um quilômetro abaixo em altitude. Tomei um chá de limão com gengibre e comi "momos" vegetarianos por 580 no total. Posteriormente, caminhei por Dingboche, só pra ver os campos marrons de plantação serem adubados com fezes. Tomei um banho quente no Tashi Delek (500 rúpias) e fiquei relaxando, já que a rua estava fria, com um neblina que impedia a visão de qualquer montanha, além do cheiro da bosta usada na calefação dos interiores já estar forte. Ao sol se pôr, jantei em meu hotel o clássico "dal bhat". Por fim fiquei debaixo das cobertas lendo um pouco em meu Kindle. Dia 34 Depois do café da manhã de pão, ovo e chá, usei meu dia de folga/aclimatação para subir o primeiro pico da viagem, o mais alto da minha vida. Sobre Dingboche, reina o árido Nangkartshang, com 5083 metros. Saí às 9 e meia como usual. O tempo estava bom, com algumas nuvens, mas não se via o cume por causa de uma névoa. A parte inicial é uma estupa, seguida de um mirante, numa altitude ainda não tão elevada. Depois, a inclinação fica severa. Entre rochas, poucas plantas miúdas, musgos e líquens. O vento aumentou a força, mas não incomodou tanto porque batia nas costas protegidas. Mais além, a fadiga muscular começou a bater, mas não pior que a respiração, já que o oxigênio estava bastante escasso. Conforme o gelo surgia no caminho, eu ia quase cambaleando para chegar logo ao topo. Duas horas e 15 depois, finalmente conquistei o cume! Só que meio atordoado pela falta de ar, acabei atirando minha GoPro ladeira abaixo! Ela bateu numa pedra e foi parar num banco de gelo em outro nível. E agora, perder todo registro da viagem ou arriscar minha vida? Ponderei o risco, e desci em direção à câmera, conseguindo recuperá-la. Ufa! Fiquei um tempo em cima tirando fotos, mas a névoa não deu muita trégua, então desci, faminto e sedento. Parei no Café 4410, que permite a recarga gratuita de aparelhos eletrônicos. Pedi um hambúrguer vegetariano, fritas e milk shake por 1200 rúpias. Enquanto aguardava a recarga, reencontrei um grupo de colombianos que havia conhecido no cume. Passei o resto da tarde conversando com eles; foram tão gentis que até me pagaram um lanche. Quem diria que eu comeria torta de maçã num vilarejo remoto desses! À noite, jantei "thukpa" (450 rúpias) no hotel, e relaxei. Dia 35 Café da manhã repetido. Parti para Lobuche. O início é um vale desolado e ventoso, cercado pela montanha que escalei e por outra nevada. Quando chegara o momento de cruzar o Rio Lobuche e começar uma inclinação foda, parei pra um lanche. Acontece que quando fui trocar o cartão de memória da GoPro, que estava cheio, ele se partiu no meio! Perdi a maioria dos vídeos e fotos que havia feito com ela, pois não havia feito backup. Parece que o que ocorreu na montanha no dia anterior foi uma premonição. Que lástima! Meio abatido, subi o caminho pedregoso com o fôlego no limite. Em cima, fica o memorial para os alpinistas mortos no Everest. Há dezenas de monumentos. Logo depois, já é possível ver um campo coberto de gelo. Mais além, fica o pequeno vilarejo de Lobuche. Aqui o preço mínimo é 700 rúpias. Consegui um quarto duplo e banheiro com privada, mas nada de pia (nessa altitude já não há encanamento), no Above the Clouds Lodge. Começou a nevar bastante, então parei na padaria mais alta do mundo para fazer outro lanche (doce+chá=550 rúpias). Em seguida, fui ao ar livre fotografar o cenário lindo que se formou com a neve acumulada. Até passarinhos estavam por lá. Com o tempo, a neve cessou e a névoa dissipou. Com isso, subi um morro para ter uma vista ainda melhor do vilarejo e do Glaciar de Khumbu, do outro lado. Com o fim do dia, o tempo piorou novamente, então voltei pra hospedagem, onde fiquei esperando um tempão pelo jantar, "dal bhat" (800 rúpias). O bom é que o refil tava incluído, então fiquei satisfeito. Banho de lenço umedecido e cama. Dia 36 Levantei mais cedo e tomei o café da manhã (omelete e chá - 750). Em seguida, subi até Gorak Shep, o assentamento mais elevado do mundo (5100 metros). O caminho estava com bastante trânsito e não foi tão fácil quanto pensei, pois há subidas e descidas sobre rochas. Quase na chegada, se vê o Glaciar de Khumbu, o pico Kala Patthar e o acampamento base do Everest. Em Gorak Shep, tive ainda mais dificuldade em achar um lugar pra ficar. Precisei dividir um quarto no Snow Land Highest Inn (500 rúpias pra cada). Deixei minhas coisas e parti pro acampamento base. O caminho é rochoso e passa ao lado da geleira. Entre as atrações, vi um casal da ave terrestre chamada de galo da neve tibetano, além de uma avalanche na montanha do lado oposto da geleira. Parecia um trovão o estrondo. Peguei ainda um tráfego de iaques carregadores. Ao chegar, há um marco com bandeiras onde todo mundo comemora. Mais uma etapa concluída com sucesso. Desci até a parte interior, lotada de barracas, onde os alpinistas ficam até um mês se aclimatando. Pisei no gelo e retornei, já que o tempo começava a piorar. Bati um rango violento quando voltei. O "dal bhat" da hospedagem veio com repetição, então fiquei cheio até a hora de dormir, a ponto de me deixar meio mal. Enquanto tentava fazer a digestão, um pessoal da Venezuela e Espanha sentou ao meu lado. Comecei a falar com eles; acabamos jogando cartas até a hora de se retirar - sem banho novamente, já que aqui custa mil rúpias! Também tive que recarregar o celular por 400 rúpias pra uma hora... Dia 37 Dormi mais ou menos, mesmo usando o saco de dormir pela primeira vez. Às 7 me levantei com leves sintomas de Mal de Altitude, mas isso não me deteve. Fui escalar o monte Kala Patthar. O começo é sobre terra, bem inclinado, cansa bastante. Depois que se contorna essa parte, percebe-se que o cume na verdade é mais distante e alto do que o que parecia ser visto de Gorak Shep. Continuei lentamente, agora sobre neve e rochas. Uma hora e meia depois, cheguei ao topo do ponto mais alto em minha jornada: 5650 metros! A vista do topo é sensacional. Ali fica o melhor mirante do imponente Monte Everest, bem como do Glaciar de Khumbu e diversas outras montanhas altas da região. Havia umas 10 pessoas essa hora no cume. Desci, almocei "momos" e, um pouco depois, segui o caminho de volta. A parte repetida até a bifurcação em Dughla foi meio monótona. De diferente, apenas um grupo que seguia na direção inversa em bicicletas! Quando atravessei o campo de gelo do acampamento base do Lobuche, não cruzei com mais ninguém. O trecho até Dzonghla é meio arriscado, pois segue à beira do precipício na maior parte do tempo. De vista compensa, pois passa em frente à baita montanha Cholatse e seu lago parcialmente congelado. Também vi uns tantos passarinhos. Quase na chegada, ultrapassei novamente o grupo de Cingapura cujo líder Saravanan foi até o EBC usando calçado minimalista. Na terceira tentativa, fiquei hospedado no Himalayan Lodge. Quinhentas rúpias pelo quarto duplo e banheiro com vaso, mas nada de pia. No mesmo lugar, ficaram os singapurenses e o espanhol Claudi, que eu havia conhecido em Gorak Shep. Jantei uma macarronada e passei o resto do tempo conversando com ambos. Todos foram dormir cedo para a travessia do dia seguinte. Dia 38 Pelas 5 da madruga os demais já estavam tomando café da manhã, enquanto eu pedi meu omelete e chá pras 6 e meia. Na primeira longuíssima subida, já passei um dos grupos. Tanto no dia anterior quanto nesse, alguns conhecidos tiveram que desistir da trilha pelos sintomas do Mal de Altitude. Um deles precisou até mesmo ser levado de helicóptero de volta. Estava com receio que tivesse que fazer essa travessia perigosa sozinho, já que a maioria vai cedo, mas acabei encontrando gente suficiente. Já cansou bastante a primeira elevação, que culminou em uma escalada entre rochas e neve. A paisagem, bem como as seguintes, fez valer a pena o esforço. O passo seguinte foi mais técnico do que cansativo - atravessar uma parede de neve sem proteção alguma contra o abismo que se seguia. Dei graças que Claudi me emprestou cravos para o tênis (crampons) na noite anterior, pois sem eles eu teria chance de despencar nessa etapa ou na seguinte. Passado o trecho sujeito a avalanches a nada menos que 5420 metros de altitude, veio a descida nesse meio escorregadio. Venci, chegando no vale seguinte, uma tundra alpina. Nova subida, seguida de nova descida, mais fáceis dessa vez. Por fim, seguindo o riacho originado numa dessas geleiras, cheguei no pequeno Dragnag, composto apenas de uns 7 alojamentos e nada mais. Desesperado por um banho, usei o próprio riacho para satisfazer meu desejo. Como eu estava aquecido da longa trilha de 6 horas, a temperatura não foi um grande problema. Aproveitei para lavar minhas roupas suadas também. Fiquei hospedado no Khumbi-la Hotel (500 rúpias). Tão básico quanto os demais. Almocei tardiamente "momos" fritos de batata (650 rúpias), botei minha GoPro para carregar (350 rúpias), e passei o resto da tarde entre conversas com os colegas e à toa. Jantei sopa, li um pouco e capotei. Antes, pedi quanto custava 1 mísero rolo de papel higiênico, já que o meu havia acabado: 550 contos! Dessa forma, peguei os guardanapos da sala de jantar pra resolver o problema... Dia 39 Comi e vazei em direção a Gokyo. O caminho é sobre a morena da maior geleira do Himalaia, a Ngozumpa, com 36 km! A caminhada dentro da geleira segue em ziguezague pra cima e pra baixo entre pedaços de rochas soltas, manchas de gelo e laguinhos congelados. Com uma subida final, chega-se a Gokyo. Meu corpo estava tão cansado que levei mais de duas horas para essa travessia, quando deveria levar menos. O povoado de Gokyo é único entre os da rota do trekking, pois fica na beira de um lago semicongelado lindo, cheio de aves e com montanhas nevadas próximas. Deixei minha mochila na Fitzroy Inn. São 500 rúpias, sendo que o banheiro possui vaso e pia, e o quarto é um pouco melhor. Comecei então a ascensão da última montanha da rota, a Gokyo Ri, com 5360 metros. Devido a meu estado precário, fui subindo a passos de tartaruga. Essa montanha é inclinada demais, pois possui 600 metros acima do lago, onde inicia. A paisagem do meio do caminho é sensacional, mas conforme eu subia o tempo ia fechando, pois já era o começo da tarde. De fato, fui o último a subir. Uma hora e 45 minutos depois, usando somente a força de vontade, cheguei ao cume. Lá em cima estavam uma argentina e meu colega Claudi. Descemos e fomos tomar um chá e conversar. Em seguida, jantei "dal bhat" em meu alojamento, com vista para o lago. Não estava me sentindo muito bem do estômago essa hora. Carreguei o celular (300 rúpias), comprei um rolo de papel higiênico (250 rúpias), um pão doce grande (600 rúpias), li um pouco e fui dormir cedo. Dia 40 Acordei com dor de garganta - também, todo esse tempo respirando ar frio e seco pela boca, só poderia acabar assim. Gastei minha última rúpia no check-out, mas pelo menos ganhei uns chocolates de brinde. Esse foi o dia mais longo de caminhada, pois tive que percorrer 24 km até Namche Bazaar. Ainda bem que em sua maioria, o trecho foi de descida. O começo foi passado ao lado dos lagos cênicos de Gokyo. Depois, acompanhando o rio glacial. Passei por alguns vilarejos, descansando, me hidratando e consumindo meus alimentos energéticos a cada cerca de 2 horas, sempre à beira de algum riacho. Encontrei meu colega Claudi nesse caminho, mas ele ficou em Dole, metade do trajeto que eu percorreria. Além desse povoado, as florestas começaram a ressurgir. Junto delas, uma parte lotada de cachoeiras. Já estava cansado, quando em frente a Phortse, uma elevação grande surgiu. Subi a passos lentos. Dali em diante, acelerei o possível no terreno irregular, quase torcendo meu tornozelo algumas vezes. Quase solitário, cheguei à bifurcação em Sanasa, quando entrei na trilha que já havia percorrido no quarto dia. Exausto, com dor nas costas, cheguei em Namche Bazaar às 16 horas, exatamente 8 horas depois de iniciar. Saquei dinheiro e fui pra hospedagem onde havia deixado uma pilha de roupas, a Pumori Guesthouse. Morrendo de fome, devorei uma macarronada (550 rúpias) enquanto carregava meus dispositivos. Por fim, apaguei. Dia 41 Acordei pior do que no dia anterior, dessa vez à dor de garganta, somou-se um resfriado. Não tive escolha; comi um omelete de queijo e tomate (400 rúpias) e vazei. O percurso inicial é de pura descida, mas isso não quer dizer que tenha sido rápido, já que há trânsito e o terreno é irregular. Em sequência, descidas e subidas intermináveis, enquanto atravessava de um lado do rio pro outro nas pontes pênseis. E o corpo reclamando. Mais além, passei pela vila de Phakding. Dali pra frente, foi o maior sofrimento: dor nas costas, nos ombros e nos pés. Eu ia cada vez mais devagar. O trecho final, majoritariamente de subida, foi um martírio, mas 6 horas e meia depois, cheguei ao portal de Lukla. Finalmente, 150 km de trilhas depois do começo, missão cumprida! Comemorei e fui pra alguma hospedagem, no caso a Alpine Lodge (500 rúpias). Tomei um banho (250 rúpias) e me joguei na cama, imprestável. Jantei outra macarronada e fui dormir. Dia 42 Comi uma panqueca com mel de manhã (400 rúpias) e fui cedo pro aeroporto. Precisei chegar lá às 7 e meia, mas não embarquei antes das 11… Me livrei dum dos aeroportos mais perigosos do mundo, descendo em Catmandu. Por 900 rúpias, tomei um táxi até o lar Laughing Buddha Home & Villa (5 dólares cada noite). No caminho pude constatar que o trânsito de Catmandu é do nível das cidades grandes indianas. E bem empoeirada. Desci pra conhecer as atrações recomendadas pela anfitriã, a começar pelo almoço na Army Canteen, lugar onde o exército vem rangar. Como o menu é em nepali, precisei apontar para o que havia na bancada: escolhi feijão, batata e cebola. Na hora de pagar a conta, fiquei de queixo caído… 50 rúpias (R$1,75)! O almoço mais barato da minha vida! Para a sobremesa, fui na padaria Best Choice. Realmente a melhor escolha, pois comi deliciosos doces a partir de 25 rúpias! Até levei uns pro café da manhã. Em seguida, entrei no museu de história natural (100 rúpias). É basicamente o depósito da seção biológica de uma universidade, contando centenas de animais empalhados, insetos, plantas e outros seres viventes no Nepal, com breves descrições. Prosseguindo, o templo do macaco (Swayambhunath). É um templo budista tibetano com algumas estupas, relíquias e muitos macacos sagrados. Entrei pela escadaria de acesso gratuito que os turistas desconhecem. Lá em cima há vendas de souvenires, mirante pra cidade toda e, na mata ao redor, bastante vida. Ao descer, mesmo sem muita fome, parei pra jantar no Chuden Shelzey. Optei por um "chowmein" de frango (120 rúpias). Para minha surpresa, um grupo de monges budistas estava ali jogando videogame! Retornei à tranquila hospedagem, onde fiquei à noite. Dia 43 Comecei o longo dia ingerindo meus doces da padaria. À continuação, pedi para que me chamassem um moto-táxi via Pathao, aplicativo tipo Uber. Até Bauddhanath custou apenas 170 rúpias. Já para a entrada desse Patrimônio da Humanidade, 400. Há uma grande estupa central, reconstruída após o terremoto de 2015, cercada de monastérios, templos, relíquias e lojas meio superfaturadas. Ao deixar o complexo budista que é o principal da capital, tomei um ônibus de 25 rúpias até Ratna Park, onde ficam as estações dos coletivos. Não quis pagar para entrar no parque, pois não me pareceu interessante, então segui até Ason, um bairro antigo central onde se vende de tudo a preços em conta. Aqui tentaram me aplicar o golpe do jovem aprendiz de inglês que quer treinar o idioma e o leva a um templo para benzê-lo e depois a uma loja de pinturas que só está aberta no dia do festival fictício que ocorria justamente naquele dia - não tiraram uma rúpia de mim. Almocei num muquifo um prato de "chowmein" vegetariano por somente 80 rúpias. Pensei em entrar na tradicional praça Durbar em seguida, mas o estado dos edifícios pós-terremoto e a exigência de que estrangeiros pagassem mil rúpias enquanto os nativos não pagavam nada, me fez mudar o rumo. Com o preço tão barato da comida, acabei tomando um caldo de cana por 30 rúpias e depois um "lassi" de banana por 100. Rapidamente adentrei o jardim Garden of Dreams, que cobra 200 pratas, mas é pequeno. Dessa forma, me embrenhei nas ruas apertadas e lotadas de comerciantes e turistas de Thamel. Procurava alguns equipamentos eletrônicos e pra trilhas, mas não encontrei nada de qualidade, já que aqui é quase tudo pirateado. Tomei um sorvete de Ferrero, que não era de Ferrero, e comprei em Ason dois souvenires (roda mani - 1500 rúpias e placa Namastê - 400). Me encontrei com Danniel, um dos brasileiros gente boa que conheci no caminho do Everest. Batemos um papo bom e tomamos um balde da cerveja artesanal Sherpa Red no bar Phat Khat. Depois jantamos "kebab" (225 cada) e eu peguei um táxi pra voltar à hospedagem (600 rúpias). Antes de dormir, conversei um pouco com o pessoal que se encontrava no Laughing Buddha. Dia 44 Acordei com os cães latindo e pessoas falando. Fui em direção aos museus, parando para ter um café da manhã no Vajra Café, já que o Chuden Shelzey não tinha nem ovo e nem vitamina naquela manhã. Acontece que esse café deixa bastante a desejar em comparação com a padaria de 2 dias atrás, além de estar cheio de moscas… Para meu desgosto, hoje era feriado do dia do trabalhador, então tanto o Military Museum quanto o National Museum estavam fechados! Não queria ir até a distante Bhaktapur, então caminhei até uma avenida onde pude pegar um ônibus à região central. Em Ason, fui às compras: relógio minimalista à prova d'água (3000 NPR=rúpias), carteira minimalista (375 NPR), boné minimalista c/ pescoceira (1000 NPR). Como os restaurantes turísticos de Thamel são meio caros, almocei numa birosca chamada Ravi Panipuri Chaat Shop. Fiquei com um tal de "papadi chaat" 70 NPR + "chicken egg roll" 100 NPR + Fanta amarela 40 NPR. Há uma infinidade de casas de câmbio em Thamel, mas como as raras que possuíam rial do Catar não tinham cotação boa, troquei o resto das minhas rúpias pelo famoso livro Into Thin Air na livraria Tibet Book Store (700 NPR). Enquanto procurava um transporte barato para retornar ao alojamento, tomei um suco de abacaxi grande (200 NPR). Depois, embarquei numa van (20 NPR). Me despedi e embarquei no voo da Nepal Airlines com destino a Doha. Havia lido que essa companhia era uma das piores do mundo, então fui sem expectativas, mas me surpreendi: avião grande e novo, entretenimento de bordo e alimentação decente - talvez eu tenha tido uma baita sorte, ou a companhia realmente melhorou. Dia 45 Com um pouco de atraso, desembarquei. A imigração sem visto foi ridiculamente rápida. Saquei dinheiro (1 rial do Catar = 1,07 reais), chamei um Uber até a hospedagem da vez (24 rials). O albergue Q Hostel, localizado num condomínio de casas de alto padrão, refrigerado, me custou 180 rials por 3 noites. Todos meus colegas de quarto eram de países islâmicos. Ao acordar, chamei um Uber pra me levar ao museu nacional (13 rials). A entrada individual custa 50 rials, mas o passe para 3 museus é 100, então o comprei no cartão de crédito. O Qatar National Museum já impressiona no exterior, inspirado na rosa do deserto. Por dentro, ainda mais. Com tecnologia de ponta, conta sobre a biodiversidade do país, bem como sua história, do passado remoto, passando pela conquista árabe, a era de ouro da coleta de pérolas e a atual do petróleo, que superdesenvolveu o Catar. Fiquei mais de 3 horas aqui. Almocei "chicken biryani" no Al Jazeera Kabab, bem em frente ao museu, por 12 rials. Há um ônibus gratuito rosa que passa uma vez a cada hora e leva aos dois outros museus. Peguei ele e desci no de arte islâmica. A construção é bem bacana também, mas por dentro não há tanto conteúdo. As obras de arte de várias localidades islâmicas são belas, mas nada excepcionais. Esperava um pouco mais. Uma hora depois, fui pro Mathaf, de arte moderna, que fica afastado dos demais. No caminho, pude notar as obras de infraestrutura e lazer pra Copa do Mundo de 2022. Havia apenas mais duas visitantes além de mim. Não consegui ficar nem uma hora vendo essas coisas estranhas que chamam de arte. Peguei o transporte de volta e fui passear pela Corniche, a avenida beira-mar. Ainda fazia calor pelas 5 e pouco, mas o sol já estava baixo no horizonte. Atravessei metade do semicírculo a lentos passos, admirando a arquitetura dos arranha-céus, que, assim como o resto da cidade, perdem pouco para Dubai. Tomei um "smoothie" meio caro de 25 rials no Costa Café, e segui por entre os prédios, que agora estavam com iluminação noturna variada. Entrei no shopping center City Center pra jantar (no Subway mesmo - 29 rials no Sabrina de 30 cm) e comprar mantimentos no completíssimo Carrefour, que só não tem cerveja com álcool. Gostei do preço do kiwi, 2,75 o kg. Voltei de ônibus #76 até o terminal de Al-Ghanim, onde pegaria outro busão até próximo da minha hospedagem. Um cartão para 2 viagens na cidade custa 10 rials e pode ser comprado com o próprio motorista. Pegaria, pois quando cheguei lá quase às 23h, já não havia mais linhas disponíveis para onde eu iria. Como não consegui sinal para chamar um Uber, convenci um táxi a aceitar a corrida por 15 rials. Dia 46 Como fui dormir tarde, acordei assim também. Tomei meu café da manhã de brownie + suco natural + frutas e tomei um Uber à estação de ônibus (12 rials). Chegando lá, fiquei sabendo que para embarcar no ônibus para fora de Doha, precisaria de um cartão ilimitado para 24 horas, ao custo de 20 rials. Então aproveitei para dar um rolê bom. Primeiro desci em Al Wakra. Como era o dia sagrado do islã, os "souqs" (mercados antigos) estavam fechados. Com isso, dei uma conferida na praia de água turquesa. Almocei logo no Alfanar Restaurant Yemeni Food, onde pedi um tal de "mandi chicken" por 25 rials, mesmo sem saber o que era - mas gostei. Caminhei mais um pouco e retornei à avenida, onde há uma estátua de ostra, uma mesquita bonita e um forte fechado ao público. A intenção era continuar pro sul até Mesaieed, mas eu acabei indo parar no ponto errado e só percebi quando o ônibus de volta estava passando, então decidi retornar ao centro. Fui então ao Souq Waqif, onde ficam as lojas tradicionais. Tentei comprar um souvenir decente, mas os feitos no Catar são caros demais. Ali também ocorria a feira internacional de tâmaras. Entrei e saí, pois eu nem gosto dessa fruta típica de países desérticos. Essa área revitalizada é a mais antiga da cidade. Visitei os museus Msheireb, que contam um pouco dessa história. Gratuitos, são 4 casarios antigos que também falam da escravidão na região e o desenvolvimento com a descoberta do petróleo. Fiquei algumas horas em seus interiores. Quando saí, já era noite. Fui à orla, um tanto escura, para admirar os arranha-céus coloridos do outro lado da baía. Ao retornar, parei num dos restaurantes/lanchonetes baratos ao lado da estação de ônibus para jantar. Comi um "biryani" de frango por somente 10 pilas no Taxi Land Restaurant. Depois, voltei à acomodação de ônibus. Doha tem um problema sério de trânsito no centro, mesmo a altas horas. Dia 47 Acordei uma vez às 4 e meia com o anúncio de Allah nos alto-falantes da mesquita mais próxima. Voltei a dormir. Fiz o check-out e deixei minha mochila na recepção enquanto passeava. Fui até a rodoviária, comprei outro cartão ilimitado e com o #104A através do deserto até Dukhan, o princípio da exploração petrolífera no país. O baita ônibus confortável é uma mudança e tanto pra caminhonete que levava os operários na caçamba. Em Zekreet, há umas formações geológicas tabulares interessantes. Pena eu não haver meio de explorá-las. Duas horas e meia depois, o ônibus parou na entrada de Dukhan, ao lado de uma refinaria. Almocei pizza na Domino's (29 rials pelo combo) enquanto aguardava o ônibus de retorno. Ao retornar, parei no Mall of Qatar, um shopping grandão e ligado à linha de metrô quase pronta. Aproveitei para a assistir o lançamento dos Vingadores. Acreditam que o ingresso mais barato pro cinema era de 45 reais o inteiro? Voltei com os ônibus. À noite, fui até o aeroporto, onde aguardei um bocado de horas até o voo das 4:40 com a IndiGo até Mumbai. Dia 48 Desembarquei sonolento, passei a imigração e peguei um Uber (180 rúpias) até a cápsula bacana onde eu passaria o dia, no Hotel Astropods Airport, por mil rúpias. De volta ao aeroporto, lanchei e embarquei na Air China para Pequim. Dia 49 Depois de umas 5 horas em voo, passei o resto do dia no aeroporto da capital chinesa, entre cochilos e eletrônicos. A comida é meio cara e há poucas opções de refeição, então fiquei à base de KFC e Costa Café. Dia 50 Na madrugada seguinte, fui com a mesma companhia para Frankfurt, onde desci para dar uma volta na cidade. Comprei um passe diário ilimitado pro transporte público (9,65 euros) e peguei o trem até a estação central. Como já conhecia a cidade, não mirei exatamente os pontos turísticos. Caminhei aleatoriamente, mas parei para fotografar a arquitetônica Römerplatz. Aproveitei o dia para ingerir algumas das delícias culinárias europeias, como queijos, cerveja, bagas e salsichão - a maioria comprado em supermercados. Fiz compras também: eletrônicos na Saturn, chocolates e outras comidas nos supermercados econômicos Penny e Aldi, e roupas na Primark. Final da tarde retornei e aguardei o bom voo da Lufthansa, que, junto com o trecho final da Gol até Floripa, concluiu a viagem, 3 dias depois!
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Chapada Diamantina e Vale do Pati
Daniel Corrêa Trindade postou um tópico em Bahia - Relatos de Viagem
Salve, pessoas! Vou trazer aqui pra vocês um relato com a minha experiência sozinho e sem carro na Chapada Diamantina e no Vale do Pati, que rolou agora em julho. Antes de mais nada eu queria dizer que fui pra ficar 5 dias e fiquei 12. E aviso que pra quem tem flexibilidade de datas provavelmente fará a mesma coisa hahahaha. Fiz Rio-Salvador, mas por motivos promocionais cheguei na capital baiana somente as 3hrs da manhã. O ônibus só saia as 7 da manhã da rodoviária, então fiz o que qualquer pessoa normal faria: dormi no aeroporto pra fazer hora. Infos sobre o ônibus: Ele faz Salvador-Seabra e custa uns 90 reais, com paradas em algumas cidades antes, mas na Chapada ele para em Lençóis (+-8hrs de viagem e que é a principal cidade) e Palmeiras (+-8h30). Eu comecei minha viagem pelo Vale do Capão, então desci em Palmeiras e peguei um carro que faz Palmeiras-Capão pelo valor de R$ 15-20 reais (depende da quantidade de pessoas). A viagem dura cerca de mais uns 30 minutos em uma estrada de terra batida. O Vale do Capão é bem pequeno, porém é incrível a vida ali, eu notei algo diferente e eu não sabia o quê, até que me disseram ser ali a principal cidade do Brasil em Theta Healing, e descobrindo o significado, me fez sentido. Não sei se essa info é verdade, se alguém puder/quiser confirmar.... Fiquei 2 dias e meio lá, como cheguei tarde no primeiro dia só fiz o reconhecimento da cidade e comi algo. No dia seguinte me juntei com um cara e uma alemã que estavam no hostel e fomos fazer a trilha da Cachoeira Angélica e da Purificação (são contínuas). A trilha não é difícil porém em alguns pontos você perde o caminho, já que precisa cruzar o leito do Rio. Usamos o Wikiloc e ainda assim em 1 ou 2 pontos tivemos dificuldades para achar a direção correta, mas nada grave. Particularmente eu acho que pra pagar guia/agência não valeria a pena, as cachoeiras são legais mas não impressionam tanto. No segundo dia eu fechei de fazer a Cachoeira da Fumaça, tida como a maior do Brasil com seus 340 metros de queda. Dá pra fazer sem guia mas eu penso que contratando um, a gente colabora pro desenvolvimento local e contribui para manutenção dos lugares etc, além de claro, gerar emprego. Esse rolé tbm sai de Lençóis, porém sai mais caro. A trilha tem 12km (ida e volta) e uma subida inicial de 2km, depois fica tranquila. A foto clichê de lá é deitar-se sobre uma pedra pontuda e angular a foto pegando a cachoeira. Bem, eu dei "um pouco" de sorte e consegui um arco-íris completo na minha vez! No dia seguinte peguei a van de manhã e retornei para Palmeiras, onde peguei o ônibus para Lençóis. Eu tinha na cabeça que queria fazer, além dos pontos principais que saem de Lençóis , a Cachoeira do Buracão e a Fumacinha, ambas em Ibicoara (Sul da Chapada, sendo que Lençóis fica no Norte). Chegando já fui atrás das agências para ver se teria. Buracão é mais tranquilo encontrar e até saem passeios de bate volta de Lençóis, mas se passa mais tempo dentro do carro do que na trilha e cachoeira. No dia seguinte fechei de fazer Gruta da Lapa Doce + Gruta Azul + Pratinha e Pai Inácio. O tempo estava ótimo e o Por do Sol no Pai Inácio foi o mais incrível que já vi! Gravei o time lapse com a gopro mas deu algum erro e perdi, mas na memória a gente nunca esquece. Na volta desse dia acabei conseguindo um passeio de 3 dias com a Eco Por do Sol, que incluiu Buracão, Fumacinha e Poços Encantado e Azul, paguei um valor que considerei justo antes de ir, e de baratíssimo quando voltei após conhecer esses lugares surreais. Inclusive recomendo demais a agência, o Vitor, dono, se importa demais com os clientes e busca a todo tempo ajudar e trocar feedback. A cachoeira do Buracão é demais! Imponente, a queda forte faz uma correnteza de assustar hahaha. A trilha por si só já é linda também, ótimos lugares para belas fotos e apreciar a natureza. Na volta, dormimos em Ibicoara mesmo, para no dia seguinte fazermos a Fumacinha. Ficamos na hospedagem da Bia, são 3 quartos super confortáveis, todos com cama de casal e uma de solteiro. A Bia tbm oferece janta e café da manhã e a comida é deliciosa. A cachoeira da Fumacinha é considerada por mt gente como a trilha de 1 dia mais difícil da Chapada. E realmente é difícil, além dos 18km ida e volta, a maior parte andando (e pulando) pedras, mas há ainda escaladas verticais em alguns pontos, e no último trecho para ter acesso a ela se escala na fenda, de lado por uns 10 metros. É a parte mais difícil na minha opinião. A cachoeira fica no final de um cânion e a gente anda o tempo todo rio a cima dentro dele. O visual da trilha é demais e tem de tudo! Até colméia de abelha africana que requer silêncio absoluto na passagem rsrs. Na foto eu to de casaco por motivos de: a água é super gelada e ali não bate sol, ou seja, faz um frio absurdo (recomendo levarem também) A minha estadia na Chapada que já tinha se estendido de 5 para 9 dias ainda teria mais uma alteração: Durante esse último passeio conheci uma menina que faria a Travessia do Vale do Pati de 3 dias tbm com a Eco Por do Sol. Ela me convenceu a ir e eu a agradecerei pra sempre hahaha. Pois bem, chegamos cerca de 17hrs desse passeio a nossa saída pro Vale do Pati já seria no dia seguinte, então só deu mesmo tempo de comer algo, arrumar as mochilas e descansar. Bom, na Travessia do Vale do Pati normalmente nos hospedamos nas poucas casas dos moradores ainda da região, mas que estão devidamente estruturados para receber o turismo. Ficamos todos os dias no lugar conhecido como "Igrejinha", mas é comum também mudar diariamente a hospedagem a depender do que se fará. Sobre a Travessia: Inicíamos em Guiné as 10hrs da manhã e chegamos por volta das 15hrs. Deu tempo ainda de irmos até a cachoeira do Funis e revigorar o corpo e alma numa água gelada. No dia seguinte amanheceu um pouco fechado e achei o dia mais difícil de caminhada, com a subida do Morro do Castelo. No Castelo tem de tudo: andar no plano, travessia de rio, subir mata a dentro, escalar pedras, atravessar cavernas....enfim! Mas mais uma vez o visual recompensa. No último dia andamos rumo ao Cachoeirão, que pra mim foi a melhor vista de toda a viagem. O acesso em si não tem grandes dificuldades, mas a distância percorrida é a mais longa de todas (acho que no dia inteiro se anda ali cerca de 20km). A volta do Cachoeirão para finalizar a travessia durou umas 4 horas ainda, com 90% desse tempo com o sol na cara, andando em meio aos gerais (como são chamadas as planícies) que por vezes eu parava e olhava em 360° e pensava: eu to no meio do nada! hahahaha Finalizamos a Travessia já no fim da tarde, escurecendo. Ao todo andamos cerca de 50km em 3 dias, com muitos trechos bem difíceis e cansativos, mas tudo totalmente recompensado a cada fim de dia. Retornamos para Lençóis as 20hrs e meu ônibus saia as 23h30. Fim de viagem e o pensamento de retornar para a Chapada já está na minha cabeça, afinal aquele lugar é o mundo e ainda falta muita coisa linda pra descobrir. Bem, é isso. Capaz de eu ter esquecido de algo mas posso tirar dúvidas caso tenham, é só deixar msg aqui. No meu instagram tem mais outras fotos no feed (e ainda postarei bastante coisa da Chapada) e mais um monte nos Destaques: @danielcorreat_ Podem tbm deixar as msgs por lá. Espero que tenha ajudado quem pretende conhecer a Chapada, e quem ainda não conhece, só vai! O lugar é mágico!- 10 respostas
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Não sei se é possível descrever o que vivemos nesse dia. Planejamos ver o nascer do sol em Tikal sem saber muito o que esperar. Imaginava uma arquibancada, montada entre as ruínas, onde os visitantes poderiam se sentar e assim observar a estrela do show, o sol. Foi com esse espirito que fomos visitar uma das ruínas maia mais importantes. O espetáculo começaria bem cedo, por volta das 5 horas da manhã. Chegamos em Tikal, Guatemala, por volta das 4 horas, depois de 1 hora de transporte. Tudo estava indo como planejado. Até o clima resolveu ajudar. Se esperava chuva e tempo ruim durante toda a visita. Entretanto, ao sair do carro e olhar para cima, só dava pra ver a lua cheia, sozinha no céu. Só via algumas nuvens, mas nada de mais. O guia nos levou à entrada, onde os ingressos foram validados e depois, tivemos um pequeno e rápido café da manhã antes de começar a desbravar Tikal na escuridão. Seguimos por uma trilha em plena escuridão. A experiência foi algo difícil de descrever. Não havia mais ninguém ali, Tikal era só nosso e seria assim por mais algumas horas. Logo atrás do guia, o grupo seguia em silêncio, um atrás do outro. Silêncio esse que era interrompido por alguma explicação do guia sobre Tikal. Após alguns minutos de caminhada, o guia virou e apontou na direção da lua. Apontava para uma pirâmide maia imensa, que tampava a lua e criava uma sombra escura, era uma cena de filme. Esse foi só um aperitivo. Aquela era a entrada da praça central, local mais importante de Tikal. Tentei tirar fotos, mas a câmera fotográfica não foi capaz de capturar o que os nossos olhos estavam presenciando. Parecia que éramos os primeiros ali e que havíamos descoberto uma cidade abandonada no tempo. Ali do meio da praça central, o guia nos explicou tudo sobre os rituais maias, inclusive dizendo que Tikal ainda recebia descendentes de maias que usam o local para prestar culto aos seus deuses e antepassados. Foi definitivamente a melhor aula de história da minha vida. Rumo ao Templo IV Até ali não tinha muita ideia de onde nós iríamos ver o por do sol. Lembra da ideia da arquibancada na praça central? Não podia estar mais errado. Saímos de lá e seguimos em frente. Alguns minutos depois, estávamos subindo uma grande escadaria. Era imensa. No final, as escadas deram espaço a rochas e a uma grande arquibancada de pedra . Era o Templo IV, um dos maiores templos maia já descobertos até então. Algumas pessoas já esperavam sentadas aguardando o nascer do sol. Nos sentamos, olhamos pro céu e nenhum sinal de nuvem ou chuva. O cenário estava montado, tudo perfeito em seu devido lugar, agora era aproveitar em silêncio o espetáculo começar. Os raios de luz começavam a sair, se misturavam com a escuridão. Formavam a cada segundo uma nova pintura, com diferentes cores e com diferentes intensidades Nascer do sol do alto do Templo IV em Tikal. Fomos em Outubro, época de chuvas e olha o que presenciamos? Mas para quem pensa que o espetáculo era destinado somente ao nascer do sol, está muito enganado (como eu estava). O barulho da floresta se despertando era o verdadeiro espetáculo. Os animais acordavam e começavam a cantar por todos os lados. Macacos, pássaros e insetos entoavam suas vozes para de alguma forma agradecer o renascimento do sol. O silêncio também era parte do show, ali do alto do Templo IV em Tikal. Todos estavam perplexos com a beleza do instante e não se permitiam mover nem se quer um músculo, para evitar perder um segundo da experiência. Ficamos lá em cima por quase 2 horas entre fotos, olhares no horizonte e ouvidos na vegetação. No final, quando tínhamos que nos despedir, ficou a sensação de dever cumprido. Uma viagem inteira repleta de bons momentos e grandes experiências não poderia ter acabado melhor. Senti imediatamente minha mente se desligando por completo. Era como se quisesse dizer que já era suficiente, que eu já havia conseguido o que buscava. Agora era somente hora de lembrar. Lembrar de tudo que passamos, de todos os sois que vimos, nascendo e se pondo, de todos os vulcões que subimos e descemos, de todos os locais que chegamos e partimos. Desbravando o restante de Tikal Descemos e ainda não havia ninguém no parque. O guia nos levou em várias construções, nos explicou o significado de cada uma, nos mostrou piramides que ainda não foram restauradas (Templo III) e deu detalhes sobre os principais pontos da cidade de Tikal, até o retorno definitivo à praça central (Gran Plaza). Entretanto, o ponto forte do guia eram os animais e plantas do local. Ele descrevia todos os pássaros que via e nos mostrava plantas com características peculiares. A mistura de natureza e história não poderia ser melhor. No final, tivemos mais umas 2 horas para andar por conta própria. Aproveitamos o parque vazio para subir nos templos, sentar nas escadarias e explorar as áreas remotas, sem muito tráfego ou pessoas disputando para tirar fotos. Valeu muito a pena pena! Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
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Roteiro pelo Equador - Ilhas Galápagos - 5 dias
Marcos A postou um tópico em Equador - Relatos de Viagem
Ah Galápagos! Famosa pela teoria da evolução de Charles Darwin, hoje é muito mais do que isso. Nos últimos anos, as ilhas vêm recebendo cada vez mais turistas de todo o mundo, em busca das mais variadas atrações que as ilhas oferecem: cruzeiros luxuosos, mergulhos, observação dos animais e plantas, trilhas por vulcões ativos e descanso em praias paradisíacas. Difícil de acreditar que um lugar como esse existe. Gostou do aperitivo? Então dá uma olhada no que fizemos por lá durante a nossa visita. Ilha de Santa Cruz Ficamos 3 dias em Santa Cruz e achamos o suficiente para conhecer por completo as principais atrações da ilha. Conhecemos as principais praias, demos um rolê em Puerto Ayora e conhecemos a famosa Estação Científica Charles Darwin. Planejamos também visitar um das fazendas para observar as tartarugas gigantes, mais o passeio melou aos 45 minutos do segundo tempo. Como chegamos Voo de Quito (com escala em Guayaquil) à Baltra, uma pequena ilha ao norte de Santa Cruz. Todo o trajeto foi feito com a companhia Tame. Já adianto que o preço da passagem vai te desanimar um pouco. Fizemos a estratégia de chegar por Santa Cruz (Baltra) e ir embora de Galápagos por San Cristóbal. Assim, ganhamos tempo e deu pra aproveitar mais cada ilha. Onde nos hospedamos Em Santa Cruz, nos hospedamos no Galápagos Best Hostel. O local é bem simples e bem afastado do centro de Puerto Ayora (uns 20 minutos de caminhada). Entretanto, gostamos bastante do hostel. Era limpo, água quente e os quartos privados tinham uma mini cozinha. Fizemos o café da manhã todos os dias que ficamos em Santa Cruz. Valeu a pena! O que fizemos Santa Cruz foi de longe a ilha com a melhores praias. Além disso, é a ilha mais desenvolvida do arquipélago, então, você vai encontrar mais opções de restaurantes, comercio, agências, etc. PUERTO AYORA A maior cidade de Galápagos, também a mais desenvolvida. Puerto Ayora é o ponto de partida para quem quer conhecer tudo em Galápagos. Agências de viagens estão espalhadas por várias ruas. Em uma das ruas principais, a Av. Charles Darwin, você vai encontrar inúmeras opções de restaurantes, dos mais ocidentais (hambúrguer, pizza, batata frita, etc.) até os mais tradicionais de comida local. Nós, por outro lado, amamos a Av Binford. A rua concentra vários restaurantes de comida realmente local. De noite fica super movimentada. Se você quer um almoço com um precinho mais amigo ( por volta de USD 5.00), é lá que você vai encontrar. Outro destaque é o Mercado de Peixes de Puerto Ayora. É lá que os barcos carregados de pescado chegam para serem pesados, lavados e vendidos. Mas a clientela não é só de pessoas. Toda a fauna de Galápagos se reúne por lá: leões marinhos, pelicanos, pássaros, iguanas, etc. Todo mundo esperando a oportunidade perfeita para roubar um pedaço de peixe. Vale a visita. TORTUGA BAY E PLAYA MANSA Tortuga Bay. As ondas eram mais intensas. Vimos vários surfistas por lá. Pegando uma trilha de 2 km por dentro da vegetação típica de Galápagos, você vai acessar primeiramente Tortuga Bay, uma praia onde o banho não é recomendado, mas que é linda mesmo assim. O acesso a praia é gratuito. A areia é branquinha e o mar azul claro. Várias iguanas passam constantemente por você e em algumas pedras, você vai poder ver os famosos caranguejos vermelhos de Galápagos. Playa Mansa. Dá pra entender o nome, não dá? Andando mais um bocadinho, você vai chegar no ponto alto de Puerto Ayora, a Playa Mansa. Tire pelo menos metade de um dia para relaxar nessa praia. A água é bem calma e você pode ficar um tempinho na areia, perto das árvores, só relaxando. O único problema é que a praia pode ficar muito cheia a partir do final da manhã. LAS GRIETAS E PLAYA LOS ALEMANES Normalmente você vai fazer Las Grietas e Playa los Alemanes em uma só tacada. Pra chegar lá, você vai ter que pegar um barco no porto de Puerto Ayora por USD 0.5 que vai te levar até um hotel/restaurante. Descendo, é só seguir a plaquinha que indica "Las Grietas" que não tem erro. Depois de percorrer uma trilha bem curta, você vai chegar em Las Grietas. Um pedaço de mar localizado entre dois rochedos enormes, ideal pra se refrescar rodeado de peixes. Já a Playa los Alemanes é bem pequenininha, mas muito linda. Ficamos sentados alguns minutos olhando a paisagem e pudemos ver, sem entrar na água, vários peixes e duas arraias que passavam tranquilamente entre os banhistas. PLAYA EL GARRAPATERO Essa praia fica mais afastada de Puerto Ayora. Pra chegar lá, tivemos que pegar um táxi que nos custou, ida e volta, por volta de 30 dólares. A praia é maravilhosa. O taxista te deixa em um estacionamento (combine o horário da volta) e você tem que andar por uns 15 minutos antes de chegar na praia propriamente dita. Playa El Garrapatero. O lugar é um paraíso. Quando fomos, vimos alguns leões marinhos (um inclusive dormia a menos de 2 metros das nossas mochilas), pelicanos, iguanas e uma garça cinza linda. Além disso, se você quiser, você pode alugar caiaques que ficam disponíveis na entrada da praia. Não chegamos a perguntar os preços, mas fica a dica. ESTAÇÃO CIENTÍFICA CHARLES DARWIN Fica pertinho de Puerto Ayora e dá pra ir andando mesmo. Lá funciona um centro de pesquisa e recuperação animal. O centro é aberto ao público e a entrada é gratuita. Dentre as principais atrações, você vai poder visitar um pequeno museu da biodiversidade das ilhas de Galápagos; vai poder ver o George, a tartaruga mais famosa de Galápagos que morreu em 2012 (ele foi empalhado e se encontra em uma câmara resfriada para sua preservação); e vai poder ver inúmeras tartarugas gigantes e iguanas que estão sob cuidado do centro. Vale muito a pena a visita. Ilha San Cristobal Foram somente dois dias em São Cristóbal, mas muito intensos. Aqui, a principal atração foi os leões marinhos. Estavam por todos os lados, em todas as praias que visitávamos. Como Chegamos Chegamos de barco, vindos de Puerto Ayora. Compramos os tickets em uma agência de viagens qualquer perto do porto. Sim, você pode comprar o ticket entre as ilhas em qualquer agência. Eles contactam as empresas que fazem os percursos e tudo funciona direitinho. Só não deixe pra última hora, porque a procura é grande e são poucos barcos por dia. Pagamos USD 30 por pessoa para a viagem de barco entre Santa Cruz e San Cristóbal. A viagem demora cerca de 2 horas e meia e é um pouco desconfortável. A lancha é bem pequena (devem caber umas 20 pessoas no máximo) e não há espaço para acomodar os braços. Além disso, dependendo da condição do mar, a viagem pode ser um pouco enjoativa. Tivemos sorte que o mar estava calmo no dia que fomos. Onde nos hospedamos Em San Cristóbal nos hospedamos no Guesthouse Hostal Cattleya. Sabe aquelas pousadas do Brasil, onde os próprios donos tocam o lugar e conseguem fazer você se sentir em casa? Ficamos em um quarto triplo (reservamos em cima da hora...) bem simples, mas arrumadinho e limpo. O café da manhã estava incluso e era preparado pelo donos (pão comprado no dia, frutas, iogurte, e um cafezinho bem preparado). No momento da reserva, a dona entrou em contato comigo para pedir mais informações da nossa chegada. Quando chegamos em Puerto Baquerizo Moreno, o marido dela já estava nos esperando e enquanto nos acompanhava a caminho do hotel ele nos deu várias dicas. Recomendadíssimo! O que fizemos Basicamente praias e contato com a natureza! Tínhamos somente 2 dias para aproveitar a ilha então resolvemos gastar todo o tempo na praia, curtindo o tempo que faltava antes de voltar pra casa. PUERTO BAQUERIZO MORENO Pôr do sol em Puerto Baquerizo Moreno. Não preciso acrescentar nada... Capital de Galápagos e ponto de partida para todas as praias da redondeza. Diferente de Puerto Ayora, as praias aqui estava um pouco mais perto do centro. Fomos andando para todas elas sem nenhum problema. Aproveite o final da tarde para ver os leões marinhos que se encontram aos montes e para comer em um dos restaurantes espalhados pela rua principal da cidade. PLAYA MANN A Playa Mann é a mais próxima do centro de Puerto Baquerizo Moreno e uma das mais populares para ver o pôr do sol em San Cristóbal. No final da tarde, centenas de pessoas se reúnem nas areias da praia para ver o espetáculo e alguns se arriscam a tomar um banho de mar. A praia também é frequentada pelos leões marinhos. Se você estiver procurando um lugar para almoçar ou tomar um suco de fruta, é na Playa Mann que você vai encontrar vários restaurantes. São restaurantes simples, mas que servem uma comida deliciosa e com preço em conta. Recomendo. PLAYA PUNTA CAROLA Um pouco mais ao norte da Playa Mann, se encontra a Playa Punta Carola. A praia não é tão boa para banho pois é repleta de rochas. Entretanto, a água é cristalina e você vai ter a companhia constante de leões marinhos que usa a areia da praia para descansar. Ela também é mais intocada que a sua vizinha Playa Mann, com mais árvores e locais de descanso. É de lá que parte a trilha para o mirador Cerro Tijeretas, parada obrigatória em San Cristóbal. MIRADOR CERRO TIJERETAS E MUELLE TIJERETAS Uma pequena trilha vai te levar para o mirador Cerro Tijeretas. O mirador proporciona vistas incríveis de San Cristóbal, principalmente de Muelle Tijeretas, um pequeno pier onde a galera aproveita pra mergulhar e observar a vida marinha da ilha. Na mesma trilha, se encontra a famosa estátua de Charles Darwin. PLAYA LA LOBERIA Lobos marinhos descansando na beira da praia - La Loberia. Foi o dia mais tranquilo da nossa visita à San Cristóbal. Não tínhamos hora pra ir e nem para voltar. O plano era ir bem cedo para Playa La Loberia, voltar mais ou menos de tarde e ver o por do sol na Playa Mann (pela segunda vez). Fomos andando do hostel até a praia. Foi uma caminhada longa, mas nada impossível. Lá, tivemos nossa mais intensa experiencia com leões marinhos da viagem. Eles estavam por todos os lados. Não é a toa que a praia se chama La Loberia. Eles mandam por lá. Não se importavam com ninguém e em alguns momentos, até chegavam a avançar nas pessoas que entravam na água. Um momento muito especial foi quando vimos um casal de leões marinhos brincando dentro da água e correndo um do outro. Nadavam muito rápido, saltando como golfinhos para fora da água. Valeu muito a pena visitar essa praia! Conclusão sobre Galápagos Galápagos foi um lugar que me expôs a vários tipos de emoções e experiencias. Galápagos é um paraíso, repleto de vida e energia, que vai te fazer pensar sobre como estamos cuidando da nossa natureza. Um lugar onde a vida selvagem consegue viver em quase-harmonia com os homens. Um lugar inesquecível. Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com -
Olá Amigos! Procuro trilhas com pontos de acampamento em São Paulo. Nada com tomada USB ao lado da barraca ou "Selvagem" usando o fogão do dono do sitio como vi num outro post aqui do site sobre acampar na natureza. Igual o cara do Canal Sozinho na trilha, mas ele faz a região sul, Parana e tals, Desejo alguma indicação em SP. Num raio de até uns 150/170km da capital. Com Trilhas leves ou moderadas (algo em torno de até 1:30 horas) se possível (sem o papo de ser relativo e bla bla bla hahahahaha) Obrigado Amigos! Guilherme
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Salve salve trilheiros e trilheiras! Segue o relato com algumas dicas para fazer uma bela trilha onde irão encontrar maravilhosas cachoeiras, belas paisagens e uma natureza fantástica bem perto da cidade de São Paulo e de baixíssimo custo. Ida - 25/01/2020 - 07h00min - São Paulo x Rio Grande da Serra x Paranapiacaba - Metrô e Trem R$4,40 - Ônibus R$6,90 - Uber R$5,00 Partindo de São Paulo do bairro Perdizes Zona Oeste, peguei o Metrô na estação Vila Madalena (linha verde) até a estação Paraíso (linha Verde x Azul) para baldear para a linha vermelha seguindo até a estação Sé (linha Azul x Vermelha) onde peguei para a estação Brás (linha Vermelha), para finalmente pegar o Trem da CPTM sentido Rio Grande da Serra que foi nossa primeira parada. O trajeto todo até a primeira parada teve uma duração de aproximadamente 1h30min . Chegando na estação de Rio Grande da Serra, após sair pelas catracas atravessamos a linha do trem e viramos para a direita na rua e depois viramos na primeira rua a esquerda onde tem um ponto de ônibus que leva tanto para a vila de Paranapiacaba quanto para a entrada da trilha que fica a poucos quilômetros de Rio Grande da Serra. O ônibus é do transporte público então é só esperar alguns minutos que logo encosta um e o valor é de R$6,90. Mas antes de pegar o busão nós aproveitamos e fizemos umas comprinhas no mercados que encontramos bem em frente da linha do trem. Compramos pouca coisa, nada de mais, somente alguns pães, água, presunto, queijo e chocolates, pois nossas mochilas não poderiam ficar pesadas para fazer a trilha. Comprados nossos alimentos, logo na saída do mercado notamos que haviam diversas pessoas oferecendo o mesmo serviço dos ônibus para o começo da trilha, porém o trecho é feito de carro e com o valor mais baixo, por apenas R$5,00 Reais. Como estávamos em 4 pessoas, fechamos um carro e 15 minutos depois fomos deixados no começo da trilha. Mais rápido e prático. (Estação Brás - CPTM) (Nóis) (Entrada da trilha) Na entrada existe uma porteira de madeira indicando o começo da trilha. Então é só atravessar e seguir reto por uma estrada que neste dia estava alagada com alguns centímetros de água, mas nada que impedia de passar. Passamos por baixo dos fios das torres de energia elétrica onde existe um barulho da energia correndo pelos fios bem sinistro mas sem perigo nenhum. Passando esses fios ai sim inicia a trilha com muita lama, pois tinha chovido muito no dia anterior dificultando em alguns trechos, então o cuidado tem que ser maior para não acontecer possíveis quedas. O inicio da trilha é de nível fácil, a única dificuldade mesmo é a lama intensa, mas aconselho a retirarem os sapatos e irem descalços, assim você não os suja para a volta e ainda sente a incrível energia que a natureza irá colocar nos seu corpo entrando pelos seus pés. É fantástico! A primeira parada na trilha foi em uma prainha de água cristalina com uma pequena queda de água, um ótimo lugar para se refrescar e tomar um pouco de sol. Após este trecho a trilha começa a ficar um pouco mais fechada mata a dentro e em alguns trechos cruzara o rio tendo que continuar a trilha do outro lado. Normalmente o rio é bem raso não oferecendo perigo algum na travessia. (Prainha) Após andar pouco mais de 20 minutos chegamos no mirante que existe no meio da trilha, seria a segunda parada da trilha onde se consegue ver cidades litorâneas como Cubatão, Santos, São Vicente. Um lugar de uma imensidão grandiosa da natureza contrastando a mata e as cidades, ótimo lugar para contemplar e tirar belas fotos. (Mirante) Seguindo a trilha mais a frente por alguns minutos já começamos a ouvir o barulho de água caindo, chegando perto do rio nos deparamos com uma grande queda de água, uma cachoeira linda chamada de Fumacinha com um volume de água muito bom caindo. O banho de cachoeira é quase obrigatório e é de lavar a alma, mas seguimos em frente pois ainda haviam alguns minutos para chegarmos ao ponto de camping. (Cachoeira da Fumacinha) Caminhando mais alguns minuto chegamos em uma bifurcação do rio. Para a esquerda fica a grandiosa cachoeira da Fumaça com vista para o mar e para a direita ficam as áreas de camping e a Cachoeira da Tartaruga. Seguimos para a direita e alguns minutos depois chegamos nas suas lindas quedas. Fizemos nossa terceira parada e nosso café da manha ali mesmo ao som das águas da cachoeira. Fizemos a trilha toda até a Cachoeira da Tartaruga em 2:00 horas, esse tempo foi por causa da lama que dificultou muito na trilha. Em dias sem chuva se faz a mesma trilha num tempo um pouco menor. (Cachoeira da Tartaruga) Bem de frente com a cachoeira existe uma área de camping que cabem aproximadamente umas 4 barracas de porte pequeno. O terreno é um pouco irregular mas te da um vista fantástica da cachoeira vista de frente. Já na parte de cima da Cachoeira da Tartaruga onde se chega fazendo uma trilha ao lado, existem outras áreas maiores para camping para grupos maiores de pessoas. Vi muito lixo neste local, então galera vai um apelo aqui Leve seu lixo de volta com você! Aproveitamos que o sol tinha dado as caras e fomos na Cachoeira da Fumaça. Retornamos a trilha até a bifurcação dos rios e seguimos por dentro do rio mesmo até chegar em poucos metros na Cachoeira da Fumaça com uma vista sensacional. (Cachoeira da Fumaça - Vista de cima) (Cachoeira da Fumaça - Vista de baixo) Volta - 25/01/2020 - 17h00min - Paranapiacaba x Rio Grande da Serra x São Paulo - Uber R$5,00 - Metrô e Trem R$4,40 Ficamos por um tempo contemplando o lindo visual que se tem de cima da cachoeira com vista para o litoral de São Paulo. Logo retornamos para a Cachoeira da Tartaruga para despedir de dois do nosso grupo que iriam acampar por ali mesmo na base da Cachoeira da Tartaruga. Partimos por volta das 17:00 horas e fizemos a trilha em aproximadamente uma hora e meia. Ao chegarmos na porteira não foi preciso esperar pelo ônibus para retornar a Rio Grande da Serra no ponto que fica a direita na rodovia. Pelo fato de terem muitas pessoas na trilha, já haviam diversos carros aguardando as pessoas para o retorno a Rio Grande da Serra. Então foi só tirar um pouco da lama nos pés embarcamos por R$5,00 cada um e em 15 minutos estávamos na estação para pegar o trem de volta a São Paulo e finalizar mais uma trilha com sucesso! Gratidão!!! Facebook: https://www.facebook.com/tadeuasp Instagram: https://www.instagram.com/tadeuasp/
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Lagos de Plitvice, um dos melhores motivos para ir a Croácia
Mari D'Angelo postou um tópico em Leste Europeu
📷 Clique aqui para ler o texto original com fotos. Sabe aquelas listas de “Lugares para conhecer antes de morrer”? Bom, esse é um deles! Estávamos em Zagreb (capital da Croácia) e o planejado era passar o dia no Parque Nacional dos Lagos de Plitvice. Pesquisei bastante antes de ir, uns diziam que o melhor era ficar hospedado lá por uma noite pra conseguir ver tudo, outros defendiam que um bate-volta era suficiente, ficamos com a segunda opção. Suficiente não foi, pois não chegamos a ver tudo (o lugar é enorme!), mas acho que foi realmente a melhor opção. De carro o trajeto dura aproximadamente 1:30. Acordamos bem cedo, passamos em um café perto do hotel (onde descobri que “jabuka” é maçã em croata rsrsrs) e partimos pra estrada. No caminho é possível ver marcas de balas em muitas das casas que ainda não foram reformadas, os croatas preferem investir primeiro na parte de dentro das casas (especialmente com sistemas de aquecimento), por isso é normal que muitas delas por fora estejam inacabadas mas por dentro sejam maravilhosas. Em uma determinada parte da estrada fica o museu a céu aberto da guerra (independência da Croácia, de 1991 a 1995), uma grande área com casas completamente destruídas, aviões e tanques de guerra. Um lugar tenso, que realmente impressiona, vale a pena parar alguns minutos por lá. Ao chegar na região do parque, há uma enorme placa onde você pode escolher entre algumas opções de trilhas de acordo com o tempo que pretende ficar e a dificuldade da trilha, escolhemos a nossa e depois de alguns minutos de caminhada já estávamos perdidos! A ideia das trilhas é ótima, mas faltam placas e as que tem são um pouco confusas (essa da foto por exemplo), então acabamos indo aleatoriamente, o que não foi nenhum problema, pois conseguimos ver grande parte das coisas. Ah, apesar do croata ser uma língua incompreensível pra nós, lá quase todos falam inglês, eles estão em uma crescente no turismo então donos de lojas, funcionários de museus, parques, restaurantes etc realmente se esforçam para atender bem os turistas. Nosso primeiro contato visual foi nada menos que este ai! Ou seja, já nesse momento deu pra entender o motivo do parque ser patrimônio nacional da UNESCO. E vale avisar que as fotos não conseguem captar nem metade das cores e tons perfeitos deste lugar. Confesso que fiquei meio medrosa andando nas estreitas passarelas, mas ai passavam grupos e mais grupos de velhinhos andando tranquilamente, muito mais rápido que eu… tive que fingir que estava tudo tranquilo né?! Rsrsrs É o tipo de lugar que pede calma e contemplação, cada passo dado é uma nova paisagem, entre águas de um azul indescritível, bosques de árvores multicoloridas, calmas piscinas naturais, cavernas, paredões e pequenas cachoeiras, um dos pontos altos do parque é a grande queda, uma enorme cascata onde se concentram muitas das pessoas espalhadas pelas diferentes trilhas. Tudo estava realmente maravilhoso, mas o tempo começou a virar (fomos em abril, estava um sol delicioso mas, bem frio!), decidimos pegar um dos barquinhos de travessia para conhecer o outro lado, ali as coisas já eram mais “selvagens”, estava muito mais vazio, começava a chover e ficar escuro, estávamos perdidos de novo e começava a bater um leve desespero. Nesse momento eu só pensava no que um croata havia nos dito no dia anterior; se vocês virem um urso, corram para baixo pois eles tem as patas da frente mais curtas e vão rolar caso tentem ir nesta direção. =0 Sim, porque havia a real possibilidade de existirem ursos soltos no local! (Rara, mas havia) Tem um ponto no parque onde se pode observar-los (de longe), mas acabamos não tendo tempo de ir lá. Ah, ainda uma última coisa sobre eles, em croata, a tradução para “Urso” é “Medo”… propício não? Bom, depois de pouco mais de 3 horas chegamos ao fim do passeio, pegamos o barquinho de volta para o local do estacionamento e saímos de lá com a certeza de termos conhecido um dos lugares mais incríveis do planeta Terra! Ainda na Cróacia, estivemos também em Zagreb, Split, Baska Voda e Dubrovnik, é tanta coisa maravilhosa que não dá pra falar tudo de uma vez só, mas quero já neste primeiro relato agradecer a Marília, do blog Uma brasileira na Croácia, nos encontramos com ela e seu marido em Zagreb e posso dizer que sem eles a viagem não teria sido a mesma coisa! Algumas informações úteis: Site do parque: http://www.np-plitvicka-jezera.hr Moeda: Kuna | 1,00 BRL = 2,43 HRK Preços: Variam muito de acordo com a idade e época do ano, mas no site tem tudo detalhado. Horários: O parque abre diariamente das 07:00 às 20:00 (mas os estacionamentos e os transfers de barcos tem outros horários) Leve um lanche e água pois não há muitos pontos de venda por lá, e sinceramente, acho que nem vale a pena perder tempo com isso, levamos um sanduíche que comemos contemplando as águas azuis. 😃 📷 Clique aqui para ler o texto original com fotos.- 13 respostas
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Morro do Gavião (PR) - tb cabe no seu fds!
Juliana Champi postou um tópico em Paraná - Relatos de Viagem
Olás! Segue um relato brevíssimo e fotos do “Morro do Gavião”, localizado na cidade de Ribeirão Claro, Paraná, divisa do Estado com São Paulo (Chavantes). O “tb cabe no seu fds” do título do tópico faz alusão ao primeiro post que fiz com este tema: Viagens curtinhas (bate-e-volta ou 2 dias) e acessíveis pra quem curte muito natureza mas as vezes não tem disponibilidade, seja de grana ou de tempo, para grandes aventuras. Bora lá. Saímos de Londrina, norte do Paraná, as 7h da manhã de uma sexta-feira, feriado municipal. Londrina dista 200km da Fazenda São João, onde fica o Morro do Gavião. Fomos em 4 famílias, sendo 3 casais com 1 filho cada (3, 5 e 11 anos) e um casal sem filhos, em 3 carros pra otimizar custos. Tem 2 pedágios na nossa rota, de 22 REAIS CADA, um abuso. Então gastamos 88 reais de pedágio por carro. Só pra ilustrar, o meu carro gastou 95 reais de combustível... quase igual ao valor do pedágio. Assim que a gente paga o segundo pedágio a gente sai da rodovia e pega uma estrada bem bosta, pista simples com vários trechos esburacados. Por isso os 200km são percorridos em 3 horas. O acesso a Fazenda é por um curto trecho em estrada de chão. A pedra bonitona que aparecia na estrada. Poucos kms em estrada de chão. Chegamos lá as 10h e fizemos um lanche antes de subir. Paga-se 3 reais para entrar. A Fazenda São João tem estrutura super turística e várias atividades além da contemplação, como tirolesa, parapente, parque infantil, restaurante e etc., mas eles só abrem estas atividades aos fds e feriados nacionais. Até avisei que iríamos em grupo e tals mas estava mesmo tudo fechado. E detalhe, era feriado lá tb! 🤦♀️ A “trilha” pra subir nem pode ser chamado de trilha. É um caminho em campo aberto (acho que podiam plantar umas árvores) com calçamento de pedra, dá pra subir com bb de colo, com muleta, enfim, dificuldade zero. Tb é bem curto, parando bastante demora uns 30 minutos. Subindo! "Caminho" de pedra. A vista do alto é a represa de Chavantes, e é de fato bem bonita. Tanto que rolam uns ensaios fotográficos pré-wedding e estas coisas. Lá em cima tb tem umas rochas bem cênicas onde o povo finge estar caindo ou flutuando, mas é perigo quase zero. Gui pendurado. Meu pequeno mochileiro. Meu quase "Asana de Vrakasana" pq tava ventando. kkk Ficamos cerca de uma hora andando em cima do morro, fizemos um lanche, mas o calor tava MUITO forte e tinha apenas uma árvore. Tentamos ficar na sombra desta árvore, mas tinha um amontoado de vespas numa rocha próxima que começou a se incomodar com nossa presença, resolvemos descer. Então ponto negativo: preocupação com a natureza não tem não. Super podiam plantar umas árvores nativas alí em cima, pelo menos no interior do platô (que é pequeno) se a preocupação é não prejudicar a vista. Seguem fotos do visual! Natureza e mochila! Um dos lados da vista! A trupe reunida! No caminho que dá acesso a Fazenda tem placa indicativa de outras atrações. Perguntamos, antes de partir, se as atrações estariam abertas... e moça da Fazenda disse que não pq era feriado! Poxa, mas aí que tinham que abrir né? Haha. Uma das indicações da estrada era uma tal de “Pedra do Índio”, e a gente avistava uma rocha alta com formato bem legal, achamos que era essa. Resolvemos ignorar a indicação da moça da Fazenda São João de que tudo estaria fechado e fomos ver essa tal “Pedra do Índio”. Era uma restaurante, rs. BEM BONITO, ABERTO, com uma vista linda da represa de Chavantes tb. Preços super tranquilos. Pelo jeito eles fazem eventos no local (casamento, festas) e está em construção um belo camping, fica a dica pro futuro próximo. Mas a Pedra do Índio era nada a ver, e a bonitona que a gente via da estrada tinha outro nome, rs, que não lembro. Lá vimos um garçom indicar uma cachoeira por perto, mas já estava tarde pra nós e ainda tínhamos planos, mas pelo jeito tem mais coisas na região que não conhecemos. Partimos em direção a ponte pênsil (Ponte Alves Lima) que liga as cidades de Ribeirão Claro a Chavantes por cima do Rio Paranapanema, divisa dos estados (PRxSP). Esta ponte é tomaba pelo Patrimônio Histórico Estadual e é bem importante do ponto de vista arquitetônico. É uma raridade. No caminho se observa a cachoeira “Véu da Noiva” (afffe essa criatividade pra nome de cachoeira) da estrada, mas estava bem mirradinha por conta da nossa estação seca. Adoramos o cenário da ponte. Hoje é acessível somente a pedestres, a ponte para automóveis funciona ao lado. As águas do Rio Paranapanema estavam tão clarinhas e transparentes, estava tão calor, que só não pulamos pq não tínhamos absolutamente nada pra nos secar antes de irmos embora, kkkkk! Ponte lindona! A foto não mostra o tanto que ela é bonita! A ponte nova! Time completo! Saímos de lá cerca de 16h e chegamos em Londrina as 19h. Estas foram as atividades em um dia. Se houver possibilidade de pernoite, tem outras coisas pra explorar. -
Açores: Guia de viagem para São Miguel
Mari D'Angelo postou um tópico em Portugal - Relatos de Viagem
Portugal é um país pequeno, mas tem 9 pedacinhos paradisíacos destacados bem no meio do Oceano Atlântico, o Arquipélago dos Açores! São Miguel é a maior das ilhas, e com voos low cost regulares à partir de Lisboa e Porto, é também uma das mais visitadas. A Ilha de São Miguel é um dos lugares mais lindos que já vi! De origem vulcânica, a terra das “vacas felizes” tem paisagens deslumbrantes que vão da montanha ao mar. As estradas, sempre enfeitadas por hortências brancas e azuladas, levam à lagoas cenográficas e praias de areia escura. É o destino perfeito para quem gosta de estar em meio a natureza. O idioma falado é o português, mas o sotaque dos micaelenses (originários da Ilha de São Miguel) é tão diferente do resto de Portugal que muitas vezes parece que eles estão falando francês! A moeda corrente é o euro. Como se locomover nos Açores? A primeira coisa a se pensar ao planejar uma viagem para os Açores é alugar um carro! Não sei sobre as outras ilhas (imagino que seja o mesmo), mas em São Miguel é sem dúvidas a melhor opção. Até há transporte público e ônibus turísticos Hop On Hop Off, como o Yellow Bus, que passam pelos principais pontos, mas lá é daqueles lugares em que o caminho é tão interessante quanto o destino final. Estar de carro vai te dar muito mais liberdade e conforto, além de otimizar o tempo. Caso decida se deslocar de transporte público, confira aqui as linhas e horários. As locadoras de carro já ficam logo em frente ao portão de chegada no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, e de lá até o centro da cidade não dá nem 10 minutos. O ideal é já ter feito a reserva com antecedência. É fácil se locomover na ilha pois as distâncias são curtas (uma volta completa, de ponta a ponta dá 4h de viagem), as estradas são boas e não há pedágios. Quanto tempo ficar na Ilha de São Miguel? Tivemos apenas 3 dias inteiros na Ilha. Dá pra conhecer bastante coisa, mas definitivamente é pouco! Imagino que 5 dias inteiros, ou até uma semana seja o ideal, assim dá pra fazer as coisas com mais calma e ficar mais tempo curtindo cada lugar. É bom também levar em conta a época do ano. Como a maior parte das atrações são à céu aberto, faz bastante diferença se os dias são mais curtos ou mais longos. No verão o sol se põe por volta das 21:00 enquanto no inverno é pelas 18:00. O fuso horário também é diferente do de Portugal continental, sendo 1 hora a menos. Onde se hospedar na Ilha de São Miguel? Nós ficamos hospedados em Ponta Delgada, bem no centrinho da cidade. É a melhor opção para quem quer sentir um pouco de movimento, ter opções de restaurantes, cafés, lojas… mas ainda assim é uma cidade pequena e tudo fecha cedo. Para quem prefere mais tranquilidade, há vários pequenos vilarejos com opções de hospedagem perto do mar e das lagoas. Ficamos na Casa Conforto, um alojamento local bem simpático, com instalações novas e bem decoradas, funcionários super atenciosos e café da manhã no quarto (entregue todos os dias em uma cestinha de picnic ♥). Tem uma cozinha compartilhada caso queira guardar algo na geladeira ou tomar um café. Há um estacionamento público gratuito a 5 minutos a pé e vagas pagas nas ruas próximas. Como é o clima nos Açores? A fama é de ter as 4 estações do ano em um só dia, então acho que a palavra para o clima nos Açores é “instável”. Fomos em Julho, pleno verão, e estava bem quente! A temperatura estava sempre por volta de 24º mas a sensação era de bem mais. Pegamos alguns momentos nublados mas nenhuma chuva. Para essa época recomendo roupas leves, um casaquinho para usar a noite, roupa de praia e calçados confortáveis, pois as melhores vistas vem sempre acompanhadas de alguma caminhada. Nosso roteiro de 3 dias na Ilha de São Miguel Dia 1 No primeiro dia fomos explorar o lado leste da ilha. Começamos pelo Miradouro Pico do Carvão, meio improvisado no meio da estrada mas com uma vista impressionante! Um pouco mais a frente fica o Aqueduto do Carvão e atravessando da estrada, a entrada para o Miradouro Pico do Paul. Dá pra ir de carro até lá mas (apesar da subida) é um caminho agradável para fazer a pé, passando pelas aconchegantes Lagoa das Empadadas e Lagoa de Eguas. Seguindo ainda pela mesma estrada chegamos ao cartão postal dos Açores, o Miradouro da Boca do Inferno (ou Miradouro da Grota do Inferno). Ele fica dentro do Parque Florestal da Mata do Canário e tem horário pra fechar – 19:00 no verão e 15:00 no inverno. No começo da escadaria que leva à vista mais linda da Ilha de São Miguel, está estrategicamente posicionado um carrinho de sorvete artesanal com ingredientes típicos dos Açores. Pode ousar sem medo! A vista lá de cima é surreal! Vai revelando aos poucos a Lagoa e o vilarejo das Sete Cidades e as lagoas de Santiago, Rasa e do Canário. Há um trilho que leva à uma placa explicativa e muita gente para por aí, mas se caminhar um pouco para a esquerda a visão é ainda mais ampla e não é preciso dividir o espaço com quase ninguém. Se tem um lugar perfeito para um picnic, é este! E a rota dos miradouros ainda não acabou, seguimos para o da Vista do Rei, outra imagem bem conhecida da Ilha de São Miguel. Daqui vê-se a Lagoa das Sete Cidades, que tem um lado esverdeado e outro azulado, deslumbrante! Para ter a melhor vista da Lagoa das Sete cidades aconselho cometer um pequeno delito e “invadir” o hotel abandonado Monte Palace. O que parece ter sido um luxuoso refúgio, é hoje quase um cenário de filme de terror, com todo o interior destruído. Ainda assim dá pra imaginar o privilégio que era se hospedar em um daqueles quartos com varandas imensas de frente para as lagoas. Bateu a fome e decidimos descer até o vilarejo das Sete Cidades. Esse trecho da estrada é forrado de hortências e só por isso já valia a viagem, mas a cidadezinha também é um encanto! O gramado arborizado à beira da lagoa é um bom lugar para um momento relax. O almoço foi no Restaurante Lagoa Azul, que tem um buffet cheio de opções deliciosas e bem temperadas! Aliás, esteja atento ao horário se quiser parar para almoçar. Não há nada pelas estradas, é preciso entrar nas cidades e na grande maioria delas os restaurantes fecham entre o almoço e a janta (as vezes ficam abertos mas só para bebidas). A próxima parada foi a Ponta da Ferraria. Além de ser mais uma vista linda, lá em baixo há uma piscina natural de formações vulcânicas onde a água do mar fica quentinha! Essa é de acesso livre e tem duchas, banheiros e vestiários (tudo meio improvisado mas super útil!). Um pouco antes fica o Termas da Ferraria, um espaço com spa, piscinas e restaurante. Terminamos o dia no Miradouro da Ponta do Escalvado, quase um camarote para o pôr do sol. Dia 2 Como ficava pertinho do nosso Airbnb, passamos para conhecer o Mercado da Graça, onde se encontra frutas (especialmente o famoso ananás dos Açores) e vegetais fresquinhos, produtos regionais como queijos, geléias e biscoitos e até souvenirs. Depois partimos para Vila Franca do Campo, na expectativa de comprar o bilhete para visitar o Ilhéu de Vila Franca no dia seguinte. Não conseguimos, mas continuamos o roteiro pelo lado oeste da Ilha. Ali perto fica a Ermida de Nossa Senhora da Paz, uma igrejinha que além de já ficar no alto da colina, ainda está no topo de uma uma incrível e imensa escadaria. Lá de cima a vista para a cidade, o mar e o Ilhéu é fantástica! Outra coisa imperdível em Vila Franca do Campo são as Queijadas da Vila, um docinho típico da região que ganhou tanto meu coração que voltei no dia seguinte pra comprar uma caixa inteira! Clique aqui e conheça mais doces típicos de Portugal! E falando em comida, paramos em um restaurante na cidade para provar uma das especialidades açorianas, as lapas grelhadas! Lapas são um tipo de molusco geralmente encontrados em pedras nas regiões marítimas. As “conchinhas” chegam espalhadas por uma chapa fumegante e são temperadas com um molho de alho e limão. O sabor é bom, mas o fato de elas terem umas anteninhas me deixou um pouco agoniada. Para acompanhar pode provar a cerveja Especial Melo Abreu, também original dos Açores. Continuamos até o Jardim da Lagoa de Furnas, um parque super agradável que tem a Ermida Nossa Senhora das Vitórias como cartão postal. Na outra ponta da Lagoa de Furnas, em uma área de solo vulcânico, é onde é preparado o famoso cozido de furnas, outro prato típico açoriano. O cozido leva variados tipos de carnes branca e vermelha, além de embutidos e legumes. Como sou semi-vegetariana, não experimentei, mas se tiver coragem, deve ser uma experiência gastronômica diferente! O diferencial desse prato é o modo de preparo. Tanto os restaurantes da região quanto pessoas avulsas levam as panelas para serem “enterradas” nas caldeiras, onde cozinham por cerca de 6 horas. Há pessoas responsáveis no local para ajudar no processo. A região de Furnas é aliás muito conhecida pelas caldeiras em ebulição e pelas águas termais. Para chegar até lá mais facilmente pode procurar por “Largo das Caldeiras”, quando começar e ver focos de fumaça saindo do chão, chegou! Há várias bicas de águas com diferentes propriedades espalhadas pela cidade e as pessoas são encorajadas a provar. Eu não dei muita sorte e escolhi uma que tinha gosto de ferro gaseificado! Há alguns lugares em que a água tem uma coloração meio avermelhada devido a presença de enxofre e ferro. Para ter uma vista aérea da Lagoa de Furnas, seguimos até o Miradouro do Pico do Ferro. E com tanta água envolvendo essa paradisíaca ilha, não dá pra não falar de praia também. Escolhemos para fazer uma pausa com uma imperial a beira mar, a Praia dos Moinhos, na região norte de São Miguel. A entrada da praia fica quase escondida nas curvas de uma sinuosa estrada e ao chegar, a surpresa fica por conta da cor acinzentada da areia. Uma boa pedida para petiscar é O Moinho Terrace Café, com um ambiente interior agradável e uma ampla esplanada de frente para o mar. A menos de 10 minutos de carro da Praia dos Moinhos fica o Miradouro de Santa Iria, com uma vista espetacular das falésias açorianas. Por ser uma ilha de origem vulcânica, há várias opções de termas em São Miguel, sendo as mais conhecidas a do Parque Terra Nostra e a Poça da Dona Beija. Deixamos essas duas fora do roteiro e optamos pela Caldeira Velha, um pequeno paraíso natural de águas escaldantes. As piscinas do Centro de Interpretação Ambiental da Caldeira Velha, envoltas por uma vegetação diversa, tem águas de diferentes temperaturas, sendo que a mais quente pode chegar a 38º! Parece impossível mas na verdade é bem agradável – claro que por pouco tempo. A maior e mais concorrida atração é a cascata, que tem uma coloração avermelhada devido ao ferro presente na água. Aliás, o ideal é não ir com roupas novas ou claras pois podem ficar com manchas. O tempo máximo de permanência é de 2 horas e há um limite de 250 pessoas por vez. O valor do ingresso é de 8€ (ou 3€ caso não queira entrar nas poças termais) e grátis para residentes nos Açores. Há banheiros e uma estrutura simples de vestiários e lockers. Mais informações aqui. Dia 3 No nosso último dia na Ilha de São Miguel, acordamos cedinho com destino (de novo) a Vila Franca do Campo para fazer a travessia para o Ilhéu de Vila Franca. Leia aqui tudo sobre o Ilhéu de Vila Franca do Campo. No Norte da Ilha, já próximo à vila de Nordeste fica o Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões. O acesso é bem fácil e a estrada corta ao meio dois lados igualmente dignos de cenários encantados. Em um deles, uma cachoeira que brota por entre as árvores e é rodeada por uma abundante natureza. Do outro um riacho salpicado por pequenas quedas d’água e casinhas dignas de aldeia. Sem dúvidas vale a parada. Uma das paisagens mais famosas da Ilha de São Miguel é a Lagoa do Fogo. O acesso de carro só vai até um certo ponto, depois é preciso fazer uma trilha de mais de uma hora. Para ter uma vista aérea basta subir ao Pico Da Barrosa. Como é um dos pontos mais altos da ilha, recomendo checar a visibilidade aqui antes ou corre o risco de chegar lá e não enxergar absolutamente nada por causa da neblina (que infelizmente foi nosso caso). À noite ficávamos sempre pelo centro histórico de Ponta Delgada. As Portas da Cidade, a Câmara Municipal e a Igreja de São Sebastião demarcam o miolo central, onde turistas e micaelenses se misturam. As ruas adjacentes estão repletas de opções de cafés, bares e restaurantes. Uma boa pedida é o Calçada do Cais, que recomendo pelo risoto e pela sangria! A região em frente ao cais também é uma opção agradável para ver o cair da noite. Há sempre alguma coisa acontecendo em Ponta Delgada, consulte o site da Câmara Municipal para saber o que vai estar rolando nos dias da sua visita! 📷 Relato oficial com fotos e mapas aqui- 6 respostas
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Oieee, galera. Estou a procura de pessoas que se interessam em fazer um mochilão pela Amazônia, eu sou de Manaus e queria encontrar pessoas do Pará, Amazonas, pra ver se fica mais fácil a aventura. Mas claro que se tiver algum de fora, pode vim também. Estou pensando em fazer ano que vem (2020) conhecer alguns pontos, focando sempre na natureza. Se tiver alguma dica, qualquer coisa, pode comentar, eu agradeço.
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Saudações gente de espirito livre! Eu sou Ewerton Araújo Carvalho Natural de MG (Uai Sô) rs, já viajei dentro do meu estado, morei e viajei dentro de estados também, porem foram só viagens curtas de fim de semana ou férias. Mas agora separei um tempo pra uma jornada de auto conhecimento e superações. Seguinte galera, estou a sair em meu primeiro mochilão de verdade dentro do país, em busca de conhecimento, auto conhecimento e experiências. Saio de MG agora no final deste mês, vai ser algo bem roots mesmo, pois tempos difíceis e grana curta ta presente em toda parte. Sou pessoa de hábitos simples e humilde, somente com a vontade de ir onde a natureza me chama e o coração pede. O Trabalho dignifica o homem e Gratidão preenche e acalma a alma. Tenho o essencial pra camping e trekking, e resolvi começar a viagem pelo Sul do brasil em SC, Chego em Floripa dia 27, e quero conhecer alguém ou uma galera que possa me orientar e apresentar os picos, praias, trekkings e cachoeiras, não tenho previsão de conseguir hostels, pois até o momento não consegui nenhum anfitrião pelo worldpackers, então busco um camping seguro e de uma Vibe Up ou algo bem próximo que caiba no bolso no momento, dependendo das condições posso fazer uns freelas na minha área para alcançar o próximo destino, ou permanecer por mais tempo, vai ser o que o coração pedir. Venho até vocês que já tem um cadinho ou muito mais de experiência, pedir um auxilio. Desde já agradeço a atenção e colaboração de todos. Jah Bless 🍃
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19 dias pela Amazônia Brasileira em julho de 2019.
Beto_Almeida postou um tópico em Norte - Relatos de Viagem
Oi pessoal ! Sou Beto, moro em Salvador e gostaria de compartilhar com vocês a experiência maravilhosa que tive agora nas minhas férias. Do dia 12/072019 até 30/07/2019, fiz um mochilão, sozinho, pelo pulmão do mundo. A nossa Amazônia brasileira , que nunca teve tão ameaçada como agora. Enfim... como estamos aqui pra compartilhar boas experiências, abaixo segue o meu relato. Mochilando 19 dias pela selva amazônica , desde Manaus , passando por Presidente Figueredo no estado de Amazonas, a cidade das cachoeiras , com mais de 100 dentro do referido munícipio, depois seguindo para o estado do Pará nas cidades de Santarém, Alter do Chão, Belém e Algodoal. Além de fotos ao final do relato tem algumas anotações dos preços de passagens, deslocamentos, Alimentação, hospedagem e de despesas básicas da viagem. Espero ajudar vocês montarem seus roteiros para as suas futuras viagens. Aaah...antecipadamente, peço desculpas por qualquer erro ortográfico, mas fiquei cheguei recentemente da viagem e já estou relatando pra vocês aqui, se deixasse pra depois eu sei q não ia fazer. Além do mais bateu a maior preguiça de reler. Então me desculpem por qualquer coisa. Primeiro dia da trip, sexta-feira dia 12/07/2019 Salvador ->Fortaleza ->Manaus, meu voo decolou às 16h40min cheguei às 22h 20min( no horário de bsb 23h20min). Comi ,tomei um litão e fui dormir. Sábado dia 13/07: Fui fazer um passeio urbano, conhecer o teatro Amazonas(R$ 20,00), Palácio da Justiça e o museu "Casa do Governador Eduardo Ribeiro. Tudo isso até meio dia. Nesse dia tive sorte, pois a visita guiada no teatro Amazonas foi grátis, graças a um projeto do Governo do Estado do Amazonas. Ao Meio dia fui pra região do Porto de Manaus conhecer o mercadão, onde almocei um tambaqui frito acompanhado com baião de dois, farofa e salada vinagrete R$ 15,00 + 1 coca cola de 600ml por R$ 4,00. À tarde fui na praia de ponta negra e depois seguir para um local chamado flutuantes, onde tem bares com DJs que flutuam no Rio Negro, aqui os preços são mais salgados que em outros lugares. Por exemplo, um balde com 5 cervejas long necks custou R$ 50,00 + entrada por R$ 15,00. Fiquei por aí até as 19horas. À noite fui comer um sanduíche com refrigerante. Total de 18 reais. Dormir cedo, pois no outro dia tinha de acordar cedo para um passeio. Domimgo, dia 14/07: acordei cedo, às 8h30 min o pessoal que organiza esse passeio foi me pegar no hostel, me juntei com o restante do grupo no Porto de Manaus, onde pegamos um barco em direção ao encontro das águas entre o Rio Negro e Solimões que daí vira o Rio Amazonas, depois seguimos para visitar um criatório de pirarucu (peixe q representa o Rio Amazonas). Por volta de meio dia almoçamos perto do local onde fomos visitar as vitórias régias. Comida boa, farta e todo tipo de peixe amazônico. No turno da tarde fomos tomar banho com os botos , sensação incrível. Após isso seguimos em direção a uma tribo indígena, onde eles fizeram um pouco de seus rituais de boas vindas , dança e além disso tem lembranças para quem quiser comprar. A noite estava muito cansado . Comi, tomei banho e dormi. Segunda-feira, dia 15: Ao acordar neste dia fiz o check out no hostel, fui almoçar, depois fui até a rodoviária comprei uma passagem para a Cidade de Presidente Figueiredo, conhecida como a cidade das cachoeiras, dizem q são mais de 100. O preço da passagem foi R$ 30,50. São duas horas de viagem. Como cheguei no meio da tarde, por volta das 16horas, não teria tempo para conhecer as cachieiras mais afastadas, então a moça do hostel onde pernoitei na cidade me indicou que eu fosse até a corredeira do Uburuí, fica perto e poderia ficar até a noite. Assim fiz. Valeu muito a pena, pois essa corredeira do Uburui é um rio lindo que corta a cidade onde tem alguns bares e funciona como área de lazer dos locais. Não é um lugar bagunçado que além de lindo encontra-se bem conservado. Voltei pra o hostel à noite, quando acertei meu passeio para as cachoeiras no outro dia com uma garota chamada Sofia, ela é de Florianolpolis e também estava viajando só. Nos juntamos em um grupo de 5, contribuímos com a gasolina do carro Para conhecer as cachoeiras. Das 100 só conseguimos ir em 1 cachoeira(risos):a da iracema, beleza era tanta q ficamos o dia todo lá. Na terça feira, dia 16/07 às 9 horas da manhã fomos conhecer a cachoeira da Neblina. Para chegar nessa cachoeira rodamos 17 km pela Br em direção a Roraima, no quilometro 51 entramos em uma pequena estrada onde deixamos o carro, cada um pagou R$ 10,00 para entrar e depois andamos por uma trilha, na maior parte plana, por quase 7 km. Trilha um pouco longa, porém muito fácil de fazer. Não precisa guia. Chegamos na cachoeira da Neblina depois de 1 hora andando , ficamos por lá curtindo um bom tempo. Lugar realmente lindo, cercado pela floresta amazônica e se foi sorte eu não sei, mas além de nós 5 o lugar do tinha mais 1 casal que também logo foram embora. Depois de desfrutar desse paraíso retornamos(mais 7 km) para o carro E seguimos para cachoeira da porteira. Lugar massa também, as quedas d'água são bem menores, porém no lugar é passível fazer algumas brincadeiras aquáticas como pular de corda na água, atravessar a corredeira segurando a corda, por exemplo. Ficamos aqui até depois do pôr do sol. Ao retornar para p hostel, tomei um rápido banho e seguir em direção a rodoviária de Presidente Figueiredo comprei a passagem pra Manaus no ônibus das 20h. Cheguei na capital as 22h. Chamei um uber, que custou R$11,00 até o centro onde pernoite mais uma noite no hostel que eu estava antes. Fui logo dormir no outro dia , pois tinhas de resolver a minha ida até Alter do Chão. Quarta- feira, dia 17: depois de tomar meu café da manhã, fiz p check out do hostel é segui andando até o Porto de Manaus onde comprei minha rede por R$25,00 e minha passagem até Santarém por R$120,00. La eles falaram que o navio iria sair as 11 horas, porém só saiu ao meio dia. Leve lanche ou já vá com a barriga cheia, pois nesse primeiro dia eles só disponibilizam a janta. Como já fui preparado para enfrentar as 36 horas de viagem entre Manaus e Santarém, eu só armei minha rede e seguir viagem. Quinta-feira, dia 18/07: Após uma madrugada mal dormida, pois tinha q ficar atento na minha mochila e também devido ao entra e sai de passageiros , nas paradas que faz em Parintins e Juriti , acordei de uma vez por todas as 7 horas da manhã, tomei meu banho e comprei meu café da manhã no barco por R$ 8,00( pão com ovo, um misto e um café com leite). Daí só foi rio abaixo até Santarém, onde chegamos às 15h 30min. Para a minha surpresa e a de muitos no barco a viagem durou 28 horas, 8 horas a menos que o normal. Em Santarém vc pode pegar um ônibus coletivo em direção a Alter, eu ia fazer isso até que quando eu estava indo em direção ao ponto de ônibus fui abordado por uma garota de São Paulo que veio na mesma embarcação de Manaus comigo me chamando pra rachar um táxi, estava ela mais duas mexicanas. Concordei em ir e cada um pagou 15 reais ao motorista que nos deixou na porta de nosso hostel em alter , o Hostel Pousada Tapajós( muito bom, indico). À noite jantei , tomei um banho e fui em um catimbó que acontece no centro da Vila todas as quintas. Muito bom. Mas como eu estava muito cansado voltei pra casa meia noite para dormir. Sexta-feira, dia 19/07/2019: Acordei as 8:30 tomei um café reforçado com beiju de tapioca, misto quente , suco , Nescau, café com leite , frutas e bolo de milho( perceberam q como bem né? rsrsrs...) Depois fui conhecer os arredores. Primeiro atravesse o rio ( travessia R$5,00, podendo diminuir caso atravesse mais pessoas se divide o valor pela quantidade de passageiros) e fui conhecer a serra da PIROCA ( KKKKKKK...) Isso msm. Quem for em Alter e se sentir a vontade de subir na piroca, fiquem a vontade, pois de lá tem a paisagem mais completa e bonita da cidade de onde se ver toda a Vila rodeada pela selva amazônica e o Rio Tapajós. Recomendo. Uma trilha fácil, fiz em menos de 1 hora. Em seguida fui para a praia do cajueiro onde almocei um PF de tambaqui por 20 bozos. Essa praia fica aos pés da trilha onde passei a tarde inteira e só sai dali para apreciar o por do sol no CAT, o mais lindo de toda viagem, rende muitas fotos belíssimas. À noite me reunir com o pessoal do hostel, saímos pra uma aula grátis de catimbó no mesmo local da festa do dia anterior e volte pra o hostel. Sábado, dia 20/07/2019: Nos reunimos em um grupo e fomos fazer um passeio chamado de Jari, saímos as 9h e só voltamos depois do pôr do sol, consiste em visitar uma reserva florestal onde podemos ver os animais selvagens como preguiça, iguana e macacos em seu habitat, depois fomos visitar as vitórias régias( essas estavam mais bonitas do que as q visitei em manaus) , na sequência fomos pra praia da pedra onde ficamos por mais tempo e almoçamos, depois lagoa negra e praia do cururu onde apreciamos o pôr do sol. À noite estava rolando uma festa bacana na Vila, que é a festa do Boto Tucuxi, na cidade a disputa de festa entre dois botos o rosa e o tucuxi. Nesse dia foi a festa do Tucuxi. Noite muita animada e rica culturalmente. Por volta das 3 da manhã fui dormir. Domingo, dia 21/07/2019: O dia amanheceu chuvoso, por isso passei a maior parte do tempo no hostel dormindo , é claro, devido a noite anterior. No meio da tarde o tempo melhorou , foi quando aluguei um caiaque pra remar pelo rio. Durante a noite jantei e dormir cedo. Segunda- feira, dia 22/07/2019: acordei, tomei café da manhã e fiz o check out. Partir para Santarém pra conhecer um pouco da cidade, já q o ponto alto de toda essa região é Alter do Chão e eu não queria deixar Santarém de lado. Como só tinha uma tarde,além de buscar informações sobre o meu deslocamento de barco entre Santarém e Belém, fui conhecer o parque, o museu... e à noite fui ao cinema, que fica no shopping paraíso, assistir O Rei Leão.( RS.. ). Uma informação importante é que o trajeto de barco Santarém-Belem , não existe lancha(um modo mais rápido de deslocamento que o barco). Portanto vai preparado pra passar 48 horas navegando pelo Rio Amazonas. Eu adorei a experiência. Terça- feira, dia 23/07/2019: lembram que eu contei que um dos motivos de passar 1 dia em Santarém era pra buscar informações sobre meu deslocamento? Pois então... não adiantou nada. Pq parece q estavam estruturando o Porto de Santarém e de onde partiam os barcos já não estava mais sendo ali e ninguém sabia me informar nada. Nem mesmo por meio de telefonemas que conseguir fazer para os portos . Então, como a maioria das pessoas que busquei a informação me disseram que a compra e a saída dos barcas se davam nas Docas( um dos portos da cidade) fui pra lá. Chegando me disseram que as partidas de barcos a partir daquele momento eram do outro Porto chamado Martim Pena, mas q eu poderia comprar a passagem ali nas Docas. Minha sorte que sair cedo do hotel que eu estava, já prevendo uma certa confusão nesse sentido , e acabou dando tudo certo. Comprei a passagem nas Docas, por R$200,00, peguei um mototaxi às 10h e 30min e fui pro outro Porto de onde o barco saiu ao meio dia. Informação importante: Não existe Uber nem 99 em Santarém, o único aplicativo de transporte que tem lá é um chamado "Urbano Norte". Feito a observação, voltemos ao meu deslicamento rumo a capital Paraense. O barco saiu no horário, não estava muito cheio então montei a minha rede e segui rumo as minha 48horas de viagem até Belém. Quarta - feira, dia 24/07/2019: Depois de uma noite inteira de entra e sai , acordei as 8h. O barco até Belém, pelo menos o q peguei, tem muito mais paradas do que o de Manaus a Santarém. Paradas longas. Nesse dia não teve nada demais , além da viagem. Portanto uma dica - leve livros, jogos, baixe seus filmes no celular ... Se muna de qualquer coisa q vai ajudar passar o tempo mais rápido. Eu levei um livro , mas passei a maior parte do meu tempo dormindo e quando acordado ficava rodando pelo barco apreciando a paisagem da floresta e das comunidades ribeirinhas por onde passávamos. Uma coisa bem interessante neste dia, foi que do nada um monte de crianças saíram de barco das suas casas dentro da floresta em direção ao navio. Depois percebi os passageiros do navio jogando sacolas plásticas com objetos ou alimentos dentro pra essas crianças pegarem. Quinta - feira, dia 25/07/2019: dia de chegada em Belém. Por volta das 10h é 30 min avistamos Belém, o navio agradou no Porto por volta das 11h 30 min. Descemos e fui até o ponto se ônibus pegar o transporte para o centro da cidade onde estar localizado o hostel que reservei , o Belém hostel, diária 45 reais com café da manhã simples. Como estava morto de sono, fiz o check in e fui dormir. Acordei por volta das 17 horas , fui em um super mercado compra e uma pizza pra comer a noite. À noite fui até um outro hostel , onde estava rolando um festa e alguns amigos q conheci em Alter estavam lá. Fiquei neste lugar até meia noite. Sexta- feira, dia 26/07/2019: acordei cedo, pois tinha que ir conhecer um vilarejo chamado Algodoal, fica a 3 horas a norte de Belém. Ao contrário de todas as outras praias que eu visitei pela região amazônica, que eram praias de rio portanto de água doce, em Algodoal é praia de água salgada, pois fica localizada no litoral do Pará, banhado pelo oceano Atlântico. Nesse dia após o café da manhã, fiz o check out e fui em direção a rodoviária, onde peguei uma van por R$40,00 (tem a opção de ir de ônibus também, por 37 bozos) o transporte te deixa na cidade de Marudá, de onde atravessa de barco pra algodoal pagando por isso mais R$10,00. Me hospedei na casa de uma moça simpática chamada Dani, estar tentando implantar um hostel em sua casa, que fica logo no começo da praia onde os barquinhos atracam. Pela hospedagem em um quarto com ventilador paguei R$ 50,00, inclui um simples café da manhã( café, leite e pão com manteiga). Deixei minhas coisas na hospedagem e fui logo pra praia , de cara percebi que o local não era uma vilazinha pacata no interior do Pará, mas sim uma ilha bem badalada onde a população de Belém vai passar as férias e feriados. Com barracas de praia enormes que promovem festas para seus clientes . Eu adorei ! Hahahaha... Cheguei na praia as 16 horas da tarde pra um simples mergulho no mar e retornei para o hostel quase 1 hora da manhã. Um pouco embriagado.rs... Dormi pra me preparar pro dia seguinte. Sábado,dia 27/07/2019: Acordei por volta das 11 horas da manhã, tomei café, vesti a sunga e fui pra praia. Nesse dia fiquei em umas das barracas onde almocei peixe e acompanhamentos (R$20,00) e fiquei tomando cerveja de 600 ml( R$10,00). Além da cerveja de 600 ml, em frente das barracas que tem festas, ficam ambulantes vendendo cerveja em lata 3por R$10,00. Bem voltando ao almoço, isso ocorreu logo na primeira praia que não me recordo nome, fiquei aí até as 15 horas quando fui pra Praia da princesa , que é uma das praias de Algodoal. Anda pra caramba pra chegar lá, mas tem a opção de ir de charrete. No caminho tem um riacho que quando estar cheio, atravessa de barco pagando 2 reais. Por volta das 16 horas cheguei nas barracas da festa localizadas na praia da princesa e ali fiquei curtindo, bebendo, dançando, tomando banho de mar e ouvindo música boa até as 23 horas. Depois disso voltei andando até a praia onde almocei onde estava tendo mais festa , em uma barraca festa de catimbó e em outra regge. Continuei a noite e pela madrugada. Domingo, dia 28/07/2019: Depois de um dia e noite bem aproveitados acordei meio dia, fui almoçar na praia , dei um mergulho no mar e retornei pra pegar minhas coisas no hostel e retornar pra Belém. O retorno Paga-se o mesmo preço pra chegar Na ilha. Estrada eengarrafada, pois era o último dia de férias do meio do ano no estado do Pará. Então o retorno foi mais lento. Cheguei em Belém por volta das 20 horas, fui pro hostel, pedi uma pizza , como, tomei banho e cama. Segunda, dia 29/07/2019: Nesse dia tirei pra conhecer de fato a capital do Pará, porém não pude ir aos museus pq estavam fechados , então passei o dia batendo perna pela cidade, fui ao mercado ver o peso comprar lembranças, nas Docas. Belém é uma cidade que você consegue conhecer tudo em um dia. Então, consegui fazer tudo e voltei para o hostel. Terça- feira, dia 30/07/2019: dia de retornar pra casa, mas como meu voo era só às 18h 15min, deu tempo de fazer algumas coisas , tipo ir aos museus que estavam fechados como o da casa das 11 janelas, museu náutico, forte e o parque MANOEL DAS garças que é um parque ambiental urbano com borboletário. Tudo perto um do outro. Voltei pro hostel, fiz check in do meu voo de volta pra casa , tomei um banho, fiz o check out do hostel e fui pro aeroporto de uber, que custou do centro R$17,00. Assim finalizei uma das viagens mais lindas que fiz pela região amazônica. Dessa forma , aconselho a todos a economizar uma grana assim além disso vc tendo a vontade de viajar, vá! Espero ter ajudado com o relato. Grande abraço SEGUEM OS CUSTOS QUE ME LEMBREI DE ANOTAR. Passagem pela Gol de ida: Salvador - Manaus com conexão de 1 hora em Fortaleza R$409,98 Passagem pela Latam retorno: Belém-Salvador com uma escala de 6horas em Fortaleza R$282,95. Passagem de barco Manaus - Santarém R$100,00 Passeio(tribo, boto, reserva...com almoço e agua) R$160,00. Hospedagem c/ ar e café manhã no Hostel Manaus R$55,00 Ônibus urbano R$ 3,80 Uber aeroporto centro de Manaus R$ 30,00 Cerveja em lata na praia de Ponta Negra R$ 4,00 Almoço tambaqui no mercadão de Manaus R$ 15,00(PODE ACHAR POR R$10,00) Em Santarém/alter Hostel Tapajós R$50,00( CAFÉ da manhã incluso e farto) Ida de Santarém para Alter de táxi dividido por 4 R$20,00 pra cada. Uma Diária de hotel simples em Santarém R$70,00 Barco Santarém para Belém R$200,00 Hospedagem em Algodoal R$50,00 Passagem de ônibus Algodoal R$37,00 e de van R$40,00. Depois se paga mais R$ 10,00 da travessia de barco até a ilha de Algodoal. Almoço em Algodoal a partir de R$20,00 nas barracas de praia e a partir de R$10,00 nas ruazinhas da Vila Fotos: 01 - Casa de Ribeirinho na Floresta 02- Parte da Tribo Indígena Dessana 03 - Crianças Indígenas 04 - Rio Uburui em Presidente Figueiredo 05 - Cachoeira da Neblina em Presidente Figueiredo 06 - Pôr do sol no Rio Tapajós em Alter do Chão 07 - Navegação no Rio Tapajós em Alter do Chão 08 - Vista para as vitorias regias em Alter 09 - Boas amizades que fiz em Alter do Chão. Estavamos comendo peixe filhote, que apesar do nome é bem grande. 10 - Algodoal, norte do Pará 11 - Centro antigo de Belém 12 - Mirante do Parque Mangal das Garças em Belém Quem quiser ver mais fotos dessa trip, pode conferir no meu Instagram. 13 - Festa do Boto Tucuxi em Alter do Chão ( o rapaz de branco é o boto) -
Ko Pha Ngan, ilha de vários estereótipos. O maior deles? Anarquia total e não é por menos. É aqui que acontece a famosa Full Moon Party. Resolvemos visitá-la mesmo assim, só que durante o período calmo. Tentar conhecer o outro lado da "lua", ou melhor, o outro lado de uma ilha paradisíaca e com uma vibe super positiva. Nos hospedamos uns 2 km do pier, mais precisamente na praia de Thong Sala. Do pier, fomos andando rumo ao hotel com as mochilas nas costas, passando por lojas, pequenos restaurantes, agências de viagem e oficinas de aluguel de motos e bicicletas. Resistimos a tentação de usar o táxi. Eram muito superfaturados. O que são 2 quilômetros de caminhada, não é mesmo? Já no hotel, um senhor inglês de uns 50 anos nos atendeu. Simpático, sem nenhuma formalidade, nos tratou como se fôssemos amigos. Ele nos apresentou o nosso tão esperado bungalow. Era relativamente pequeno, de frente pra praia, com uma varandinha, rede, cadeiras de plástico e uma mesinha de centro com um cinzeiro. Dentro, as paredes eram azuis, de tom bem intenso, e os móveis feitos em bambu. A praia em frente ao bungalow não era muito própria para o banho. Pedras e corais se estendiam por centenas de metros mar a dentro. Em alguns momentos do dia, uma faixa de areia surgia invadindo o mar e criando um lugar ideal para ver o nascer do sol entre as montanhas. Todas as manhãs, comprávamos frutas fresquinhas em um supermercado pertinho dali. Levamos as frutas para o bungalow e ali mesmo tomávamos café. O que tem de melhor do que fazer isso de frente para a praia, sozinhos e em total silêncio? Costumávamos acordar tão cedo que tínhamos a praia só pra gente. Na verdade, tínhamos o sol, o mar, a areia, a vista, um ao outro. Era uma experiência privada com a natureza. Pra se locomover entre as praias de Ko Pha Ngan (ainda vou escrever um post só sobre elas), resolvemos alugar uma scooter. Focamos nosso roteiro principalmente na parte norte de Ko Pha Ngan, onde ficam as praias mais famosas. Pegamos a estrada que contornava a costa oeste da ilha. Eram subidas e descidas íngremes que exigiam um pouco de potência e bons freios da pequena scooter. Na estrada, passávamos por todo o tipo de gente. Dava pra sentir a vibe positiva de cada um, a auto-confiança de cada pessoa que passava por nós. Eram motos e mais motos que iam e viam. Ninguém usava capacete. Alguns fumavam, com seus óculos escuros e cabelos soltos ao vento. Sensação de estar em um daqueles filmes de galãs badass, sabe? Terminamos o nosso primeiro dia em Ko Pha Ngan em uma barraquinha de frutas na beira da estrada, longe do nosso hotel. Melhor sensação do mundo. Compramos uma manga, cortadadinha na hora. A vendedora era só sorrisos quando arriscamos agradecer em tailandês: — "Khob khun...". E ela só sorria! Não sei se era pela minha pronúncia desajeitada ou pela tentativa de falar alguma coisa. É... Nunca vou saber... Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
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Roteiro pelo Equador - Quito e arredores - 10 dias
Marcos A postou um tópico em Equador - Relatos de Viagem
O nosso principal objetivo em visitar o Equador era subir o Cotopaxi. Para isso, planejamos um programa de aclimatação que é extremamente recomendado para aumentar o sucesso e diminuir as chances de ter o famoso mal de altitude. Quito foi escolhida como a nossa cidade base. Ponto de partida de todos os nossos hikings e subidas. Durante o tempo livre tentamos conhecer o que Quito tem de melhor. Dá uma olhada como foi. Quito Como chegamos Chegamos em Quito vindos do Canadá pela AeroMéxico. Gostamos bastante do serviço e a conexão na Cidade do México foi muito mais comoda do que se tivesse sido no Panamá. O voo de Toronto à Cidade do México e de lá até Quito tiveram duração de 4h e alguns quebrados cada um. Nada mal, não? Onde nos hospedamos Em todas as noites que passamos em Quito, ficamos hospedados no Centro Histórico. Exite uma corrente que diz para se hospedar no bairro La Mariscal. Eu entendo. Um bairro mais jovem, novo, mais vibrante durante a noite. Mas o Centro Histórico me agradou bastante. O hostel que ficamos foi o Masaya Hostel. Sem dúvida, o melhor hostel que ficamos até aqui, de longe! Limpo, organizado, repleto de serviços e conveniências e sua localização era perfeita. Pertinho das principais atrações do centro histórico e da calle La Ronda, conhecida pela sua noite agitada. O que fizemos CONHECEMOS O CENTRO HISTÓRICO DE QUITO Passear pelo centro histórico de Quito é uma experiência a parte. É considerado um dos mais bem preservados de toda a América Latina e de quebra é tombado pela Unesco, como o primeiro patrimônio cultural da humanidade em 1978. Quer mais? Os prédios históricos estão em excelente estado de preservação e o interior das igrejas é de impressionar, principalmente na Iglesia de la Compañía de Jesús e na Basílica del Voto Nacional. Tire um dia inteiro para conhecer tudo, é mais do que o suficiente. As principais atrações (no nosso ponto de vista), com destaque, são: Plaza de la Independencia: sente no banco da praça e veja a vida acontecer no centro da capital equatoriana. Palácio de Carondelet (residência oficial do presidente do Equador): se você tiver sorte, poderá ver a troca da guarda presidencial e quem sabe o próprio presidente do Equador, que costuma acompanhar a cerimônia. Catedral Metropolitana de Quito. Calle de las 7 cruces (Calle Garcia Moreno): 7 igrejas construídas umas perto das outra, elas fazem parte de uma das ruas mais charmosas de Quito. Visite uma por uma e termine o trajeto na Plaza de la Independencia. Iglesia de la Compañía de Jesús: a mais impressionante de todas as igrejas de Quito. Seu interior é totalmente folheado a ouro. Fotos não são permitidas e o acesso é pago (USD 10). Aqui também foi enterrado o corpo do presidente Gabriel García Moreno, um dos presidentes mais venerados do Equador. Plaza e Iglesia San Francisco: praça e igreja de mesmo nome, ambos valem a visita. O interior da igreja é também revestido em ouro, mas não como a Iglesia de la Compañía de Jesús. Plaza e Iglesia de Santo Domingo. Basílica del Voto Nacional: possui uma arquitetura gótica totalmente diferente das demais igrejas da cidade. Chega a lembrar a Catedral de Notre-Dame de Paris de tão imponente que é. O detalhe interessante é que você pode visitar os terraços da igreja que são acessíveis ao público. Dá pra ver a cidade de Quito de lá de cima. O único problema é conseguir subir, pois as escadas são bem estreitas e não é todo mundo que tem coragem de se arriscar por ali. USAMOS O TELEFÉRIQO Mesma regra vale para Bogotá. Se for a Quito, não deixe de ir ao TelefériQo. A forma mais simples de ir até a estação base do teleférico é de táxi. Do centro histórico até lá, uma corrida vai te custar no máximo 4 dólares. A viagem ida e volta custa USD 8.50 para estrangeiros. Entrada do teleférico de Quito. Além da vista incrível de Quito e dos arredores (se tiver sorte, vai poder ver quase todos os principais vulcões da redondeza), você pode lanchar ou fazer uma pequena caminhada até um dos mirantes. Entretanto, uma das coisas mais legais pra se fazer quando se usa o TelefériQo é subir até o cume do Rucu Pichincha (confere aí embaixo). SUBIMOS AO CUME DO VULCÃO RUCU PICHINCHA Se você curte uma boa caminhada com um pouco de adrenalina, sugiro fortemente você tentar subir o vulcão (inativo) Rucu Pichincha. A trilha é bem sinalizada na maior parte do tempo e o vulcão, com ponto mais alto à 4698 metros de altura, é uma das principais atividades de aclimatação se você almeja subir montanhas maiores no Equador. Foi o que fizemos e recomendamos bastante. Otaválo Otaválo vale a visita pois é uma cidade atípica. Além do mercado de artesanato, o que a maioria dos turistas vao ver, Otavalo e os seus arredores oferecem muito mais. Uma das coisas é a Laguna Cuicocha e os vulcões ao seu redor. Como chegamos Chegamos de ônibus, vindos de Quito (Terminal Carcelén). A passagem de Quito até Otavalo custou em torno de USD 2.5 por pessoa e durou 2h30 mais ou menos. A viagem foi tranquila e boa parte da estrada é duplicada. Onde nos hospedamos Ficamos no Hostel El Andariego, que ficava à algumas quadras da Plaza de los Ponchos, ponto principal da cidade de Otaválo. O hostel era simples, mas super limpo e confortável. Pagamos USD 23 por noite para um quarto privado sem café da manhã. Recomendo se você quer passar uma noite em Otaválo. O que fizemos MERCADO DE ARTESANATOS Principal atração da cidade de Otaválo. É considerado o maior mercado de artesanatos indígena do mundo. Funciona durante o ano todo e durante todos os dias da semana, mas se você quiser vê-lo em seu tamanho máximo, vá no sábado. Também nos sábados, acontece o mercado de animais. Não fomos nesse, só visitamos o de artesanatos mesmo e foi suficiente. O que muita gente não sabe é que durante a noite o mercado continua em funcionamento só que com barracas de comidas típicas de todos os tipos. Se puder dormir um dia por lá, vale a pena visitar o mercado noturno. Foi lá que encontrei pamonha, que os equatorianos chamam de Humita. LAGUNA CUICOCHA A Laguna Cuicocha é uma destinação completa. Além das belas vistas da lagoa (que é a cratera de um vulcão inativo), você pode fazer o hiking ao seu redor em uma trilha chamada Sandero de las Orquídeas (sim, lá existem mais de 10 espécies diferentes de orquídeas, por isso o nome). São 14 km de trilha bem sinalizada que são feitos normalmente entre 4-5 horas. A trilha é linda e fica linda durante todo o percurso, principalmente pela presença dos vulcões ao redor da lagoa. Para acessar a Laguna Cuicocha, você tem que pegar um ônibus de Otaválo à Cotacachi e parar em Quiroga. Lá, você vai pegar um táxi rumo à lago. Tudo por menos de USD 6. Iliniza Norte Os Ilinizas, um conjunto de duas montanhas que eram antigamente um só vulcão é um ponto turístico muito conhecido pelos amantes da altitude. Não é muito comum vir conhecer uma das duas montanhas sem ter um plano maior pela frente, como por exemplo subir o Cotopaxi ou qualquer outro vulcão/montanha da redondeza. Foi o que fizemos. Subimos o Iliniza Norte, a menor das duas montanhas com 5126 metros de altura. Vale a pena! Assim como o Cotopaxi, o acesso ao Iliniza é feito normalmente com uma agência. Cotopaxi O vulcão Cotopaxi é um dos principais destinos no Equador, pois oferece de tudo. É o vulcão mais ativo do Equador com 5897 metros. Para ter acesso ao Cotopaxi, normalmente você terá que contratar os serviços de uma agência. Para os curiosos, você pode subir até o refúgio e tomar um chá com bolo quentinho. Pros que querem descanso, você pode se hospedar em umas das várias haciendas e ficar admirando o silêncio e a vista. Você pode andar a cavalo ou de bicicleta pelo Parque Nacional Cotopaxi com o vulcão de plano de fundo. E para os aventureiros e corajosos, você também pode tentar descer parte do vulcão de bicicleta ou subir ao cume do vulcão. Subir ao cume do Cotopaxi não foi fácil, mas a experiência foi incrível e posso afirmar sem nenhuma dúvida que se você for ao Equador e não conhecer o Cotopaxi, você vai se arrepender muito! Vai por mim. Conclusão Essa primeira parte da nossa visita ao Equador foi muito intensa. A cidade de Quito, além de ser nossa base durante quase 10 dias, foi também a nossa casa. Foi uma bela surpresa e gostamos bastante de cada rua e atração. Não tenho nem palavras para descrever os arredores, as coisas que fizemos a partir de Quito. A mais marcante vai ser sem dúvida, ter subido ao cume do Cotopaxi. Só de lembrar, já dá saudade... Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com -
Veja primeira parte (Iliniza Norte – A subida ao refúgio Nuevos Horizontes). Era hora do ataque ao cume do Iliniza Norte. 4h da manhã e começamos os preparativos. Colocamos as roupas, camada por camada, capacetes, lanternas e tudo que era necessário e nos sentamos na mesa para tomar café da manhã. O café foi básico mas bem potente. Aveia com iogurte, pão e café bem forte. Saímos bem alimentados e prontos para as próximas 6 horas de subida até o cume, à 5126 metros de altitude! Saímos e ainda era noite. Fazia menos frio do que o dia anterior, mas ainda sim, o frio incomodava. Ligamos a lanternas pregadas aos capacetes e iniciamos a trilha. Começamos a subida por uma parte arenosa na lateral da montanha, repleta de rochas soltas. Passamos o grupo que saiu minutos antes da gente e continuamos em frente. Em determinado momento, o sol começou a aparecer. Minha expectativa era que pudéssemos ver o nascer do sol la de cima, com vista privilegiada aos vulcões acima das nuvens, principalmente o Cotopaxi. Tinha visto vários vídeos incríveis e mentalizei aquele momento. Entretanto, a neblina tinha estragado meus planos. Não dava pra ver quase nada, somente um pequeno pedaço do caminho que devíamos percorrer. O vento e o frio foram aumentando e as pedras que antes estavam negras e um pouco úmidas, agora estavam cobertas por gelo e neve. Isso tornaria a subida mais cuidadosa e consequentemente mais perigosa. Pra completar, ventava forte, muito forte, cada vez mais forte. O nosso guia estava focado e tudo que mandava fazer, executávamos sem hesitar. Horas de subida e de pequenas escaladas, havíamos chegado ao famoso Paso de la Muerte, um paredão de rochas que para ser transposto, deveríamos descer um pouco e passar por um desfiladeiro e depois subir novamente. O cume ficava algumas centenas de metros dali. Hesitamos um pouco, mas o guia manteve o foco e nos encorajou. Fui o primeiro a descer. O guia se posicionou mais acima, segurando a corda, me ajudando a descer lentamente, pedra por pedra. Em alguns momentos eu não tinha nada além do meu corpo pra usar como apoio. Tinha que usar as mãos, descer o máximo possível e confiar que haveria outra pedra ali embaixo pra me acudir. Funcionou… Dá pra ver a cruz do Iliniza Norte atrás do guia. Passamos a parte mais complicada e depois de alguns minutos, em uma última escalada, chegamos ao cume. Diferente do Rucu Pichincha, a emoção não veio como esperado. Nenhuma lágrima, nenhum grito, nada. Um sorriso foi a única coisa que veio. De alívio eu acho. Tinha sido uma subida complicada. O vento batia forte e não perdoava. Minhas mãos já estavam quase sem movimento devido ao frio. Dava pra ver a cruz congelada atrás do guia, mas devido as condições climáticas, ele não deixou ir mais adiante para tocá-la. O terreno estava instável e o vento estava forte. Tiramos fotos com o celular, já que a maquina congelou de tanto frio. Essas são as únicas fotos que temos. Depois de alguns rápidos minutos, começamos a descida. A rota de descida seria outra. Não voltamos pelo refúgio, mas sim por uma rota alternativa, mais rápida pela lateral da montanha. Era um desfiladeiro de rochas e terra. Tínhamos somente que descer, descer e descer. A inclinação era tanta que mal dava pra estabilizar o corpo e a velocidade de descida. Caímos várias vezes pra resumir. Durante uma boa parte decidimos somente descer como um tobogã. Ajudou um pouco, mas não por muito tempo. Tínhamos que sair rápido dali, pois, o grupo que vinha logo atrás poderia jogar pedras sobre nós. Passado o sufoco, a trilha foi se nivelado novamente e alguns minutos depois já estávamos novamente na trilha principal, indo em direção ao estacionamento. Estava com a garganta bem ruim e ficando cada vez mais resfriado. Não pensava muito sobre isso. A cabeça só pensava em chegar logo e descansar. Teria que me cuidar e descansar bastante se quisesse ter chance de subir o Cotopaxi. Esse sim seria difícil, exigiria de nós mais esforço e preparo. Tiramos os próximos dias para descansar e torcer para que o corpo suportasse o último grande desafio. Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
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Iliniza Norte - A subida ao refúgio Nuevos Horizontes
Marcos A postou um tópico em Equador - Relatos de Viagem
O dia começou bem cedo para nós. O motorista nos buscou as 8h da manhã e o nosso primeiro destino seria Machachi, uma cidadezinha a alguns quilômetros de Quito. Lá, nos encontraríamos com o nosso guia e acertaríamos os últimos detalhes para o Iliniza Norte. Não esperava nenhum grande esforço no primeiro dia. Seria um hiking de umas 4h até o refúgio Nuevos Horizontes (4700 metros de altura). Seria muito parecido ao do Rucu Pichincha que havíamos feito no dia anterior. De lá, no dia seguinte, faríamos o ataque ao cume do Iliniza Norte, com seus 5126 metros de altitude. Chegamos na entrada da reserva ecológica por volta das 10h30 e lá pelas 11h, começamos a subida até o refúgio. Estávamos um pouco cansados do dia anterior. Deu pra sentir o desgaste. Pra piorar, tivemos que levar muito mais peso do que o esperado, o que dificultou ainda mais a subida. O começo lembrava muito a trilha do Rucu Pichincha. Era praticamente a mesma paisagem. Vegetação rasteira, cor verde musgo e muita poeira. Alguns quilômetros depois, a neblina veio com força e a inclinação da trilha aumentou consideravelmente. Tínhamos que fazer ziguezagues constantes. Não via a hora de chegar, mas parecia que era interminável. A parte final seria uma grande montanha de areia cinza e pedras soltas. 1h de subida desgastante. Após vencer o último obstáculo, vimos uma casinha amarela bem distante. Era o refúgio Nuevos Horizontes, o primeiro refugio construído no Equador. Estava envolto em neblina. Também deu pra sentir que a temperatura havia caído drasticamente naquele ponto. Enfim estávamos no refúgio. Fomos os primeiros a chegar por incrível que pareça. O refugio era bem pequeno. Tinha uma pequena mesa e dois banquinhos de madeira bem na entrada. Vários beliches encostados uns nos outros, bem apertado e uma pequena cozinha, onde o administrador do lugar, "Gato", fazia a coisa funcionar. Não deu tempo nem de colocar as mochilas na cama e já tinha uma sopinha e um chá quentinhos nos esperando. O guia aproveitou o momento e disse que o refúgio aceitaria mais pessoas do que o normal e teríamos que dormir nós 3 juntos em uma cama para 2. "Sem problemas", pensei sem refletir muito. Terminamos a sopa e logo fomos tirar uma soneca. Isso era por volta das 14h da tarde. O silêncio estava maravilhoso. Dava pra ouvir o coração batendo tentando levar oxigênio pra todo o corpo a mais de 4700 metros de altitude. Isso tem seu preço. O corpo usa muito mais rápido o líquido que entra e por conta disso, a vontade de fazer xixi é quase instantânea. E não é qualquer xixi, é muitooo xixi. Bom, uma hora depois, outros grupos foram chegando. O silêncio deu espaço ao barulho. Conversa pra lá e pra cá, e nós ali deitados, tentando descansar ao máximo para o dia seguinte. Foi então que a vontade de ir ao banheiro veio. O banheiro ficava no lado de fora. Eram duas cabines bem rústicas, sem luz e bem sujas. O que esperar além disso? Vamo que vamo. A aventura de usar o banheiro nessas condições poderia render um post separado, mas vou deixar a sua imaginação fazer o resto. Voltando ao refúgio, era hora do jantar. Nos sentamos na mesa com um grupo de mexicanos e começamos a comilança. Uma das meninas virou pra mim e disse "ça va?". Fiquei meio confuso. Sei falar francês mas esperava um "¿Como estás?". Olhei com cara de bunda pra ela e logo veio a pergunta "De onde vocês são?". Prontamente disse que era brasileiro e todos os mexicanos falaram "HA! eu disse, ou eram brasileiros ou franceses!". Foi a deixa para muita conversa e troca de experiências. Voltando ao jantar, uma sopa veio como entrada. Era uma sopa de legumes neutra. Tinha pedido um cardápio sem lactose. Gato virou para mim e perguntou, pode ter um pouquinho de leite? Ou aceitava ou não comeria nada naquela noite, então disse que não tinha problema. O prato principal foi frango cozido, arroz quentinho e abacate maduro. Uma delícia! Pra finalizar, pêssegos em calda. Tudo acompanhado com chazinho quentinho. O jantar elevou a nossa moral em todos os sentidos. Voltamos para a cama e tentamos descansar até as 4h do dia seguinte. Não deu nem 1h depois do jantar e já estava com vontade de ir no banheiro de novo. E lá vamos nós novamente. Sair do saco de dormir, vestir a bota e encarar o frio do lado de fora pela vontade de fazer xixi que era interminável. Era quase 1 minuto de xixi, coisa que nunca tinha visto na vida. O corpo parecia está em seu modo de sobrevivência, produzindo xixi em uma taxa acelerada para se manter em funcionamento. Essa teria sido a última ida ao banheiro antes do ataque ao cume. De volta a cama, coloquei novamente o saco de dormir e dessa vez o guia se juntou a nós. Lembra que dormiríamos 3 em um lugar de 2? Pois eu tive que ficar no meio, entre o guia e a Gabriela, por motivos óbvios. Só não contava que seria espremido durante horas noite a dentro. Resolvi dormir do lado contrário e foi assim que consegui recarregar minhas energias até as 4h da manhã, quando acordamos para atacar o cume do Iliniza Norte. Veja a segunda parte (Iliniza Norte – O ataque ao cume) Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com -
Laguna Cuicocha e o Sandero de las Orquídeas
Marcos A postou um tópico em Equador - Relatos de Viagem
Primeira atividade de aclimatação à altitude. Nesse dia, faríamos o hiking em volta da Laguna Cuicocha, localizada a alguns quilômetros de Otaválo. O Sandero de las Orquídeas, como é chamada a trilha que circunda a lagoa, possui 14 km de extensão e é feito normalmente em 4-5 horas. É uma bela experiência pra quem quer conhecer mais a região ao redor da cidade de Otaválo, além do seu famoso mercado artesanal. Chegamos ao terminal de Otaválo bem cedo. Mal tínhamos tomado café e já estávamos procurando o ônibus rumo à Cotacachi (USD 0.35). Esse ônibus faz uma parada em Quiroga, um pequeno povoado de onde saem os táxis rumo à Laguna Cuicocha. Não deu erro. Chegamos em Quiroga e na praça principal, várias caminhonetes brancas já acenavam a espera dos próximos turistas. A viagem de Quiroga até a lagoa durou 15 minutos e custou 5 dólares. ✅ Dica: combine a hora de voltar com o taxista. A Laguna Cuicocha fica bem afastada da cidade e não é tão simples conseguir um táxi quando estiver voltando para Quiroga. Combinamos o nosso para 13h30 (chegamos as 9h da manhã) e deu tudo certo. Na hora marcada, o motorista já estava nos esperando no local onde nos deixou. Aviso informando que a entrada pelo sentido horário é proibida. O táxi nos deixou no centro de informações do parque. Quando chegamos estava praticamente vazio. Vimos somente alguns grupos que iriam fazer a mesma trilha com a gente, e nada mais. Por recomendação na entrada do parque Cotacachi-Cayapas (entrada gratuita), começamos a trilha pelo sentido anti-horário. Li em vários blogs que começar pelo sentido horário não é permitido e pude constatar com o aviso acima. Além disso, o sentido anti-horário é bem mais cômodo. A dificuldade maior está no começo. A subida até a altitude máxima da trilha acontece primeiro e depois fica muito tranquilo. A sinalização da trilha é algo a se destacar. Placas e avisos estavam espalhados por todos os lados, sendo quase impossível de se perder. Inúmeros mirantes também estavam dispostos em pontos estratégicos com vista privilegiada para a lagoa. Em questão de organização, esse foi um dos hikings mais bem estruturados que fizemos, melhor até do que os que temos aqui no Canadá. Bom, voltando à trilha, o objetivo seria fazer todo o circuito em pelo menos 4 horas. Mantivemos um ritmo bem tranquilo, mesmo na subida, e paramos constantemente para descansar e tirar fotos. A vegetação era bem característica. Era de cor verde musgo, com inúmeras orquídeas de cores e formatos diferentes. Daí o nome da trilha. Fala aí se não parece o cerrado ou alguma trilha no interior do Brasil? Em alguns momentos me pegava pensando: "pera aí, esse lugar parece muito as trilhas pelo cerrado que fazíamos em Brasília". Parecia de mais! Eu só acreditava que estava em um lugar diferente quando olhava para o lado e via a imensa lagoa, com duas ilhas no meio. Era difícil de explicar. O encanto aumentava quando olhava para os arredores da lagoa e via os vulcões Cotacachi e Imbabura. Em alguns pontos da trilha, dava pra ver os maiores vulcões, como o Cayambe e o Cotopaxi, bem de longe. Era por pouco tempo, já que as nuvens passavam os cobrindo constantemente. Depois de um pouco mais de 4 horas de trilha, 14 km percorridos e muitas paisagens extraordinárias, chegamos novamente ao Centro de Informações, onde comemos e esperamos o táxi de volta à Quiroga com vista privilegiada para toda a lagoa e para o vulcão Cotacachi (foto acima). Na hora exata, o taxista chegou e embarcamos em direção à Quito. A viagem de volta demorou praticamente a mesma coisa que a ida e umas 3h depois já estávamos no hostel em Quito, felizes por ter completado com sucesso o primeiro passo de aclimatação. Mais sobre a Laguna Cuicocha O nome Cuicocha tem várias explicações possíveis, dentre elas, "Arco Iris" ou "Porco da Índia". A lagoa está localizada a quase 3100 metros de altitude e foi formada após uma erupção massiva a mais de 3000 mil anos atrás. O vulcão está adormecido desde então. As ilhas em seu interior são enormes domos de lava e tem acesso proibido ao público. Entretanto, existem passeios de barco que percorrem a lagoa e as ilhas, com duração de 20 minutos. Cuicocha x Quilotoa Talvez você esteja se perguntando, qual lagoa devo fazer quando for no Equador? A resposta depende do que você quer e do tempo que você tem. Se você quer um experiência autentica, sossegada, barata e com vistas extraordinárias, sugiro fortemente conhecer a Laguna Cuicocha. Gastamos pouquíssimo para conhecer Otaválo e a Laguna Cuicocha e o acesso é relativamente tranquilo. Alguns equatorianos vão dizer que a laguna Quilotoa é mais impressionante. Talvez seja, mas o acesso é mais complicado e se você quiser fazer um bate volta, vai ter que contratar obrigatoriamente um tour que não sai por menos de USD 50 por pessoa. Pense bem e decida (eu iria para Cuicocha... hihihihi). Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com -
Acordamos bem cedinho, preparamos o café e pedimos o táxi até o teleférico de Quito na recepção do hostel. Tentaríamos subir ao cume do vulcão Rucu Pichincha. Deixamos tudo preparado no dia anterior para não perder tempo. Queríamos chegar no máximo às 9h da manhã, hora que o teleférico de Quito (chamado TelefériQo) abriria naquela terça feira, 1 de janeiro. Saímos do teleférico rapidamente e logo começamos a trilha. Ela começa indo para a esquerda, subindo umas escadarias por trás de um prédio. Dali pra frente, não tem muito erro. Foram quilômetros e quilômetros de subidas intermináveis, mas como estávamos dosando os passos, não foi nada complicado. Eu diria que a trilha ao cume do vulcão Rucu Pichincha é dividida em três partes. A primeira parte, a mais longa, é composta de um hiking moderado em uma trilha bem sinalizada. É a parte mais tranquila de toda a trilha. A vista que tínhamos de Quito e das montanhas ao redor era incrível. Dava pra ver todos os principais vulcões do Equador no horizonte, principalmente o Cotopaxi, imponente, majestoso, surgindo ao fundo da cidade. Além disso, a vegetação era muito característica. Era praticamente rasteira com algumas árvores e flores que nunca tínhamos visto. Parecia um cenário dos senhor dos anéis. Dá pra ver bem no meio da foto onde começava a parte das rochas. A segunda parte da trilha começou lá pelo 3.5 quilômetro. Estávamos mais perto do cume do vulcão Rucu Pichincha, e lá, as coisas começaram a ficar mais complicadas. A trilha foi deixando de ser fácil para ser tornar somente um filetinho de terra na encosta do vulcão, composto principalmente de pedras soltas, alguns pequenos rochedos (que tivemos que escalar) e areia escorregadia. Um paredão de pedras negras surgiu mais a frente e o vento aumentou consideravelmente, assim como a temperatura ficou um pouco mais baixa. Até esse ponto, nada que nos assustou o bastante para nos desmotivar de continuar e alcançar o cume. E finalmente, a terceira parte e mais complicada de todas. Até ali, não sentimos em nenhum momento o efeito da altitude (estávamos a mais de 4000 metros de altura) e o corpo respondia a todos os comandos. Foi na terceira parte que tivemos a ideia de esforço. Depois de contornar o paredão de rochas negras, um enorme desfiladeiro de areia e pedras apareceu. Muito grande. Começava justamente bem perto ao cume e descia praticamente por todo o vulcão. A trilha ali já não tinha mais sinalizações que faziam sentido e cada um tentava subir da maneira que dava. Isso incluiu a gente. Começamos a subir e vimos que ninguém tinha ido atrás de nós. A pergunta ficou no ar: "Só a gente está certo?". Demos meia volta, descendo quase que esquiando sobre a areia para acompanhar o grupo de pessoas que subiam com a gente. Depois de alguns minutos de trilha incompreensível, chegamos de fato ao paredão de rochas negras. Não tínhamos escolha, era subir ou subir. A inclinação passava dos 50 graus na maioria dos trechos. Começamos a subida, pedra por pedra, com o maior cuidado possível, pois qualquer deslize poderia ser fatal. Em um dado momento, não sabíamos mais como subir. Lá do alto, um equatoriano gritou, desceu alguns metros e nos ajudou a encontrar o melhor lugar para escalar. Foi muito gentil e nos ajudou bastante! Antes disso, estávamos quase pensando em desistir, com medo da inclinação e da dificuldade da subida. Além disso, algumas pedras que se desprenderam quase nos acertaram. Mas essa ajuda nos trouxe mais ânimo e alguns minutos depois, chegamos ao cume, a incríveis 4698 metros de altitude, nosso recorde até então. A emoção era tanta, eu e Gabriela nos abraçamos e começamos a lacrimejar. O abraço foi demorado, quase de alívio por ter chegado vivo ali em cima. Não conseguíamos acreditar que tínhamos chegado ao cume do Rucu Pichincha. A sensação foi intensa, uma alegria imensa de mais um passo cumprido rumo ao objetivo final. Vulcão Guagua Pichincha, um dos mais ativos do Equador. Nos sentamos, comemos e descansamos um pouco. Percorremos toda a extensão do cume e tiramos várias fotos. Lá no alto, encontramos um guia que levava um grupo de americanos ao cume. Era do Equador (se chamava Alejo) e parecia super doido. Conversando com a gente, ele disse que já percorreu todo o Rio Amazonas saindo do Equador de barco e em suas próprias palavras: "foi uma coisa de louco!". Só ouvindo pra acreditar. Ele também nos ajudou nos informando a melhor rota pra descer o vulcão. Ficamos por mais alguns minutos no cume e resolvemos descer. A descida foi mais tranquila do que a subida, mas devido ao cansaço um pouco mais perigosa. Em um determinado momento, quase despenquei de um rochedo por não ter ponto de apoio para os pés. Mas não passou de um susto, se não não estaria aqui para contar a história. Vulcão Cotopaxi ao fundo com os seus 5897 metros. A trilha de volta dava uma visão limpa e direta do Cotopaxi. Foi praticamente nosso companheiro durante toda a descida. Algumas horas depois, estávamos novamente no teleférico, prontos para descer e descansar. Teríamos mais um grande desafio no outro dia: o Iliniza Norte. Mais sobre o Rucu Pichincha Rucu Pichincha, que significa "velho vulcão" em Quéchua, é um vulcão inativo localizado nos arredores de Quito. Seu cume está a 4698 metros de altitude em relação ao nível do mar. Sua última erupção foi em 1859 causando destruição à cidade de Quito na época. A trilha (ida e volta) ao cume é em torno de 10 km e pode demorar de 4-5 horas para ser percorrida. O Rucu Pichincha é também um dos melhores pontos de partida para aclimatação se você pretende fazer outras montanhas no Equador 👍. Mais sobre o TelefériQo O teleférico da cidade de Quito é um feito que traz orgulho para a população local. Ele é o meio de transporte mais acessível para quem quer subir ao cume do Rucu Pichincha. A entrada para estrangeiros (em 2018) custava USD 8.50. Para saber mais sobre horários de funcionamento ou como chegar a estação do teleférico da forma mais simples, você pode acessar o site teleferico.com.ec. Subir o Rucu Pichincha é seguro? Um tópico muito recorrente relacionado ao Rucu Pichincha é a questão da segurança. Anos atrás, turistas eram desaconselhados a fazer o hiking ao cume do vulcão devido a falta de segurança na trilha. Vários relatos de assaltos e violações graves foram reportados em fóruns, principalmente por volta do ano de 2010. Entretanto, o governo local tomou várias providências e agora a trilha é completamente segura e altamente frequentada por turistas e locais. Ainda se recomenda fazê-la em grupo (mais de uma pessoa). Já com relação à segurança ou dificuldade da trilha, eu diria que é de moderado a difícil. Não são exigidos nenhum equipamento técnico de escalada, mas a precaução é sempre bem-vinda, principalmente na parte final da subida ao cume. Como a trilha não é bem sinalizada nessa parte, a subida fica complicada. Além disso, existe o perigo constante de pedras caírem do alto e atingirem as pessoas que vem abaixo. Eu recomendaria a utilização de um capacete de escalada no mínimo ☝. Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
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O Instituto Ambiental Quinta do Sol fica localizado no distrito de Taboco, Corguinho - MS. Contando com 14 hectares, 12 são destinados a regeneração e preservação do Cerrado, assegurando um córrego de água potável que percorre a propriedade. Os outros hectares são de uso doméstico, com produções agroecológicas, alojamentos em bioconstruções e alvenaria, ampla área para acampamento, trilhas, cozinha coletiva e cozinha caipira, banheiros sociais, local para reuniões, palestras, aulas, estudos, festas... Alojamentos: Queixada (2 camas de solteiro e banheiro); Sucuri (3 beliches e banheiro); João de Barro (2 camas de solteiro); Phylomedusa (dividido, 3 beliches no lado B e 5 camas de solteiro no lado A). Hospedagem em alojamentos: 45 reais; hospedagem em camping: 35 reais; café da manhã completo incluso. Aceitamos trocas, serviço de manutenção (média 6h) por hospedagem. A cozinha fica a disposição para preparo das refeições, sendo necessária contribuição de ingredientes. Também servimos refeições por 20 reais/pessoa. Rod. MS 352, KM 45. Taboco, Corguinho - MS. 79.460-000 Instagram: iquintadosol iquintadosol@gmail.com iquintadosol.negocio.site
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Pico Agudo (Paraná) - Cabe no seu fds!
Juliana Champi postou um tópico em Paraná - Relatos de Viagem
Olás! Segue abaixo um breve relato sobre a subida do Pico Agudo, norte do Paraná, no Vale do Rio Tibagi. Já tem algumas informações aqui no site sobre este destino, mas são mais antigas, e este é um ótimo lugar pra quem quer começar a se aventurar em trilhas e montanhas. Fomos pra lá dia 23 de dezembro de 2018. DADOS SOBRE O LOCAL O Pico Agudo é a segunda elevação mais alta do norte do Paraná, perdendo de Pedra Branca, na Serra do Cadeado. Tem cerca de 1100 metros de altura. Seu acesso é pela cidade de Sapopema, Fazenda Zamarian, e por enquanto o funcionamento é das 7h às 19h aos sábados, domingos e feriados. Contato com a administração: 43 98462-5977 O Pico Agudo fica em uma propriedade particular (RPPN: reserva particular do patrimônio natural) e como o passar do tempo tem trazido cada vez mais gente ao local, o impacto ambiental já é visível. As trilhas estão alargadas, tem lixo espalhado e babaca escrevendo nome em pedra e árvore. Por estas razões ouvi dizer que acampar no local não será mais possível a partir de 2019, terá cobrança de entrada e estão construindo um pequeno centro de visitantes na entrada da Fazenda, pois hoje não há nenhuma estrutura. QUEM FOI O Antônio, amigo e guia de alta montanha, seu irmão e amigo (de 18 anos cada, sem experiência em trilhas), eu (enferrujada), marido (acostumado a correr), meu filho de 10 anos (iniciado em trilhas na mata) e nosso primo, de tb 10 anos, que nunca tinha feito trilha. A ESTRADA Quando se deixa a estrada de asfalto tem uns 20km de estrada de chão até chegar na entrada da Fazenda. Fomos de carro sedan (o Antonio de Jipe), mas apesar da estrada estar boa, em época de chuva não se recomenda nem a montanha* nem a estrada. Nessa estrada tem duas pequenas vilas, aproveite pra ir ao banheiro em alguma lanchonete do caminho, pois como já relatado, na Fazenda não tem banheiro (ainda). Tem kilos de dicas sobre o caminho exato na internet! *Geologicamente não é montanha, mas vamos chamar assim pra ficar mais fácil! Pois bem, como moramos relativamente perto do local (140km), saímos de Londrina às 5h30 e chegamos ao local cerca de 7h30. Paramos pra ir ao banheiro e comer lanches que tínhamos trazido de casa. Tb trouxemos água e suco. É muito importante começar a subir a montanha com pelo menos 1,5L de água por pessoa pq faz MUITO calor, a subida é íngreme e nem sempre uma bica que tem na trilha tem água, e as vezes está barrenta. A TRILHA A subida começa por mata aberta, depois fecha e no fim abre novamente. A subida de fato é de uns 350m (altura) por uns 2km. Tem um caminho que vai direto ao cume, mas é só pros montanistas mais experientes, pois é difícil. Os demais seguem pela trilha que contorna a subida. Mesmo assim há trechos bastante íngremes e 3 locais que a subida tem auxílio de cordas. Eu tinha bastante prática em trilha na mata quando era mais nova, mas faz algum tempo que estou enferrujada e fora de forma. E a inclinação do terreno ajuda a cansar, e muito. Pelo fato de ter conseguido subir mesmo estando fora de forma e com tênis de corrida (nem um pouco indicado), digo que a trilha é fácil, acessível, e dependendo do ritmo de quem sobe o tempo de caminhada pode variar de 30 minutos à 1h30. Mas não é um passeio no shopping! Na volta tinha uma senhora de mais idade e acima do peso esperando uma maca buscá-la no meio do morro pq tinha torcido o pé. Um tênis de trilha e fôlego suficiente são fundamentais! As crianças e o Antônio, que trabalha guiando em alta montanha, subiram sem nenhum esforço. O resto cansou bastante, hahaha! PRECISA IR COM GUIA? Não. A maioria vai por conta, o Antônio tava com a gente na amizade! Mas tem que prestar atenção na descida pq tem algumas “pseudo-entradas” na trilha que não dão em lugar nenhum, e é MUITO comum gente se perder por lá. Inclusive tem um local pra pouso de helicóptero no cume para possíveis resgates. Então mais uma vez: não é difícil mas não é super fácil tb! Estar com o Antônio foi ótimo, pq ele obviamente tem muito conhecimento do local, da melhor forma de subir pelas cordas, da trilha e tudo o mais. Como ele trabalha com isso super indico o site dele pra quem quiser se aventurar pelas montanhas da Argentina, Brasil e Bolívia principalmente: http://www.gaiamontanhismo.com.br/ E A VISTA? As fotos falam por si! Chegando na Fazenda Zamarian, café da manhã com vista! Começo da trilha, os bastões ajudam bem na descida! Os bastões ajudam na descida! Começo da trilha aberta... Depois mata adentro! Trilha na mata! O caminho vai subindo e a vista vai ficando linda! Paradinha pra descanso! Começa o trecho com cordas... São 3 trechos com cordas na parte final... E subindo... Mais e mais cordas... E a recompensa! Antonio solitário! Gui estilo Karate Kid! Escrevendo o nome do livro da montanha que é pra continuar sempre subindo! Os meninos e contemplação. Descanso com vista, ventava bastante. Tudo meu! Tibagi ao fundo, vista linda! A família! Descemos o Pico cerca de 15hs pq o tempo começou a fechar e é bem perigoso pegar chuva na montanha. Trocamos de roupa pq as nossas estavam molhadas e seguimos viagem de volta, chegando em Londrina 17h30. Na própria estrada que dá acesso à Fazenda do Pico Agudo tem acesso a várias cachoeiras (pelo menos duas) e a região de Sapopema tá recheada delas... Lageado Liso ou Salto das Orquídeas é das mais famosas. Então fica a dica de uma aventurina de fim de semana pra quem estiver por perto. Nós não fomos em cachoeiras pq tínhamos compromissos a noite e precisávamos estar vivos! Eles sobem correndo mas depois desmontam, hahahaha! Que o ano novo (2019) daqui uns dias nos traga desertos, cachoeiras, trilhas e montanhas! Abraços! -
Olá pessoal! Meu nome é Vilmar Coelho, após muitas buscas não consegui encontrar um grupo de pessoas que gostem de Trekking. Então quem se interessa por esse tema por gentileza se manifeste. Sou apaixonado por treeking com pernoite em montanhas para apreciar a natureza. Contatos: Site: https://vilmarcoelho.com WhatsApp: 62992470363 Instagram: @vilmarcoelho Facebook: https://www.facebook.com/vilmar85
